AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE

Propaganda
JANE KELLY HOLANDA MELO
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE
PORTA-ENXERTO DE TAMARINDEIRO (Tamarindus indica L.)
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido, como parte
das exigências para obtenção do título de
Mestre em Agronomia: Fitotecnia.
ORIENTADOR:
Prof. D. Sc VANDER MENDONÇA
MOSSORÓ-RN
2008
JANE KELLY HOLANDA MELO
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA PRODUÇÃO DE
PORTA-ENXERTO DE TAMARINDEIRO (Tamarindu indica L.)
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido, como parte
das exigências para obtenção do título de
Mestre em Agronomia: Fitotecnia.
APROVADA EM: ______/______/________
_____________________________________
Prof. Dr. Vander Mendonça - UFERSA
Orientador
____________________________________
Prof. Dr. Eudes de Almeida Cardoso – UFERSA
Conselheiro
_____________________________________
Pesquisadora. Drª. Érika Valente de Medeiros Conselheira
Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e
catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
M528a Melo, Jane Kelly Holanda.
Avaliação de diferentes substratos na produção de portaenxertos de tamarindeiro (tamarindus indica L.) / Jane Kelly
Holanda Melo. -- Mossoró: 2008.
69f. il.
Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) - Universidade Federal
Rural do Semi-Árido.
Área de concentração: Agricultura Tropical.
Orientador: Prof.º D.Sc.Vander Mendonça
1. Tamarindeiro. 2. Propagação sexuada. 3. Matéria Orgânica.
4. Mudas. I.Título.
CDD:634.46
Bibliotecária: Margareth M. Figueiredo Dias Furtado
CRB/41446
A Minha Mãe, por todos os
incentivos dados, a paciência
e o apoio de todos os dias.
As Minhas Irmãs, pelo
apoio constante, o carinho de
sempre. Vocês são mulheres
guerreiras, no qual quero
sempre me espelhar.
Dedico!
AGRADECIMENTOS
A DEUS, por iluminar e guiar os meus passos e ser a minha fonte de coragem,
determinação e força, me fazendo vencer cada obstáculo;
Ao Professor Dr. Vander Mendonça pela orientação, dedicação e paciência que
teve durante todo esse tempo;
Aos Professores da banca Drª. Érika Valente de Medeiros e Dr. Eudes de
Almeida Cardoso, pela disponibilidade e participação nesse momento crucial;
Ao Professor Dr. Francisco Bezerra Neto, coordenador da pós-graduação, pela
preocupação constante com o bem-estar dos pós-graduandos;
A UFERSA, por ter me dado mais uma oportunidade de crescimento na minha
vida profissional;
A SEDIS-UFRN (Curso de Administração à Distância), por me dar a chance de
trabalhar no curso de Administração à Distância e pela concessão da bolsa;
Aos Alunos e a equipe do pólo de Mossoró (Tutores e coordenadora) do curso de
Administração à Distância;
As Professoras MSc. Magda Cristina de Sousa e MSc. Ana Tereza Bittencourt
Passos, pelo apoio, carinho, ensinamento diário e constante;
A todos os professores que de alguma maneira ajudaram na construção dos meus
conhecimentos;
Aos funcionários Sr João e Juruna, pela ajuda diária na condução do experimento;
Aos colegas Tenesse Andrade Nunes, Roberta Kêlia, Evandro Rodrigues Bezerra
da Silva, Mauro Tosta e Grace Kelly Leite de Lima, pelas ajudas que me foram dadas
em todos os momentos;
Aos Amigos de hoje e sempre Alexandre Dantas de Medeiros e Norma Danielle
Silva Barreto;
A todos os meus familiares que acreditaram e me incentivaram durante todo o
decorrer desse curso.
“Planta
De dentro de uma semente rasgou, certo dia, uma planta...
Ainda era muito cedo para brotar...
Mas era melhor o frio externo do que suportar a casca que lhe sufocava
O vento lhe queimava a pele, e o sol forte quase não a deixava respirar
A terra onde nasceu era seca, e as pedras impediam que criasse raízes
Mas as raízes insistiam em crescer, e apodreciam porque no solo não conseguia se
fixar...
Suas folhas pequeninas não sobreviviam muito além de alguns dias... logo secavam e
caiam por terra...
E a planta se deixou levar ao vento, na esperança de encontrar solo fértil...
Areias quentes, alagados, solo infestado de raízes velhas
Em algum lugar precisava encontrar terra, onde pudesse florescer
Um dia um jardineiro a recolheu num vaso, e ali regou suas raízes
E ela cresceu e floresceu, sentia-se viva e feliz
E por uma vez sentiu o calor da terra
Sentiu suas raízes crescerem, sentiu pela primeira vez sua natureza de planta
O jardineiro lhe deu o precioso momento de ser...
E a planta nunca esquecerá do jardineiro...
Porque mesmo por pouco tempo,
A lembrança de ser planta, de ser cuidada e de ter raízes na terra ficará para sempre.”
(autor desconhecido)
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Combinações dos substratos na formação dos tratamentos utilizados no
experimento. Mossoró -RN, 2008.................................................................................
41
Tabela 2 - Característica química dos tratamentos(substratos) para a produção de
porta-enxertos de Tamarindeiro ( Tamarindos indica L). Mossoró-RN, 2008.............
46
Tabela 3 - Resumo da análise de variância para diâmetro do colo (DC),
comprimento da parte aérea (CPA), comprimento do sistema radicular (CSR),
número de folhas (NF), matéria seca da parte aérea (MSPA) e matéria seca do
sistema radicular (MSSR) em função de diferentes substratos na produção de portaenxertos de tamarindeiro. Mossoró -RN, 2008..............................................................
Tabela 4 - Resumo da análise de variância para matéria seca total (MST), relação
entre matéria seca da parte aérea e o sistema radicular (MSPA / MSSR), relação
entre comprimento da parte aérea e diâmetro do colo (CPA / DC) e relação entre
comprimento da parte aérea e matéria seca da parte aérea (CPA / MSPA) em função
de diferentes substratos na produção de porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró RN, 2008........................................................................................................................
48
49
LISTA DE FIGURA
Figura 01 - Viveiro Telado da UFERSA..........................................................................
42
Figura 02 - Planta matriz, onde as sementes foram coletadas..........................................
42
Figura 03 - Esterco Bovino...............................................................................................
42
Figura 04 - Preparo dos sacos para as mudas...................................................................
42
Figura 05 - Momento da colocação da semente...............................................................
42
Figura 06 - Semeadura......................................................................................................
42
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 - Efeito dos diferentes substratos no comprimento da parte aérea (CPA) de
porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008.......................................................
51
Gráfico 02 - Efeito dos diferentes substratos no número de folhas de porta-enxertos de
tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008....................................................................................
53
Gráfico 03 - Efeito dos diferentes substratos na matéria seca da parte aérea (MSPA) de
porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008.......................................................
55
Gráfico 04 - Efeito dos diferentes substratos na matéria seca do sistema radicular
(MSSR) de porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008....................................
56
Gráfico 05 - Efeito dos diferentes substratos na matéria seca total (MST) de portaenxertos de tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008.................................................................
57
Gráfico 06 - Efeito dos diferentes substratos na relação entre matéria seca da parte
aérea e o sistema radicular (MSPA / MSSR) de porta-enxertos de tamarindeiro.
Mossoró - RN, 2008..........................................................................................................
Gráfico 07 - Efeito dos diferentes substratos na relação entre comprimento da parte
aérea e diâmetro do colo (CPA / DC) de porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró RN, 2008............................................................................................................................
Gráfico 08 - Efeito dos diferentes substratos na relação entre comprimento da parte
aérea e matéria seca da parte aérea (CPA / MSPA) de porta-enxertos de tamarindeiro.
Mossoró -. RN, 2008.........................................................................................................
58
60
61
RESUMO
MELO, Jane Kelly Holanda. Avaliação de Diferentes Substratos na Produção de
Porta-Enxerto de Tamarindus indica L. 2008. f. Dissertação (Mestrado em
Agronomia: Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA),
Mossoró-RN, 2008.
O experimento foi conduzido em viveiro telado no Departamento de Ciência Vegetais
da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)/Mossoró-RN, no período de
outubro/2007 a fevereiro/2008, com o objetivo de avaliar diferentes fontes orgânicas
como substratos para a produção de porta-enxertos de tamarindeiro (Tamarindus
Indica L.). O delineamento experimental utilizado foi o blocos casualizados com doze
tratamentos, 4 quatro repetições e dez plantas por parcela. Os tratamentos constataram
de: solo (4S) puro (testemunha); solo e esterco caprino (3S:1EC); solo e esterco bovino
(3S:1EB); solo e esterco ovino (3S: 1EO); solo e húmus(3S: 1H); solo, esterco caprino
e esterco bovino(2S:1EC:1EB); solo, esterco caprino e ovino esterco (2S:1EC:1EO);
solo, esterco caprino e húmus(2S:1EC:1H); solo, esterco ovino
e esterco
bovino(2S:1EO:1EB); solo, ovino esterco e húmus(2S:1EO:1H); solo, esterco bovino e
húmus(2S:1EB:1H); solo, esterco caprino, esterco bovino, esterco ovino e húmus
(1S:1EC:1EB:1EO:1H). O cultivar utilizado foi o Tamarindo Ácido. As características
avaliadas foram número de folhas por planta, diâmetro do caule, comprimento da parte
aérea, comprimento da raiz, massa seca da parte aérea, massa seca da raiz, massa seca
total e relação comprimento da parte aérea e matéria seca da parte aérea. Para a
produção de porta-enxertos de tamarindeiro, o tratamento como substrato solo e húmus
(3S: 1H) foi o que apresentou os melhores resultados para as variáveis comprimento do
sistema radicular, massa seca da parte aérea e o diâmetro do colo; já nas variáveis
número de folhas, massa seca do sistema radicular e massa seca total, o tratamento que
usou como substrato solo e esterco caprino (3S: 1EC) foi o que proporcionou a melhor
resposta. Com relação a variável diâmetro de colo, o tratamento no qual o substrato foi
solo, esterco bovino e húmus (2S: 1EB: 1H) apresentou o melhor comportamento. O
tratamento que teve como substrato solo, esterco caprino, esterco ovino, esterco bovino
e húmus (4S: 1EC: 1EO: 1EB: 1H), apresentou um resultado positivo no
desenvolvimento do comprimento da parte aérea. Para a relação comprimento da parte
aérea e matéria seca da parte aérea, o melhor resultado foi obtido com o tratamento
composto por solo, esterco ovino e esterco bovino (2S: 1EO: 1EB).
Palavras chave: Tamarindeiro, propagação sexuada, matéria orgânica, mudas.
ABSTRACT
MELO, Jane Kelly Holanda. Evaluation of different substrates in the Tamarindus
Indica L. rootstocks production. 2008. f. Thesis (MS in Agronomy: Plant Science) –
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, 2008.
The experiment was conducted in a screenhouse in the Departamento de Ciências
Vegetais of the Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)/Mossoró-RN,
during October/2007 to February/2008, with the aim of to evaluate different organic
sources as substrate for the production of Tamarind rootstocks (Tamarindus Indica L.).
