0 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - UNIJUI DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTABEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO-DACEC CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS. ADRIANA FRANCO QUEIROZ AUDITORIA OPERACIONAL TRABALHISTA EM UMA EMPRESA DA CONSTRUÇÃO CIVIL (Trabalho de conclusão de Curso) IJUI RS 2013 1 ADRIANA FRANCO QUEIROZ AUDITORIA OPERACIONAL TRABALHISTA EM UMA EMPRESA DA CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Profª. Orientadora: EUSÉLIA PAVÉGLIO VIEIRA Ijuí – RS, julho, 2013 2 AGRADECIMENTOS Após vários anos percorrendo um caminho em busca de um objetivo de aprimorar, buscar e aplicar o conhecimento obtido nesta escolha, agradeço a DEUS, que me deu força, motivação para não desistir do meu objetivo, que me deu livre escolha de percorrer esta avenida de muitos obstáculos. A minha família, esposo, filha, irmãos, pai e em especial minha mãe que nunca mediu esforços para cuidar de minha filha que na época que comecei esta trajetória era pequena, me auxiliando nas noites que estava ausente diante dela, aos amigos e todas as pessoas otimistas que sempre acreditaram que possamos traçar nossos caminhos com nossas escolhas, certas ou erradas? Mas o fato que estou aqui superando mais uma etapa diante de várias outras que deverão vir. Meu agradecimento a todos os colaboradores da Universidade que de uma forma ou outra sempre nos auxiliaram em seus setores, em especial ao Marcelo Didoné, pela dedicação em especial ao Curso de Ciência Contábeis pela presteza no auxílio às atividades no decorrer destes longos anos de curso. Meu agradecimento a todos os incansáveis profissionais da área, aos MESTRES PROFESSORES, este ser hominal esforçado, dedicado, instruído, abençoado na tarefa singela de repassar ensinamento, e em especial a minha orientadora Eusélia Pavéglio Vieira, pela dedicação, incentivo no desenvolvimento deste trabalho. Para subir na vida, dois degraus existem de suma importância. São representados por dois verbos: Amar e Servir. Jamais desanime na escalada dos valores da alma, e procure em todas as circunstâncias Amar e Servir a todos e a tudo, para ajudar ao máximo o progresso do planeta que o recebe tão generosamente, auxiliando lhe a evolução (Carlos Torres Pastorino). 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fluxograma do processo de Admissão da Empresa de Construção Civil ........... 57 Figura 2: Fluxograma da movimentação da folha de pagamento da Empresa da Construção Civil .................................................................................................................................... 58 Figura 3: Fluxograma de Desligamento de Colaboradores................................................ 60 4 LISTA DE QUADROS Quadro 01: Programa de Auditoria Setor de Recurso Humano.......................................... 62 Quadro 02: Eventos Ocorridos na Empresa de Construção Civil...................................... 65 Quadro 03: Papel de Trabalho 1.......................................................................................... 67 Quadro 04: Papel de Trabalho 2........................................................................................ 69 Quadro 05: Papel de Trabalho 3.......................................................................................... 71 Quadro 06: Papel de Trabalho 4.......................................................................................... 73 Quadro 07: Papel de Trabalho 5.......................................................................................... 75 Quadro 08: Papel de Trabalho 6.......................................................................................... 77 Quadro 09: Papel de Trabalho 7.......................................................................................... 79 Quadro 10: Papel de Trabalho 8.......................................................................................... 81 Quadro 11: Papel de Trabalho 9.......................................................................................... 83 Quadro 12: Papel de Trabalho 10........................................................................................ 85 Quadro 13: Papel de Trabalho 11........................................................................................ 87 Quadro 14: Papel de Trabalho 12....................................................................................... 88 Quadro 15: Papel de Trabalho 13....................................................................................... 90 Quadro 16: Papel de Trabalho 14........................................................................................ 91 Quadro 17: Papel de Trabalho 15........................................................................................ 92 5 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ASO – Atestado de Saúde Ocupacional CFC - Conselho Federal de Contabilidade CVM – Comissão de Valores Imobiliários CLT – Consolidação das Leis de Trabalho CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social CPF – Cadastro de Pessoa Física CRCRS – Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço GFIP/SEFIP -Guia de Recolhimento de FGTS e de Informações à Previdência Social GRRF – Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa IFAC – Federação Internacional de Contabilidade IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil INSS – Instituto Nacional do Seguro Social LTCAT – Laudo Técnico de Condição Ambiental do Trabalho MTE – Ministério do Trabalho e Emprego NBC – Normas Brasileiras de Contabilidade PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário PIS – Programa de Integração Social PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 6 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ 03 LISTA DE QUADROS...................................................................................................... 04 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS...................................................................... 05 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 09 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO..................................................................... 10 1.1 Área de Conhecimento Contemplada ........................................................................... 10 1.2 Caracterização da Organização..................................................................................... 10 1.3 Problematização do Tema ............................................................................................ 11 1.4 Objetivos .......................................................................................................................12 1.4.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 12 1.4.2 Objetivos Específicos ................................................................................................ 12 1.5 Justificativa ................................................................................................................... 12 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................... 14 2.1 Contabilidade................................................................................................................. 14 2.1.1 Conceito da Contabilidade........................................................................................ 14 2.1.2 O Objeto da Contabilidade ....................................................................................... 15 2.1.3 A Finalidade da Contabilidade.................................................................................. 15 2.1.4 Função da Contabilidade........................................................................................... 16 2.2 Auditoria....................................................................................................................... 17 2.2.1 Conceito de Auditoria................................................................................................ 17 2.2.2. Objeto e Fins da Auditoria........................................................................................ 17 2.2.3 Os Objetivos da Auditoria......................................................................................... 18 2.2.4 Técnicas Básicas de Auditoria................................................................................... 19 2.3 Normas de Auditoria.................................................................................................... 21 2.4 Formas de Auditoria..................................................................................................... 22 2.4.1 De acordo com a extensão do trabalho...................................................................... 22 2.4.2 De acordo com profundidade dos exames.................................................................. 22 2.4.3 De acordo com a sua natureza.................................................................................... 23 2.4.4 De acordo com os fins a que se destina ................................................................... 24 2.4.5 De acordo com a relação do auditor com a entidade auditada................................... 25 2.5 Provas de Auditoria ..................................................................................................... 25 2.5.1 Tipos de Prova de Auditoria ..................................................................................... 26 2.6 Papéis de Trabalho de Auditoria.................................................................................. 27 2.6.1 Finalidades e objetivos dos Papéis de Trabalho de Auditoria.................................... 27 2.6.2 Da Estruturação dos Papéis de Trabalho.................................................................... 28 2.7 Planejamento e Programa de Auditoria........................................................................ 29 7 2.7.1 Planejamento deAuditoria.......................................................................................... 29 2.7.2 Programa de Auditoria............................................................................................... 29 2.8 Relatórios de Auditoria..................................................................................................30 2.8.1 Tipos de Relatórios de Auditoria............................................................................... 30 2.9 Auditoria Operacional ................................................................................................ 31 2.9.1 Objetivo da Auditoria Operacional............................................................................ 31 2.10 Auditoria de Recursos Humanos................................................................................. 32 2.10.1 Admissão de Pessoal................................................................................................ 33 2.10.2 Documentação necessária para Admissão................................................................ 33 2.10.3 Contrato de Trabalho................................................................................................ 34 2.10.4 Contrato de experiência............................................................................................ 35 2.10.5 Contrato por Prazo Determinado.............................................................................. 35 2.10.6 Contrato por Prazo Indeterminado........................................................................... 35 2.10.7 Outros ( Menor Aprendiz) ....................................................................................... 36 2.10.8 Jornada de trabalho e Duração................................................................................. 36 2.10.9 Registro dos Empregados/ Carteira de Trabalho...................................................... 37 2.10.10 Exigências Legais................................................................................................... 37 2.11 Governança Corporativa............................................................................................. 48 3 METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................................... 51 3.1 Classificação da Pesquisa.............................................................................................. 51 3.2 Coleta de Dados............................................................................................................. 54 3.2.1 Instrumento de coleta de dados.................................................................................. 54 3.3 Análise e interpretação dos Dados................................................................................ 55 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS.................................................................................. 56 4.1 Análise dos Controles Internos da Empresa.................................................................. 56 4.1.1 Processo de seleção e contratação ............................................................................. 56 4.1.2 Movimentação Mensal .............................................................................................. 58 4.1.3 Desligamento ............................................................................................................. 59 4.2 Planejamento da Auditoria............................................................................................ 61 4.3 Programa de Auditoria.................................................................................................. 61 4.3.1 Quadro de Eventos .................................................................................................... 64 4.4 Papel de Trabalho.......................................................................................................... 66 4.5 Relatório de Auditoria................................................................................................... 93 CONCLUSÃO....................................................................................................................100 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 102 8 RESUMO A Auditoria Operacional Interna no Setor de Recursos Humanos em uma empresa da construção civil, que busca o aperfeiçoamento nos seus controles internos, envolvendo desde a entrevista, contratação, movimentação, e desligamento do colaborador. A auditoria interna que verifica todas as atividades relacionadas ao setor de recursos humanos, examinando se não existe nenhum equívoco nos documentos e pagamentos para prevenir qualquer contratempo com uma fiscalização ou ação judicial de colaboradores insatisfeitos com possíveis fraudes ou erros. A Auditoria foi realizada na entidade com objetivo de mostrar a importância dos controles internos, informações atualizadas para uma melhor gestão burocrática e como consequência obter uma maior confiabilidade nos processos internos, na utilização das ferramentas e aprimorando a eficiência das atividades realizadas e a eficácia nos resultados finais de uma organização .É uma pesquisa aplicada e exploratória, utilizando-se da análise documental no levantamento das informações. Após a aplicação dos papeis de trabalho, constatou-se algumas irregularidades relatadas no relatório de auditoria. Palavras-chave: Auditoria, Controles internos, Recursos humanos, Relatórios. 9 INTRODUÇÃO Este estudo buscou ampliar o conhecimento acadêmico e obter uma visão mais global da importância da execução de uma Auditoria dentro de uma organização, por meio da realização de um trabalho, cujo assunto tratado foi a Auditoria Operacional Trabalhista. O trabalho de um auditor muitas vezes é percebido como mera avaliação das atividades dos departamentos envolvidos e os colaboradores sentem-se vigiados, intranquilos. Esses profissionais, ainda que, em algumas situações especiais necessitem fazer fiscalizações rigorosas, não tem como objetivo policiar profissionais ou suas atividades. A auditoria operacional é uma técnica de grande utilidade, compreendida como o conjunto de ações de assessoramento e consultoria, que permitem ao profissional auditor emitir uma opinião de aconselhamento a direção, evitando ou eliminando riscos de fraudes ou erros nos processos envolvidos dentro das organizações, garantindo precisão e segurança na tomada de decisões. Neste contexto, o presente relatório apresenta no capítulo I, a sua contextualização, onde foi definido o tema, problema, objetivo traçados, bem como a sua justificativa. No capitulo dois, consta a revisão bibliográfica, baseada em livros, legislação, sites e outros materiais disponíveis sobre os assuntos pesquisados, referente ao conceito de contabilidade, normas, formas e conceitos de auditoria, papéis de trabalho, relatórios e parecer de auditoria, conceito de auditoria operacional, exigências legais de recursos humanos e governança corporativa. Na sequência o terceiro capítulo consta a metodologia da pesquisa e sua classificação, sob o ponto de vista de sua natureza, dos objetivos, forma de abordagem, procedimentos técnicos e coleta de dados. O quarto capítulo apresenta o estudo de caso aplicado no setor de Recursos Humanos de uma empresa do ramo da construção civil, verificação dos controles internos, programa de auditoria, papéis de trabalho e por fim apresenta o relatório e a sua conclusão final, seguidas da bibliografia consultada na sua realização. 10 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO 1.1 Área de Conhecimento Contemplada Diante das diversas temáticas que envolve a contabilidade, o presente relatório apresenta o tema do estudo elaborado sobre a Auditoria Operacional Trabalhista e seus desdobramentos no desempenho de uma organização. A relevância da mesma está na necessidade de ampliar o conhecimento da eficiência e a eficácia do processo realizado, buscando minimizar os riscos que podem gerar descontentamentos involuntários sobre os funcionários e que no futuro poderão se converter em reclamatórias trabalhistas. 1.2 Caracterização da Organização A proposta de trabalho apresentada foi realizada em uma empresa do ramo da construção civil, que está atuando a dez anos no Estado.do Rio Grande do Sul. Sua sede localiza-se no município de Ijuí/RS na Rua Maranhão 375 – Centro, inscrita no CNPJ sob nº 01.888.659/0001-86 e Inscrição Estadual sob nº 065/0082026. A empresa objeto de estudo enquadra-se como uma organização de pequeno porte, apresenta suas demonstrações contábeis pelo lucro presumido e atualmente tem um quadro funcional de cento e dez colaboradores. A mesma é uma organização familiar composta de três sócios, atualmente atua diretamente com projetos sociais governamentais, obtendo obras em outras cidades. O departamento de contabilidade e de recursos humanos é terceirizado. Mantém em cada obra um departamento de recursos humanos onde se concentra as admissões e demissões das respectivas obras. Suas decisões são tomadas mutuamente com os três sócios, a mesma não mantem um quadro de organograma da organização. 