Administração de Medicamentos

Propaganda
Administração de Medicamentos
“ Administração de medicamentos é um dos deveres de maior responsabilidade da equipe de enfermagem.
Requer conhecimentos de farmacologia e terapêutica médica no que diz respeito à ação, dose, efeitos
colaterais, métodos e precauções na administração de drogas “
Medicamentos
•
Conceito
Substâncias químicas que alteram o funcionamento corporal.( Timby, 2007)
O termo DROGA é considerado sinônimo de medicamento.
A prescrição de medicamentos lista o nome da droga e as orientações para sua administração.
Componentes da Prescrição de Medicamentos
1. Nome do paciente
2. Data e hora em que a prescrição foi feita.
3. Nome do medicamento
4. Dose a ser administrada
5. Via de administração
6. Freqüência da administração
7. Assinatura de quem prescreve o medicamento.
Nome do Medicamento
•
Nome comercial – Nome utilizado pela industria farmacêutica que produz o medicamento.
•
Nome genérico – Nome da substância química , que não é protegido pela marca da companhia.
Escrito em letras minúsculas abaixo do nome comercial.
Dose do Medicamento
•
Compreende a quantidade de droga a ser administrada.
 Vias de Administração
•
Compreende a maneira como a droga é administrada.
Pode ser:
•
Oral – Deglutição ou instilação através de sondas
•
Tópica – Aplicação na pele ou mucosa.
•
Inalatória – Aerossol
•
Parenteral – Injeção
Vias de Administração
•
Compreende a regularidade com que o medicamento é administrado
 Aplicando os 6 Certos
1. A droga CERTA
2. A dose CERTA
3. A Via CERTA
4. A Hora CERTA
5. O Paciente CERTO
6. A validade CERTA
“ A segurança é a maior preocupação na administração dos medicamentos”
Vias de Administração
1. Gastrointestinal ( oral ou bucal, sublingual,, gástrica, retal, duodenal);
2. Respiratória
3. Vaginal;
4. Cutânea;
5. Nasal;
6. Ocular;
7. Auricular;
8. Parenteral
•
Intradérmica ( ID);
•
Subcutânea (SC);
•
Intramuscular (IM);
•
Endovenosa (EV) ou Intravenosa (IV)
Medicação Oral ou Bucal
•
Facilita a absorção das drogas através do trato gastrointestinal.
•
É a via mais comum, segura, econômica e confortável de administração de medicamentos.
•
As drogas apresentam – se na forma sólida ( comprimidos e cápsulas) e líquida ( xaropes, elixires e
as suspensões).
•
As drogas líquidas orais incluem copos graduados, conta-gotas, seringas ou colheres dosadoras.
Cuidados na Administração de Medicamentos Orais
•
Prepare os medicamentos em condições de boa iluminação.
•
Trabalhe concentrado
•
Verifique o rótulo do medicamento 3 vezes(1) Ao pega – lo,(2) imediatamente antes de colocá – lo
no recipiente para administração e (3) ao colocar o medicamento de volta na gaveta.
•
Devolva os medicamentos com rótulos duvidosos ou obscurecidos à farmácia.
•
Verifique sempre o prazo de validade das medicações.
Observações:
•
Os medicamentos em pó devem ser dissolvidos;
•
Pacientes inconscientes não devem tomar medicação por via oral;
•
Dissolver os medicamentos para os pacientes que tem dificuldade para deglutir;
•
Considerar sempre o melhor horário para administrar os medicamentos. Ex: os diuréticos devem ser
administrados, de preferência, no período de manhã.
Administração de Medicamentos por Sonda Enteral
•
Use a forma líquida da droga sempre que possível.
•
Adicione de 15 a 50 ml de água aos medicamentos líquidos mais espessos.
•
Triture os comprimidos, exceto as cápsulas.
•
Posicione o paciente na posição de fowler.
•
Insira a seringa na sonda e instile de 15 a 30 ml da medicação.
•
Aplique suave pressão com êmbolo da seringa, caso o medicamento não flua com facilidade.
•
Pince a sonda a cada parada para encher a seringa.