The experiment was arranged in a randomized block design with twelve treatments,
four repetitions and ten plants per parcel. The treatments were composed for: pure soil
(4S) (control); soil and goat manure (3S: 1EC); soil and bovine manure (3S: 1EB); soil
and sheep manure (3S: 1EO); soil and humus (3S: 1H); soil, goat manure and bovine
manure (2S: 1EC: 1EB); soil, goat manure and sheep manure (2S: 1EC: 1EO); soil,
goat manure and humus (2S: 1EC: 1H); soil, sheep manure and bovine manure (2S:
1EO: 1EB); soil, sheep manure and humus (2S: 1EO: 1H); soil, bovine manure and
humus (2S: 1EB: 1H); soil, goat manure, bovine manure, sheep manure and humus
(1S: 1EC: 1EB: 1EO: 1H). The cultivar utilized was the Acid Tamarind. The evaluated
characteristics were number of leafs per plant, diameter of stem, length of the aerial
part, length of the root, dry mass of the aerial part, dry mass of the root, total dry mass
and relationship between length of the aerial part and dry aerial matter. For the
Tamarind rootstocks production, the treatment with the substrate soil and humus (3S:
1H) presented the best results for the variable root length, aerial dry mass and the
diameter of stem; in the variable number of leaves, root dry mass and total dry mass,
the treatment that used the substrate soil and goat manure (3S: 1EC) were what
provided the best reply. In the relationship to the variable diameter of stem, the
treatment with soil, bovine manure and humus (2S: 1EB: 1H) presented the best
behavior. The treatment with soil, goat manure, sheep manure, bovine manure and
humus (4S: 1EC: 1EO: 1EB: 1H), presented a positive result in the development of the
length of the aerial part. To the relationship between length and dry matter of the aerial
part, the best results were obtained with the treatment composed for soil, sheep manure
and bovine manure (2S: 1EO: 1EB).
Key-words: Tamarind tree, sexual propagation, organic substance, seedling.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................
23
2 REVISÃO DE LITERATURA......................................................................................
25
2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS DA TAMARINDO......................................................
25
2.2 CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS...........................................................................
26
2.3. PROPAGAÇÃO ..........................................................................................................
27
2.4. RECIPIENTE...............................................................................................................
29
2.5. SUBSTRATO..............................................................................................................
31
2.6. ESTERCO.....................................................................................................................
34
2.7. HÚMUS........................................................................................................................
36
2.8. VARIAVEIS ANALISADAS......................................................................................
38
3. MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................................
40
3.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA...............................................................................
40
3.2. MATERIAIS UTILIZADOS .......................................................................................
40
3.4. CARACTERÍSTICAS AVALIADAS..........................................................................
43
3.4.1 Número de folhas por plantas..................................................................................
43
3.4.2 Diâmetro de caule.....................................................................................................
43
3.4.3 Comprimento da parte aérea...................................................................................
43
3.4.4 Comprimento da raiz...............................................................................................
44
3.4.5. Matéria seca da parte aérea....................................................................................
44
3.4.6 Matéria seca da raiz..................................................................................................
44
3.4.7 Matéria seca total......................................................................................................
45
3.4.8 Relação entre matéria seca da parte aérea e matéria seca do sistema radicular
(MSPA/MSSR)...................................................................................................................
3.4.9 Relação entre o comprimento da parte aérea e o diâmetro do colo (CPA/DC)..
45
45
3.4.10 Relação entre comprimento da parte aérea e matéria seca da parte aérea
(CPA/MSPA)......................................................................................................................
3.4.11 Analise Química......................................................................................................
45
46
3.5. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS.....................................
47
3.6. ANÁLISE ESTATÍSTICA...........................................................................................
47
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................
48
4.1. DIÂMETRO DO COLO (DC).....................................................................................
49
4.2. COMPRIMENTO DA PARTE AÉREA (CPA)..........................................................
50
4.3. COMPRIMENTO DO SISTEMA RADICULAR (CSR)...........................................
52
4.4. NÚMERO DE FOLHAS..............................................................................................
52
4.5. MATÉRIA SECA DA PARTE AÉREA (MSPA)........................................................
54
4.6. MATÉRIA SECA DO SISTEMA RADICULAR (MSSR).........................................
55
4.7. MATÉRIA SECA TOTAL...........................................................................................
57
4.8. RELAÇÃO ENTRE MATÉRIA SECA DA PARTE AÉREA E MATÉRIA SECA
DO SISTEMA RADICULAR (MSPA/MSSR)...................................................................
4.9. RELAÇÃO ENTRE O COMPRIMENTO DA PARTE AÉREA E O DIÂMETRO
DO COLO (CPA/DC)..........................................................................................................
4.10. RELAÇÃO ENTRE COMPRIMENTO DA PARTE AÉREA E MATÉRIA SECA
DA PARTE AÉREA (CPA/MSPA)....................................................................................
5. CONCLUSÃO................................................................................................................
REFERÊNCIAS.................................................................................................................
58
59
60
62
63
1. INTRODUÇÃO
O tamarindeiro é originário da África Tropical, de onde se dispersou por todas
as regiões tropicais. Cresce bem em locais de clima tropical e subtropical, não
frutificando bem em locais sem estiagem. É uma planta frutífera que se desenvolve
bem nos mais diversos tipos de solo, até mesmo nos mais degradados (GURJÃO,
2006).
O Brasil se destaca por ser um dos maiores produtores de frutas do mundo, as
quais são cultivadas e comercializadas em grande escala (BRUNINI et al., 2003). O
Nordeste brasileiro apresenta condições climáticas favoráveis ao cultivo de diferentes
frutíferas de origem tropical, como se pode verificar pela expressiva diversidade de
espécies nativas encontradas na região, ao lado de outras, exóticas, introduzidas de
ecossistemas equivalentes e que se adaptaram bem, comportando-se de modo
semelhante ao do material nativo, a exemplo da jaqueira, fruta-pão, sapotizeiro, entre
outras (GURJÃO, 2006).
É uma cultura ideal para regiões semi-árida, em especial aquelas regiões com
eminência de seca prolongada. E uma árvore de fácil cultivo, e requer cuidado mínimo
estando geralmente livre de pragas e doenças sérias (PEREIRA et al, 2007).
A propagação por sementes ocorre na maioria das plantas cultivadas e pode ser
utilizado, também, na obtenção de porta-enxerto de algumas plantas frutíferas, um
exemplo é o tamarindeiro. Esse método é responsável pela variação populacional e
pelo surgimento de novas variedades, uma vez que na natureza, predomina a
polinização cruzada, que assegura o maior intercâmbio de genes dentro de uma mesma
espécie (HOFFAMANN, 1996).
Um dos fatores que condiciona o sucesso na propagação de plantas é o
substrato, este objetivando aperfeiçoar as condições ambientais, durante o
desenvolvimento da planta em uma ou mais etapas da propagação.
23
O substrato apresenta papel importante no crescimento da planta, tendo que
garantir por meio de sua fase sólida o crescimento da parte aérea e o desenvolvimento
do sistema radicular, com volume restrito. Exerce também as funções de dar
sustentação às plantas, proporcionar o crescimento das raízes e fornecer as quantidades
adequadas de ar, água e nutrientes (LEMAIRE, 1995). Além disso, deve apresentar
uma estrutura que não dificulte a sua retirada do recipiente, por ocasião do plantio das
mudas, e que não se destorroe, propiciando boas condições para o adequado
desenvolvimento das plantas (STURION e ANTUNES, 2000).
Rocha et al. (2008) afirma que a presença de matéria orgânica proporciona
índices acima da média, nos parâmetros germinação, índice de velocidade de
emergência, altura da planta, peso da matéria seca da parte aérea e da raiz, diâmetro do
colo. E que diferentes substratos tem sido utilizados na produção de mudas frutíferas.
Carvalho et al., (1961) apud Gurgel et al. (2007), constataram haver um
aumento gradativo no crescimento das plantas, sempre que se eleva a proporção de
compostos orgânicos.
De acordo com Lima et al. (2004) muitos materiais orgânicos e inorgânicos são
usados para a produção de mudas, existindo necessidade de se determinar aqueles
apropriados para a espécie de forma a atender sua demanda quanto ao fornecimento de
nutrientes e propriedades físicas como retenção de água, aeração, facilidade para
penetração de raízes, ocorrência de doenças. Outro fator importante é que o substrato
seja um material abundante na região e tenha baixo custo ao produtor.
O objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes fontes orgânicas como
substratos para a produção de porta-enxerto de tamarindeiro (Tamarindus indica L.).
24
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS DA TAMARINDO
É originário da África, e foi levado para a Índia onde é explorado
extensivamente, exportando seus produtos para a Europa e EUA. As plantas que
crescem nos trópicos são derivadas de sementes coletadas ao acaso em uma destas duas
regiões, de onde vão destituídas de melhoramento genético. Despontando ainda assim
como cultura atrativa e de grande futuro comercial. (SETE ERVAS, 2007).
Na Europa é conhecido deste a Idade Média, possivelmente introduzida,
através dos Árabes. Já no Brasil onde é difundido e cultivado há séculos, foi trazido da
Ásia (SETE ERVAS, 2007).
Desta forma pode-se notar que é cultivado em regiões quentes, tornando-se
bem aclimatada, mostrando-se naturalizada e subespontânea em vários estados do
Brasil. No Nordeste apesar desta planta não ser nativa, é considerada uma planta
frutífera típica da região por ser bem adaptada ao clima (PEREIRA et al, 2007).
Com a expansão da produção destas culturas em todos os países, nota-se que as
frutas tropicais têm evoluído bastante na preferência dos consumidores mais exigentes.
Existindo nos dias atuais, uma maior consciência das populações sobre a importância
do consumo de alimentos saudáveis na prevenção de doenças e na melhoria da
qualidade de vida, resultando em aumento mundial no consumo de frutas,
principalmente, tropicais.
25
2.2 CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS.
É uma árvore frutífera, decorativa, maciça, de crescimento lento e de longa
vida, pode alcançar uma altura de 25 m. Seu tronco divide-se em numerosos ramos
curvados formando copa densa e ornamental. Possui ramos fortes flexíveis e grandes,
tem casca de cor cinza-escuro, áspera e com fissuras (SETE ERVAS, 2007).
As folhas são sensitivas, de coloração verde-clara, compostas, pinadas,
alternas, glabras, consistindo em 10 a 18 pares de folíolos oblongos opostos. Possuem
10 a 20 pares de folíolos oblongos os quais se dobram à noite (PEREIRA, 2007).
As flores são hermafroditas de coloração amarela ou levemente avermelhada
(com estrias rosadas ou roxas) que se reúnem em pequenos cachos axilares, nos ápices
dos ramos, possuem pedúnculos pequenos, com cinco pétalas (duas reduzidas),
amarelos com listras alaranjadas ou vermelhas. Os botões florais são distintamente corde-rosa, devido à cor exterior de quatro sépalas que são escorridas quando a flor se
abre (SETE ERVAS, 2007).
O fruto é uma vagem indeiscente, achatada, oblonga nas extremidades,
contraída ao nível das sementes e cor castanho escuro, lenhosa e quebradiça. O
epicarpo é crustáceo, espesso em torno das sementes, amarelo escuro e de sabor ácidoadocicado (PEREIRA, 2007).
A planta frutifica apenas uma vez por ano e o fruto leva 245 dias para atingir o
ponto de colheita. O peso médio do fruto é de aproximadamente, 30% de polpa, 40%
de sementes e 30% de casca. Seu teor de água, é muito baixo por fruto, está próximo
de 38%. O principal componente responsável pelo aroma da polpa é o 2- acetyl-furano
(PEREIRA, 2007).