11 1.3 Problematização do tema A prática da auditoria tem como objetivo um profundo e amplo conhecimento da Ciência e das técnicas Contábeis por parte do profissional que planeja e executa. Nos dias atuais, cada vez mais as empresas buscam a eficiência e a eficácia, e a auditoria vem a contribuir na averiguação dos processos correspondentes as informações geradas. Esta atividade poderá contribuir para a empresa no sentido de fornecer aos gestores, em todos os níveis informações que auxiliem a controlar as operações e atividades, contribuindo com os processos de redução de conflitos ou até mesmo motivar e fazer com que a organização tenha mais produtividade. Diante da temática que envolve a contabilidade, o objeto de estudo se direcionou para a auditoria operacional na área trabalhista em uma empresa da construção civil, tendo como proposta conhecer o processo aplicado e contribuir para amenizar os riscos futuros de reclamatórias trabalhistas, pois na mesma ocorre um grande fluxo e giro de colaboradores. O ramo de atividade da empresa que foi analisada, por envolver um grande número de colaboradores com uma rotatividade alta, muitos deles com uma remuneração próxima ao salário mínimo, torna os mesmos bastante sensíveis na hipótese de ocorrerem erros ou redução de parcelas salariais. Esse segmento também e bastante visado em ações trabalhistas que podem ocorrer de modo individual ou coletivo. Uma ação coletiva para uma empresa de alta rotatividade com um número maior de cem funcionários podem comprometer sua sustentabilidade. Neste contexto, torna-se fundamental a realização de uma auditoria operacional trabalhista na empresa no sentido de verificar se os processos e procedimentos neste setor estão atendendo os controles internos e também a legislação vigente, na busca de resguardar a empresa de futuras ações trabalhistas e também contribuir para que os seus colaboradores tenham confiança nos procedimentos que estão sendo executados, proporcionando a legalidade dos processos. De acordo com o exposto questiona-se: De que forma a realização de uma auditoria operacional pode contribuir para minimizar os riscos futuros de reclamatórias trabalhistas em uma empresa no ramo da construção civil? 12 1.4 Objetivos 1.4.1 Objetivo Geral Avaliar os controles internos do setor de recursos humanos de uma empresa da construção civil identificando os pontos de controles, visando evitar ações trabalhistas futuras. 1.4.2 Objetivos Específicos Realizar uma pesquisa bibliográfica, aprofundando os estudos na área de auditoria operacional, legislação trabalhista, previdenciária e dissídio coletivo na categoria da construção civil. Analisar os controles internos aplicando os procedimentos de normas e técnicas da auditoria na verificação das práticas e procedimentos legais dentro do setor do departamento de pessoal. Elaborar o programa de auditoria para a empresa e aplicação dos papéis de trabalho Emitir um relatório, baseado nas constatações e evidências que podem surgir na realização da auditoria, abalizar para situações de irregularidades, riscos prováveis, se for necessário sugerindo melhorias para o melhor desempenho do setor auditado. 1.5 Justificativa A Auditoria interna é uma das mais importantes ferramentas para o controle administrativo. A ausência de controles adequados para a organização pode expor e expõe a inúmeros riscos, frequentes erros e desperdícios. A cada ano aumenta a competitividade de mercados, exigindo que as organizações tenham excelentes controles internos, sendo assim, quanto melhores e mais precisos forem seus controles, melhores são suas informações para a tomada de decisão. 13 Os controles internos são uma ótima ferramenta para acompanhar os resultados da empresa, permitindo aos gestores uma analise clara sobre a situação da mesma. A auditoria de recursos humanos é peça fundamental dentro da organização, pois a mesma examinará analiticamente e pericialmente as operações trabalhistas, direitos e deveres do empregado e do empregador, políticas e práticas de pessoal na organização, avaliando o seu funcionamento atual, por fim, emitindo um parecer sobre eventuais irregularidades encontradas nas análises e sugerindo melhores ações que a empresa deve tomar. Este estudo, para a empresa foi importante na qualificação da sua gestão diária, com a aplicação de uma auditoria operacional que teve cunho preventivo, trazendo a certeza que seus processos estão corretos, ou apontando o que tem que ser melhorado, se assim foi feito, não vai incorrer em uma auditoria punitiva, com multas aplicadas por órgãos fiscalizadores, mantendo a sustentabilidade da organização e a veracidade de seus processos. Para a acadêmica, o estudo foi uma forma de a mesma aprofundar e ampliar seus conhecimentos, buscando o seu desenvolvimento e qualificação nesta área para o exercício futuro desta atividade de auditoria interna nesta organização, proporcionando o domínio da técnica, da legislação e a experiência nesta área. Este estudo pode contribuir com futuras pesquisas e desenvolvimento do Curso de Ciências Contábeis da Universidade, ficando este relatório como mais uma referência de pesquisa e informação a quem tiver interesse na área da auditoria operacional. 14 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Este trabalho teve o propósito de verificar se os controles internos estão sendo contemplados baseado em dados de uma empresa real, avaliando e auditando o setor de recursos humanos, baseado nas leis trabalhistas e dissídio coletivo da categoria em estudo, sendo fundamentado teoricamente por meio da pesquisa bibliográfica, subsidiadas em livros de auditoria, artigos e site de órgãos contábeis. 2.1 Contabilidade Esta se vivenciando a Era da Informação e isto é o principal produto da Contabilidade, portanto, fazer Contabilidade é a única maneira de estar verdadeiramente inserido no mundo dos negócios. A contabilidade organizada é indispensável para que a empresa realize e preste serviço se apresenta como o grande pilar na veracidade da informação e consequentemente na credibilidade da organização perante seus clientes, fornecedores e investidores. 2.1.1 Conceito da Contabilidade A Contabilidade é Ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado decorrentes da gestão da riqueza econômica. Estuda o patrimônio das entidades sob o aspecto qualitativo e quantitativo, segundo Basso (2011, p.26) é um “conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica e financeira”. Para Sá (1998, p.42) “contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com a realidade, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia das células sociais”. 15 O consenso é que a contabilidade surgiu na necessidade de controlar o patrimônio e estudar suas variações, ferramenta indispensável para a gestão dos negócios, as organizações necessitam de uma adequada estrutura de informações confiáveis, e a contabilidade é a principal delas. 2.1.2 O Objeto da Contabilidade Na Contabilidade, o objeto é sempre o patrimônio. Basso (2005, p. 23) relata que “ o objeto da contabilidade é o patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade”. O patrimônio é enfocado pela contabilidade sob dois aspectos básicos, o qualitativo considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista da sua natureza, e quantitativo como expressão de valor econômico ou seja do ponto de vista do valor monetário. Segundo Berti (2001, p.35) o objetivo da contabilidade decorre do conceito “registrando-o e controlando-o, com a finalidade de fornecer informações ao administrador e a terceiros sobre a situação econômico-financeira de uma entidade ou agente econômico”. Portanto a contabilidade busca primordialmente, apreender, no sentido mais amplo possível, e entender as mutações sofridas pelo patrimônio, tendo em mira, muitas vezes, uma visão prospectiva de possíveis variações, tanto podem decorrer de ação do homem, ou dos efeitos da natureza sobre o patrimônio. 2.1.3 A Finalidade da Contabilidade Para o autor Iudícibus (1995, p. 21), “o objetivo da contabilidade, portanto, pode ser resumido no fornecimento de informações econômicas para os vários usuários, de forma que propiciem decisões racionais”. A Resolução 774 do (CFC 2000, p. 33) que “ a existência de objetivos específicos não é essencial à caracterização de uma ciência, pois caso o fosse, inexistiria a ciência “pura”, aquela que se concentra tão somente no seu objeto”. 16 Para Sá (1998, p. 89) as finalidades são: Orientação para investidores e para o mercado de capitais. Orientação para credores e instituições de crédito. Orientações sociais e trabalhistas. Análise científica para modelos de comportamento da riqueza para ensejar decisões administrativas. Modelos para a prosperidade. Controles governamentais de fiscalização e auditoria fiscal. Instrumentos de provas judiciais e perícia contábil. Previsões de ocorrências e efeitos orçamentários. Explicação de fatos patrimoniais e análises contábeis. Investigação sobre a regularidade da gestão. Dados e pesquisa social e econômica. Logo o objetivo da contabilidade é fornecer informações fidedignas e tempestivas sobre o patrimônio, e sobre o resultado da entidade aos diversos usuários da informação contábil. Nesse aspecto, vale salientar que fundamentalmente a contabilidade deve propiciar condições para que a administração possa tomar decisões mais racionais para preservação, ampliação do patrimônio e consequentemente continuidade da entidade organizacional. 2.1.4 Função da Contabilidade Alguns estudiosos fazem uma alusão direta das funções da contabilidade. Sendo assim Franco (1997, p.19), diz que: A função é registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar todos os fenômenos que ocorrem no patrimônio das entidades, objetivando fornecer informações, interpretações e orientação sobre a composição e as variações do patrimônio, para a tomada de decisões de seus administradores. Já Crepaldi (1995, p.24) relata que: A contabilidade é um dos principais sistemas de controle e informação das empresas. Com a análise do balanço patrimonial e da demonstraçãodo resultado do exercício é possível verificar a situação da empresa, sob os mais diversos enfoques, tais como: análises de estrutura, de evolução, de solvência, de garantia de capitais próprios e de terceiros, os bancos, as financeiras, ao clientes, etc. Assim, pode-se dizer que as funções da contabilidade é composta pela classificação e registro dos fatos contábeis, de maneira a garantir o atingimento dos objetivos previstos pela mesma. 17 2.2 Auditoria Conjunto de procedimentos que examinará a integridade adequação e eficiência dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras, e operacionais da organização. 2.2.1 Conceito de Auditoria Definição de auditoria, segundo Crepaldi (2002, p.23) “de forma bastante simples, pode-se definir auditoria como o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade”. Portanto Franco e Marra (1982, p.20) diz que: Auditoria é a técnica contábil que através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, inspeções e na obtenção de informações relacionadas com o controle patrimonial de uma entidade – objetiva obter elementos de convicção que permitem julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações demonstradas. Então, a partir das definições dos diversos autores resume-se a auditoria como sendo uma técnica contábil com características próprias, cujo objetivo é a emissão de uma opinião sustentada sobre exames realizados nas demonstrações contábeis e controles internos da entidade examinada, visando a determinar a fidedignidade dos registros e demonstrações. 2.2.2 Objeto e Fins da Auditoria O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas ,arquivos e anotações que comprovem a veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interessados patrimoniais. 18 Segundo Basso (2005, p. 93) ”a principal função da auditoria é a confirmação da lisura dos procedimentos administrativos, operacionais, dos registros contábeis e das consequentes demonstrações contábeis”. Complementando Crepaldi (2002, p.23) o objeto da auditoria pode ser definido como: Conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a legitimidade dos atos da administração,[...] A auditoria pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente, mas relatados por aqueles que exercem atividades relacionadas com o patrimônio administrado. Sobre esse objeto a auditoria exerce sua ação preventiva, confirma a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes, com o fim de opinar sobre a adequação das situações e informações contidas nas demonstrações contábeis, na salvaguarda dos direitos dos proprietários, dos financiadores do patrimônio, do próprio fisco e, até da sociedade em geral. Portanto, é a auditoria que dá credibilidade às demonstrações contábeis e às informações nelas contidas. Embora a auditoria não se destine especificamente à descoberta de fraudes, erros ou irregularidades praticados por administradores ou funcionários, ela frequentemente apura tais fatos, através dos procedimentos que lhes são próprios. 2.2.3 Os Objetivos da Auditoria A Auditoria é um modo de comprovar a regularidade ou não dos procedimentos administrativos e contábeis em uma entidade, podendo encontrar, além dos possíveis erros, ou até fraudes. Para que a auditoria seja aplicada é necessária à autorização e ou solicitação do responsável pela entidade a ser auditada. Segundo Crepaldi (2000, p.27) “o Objetivo Principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras Portanto Hoog e Carlin (2005, p.50), define ainda o objeto da contabilidade da seguinte forma: O objeto do exame normal de auditoria das demonstrações contábeis é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas, a assegurar que elas representam adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e 19 as origens e aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os princípios de contabilidade. No entanto os exames de auditoria devem ser realizados de acordo com as normas de auditoria, inclusive quanto às provas nos registros contábeis e aos procedimentos de auditoria julgados necessários nas circunstâncias. 2.2.4 Técnicas Básicas de Auditoria As técnicas da auditoria são orientações para a busca das informações do exame. Segundo Basso (2005, p.134), “As técnicas básicas de auditoria podem ser conceituada como caminhos, métodos, meios ou ferramentas utilizadas pelo auditor para a obtenção das provas auditoriais”. Portanto Basso (2005, p.135) as técnicas básicas de auditoria consagradas na literatura especializada são: a) Exame e contagem física: consiste no exame físico do objeto, envolvendo a identificação, contagem e verificação da sua autenticidade, qualidade, propriedade e localização. b) Confirmação: consiste em obter declaração por escrito de alguém de fora da empresa sobre um fato que esta pessoa esteja capacitada para confirmar, essa técnica é importante no exame de contas a receber e a pagar. c) Exame de Documentos Originais: consiste na análise de documentação que deu origem a escrituração contábil da entidade. Ao analisar os documentos originais busca-se a segurança quanto à autenticidade dos documentos, confirmar se as operações realizadas pela empresa são adequadas a sua atividade, se as operações tiveram a autorização de pessoa competente e também se os registros foram feitos adequadamente. d) Conferência de Cálculos: essa é a mais simples e considerada a mais completa das técnicas de auditoria, nesta técnica o auditor refaz os cálculos feitos pela entidade, para comprovar a exatidão dos mesmos, é utilizada em diversas situações, também é realizada a conferencia dos documentos comprobatórios, registros e demonstrações contábeis. 20 e) Acompanhamento Retroativo dos Procedimentos da Escrituração: nesta técnica são refeitos os lançamentos já contabilizados pela entidade, desde o exame dos documentos originais, dos registros do diário e razão e o levantamento de um novo balancete. Essa técnica é útil para a certificação dos procedimentos de escrituração adotados pela entidade. f) Investigação Minuciosa: consiste na investigação aprofundada de determinado objeto, que pode ser uma conta, um livro de registro original ou qualquer outra fonte de informação. Assim toda a vez que surgir um novo fato incomum na escrituração o auditor se utiliza desta técnica, colocando em prática todo seu conhecimento e experiência na busca de comprovação dos fatos. g) Inquérito: esta técnica consiste na formulação de perguntas criteriosas com o objetivo de obter respostas satisfatórias de pessoas ligadas a empresa. Essas questões devem sempre buscar obter elementos que contribuam para obtenção de provas relacionadas com o processo. h) Exame de Registros Auxiliares: nesta técnica são conciliados os livros de registros auxiliares (inventário, caixa, empregados, e outros) com os livros obrigatórios buscando a regularidade entre os mesmos. i) Correlação de Dados: consiste em confrontar as operações com o saldo das contas entre si, nesta técnica, em boa parte da conta é possível estabelecer relação de legitimidade e exatidão dos registros e valores. j) 0bservação: esta técnica apesar de ser auxiliar está sempre presente nos trabalhos do auditor, consiste na observação constante de tudo o que acontece, principalmente na relação entre as pessoas, para testar o funcionamento do controle interno. Assim sendo Araújo (2001, p.78) acrescenta que as técnicas “representam o conjunto de técnicas ou métodos que permite ao auditor obter elementos probatórios de forma suficiente e adequada para fundamentar seus comentários, quando da elaboração de seu relatório”. Deste modo, durante a execução do trabalho, o auditor deverá estar atento sobre a melhor forma de obtenção de provas necessárias ao seu trabalho, para que as técnicas e procedimentos de auditoria realmente possam ser úteis e eficientes. A prática adequada dessas técnicas, conjugada com os objetivos traçados, permitirá a auditor executar o programa de 21 auditoria de acordo com tais objetivos e com segurança fornecidos pelos sistemas de controles internos avaliados. 2.3 Normas de Auditoria De acordo com Crepaldi (2002, p.111), “as normas de auditoria orientam os auditores na realização de seus exames e na preparação do relatório”. As normas de auditoria são requisitos a serem observados no desenvolvimento do trabalho de auditoria, segundo Basso (1989, p.115). Normas de auditoria são entendidas como regras gerais, estabelecidas por profissionais da área e por eles aprovados, com a finalidade de auxiliar e orientar no exercício da profissão. São diretrizes básicas que orientam tecnicamente o auditor e determinam formas de conduta ética e mora As Normas brasileiras de auditoria são regras ditadas pelos órgãos reguladores da profissão contábil do Brasil e tem por objetivo a regularização da profissão e atividades, bem como, estabelecer diretrizes a serem seguidas pelos profissionais no desenvolver de seus trabalhos. As normas atualmente em vigor no Brasil são emitidas em conjunto pelo CFC, IBRACON, Banco Central do Brasil, a CVM e a Superintendência de Seguros Privados. No âmbito internacional, a Federação Internacional de Contadores (IFAC) também emite pronunciamentos através da Comissão de Normas Internacionais de Auditoria, a qual contém orientações aos países-membros daquele órgão. As principais normas em vigor no Brasil é a Resolução CFC nº 820, de 17 de dezembro de 1997, que a prova a NBC T 11 – Normas de auditoria independente das demonstrações contábeis, e a Resolução CFC nº 821/97, de 17 de dezembro de 1997, que são periodicamente complementadas por instruções técnicas do Conselho Federal de Contabilidade. Em função da vigência das leis 11.638/7 e 11.941/09, que introduziram modificações nas Normas de Contabilidade e de Auditoria no Brasil, as normas de auditoria em vigor antes da vigência dessas leis, estão sendo revisadas e já foram emitidas várias resoluções que adaptam as atuais normas de auditoria independente das demonstrações contábeis às normas de auditoria adotadas no exterior. 22 2.4 Formas de Auditoria Um contrato de auditoria a ser realizado, deverá considerar as características peculiares do serviço a ser realizado, o que definirá a forma do trabalho a ser executado. 2.4.1 De acordo com a extensão do trabalho Conforme Basso (2005, p.103) “Os serviços de auditoria variam de acordo com a extensão do trabalho, a profundidade dos exames, a sua natureza, os fins a que se destinam e as relações entre o auditor e a entidade auditada”. Magalhães (2001, p.25), complementa “as formas mais conhecidas definem-se quanto à extensão, a profundidade e a tempestividade”. Portanto Basso (2005, p.103) afirma que: duas são as subdivisões da auditoria: a) Auditoria Geral: é aquela que se refere a todos os elementos patrimoniais, bem como a todas as operações do exercício social, sobre o que o auditor deverá, ao final de seu trabalho, emitir parecer. b) Auditoria Parcial: esta diz respeito a exames de apenas uma ou algumas partes do patrimônio ou de algumas demonstrações contábeis, ou mesmo de algum setor específico da entidade auditada, com finalidades especiais. Portanto a abordagem da auditoria quanto a extensão do trabalho poderá apresentar-se quanto perspectiva geral, quando abrange todas as unidades operacionais, quando abrange algumas demonstrações contábeis ou específica destinada a exames das demonstrações contábeis. 