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62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 2. Helmintologia de Parasitos
PREVALÊNCIA E INTENSIDADE DA INFECÇÃO POR Ascaris lumbricoides EM
CRIANÇAS DE CRECHES DA ZONA OESTE DE CIDADE DE NATAL-RN,2009. .
EDNA MARQUES DE ARAÚJO SILVA 1
VALERIA SORAYA DE FARIAS SALES 1
VANESSA MARQUES DE ARAUJO SILVA 1
ANA CLAUDIA GALVÃO FREIRE 1
TEREZA NEUMA DE SOUZA BRITO 1
1. DEPARTAMENTO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS, FACULDADE DE
FARMÁCIA, UFRN
INTRODUÇÃO:
Apesar do crescente desenvolvimento científico e tecnológico observado nos
últimos anos, as enteroparasitoses ainda constituem um importante problema de
saúde em diversos países. É na população infantil, que o parasitismo intestinal
torna-se mais freqüente e relevante, por apresentarem normalmente, hábitos
higiênicos mais precários ou a ausência de imunidade a re-infecções, inclusive
pela possibilidade de redução da absorção intestinal, podendo influenciar no seu
crescimento e desenvolvimento. Dentre os helmintos o Ascaris lumbricoides é a
espécie mais bem conhecida entre os nematódeos e mais freqüente das
helmintíases humanas. A intensidade da infecção na população infectada tem
sido definida segundo a determinação da carga parasitária, através da contagem
de ovos no material examinado. Este procedimento tem reconhecida importância
clínica e epidemiológica, pois pode auxiliar na avaliação da morbidade, já que em
geral se observa uma relação positiva entre carga parasitária e gravidade da
doença, e ainda possibilita avaliar as condições sanitárias as que estão
submetidas às e populações e o impacto das ações de controle. Com o objetivo de
identificar a prevalência do A. Lumbricoides e estimar a carga parasitária em
crianças pré-escolares da região oeste da cidade de Natal/RN.
METODOLOGIA:
A investigação coproparasitológica que originou a base de dados utilizado neste
trabalho teve início em 2006 e foi concluída durante no ano de 2009, em préescolares de 5 creches localizadas nos bairros da região leste do município de
Natal/RN. As creches apresentavam, crianças matriculadas na pré-escola e
alfabetização nos períodos matutino e vespertino sendo três delas os alunos
permaneciam os dois turnos na creche. As coletas foram realizadas em número
de três amostras por criança, em dias alternados e os exames realizados no
Laboratório de Parasitologia Clínica da UFRN. O método utilizado para análise
qualitativa do material fecal foi o de concentração por centrifugação na presença
do éter (Blagg e Cols.). As amostras positivas para A.lumbricoides foram
posteriormente submetidas ao método quantitativo por meio da técnica de KatoKatz, que permitiu a quantificação da carga parasitária da espécie. A
quantificação dos ovos do A. Lumbricoides foi classificada a intensidade de
infecção baseada nos critérios recomendados pela OMS segundo os quais a
infecção é atribuída como leve, quando a carga parasitária encontrada for menor
que 5.000 ovos por grama de fezes, moderada quando a carga estiver entre 5.000
e 50.000, e pesada quando ultrapassar 50.000 ovos por grama de fezes.
RESULTADOS:
Por meio da técnica de Blagg e Cols. (9) foi analisado um total de 364 amostras,
sendo 185 do sexo feminino (51,2%) e 179 masculino (48,8%) com faixa etária
de 1 a 6 anos.O coeficiente geral de prevalência para enteroparasitoses entre os
indivíduos investigados foi de 87,6% (319). Desse total de positivos, 36,2%
(128) foram para helmintos e 78,5% (286) para protozoários, observando-se,
portanto que alguns deles estavam parasitados por ambos. Dos indivíduos que se
encontrava com helmintos, 57,8% (74) estavam positivos para A. Lumbricoides,
e entre estes foi detectado uma predominância dos indivíduos do sexo feminino
sobre os do sexo masculino. Quanto à faixa etária desta população positiva, a
maior prevalência do parasito foi observada entre as crianças de cinco anos de
idade. Foram efetuadas contagens de ovos em 85% (63) das amostras positiva
para A. Lumbricoides e os resultados foram expressos em ovos por grama de
fezes (opg), apresentando uma média de 6.687 opg. Aplicando os critérios da
OMS aos dados do estudo, detectou-se que 63,5% das crianças portadoras de A
lumbricoides apresentavam infecções leves e somente uma apresentava infecção
pesada. Assim 36,5% das crianças apresentavam infecções de moderada à
pesada o que implica numa exposição maior aos riscos da infecção.
CONCLUSÃO:
A partir dos resultados obtidos neste estudo observou-se uma elevada
positividade (87,70%) de parasitoses intestinais e uma alta carga para o A.
Lumbricoides entre as crianças o que demonstra a necessidade da
implementação de medidas de saneamento básico e programas contínuos,
concomitantemente, visando à educação sanitária, acompanhamento rotineiro
das infecções parasitárias bem como participação e verificação da eficácia do
tratamento preconizado.
Palavras-chave: Ascaris lumbricoides, CRIANÇAS, INFECÇÃO.
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