Pereira (2007) mostra que há diferentes variedades, as quais são divididas em
ácidas e doces, mas a maioria dos países cultiva aquelas de características ácidas,
devido terem a facilidade de desenvolvimento em locais quentes e ensolarados.
26
O tamarindeiro tem muita utilidade e pode ser usada toda a parte da planta.
Com o fruto pode ser feito polpa, que possui um sabor agridoce, no preparo de doces,
bolos, sorvetes, xaropes, bebidas, licores, refrescos, sucos concentrados e ainda como
tempero para arroz, carne, peixe e outros alimentos (SBRT, 2008).
As sementes ao natural servem de forragem para animais domésticos;
processadas são utilizadas como estabilizantes de sucos, de alimentos industrializados
e como goma (cola) para tecidos ou papel, já o cerne da madeira é de excelente
qualidade e pode ser usado para diversas finalidades; por ser forte e resistente à ação de
cupins, presta-se bem para fabricação de móveis, brinquedos, pilões, e preparo de
carvão vegetal (SBRT, 2008).
Em relação ao clima a planta pode ser cultivada em regiões tropicais úmidas ou
áridas; a temperatura média anual deve estar em 25ºC, as chuvas anuais entre 600 e
1500 mm; a planta requer boa intensidade de luz e é sensível ao frio e ao solo devem
ser profundos, bem drenados, pH entre 5,5 e 6,5, de preferência areno-argilosos. Evitar
solos pedregosos e sujeitos a encharcamento (SBRT, 2008).
2.3. PROPAGAÇÃO
A propagação é um conjunto de práticas destinadas a perpetuar as espécies.
Seu objetivo é aumentar o número de plantas, garantindo a manutenção das
características agronômicas essenciais das culturas (HOFFMANN, 1996).
Os métodos de propagação podem ser agrupados em dois tipos: propagação
sexuada. Basicamente, a diferença entre as duas formas de propagação é a utilização e
a ocorrência da mitose e da meiose. Enquanto na propagação assexuada a divisão
celular implica na multiplicação simples (mitose), mantendo o número de
cromossomos inalterados, na propagação sexuada a meiose proporciona a redução do
número de cromossomos (HOFFMANN, 1996).
27
O tamarindeiro pode ser propagado vegetativamente por estaquia (ramo
verdes, ramos semi-maduros e ramos maduros), enxertia e mergulhia aérea e
subterrânea. Para a utilização de qualquer método, é de fundamental importância a
escolha de material vegetativo (galhos e ramos) livres de doenças, pragas e danos. Os
galhos e ramos com cores das folhas diferentes do verde devem ser evitados.
(PERREIRA et al, 2006).
De acordo com Hoffmann (2006, p 46), “a propagação sexuada é o processo
onde ocorre a fusão dos gametas masculinos e femininos para formar uma só célula,
denominada zigoto, no interior do ovário, após a polinização. Este método é
responsável pela variação populacional e pelo surgimento de novas variedades, uma
vez que na natureza predomina a polinização cruzada, que assegura o maior
intercambio de genes dentro de uma mesma espécie”.
Na fruticultura, a propagação por sexuada tem com finalidades: obter porta enxertos ou cavalos; criar novas cultivares; formar mudas de espécies que suportam
bem a propagação sexuada; obtenção de clones nucelares; obtenção de plantas
homozigotas e propagação de plantas que não podem ser multiplicadas por outro meio
(HOFFMANN, 1996)
Para realizar a propagação sexuada é necessário o conhecimento da espécie e
do hábito de reprodução da planta que vai fornecer as sementes, está por sua vez deve
apresentar as melhores características da espécie, tais como: alta produção, boas
características dos frutos, precocidade, sanidade e vigor. É preferível que essa planta
seja de meia idade, vigorosa, precoce, com frutos de boa qualidade e não tenha doenças
e pragas (TODA FRUTA, 2008).
Nos últimos anos um dos aspectos mais pesquisados tem sido a qualidade
fisiológica das sementes, em conseqüência de estarem subordinada a uma série de
mudanças degenerativas de origem bioquímica, fisiológica e física após a sua
maturação, as quais estão associadas com a redução do vigor (PERREIRA et al, 2006).
28
Para a qualidade das mudas, as características morfológicas são as mais usadas,
pois têm uma concepção intuitiva por parte dos viveiristas. No entanto, existe a
necessidade de uma definição precisa para responder às exigências quanto à
sobrevivência e crescimento motivados pelas adversidades encontradas no campo
depois do plantio (GOMES et al., 2002).
As sementes é a forma principal de propagar as espécies, quando aptas para
serem colhidas os frutos se abrem. (VIDAL e VIDAL, 2000).
A propagação assexuada, de acordo com Hoffmann (1996), “é o processo de
multiplicação que ocorre através de mecanismo de divisão e diferenciação celular, por
meio da regeneração de partes da planta mãe”. Este processo é importante devido à
necessidade de se manter as características varietais, propagar as espécies e cultivares
que não produzem sementes viáveis e perpetuar os clones.
O método de propagação assexuada tem como vantagens permitir a
manutenção do valor agronômico, reduzir a fase juvenil, obter área de produção
uniforme e a combinação de clones (HOFFMANN, 1996)
2.4. RECIPIENTE
Pode definir recipiente como todo e qualquer material destinado a acondicionar
o substrato durante a produção de mudas.
Na produção de frutífera, pode considerar como vantagens proporcionadas no
uso de recipientes, o menor uso de tratores e carretas na área de viveiro; a redução do
tempo para a produção das mudas; a diminuição da competição entre mudas; a
proteção do sistema radicular contra danos mecânicos e doenças e pragas; a facilitação
no transporte das mudas e a permanência do viveiro por mais tempo (HOFFMANN,
1996).
29
Um recipiente bom é aquele que apresenta as características de resistência para
suportar a pressão devido ao peso do substrato e da muda; possibilitar um rápido
desenvolvimento inicial a planta; acondicionar o volume adequado de substrato,
possuir bom sistema de drenagem, possibilitar boa retenção do substrato, ter
durabilidade, ser de fácil manejo e baixo custo de aquisição (KITAMURA, 2002).
Existem diversos tipos de recipientes utilizados na produção de mudas
frutíferas dentre eles, sacos de polietileno, tubetes, bandejas de polietileno ou de
isopor, entre outros, sendo que dentre estes os mais utilizados na produção de frutíferas
são sacos de polietileno e os tubetes (OLIVEIRA, 2007)
Apesar dos vários modelos de recipientes existente no mercado, pode-se
afirmar que os sacos plásticos têm sido os mais usados, especialmente nos pequenos
viveiros, em virtude de sua maior disponibilidade e menor preço (GOMES et al.,
1990).
Os sacos plásticos ou polietileno são recipientes que podem apresentar as mais
diferentes dimensões. Normalmente, apresentam coloração preta ou escura, para
proporcionar melhores condições de desenvolvimento das raízes. São muito versáteis,
pois se adaptam a diversas variedades de situações, e têm baixo custo de aquisição,
podem ser reutilizados e de fácil manejo (KITAMURA, 2002).
Os sacos plásticos comportam um volume de substrato que permite a obtenção
de mudas vigorosas e de qualidade adequada para o plantio. Por outro lado, contribuem
para o aumento da área requerida para o viveiro e a elevação do custo de produção, de
transporte e plantio da muda (MELO, 1999).
Os tubetes são recipientes de forma cônica, de polietileno e de cor escura, na
parte interna contêm estrias para dificultar o enovelamento das raízes, podendo
acondicionar diferentes volumes de substrato. Porém, para o uso deste, é necessário um
sistema de suporte, este por sua vez pode ser uma bandeja de plástico, isopor ou metal,
para que fique suspenso a base expostas ao ar, proporcionando a poda das raízes pelo
vento (HOFFMANN et al, 1996).
30
2.5. SUBSTRATO
Substrato é definido como qualquer material que tem a finalidade de servir de
base para o desenvolvimento de uma planta até sua transferência para o viveiro ou área
de produção, podendo ser compreendido não apenas como suporte físico, mas também
como fornecedor de nutrientes para a muda em formação (HOFFMANN, 2007).
O substrato, especialmente na propagação por sementes, tem o intuito de
proporcionar condições ideais para a germinação ou o desenvolvimento inicial das
mudas, para isso é necessário que as características sejam favoráveis, portanto um bom
substrato é aquele que tem retenção de água em quantidade suficiente para suprir a
necessidade da planta, firme e denso, livre de patógenos, não apresente nível excessivo
de salinidade, contenha nutrientes essenciais para o desenvolvimento sadio da planta e
boa coesão entre as partículas e adequada aderência nas raízes (VITTI et al., 1995).
Para produzirem mudas sadias e de boa qualidade é fundamental optar por um
substrato que possibilite o bom desenvolvimento das plântulas.
De acordo com Hoffmann (2001), pode ser listado como benefícios devido ao
uso de estercos animais: as melhorias nas propriedades físicas do solo e no
fornecimento de nutrientes; o aumento no teor de matéria orgânica, melhorando a
infiltração da água como também aumentando a capacidade de troca de cátions.
As vantagens da adubação orgânica trazem benefícios de ordem física, química
e biológica. Os estercos de animais são os adubos orgânicos mais importantes, pela sua
composição, disponibilidade relativa e benefícios da aplicação. Sua qualidade varia
com o tipo de animal e principalmente com o regime alimentar do animal(VITTI et al.,
1995).
O substrato apresenta papel importante no crescimento da planta em cultivos
sem solo, tendo que garantir por meio de sua fase sólida o crescimento da parte aérea e
o desenvolvimento do sistema radicular, com volume restrito. Desempenha também as
31
funções de dar sustentação às plantas, proporcionar o crescimento das raízes e fornecer
as quantidades adequadas de ar, água e nutrientes (LEMAIRE, 1995). Além disso,
deve apresentar uma estrutura que não dificulte a sua retirada do recipiente, por
ocasião do plantio das mudas, e que não se destorroe, propiciando boas condições para
o adequado desenvolvimento das plantas (STURION e ANTUNES, 2000).
Segundo Fanti e Perez (1999), na escolha do material para o substrato leva em
consideração o tamanho das sementes, sua exigência com relação à umidade,
sensibilidade ou não à luz e a facilidade que este oferece para o desenvolvimento das
plântulas.
O bom substrato deve manter a proporção adequada entre a disponibilidade de
água e aeração, não devendo ser umedecido em excesso para evitar que a película de
água envolva completamente a semente, restringindo a entrada e absorção de oxigênio
(VILLAGOMEZ et al, 1979). Sendo assim, a escolha do tipo de substrato deve ser
feita em função das exigências da semente em relação ao seu tamanho e formato
(BRASIL, 1992).
As propriedades físicas e químicas são inerentes a cada substrato em particular,
sendo que diferentes substratos apresentam propriedades diferentes. Por isso, na visão
de VERDONOK et al. (1981), é de extrema importância que estas sejam conhecidas e
corrigidas conforme as diversas situações de uso, para promover a correção das
características dos substratos de forma a otimizar as condições de seu uso.
As propriedades físicas de um substrato são primariamente mais importantes
que as propriedades químicas do mesmo, já que as primeiras não podem ser facilmente
modificadas (MILNER, 2001).