2.4.2 De acordo com profundidade dos exames Segundo Basso ( 2005, p.104) “a profundidade dos exames refere-se à aplicação dos procedimentos de verificação no todo ou em parte dos elementos objetos de verificação”. 23 Complementa dizendo Franco e Marra (2000, p.206/207) que estes procedimentos têm as seguintes subdivisões; a) Revisão Integral: compreende o exame de todos os registros contábeis, bem como de todos os documentos e controles da entidade, com a finalidade de descobrir erros e fraudes. b) Auditoria por Testes(Amostragens): compreende o exame de determinada parcela da população alvo, determinada com base na avaliação dos controles internos da entidade auditada. c) Revisão Analítica: a revisão analítica aparece quando o auditor, por razões de deficiências do controle interno ou por descobertas de irregularidades, decide aprofundar os exames de determinados elementos na busca de melhores provas, capazes de dirimir dúvidas e dar-lhe novos elementos de convicção para a formação de sua opinião. Portanto, a revisão da auditoria poderá ser geral, parcial ou limitada com a profundidade de verificação integral, por amostragem ou analítica, e poderá ser realizada permanente ou eventualmente. 2.4.3 De acordo com a sua natureza Esta forma está ligada a duração dos serviços, segundo Basso (2005, p. 105)) está dividida entre: a) Auditoria Permanente: aquela que é exercida em caráter permanente, como o caso da auditoria interna em certas entidades. Em alguns casos a auditoria externa pode assumir o caráter de permanente, quando o auditor estabelece um cronograma de atividades permanentes para vários anos, sem solução de continuidade. b) Auditoria Eventual: aquela que se refere a um serviço específico, isto é, o auditor é contratado para examinar e opinar sobre uma determinada situação, sem programa de continuidade: pode ser parcial, integral ou por testes. Segundo Franco e Marra (2000, p.210), completa com uma terceira divisão; Aauditoria de balanço com fim específico, onde; Poderão ter por objetivo apenas as demonstrações contábeis periódicas, como o balanço patrimonial, com os fins de acautelar interesses de acionistas e investidores; controle administrativo; concessão de créditos; atender a exigências legais; e apurar o valor real do patrimônio líquido da entidade. 24 Portanto, a auditoria de acordo com a sua natureza poderá ser continuada, para fins específicos e poderá ter por objetivo apenas as demonstrações contábeis periódicas. 2.4.4 De acordo com os fins a que se destina Para Basso (2005, p.106)) diversos poderão ser os objetivos ou as finalidades dos serviços de auditoria. a) Auditoria para acautelar interesses de acionistas e investidores: é o comum, com surgimento das empresas de capital aberto, ocorrerem situações em que a maioria dos acionistas e investidores em geral não participa diretamente da administração da empresa. b) Auditoria para controle administrativo: que pode ser geral e permanente, e por isso se confunde com a do item anterior e também com a específica. c) Auditoria para apurar erros e fraudes: auditoria específica contratada por entidades que não mantem auditores e que os procuram somente nos momentos em que o erro ou fraude se manifesta. d) Auditoria para apurar o valor real do patrimônio: serviço de auditoria executado com vistas a apuração do valor real do patrimônio bruto (ou líquido) da entidade, com a finalidade de, principalmente, acertos por retirada ou admissão de sócio/acionista, colocação de ações com ágio no mercado, etc. e) Auditoria para concessão de crédito: serviço exigido por agente financeiro para certificar-se do real estado financeiro e econômico da empresa para a qual vai conceder crédito. f) Auditoria para cumprimento de obrigações fiscais: a auditoria geral e permanente, de certa forma faz também um exame do cumprimento das exigências fiscais. g) Auditoria para confirmar a exatidão das demonstrações contábeis: de certa forma, todos os tipos de auditoria caracterizados concorrem para a comprovação da exatidão das demonstrações contábeis. 25 Deste modo Franco & Marra (2000, p.212), salientam que “A auditoria para esse fim abrange as demonstrações contábeis que encerram a prestação final de contas dos administradores e sobre as quais o auditor da seu parecer final.” Logo, a auditoria destina-se a concessão de créditos, apurar o valor real do patrimônio líquido, cumprimento das obrigações fiscais, para satisfazer sócios e controles administrativos. 2.4.5 De acordo com a relação do auditor com a entidade auditada A relação contratual entre o auditor e a entidade auditada estabelece a divisão fundamental dos serviços de auditoria, segundo Basso (2005 p.108), pode-se dizer que é o divisor entre: Auditoria Externa: aquela realizada por profissional liberal autônomo ou por empresa de auditoria independente, sem vínculo de emprego, contratada para prestar um serviço especializado de auditoria permanente ou eventual, por determinado cliente. Auditoria Interna: aquela exercida, geralmente, por funcionários da própria entidade em que atuam em caráter permanente. Para Crepaldi (2002, p.49) complementa que na auditoria externa “os exames das operações são dirigidos principalmente visando a averiguar os reflexos destas nas operações”. Segundo Crepaldi (2002, p.49) completa que na auditoria interna “os exames das operações são dirigidos principalmente visando aos aspectos de eficiência operacional/administrativa”. Portanto o auditor interno é responsável por seus atos perante a empresa, o auditor externo por sua vez, presta serviço ao público em geral visando principalmente a credibilidade das demonstrações contábeis. 2.5 Provas de Auditoria O parecer do auditor independente é um documento de responsabilidade que implica numa gama de atribuições para quem o emite, devendo o profissional possuir meios adequados e confiáveis de comprovar sua opinião a lisura das afirmações. As provas e 26 evidências utilizadas pelo auditor podem ser questionadas, por isso o auditor deve possuir um censo crítico quanto à confiabilidade ou não das provas adquiridas, principalmente quanto às suas fontes, origens e natureza. Segundo Basso (2005 p.130), “a prova auditorial significa todos os dados que o auditor conseguiu levantar para fornecer seu parecer”. As informações contidas nas demonstrações contábeis de uma determinada entidade podem ser resumidas em cinco grandes grupos, de acordo com a sua natureza: a) Afirmações de existências ou inexistências. b) Afirmações de fatos passados. c) Afirmações de condições quantitativas. d) Afirmações de condições qualitativas. e) Afirmações matemáticas. Portanto, sem provas um auditor não tem bases suficientes que lhe permitam fazer um julgamento, formar uma opinião, ou, ainda, assinar um relatório de auditoria. 2.5.1 Tipos de Prova de Auditoria Sem provas um auditor não tem base suficiente que lhe permitirá fazer um trabalho averiguando a veracidades dos fatos. Segundo Basso ( 2005, p.132) ressalta que: A tipificação da prova auditorial decorre de um esforço de estudiosos no assunto em formular, de acordo com a natureza das informações das demonstrações contábeis, alguns enunciados poderá evidenciar as diversas formas de obtenção de provas auditoriais, caracterizados assim: a) Exame físico b) Documentos hábeis c) Declaração de terceiros d) Declarações formais de administradores e funcionários e) Declarações informais f) Cálculos feitos pelo auditor g) Controle interno satisfatório h) Atos subsequentes da entidade i) Registros auxiliares j) Inter-relações de dados As diferentes provas tipificadas, consubstanciadas nos papéis de trabalho de auditoria, de uma ou outra forma irão proporcionar ao auditor condições para a elaboração do relatório de auditoria e a emissão de seu parecer sobre o objeto de seu exame. 27 2.6 Papéis de Trabalho de Auditoria O contador deverá colher elementos comprobatório que o apoiem em seu parecer, os papéis de trabalho surgem com a finalidade de registrar evidências obtidas no decorrer dos trabalhos. Sá (1980, p.142), diz que “os papéis utilizados para transcrever dados, fazer anotações, analisar contas, demonstrar cálculos, relatar situações, espelhar levantamentos, em suma, executar a tarefa de auditoria, são denominados papéis de trabalho”. Portanto Crepaldi (2002, p.259) complementa dizendo “entende-se por papéis de trabalhos o conjunto de formulários e documentos que contem as informações a apontamentos coligidos pelo auditor, no decurso do exame, as provas por ele realizadas”. Conforme a resolução CFC nº 1024 de 15 de abril do ano 2005, aprova a NBC T 1.3 que correspondentes a papéis de trabalho ressalta que: O auditor deve documentar as questões que foram consideradas importantes para proporcionar evidência, visando a fundamentar seu parecer da auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam. Sendo assim, os papéis de trabalho qualquer matéria que, por ser relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar papéis de trabalho que apresentem as indagações e as conclusões do auditor. 2.6.1 Finalidades e objetivos dos Papéis de Trabalho de Auditoria A finalidade dos papéis de trabalho segundo Hoog e Carlin (2005, p.61) relata que: A finalidade principal dos papéis de trabalho do auditor é a de servir como base e sustentação da opinião do auditor. Eles constituem o testemunho do trabalho que o auditor efetuou, a forma como foi realizado esse trabalho e registram e documentam as conclusões a que o auditor chegou. 28 Portanto Basso (2005, p.144) cita duas principais finalidades dos papéis de trabalho sendo elas: a) Reunir provas para fundamentar a opinião do auditor contida em seu parecer b) Comprovar a execução do trabalho realizado O papel de trabalho terá como finalidade colher elementos comprobatórios suficientes para evidenciar o trabalho realizado pelo auditor e dar fundamento em sua opinião sobre as atividades e os processos examinados. Embora, os papéis de trabalho tenham origem dos documentos que são de propriedade da empresa eles pertencem exclusivamente ao auditor, devido ao fato de que neles está fundamentada a sua opinião. Os papéis de trabalho são de natureza confidencial e não podem em hipótese alguma ser utilizados em benefício próprio ou de outrem, uma vez que os mesmos trazem informações obtidas da empresa. 2.6.2 Da Estruturação dos Papéis de Trabalho De acordo com Crepaldi (2002), quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor deverá levar em consideração alguns aspectos relativos à forma da estrutura, a saber: a) Concisão: os papéis de trabalho devem ser concisos, de forma que todos entendam. b) Objetividade: os papéis de trabalho devem ser objetivos, de forma que se entenda a onde a auditor quer chegar. c) Limpeza: os papéis de trabalho devem ser limpos, de forma a não prejudicar o entendimento destes. d) Lógica: os papéis de trabalho devem ser elaborados de forma lógica de raciocínio. e) Completos: os papéis de trabalho devem ser completos por si só, evitando assim que o revisor destes tenha que recorrer a novas informações para fundamentar o que foi executado pelo auditor. 29 2.7 Planejamento e Programa de Auditoria 2.7.1 Planejamento deAuditoria Todo o trabalho executado em uma empresa antes de quaisquer procedimentos deverá ser planejado e desenvolvido um programa de auditoria com objetivos a serem alcançados, conforme Hoog e Carlin (2005, p.85): O planejamento da auditoria pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade, e o nível geral de competência de sua administração considerando prazo para início dos trabalhos pelos envolvidos, local, documentação e informações, forma de conclusão, postura, objetivo a ser atingido com a auditoria etc, Todo e qualquer trabalho de auditoria deve ter um programa no qual possa detalhar o procedimento da busca das informações e como será executado dentro das normas legais e cabíveis a ele. Portanto Franco e Marra (2000, p.291): O programa de auditoria consiste no plano de trabalho para exame de área específica. Ele prevê os procedimentos que deverão ser aplicados para que se possa alcançar o resultado desejado. Deve, entretanto, ser bastante amplo e flexível, para permitir alterações durante o andamento das verificações, segundo aconselham as circunstancias, isto é, o maior ou menor eficiência dos controles internos do cliente. Sendo assim o planejamento de um serviço de auditoria, assim como o de qualquer outra atividade, deverá estabelecer as atividades do auditor, para serem aplicadas no sistema contratante, fixa as prioridades entre os objetivos elegidos e seleciona os meios para obter tais objetivos. 2.7.2 Programa de Auditoria O programa de auditoria consiste de acordo com Perez Junior (1995), os objetivos do planejamento de uma auditoria se tornam mais eficientes quando este planejamento é feito por escrito, e sua emissão resultará na elaboração de programa de auditorias, onde as ideias relativas ao que fazer, como e porque fazer é convertido em procedimentos da auditoria, realizado por escrito na forma de programa. 30 Segundo (Basso, 2005 p.245) a elaboração de um programa “de auditoria adequado implica, ainda, em selecionar os procedimentos de verificação que devem ser aplicados a determinadas situações.” Portanto, estes programas terá a finalidade de obter informações adequadas que possibilite ao auditor formar sua opinião. 2.8 Relatórios de Auditoria O relatório de auditoria será o produto final realizado pelo auditor, sua função será de informar a empresa auditada sobre o trabalho executado. Segundo Basso (2005, p.332) diz que: O relatório é o produto do trabalho realizado e é por ele que o auditor informa as pessoas sobre o trabalho que realizou, o alcance atingido pelo trabalho, a forma como e fez e as conclusões a que chegou, que ao final culminarão com sua opinião ou parecer sobre o objeto da auditoria, em geral, as demonstrações contábeis ou outras peças examinadas. Neste sentido, Vieira (2011, p. 14) expressa que este “consiste numa narração ou descrição ordenada e minuciosa dos fatos que foram constatados, com base em evidência concreta, durante os exames de auditoria operacional”. Portanto, no que consiste o relatório de auditoria deverá relatar com fidelidade os trabalhos executados e os fatos observados, não omitindo fatos que poderá trazer prejuízos a terceiros. 2.8.1 Tipos de Relatórios de Auditoria Os relatórios emitidos pelos auditores poderão ser classificados de dois tipos: relatórios informais e formais. Conforme Franco e Marra (2000, p.519): [....] podemos considerar a existência de relatórios formais, elaborados de forma escrita e sujeitos e determinadas normas, muitas das quais estão contidas nas próprias normas de auditoria, como mencionaremos abaixo, existindo ainda os relatórios informais, que geralmente não consubstanciam a forma escrita, mas compreendem apenas informações verbais, transmitidas aos administradores da entidade auditada, ou a seus subordinados, e que envolvem assuntos ou erros não relevantes, que podem ser corrigidos sem que precisem constar de relatórios formais. 31 Os relatórios formais ainda podem se subdividir em relatórios analíticos e sintéticos. Os relatórios analíticos normalmente tem a mesma elaboração do plano de auditoria, são longos e compreendem o parecer do auditor bem como todas as informações pelo auditor utilizadas. Os relatórios sintéticos são breves, seguem alguns requisitos estabelecidos nas Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis e seguem aspectos mínimos como endereçamento, identificação e características dos exames, opinião, obediência aos Princípios e as Normas Técnicas de Contabilidade e fecho do parecer. 2.9 Auditoria Operacional A Auditoria Operacional tem a finalidade de dar credibilidade às informações da entidade auditada com o fim específico de emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Segundo Hoog e Carlin (2005, p.56) A Auditoria Operacional Contábil na confrontação dos elementos da contabilidade com as operações da empresa, visando especificamente dar credibilidade as informações, números e resultados que as peças contábeis devem obrigatoriamente transmitir ao público em geral, através do parecer ou mesmo apenas para entender os interesses dos proprietários e executivos quantoa transparência de gestão e prestação de contas através de relatórios específicos. Portanto Araújo (2001, p.27), diz que a auditoria operacional “ é a análise e avaliação do desempenho de uma organização no todo ou em partes, objetivando formular recomendações e comentários que contribuirão para melhorar os aspectos de economia”. A Auditoria Operacional consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, dos órgãos ou entidades, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia, economicidade, efetividade e qualidade, procurando auxiliar a administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. 2.9.1 Objetivo da Auditoria Operacional De acordo com Gil (2000), o objetivo de realização da auditoria operacional é: 32 a) Avaliar o nível de operacionalização das unidades consoantes com os normativos vigentes; b) Contribuir para otimização da dinâmica de atuação das unidades via auditoria preventiva, baseada na aplicação de checklist, cobrindo produtos, serviços e infraestrutura; c) Verificar a adequa cidade das normas operacionais das unidades em função da evolução da tecnologia de cada organização; d) Estimular a qualidade organizacional; Sendo assim, Araújo (2001, p.45) salienta que o objetivo da auditoria operacional “é examinar a ação governamental quanto aos aspectos da economicidade, eficiência e eficácia”. Desta forma, o objetivo da auditoria operacional será de dar subsídios para todos os membros da administração, com o intuito de fazer melhorar a gestão na busca da eficiência por meio da economicidade para atingir a eficácia 2.10 Auditoria de Recursos Humanos O departamento de recursos humanos é um dos setores mais importantes de uma organização, atuará de forma vital na sua manutenção e desenvolvimento. É responsável por toda a rotina dos colaboradores dentro da empresa, desde o processo seletivo até o seu desligamento, envolvendo a legislação que estará sempre em constante atualização. Segundo Gil (2000) a auditoria nesse setor tem muita importância, como técnica contábil, pois poderá detectar falhas ou fraudes, e ainda a não observância na legislação vigente, utilizando-se de documentos apropriados para os exames como folha de pagamento, guia de recolhimentos, encargos previdenciários e trabalhistas, buscando desta forma evidenciar possíveis erros e fraudes que acontecem ou possam vir acontecer. Assim a auditoria de recursos humanos poderá auxiliar aos empresários a ter uma ampla visão do seu quadro de pessoal. Para fazer auditoria no setor de recursos humanos, deve-se ter conhecimento da Legislação Trabalhista, previdenciária e conhecimentos jurídicos. 33 Conforme art. 2° da CLT (2006, p.239), “considera empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumido os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço”. Conforme art. 3° da CLT (2006, p.239), “considera empregado toda pessoa física que presta serviço de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.” Portanto, as empresas deverá cada vez mais procurar sua eficiência produtiva, verificando processos e sistemas, sendo assim a auditoria se torna peça fundamental para tal objetivo, pois ela estuda a veracidade das informações do controle interno, a mesma se ramifica em diversas áreas de estudo, sendo uma delas a auditoria de recursos humanos. 