•
Após a administração da medicação lavar a sonda com 20 a 50 ml de água ou chá morno.
•
Clampeie ou feche a sonda por 30 minutos antes de reconecta – la a aspiração( se for o caso).
•
Mantenha a cabeceira da cama elevada por no mínimo 30 minutos.
•
Registrar o procedimento.
“Testar sempre a sonda antes com 20 ml de água”
Via Sublingual
Consiste em colocar o medicamento debaixo da língua e deixar que seja absorvido pela mucosa bucal.
Via Gástrica
É feita através da introdução do medicamento na sonda nasogástrica. É utilizada para pacientes
inconscientes e pacientes impossibilitados de deglutir.
Via Retal
É a introdução do medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso
Via Inalatória
•
Administração de medicamentos às vias respiratórias inferiores.
•
Este método é eficaz porque os pulmões possuem uma ampla área para rápida absorção.
Via Vaginal
É a introdução de medicamentos no canal vaginal . O medicamento pode ser introduzido sob a
forma de: SUPOSITÓRIOS, ÓVULOS, LAVAGENS E IRRIGAÇÃO , CREMES OU GEL.
São utilizados para tratamento de infecções locais, resultantes da colonização do tecido vaginal por
microorganismos abundantes nas fezes.
Via Tópica ou Cutânea
•
Administração de medicamentos à pele ou mucosa.
 Aplicações Cutâneas
São as drogas friccionadas na pele ou colocadas em contato com ela. Incluem: os ungüentos, as
pomadas e os adesivos.
•
Unguento – medicamento incorporado a um veículo.( óleo, loção ou creme).
 Aplicações Transdérmicas
Drogas incorporadas em adesivos ou pomadas, permitindo que ela venha a ser absorvida
passivamente.
•
Pomadas
Droga de base viscosa que é aplicada a pele, sem fricção.
Via Nasal
Consiste na aplicação de medicamentos em gotas ou spray na mucosa nasal.
•
Efeito Rebote – Devido ao uso excessivo de descongestionantes nasais que levam a edemaciação da
mucosa nasal em um período curto do uso do medicamento.
Via auricular
Consiste na instilação de uma droga no conduto auditivo externo ( ouvido).
•
Nas crianças: Puxar a orelha para baixo e para trás.
•
Nos adultos: Puxar a orelha para cima e para trás.
Aplicações Oftálmicas
Consiste na aplicação de medicamentos na conjuntiva ocular.
Apresentam – se sob a forma de líquidos ou Pomadas (aplicadas ao longo da margem da pálpebra
inferior).
Via Parenteral
“Refere-se a via de administração de drogas ou nutrientes por qualquer via que não seja a oral ou
intestinal “. Ou seja pelas vias Intradérmica (ID), Subcutânea (SC), Intramuscular (IM) ou Endovenosa
(EV) “.
Vantagens
1. Absorção mais rápida e completa;
2. Maior precisão em determinar a dose desejada;
3. Obtenção de resultados mais seguros;
4. Possibilidade de administrar determinadas drogas que não são destruídas pelos sucos gástricos
Desvantagens
1. Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga;
2. Em casos de engano pode provocar lesão considerável;
3. Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir infecção;
4. Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la.
Requisitos Básicos
1. Drogas em forma líquida ( pode estar em veículo líquido ou oleoso);
2. Soluções absolutamente estéreis, isentas de substâncias pirogênicas;
3. O material utilizado na aplicação deve ser estéril e descartável;
4. A introdução de líquidos deve ser lenta, a fim de evitar ruptura de capilares, dando origem a
microembolias locais ou generalizadas.
Problemas que podem ocorrer
1. Infecções
*Resultam da contaminação do material, da droga ou em consequência das condições
predisponentes do cliente como: mau estado geral e presença de focos infecciosos.
*Pode ser local ou generalizada ( septicemia, invasão de microrganismos oriundos de um ou mais
focos nos tecidos );
2. Fenômenos Alérgicos. Aparecem devido à susceptibilidade do indivíduo ao produto
Usado para anti-sepsia ou às drogas injetadas;
* A reação pode ser local ou generalizada;
3. Má absorção das drogas
* Droga de difícil absorção;
* Aplicada em local inadequado, podem formar nódulos ou abscessos assépticos;
4. Embolias
* Resultam da introdução na corrente sanguínea de ar, coágulos, óleo
 5. Traumas
•
Psicológico;
•
Tissular.