O aspecto físico mais importante de um substrato, segundo HAYNES e GOH
(1978), é a presença de estrutura porosa, com capacidade de estocar e suprir água para
as raízes das plantas, e, ao mesmo tempo, proporcionar aeração adequada.
Outra característica física de importância para determinar o manejo dos
substratos é a granulometria. A definição da granulometria do substrato, ou proporções
32
entre macro e microporosidade e, conseqüentemente relações entre ar e água, permite
sua manipulação e conseqüentemente sua melhor adaptação às situações de cultivo,
pois
possibilita
diferentes
proporções
entre
macro
e
microporosidade
e,
conseqüentemente, diferentes relações entre ar e água (FERMINO, 2002).
As propriedades químicas dos substratos referem-se principalmente ao valor de
pH, à capacidade de troca de cátions (CTC) e à salinidade. Tendo em vista que a
nutrição das plantas é manejada pelo viveirista, utilizando adubações de base e
complementares, a investigação do teor em nutrientes nos materiais puros e nas
misturas só é realizada em casos especiais, quando houver interesse ou necessidade de
quantificar os elementos presentes (KÄMPF, 2000a).
A importância do valor do pH no crescimento das plantas é devido ao efeito deste
sobre a disponibilidade de nutrientes, principalmente dos micronutrientes (WALLER e
WILSON, 1984).
Os problemas mais comuns na produção de mudas, se referem às condições de
acidez excessivas do substrato. Entre os efeitos indiretos, a relação entre a
disponibilidade de nutrientes e o valor do pH é o que apresenta maior importância,
especialmente a disponibilidade de nitrogênio, enxofre e potássio são diminuídas em
meio ácido (WALLER e WILSON, 1984).
De acordo com Minami (2000), a nutrição das plantas é afetada diretamente pela
composição do substrato utilizado, pelos níveis de nutrientes disponíveis e conforme a
quantidade de adubo adicionado. Matérias primas usadas na formulação de um
substrato podem disponibilizar nutrientes, à medida que vão se decompondo ou se
transformando.
Segundo Fonseca (1988) na composição do substrato para o crescimento de
plântulas, a fonte orgânica é responsável pela retenção de umidade. Por isso, o esterco
bovino é muito utilizado como fonte orgânica na composição dos substratos para
diversos tipos de cultivo.
33
Gonçalves e Poggiani (1996) combinaram diversos substratos para produção
de mudas florestais, levando em conta as características químicas e físicas semelhantes,
bem como seus potenciais similares para propagação de plantas. Diante de informações
mostradas em vários trabalhos, pôde-se entender que a mistura de substratos de um
mesmo grupo não resulta em grandes alterações das características do produto obtido
(GONÇALVES et al., 2000). Os mesmos autores descreveram que o substrato
adequado para a propagação de mudas via semente e estaca pode ser obtida a partir da
mistura de 70 a 80% de um componente orgânico (esterco bovino, casca de eucalipto
ou pinus, bagaço de cana, lixo urbano, outros resíduos e húmus de minhoca), com 20 a
30% de um componente usado para elevar a macroporosidade (casca de arroz
carbonizada, cinza de caldeira de biomassa, bagaço de cana carbonizado).
Segundo Oliveira et al. (1994), para a composição do substrato na produção de
mudas de mamoeiro há a recomendação da utilização de adubação orgânica, no qual
traz como vantagens na melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo.
Mendonça (2007), concluir que o composto orgânico na percentagem de 40%
no substrato se constitui uma alternativa de matéria orgânica viável para produção de
mudas de mamoeiro ‘Formosa’.
2.6 ESTERCO
Pode-se afirmar que é utilizado como fonte de nutrientes os adubos orgânicos,
que contêm desempenho relevante no progresso das suas propriedades física e química
e estimulam os processos microbianos. Os mais economicamente viáveis e utilizados
são o esterco bovino, caprino, ovino.
E devido a isso, há mais de dois mil anos, vem sendo empregados os estercos
animais como fertilizantes (KIEHL, 1985). Os adubos orgânicos é um fornecedor de
nutriente e de matéria orgânica para melhorar as propriedades físicas, químicas e
34
biológicas do solo. Pode ser considerado como um produto químico que melhora as
propriedades físicas do solo (RAJJ, 1991).
Os estercos de boa qualidade e em quantidades adequadas podem suprir as
necessidades das plantas em macronutrientes, sendo o potássio, o elemento que atinge
teores mais elevados no solo pelo uso contínuo. O teor desses elementos depende,
entretanto, da qualidade e da quantidade de esterco, bem como do tipo de solo (LUND
e DOSS, 1980 apud SANTOS et al., 2007).
O esterco caprino e um dos adubos mais ativos e concentrados, comprovando
em suas utilizações, que 250 kg de esterco de cabra, deixados em terrenos frios,
produzem o mesmo efeito que 500 kg de esterco de vaca. (ALVES e PINHEIRO,
2007)
De acordo com essa informação constata-se concentrações de NPK superiores
ao esterco de bovinos. Ele recupera terrenos degradados e estrutura e ativa a biologia
do solo. "É importante alternativa de fonte de renda dos produtores", destacam os
pesquisadores da Embrapa Caprinos, Francisco Fernandes Alves e Raymundo Pinheiro
(ALVES e PINHEIRO, 2007)
Segundo Leal e Bezerra (2008), a mistura para substrato com esterco caprino
apresenta as menores médias no desenvolvimento das mudas de alface.
De acordo com Rocha et al. (2008), o maior peso de matéria seca da parte
aérea das mudas de Annona squamosa L., foi verificado nas misturas onde estavam
presentes em todas as proporções os materiais orgânicos, esterco caprino e bovino,
mostrando-se superior às misturas que têm presente adubos químicos e substrato
comercial.
Sabe-se que o esterco bovino ainda é o mais utilizado na composição dos
substratos por ser de custo baixo, de fácil aquisição, por aumentas a biomassa
microbiana quando adicionado seco no solo de pastagens e auxiliar na fertilidade do
solo. (MALAVOLTA, 1989).
35
Quando bem curtido, muito contribui para melhorar as condições físicas,
químicas e biológicas do substrato, além de fornecer vários nutrientes essenciais às
plantas. Ele aumenta a capacidade de troca catiônica, de retenção de água, a porosidade
do solo e a agregação do substrato. O valor do esterco como fertilizante depende de
vários fatores, dentre os quais o grau de decomposição em que se encontra e os teores
que ele apresenta de diversos elementos essenciais às plantas (ALVES e PINHEIRO,
2007).
No esterco bovino, em uma tonelada, contém 5 quilos de nitrogênio, 2,5 quilos
de P2O5 e 5 quilos de K2O. As mesmas análises mostram que quase a metade do
nitrogênio do esterco vem da urina enquanto que no caso do potássio mais da metade
estava nela, quanto ao fósforo praticamente todo ele vem das fezes (MALAVOLTA,
1989).
Em limão ‘Cravo’, segundo Helio et al. (1999), no uso de esterco de curral
resultou em maior peso de matéria seca de raiz, caule e folhas, além de promover
maior densidade de raízes, resultando em melhor desenvolvimento das mudas de
limoeiro.
Negreiros et al. (2004) notou que para as variáveis alturas de plantas, diâmetro
do caule, número de folhas definitivas, comprimento da raiz e matéria seca da raiz e da
parte aérea, nas mudas de graviola (Annona muricata I), os substratos que continham
esterco bovino destacaram-se como os melhores, inclusive na formação do sistema
radicular.
2.7. HÚMUS
Húmus ou humo é a matéria orgânica depositada no solo, resultante da
decomposição de animais e plantas mortas, ou de seus subprodutos. O processo de
formação do húmus é chamado humificação e pode ser natural, quando produzido
36
espontaneamente por bactérias e fungos do solo (decompositores), ou artificial, quando
o homem induz a produção de humus, adicionando produtos químicos e água a um solo
pouco produtivo (FERRUZZI, 1984).
A ação das minhocas no composto é mais mecânica que biológica. O material
dejetado pelas minhocas encontra-se em estado mais avançado de decomposição,
sendo de assimilação mais fácil pelas raízes. Essas dejeções são pobres em argila e
ricas em matéria orgânica, nitratos, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, apresentando
alta capacidade de troca de cátions (CTC) e saturação em bases (V%), sendo elevada à
percentagem de umidade equivalente (KIEHL, 1985). De acordo com PRIMAVESI e
COVOLO (1968), as minhocas promovem a mistura da matéria orgânica com a fase
mineral, formando agregados homogêneos humo-argilosos de 1,5 a 3,0 mm de
diâmetro.
O húmus produzido pelas minhocas é, em média, 70% mais rico em nutrientes
que os húmus convencionais.
Suas vantagens são melhorar a porosidade e a aeração do solo, aumentar a
capacidade de captação de nutrientes pelas plantas; aumentar a vida biológica no solo,
com o desenvolvimento de bactérias e fungos fixadores de nitrogênio e proliferação
dos microorganismos; diminuir a quantidade de adubo químico, proporcionando
redução nos custos de produção. (FERRUZZI, 1984).
Em um trabalho Bakker (1994), encontrou para porta-enxertos de cajueiroanão precoce bons resultados para os parâmetros altura, diâmetro do caule, número de
folhas por planta, área foliar, MSA e MSR, com a dosagem máxima de 60% do
substrato constituído de húmus de minhoca.
Correia et al. (2001), em busca de substratos alternativos para formação de
porta-enxerto de gravioleira, obtiveram resultados bons quanto ao diâmetro das
plantas, no ponto de enxertia, utilizando substratos contendo húmus de minhoca.
37
2.8 VARIAVÉIS ANALISADAS
Número de folhas é a medida vegetativa, associada a outra medida produtiva,
é considerada como essenciais para comparar resultados e estimar vários parâmetros
fisiológicos de crescimento e produção (CLEMENT e BOVI, 2000).
De acordo com Nishikawa (1995), “o diâmetro da planta, o número de folhas,
a altura de plantas e a área foliar são altamente correlacionadas entre si com a produção
de palmito, já na fase juvenil da planta”. O diâmetro de caule é facilmente mensurável,
não sendo um método destrutivo, sendo considerado por muitos pesquisadores como
sendo um dos mais importantes parâmetros para estimar a sobrevivência, logo após o
plantio, de mudas de diferentes espécies florestais (GOMES, 2001).
O comprimento da parte aérea é considerada a variável mais importante, uma
vez que é o comprimento que define o momento em que a muda se encontra em estágio
ótimo para ir a campo.
A altura da parte aérea da muda fornece uma excelente estimativa da predição
do crescimento inicial no campo, sendo tecnicamente aceita como uma boa medida do
potencial de desempenho das mudas, apesar de que esse parâmetro pode ser
influenciado por algumas práticas que são adotadas nos viveiros florestais (MEXAL e
LANDS, 1990, apud GOMES, 2001). No entanto, trata-se de um parâmetro de fácil
determinação; não é um método destrutivo, além de sua medição ser muito simples
(GOMES et al., 2002).
A verificação do comprimento da raiz é importante devido ser a raiz quem
sustenta a planta, devendo está bem formada para quando a mesma for para o campo
não sofrer tombamento e por absorver os nutrientes e transportar para a planta exigindo
ainda mais que a raiz seja resistente e bem formada. (GOMES, 2001).