2.10.1 Admissão de Pessoal Inicialmente as vagas disponíveis para o processo seletivo são divulgadas nos diversos meios de comunicação, após realizará a seleção de pessoas que se adaptam a necessidade da vaga oferecida pela organização. De acordo com Almeida (1988, p.348) “a atividade de recrutamento significa atrair os candidatos que possuam os requisitos mínimos exigidos pelas empresas...” 2.10.2 Documentação necessária para Admissão Realizado todo o processo de recrutamento e seleção, partirá para a parte burocrática, a hora da contratação. Antes da efetiva e definitiva contratação o primeiro passo para que se realmente firmem entre as partes um sólido contrato de serviços, e de que a empresa, às suas custas, deverá encaminhar o colaborador para um exame médico admissional. Exame este que de preferência deverá ser realizado por um médico contratado da empresa e que avalie física e psicologicamente as aptidões deste colaborador, para fins de que este, estando apto, seja de fato efetivado ao cargo. Feito o exame e estando apto o colaborador, a empresa que rege seu funcionamento pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), deverá efetuar o registro do empregado. Alguns documentos são essenciais para a 34 formalização do contrato de trabalho e outros apenas recomendados. Abaixo relação de documentos necessários para o registro: - Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), mediante recibo de entrega e devolução; - Cadastro de Pessoa Física (CPF); - Carteira de Identidade (RG); - Carteira Motorista ( caso a função exija); - Título de Eleitor; - Certificado Reservista para homens com mais de 18 (dezoito) anos; - Histórico Escolar; - Menor Estudante: Atestado de frequência da instituição de ensino; - Exame Médico admissional; - Uma Foto 3x4 - Certidão de Casamento/ Nascimento; - Certidão de Nascimento de filhos menores de 14 anos; - Comprovante de Inscrição do PIS - Comprovante de Residência Tendo em posse dos documentos descritos e acertadas as questões de cargo e salário o colaborador ficará devidamente registrado a empresa em conformidade com a lei. 2.10.3 Contrato de Trabalho O contrato de trabalho é um documento que estabelece o vínculo empregatício, mediante a assinatura do mesmo por empregador e empregado e da carteira de trabalho. Conforme a CLT (art.443), “ o contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado”. Sendo assim o contrato de trabalho é todo consenso em que haja uma parte disposta a contratar e a outra parte disposta a prestar serviços mediante contra prestação que é o salário. 35 2.10.4 Contrato de experiência É um contrato de trabalho normal, porém com um período de vigência preestabelecido, sendo de noventa dias conforme artigo 445 da CLT o período máximo previsto em lei, podendo haver somente uma prorrogação. 2.10.5 Contrato por Prazo Determinado Este contrato consiste em um acordo antecipado em relação ao início e fim da relação de emprego entre empregador e empregado. Conforme CLT (2006, art. 443, parágrafo lº) pronuncia que, "considera-se como prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou de execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão de aproximada”. Ainda de acordo a CLT (art.445), “o contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2(dois) anos, observada a regra do art.451”. A nova modalidade de contratação criada pela lei nº 9601/98, depende sempre de precisão em convenção ou acordo coletivo e abrange qualquer atividade da empresa, devendo gerar, obrigatoriamente, aumento de postos de trabalho, novas vagas. Portanto o contrato de trabalho por prazo determinado é uma espécie de contrato de trabalho cuja natureza ou transitoriedade das atividades justifica a predeterminação do prazo. Nenhuma disposição de contrato que contrarie normas de convenção ou acordo coletivo de trabalho poderá prevalecer na execução do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito. 2.10.6 Contrato por Prazo Indeterminado Este contrato de trabalho refere-se a um contrato que não há período de vigência pre estabelecido. 36 Segundo Formica (1998, p.24), diz que contrato indeterminado é “ todo contrato que sucede, dentro de seis meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo quando se tratar de execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos”. Considera assim que quando houver o final da vigência de um contrato de experiência, não havendo a dispensa por parte do empregador, nem o desejo de ser dispensado por parte do colaborador, entra se no período de contrato por tempo indeterminado. 2.10.7 Outros ( Menor Aprendiz) Além, dos contratos por tempo determinado e indeterminado, existe o contrato de trabalho especial do menor aprendiz, de acordo com a Lei nº 10.097 de dezembro de 2000, “ é proibido a qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos”. O artigo 18 da lei nº 11.180 de 2005 o artigo da CLT nº 428 passa a vigorar com a seguinte redação: Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de vinte e quatro anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação." 2.10.8 Jornada de trabalho e Duração A jornada de trabalho corresponde ao tempo que o empregado fica a disposição do empregador. A Constituição Federal 1988 artigo 7º inciso XIII, preceitua “que a duração do trabalho normal não superior a 8hs diárias e 44hs semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”. A limitação da jornada de trabalho, atualmente vigente, não impossibilita que ela seja menor, apenas assegura um limite máximo. 37 2.10.9 Registro dos Empregados/ Carteira de Trabalho Registro de empregados é um dos meios utilizados para comprovação de tempo de serviço perante a Previdência Social, servindo também para provar a vinculação entre empregado e empregador. Atualmente, o registro pode ser feito em livro ou ficha, bem como através de sistema informatizado. O Ministério do Trabalho, através da Portaria 41 de março 2007, edita normas referentes ao registro de empregados e a anotação da carteira profissional. O empregador poderá adotar ficha de anotações, exceto com relação a admissão e demissão, que deverão ser anotadas na carteira de trabalho do empregado, sendo que este poderá solicitar o fornecimento dos dados constantes na ficha de anotações, sendo ela de forma clara, sem abreviaturas. O Registro de empregados a que se refere o artigo 41 da CLT, pertence ao empregador e deverá conter obrigatoriamente nome do empregado, data de nascimento, filiação, nacionalidade, naturalidade, número e série do PIS/PASEP, data de admissão, cargo e função, jornada de trabalho, férias, acidente do trabalho quando houver. A carteira de Trabalho e Previdência Social é hoje, por suas anotações, um dos únicos documentos a reproduzir com tempestividade a vida funcional do trabalhador. Assim, garante o acesso a alguns dos principais direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, benefícios previdenciários e FGTS. 2.10.10 Exigências Legais São os procedimentos relevantes que as empresas regidas pela CLT deverão observar no momento de contratar ou manter o colaborador na sua organização, formalidades pertinentes da legislação vigente. a) livro de Inspeção do Trabalho Conforme artigo 3º da portaria 3158 de maio de 1971, “a inspeção do trabalho destina-se a fiscalizar e assegurar o cumprimento das disposições legais, no que refere à proteção dos colaboradores no exercício das atividades.” 38 De acordo com CRCRS (2012) “ a legislação estabelece para a verificação e eventuais anotações dos autos de infração e dos termos de ocorrência, que o livro de Inspeção do Trabalho deverá ser mantido em cada um dos estabelecimentos que tenham empregados”. b) Livro ou Relógio Ponto O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministério do Trabalho. O parágrafo 2º do art. 74 da CLT diz que “nos estabelecimentos com mais de dez trabalhadores é obrigatória à anotação da hora de entrada e saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico.” c) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados Conforme site do MTE, O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED foi criado pelo Governo Federal, através da lei nº 4923/65, que “ instituiu o registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT”. Portanto este cadastro servirá como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada para ações governamentais, é utilizado, ainda, pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais. d) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes As empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais que possuam empregados regidos pela CLT ficarão obrigados a organizar e manter em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão interna de prevenções de acidentes – CIPA. Conforme artigo 163 da CLT, (2006). Será obrigatória a constituição da comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Parágrafo único: O Ministério do Trabalho e Emprego regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAS. Portanto Gonçalves (2011, p.48) expressa que “independentemente da classificação da empresa(grau de risco), as empresas com até (19) dezenove empregados estão desobrigadas de constituir CIPA”. 39 Consequentemente a CIPA estabelecerá uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e colaboradores, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho. e) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional Esta Norma Regulamentadora a NR 7do Ministério do Trabalho – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores, do programa de controle médico de saúde ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores, com parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. Portanto o programa de controle médico de saúde ocupacional, estabelecerá o controle de saúde físico e mental do trabalhador, em função de suas atividades, e obrigará a realização de exames médicos admissionais, de mudança de função, e de retorno ao trabalho, estabelecendo ainda obrigatoriedade de elaborar o relatório anual. As empresas com até (25) vinte e cinco colaboradores não estão obrigadas a manter um médico coordenador do PCMSO, estando ainda desobrigadas a manter o relatório anual. f) Perfil Profissiográfico Previdenciário A base legal do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é a Instrução Normativa nº 84/2002 do Ministério da Previdência Social. O perfil profissiográfico previdenciário (PPP) é um formulário com campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual está exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição dos empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de todos os ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os trabalhadores. f) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais A portaria do Ministério do trabalho de nº 3214 do ano de 1978, aprova a Norma Regulamentadora nº NR 09, onde; 40 Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. h) Folha de Pagamento A folha de pagamento é um documento trabalhista preparado por todas as pessoas jurídicas e equiparadas que possuam funcionários, a mesma deverá descriminar o nome do funcionário, salário, desconto e outras informações, conforme estabelece a Consolidação das Leis Trabalhistas e a Lei Orgânica da Previdência Social. i) Salários Conforme site Guia Trabalhista(2012) o salário “ é a remuneração que um trabalhador recebe pelo serviço que ele executa, o valor deste salário é variável de acordo com o contrato firmado entre o empregador e o empregado.” Existe um valor mínimo que deve ser pago para o funcionário, conforme as leis trabalhistas brasileiras ou de associações ou sindicatos que o empregado pertence. j) Horas Extras Hora extra, ou hora extraordinária é todo o período de trabalho excedente à jornada contratualmente acordada. A CLT (art 7º, XIII) “estabelece que a duração normal do trabalho, salvo os casos especiais, são de (8) oito horas diárias e (44) quarenta e quatro semanais, facultada da redução mediante acordo ou convenção coletiva do trabalho”. Ainda de acordo com a CLT (art.59) diz que; Poderá a jornada diária de trabalho dos empregados ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente a duas, no máximo, para efeito de serviço extraordinário, mediante acordo individual, acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa. Portanto Nascimento (2003, p. 297) as horas extras “são aquelas que ultrapassam a jornada normal fixada por lei, convenção coletiva, sentença normativa ou contrato individual de trabalho” 41 k) Adicional de Insalubridade O Adicional de Insalubridade está relacionado com o tipo de atividade que pode causar risco à saúde do trabalhador no ambiente onde trabalha. Segundo Gonçalves (2011, p. 19) declara que; a insalubridade é caracterizada e classificada através de perícia feita pelos médicos ou engenheiros do Ministério do Trabalho[...],e, a sua caracterização gera ao empregado que exerce suas funções em contato com alguns agentes nocivos, o direito de receber um plus salarial. Ainda a CLT (art. 192), o exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo: 40% (quarenta por cento), para insalubridade grau máximo; 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo. No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. A insalubridade será comprovada através de laudo técnico, fixará o adicional devido à exposição aos agentes insalubres do colaborador. O exercício do trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância, assegura o direito de adicionais sobre o salário base do colaborador entre 10% para grau mínimo, 20% para grau médio ou 40% para grau máximo, segundo estabelecido pelo Ministério do Trabalho. l) Adicional Noturno A CLT (art. 73, parágrafo 2º), ressalta que “o horário noturno é aquele praticado entre as 22:00 horas e 05:00 horas, caracterizando para o trabalhador urbano”. Portanto Gonçalves (2011, p. 20) diz que,”ao trabalho noturno aplicam-se as regras especiais de tutela ao trabalho, tanto no que concerne à remuneração dos serviços, quanto à duração da jornada”. Conforme a consolidação das Leis Trabalhistas artigo 73 o Adicional Noturno é o adicional devido ao colaborador pela prestação de serviço no horário compreendido entres às 22 horas de um dia até às 5 horas do dia seguinte, com percentual de 25% sobre o valor da hora normal, a hora é computada como 52 minutos e 30 segundos. 42 m) Adicional de Periculosidade Conforme a regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, são consideradas atividades ou operações perigosas, implique contato permanente com substância inflamáveis ou explosivos, em condição de risco acentuado. O trabalho em atividades ou operações perigosas dá direito ao colaborador receber um adicional de 30%, calculado sobre seu salário, sem acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros das empresas. O adicional de periculosidade não poderá acumular com o adicional de insalubridade, deverá o empregado, optar por um dos adicionais. n) Salário Família Este benefício será pago ao funcionário na proporção de filhos que este possui. De acordo com a Portaria Interministerial nº 02, de 2012, o valor do saláriofamília será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento dos filhos, não sendo cobrado tempo mínimo de contribuição. o) Salário Maternidade Salário Maternidade é o benefício a quem tem direito as seguradas empregadas, empregada doméstica, contribuinte individual e facultativa, por ocasião do parto, da adoção ao da guarda judicial para fins de adoção. A Previdência Social não exige carência para conceder esse benefício. p) Descanso Semanal Renumerado No Brasil, o direito ao descanso semanal remunerado esta previsto na Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XV, que diz “ repouso semanal renumerado, preferencialmente aos domingos, mas em algumas atividades que estão autorizadas a funcionar nesse dia, os empregados podem ser escalados para trabalhar, tendo direito de folgar em outro dia da semana. Neste caso o empregador é obrigado a elaborar, mensalmente uma escala de revezamento, de forma a indicar os dias de folga dos empregados. q) Dissídio Coletivo O Dissídio Coletivo é destinado a solucionar conflitos coletivos de trabalho, defendendo o interesse abstrato de grupo ou categoria. Essa destina a criar, rever, regulamentar as condições de trabalho regulamentadas anteriormente e atualizá-las. 43 A decisão do dissídio coletivo que implique em novas condições de trabalho poderá ser estendida a todos os trabalhadores da mesma categoria profissional que atuem na jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho onde a questão foi julgada. r) Décimo Terceiro Salário Terá direito de receber o 13º salário todo trabalhador com carteira assinada, também os aposentados e pensionistas do INSS. A partir de (15) quinze dias de serviço, o trabalhador já passa a receber o 13º salário. Ele será pago ao empregado em duas parcelas até o final do ano, no valor correspondente a 1/12 da remuneração para cada mês trabalhado. A base de cálculo da remuneração é a devida no mês de dezembro do ano em curso ou a do mês do acerto rescisório. Integrará o valor do 13º salário as horas extras, horas noturnas, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, gorjetas, comissões, percentagens, abonos e diárias de viagem. s) Faltas Justificadas A nossa Legislação Trabalhista aceita determinada situações em que o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário. As dispensas legais são contadas em dias de trabalho, dias úteis para o empregado. Estas são algumas situações que o colaborador deixa de comparecer ao local de trabalho sem prejuízo a sua remuneração. Até dois dias consecutivos em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declara em sua carteira de trabalho, viva sob sua dependência econômica; Até três dias consecutivos em virtude de casamento; Cinco dias em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana; Por um dia em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; Quando for arrolado ou convocado para depor na justiça; Faltas ao trabalho justificado a critério do empregador; Outras faltas dispostas em acordo ou convenções coletivas. t) INSS – Instituto Nacional do Seguro Social O Instituto Nacional de Seguro Social, é uma autarquia do Governo Federal do Brasil que recebe as contribuições para a manutenção do Regime Geral da Previdência Social. 44 Conforme site da Receita Federal (2012) a Previdência Social é responsável por garantir a fonte de renda, pelo pagamento da aposentadoria, pensão por morte, auxílio doença, auxílio acidente, entre outros benefícios previstos por lei. Todos os meses o colaborador terá desconto na sua folha de pagamento, o valor referente ao INSS. As porcentagens de descontos irão variar dependendo do salário de cada um. u) IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte Imposto de Renda de Pessoa Física, é um imposto federal que incide sobre a todas as pessoas que tenham obtido um ganho acima de um determinado valor mínimo, conforme tabela estabelecida pela Receita Federal. A falta de retenção ou recolhimentos, pela fonte pagadora, fará com que sejam devidos da mesma o imposto, a multa de ofício e os juros de mora. Desta forma, o contabilista deverá alertar os responsáveis pelos pagamentos da empresa que se atende à legislação, visando cumprir o dever de reter o imposto, nos casos legalmente devidos. v) Contribuição Sindical A Contribuição Sindical é uma obrigação do colaborador e deverá ser recolhida anualmente, paga por todos aqueles que participem de uma determinada categoria econômica ou profissional, esta contribuição é regulamentada pela CLT no artigo 578. Ninguém é obrigada a filiar-se ao sindicato. Em virtude da contribuição fazem jus a todos os direitos dispostos na convenção coletiva, inclusive o dissídio. A contribuição sindical será recolhida dos empregados, e corresponderá à remuneração de um dia de trabalho, qualquer que seja a forma de pagamento. Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus empregados a contribuição sindical por estes devida aos respectivos sindicatos. x) Contribuição Assistencial De acordo com o site Guia Trabalhista (2012) a contribuição assistencial deve ser aprovada por assembleia e fixada em convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. 