 Materiais para Administração Parenteral
•
Seringas e agulhas esterilizadas;
•
Algodão;
•
Recipiente com álcool a 70%;
•
Garrote;
•
Medicamento prescrito.
Via Intradérmica
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Consiste na aplicação de medicamentos na derme;
É utilizada mais comumente para verificação de sensibilidade a alergias, vacina ( BCG), bem como
para dessensibilização.
Volume máximo: 0,5ml ( geralmente frações inferiores ou iguais à 0,1ml).
A seringa mais aconselhada é a do tipo insulina;
Comumente é utilizado a face interna do antebraço, ou região escapular, locais de pouca
pigmentação, pobre em pêlos, com pouca vascularização superficial e de fácil leitura dos resultados
das reações aos alérgenos introduzidos;
Introduzir à agulha com o bisel para cima numa angulação máxima de 15º;
Haverá formação de uma pápula;
Usar antissético apenas se houver sangramento.
 Via Subcutânea ou Hipodérmica
É administrada na tela subcutânea;
A absorção ocorre através dos capilares, de forma mais lente que a via IM, ou seja, é utilizada para
medicamentos que não necessitam ser absorvidos tão rapidamente;
Ex: Heparina, insulina, vacinas ( anti-rábica, anti-sarampo)
•
•
•
•
•
•
Os locais mais adequados são aqueles afastados articulações, nervos e vasos sanguíneos ( face
externa anterior e posterior do braço, face anterior da coxa, parede abdominal, região escapular e
infra-escapular);
O comprimento e o calibre da agulha variarão de acordo com a espessura da tela subcutânea e a
angulação da inserção da agulha:
• Agulhas de 13*3,8 ou 13*4,5; ( Ângulo 90º);
• Agulhas 20*6, 20*7 ( Angulação de 30º – 60º);
Sendo que: 30º indivíduos magros;
45º indivíduos normais;
60º indivíduos obesos.
Administrar até 1,5 ml;
Bisel para cima;
Aspirar antes de administrar a medicação ( com exceção da heparina);
Não massagear o local após aplicação.
 Via Intramuscular
•
•
Consiste na administração de medicamento no tecido muscular. Depois da via EV é a de mais rápida
absorção.
Pode ser administrado até 3ml, excepcionalmente
na região glútea e dependendo da massa muscular do
paciente poderá ser administrado até 5 ml.
•
Locais de aplicação, IMPORTANTE considerar...
1.
2.
3.
4.
Distância em relação a vasos e nervos importantes;
Musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento;
Espessura do tecido adiposo;
Atividade do cliente.
5. Locais de aplicação
*Região deltoidiana (D)– músculo deltóide;
*Região do ventro-glúteo(VG)– músculo glúteo médio;
*Região da face ântero-lateral da coxa (FALC)- músculo vasto lateral ( terço-médio);
*Região Dorso-glúteo (DG)- Músculo grande glúteo (QSE);
*Ângulo 90º;
*Bisel para baixo ou para o lado.
Tabela de dimensões das agulhas
Faixa
Etária
Espessura
Subcutânea
Solução
Aquosa
Solução
Oleosa ou
Suspensão
Adulto
Magro
Normal
Obeso
25*6/7
30*6/7
40*6/7
25*8/9
30*8/9
40*8/9
Criança
Magra
Normal
Obesa
20*6/7
25*6/7
30*6/7
20*8
25*8
30*8
Referências
•
•
•
•
POTTER, Patricia & PERRY, Anne G.. Fundamentos de Enfermagem: conceitos, processos e
práticas. Guanabara Koogan.
TIMBY, Barbara. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 6ª ed.
Artmed
KOCH, Rosi M. Técnicas Básicas de Enfermagem. 14ª ed. Florence.
CASTELLANOS, Brigitta P. Injeções, Modos e Métodos. Ed. Ática
Download