O peso seco da parte aérea e do comprimento da raiz é importante, por auxiliar
na definição o momento em que a muda está pronta para ir para o campo.
38
O peso da matéria seca das raízes tem sido reconhecido por diferentes autores
como sendo um dos mais importantes e melhores parâmetros para se estimar a
sobrevivência e o crescimento inicial das mudas no campo (GOMES, 2001).
Para a relação entre o comprimento da parte aérea e o diâmetro do colo quanto
menor for o seu valor, maior será a capacidade de as mudas sobreviverem e se
estabelecerem na área de plantio definitivo (CARNEIRO, 1983a, apud GOMES,
2001).
Segundo Gomes (2001), o quociente adquirido pela divisão da altura da parte
aérea e o peso da matéria seca da parte aérea não é comumente usado como um índice
para avaliar o padrão de qualidade de mudas, contudo pode ser de grande valia se
usado, principalmente, para predizer o potencial de sobrevivência da muda no campo.
39
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
O trabalho foi conduzido em um viveiro telado (figura 01) localizado no
campus da Universidade Federal Rural do Semi – Árido (UFERSA), no período de
outubro de 2007 a fevereiro de 2008.
3.2. MATERIAIS UTILIZADOS
As sementes foram obtidas a partir de frutos coletados de plantas (figura 02)
existentes no campus da universidade (UFERSA), esta coleta foi manual, logo após foi
realizado o processo de separação das sementes da polpa. As sementes passaram por
uma seleção, descartando-se aquelas eventualmente injuriadas ou deformadas e
imersas em água por 24 horas, para quebra de dormência.
Os substratos utilizados foram solos (testemunha); esterco bovino (figura 03),
esterco caprino, esterco ovino e húmus, nas seguintes combinações:
40
Tabela 1 - Combinações dos substratos na formação dos tratamentos utilizados no
experimento. Mossoró -RN, 2008
TRATAMENTOS
COMBINAÇÕES
Tratamento 1
Tratamento 2
Tratamento 3
Tratamento 4
Tratamento 5
Tratamento 6
Tratamento 7
Tratamento 8
Tratamento 9
Tratamento 10
Tratamento 11
Tratamento 12
4 parte de Solo (S)
3 de Solo + 1 de esterco Caprino (3S:1EC)
3 de Solo + 1 de esterco Ovino (3S: 1EO)
3 de Solo + 1 de esterco Bovino (3S: 1EB)
3 de Solo + 1 de Húmus (3S: 1H)
2 de Solo + 1 de Esterco Caprino + 1 de esterco Ovino
(2S: 1EC: 1EO)
2 de Solo + 1 de Esterco Caprino + 1 de esterco Bovino
(2S: 1EC: 1EB)
2 de Solo + 1 de Esterco Caprino + 1 de Húmus (2S: 1EC:
1H)
2 de Solo + 1 de Esterco Ovino + 1 de esterco Bovino
(2S: 1EO: 1EB)
2 de Solo + 1 de Esterco Ovino + 1 de Húmus (2S: 1EO: 1H)
2 de Solo + 1 de Esterco Bovino + 1 de Húmus (2S: 1EB: 1H)
1 de Solo + 1 de Esterco Caprino + 1 de esterco Ovino+ 1
esterco Bovino + 1 Húmus (1S: 1EC: 1EO: 1EB: 1H).
Foram utilizado como recipiente o sacos de polietileno preto (figura 04), com
dimensões de 20 x 10, com capacidade de 700 mL. Recipiente de tamanho suficiente
para a condução do trabalho, pois facilita a remoção da muda ocasionando o mínimo
de dano às suas raízes das mudas.
Os estercos caprino, ovino e bovino foram curtidos e passada essa fase foi
realizada a colocação dos mesmos nos sacos plásticos, logo depois de feito às misturas
de solo, esterco e húmus. Passaram uma semana de rega antes do plantio das sementes
(figuras 05 e 06) para que os substratos estivessem prontos para recebê-las.
41
Figura 01: Viveiro Telado da UFERSA
Figura 02: Planta matriz, onde a sementes
foram coletadas.
Figura 03: Esterco Bovino
Figura 04: Preparo dos sacos para as
mudas.
Figura 05: Momento da colocação da semente
Figura 06: Semeadura
42
3.4. CARACTERÍSTICAS AVALIADAS
3.4.1 Número de folhas por plantas
Após atingir a estabilidade da germinação, foi iniciada a contagem do número
de folhas, sendo esta realizada manualmente através da contagem direta, partindo-se da
folha basal até a última aberta.
3.4.2 Diâmetro de caule
Para este parâmetro foi utilizado um paquímetro digital, e a medida se deu a
um centímetro do colo da muda.
3.4.3 Comprimento da parte aérea
A determinação da altura da muda foi realizada com uma régua graduada em
centímetro, medindo a distância entre o colo e o ápice da muda.
43
3.4.4 Comprimento da raiz
Quando a mudas atingirem os seus três meses, foi realizada a medida da raiz,
através de uma régua graduada em cm, medindo a distância do colo até a extremidade
inferior da raiz principal.
3.4.5. Matéria seca da parte área
Para medir a matéria da parte aérea esta foi acondicionada em sacos de papel e
colocada em estufas de circulação forçada a 75º C, até atingirem peso constante,
ocasião em que se procedeu a pesagem em balança eletrônica.
3.4.6 Matéria seca da raiz
Para podermos realizar este parâmetro as raízes foram colocadas em saco de
papel e levadas para uma estufa de circulação forçada de ar a 75 ºC para a secagem, até
atingirem peso constante, procedendo em seguida a pesagem em balança analítica.
44
3.4.7 Matéria seca total
É a média dos valores da matéria seca da parte aérea mais a matéria seca da
raiz.
3.4.8 Relação entre matéria seca da parte aérea e matéria seca do sistema
radicular (MSPA/MSSR)
Esse processo foi através da relação entre a matéria seca da parte aérea e a
matéria seca do sistema radicular.
3.4.9 Relação entre o comprimento da parte aérea e o diâmetro do colo (CPA/DC)
Foi obtido através da relação entre o comprimento e o diâmetro do colo.
3.4.10 Relação entre comprimento da parte aérea e matéria seca da parte aérea
(CPA/MSPA)
Obtido pela relação entre do valor do comprimento da parte aérea e a matéria
seca da parte aérea.
45
3.4.11 Análise Química
No período de implantação do experimento foram retiradas amostras de cada
substrato formado na combinação de solo, esterco bovino, caprino, ovino e húmus e
encaminhadas para o laboratório de analise química do solo da Universidade Federal
Rural do Semi-Árido.
Os seguintes resultados:
Tabela 2 - Característica química dos tratamentos(substratos) para a produção de
porta-enxertos de Tamarindeiro ( Tamarindos indica L). Mossoró-RN, 2008.
Descrição
T1
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
T10
T11
T12
pH
_(H2O)
_
8,2
8,5
7,0
8,8
8,4
7,6
8,4
8,6
7,1
8,8
8,7
8,5
P
(mg kg1
)
154,10
180,56
24,45
277,65
454,41
45,60
95,01
257,09
32,85
306,73
306,73
63,44
Ca
Mg
Na
K
Al
________________(cmolc dm-3)________________
4,80
1,70
2,74
1,74
8,30
3,90
3,34
2,00
2,90
1,90
0,34
0,30
8,60
3,20
3,52
2,26
7,60
4,10
3,97
2,32
24,90
3,40
0,57
0,46
7,00
2,40
0,77
0,52
6,00
3,40
2,54
1,68
3,70
1,40
0,33
0,28
8,20
2,60
1,48
1,10
5,60
2,60
3,61
2,32
4,80
2,30
0,52
0,35
-
T1: solo; T2: solo + esterco caprino; T3: solo + esterco ovino; T4: solo + esterco bovino; T5: solo
+ húmus; T6: solo + esterco caprino + esterco ovino; T7: solo +esterco caprino + esterco bovino;
T8: solo + esterco caprino + húmus; T9: solo + esterco ovino + esterco bovino; T10: solo +
esterco ovino + húmus; T11: solo + esterco bovino + húmus; T12: solo + esterco caprino +
esterco ovino + esterco bovino + húmus.
46
3.5. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS
O experimento foi conduzido no delineamento de blocos casualizados (DBC),
com 12 tratamentos, quatro repetições e 10 plantas por tratamento, perfazendo um total
de 480 plantas.
3.6. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias dos
dados comparadas pelo teste de Scott - Knott a 5% conforme recomendações de
Gomes (2000). A análise foi realizada pelo programa computacional Sistema para
Análise de Variância - SISVAR (FERREIRA, 2000).
47
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 3 apresenta o resultado da variância dos enxertos de tamarindeiro em
função dos diferentes substratos, nas características diâmetro de colo, comprimento da
parte aérea, comprimento do sistema radicular, número de folhas, matéria seca da parte
aérea e matéria seca do sistema radicular. Pode-se observar que as variáveis diâmetro
de colo e comprimento do sistema radicular não foram significativo, enquanto que
comprimento da parte aérea, matéria seca da parte aérea foram significativa a 1% de
probabilidade e número de folhas e matéria seca do sistema radicular a 5% de
probabilidade.
Tabela 3 - Resumo da análise de variância para diâmetro do colo (DC), comprimento
da parte aérea (CPA), comprimento do sistema radicular (CSR), número de folhas
(NF), matéria seca da parte aérea (MSPA) e matéria seca do sistema radicular (MSSR)
em função de diferentes substratos na produção de porta-enxertos de tamarindeiro.
Mossoró -RN, 2008.
Fontes de
Variação
GL
DC
CPA
CSR
(mm)
(cm)
(cm)
Tratamento 11 0,1604ns
**
30,2694*
NF
MSPA
(g)
MSSR (g)
22,4802ns 9,2827** 0,06588* 0,4970**
Bloco
3
0,3646* 86,9848**
12,008
3,2504*
0,0854*
0,2204
Resíduo
33
0,0930
10,7118
0,0930
0,0071
0,0271
0,0776
CV(%)
-
8,20
8,45
8,20
5,67
16,18
12,51
; ns
- Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F; * - Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F
- Não significativo.
De acordo com a Tabela 4 pode-se notar que a análise de variância a relação
matéria seca da parte aérea / matéria seca do sistema radicular foi significativa a 1% de
48
probabilidade e a matéria seca total, e a relação comprimento da parte aérea/ diâmetro
do colo e a relação comprimento da parte aérea / matéria seca da parte aérea são
significativa a 5% de probabilidade.
Tabela 4 - Resumo da análise de variância para matéria seca total (MST), relação entre
matéria seca da parte aérea e o sistema radicular (MSPA / MSSR), relação entre
comprimento da parte aérea e diâmetro do colo (CPA / DC) e relação entre
comprimento da parte aérea e matéria seca da parte aérea (CPA / MSPA) em função de
diferentes substratos na produção de porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró -RN,
2008
Fontes de Variação GL
**
MST
MSPA /
(g)
MSSR
CPA / DC
CPA / MSPA
Tratamento
11
0,7660**
0,0165*
0,0060**
103,7382**
Bloco
3
0,4838*
0,0092
0,0050
95,8289
Resíduo
33
0,1376
0,0062
0,0019
35,3892
CV(%)
-
11,42
16,98
15,87
15,20
; ns
- Significativo a 1% de probabilidade, pelo teste F; * - Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F
- Não significativo.