45 A contribuição assistencial será obrigatória apenas para associados do sindicato, que deverá cumprir as deliberações das assembleias de sua entidade. y) Contribuição Confederativa De acordo com o artigo 8, IV, Constituição Federal, “ a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente de contribuição prevista em lei”. Conforme site do Guia Trabalhista, a contribuição confederativa, de que trata o artigo 8º, IV, da Constituição, só é exigível a contribuição dos filiados ao sindicato. z) Descontos e Adiantamentos de Salários O desconto do adiantamento nos salários do empregado é protegido pelo artigo 462 da CLT, desde que devidamente comprovado o seu rendimento. A CLT, permite que o empregador, ao pagar os salários, efetue os descontos correspondentes aos adiantamentos salariais feitos para o empregado. A lei não estabelece limites para estes descontos, mas é aconselhável que o empregador adote um, a fim de não comprometer a totalidade do salário do colaborador. aa) Vale Transportes O vale transportes foi decretado pelo Congresso Nacional, pela lei nº 7418, de dezembro 1985. Constitui o benefício que o empregador antecipará ao trabalhador entre sua residência e o seu local de trabalho. O salário será custeado pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% de seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens. O vale transporte não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração do beneficiário, também não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do fundo de garantia por tempo de serviço. bb) FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço Conforme site Guia Trabalhista, o empregador fica obrigado a abrir conta vinculada, onde durante toda a vigência do contrato, será depositado mensalmente o percentual referente ao FGTS, sobre o total da remuneração paga ou creditada ao empregado. 46 O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, criado em 1966 e atualmente regulado pela lei nº 8036 de 1990, é o conjunto de recursos financeiros administrados pelo Estado brasileiro, com finalidade de amparar os trabalhadores em algumas hipóteses de encerramento da relação de emprego, sendo também destinado a investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura. cc) PIS/PASEP – Programa de Integração Social Conforme site da Caixa Econômica Federal o PIS é um programa criado pelo Governo Federal que tem a finalidade de promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas, viabilizando melhor distribuição da renda nacional. Este programa destina-se ao empregador do setor privado, a quem cabe providenciar o cadastramento do trabalhador admitido e que não comprove estar inscrito no PIS. Após cinco anos de cadastro no PIS/PASEP, os trabalhadores com carteira assinada durante pelo menos trinta dias no ano base e que receberem em média até dois salários mínimos, tem direito a um abono salarial correspondente a um salário mínimo anual ao trabalhador ou servidor. dd) Férias Conforme site do Ministério do Trabalho, a cada período de doze meses, todo o empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. A Constituição Federal estipula em seu artigo nº7 XVII, remuneração de férias em valor superior, em pelo menos um terço, ao valor do salário normal. O período de férias deverá ser de trinta dias corridos, se o trabalhador não tiver faltado injustificadamente mais de cinco vezes ao trabalho, se o colaborador falta de seis a catorze dias corrido; se faltar de quinze a vinte e três dias, de dezoito dias corridos; se faltar de vinte e quatro a trinta e dois dias, acima de trinta e duas faltas, não terá direito a férias o colaborador. O empregado tem a faculdade de converter 1/3 do período de férias em abono pecuniário o qual deverá ser requerido quinze dias antes do término do período aquisitivo. 47 As férias inclui uma média dos proventos recebidos pelo empregado, como horas extras, adicionais, comissão, entre outros. A férias gozadas após o período da época de concessão serão remuneradas em dobro. ee) Rescisão de Contrato de Trabalho A rescisão de contrato será o momento de rompimento contratual, onde o empregador ou empregado resolve não dar continuidade à relação de emprego, devendo saldar os direitos legais. A rescisão poderá ocorrer de uma forma direta, por inciativa do empregador ou empregado, e da forma indireta, falecimentos, extinção da empresa e outros. ff) Aviso Prévio Conforme site Guia trabalhista, nas relações de emprego, quando uma das partes deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por prazo indeterminado, deverá, antecipadamente notificar a outra parte, através do aviso prévio. O aviso prévio tem por finalidade evitar a surpresa na ruptura do contrato de trabalho, possibilitando ao empregador o preenchimento do cargo vago e ao empregado uma nova colocação no mercado de trabalho. O prazo de duração de acordo com a lei nº 12.506/2011, o aviso-prévio será concedido na proporção de trinta dias aos empregados que tenham até um ano de serviço na mesma empresa e a este aviso prévio serão acrescidos três dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de sessenta dias, perfazendo um total de até noventa dias. gg) Seguro Desemprego O seguro desemprego consiste em uma assistência financeira temporária ao trabalhador demitido sem justa causa. Criado no Brasil em 1996 pelo Decreto-lei nº 2284 e previsto na Constituição de 1988, o benefício integra o Programa do Seguro Desemprego, que auxilia o cidadão a manter ou buscar emprego, por meio de ações de orientação, recolocação, e qualificação profissional. Quem optar por receber seguro desemprego no Brasil terá que provar competência profissional. É a nova lei do seguro desemprego artigo 8 da lei nº 7.998/90 o trabalhador que recusar ofertas de emprego poderá ter seu benefício cancelado. 48 hh) GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações a Previdência Social Conforme site da Receita Federal, a lei nº 9.528/97 introduziu a obrigatoriedade de apresentação da guia de recolhimento do fundo de garantia por tempo de serviço e informações à previdência social – GFIP. Desde a competência janeiro de 1999, todas as pessoas físicas ou jurídicas sujeitas ao recolhimento do FGTS, conforme estabelece a lei nº 8.036/90 e legislação posterior, bem como as contribuições e ou informações a previdência social, conforme disposto nas leis nº 8.212/91 e 8.213/91 e legislação posterior, estão obrigadas ao cumprimento desta obrigação. Deverá ser informados os dados da empresa e dos trabalhadores, os fatos geradores de contribuições previdenciárias e valores devidos ao INSS, bem como as remunerações dos trabalhadores e valor a ser recolhido do FGTS. A organização estará obrigada a entregar a GFIP ainda que não haja recolhimento para o FGTS, caso em que esta GFIP será declaratória, contendo todas as informações cadastrais e financeiras de interesse da Previdência Social. ii) GRRF – Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS A utilização da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS – GRRF, é obrigatório para que os empregadores atendam à sistemática de recolhimento rescisório. Segundo o site da Caixa, a guia de recolhimento do FGTS – GRRF possibilita a você empregador, o recolhimento do FGTS e de todas as importâncias relativas ao mês de rescisão do contrato. Este recolhimento é determinado pela lei 9.491/97 de 1997, e pode ser efetuado através da guia gerada com código de barras via internet. 2.11 Governança Corporativa De acordo com IBGC (2012) Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, organização exclusivamente dedicada ao estudo e aplicação do tema no Brasil, Governança Corporativa “ é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle”. 49 As boas práticas de governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade. Sendo assim os princípios e práticas da boa Governança Corporativa segundo o IBGC, aplicam-se a qualquer tipo de organização, independentemente do porte, natureza jurídica ou tipo de controle. Considerando a realidade das empresa brasileiras, o endurecimento da legislação e a cobrança cada dia mais acirrada da sociedade, a Governança Corporativa está se tornando cada dia mais comum na vida dos profissionais e das empresa. Na prática, adotar o sistema de Governança Corporativa significa administrar uma organização baseado em princípios conforme cita o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa: a) Transparência: Significa mais do que a obrigação de informar e o desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de regulamentos ou leis. Assim, a transparência resulta em um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações da empresa com terceiros. b) Equidade: Tratamento justo e igualitário de todos os grupos minoritários, seja do capital ou das demais partes interessadas, clientes, fornecedores ou credores. Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis. c) Accountability: Um dos valores mais importantes da boa governança; prestação responsável de contas por parte dos administradores que assumem integralmente as consequências dos seus atos e omissões, estratégias, conduta ética etc. d) Responsabilidade Corporativa: Os administradores devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando a sua longevidade, incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. Portanto governança corporativa descreverá a respeito da administração de riscos, à perenidade da empresa, ao poder compartilhado e à geração de valor. Ser responsável nos 50 negócios significa além do lucro e pensar na organização como um organismo vivo que se transforma em fonte de benefício, não somente pra geração atual, mas para as gerações seguintes. 51 3 METODOLOGIA DA PESQUISA A metodologia baseia-se no método a ser seguido para a realização do estudo. 3.1 Classificação da Pesquisa O estudo apresenta a classificação da pesquisa nos seguintes modos, sob o ponto de vista de sua natureza, do ponto de vista de seus objetivos, quanto a forma de abordagem do problema e do ponto de vista dos procedimentos técnicos. a) Do Ponto de Vista de sua Natureza A pesquisa Aplicada segundo Vergara (2009, p. 43) “tem finalidade prática, sendo motivada basicamente pela curiosidade do pesquisador e situada, sobretudo no nível de especulação”. Portanto Pinheiro (2010, p.19) completa que este tipo de pesquisa "tem como objetivo gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais”. Deste modo a pesquisa aplicada busca agregar conhecimentos práticos ao pesquisador, sendo que a mesma foi aplicada no setor de recursos humanos de uma organização da construção civil. b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos Em relação aos objetivos esta pesquisa se classifica como exploratória, descritiva e explicativa, assim sendo, Gil (1999, p. 43) conceitua a pesquisa exploratória como aquela que: Tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores [...] Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de casos. A Pesquisa descritiva segundo Gil (1999, p.44) “têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou estabelecimento de relações entre variáveis”. 52 Portanto para Silva (2003, p. 66) a pesquisa descritiva “exige do pesquisador certo grau de responsabilidade para que possua validade científica. Para isso se faz necessário delimitação de técnicas, métodos, modelos e teorias que orientarão a coleta e interpretação dos dados”. A pesquisa explicativa segundo Silva (2003, p.66) “tem como principal objetivo tomar algo inteligível, justificar lhe os motivos. É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas”. Sendo assim, o estudo foi desenvolvido na área de auditoria operacional trabalhista constituiu-se na busca do entendimento do tema, na aplicação das técnicas da auditoria operacional e no entendimento do porque os fatos ocorrem desta forma. c) Quanto À Forma de Abordagem do Problema Quanto a forma de abordagem esta pesquisa classifica-se em qualitativa e quantitativa. Segundo Beuren et al (2010, p.92) “Na pesquisa qualitativa recebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que esta sendo estudado”, é baseada na interpretação dos fenômenos, tendo o ambiente natural como fonte direta na coleta de dados, descreve e destaca complexidades e características mais profundas do problema em estudo. Portanto Pinheiro (2010, p.20) complementa que este tipo de pesquisa “caracteriza-se pela tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características de comportamentos”. Portanto, o estudo proposto foi realizado e se classificou como qualitativo no sentido de analisar os fenômenos que ocorrem no setor de pessoal de uma empresa de construção civil e quantitativo em relação da amostra que foi auditada, bem como, do processamento, analise e interpretação dos dados referente a atividade do setor de Recursos humanos. d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos Os procedimentos técnicos da pesquisa se classificam em bibliográfica, documental, levantamento e estudo de caso. A Pesquisa Bibliográfica segundo Gil (1999, p.65) “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Segundo o 53 mesmo autor “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”. Sendo que Silva (2003, p.60) complementa que “ a bibliografia constitui um ramo auxiliar de ciência, pois permite encontrar as fontes, os livros e os materiais científicos pertinentes para a concretização do trabalho científico”. A Pesquisa Documental para Gil (1999 p.66) “vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”. Segundo Gil (1999, p.70) a pesquisa de levantamento “procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados”. Portanto, Pinheiro (2010, p.23) complementa dizendo que o “levantamento ocorre quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”. O estudo de caso, de acordo com Gil (1999, p.72) “é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um os de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados”. Complementando, Silva (2003, p.63) diz que “a preparação para realizar um estudo de caso envolve habilidades prévias do pesquisador, treinamento e preparação para o estudo de caso específico, desenvolvimento de protocolo de estudo de caso e condução de um estudo de caso piloto”. Portanto, o presente estudo teve como base a busca dos referenciais bibliográficos para o entendimento e embasamento do assunto, seguido do levantamento dos dados, das informações referente ao setor de recursos humanos, especificamente a relação trabalhista, buscando na analise documental a confirmação dos procedimentos, sendo um estudo de um caso, de um tipo de negocio que é a construção civil. 54 3.2 Coleta de Dados Para desenvolver o estudo na empresa da Construção Civil foi definida uma amostra de 20% (vinte por cento) do total dos colaboradores admitidos e demitidos. O período que foi analisado de 01/02/13 à 31/03/2013. A coleta de dados para o presente estudo deu por meio de coleta de documentos, como: Carteira de trabalho, ficha registro, recibos de pagamentos, guias de recolhimentos, livro ponto e outros documentos do departamento pessoal da empresa auditada, o instrumento que foi desenvolvido para este estudo ocorreu por meio de entrevistas informais. Segundo Gil (1999, p.119), as entrevistas despadronizadas ou não estruturadas “é o menos estruturado possível e só se distingue da simples conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados. O que se pretende com entrevistas desse tipo é a obtenção de uma visão geral do problema pesquisado”. Portanto Vergara (2000, p.55) “Entrevista informal ou aberta é quase uma “conversa fora”, mas tem um objetivo específico: coletar os dados de que você necessita”. Segundo Silva (2003, p.70) a entrevista despadronizada “consiste em uma conversação informal, que pode ser alimentada por perguntas abertas, proporcionam maior liberdade para o informante”. Por meio do contato com o responsável pelo setor do departamento de pessoal da empresa, a entrevista realizada foi de forma despadronizada, onde foi efetuado a conferência de dados como ficha registro, carteira de trabalho, folha de pagamento proventos e descontos, guias de recolhimento, entre outros, tendo como base as normas de auditoria e da legislação trabalhista e do dissídio coletivo da categoria em estudo. 3.2.1 Instrumento de coleta de dados Os instrumentos de coleta de dados neste estudo foi realizado por meio de entrevistas despadronizadas, onde o entrevistador teve a liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. Esta é uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. Em geral as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal. Além de entrevista informal, também foi efetuada a 55 pesquisa documental dos dados nas fichas cadastrais dos colaboradores, carteira de trabalho, folha de pagamento, guias de recolhimento, entre outros. 3.3 Análise e interpretação dos Dados A abordagem do tema que classificou como de forma qualitativa e quantitativa, a análise e interpretação dos dados ocorreu por meio da amostra e verificação de todos os cálculos e registros feitos pela organização, seja na folha de pagamento, carteira de trabalho, ficha de registro, guias de recolhimento, e todas as documentações disponíveis na empresa Segundo Beuren et al (2010, p.136) “analisar dados significa trabalhar com o material obtido durante o processo investigatório, ou seja, [...] os relatos das observações, os apontamentos do checklist, as transcrições das entrevistas”. Foram avaliados os controles internos, e desenvolveu-se um programa de auditoria que foi aplicado por meio dos papéis de trabalho que serviram de base para a elaboração do relatório final da auditoria. 56 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Neste capítulo apresenta-se estudo aplicado de auditoria operacional, que foi desenvolvido no Setor de Recursos Humanos de uma Empresa do Ramo da Construção Civil, no período de 01 de fevereiro a 31 de março de 2013. Primeiramente foi definido a amostra e o período da empresa, a verificação e desenvolvimento dos controles internos, programa de auditoria a ser aplicado, os papéis de trabalho, e ainda o relatório final da auditoria operacional realizada. 4.1 Análise dos Controles Internos da Empresa O setor de recursos humanos tem como responsável, um Contador onde a empresa terceiriza toda a parte da Contabilidade, este responde pelo setor citado. Ele conduz, preenche todos os processos documentais do início e finalização dos registros, cálculos trabalhistas, cálculos de recolhimentos de todos os colaboradores registrados nas devidas obras em andamento. 4.1.1 Processo de seleção e contratação O procedimento de admissão na empresa auditada inicia quando há a necessidade de contratar mais colaboradores, em virtude de demissões ocorridas ou aumento das atividades no setor. No primeiro momento após anúncio em meios de comunicação, os diretores fazem uma prévia entrevista para analisar se este se enquadra nas necessidades da empresa. Na sequência a figura 1 demonstra os procedimentos de admissões dos futuros colaboradores da empresa: 57 ADMISSÃO SELEÇÃO SELECIONADO DIRETORES BANCO DE DADOS EXAME APTO MÉDICO NÃO APTO FIM DOCUMENTOS CONTRATO EFETIVADO EXPERIÊNCIA NÃO EFETIVADO FOLHA DE PAGAMENTO CONTABILIDADE Figura 1: Fluxograma do processo de Admissão da Empresa de Construção Civil Fonte: Dados conforme pesquisa Cada obra faz a sua seleção, por meio de entrevista com seus Diretores. Selecionados, após é recolhido pela pessoa responsável em auxiliar o setor de recursos humanos de cada obra em execução, todas as documentações necessárias para a sua admissão, passando os mesmos para o escritório do Contador. O Contador é responsável por enviar a cada obra todos os recibos de pagamentos, rescisões ou outros documentos se houver deste colaborador contratado. O auxiliar do setor de recursos humanos é responsável por todas estas documentações enviadas a ele para colher às devidas assinaturas e devolvidas ao escritório da Construtora para os arquivos permanentes individuais de todos os colaboradores. 