LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA BÁSICA I – EE531 SEGUNDA EXPERIÊNCIA ALUNOS: Douglas Pagani Pereira Kaue Tebaldi Miranda Otavio Mateus Bernardi RA 090954 Turma W RA 097650 Turma W RA 092538 Turma W Data: 23/04/2012 1. RESULTADOS DO EXERCÍCIO PREPARATÓRIO DA SEGUNDA EXPERIÊNCIA 1.1 CIRCUITO EQUALIZADOR O diagrama do circuito equalizador encontra-se abaixo, na figura 1: Fig.1 – Diagrama do circuito equalizador. O circuito foi simulado com as 7 combinações propostas de SET para os 3 potenciômetros. Nos gráficos a seguir, a linha mais fina representa a tensão de entrada, na primeira ponta de prova mostrada na firgura 1. A linha mais espessa mostra a tensão de saída na ponteria onde está indicado “out”. Figura 2 - Set: P1=0,5; P2=0,5; P3= 0,5 . Na primeira configuração, com P1=0.5, P2=0.5 e P3= 0.5 o ganho fica praticamente unitário desde 10Hz até 30KHz, ou seja, espaço que compreende toda a faixa audível. As frequências muito baixas, menores de 10 Hz são cortadas pelo capacitor de entrada, Ci. Pode-se tirar esta conclusão da tensão de entrada, que só atinge 1 V (tensão da fonte) perto de 10 Hz. Com este primeiro gráfico, já é possível concluir que com SET=0,5 teremos ganho unitário para a faixa de frequência controlada. Figura 3 - Set: P1=1; P2=0,5; P3= 0,5 . Nesta segunda configuração, P1=1 torna grande o ganho em altas frequências, de 15 a 90 kHz, podendo atingir, num valor de pico, aproximadamente 11,7 V, porém num valor fora da banda audível. Os outros potenciômetros em 0.5 deixam o ganho unitário nas demais frequências Figura 4 - Set: P1=0,51; P2=1; P3=0,5 . Com P2=1, atinge-se o máximo ganho para frequências médias Figura 5 - Set: P1:0,5; P2=0,5; P3=1 . O P3=1 resulta em um maior ganho paras as baixas frequências, como pode ser observado na figura 5 . Com estes resultados já podemos inferir o funcionamento do circuito: cada potenciômetro controla o ganho do circuito para uma certa faixa de frequências. Isto aconteceu para ganhos maiores que 1. Nas próximas análises poderemos verificar se isto é válido para ganhos menores que 1, ou seja, atenuações no sinal de entrada. Figura 6 - Set: P1=0; P2=0,5; P3=0,5 . Como verificado anteriormente, P1 controla o ganho de altas frequências. Com P1=0 o ganho do circuito para frequências altas tende a zero. Figura 7 - Set: P1=0,5; P2=0 ; P3: 0=5 . Da mesma forma que na configuração anterior, o potenciômeto com SET zerado faz o ganho das frequências por ele controladas tender a zero. Neste caso, as frequências médias são atenuadas. Figura 8 - Set: P1=0,5; P2=0,5; P3=0 . Nesta última configuração, observa-se que as baixas frequências são atenuadas. Com os últimos 3 gráficos, as conclusões iniciais são confirmadas. Assim é certo que cada potenciômetro controla o ganho do circuito para cada uma das 3 faixas de frequência definidas: baixa(até ~500 Hz), média(de ~500Hz até ~ 10kHz) e alta (acima de ~10kHz). O circuito pode tanto amplificar quanto atenuar o sinal de entrada para dadas frequências. Para frequências mais altas, acima de 100kHz, o sinal também é atenuado. O capacitor Cf, em paralelo com o resistor que define o ganho do amplificador operacional, começa a parecer um curto circuito e o ganho do amp. op. começa a diminuir conforme a frequência aumenta. 2. RELATÓRIO DA SEGUNDA EXPERIÊNCIA 2.1 INTRODUÇÃO Neste relatório, iremos estudar o funcionamento de um circuito equalizador exibido na Fig. 9 a seguir. O circuito é capaz de fornecer ganhos diversos para um sinal em três faixas de frequências: altas, médias e baixas, através de seus potênciometros que regulam o ganho em cada faixa. 2.2 CIRCUITO EQUALIZADOR O circuito equalizador encontra-se na Figura 9 a seguir. Figura 9 - Circuito Experimental do Equalizador O ganho de tensão no circuito equalizador é controlado por três potenciômetros, que podem ser ajustados em diferentes posições, entre 0 e 1, para regular o ganho da faixa de frequência que representam, amplificando, mantendo ou atenuando o sinal de entrada. Quanto maior o valor da posição, maior o ganho. Quando a posição é 0.5, o ganho vale 1 (sinal de entrada é igual ao sinal de saída). 