4.1. DIÂMETRO DO COLO (DC)
Verificou-se que nas médias encontradas para o diâmetro de colo em cada
tratamento, tiveram melhores respostas os tratamentos com utilização dos substratos
solo e esterco caprino (3S: 1EC); solo, esterco caprino e esterco bovino (2S: 1EC:
1EB) e solo, esterco ovino, esterco ovino, esterco bovino e húmus (4S: 1EC: 1EO:
1EB: 1H), entretanto não foram, estatisticamente, diferentes dos demais tratamentos.
Dentre esses o tratamento com o uso de substrato solo, esterco bovino e húmus (2S:
49
1EB: 1H) apresentou o melhor desenvolvimento desta variável, neste tratamento de
acordo com a análise de solo houve presença de fósforo (P), influenciando diretamente
no desenvolvimento do colo.
O tratamento que foi utilizado como substrato solo (S), foi o que proporcionou
o menor diâmetro de colo.
De acordo com a tabela 01, para esta variável não houve diferenças
significativas.
Lima et al. (1996), estudando o efeito da composição do substrato na formação
de mudas de mamoeiro, observaram que o esterco de curral proporcionou os melhores
resultados assim como fontes de fósforo, com exceção para o comprimento de raiz.
Observou-se ainda um efeito significativo das interações fontes de fósforo x calcário x
esterco de curral, no diâmetro do caule.
4.2. COMPRIMENTO DA PARTE AÉREA (CPA)
De acordo com o gráfico 01, pode-se observar que nas médias encontradas
para o comprimento da parte aérea (CPA) em cada tratamento, as melhores respostas
foram obtidas nos tratamentos com utilização dos substratos com solo, esterco caprino,
esterco ovino, esterco bovino e húmus (4S: 1EC: 1EO: 1EB: 1H), solo, esterco
caprino, esterco bovino (2S: 1EC: 1EB), solo, esterco ovino e esterco bovino (2S:
1EO: 1EB) e solo e esterco caprino (3S: 1EC), não diferindo estatisticamente entre si.
Pela analise de solo, observa-se que nesses tratamentos apresentaram nutrientes em
altas concentrações.
Já os menores valores para esta variável foram obtidos no tratamento em que
se utilizou como substrato solo, esterco caprino e húmus (2S: 1EC: 1H).
50
De acordo com Mexal e Ands (1990), o comprimento da parte aérea das mudas
fornece uma estimativa do crescimento inicial no campo, sendo, tecnicamente, uma
boa medida do potencial de desempenho das mudas. Gomes et al. (2002) relatam que o
comprimento da parte aérea é um parâmetro para expressar a qualidade das mudas, no
entanto, recomendam que os valores sejam analisados combinados com outros
parâmetros tais como: diâmetro do coleto, peso, relação peso das raízes/peso da parte
aérea. Nesse sentido, a altura da parte aérea combinada com o diâmetro do coleto
constitui um dos mais importantes parâmetros morfológicos para estimar o crescimento
das mudas após o plantio definitivo no campo (CARNEIRO, 1995 apud CALDEIRA,
2008).
44
A
C.V. (%) = 8,45
A
42
A
Comprimeto da parte aérea (cm)
A
40
B
B
B
B
38
B
B
B
36
34
B
32
S
3S
:1 E
C
3S
: 1E
O
3S
:1 E
B
3S
: 1H
2S
: 1E
C:
1E
O
2S
:1 E
C:
1E
B
2
E
S:
C1
:1 H
2
E
S:
O1
:1 B
2
1E
S:
O:
1H
2
1E
S:
B:
4S
1H
:1 E
C:
1
:
EO
1E
B:
1H
Gráfico 1 - Efeito dos diferentes substratos no comprimento da parte aérea (CPA)
de porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008.
51
4.3. COMPRIMENTO DO SISTEMA RADICULAR (CSR)
Para esta variável não houve diferença significativa, de acordo com a análise
de variância (Tabela 01). Verificou-se que o tratamento que proporcionou a melhor
resposta para o comprimento do sistema radicular (CSR) foi aquele que utilizou-se do
substrato solo e húmus (3S: 1H); solo, esterco caprino e esterco bovino (2S: 1EC:
1EB) e solo, esterco caprino, esterco ovino, esterco bovino e húmus (4S: 1EC: 1EO:
1EB: 1H). Para esses tratamentos a presença de nutrientes foi significativa,
principalmente, para o tratamento como substrato solo, esterco caprino e esterco
bovino (2S: 1EC: 1EB), que teve altos índices de fósforo (P), Magnésio (Mg), sódio
(Na) e Potássio (K), influenciando no desenvolvimento dessa variável.
Já o menor comprimento de raiz se deu naqueles tratamentos que tiveram
como substrato solo, esterco caprino e húmus (2S: 1EC: 1H) e solo, esterco ovino e
húmus (2S: 1EO: 1H), não diferindo, estatisticamente, entre si.
De acordo com Mendonça et al (2007) o comprimento de raiz aumentou de
maneira crescente com o aumento da percentagem de composto orgânico. A cada 1%
de aumento na percentagem de composto orgânico houve um aumento de 0,1 cm no
comprimento de raiz das mudas de mamoeiro.
Segundo Mendonça et al (2006) o maior comprimento de raiz de maracujazeiro
(17,02 cm) foi obtido no substrato A (composto orgânico + areia + solo na proporção
de 1:1:3 em volume), sendo este valor estatisticamente diferente do substrato B
(Plantmax + areia + solo na proporção de 1:1:3 em volume), cujo valor para esta
variável foi de 16,22 cm.
4.4. NÚMERO DE FOLHAS
As médias encontradas para o número de folhas em cada tratamento podem ser
observadas no gráfico 02, onde comprovar-se que os tratamentos que expressaram os
52
melhores resultados foram aqueles que utilizaram como substratos solo e esterco
caprino (3S: 1EC), solo, esterco caprino e esterco ovino (2S: 1EC: 1EO), solo esterco
caprino e esterco bovino (2S: 1EC: 1EB), solo, esterco caprino e húmus (2S: 1EC: 1H),
solo, esterco ovino e esterco bovino (2S: 1EO: 1EB), solo esterco bovino e húmus (2S:
1EB: 1H) e solo, esterco caprino, esterco ovino, esterco bovino e húmus (1S: 1EC:
1EO: 1EB: 1H), que são iguais estatisticamente e pela análise de solo apresentam uma
quantidade de magnésio alto, auxiliando na produção de folhas.
Para essa variável, o tratamento que apresentou o menor resultado foi aquele
que usou como substrato solo e esterco bovino (3S: 1EB).
Para São José (1994) apud Souza et al (2007) uma muda de maracujá
adequada para ir para o campo deve ter 25 cm de altura, ser sadia, ter 4 a 5 folhas
verdadeiramente vigorosas e estar emitindo a primeira gavinha Para Souza et al.
(2007), o número médio de folhas era de 4 a 5 quando se emitiu as primeiras gavinhas.
22
C.V. (%) = 5,67
A
21
Número de folhas
20
A
19
A
A
A
A
18
A
B
B
17
B
16
B
B
15
S
3S:1EC
3S:1EO
3S:1EB
3S:1H
2S:1EC:1EO 2S:1EC:1EB 2S:EC1:1H 2S:EO1:1B 2S:1EO:1H 2S:1EB:1H
4S:1EC:1EO:1EB:1H
Gráfico 2 - Efeito dos diferentes substratos no número de folhas de porta-enxertos de
tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008.
53
4.5. MATÉRIA SECA DA PARTE AÉREA (MSPA)
Para a variável matéria seca da parte aérea, as médias encontradas em cada
tratamento podem ser analisadas no gráfico 03, onde verifica-se que oas melhores
respostas foram aquelas que tiveram como uso os substratos solo e esterco caprino (3S:
1EC); solo e esterco bovino (3S: 1EB) e solo e húmus (3S: 1H), onde pela analise de
solo tiveram quantidades de nutrientes altos como fósforo (P), cálcio (Ca) e magnésio
(Mg), influenciando diretamente no desenvolvimento da parte aérea.
Observa-se que o tratamento com uso do substrato solo, esterco ovino e esterco
bovino (2S: 1EO: 1EB) foi o que se apresentou inferior para a variável, onde pela
analise de solo teve valores baixos quando comparados com os outros tratamentos.
Gurgel (2007) relata que para matéria seca da parte aérea observa-se que na
dose de 0 kg m-3 de composto orgânico há um crescimento linear à medida que se
aumentam as doses de Superfosfato Triplo; tal modelo se aplica tanto para a dose 0
como para as doses de 10 e 20 kg.m-3 de composto orgânico; já para a dose de 40 kg m3
de composto, o modelo que melhor se ajustou foi o quadrático, no qual até a dose de
ST de 6,06 kg m-3 ocorreu um acréscimo na matéria seca de parte aérea e, após esse
valor, um decréscimo.
De acordo com Mendonça (2006), a matéria seca de parte aérea das mudas de
maracujá-amarelo apresentou comportamento quadrático, sendo que o valor máximo
para essa variável (1,55 g) foi obtido na dose de 4,59 kg.m-3 do fertilizante. Esse valor
é bem superior ao observado sem a utilização do fertilizante que foi de apenas 0,63 g.
O valor máximo da matéria seca da raiz (0,46 g) foi alcançado com a utilização do
Concinal Fertilizadorâ na dose de 4,29 kg.m-3. Em relação ao substrato, a melhor
resposta (0,36 g) foi observada quando se utilizou o substrato A composto orgânico +
areia + solo na proporção de 1:1:3 em volume).
54
1,3
A
C.V. (%) = 16,18
A
A
1,2
M SPA (g)
1,1
B
B
1C
B
B
B
B
B
B
B
0,9
0,8
S
3 S:
1EC
3 S:
1E
O
3S:
1EB
3S:
1H
2S:
1E
C :1
EO
2 S:
1E
C:1
EB
2 S:
EC
1:1
H
EO
2S:
1 :1
B
2S:
1E
O:1
H
2 S:
1E
B :1
4S:
1
H
:1
EC
EO
: 1E
B:1
H
Gráfico 3 - Efeito dos diferentes substratos na matéria seca da parte aérea (MSPA) de
porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008.
4.6. MATÉRIA SECA DO SISTEMA RADICULAR (MSSR)
Os resultados da matéria seca do sistema radicular encontram-se no gráfico 04,
no qual pode-se observar que os tratamentos em que se fez uso do substrato solo e
esterco caprino proporcionou o melhor resultado (3S:1EC), se destacando dos outros
tratamentos. De acordo com a analise de solo, esse tratamento apresentam valores
significativos em relação à presença dos nutrientes fósforo (P) e magnésio (Mg). Tal
resultado comprova que o substrato exerce grande influência na formação e na
arquitetura do sistema radicular, como é também de grande importância a porosidade
do substrato para a aeração e aderência das raízes (HOFFAMANN et al.;2001).
Para essa variável o tratamento que usou como substrato solo, esterco bovino e
húmus (2S: 1EB: 1H) obteve menor resultado. Isso evidencia que o desenvolvimento
55
radicular nesses substratos foi pequeno, o que poderá dificultar o desenvolvimento da
planta após o plantio.