58 4.1.2 Movimentação Mensal O colaborador já no quadro de efetivados da empresa passa a compor a folha mensal de pagamento onde o Contador faz a sequência dos cálculos trabalhistas conforme dissídio coletivo da categoria em vigência, após ter recebido dos auxiliares de cada obra do setor de recursos humanos, os arquivo onde constam registrados todas as movimentações dos pontos eletrônicos dos colaboradores. Diante disso apresenta se a figura 2 com o processo de movimentação após a admissão do colaborador na empresa: MOVIMENTAÇÃO IMPORTAÇÃO ARQUIVO PONTO ELETRÔNICO CÁLCULOS DA FOLHA PROVENTOS DESCONTOS RECIBOS DE SALÁRIOS GUIAS DE RECOLHIMTO INSS/FGTS PAGAMENTOS CONTABILIDADE Figura 2: Fluxograma da movimentação da folha de pagamento da Empresa da Construção Civil Fonte: Dados conforme pesquisa 59 Na movimentação mensal que envolve a elaboração da folha de pagamento dos colaboradores, primeiramente é analisado pelo Contador os arquivos enviados dos pontos eletrônicos, o resumo da movimentação de horários feito por cada integrante do ponto, verifica-se horas totais trabalhadas, horas extras, faltas. Em sequência é lançado no sistema de cálculos da folha de pagamentos todos os dados ocorridos onde o mesmo calcula e elabora cada recibo individual dos colaboradores. Após é enviado a cada responsável do setor e recursos humanos das obras, onde o mesmo imprime os recibos, formaliza uma lista de valores que é enviado ao setor financeiro da construtora para pagamento via sistema bancário, na sequência colhe assinaturas nos recibos juntamente com seus pontos e os mesmos são enviados para os arquivos individuais de cada colaborador, localizado no escritório da Construtora. O arquivo gerado com todas as informações da folha é de responsabilidade do Contador, o mesmo emite as guias de INSS, FGTS, e outros para o pagamento, sob a responsabilidade do setor financeiro da Construtora. 4.1.3 Desligamento Este fato acorre em três momentos: Quando houver o término do contrato de experiência, quando a empresa dispensar seus serviços, ou quando o colaborador não quer mais prestar ofício à empresa. 60 A figura a seguir demonstra o desligamento do colaborador na empresa. DEMISSÃO PEDIDO PELO COLABORADOR PEDIDO PELA EMPRESA AVISO TRABALHADO/INDENIZADO EXAME MÉDICO APTO DEMISSIONAL NÃO APTO READMISSÃO CÁLCULOS RESCISÓRIOS PERÍODO MAIS DE UM ANO MENOS DE UM ANO SINDICATO EMPRESA PAGAMENTO PAGAMENTOS PERÍODO HOMOLOGAÇÃO CONTABILIDADE Figura 3: Fluxograma de Desligamento de Colaboradores Fonte: Dados conforme pesquisa Quando a empresa demite o trabalhador, normalmente o procedimento é de pagar os trinta dias de aviso prévio, sem que o colaborador precise trabalhar. Sendo assim nas três situações mencionadas, o colaborador dirige-se ao departamento de recursos humanos da obra para dar sequência nos procedimentos conforme lei vigente. Exige-se primeiramente o exame demissional, resultado sendo apto é encaminhado ao Contador para os devidos cálculos 61 rescisórios, é enviado para homologação e pagamento, quando for ao sindicato ou diretamente ao financeiro da empresa, e depois é liberado toda a documentação assinada e devidamente atualizada ao colaborador. 4.2 Planejamento da Auditoria Os controles internos da empresa no setor de recursos humanos são realizadas pelo responsável o Contador, onde o mesmo busca a eficiência e eficácia do seu trabalho a ser oferecido ao seu cliente. Por meio de indagação ao Contador realizou-se uma entrevista, onde foi questionado sobre os controles internos do departamento de recursos humanos da empresa de construção civil, os procedimentos, os quais constam a seguir: Para a identificação dos controles internos foi necessário alguns passos, entre eles: a) Entrevista com o Contador responsável; b) Solicitação de sua colaboração para o exercício da auditoria a ser realizada na entidade, no setor de recursos humanos da empresa de construção civil; c) Questionamento quanto às rotinas e práticas e funcionamento no setor; d) Estrutura e funcionamento e responsabilidades no escritório nos serviços realizados a empresa de construção civil; e) Elaborar um organograma de Departamento de Pessoal, identificando a estrutura do setor e serviço; f) Elaborar um fluxograma das atividades desenvolvidas pelo setor de recursos humanos da empresa de Construção Civil; g) Identificar as responsabilidades e as formas de controles e conferência; h) Examinar s formas e segurança de arquivos de documentos do departamento de pessoal da empresa de Construção Civil. 4.3 Programas de Auditoria O objetivo do programa de auditoria no departamento de recursos humanos da Empresa de Construção Civil é examinar se as rotinas próprias a este setor que envolve todos os procedimentos de admissão, movimentação e demissão dos colaboradores, onde foi analisado os cálculos da folha de pagamento, proventos e descontos, guias de recolhimentos, 62 detectar possíveis erros que poderá acarrear penalidades avarias futuras a empresa de Construção Civil. Para desenvolver o estudo na empresa da Construção Civil foi definida uma amostra de 20% (vinte por cento) do total dos colaboradores admitidos e demitidos. O período que foi analisado de 01/02/13 à 31/03//2013. Em sequência apresenta-se o programa de auditoria que foi desenvolvido a partir dos controles internos existente, a qual foi a base nas aplicações dos papeis de trabalho. Portanto o programa de auditoria contempla todas as etapas do processo no setor de Recursos Humanos na empresa de Construção Civil, as quais podem ser observadas no quadro seguinte. Quadro 1: Programa de Auditoria Setor de Recursos Humanos Fato ou objeto Exames a serem realizados Finalidade Observar se o contrato é celebrado por escrito, se possuem assinaturas de ambas as partes; se está devidamente preenchido; faz menção aos horários; cláusulas de descontos em folha, prazos legais de contrato de experiência e sua prorrogação. Verificar se foram realizados os exames médicos admissionais, demissionais e assinaturas. Averiguar se todos os funcionários estão registrados, e se constam todos os dados obrigatórios. Certificar se os contratos estão com os dados completos, atualizados, identificar possíveis falhas. 1. Documentação de Admissão 1.1 Tipo Trabalho. de Contrato de 1.2 Contrato de Trabalho Menor Aprendiz 1.3 Exame Médico 1.4 Ficha de Registro 1.5 CTPS x Ficha de Registro 1.6 Devolução da CTPS Examinar a existência de comprovante da entrega e devolução da carteira de trabalho. 1.7 Concessão salário Família Verificar o termo de responsabilidade para fins de salário família, devidamente preenchido e assinado pelo colaborador. Verificar se os colaboradores fizeram a opção pela utilização ou não do vale transporte, através de solicitação por escrito ou justificativa. Certificar-se há acordo assinado da prorrogação e compensação de horas. 1.8 Vale transporte 1.9 Acordos prorrogação e compensação de horas Averiguar se a entidade está cumprindo com suas obrigações. Certificar se os funcionários estejam protegidos mediante registro, e para que a entidade não sofra nenhuma punição por uma eventual irregularidade. Averiguar se há assinatura, e se a entidade esta agindo de acordo com a legislação vigente. Averiguar se a empresa está de acordo com a lei vigente, exigindo as documentações. Certificar se a empresa está exigindo dos seus colaboradores a documentação necessária e obrigatória. 63 2 : Movimentação do Colaborador 2.1 Exame médico periódico Averiguar se são realizados os exames periódicos conforme exigidos por lei, PCMSO, PPP. Verificar se a entidade está agindo de acordo com as leis vigentes. 2.2 Equiparação salarial Identificar as funções e respectivas remunerações dos colaboradores . 2.3.1 Adicional Noturno 2.3.2 Salário Família 2.3.3 Insalubridade 2.3.4 FGTS 2.3.5 Horas Extras 2.3.6 PIS 2.3.7 Bonificação 2.3.8 Cesta Básica Examinar se ha divergências entre salários e funções. 2.4 Descontos Facultativos 2.4.1 Vale Transportes 2.5 Descontos Legais 2.5.1 Contribuição Sindical 2.5.2 INSS 2.5.3Contribuição Assistencial 2.5.4 IRPF Averiguar se a empresa observa o limite de 6%(seis por cento) do salário-base para efetuar o desconto do vale transporte. Verificar se os cálculos estão corretos dentro da lei vigente. 2.6 Férias Examinar a data do aviso das férias e pagamento, período de gozo, conferir quais os valores que compõe o cálculo. Conferir se os cálculos estão corretos, data de pagamento e o período de gozo das férias. 2.7 Recibo da Folha de Pagamento Examinar os valores que compõe a folha de pagamento, data e assinaturas dos colaboradores. Averiguar se os valores estão corretos, e quitação mediante comprovantes. 2.8 Cartão Ponto Examinar se há assinaturas dos colaboradores sem rasuras, se há alterações com justificativas e se a jornada de trabalho está de acordo conforme contrato. Certificar-se a existência de memorando quando há necessidade de alterações no ponto, se o descanso semanal está de acordo, e o cumprimento da jornada de trabalho. 2.9 Faltas/Atestados Verificar se houve faltas com ou sem atestados. Certificar - se houve descontos ou pagamentos indevidos 2.10 Décimo Terceiro Salário Examinar se a entidade cumpriu com a obrigação de acordo com a lei vigente. Certificar se os cálculos estão corretos da primeira e segunda parcela e se há observância dos prazos legais pela empresa. 2.3 Direitos dos colaboradores Examinar os cálculos e pagamentos efetuados se estão corretos de acordo com a lei vigente. 64 3 : Desligamento do Colaborador 3.1 Exame Médico Demissional Verificar se o exame demissional foi feito no prazo previsto na demissão, e se o colaborador está apto para o desligamento da empresa. Certificar se a empresa está cumprindo com suas obrigações. 3.2 Demissão do Colaborador Examinar assinaturas, data da demissão e o motivo do mesmo. Conferir se a empresa esta cumprindo com a lei vigente. Salário Férias Décimo Terceiro Salário Bonificação INSS FGTS Verificar se os cálculos estão corretos Verificar a necessidade de homologação junto ao Sindicato da categoria Averiguar o cumprimento da homologação da rescisão conforme lei vigente. GFIP/SEFIP RAIS CAGED Certificar se as informações foram enviadas aos órgãos competentes no prazo legal. 4.2 Recolhimento das Guias Obrigatórias INSS FGTS Contribuição Sindical PIS Certificar se a entidade está efetuando o pagamento das guias conforme a legislação vigente. 4.3 Obrigações Legais PCMSO PPP ASO PPRA/LTCAT Examinar quanto ao cumprimento das obrigações legais da entidade. 3.3 Cálculo das Verbas Rescisórias 3.4 Homologação 4: Obrigações da Entidade 4.1 Informações Obrigatórias Fonte: dados conforme pesquisa Concluído o programa de auditoria, na sequência apresenta-se o quadro de colaboradores selecionados para a realização da auditoria, bem como os fatos ocorridos com os mesmos. 4.3.1 Quadro de Eventos Dando seguimento, fatos e movimentos no quadro de colaboradores admitidos e demitidos no período de 01 de fevereiro de 2013 a 31 de março de 2013. 65 Quadro 2: Eventos ocorridos na empresa de construção civil no período de 01 de Fevereiro a 31 de março 2013. Colaboradores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Marcio 4/6/12 15/3/13 3meses Sim Sim Não Não Não Não Valdir 6/12/11 7/3/13 3meses Sim Sim Não Não Não Não Volmar 6/2/12 3/3/13 1 mês Sim Sim Não Não Não Não Cleverson 2/2/12 15/3/13 1mês Sim Sim Não Não Não Não Valmor 1/3/11 22/3/13 1/3/12 Sim Sim Não Não Não Não Sim Sim Não 22/3/13 Não Não a 28/2/13 1/3/13 a 22/3/13 Maristela 1/3/11 22/3/13 1/3/12 a 28/2/13 01/3/13 a 22/3/13 Ivo 3/5/12 17/3/13 Não Sim Sim Não Não Não Não João 22/1/13 07/2/13 1 mês Não Sim Não Não Não Não Ervino 5/11/12 3/3/2013 4meses Sim Sim Não Sim Não Não Carlos 12/7/12 7/3/12 Não Sim Sim Não Não Não Não Mateus 30/8/12 5/3/13 6meses Sim Sim Não Não Não Não Altamir 24/1/13 14/3/13 2meses Não Sim Não Não Não Não Cristiano 10/1/13 7/3/13 2meses Não Sim Não Não Não Sim Diego 11/12/12 10/3/13 3meses Sim Sim Não Sim Não Não Adelmo 2/2/12 15/3/13 1mês Sim Sim Não Não Não Não Rodrigo 26/2/13 7/3/13 Não Não Sim Não Não Não Não Alexandre 21/3/12 15/3/13 3meses Sim Sim Não Não Não Não Rafael 25/1/12 15/3/13 2meses Sim Sim Não Não Não Não Ederson 12/4/12 15/3/13 Não Sim Sim Não Não Não Não Valmir 1/8/12 15/3/13 3meses Sim Sim Não Não Não Não Gildo 19/12/11 10/3/13 3meses Sim Sim Não Não Não Não Fonte: Dados conforme pesquisa Legenda: 1 Admissão, 2 Demissão, 3 Férias, 4 Contrib. sindical, 5 Contrib. Assistencial 6 Convenção coletiva, 7 Salário família, 8 Salár. maternidade, 9 Vale transportes. 66 O quadro dois mostra os fatos ocorridos com os colaboradores da empresa em estudo no período de análise. 4.4 Papéis de Trabalho Dando sequência ao estudo, e tendo por base o programa de auditoria elaborado, passou a ser realizado os exames nas documentações, e quando necessário foi realizado questionamentos ao Contador responsável pela escrita contábil da organização. 67 Quadro 3: Papel de Trabalho 1 Nome da Empresa de Auditoria : AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil PT: 1.1 PT: 1.2 Setor: Recursos Humanos Objeto de Exame: Contrato de Trabalho/Menor Aprendiz Constatações: Segundo o art. 443 da CLT o contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado. No contrato de trabalho deve conter os seguintes itens: Nome do funcionário, função, horário de trabalho, remuneração, descontos previsto em lei, período de experiência, assinatura do colaborador e aditivo de alteração que vier a ocorrer durante o período de vigência do contrato do funcionário. Colaborador Contrato Exper. Função Horário Remun. Desc. Vale Transp. Assin. Contrato colaborador Assim. Contrato Empresa Situação Valmor Não - - - - - - Ok Marcio Não - - - - - - Ok Valdir Não - - - - - - Ok Volmar Não - - - - - - Ok Adelmo Não - - - - - - Ok Rodrigo Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Alexandre Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Rafael Não - - - - - - Ok Ederson Não - - - - - - Ok Valmir Não - - - - - - Ok Gildo Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Ivo Não - - - - - - Ok Sergio Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # João Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Maristela Não - - - - - - Ok Diego Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Cristiano Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Cleverson Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Altamir Não - - - - - - Ok Mateus Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Carlos Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Ervino Sim Ok Não Ok Não Sim Sim # Legenda: # Divergência 68 Conclusões /Sugestões: Constatou-se que nem todos os colaboradores tem o contrato de experiência, a empresa opta em não fazer para aquele colaborador que já foi efetivado pela empresa anteriormente. A organização usa conforme legislação vigente contrato de 30 (trinta dias) e não faz a prorrogação efetuando assim a contratação efetiva ou não. O contrato usado pela a empresa para todos os colaboradores são exatamente iguais. De acordo com a tabela dos colaboradores que tem o contrato de experiência observa-se que todos descreve o nome, função, remuneração, e as devidas assinaturas tanto do colaborador como a do empregador. Constatou-se que no modelo usado de contrato de experiência não consta o horário do trabalhador, o endereço onde deverá prestar seus serviços, e os descontos por lei. Sugere-se que a empresa regularize todas as situações apontadas, que inclua em seus contratos de experiência o horário de cada funcionário, descontos por lei, e informe o endereço a onde o colaborador deverá prestar seus serviços, constando assim as informações de acordo com a CLT. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data 15/04/2013 Data 16/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 69 Quadro 4: Papel de Trabalho 2 Nome da Empresa de Auditoria : AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil PT: 1.3 Setor: Recursos Humanos Objeto de Exame: Exame Médico Admissional Constatações: De acordo com a NR – PCSMO item 7.4.1 do Ministério do Trabalho toda a organização é obrigada a realizar os exames médicos admissionais, periódicos, retorno ao trabalho, mudança de função e demissionais. O exame médico admissional, deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades. O exame médico periódico deverá ser realizado a cada ano e ou em intervalos menores de acordo com grau de risco. O exame médico demissional será obrigatoriamente realizado até a data da homologação. Colaborador Exame Admissional Admissão Assinatura Situação Valmor 12/08/11 01/03/11 Sim # Marcio 29/05/12 04/06/12 Sim Ok Valdir 08/12/11 06/12/12 Sim # Volmar 02/02/12 06/02/12 Sim Ok Adelmo 01/02/12 02/02/12 Sim Ok Rodrigo 25/02/13 26/02/13 Sim Ok Alexandre 20/03/12 21/03/12 Sim Ok Rafael 25/01/12 25/01/12 Sim Ok Ederson 11/04/12 12/04/12 Sim Ok Valmir 26/07/12 01/08/12 Sim Ok Gildo 16/12/11 19/12/11 Sim Ok Ivo 02/05/12 03/05/12 Sim Ok Sergio 11/07/12 12/07/12 Sim Ok João 21/03/13 22/01/13 Sim Ok Maristela 12/08/11 01/03/11 Sim # Diego 09/12/12 11/12/12 Sim Ok Cristiano 09/01/13 10/01/13 Sim Ok Legenda: # Divergência 70 Cleverson 01/02/12 02/12/12 Sim Ok Altamir 23/01/13 24/01/13 Sim Ok 30/08/12 Sim # Mateus - Carlos 11/07/12 12/07/12 Sim Ok Ervino 31/10/12 05/11/12 Sim Ok Legenda: # Divergência Conclusões/Sugestões: Ao analisar os exames médicos, constatou-se que os colaboradores Valmor, Valdir, Maristela apresentaram seus atestados admissionais posterior a contratação conforme tabela. O colaborador Mateus não apresentou seu exame admissional. Sugere-se que a organização tenha mais precaução quanto aos exames médicos admissionais, antecipando os mesmos com o médico responsável, antes de dar continuidade a documentação de admissão, evitando assim que seja admitido um funcionário não apto a função, trazendo possibilidades de uma causa trabalhista futura. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 16/04/2013 Data:17/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 71 Quadro 5: Papel de Trabalho 3 NoN Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ PT 1.4 PT 1.5 Cliente: Empresa da Construção Civil Setor: Recursos Humanos Objeto de Exame: Ficha de Registro / CTPS Constatações: Conforme artigo da CLT, em qualquer atividade é obrigatório para o empregador o registro dos respectivos colaboradores, podendo ser livros, fichas, ou sistema eletrônico. Neste objeto foi verificado se os colaboradores constam na ficha registro e se este foi registrado com os dados necessários. A Carteira de Trabalho e Previdência Social é documento obrigatório para todos os empregados segundo a CLT. Neste elemento não foi efetuado o exame nas carteiras e confrontado os dados com as fichas por não termos acesso as CTPS dos colaboradores. Colaborador CTPS FICHA Valmor Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Marcio Não examinada Data Contrib. Sindical # Valdir Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Volmar Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Adelmo Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Rodrigo Não examinada Data constrib. sindical # Alexandre Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Rafael Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Ederson Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Valmir Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Gildo Não examinada Data alteração salarial/ sindicato # Ivo Não examinada Data alteração salarial # Sergio Não examinada Data alteração salarial/sindicato # João Não examinada Maristela Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Diego Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Cristiano Não examinada Data Constrib. sindical # Cleverson Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Altamir Não examinada Data constrib. sindical # Mateus Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Carlos Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Ervino Não examinada Data alteração salarial/sindicato # Legenda: # divergência Situação - Ok 72 Conclusões /Sugestões: Em todas as carteiras dos colaboradores analisados, não foi possível examinar fisicamente, em função de não ter acesso às mesmas, já que se encontra com os seus respectivos colaboradores. Na ficha de registro de empregados os colaboradores examinados estão com seus dados corretos como: nome completo, data nascimento, número e série da CTPS, PIS, função, remuneração, assinatura na data de admissão e demissão. Sendo que as datas de alterações salariais não havia anotações, exceto João, pois este estava devidamente alterada. Constatou-se também a não anotações nas fichas dos colaboradores das contribuições sindicais. Sugere-se que na hora de efetuar as rescisões dos funcionários que façam as atualizações nas devidas fichas conforme ocorrência no período. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data 17/04/2013 Data: 18/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 73 Quadro 6: Papel de Trabalho 4 N Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil PT: 1.6 Setor : Recursos Humano Objeto do Exame: Devolução CTPS Constatações: A empresa tem 48 horas para fazer o registro do colaborador conforme o art. 29 da CLT, e devolver a mesma mediante protocolo assinado pelo funcionário. Nesta ocasião examinou-se os comprovantes de entrega devidamente assinado pelo colaborador. Colaborador Admissão Comprov.devolução Valmor 01/03/11 01/03/11 Ok Marcio 04/06/12 04/06/12 Ok Valdir 06/12/12 06/12/12 Ok Volmar 06/02/12 06/02/12 Ok Adelmo 02/02/12 02/02/12 Ok Rodrigo 26/02/13 Não Alexandre 21/03/12 21/03/12 Ok Rafael 25/01/12 25/01/12 Ok Ederson 12/04/12 Não Valmir 01/08/12 01/08/12 Ok Gildo 19/12/11 19/12/11 Ok Ivo 03/05/12 03/05/12 Ok Sergio 12/07/12 Não João 22/01/13 22/11/12 Ok Maristela 01/03/11 01/03/11 Ok Diego 11/12/12 11/12/12 Ok Cristiano 10/01/13 10/01/13 Ok Cleverson 02/12/12 02/12/12 Ok Altamir 24/01/13 24/01/13 Ok Mateus 30/08/12 30/08/12 Ok Carlos 12/07/12 12/07/12 Ok Ervino 05/11/12 05/11/12 Ok Legenda: # divergência Situação # # # 74 Conclusões /Sugestões: Certificou-se que os colaboradores Rodrigo, Ederson, e Sérgio não possuem comprovantes de entregas de devolução da CTPS, o empregador não emitiu o protocolo de entrega da Carteira de Trabalho. Sugere-se que a empresa cumpra a lei rigorosamente se resguardando com a emissão do protocolo da entrega do documento solicitado no prazo legal de 48 horas conforme prevê o art. 29 da CLT. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 18/04/2013 Data: 19/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 75 Quadro 7: Papel de Trabalho 5 Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil PT 1.7 Setor: Recursos Humanos Objeto de Exame: Concessão Salário Família Constatações: Conforme art. 65 da CLT o Salário família é devido, mensalmente ao segurado empregado, na proporção do respectivo número de filhos até 14 anos e de acordo com a tabela de salários que concede o direito estipulada pela Previdência Social. Verificou-se quais os colaboradores se enquadram dentro da lei conforme seus rendimentos mensais. Colaborador Nº Filhos Certidão Nascimento Termo de Responsab. Carteira de Vacinação Comprovante Escolar Volmar 2 Ok Ok Não 20/12/11 # Rodrigo 2 OK Ok Não Não # Marcio 1 Ok Não Não Não # Altamir 1 Ok Ok Não Não # Ervino 2 Ok Ok Não Não # Legenda: # divergência Situação 76 Conclusões /Sugestões: Segunda a tabela apresentada, pode-se observar a carência de alguns documentos que se faz necessário para a concessão do benefício do salário família pela Previdência Social. Na análise observou-se que não foi apresentado o comprovante escolar dos filhos dos colaboradores, Rodrigo, Márcio, Altamir e Ervino. A Carteira de Vacinação não consta nos arquivos de nenhum dos colaboradores analisados. O colaborador Márcio não consta na sua documentação o Termo de Responsabilidade de Concessão de Salário Família. Sugere-se que a instituição analisada busque junto aos seus colaboradores os documentos faltantes para regularização da concessão do benefício, pois a empresa comete infrações, podendo ser punida com multas, ou até mesmo o beneficio caracterizar remuneração, onde pagará os devidos encargos e deduções de valores ao INSS considerados indevidos. Executado: Adriana Franco Queiroz Data: 18/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa Revisado: Maristela Veiga Data: 19/04/2013 77 Quadro 8: Papel de Trabalho 6 NNome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil PT: 1.8 Setor: Recursos Humanos Objeto de Exame: Vale Transporte/ Declaração Constatações: Mediante declaração o colaborador opta pela utilização ou não do vale transporte conforme benefício segundo lei nº 7.418 de 1985. Verificou-se conforme tabela se todos os colaboradores fizeram a opção ou não pelo vale transporte. Colaborador Vale transporte Declaração Nº Dias Justificativa Situação Valmor Marcio Valdir Volmar Adelmo Rodrigo Alexandre Rafael Ederson Valmir Gildo Ivo Sergio João Maristela Diego Cristiano Cleverson Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não # # # # # Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok # # # # Altamir Não Ok Não Não # Mateus Não Ok Não Não # Carlos Não Ok Não Não # Ervino Não Ok Não Não # Legenda: # divergência 78 Conclusões/Sugestões: Certificou-se que todos os funcionários fizeram a opção de não utilização do Vale Transporte conforme constatações nas declarações de não beneficiários, estas todas assinadas. Conforme tabela apresentada alguns colaboradores não descreveram a justificativa e o porque da opção de não utilização do vale transporte. Conforme indagação ao responsável pelo Departamento de Recursos Humanos a empresa não tem o procedimento de renovar esta declaração uma vez assinada na admissão. Sugere-se que a empresa regularize as falhas apontadas e determine um prazo para a renovação da declaração de utilização ou não do vale transporte. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 18/04/2013 Data: 19/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 79 Quadro 9: Papel de Trabalho 7 Nome da Empresa da Auditoria: AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil PT 1.9 Setor: Recursos Humanos Objeto do Exame: Acordo Compensação/Prorrogação de Horas Constatações: O Acordo de Compensação de Horas de Trabalho e o Acordo de Prorrogação de Horas firmada entre a empresa e o colaborador conforme base legal do artigo 59 da CLT. Colaborador Valmor Marcio Valdir Volmar Adelmo Rodrigo Alexandre Rafael Ederson Valmir Gildo Ivo Sergio João Maristela Diego Cristiano Cleverson Compensação Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Prorrogação Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Situação Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Altamir Ok Ok Ok Mateus Ok Ok Ok Carlos Ok Ok Ok Ervino Ok Ok Ok 80 Conclusões /Sugestões: Verificou-se conforme quadro que todos os colaboradores assinaram os acordos de compensações e prorrogações de horas. No acordo de compensação consta, dias da semana a trabalhar, horário, e intervalo. No acordo de prorrogação destaca o valor da hora normal e o valor da hora extra. Recomenda-se que a empresa de continuidade neste procedimento correto sem infrações que possa a vir prejudicar diante uma fiscalização. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 18/04/2013 Data: 19/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 81 Quadro 10: Papel de Trabalho 8 Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ PT 2.1 PT 2.2 Cliente: Empresa da Construção Civil Setor: Recursos Humanos Objeto do Exame: Exame Médico Periódico/Equip. Salarial Constatações: A NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional ( PCMSO) estabelece o controle de saúde físico e mental do trabalhador, em função de suas atividades, e obriga a realização de exames médicos admissionais, mudança de função, retorno ao trabalho, e a obrigatoriedade de um exame médico periódico. No período analisado foi verificado se algum colaborador realizou o exame médico periódico, e se há divergência nas funções e salários. Colaborador Valmor Marcio Valdir Volmar Adelmo Rodrigo Alexandre Rafael Ederson Valmir Gildo Ivo Sergio João Maristela Diego Cristiano Cleverson Função Salário R$ Exame Periódico Situação Montador Servente Mestre Pedreiro Encanador Servente Servente Agente Fiscal Carpinteiro Pedreiro Servente Servente Servente Servente Servente Aux. Pintor Servente Encanador 952,60 726,00 1.155,60 952,60 952,60 726,00 726,00 1,035,50 952,60 952,60 726,00 726,00 726,00 726,00 726,00 726,00 726,00 952,60 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Ok Ok OK Ok Ok Ok OK Ok Ok Ok Ok Ok Ok OK Ok Ok Ok Ok Altamir Aux. Hidráulica 726,00 Sim OK Mateus Servente 726,00 Sim Ok Carlos Servente 726,00 Sim Ok Ervino Servente 726,00 Sim Ok 82 Conclusões/Sugestões: Conforme o quadro de verificação, constatou-se que não foi encontrada nenhuma divergência em relação à função e salários. Todos os colaboradores possuem os devidos atestados periódicos. Recomenda-se que a empresa continue observando toda a documentação no ato de admissão dos seus colaboradores, evitando assim eventuais reclamações futuras diante de uma causa trabalhista. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 18/04/2013 Data: 19/04/2013 Fonte: Dados conforme Pesquisa 83 Quadro 11: Papel de Trabalho 9 Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ PT 2.3 PT 2.4 Cliente: Empresa da Construção Civil Setor: Recursos Humanos Objeto de Exame: Direitos dos Colaboradores/Vale Transporte Constatações: Examinar se os cálculos dos funcionários em análise estão corretos de acordo com lei vigente. MÊS DE FEVEREIRO/MARÇO Colaborador AN SF INS FGTS HE PIS BONI CB VT Situação Valmor Marcio Valdir Volmar Adelmo Rodrigo Alexandre Rafael Ederson Valmir Gildo Ivo Sergio João Maristela Diego Cristiano Cleverson - 1 - 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 50% Não 50% 50% Não Não Não Não Não 50% Não Não Não Não 50% Não Não Não 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 100% Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Sim Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Nao Não Não 6% Não Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Altamir - - 20% 8% Não 1% Não Sim Não Ok Mateus - - 20% 8% Não 1% Não Não Não Ok Carlos - - 20% 8% Não 1% Não Não Não Ok Ervino - - 20% 8% Não 1% Não Não Não Ok Legenda: AN Adicional Noturno, SF Salário Família, INS Insalubridade,FGTS Fundo de Garantia, HE Horas Extras, PIS, BONI Bonificação, CB Cesta Básica, VT Vale Transporte. 84 Conclusões/Sugestões: Em análise aos direitos dos colaboradores nos meses de fevereiro e março, constatou-se que nenhum dos colaboradores teve direito ao adicional noturno. O colaborador Márcio teve direito ao Salário Família nos dois meses, não tendo divergência nos cálculos e valores pagos. Considerando insalubridade de grau médio 20%, todos os colaboradores tiveram incluídos nos dois meses a insalubridade nos seus pagamentos, não tendo nenhuma divergência em seus cálculos e pagamentos efetuados. Os cálculos de FGTS 8%, recolhidos conforme guia analisada, dentro do período. Os colaboradores Valmor, Valdir, Volmar, Valmir e Maristela, obtiveram horas extras de 50% no mês de fevereiro, conforme analisados, não encontrado divergência nos cálculos e valores pagos neste período. PIS conforme analisado recolhido dentro do período correto. Bonificação apenas Valmor ganhou no mês de fevereiro o valor de 100% por cumprir regras internas. Os funcionários Valdir, Gildo, Maristela e Altamir ganharam a cesta básica, concedida apenas para funcionários que não tiveram faltas nos períodos, sendo o valor fixado em R$ 113,00 conforme dissídio da categoria. O desconto facultativo nestes meses apenas o colaborador Cristiano obteve. No início da sua contratação optou por não ter o benefício, mas passado alguns meses solicitou o vale transporte e a empresa passou a descontar os 6% de vale transporte conforme lei vigente Recomenda-se que a empresa continue observando todas as regras diante aos direitos de seus colaboradores evitando deixar lacunas para uma causa trabalhista futura. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 18/04/2013 Data: 19/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 85 Quadro 12: Papel de Trabalho 10 Re Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil PT 2.5 Setor: Recursos Humanos Objeto do Exame: Descontos Legais na folha de pagamento Constatações: Averiguar se a empresa esta efetuando os descontos legais conforme tabela apresentada. Colaborador Contrib. Sindical INSS IRRF Contrib. Assistencial Situação Valmor Marcio Valdir Volmar Adelmo Rodrigo Alexandre Rafael Ederson Valmir Gildo Ivo Sergio João Maristela Diego Cristiano Cleverson 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia Não 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia 1 dia Não 1 dia 1 dia Não 1 dia 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Altamir Não 8% Não Não Ok Mateus Não 8% Não Não Ok Carlos 1 dia 8% Não Não Ok Ervino 1 dia 8% Não Não Ok 86 Conclusões/ Sugestões: Verificou-se todos os descontos legais de todos os colaboradores, não se encontrou divergência nos cálculos efetuados. Os devidos descontos foram efetuados seus recolhimentos dentro das datas prevista em lei, conforme guias apresentadas pelo contador onde constatouse o devido recolhimento das mesmas, conforme autenticação dos órgão competentes. Recomenda-se que a empresa segue adotando as regras conforme lei vigente para não obter desagradáveis constatações futuras diante de uma causa trabalhista. Executado: Adriana Franco Queiroz Data: 18/04/2013 Fonte: Dados Conforme pesquisa Revisado: Maristela Veiga Data:19/04/2013 87 Quadro 13: Papel de Trabalho 11 Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ PT 2.6 Cliente: Empresa da Construção Civil Setor: Recursos Humanos PT 2.7 Objeto do Exame: Férias / Folha de pagamento Constatações: Segundo art. 129 da CLT, todo trabalhador tem direito a férias anuais sem prejuízo na remuneração, acrescido de 1/3 de acréscimo da mesma. A folha de pagamento documento obrigatório para efeito de fiscalização trabalhista e previdenciária, composta de proventos e descontos. Conclusões/ Sugestões: Todos os colaboradores em análise no período de fevereiro a março, foi efetuada suas rescisões. Não foi encontrado divergências nos cálculos das férias pois todos ganharam proporcionalmente conforme o período trabalhado na empresa e seus direitos incluídos nos cálculos rescisórios e pagos dentro do período previsto conforme documentação constatada. Foi verificada a folha de pagamento da amostra definida no período de fevereiro e março constatou-se que foram efetuados os pagamentos e recolhimentos de todos os proventos e descontos de toda a amostra analisada. As documentações todas assinadas e datas, as guias devidamente quitadas nos períodos. Recomenda-se que a empresa siga nesta linha de observância do cumprimento das leis vigentes. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 18/04/2013 Data: 19/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 88 Quadro 14: Papel de Trabalho 12 Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ PT 2.8 Cliente: Empresa da Construção Civil PT 2.9 Setor: Recursos Humanos Objeto do Exame: Cartão Ponto/Faltas e Atestados Constatações: De acordo com o art. 74 da CLT, estabelecimento com mais de 10 trabalhadores, será obrigatório o registro da hora de entrada e saída do colaborador , conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. O colaborador poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário devidamente comprovado conforme art. 473 da CLT. MÊS DE FEVEREIRO E MARÇO Colaborador Cartão. Ponto. Assinado Desconto Repouso remunerado Atestado/ Dias Faltas - Situação Valmor Marcio Valdir Volmar Adelmo Rodrigo Ok Ok Ok Ok Ok Ok Sim Sim - 12 2 Ok Ok Ok Ok Ok Ok Alexandre Rafael Ederson Valmir Gildo Ivo Sergio João Maristela Diego Cristiano Cleverson Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Sim Sim Sim Sim Sim - 2 6 - 3 1 7 10 4 - Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok Altamir Ok Sim - 5 Ok Mateus Ok - - - Ok Carlos Ok Sim - 20 Ok Ervino Ok Sim 1 4 Ok 89 Conclusões/Sugestões: Conforme quadro, constatou-se que a grande maioria dos colaboradores faltou e não justificaram as suas faltas, consequentemente houve o desconto no descanso remunerado. Não houve divergência nos valores pagos aos mesmos. Todos os cartões pontos estão devidamente datados e assinados pelos colaboradores. Após constatações de documentos e cálculos e não encontrado divergências, sugere-se que a empresa continue trabalhando dentro do que diz a lei,cumprindo os controles internos, e assim passar credibilidade aos seus colaboradores e gestores. Executado: Adriana Franco Queiroz Data: 18/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa Revisado: Maristela Veiga Data: 19/04/2013 90 Quadro 15: Papel de Trabalho 13 Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil PT 2.10 Setor: Recursos Humanos Objeto de Exames: Décimo Terceiro Salário Constatações: Instituída no Brasil pela lei 4.090, de 13/07/1962, garante que o trabalhador receba o correspondente a 1/12(um doze avos) da remuneração por mês trabalhado, ou seja um salário extra ao colaborador no final de cada ano trabalhado. Conclusões/Sugestões: Constatou-se na amostra em análise que não houve divergência nos valores pagos, já que todos os colaboradores foi efetuado a rescisão nestes meses apreciado, e valores pagos proporcionalmente ao período trabalhado, pagos conforme documentação analisada dos depósitos em conta corrente de acordo com os comprovantes bancários. Sugere-se que a empresa continue dando ênfase em proceder dentro da lei. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 18/04/2013 Data: 19/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 91 Quadro 16: Papel de Trabalho 14 Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil PT 3 A Setor: Recursos Humanos PT 3.4 Objeto de Exame: Desligamento do Colaborador Constatações: O desligamento dos colaboradores consiste em exame médico demissional, aviso prévio trabalhado ou indenizado, cálculos e pagamentos das verbas rescisórias e homologação da mesma no sindicato caso houver um período de um ano ou mais do colaborador na entidade. Conclusões/Sugestões: Em razão do término de duas obras nesses meses em análise a movimentação do departamento de recursos humanos foi de demissão de vários colaboradores. Verificou-se que todos os colaboradores definidos na amostra desligaram-se da empresa apresentando dentro do prazo legal o exame demissional. Constatou-se que em relação ao aviso prévio, os colaboradores possuem documentos devidamente assinados e cumpridos de acordo com suas datas previstas. Conforme análise ao ponto eletrônico dos colaboradores não houve divergência nas horas trabalhadas, divergência encontrada nos cálculos rescisórios da funcionária Maristela apenas de arredondamento de valores. Todos os colaboradores receberam saldos de salários, insalubridade de 20%, 13ºsalário e férias integral ou proporcional de acordo com a data da admissão de cada colaborador, terço constitucional de férias, salário família, FGTS, e descontos de INSS e contribuição sindical. A homologação da rescisão no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil ocorreu apenas para os colaboradores que tinham o período de um ano ou mais trabalhados na empresa, sendo eles, Sérgio, Valdir, Valmor, Cleverson, Valmor, Maristela, e Adelmo. Examinado também os recibos de depósitos das devidas rescisões todas de acordo com seu último dia de pagamento. Não encontrado divergências relevantes nos valores, documentações, assinaturas, quitações sugere a empresa que siga nesta linha de controle e execução dos atos dentro do que diz a lei vigente e dissídio da categoria, evitando assim possíveis reclamatórias. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 21/04/2013 Data: 22/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa 92 Quadro 17: Papel de Trabalho 15 PT 4 Nome da Empresa de Auditoria: AUDITORIA AFQ Cliente: Empresa da Construção Civil A Setor: Recursos Humanos PT 4.3 Objeto de Exame: Obrigações da Entidade Constatações: Neste objeto de exame foi verificado se a quitação das guias e encargos sociais foram efetuados dentro do prazo previsto nestes dois meses de análise. Também no intuito de prevenir acidentes dos trabalhadores e evitar doenças, bem como melhorar as condições de saúde e higiene dos colaboradores, a legislação criou um conjunto de programas obrigatórios para as empresas, por isso neste objeto foi averiguado se a empresa cumpre com estas obrigações. Obrigações/Encargos/Guias Datas/Envios/Pagamentos INSS Fevereiro/Março FGTS Fevereiro/Março Contrib. Sindical Fevereiro/Março PIS Fevereiro/Março RAIS Fevereiro/Março CAGED Fevereiro/Março GEFIP/SEFIP Fevereiro/Março Programas Obrigatórios ASO/PPP PCMSO PPRA Situação Ok Ok Ok Ok Ok Ok Ok LTCAT Conclusões/Sugestões: Contatou-se que a empresa cumpre com suas obrigações legais. Executado: Adriana Franco Queiroz Revisado: Maristela Veiga Data: 21/04/2013 Data: 22/04/2013 Fonte: Dados conforme pesquisa Situação Ok 93 Após a conclusão dos papéis de trabalho, documentos exclusivos de auditoria, onde foram examinados todos os itens que estão especificados no programa de auditoria, as movimentações dos colaboradores, compreendendo desde o processo seletivo, admissão, movimentações, cálculos dos vencimentos, encargos sociais, até o desligamento da empresa e obrigações legais da empresa. Dessa forma, com base nos resultados da aplicação do programa de auditoria, por meio dos papéis de trabalho onde foram relacionados os objetos de exames, as verificações e constatações, fornecem as informações para elaboração do relatório de auditoria apresentado na sequência. 4.5 Relatório de Auditoria Na sequência do estudo na área da construção civil, apresenta-se o relatório de auditoria que será enviado ao Diretor da empresa, como documento oficial do trabalho desenvolvido no período de fevereiro a março de 2013, tendo como fonte principal documentos disponibilizados conforme pesquisa realizada na entidade estudada. 94 RELATÓRIO E CONCLUSÕES DE AUDITORIA OPERACIONAL REALIZADA NA EMPRESA DA CONTRUÇÃO CIVIL. Ijuí (RS), 30 de junho 2013 Prezado Srº Marcelo Farias Diretor Responsável pela Empresa da Construção Civil Em anexo, encaminhamento do relatório de auditoria operacional no departamento de Recursos Humano no período de fevereiro à março de 2013 realizado de acordo com as normas de auditoria e baseado nas documentações disponíveis por esta empresa auditada. Diante do que foi exposto ficamos a disposição para quaisquer esclarecimentos. Atenciosamente, Adriana Franco Queiroz Contadora e Auditora CRC – RS 0001 95 AUDITORIA AFQ RELATÓRIO DE AUDITORIA OPERACIONAL DA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL SETOR : RECURSOS HUMANOS IJUI – RS, JUNHO 2013 96 INTRODUÇÃO Na sequência o relatório de auditoria de recursos humanos, refere-se ao período de fevereiro à março de 2013, com uma amostra de 20% dos colaboradores da entidade, tendo como objetivo averiguar o cumprimento da legislação trabalhista em vigor e os procedimentos que envolvem o setor. O resultado é apresentado em relatório à direção, apontando erros ou deficiências, ocorridos no período analisado. Cabe ressaltar que o trabalho desenvolveu-se de acordo com as normas de auditoria, com a finalidade de constatar e analisar as fichas de registro, documentos, com o objetivo de certificar-se da sua lisura, legalidade, correção e fidedignidade, e a necessidade de aprimorar ou implantar novos procedimentos internos. O objetivo do relatório de auditoria é para orientação preventiva ou corretiva para a empresa de construção civil. 1. Documentação de Admissão Na admissão de um colaborador é preciso cumprir regras conforme rege a CLT vigente. Analisado uma amostra de 20% (vinte por cento), do total dos colaboradores, constatou-se alguns erros e deficiências. A empresa opta pelo contrato de experiência, executando um modelo único, verificaram-se algumas omissões nas informações, tais como: descontos legais, horário que o colaborador deverá cumprir, endereço onde o mesmo prestará o serviço visto que é uma empresa da construção civil e tem várias obras na cidade. Sugere-se que a empresa elabora novo contrato de experiência constando informações relevantes conforme consta na CLT. Ao analisar os exames médicos, constatou-se que os colaboradores Valmor, Valdir, Maristela apresentaram seus atestados admissionais posterior à contratação. O colaborador Mateus não apresentou seu exame admissional. Sugere-se que a organização tenha mais precaução e cuidado no recebimento da documentação no que se refere aos exames médicos admissionais, antecipando os mesmos com o médico responsável, antes de dar continuidade a documentação de admissão, evitando assim que seja admitido um funcionário não apto a função, trazendo possibilidades de uma causa trabalhista futura. Em todos os colaboradores em análise não foi possível examinar as CTPS dos mesmos pois não houve acesso físico das mesmas pois estão com seus respectivos colaboradores. As fichas dos colaboradores examinados estão com seus dados cadastrais necessários, como nome completo, data nascimento, número e série da CTPS, PIS, função, remuneração, assinatura na data de admissão e demissão. Sendo que as datas de alterações salarias não havia anotações de nenhum funcionário, exceto João pois este estava de acordo. Constatou-se também a não anotações nas fichas dos colaboradores das contribuições sindicais. Sugere-se que na hora de efetuar as rescisões dos funcionários que façam as atualizações nas devidas fichas conforme ocorrência no período. Certificou-se que os colaboradores Rodrigo, Ederson, e Sérgio não possuem comprovantes de entregas de devolução da CTPS, o empregador não emitiu o 97 protocolo de entrega da Carteira de Trabalho. Sugere-se que a empresa cumpre a lei rigorosamente se resguardando com a emissão do protocolo da entrega do documento solicitado no prazo legal das 48 horas conforme prevê o art. 29 da CLT. Na análise observouse, que não foi apresentado os comprovantes escolares dos filhos dos beneficiários, Rodrigo, Márcio, Altamir e Ervino. A Carteira de Vacinação não consta nos arquivos de nenhum dos colaboradores analisados. O colaborador Márcio não consta na sua documentação o Termo de Responsabilidade de Concessão de Salário Família. Sugere-se que a instituição analisada busque junto aos seus colaboradores os documentos faltantes para regularização da concessão do beneficio, pois a empresa comete infrações, podendo ser punida com multas, ou até mesmo o beneficio caracterizar remuneração, onde pagará os devidos encargos e deduções de valores ao INSS considerados indevidos. Certificou-se que todos os funcionários fizeram a opção de não utilização do Vale Transporte conforme constatações nas declarações de não beneficiários, estas todas assinadas. Alguns colaboradores não descreveram a justificativa do porque da opção de não utilização do vale transporte. Conforme indagação ao responsável pelo Departamento de Recursos Humanos a empresa não tem o procedimento de renovar esta declaração uma vez assinada na admissão. Sugere-se que a empresa regularize as falhas apontadas e determine um prazo para a renovação da declaração de utilização ou não do vale transporte. Verificou-se que todos os colaboradores assinaram os acordos de compensações e prorrogações de horas. No acordo de compensação consta, dias da semana a trabalhar, horário, e intervalo. No acordo de prorrogação destaca o valor da hora normal e o valor da hora extra. Recomenda-se que a empresa de continuidade neste procedimento correto sem infrações que possa a vir prejudicar diante uma fiscalização. 2. Movimentação Não foi encontrada nenhuma divergência em relação à função e salários. Todos os colaboradores possuem os devidos atestados periódicos. Recomenda-se que a empresa continue observando toda a documentação no ato de admissão dos seus colaboradores, evitando assim eventuais reclamações futuras diante de uma causa trabalhista. Em análise aos direitos dos colaboradores nos meses de fevereiro e março, constatou-se que nem um dos colaboradores teve direito ao adicional noturno. O colaborador Márcio teve direito ao Salário Família nos dois meses, não tendo divergência nos cálculos e valores pagos. Considerando insalubridade de grau médio 20%, todos os colaboradores tiveram incluídos nos dois meses a insalubridade nos seus pagamentos, não tendo nenhuma divergência em seus cálculos e pagamentos efetuados. Os cálculos de FGTS 8%, recolhidos conforme guia analisada, dentro do período. Os colaboradores Valmor, Valdir, Volmar, Valmir e Maristela, obtiveram horas extras de 50% no mês de fevereiro, conforme analisados, não encontrado divergência nos cálculos e valores pagos neste período. PIS conforme analisado recolhido dentro do período correto. Bonificação apenas Valmor ganhou no mês de fevereiro o valor de 100% por cumprir regras internas. Os funcionários Valdir, Gildo, Maristela e Altamir receberam a cesta básica, concedida apenas para funcionários que não faltaram no período, sendo o valor fixado em R$ 113,00 conforme dissídio da categoria. O desconto facultativo nestes meses apenas o colaborador Cristiano obteve. No início da sua contratação optou por não ter o benefício, mas 98 passado alguns meses solicitou o vale transporte e a empresa passou a descontar os 6% de vale transporte conforme lei vigente Recomenda-se que a empresa continue observando todas as regras diante aos direitos de seus colaboradores evitando deixar lacunas para uma causa trabalhista futura. Verificou-se todos os descontos legais de todos os colaboradores, não se encontrou divergência nos cálculos efetuados. Os devidos descontos foram efetuados seus recolhimentos dentro das datas previstas em lei, conforme guias apresentadas pelo contador onde constatouse o devido recolhimento das mesmas, conforme autenticação dos órgão competentes. Recomenda-se que a empresa segue adotando as regras conforme lei vigente para não obter desagradáveis constatações futuras diante de uma causa trabalhista. Todos os colaboradores em análise no período de fevereiro a março 2013 foi efetuada suas rescisões devido o término de duas obras. Não foi encontrado divergências nas férias, pois todos ganharam proporcionalmente conforme seu período trabalhado na empresa e seus direitos incluídos nos cálculos rescisórios e pagos dentro do período previsto conforme documentação constatada. Foi verificada a folha de pagamento da amostra definida no período de fevereiro e março constatou-se que foram efetuados os pagamentos e recolhimentos de todos os proventos e descontos de toda a amostra analisada. As documentações todas assinadas e datas, as guias devidamente quitadas nos períodos. Recomenda-se que a empresa segue nesta linha de observância do cumprimento das leis vigentes. Constatou-se que as grandes maiorias dos colaboradores faltaram e não justificaram as suas faltas consequentemente houve o desconto do descanso remunerado. Não houve divergência nos valores pagos aos mesmos. Todos os cartões pontos estão devidamente datados e assinados pelos colaboradores. Após constatações de documentos e cálculos e não encontrado divergências, sugere-se que a empresa continue trabalhando dentro do que diz a lei e seus controles internos, passando credibilidade aos seus colaboradores e gestores. Constatou-se na amostra em análise que não houve divergência nos valores pagos referente ao 13º salário já que todos os colaboradores foi efetuado a rescisão nestes meses apreciado, e valores pagos proporcionalmente ao período trabalhado, pagos conforme documentação analisada dos depósitos em conta corrente de acordo com os comprovantes bancários. Sugere-se que a empresa continue dando ênfase em proceder dentro da lei. 3 Desligamento Verificou-se que todos os colaboradores em análise se desligaram da empresa apresentando dentro do prazo legal o exame demissional. Constatou-se que em relação ao aviso prévio todos os colaboradores possuem o documento devidamente assinados e cumpridos de acordo com suas datas previstas. Conforme análise ao ponto eletrônico de todos os colaboradores a divergência encontrada em alguns cálculos rescisórios como da funcionária Maristela apenas de arredondamento de valores. Todos os colaboradores receberam saldos de salários, insalubridade de 20%, horas extras quando houve 13º e férias integral ou proporcional de acordo com a data da admissão de cada colaborador, terço constitucional de férias, salário família, FGTS, e descontos de INSS e contribuição sindical. A homologação da rescisão no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil ocorreu apenas para os colaboradores que tinham o período de um ano ou mais trabalhada na empresa, sendo 99 eles, Sérgio, Valdir, Valmor, Cleverson, Valmor, Maristela, e Adelmo. Examinado também todos os recibos de depósitos das devidas rescisões as quais estão de acordo com seu último dia de pagamento. Não encontrado divergências nos valores, documentações, assinaturas, quitações sugere a empresa que siga nesta linha de controle e execução dos atos dentro do que diz a lei vigente e controles internos, dissídio da categoria, evitando assim possíveis reclamatórias trabalhistas. 3. Obrigações da Entidade Neste objeto de exame foi verificado a quitação das guias e encargos sociais onde constatou-se que foi efetuada dentro do prazo previsto nestes dois meses de análise. Também no intuito de prevenir acidentes dos trabalhadores e evitar doenças, bem como melhorar as condições de saúde e higiene dos colaboradores a empresa manteve em dia o conjunto de programas obrigatórios pela lei vigente como o PPP, PCMSO, PPRA e LTCAT, neste objeto foi averiguado que a empresa cumpre com todas as obrigações exigidas por lei. CONCLUSÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA Auditoria realizada na empresa da construção civil constatou algumas deficiências nos controles e procedimentos internos no departamento de recurso humano conforme exposto. Sendo a Auditoria operacional uma ferramenta de orientação preventiva e corretiva recomenda-se que seja considerada os apontamentos citados em relação às irregularidades encontradas no setor analisado, e que sejam tomadas as devidas providencias, no intuito de melhorar aperfeiçoar os controles internos obedecendo à lei vigente. Também sugerimos que seja repassada as informações aos profissionais de cada obra responsável pelo setor de recursos humanos onde fazem o primeiro contato com o colaborador, reunindo as documentações para efetuar as suas admissões, pois conforme se constatou houve deficiência nesta organização inicial. Sugere-se para a empresa que elabore uma cartilha para as obras onde consta passo a passo os procedimentos, assinaturas, as obrigações legais a serem cumpridas e documentações necessárias para a contratação do colaborador, e seu devido arquivamento. Também disponibilizar matérias onde os profissionais possam manter-se atualizados e treinamentos de rotinas trabalhistas, mantendo um monitoramento de suas atividades. Acreditamos que este trabalho de conclusão de curso tenha atendido as expectativas da empresa auditada, onde nossa função foi de passar a credibilidade que uma auditoria tem para orientar, prevenir, corrigir e assim proporcionar melhorias necessárias para uma administração aprimorar cada vez mais seus controles internos para um excelente desenvolvimento da empresa. Ijuí 30, junho 2013 AUDITORIA AFQ Adriana Franco Queiroz Contadora – Auditora CRS – RS 0001 100 CONCLUSÃO O tema proposto neste trabalho de conclusão de curso na área da Auditoria Operacional no Setor de Recursos Humanos, em uma empresa de Construção Civil na cidade de Ijuí, foi realizado com êxito, proporcionando uma ampla bagagem de conhecimento na área para a graduanda do curso de Ciências Contábeis pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI. Inicialmente buscou-se o embasamento teórico por meio de pesquisa bibliográfica referente à Auditoria Operacional no Setor de Recursos Humanos, desenvolvendo a contextualização do estudo, a revisão bibliográfica, metodologia da pesquisa e por fim a análise dos resultados. Definida a amostra e o período da empresa estudada, desenvolveu-se o trabalho de conclusão de curso. Analisados os processos internos da empresa envolvendo a seleção, contratação, movimentação mensal e desligamento dos colaboradores na empresa, mostrou-se por meio de fluxogramas desenvolvidos no decorrer do estudo, conforme informações obtidas internamente. Por meio de entrevista e análise de documentos desenvolveu-se o estudo das rotinas internas desta empresa na área de Recursos Humanos e diante destes controles internos existentes foi a base na aplicação de papéis de trabalho e a conclusão do estudo proposto, onde desenvolveu-se um relatório final de Auditoria apontado as divergências que ocorreram no período analisado, e as sugestões que servem de orientações a entidade, que assim possa melhorar seus controles internos evitando futuras penalidades, bem como eventuais injustiças involuntárias aos seus colaboradores. Por fim, diante do trabalho ora apresentado, é de suma importância manter-se em constante aprimoramento. A empresa familiar hoje no Brasil cresce dia a dia, aplicando a Governança Corporativa, sistema pelo qual as empresa estão sendo dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, diretores e órgãos de controles, esta prática converte princípios em recomendações objetivas, com a finalidade de preservar aperfeiçoar, otimizar o valor da organização, contribuindo para a sua longevidade, onde a racionalização automatização dos processos internos já é um fato, com intuito de melhorar a capacidade competitiva da empresa frente ao mercado atual. Este trabalho motivou-me a analisar este contexto, porém por outro caminho, pela análise organizacional e pela aplicabilidade dos controles internos juntamente com Recursos Humanos, por meio dos conceitos básicos, aplicar, manter, desenvolver controles, monitorar 101 pessoas, observando-se para as diversas situações e as soluções que estão sendo adotadas. As empresas precisam desenvolver cada vez mais a maturidade na gestão de pessoas, no sentido de aproveitar a capacidade das pessoas para melhorar a produção, mantendo a qualificação, treinamento, qualidade nos setores, informações atualizadas para uma melhor gestão burocrática e como consequência obter uma maior confiabilidade nos procedimentos internos, decisões, decorrente de maior precisão na utilização de ferramentas e aprimorando essencialmente a eficiência das atividades realizadas e a eficácia nos resultados finais de uma organização. Por fim ao concluir o estudo, tenho a convicção que sempre é tempo de apreender. A auditoria realizada me proporcionou conhecer a sua importância dentro de uma organização, os procedimentos corretivos e preventivos facilitando a adoção e acompanhamento das ações a ser implementadas, a prevenção muitas vezes faz a diferença. Trouxe conhecimento na área de Recursos Humanos, experiência do início ao fim dos processos que envolvem a contratação, admissão e demissão, deveres da empresa, conhecimento das leis, cálculos trabalhista, a importância de ter um arquivo organizado com as documentações, fazer com que os controles internos sejam executados de forma controlada e dentro das normas legais de direitos dos colaboradores, uma experiência que me abriu caminhos para agregar conhecimentos e buscar o crescimento dentro da própria organização que me proporcionou a realização deste trabalho. 102 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos. Introdução a Auditoria Operacional. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um curso Moderno e Completo. 3 ed. São Paulo, Saraiva, 1988. _______. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. 6 ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003. BERTI, Anélio. Contabilidade Geral básica. São Paulo: Ícone, 2001. BASSO, Irani Paulo. 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