2.2.1 Simulações e Resultados experimentais As simulações foram realizadas no pré-relatório e serão verificadas experimentalmente nesse item. Para avaliar o comportamento do circuito, realizamos varredura de 1Hz-1MHz com os seguintes posicionamentos do potenciômetro: a) Low = 0; Mid = 0.5; Hi=0.5. Figura 10 - Gráfico da varredura em frequência para a configuração (a). Nessa configuração foram atenuados os sinais de baixa frequência e mantidos os sinais de médias e altas frequências. b) Low = 1; Mid = 0.5; Hi=0. Figura 11 - Gráfico da varredura em frequência para a configuração (b). Nessa configuração foram atenuados os sinais de alta frequência, mantidos os sinais de médias frequências e amplificados os de baixas frequências. c) Low = 1; Mid = 0.5; Hi=0.5. Figura 12 - Gráfico da varredura em frequência para a configuração (c). Nessa configuração foram mantidos os sinais de média e alta frequência e amplificados os sinais de baixa frequência. d) Low = 0.5; Mid = 0; Hi=0.5. Figura 13 - Gráfico da varredura em frequência para a configuração (d). Nessa configuração foram mantidos os sinais de baixa e alta frequência e atenuados os sinais de média frequência. e) Low = 0.5; Mid = 1; Hi=0.5. Figura 14 - Gráfico da varredura em frequência para a configuração (e). Nessa configuração foram mantidos os sinais de baixa e alta frequência e amplificados os sinais de média frequência. f) Low = 0.5; Mid = 0.5; Hi=0. Figura 15 - Gráfico da varredura em frequência para a configuração (f) Nessa configuração foram mantidos os sinais de baixa e média frequência e atenuados os sinais de alta frequência. g) Low = 0.5; Mid = 0.5; Hi=1. Figura 16 - Gráfico da varredura em frequência para a configuração (g) Nessa configuração foram mantidos os sinais de baixa e média frequência e amplificados os sinais de alta frequência. h) Low = 0.5; Mid = 0.5; Hi=0.5. Figura 17 - Gráfico da varredura em frequência para a configuração (h) Podemos perceber que os resultados são coerentes com o esperado: valores de SET superiores a 0.5 causam uma amplificação do sinal em uma determinada faixa de frequência, enquanto que valores inferiores causam uma atenuação do sinal. Também pode-se observar que cada faixa de frequência teve um ganho máximo associado, alcançado com o potenciômetro com SET = 1. Em baixas frequências, o ganho máximo foi de 6,5. Já para as médias, o ganho máximo foi um pouco menor: aproximadamente 4. Nas altas frequências encontramos o ganho com maior módulo, 13. Os resultados também são coerentes com a simulação realizada no Pspice. Isso pode ser verificado com a comparação entre os gráficos das análises teóricas e as práticas. EXTRA Na configuração (g), na qual observamos o ganho ser ajustado para o máximo em altas frequências, observamos uma queda brusca no ganho logo após 100kHz. Para efeito de comparação, simulamos novamente aquela configuração, mas com a tensão de entrada ajustada para 0,1 Vpp, como mostrado na figura 18. Figura 18 - Gráfico da varredura em frequência para a configuração (g) com 0,1VPP ao invés de 1VPP Neste situação, o ganho manteve-se mais estável nas frequências maiores que 100kHz, caindo de maneira mais suave, como era esperado. Para poder visualizar melhor este efeito, usamos o ociloscópio para medir diretamente a entrada e a saída do circuito trabalhando em 1MHz. Com a entrada em 1 Vpp, obtivemos o seguinte resultado: Figura 19 - Entrada, senoidal, e saída, distorcida, com f = 1Mhz. Observa-se que a saída não consegue “acompanhar” a entrada, ocorrendo uma deformação da tensão de saída. Para buscar explicações para este fenômeno que só ocorre em altas frequências, buscamos o datasheet do amplificador operacional. Encontramos que o “slew rate”, que mostra a maior variação de tensão de saída por unidade de tempo que o op. amp. consegue fornecer, é de 5V/us. Para compararmos, precisamos do período da tensão senoidal de entrada dado por 1MHz, ou seja T=1us. Assim, com a entrada de 1 Vpp, esperamos na saída um ganho em torno de 5V/V. Entretanto, fica impossível para o op. amp. gerar uma senóide na saída com o período de 1us, pois neste período a saída teria que variar de 5V duas vezes e a limitação é de uma variação de 5V a cada micro segundo. Assim, entende-se que com a entrada em 0,1 Vpp o op. amp. consegue gerar uma senóide na saída já que a variação será de apenas 0,5V. Assim, expica-se a diferença de funcionamento para as diferentes tensões de entrada. 2.3 CONCLUSÕES Podemos verificar que o circuito realmente funciona de acordo com o esperado. Os resultados obtidos foram coerentes com o esperado teórico e com os valores obtidos através de simulação via Pspice. 3. NOTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS COM O KIT UTILIZADO Não foram observados problemas com o kit utilizado.