Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia – Região Sul 20 a 24 de setembro de 2006 – ACM - Florianópolis Dr. José Carlos Moura Jorge Laboratório de Eletrofisiologia de Curitiba Bases Eletrofisiológicas e Etiológicas das Arritmias Mecanismos das Arritmias • Alterações da formação dos impulsos elétricos do coração • Alterações da condução dos impulsos elétricos do coração • Alterações mistas (formação + condução) Alterações da formação dos impulsos elétricos do coração A. Automatismo 1. Automatismo normal. Ex: taquicardia ou bradicardia inapropriadas para a situação clínica, marcapassos ectópicos. 2. Automatismo anormal – redução do potencial de ação (-50 mV). Ex: ritmo idioventricular acelerado pós IM, taquicardia atrial ectópica. B. Atividade deflagrada 1. Pós-despolarização precoce. Ex: síndrome do QT longo adquirida e congênita. 2. Pós-despolarização tardia. Ex: extrassístoles ventriculares, taquicardias atriais e ventriculares catecolamino-dependentes, arritmias induzidas por intoxicação digitálica, arritmias causadas por reperfusão ou isquemia. TAQUICARDIA SINUSAL INAPROPRIADA Alterações da formação dos impulsos elétricos do coração A. Automatismo 1. Automatismo normal. Ex: taquicardia ou bradicardia inapropriadas para a situação clínica, marcapassos ectópicos. 2. Automatismo anormal – redução do potencial de ação (-50 mV). Ex: ritmo idioventricular acelerado pós IM, taquicardia atrial ectópica. B. Atividade deflagrada 1. Pós-despolarização precoce. Ex: síndrome do QT longo adquirida e congênita. 2. Pós-despolarização tardia. Ex: extrassístoles ventriculares, taquicardias atriais e ventriculares catecolamino-dependentes, arritmias induzidas por intoxicação digitálica, arritmias causadas por reperfusão ou isquemia. Holter ECG Recording in LQTS Patient with Syncope (representative strips of ECG recording, part 1 of 2) Holter ECG Recording in LQTS Patient with Syncope (representative strips of ECG recording, part 2 of 2) Adrenérgica Alterações da condução dos impulsos elétricos do coração 1. Bloqueio bidirecional ou unidirecional sem reentrada. Ex: bloqueio sino-atrial, bloqueio atrioventricular, bloqueio de ramo. 2. - Bloqueio unidirecional com reentrada anatômica. Ex: taquicardia atrioventricular na síndrome de WPW, TRN, TV ramo a ramo. - Reentrada funcional. Ex: fibrilação atrial. 3. Reflexão. Ex: somente experimental em fibras de Purkinge. BLOQUEIO AV 2:1 Alterações da condução dos impulsos elétricos do coração 1. Bloqueio bidirecional ou unidirecional sem reentrada. Ex: bloqueio sino-atrial, bloqueio atrioventricular, bloqueio de ramo. 2. - Bloqueio unidirecional com reentrada anatômica. Ex: taquicardia atrioventricular na síndrome de WPW, TRN, TV ramo a ramo. - Reentrada funcional. Ex: fibrilação atrial. 3. Reflexão. Ex: somente experimental em fibras de Purkinge. Mechanism of Reentry Delacretaz, E. N Engl J Med 2006;354:1039-1051 Bloqueio Unidirecional + Reentrada Anatômica TV Ramo a Ramo TV associada a Cardiopatia Estrutural ? Stevenson - JACC 1997; 29: 1180 LEC Alterações da condução dos impulsos elétricos do coração 1. Bloqueio bidirecional ou unidirecional sem reentrada. Ex: bloqueio sino-atrial, bloqueio atrioventricular, bloqueio de ramo. 2. - Bloqueio unidirecional com reentrada anatômica. Ex: taquicardia atrioventricular na síndrome de WPW, TRN, TV ramo a ramo. - Reentrada funcional. Ex: fibrilação atrial. 3. Reflexão. Ex: somente experimental em fibras de Purkinge. José Jalife – Electrophysiology - 1999 Alterações da condução dos impulsos elétricos do coração 1. Bloqueio bidirecional ou unidirecional sem reentrada. Ex: bloqueio sino-atrial, bloqueio atrioventricular, bloqueio de ramo. 2. - Bloqueio unidirecional com reentrada anatômica. Ex: taquicardia atrioventricular na síndrome de WPW, TRN, TV ramo a ramo. - Reentrada funcional. Ex: fibrilação atrial. 3. Reflexão. Ex: somente experimental em fibras de Purkinge. Alterações mistas (formação + condução) 1. Parasistolia (automatismo + bloqueio de entrada/saida) 2. Bloqueios fase 3 (taquicardia dependente) e fase 4 (bradicardia dependente) Alterações mistas (formação + condução) 1. Parasistolia (automatismo + bloqueio de entrada/saida) 2. Bloqueios fase 3 (taquicardia dependente) e fase 4 (bradicardia dependente) Etiopatogenia das Arritmias Doença arterial coronária Cardiomiopatia dilatada idiopática Cardiomiopatia hipertrófica Displasia arritmogênica do VD Síndrome do QT longo Efeito pró-arritmico de drogas Anormalidade eletrolíticas Cardiopatia congênita Etiopatogenia das Arritmias Doença cardíaca valvular Miocardite aguda Uso de Cocaína Sarcoidose Amiloidose Tumores cardíacos Wolff Parkinson White - TPSV Síndrome de Brugada Torsades de pointes - Bradicardia induzida Tireotoxicose Divertículo ventricular esquerdo GÊNESE DAS ARRITMIAS Estrutural (SUBSTRATO) Infarto do miocárdio Agudo ou estabelecido Aneurisma Hipertrofia Secundária Primária Cardiomiopatia Dilatação, fibrose Infiltração Inflamação Elétrica ou estrutura molecular Vias acessórias Canais iônicos Genética Funcional DEFLAGRADOR (EV, (EV, TVNS) TVNS) (MODULADOR) Isquemia transitória / Reperfusão Isquemia aguda transitória Efeitos de reperfusão Dinâmica vasomotora Fatores sistêmicos Disfunção hemodinâmica Hipoxemia, acidose Balanço eletrolítico Interações neurofisiológicas Receptores, substâncias Influência central Efeitos Tóxicos Drogas pró-arritmicas Toxicidade cardíaca Interações metabólicas ARRITMIA Sustentador Disparador Múltiplos Circuitos Reentrantes Atividade Focal Rápida Obrigado pela atenção! TV em Ico TV associada a Cardiopatia Estrutural ? Post-MI VT- INCOR ? Stevenson - JACC 1997; 29: 1180 Taquicardia ventricular ramo a ramo