Nas observações de Mendonça et al. (1999) as mudas de aroeira do sertão,
obtiveram o valor do peso de matéria seca de raiz no tratamento com omissão de
nitrogênio estatisticamente semelhante ao obtido no tratamento completo, ao contrário
de Braga et al. (1995) notaram que, para peroba-rosa, o suprimento principalmente de
nitrogênio reduziu a matéria seca radicular. Já nas plantas de quaresmeira a produção
de matéria seca de raízes foi comprometida pela omissão do nutriente.
3,1
A
C.V. (%) =12,51
3
2,9
2,8
B
2,7
MSSR (g)
2,6
B
2,5
B
2,4
B
2,3
2,2
C
2,1
C
C
C
2
C
C
1,9
C
H
H
:1
:1
EB
EB
:1
:1
H
4S
:1
EC
:1
EO
2S
2S
:1
EO
O1
:1
:1
B
H
:E
2S
:E
C1
:1
2S
:1
EC
:1
2S
EC
:1
2S
:1
EB
EO
H
:1
3S
EB
:1
3S
EO
:1
3S
3S
:1
EC
S
1,8
Gráfico 4 - Efeito dos diferentes substratos na matéria seca do sistema radicular
(MSSR) de porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008.
56
4.7. MATÉRIA SECA TOTAL
Para a variável matéria seca total observa-se no gráfico 05 que os tratamentos
em que se fez uso dos substratos solo e esterco caprino (3S:1EC) e solo e húmus
(3S:1H) apresentam-se superior aos demais, mas não diferem estatisticamente entre si.
Pela analise de solo esses tratamentos apresentam valores elevados nos nutrientes
fósforo (P), magnésio (Mg), sódio (Na) e potássio (K).
Os tratamentos com substrato solo, esterco caprino e húmus (2S: 1EC: 1H) e
solo, esterco bovino e húmus (2S: 1EB: 1H) demonstraram-se inferiores para essa
variável apresentando quantidades de nutrientes baixos em relação aos demais
tratamentos.
Cruz et al. (2001), trabalhando com sete-cascas (Samanea inopinata (Harms)
Ducker), notaram que a muda da espécie estudada foi estimado um valor de peso de
matéria seca total da planta de 183,12g, devendo-se considerar que quanto maior for
esse valor, melhor será a qualidade das mudas produzidas.
4,4
C.V. (%) = 11,42
A
4,2
4
A
MST (g)
3,8
3,6
B
B
3,4
B
B
B
3,2
B
B
3
B
B
B
2,8
2S
:1
EB
4S
:1
:1
H
EC
:1
EO
:1
EB
:1
H
2S
:1
EO
:1
H
2S
:E
O
1:
1B
2S
:E
C
1:
1H
2S
:1
EC
:1
EB
2S
:1
EC
:1
EO
3S
:1
H
3S
:1
EB
3S
:1
EO
S
3S
:1
EC
2,6
Gráfico 5 - Efeito dos diferentes substratos na matéria seca total (MST) de portaenxertos de tamarindeiro. Mossoró - RN, 2008.
57
4.8. RELAÇÃO ENTRE MATÉRIA SECA DA PARTE AÉREA E MATÉRIA SECA
DO SISTEMA RADICULAR (MSPA/MSSR)
De acordo com o gráfico 06, pode-se observar que o tratamento que expressou
maior valor na variável analisada foi aquele com utilização dos substratos solo (S),
solo e esterco bovino (3S: 1EB) e solo, esterco caprino e húmus (2S: 1EC: 1H) e não
diferem estatisticamente entre si. Pela análise de solo os dois últimos apresentaram um
elevado pH e potássio (K).
O tratamento que teve o menor valor foi aquele com o substrato solo, esterco
caprino e esterco bovino (2S: 1EC: 1EB), que se apresentou inferior para essa relação.
Brissette (1984) apud Cruz (2006) relata que ficou estabelecido em um
encontro com pesquisadores como sendo 2,0 a melhor relação entre o peso de matéria
seca da parte aérea e o respectivo peso de matéria seca de raiz. Para as mudas de sete
cascas (Samanea inopinata (Harms) Ducker), os valores obtidos para esse índice de
qualidade variaram entre 2,04 e 1,22.
0,62
A
C.V. (%) = 16,98
0,58
A
MSPA / MSSR
0,54
A
0,5
B
B
B
0,46
B
B
0,42
B
B
B
B
0,38
S
EC
:1
3S
EO
:1
3S
EB
:1
3S
H
:1
3S
O
1E
C:
1E
:
2S
B
1E
C:
1E
:
2S
H
:1
C1
:E
S
2
1B
1:
O
:E
S
2
H
:1
EO
:1
S
2
H
H
:1
:1
EB
EB
:1
:1
O
S
2
E
:1
EC
:1
4S
Gráfico 6 - Efeito dos diferentes substratos na relação entre matéria seca da parte aérea
e o sistema radicular (MSPA / MSSR) de porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró RN, 2008.
58
4.9. RELAÇÃO ENTRE O COMPRIMENTO DA PARTE AÉREA E O DIÂMETRO
DO COLO (CPA/DC)
Através deste parâmetro, é possível analisar o comprimento da parte aérea em
relação ao diâmetro do colo da planta.
Observa-se no gráfico 07 que os tratamentos com utilização dos substratos:
solo (S), solo e esterco caprino (3S: 1EC), solo e esterco bovina (3S: 1EB) e solo e
húmus (3S: 1H) apresentaram-se superiores aos demais para a relação entre
comprimento da parte aérea e o diâmetro do colo não diferindo, estatisticamente, entre
si, nesse substrato, segundo a análise de solo, podemos verificar a presença de
nutrientes como fósforo (P), magnésio (Mg), sódio (Na) e potássio (K), tendo
influenciado no desenvolvimento desse parâmetro, já que esses nutrientes têm relação
direta tanto no comprimento da parte aérea como no diâmetro do colo.
Para esta relação podemos observar que o tratamento que se manifestou
inferior foi aquele com o substrato solo, esterco bovino e húmus (2S:1EB:1H).
Cruz et al (2006), relata que para as mudas de sete-cascas (Samanea inopinata
(Harms) Ducker), o menor valor obtido desse índice de qualidade foi de 3,20, sendo
recomendado , quanto menor o valor maior será a capacidade de as mudas
sobreviverem e se estabelecerem no plantio definitivo.
A altura da parte aérea combinada com o diâmetro do coleto constitui um dos
mais importantes parâmetros morfológicos para estimar o crescimento das mudas após
o plantio definitivo no campo (CARNEIRO, 1995 apud CALDEIRA, 2008).
59
0,35
A
C.V. (%) = 15,87
A
0,33
A
A
CPA/ DC
0,31
0,29
B
0,27
B
B
B
B
B
0,25
B
B
0,23
0,21
S
C
E
:1
3S
O
E
:1
3S
B
E
:1
3S
H
:1
3S
EO
:1
EC
:1
2S
B
E
:1
C
E
:1
2S
1H
1:
C
:E
2S
1B
1:
O
:E
2S
H
:1
EO
:1
2S
H
H
:1
:1
B
B
E
E
:1
:1
O
E
2S
:1
C
E
:1
4S
Gráfico 7 - Efeito dos diferentes substratos na relação entre comprimento da parte
aérea e diâmetro do colo (CPA / DC) de porta-enxertos de tamarindeiro. Mossoró RN, 2008.
4.10. RELAÇÃO ENTRE COMPRIMENTO DA PARTE AÉREA E MATÉRIA
SECA DA PARTE AÉREA (CPA/MSPA)
Observa-se no gráfico 08 que os tratamentos que usaram como Solo e esterco
caprino (3S:1EC); solo, esterco Caprino e esterco Ovino (2S: 1EC: 1EO); solo, esterco
caprino e esterco bovino (2S: 1EC: 1EB); solo, esterco caprino e húmus (2S: 1EC:
1H), solo, esterco ovino e esterco bovino (2S: 1EO: 1EB); solo, esterco bovino e
húmus (2S: 1EB: 1H) e solo, esterco caprino, esterco ovino, esterco bovino e húmus
(1S: 1EC: 1EO: 1EB: 1H) foram os que tiverem os melhores resultados para a relação
entre comprimento da parte aérea e matéria seca da parte aérea.
Já os demais tratamentos se apresentaram inferior para essa relação.
60
48
A
C.V. (%) = 15,20
A
45
A
42
A
A
39
CPA / M SPA
A
A
B
B
36
33
B
B
30
B
27
EB
EB
:1
:1
H
H
H
:1
:1
4S
:1
EC
:1
EO
2S
O1
EO
:1
2S
2S
:E
C1
:E
:1
:1B
H
:1
EB
2S
:1
EC
:1
2S
EC
:1
EO
H
:1
2S
:1
3S
EB
:1
3S
EO
:1
3S
EC
3S
:1
S
24
Gráfico 8 - Efeito dos diferentes substratos na relação entre comprimento da parte
aérea e matéria seca da parte aérea (CPA / MSPA) de porta-enxertos de tamarindeiro.
Mossoró - RN, 2008.
61
5. CONCLUSÃO
O esterco caprino foi a fonte orgânica de substratos que proporcionou melhores
respostas para a produção de porta-enxertos de tamarindeiro. Sendo a combinação solo
e esterco caprino (3S: 1EC) a que mais se destacou.
O tratamento composto por solo puro não apresentou bons resultados na
produção de porta-enxertos de tamarindeiro.
62
REFERÊNCIA
ALVES, Francisco Selmo Fernandes e PINHEIRO, Raymundo Rizaldo. O esterco
caprino e ovino como fonte de renda. Embrapa, 2007.
ARAÚJO NETO, S. E. de; RAMOS, J. D.; MENDONÇA, V. et al. Desenvolvimento
de mudas de maracujazeiro amarelo com uso de diferentes substratos e recipientes. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 17., 2002, Belém. Anais...
Belém: SBF, 2002. 1 CD-ROM.
BAKKER, A. P. de. Efeito do húmus de minhoca e da inoculação do fungo
micorrízico arbuscular Glomus macrocarpum Tul. & Tul. Sobre o
desenvolvimento de mudas de cajueiro anão precoce (Anacardium occidentale L.).
1994. 60 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza, 1994.
BRASIL. (1992). Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de
sementes. Brasília: LAVARV/ SNAD, 365p.
BRUNINI, M.A. OLIVEIRA, A.L.; VARANDA, D.B. Avaliação de polpa de goiaba
“Paluma” armazenada a –20º C. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal- SP,
v.25, n.3, p.55-62, 2003.
CALDEIRA, Marcos Vinicius Winckler; ROSA, Guilherme Nunes da; FENILLI,
Tatiele Anete Bergamo; HARBS, Rosita Maria Pamplona. Composto Orgânico na
Produção de Mudas de Aroeira-Vermelha Organic Composite In Aroeira-Vermelha
Seedling Production. Scientia Agrária, v.9, n.1, p. 27-33, 2008.
CAMPINHOS JR., E. et alii. Determinação do meio de crescimento mais adequado à
formação de mudas de Eucalyptus spp. (estaca e semente) e Pinus spp. (semente) em
recipientes plásticos rígidos. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL: MÉTODOS DE
63
PRODUÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE DE SEMENTES E MUDAS
FLORESTAIS, Curitiba, 1984. Anais. Curitiba, UFPR/IUFRO, 1984. p.350-65.
CARNEIRO, J.G.A. Produção e controle de qualidade de mudas florestais.
Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1995. 451p.
CARNEIRO, J. G. de A. Variações na metodologia de produção de mudas
florestais afetam os parâmetros morfofisiológicos que indicam a sua qualidade.
Curitiba: FUPEF, 1983. p. 1-40. (FUPEF. Série Técnica, n. 12,).
COLEMAN, D.C.; CROSSLEY, D.A. Jr. Fundamentals of soil ecology, San Diego,
1995. 205p.
CORREIA, D.; CAVALCANTI JÚNIOR, A. T.; COSTA, A. M. G. Alternativas de
substratos para a formação de porta-enxertos de gravioleira (Annona muricata)
em tubetes. Fortaleza: EMBRAPA Agroindústria Tropical, 2001. (Comunicado
Técnico, 67).
COUTINHO, C. J.; CARVALHO, C. M. O uso da vermiculita na produção de mudas
florestais. In: ENCONTRO NACIONAL DE REFLORESTADORES, 7., 1983,
Curitiba. Anais... 1983. p. 54-63.
CROUAU, Y.; GISCLARD, C.; PEROTTI, P. The use of Folsomia candida
(Collembola, Isotomidae) in biossays of waste. Applied Soil Ecology, Amsterdan,
v.19, p.65-70, 2002.
CRUZ, Cezar Augusto Fonseca e.; PAIVA, Haroldo Nogueira de.; GUERRERO,
Cláudio Renato Amadio. Efeito da adubação Nitrogenada na Produção de Mudas de
Sete-Cascas (Semanea inopinata (Harms) Ducke). Revista Árvore, Viçosa-MG, v.30,
n.4, p.537-546, 2006.
FERREIRA, D. F. Análise estatística por meio do SISVAR (Sistema para Análise de
Variância) para Windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO
BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45., 2000,
São Carlos. Anais... São Carlos: UFSCar, 2000. p. 255-258.
64
FERMINO, M.H.; TRENTIN, A.L.; KÄMPF, A.N. Caracterização física e química de
materiais alternativos para composição de substratos para plantas: 1.Resíduos
industriais e agrícolas.In: KÄMPF, A.N.; FERMINO, M.H. (ed.). Substratos para
plantas: a base da produção vegetal em recipientes. Porto Alegre: Genesis, 2000. p.
241-248.
FERMINO, M.H. O uso da análise física na avaliação da qualidade de componentes e
substratos. In: FURLANI, A.M.C.; BATAGLIA, O.C.; ABREU, M.F.; ABREU, C.A.;
FURLANI, P.R., QUAGGIO, J.A.; MINAMI, K. Caracterização, manejo e
qualidade de substratos para a produção de plantas. Campinas: Instituto
Agronômico, 2002. p.29-37.
FERRUZZI, C. Manual de minhocultura [Trad. RIPADO, M.F.B.]. Editora Litexa,
Lisboa – Porto, 1984. 165p.
FONSECA, E.P. Efeito de diferentes substratos na produção de mudas de
Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden em “Win-strip”. Viçosa, 1988. 81 f.
Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa.
GIRACCA, E.M.N. Efeito do calcário em atributos biológicos do solo. 2005. 60f.
Tese (Doutorado em Ciência do Solo) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa
Maria
GOMES, F. P. Curso de estatística experimental. 14 ed. Piracicaba, USP, 2000.
477p.
GOMES, K. C. O. Influência da saturação por bases e do fósforo no crescimento e
nutrição mineral de mudas de angico-branco e garapa. 2002. 68f.. Dissertação
(Mestrado em Ciência Florestal). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2002.
GOMES, J. M. Parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de
Eucalyptus grandis, produzidas em diferentes tamanhos de tubete e de dosagens
de N-P-K. 2001. 126f. Tese (Doutorado em Ciência Florestal). Universidade Federal
de Viçosa, Viçosa, 2001.
65
GOMES, J.M. et al. Parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de
Eucalyptus grandis. Revista Árvore, v. 26, n. 6, p. 655-664, 2002.
GOMES, K. C. O. et al. Influência da saturação por bases e do fósforo no crescimento
de mudas de angico-branco. Revista Árvore, v.28, n.6, p.785-792, 2004
GOMES, J.M.; COUTO, L., LEITE H.G., XAVIER, A.; GARCIA, S.L.R. Parâmetros
morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de Eucalyptus grandis. Revista
Árvore, v. 26, n. 6, p. 655-664, 2002.
GONÇALVES; J.L.M., POGGIANI; F. Substrato para produção de mudas florestais.
In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE CIÊNCIA DO SOLO, Águas de
Lindóia, 1996. Resumos. Piracicaba. Sociedade Latino Americana de Ciência do solo,
1996. CD-ROM.
GONÇALVES, J.L.M.; SANTERELLI, E.G.; NETO, S.P.M.; MANARA, M.P.
Produção de mudas de espécies nativas: substrato, nutrição, sombreamento e
fertilização. In: GONÇALVES, J.L.M.; BENEDETTI, V. (Eds.) Nutrição e
fertilização florestal. Piracicaba: ESALQ/USP, 2000. p. 309-350.
GURGEL, Rafael L. da S.; SOUZA, Henrique A. de.; TEIXEIRA, Glauco A.;
MENDONÇA, vander e FERREIRA, Ester A. Adubação Fosfatada e Composto
Orgânico na Produção de Mudas de Maracujazeiro-Amarelo. Revista Brasileira de
Ciências Agrárias, Recife, v. 2, n. 4, p. 262-267, out-dez, 2007.
GURGEL, Rafael L. da S.; SOUZA, Henrique A. de; TEIXEIRA, Glauco A.;
MENDONÇA, Vander; FERREIRA, Ester A. Adubação Fosfatada e Composto
Orgânico na Produção de Mudas de Maracujazeiro-Amarelo. Revista Brasileira de
Ciências Agrárias, v.2, n.4, p.262-267, out.-dez., 2007 Recife, PE, UFRPE.
GURJÃO, Kátia Cristina de Oliveira. Desenvolvimento, armazenamento e secagem
e Tamarindo (Tamarindus indica L.). 2006.143f. Tese (Doutorado em Agronomia) –
Departamento de Ciências Agrárias. Universidade Federal da Paraíba – PB.
66
HAYNES, R.J.; GOH, K.M. Evalutaion of potting media for comenrcial nursery
roduction of container-grown plants: IV – physical properties of a range amendment
peat-based media. Journal of Agricultural Research, New Zeland, n.21, p.449-456,
1978.
HOFFMANN, A.; CHALFUN, N. N. J.; ANTUNES, L. E. C.; RAMOS, J. D.;
PASQUAL, M.; SILVA, C. R. de R. Fruticultura comercial (propagação de planas
frutíferas). Lavras-MG: UFLA-FAEPE, 1996, 316P.
HOFFMANN, I.; GERLING, D.; KYIOGWOM, U.B. & MANÉ-BIELFELDT, A.
Farmers management strategies to maintain soil fertility in a remote area in northwest
Nigeria. Agric., Ecosys. Environ., 86:263-275, 2001
KÄMPF, A .N. Substratos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE FLORICULTURA E
PLANTAS ORNAMETAIS, 1., 1992, Maringá. Anais... Maringá, 1992, p.36-52.
KÄMPF, A. N. Substrato. In: KÄMPF, A. N. (Coord.) Produção comercial de
plantas ornamentais. Guaíba: Agropecuária, 2000a. 254p.
KIEHL, E.J. Fertilizantes orgânicos. São Paulo : Pioneira, 1985. 492p.
KITAMURA, Mario Couquinho. Propagação precoce de gravioleira (Annona
muricata L.) por enxertia. 79f (Tese de doutorado) – Universidade de Lavras, 2002.
LEMAIRE, F. Physical, chemical, and biological properties of growing medium. Acta
Horticulturae, n. 396, p.273- 284, 1995.
LIMA, Rosiane de L. S. de. et al. Substratos para a Produção de Mudas de Mamona –
4 – Bagaço de Cana Associado a Quatro Fontes de Matéria Orgânica. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE MAMONA. 1., 2004, Campina Grande. Resumo...
Campina Grande: Embrapa Algodão. 2004
LONGO,A. D. Minhoca, de fertilizadora do solo a fonte alimentar. São Paulo: Ed.
Ícone, 1987. 79p.
67
MALAVOLTA, E.; GOMES,P,F.; ALCARDE, J.C. Adubos e adubações. São Paulo:
Nobel, 2004. 1970p.
MALAVOLTA, E. Abc da adubação. São Paulo : Ceres, 1989. 292p
MALAVOLTA, E. Elementos da nutrição mineral das plantas. São Paulo: Ceres.
1980. 251p.
MARTINS, Antonio Baldo Geraldo e MARCHIORI, Tiago Turco. Efeito do
Armazenamento de Sementes de Tamarindo na Porcentagem e Precocidade de
Germinação. Disponível em <http://www.ufpel.tche.br/sbfruti/375.htm> Acesso em
07/10/06.
MARTINS, A.B.G.; MARCHIORI, T.T. Efeito do armazenamento de sementes de
tamarindo na porcentagem e precocidade de germinação. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA. 17, 2002, Belém-PA. Resumos. CD
MELO, B.; ALVES, P. R. B.; LUZ, J. M. Q.; FRANZÂO, A. A.; PEIXOTO, J. R.;
MARQUES, S. M. Danos no tegumento da semente do tamarindeiro no crescimento e
desenvolvimento da plântula em casa de vegetação. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE FRUTICULTURA, 18, 2004, Florianópolis. Anais ... Florianópolis: SBF, 2004.
CD-ROM.
MENDONÇA, V.; ARAÚJO NETO, S. E. de; RAMOS, J. D. et al. Diferentes
substratos e recipientes na formação de mudas de mamoeiro ‘Sunrise solo’. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 17., 2002, Belém. Anais...
Belém: SBF, 2002a. 1 CD-ROM
MENDONÇA, A. V. R. et al. Exigências nutricionais de Myracrodruon urundeuva Fr.
All. (Aroeira do Sertão). Revista Cerne, v. 5, n.1, p. 65-75, 1999.
MENDONÇA, Vander; ABREU, Nildo Antônio Arruda de; SOUZA, Henrique
Antunes de; Ester Alice Ferreira; RAMOS, José Darlan. Diferentes Níveis de
Composto Orgânico na Formulação de Substrato para a Produção de Mudas de
68
Mamoeiro ‘Formosa’. Revista Caatinga, Mossoró- RN, v.20, n.1, p.49-53,
janeiro/março 2007.
MENDONÇA,Vander; ORBES,Maria Yumbla; ABREU, Nildo Antônio Arruda de;
RAMOS,José Darlan; TEIXEIRA,Glauco Antônio; SOUZA,Henrique Antunes de.
Qualidade de Mudas de Maracujá-amarelo formadas em substratos com diferentes
níveis de Lithothamniun. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 30, n. 5, p. 900-906, set./out.,
2006
MEXAL, J.L.; LANDIS, T.D. Target seedling concepts: height and diameter. In:
TARGET SEEDLING SYMPOSIUM, MEETING OF THE WESTERN FOREST
NURSERY ASSOCIATIONS, GENERAL TECHNICAL REPORT RM-200, 1990,
Roseburg. Proceedings. Fort. Collins: United States Departament of Agriculture,
Forest Service, 1990. p.17-35.
MILNER, L. Water and Fertilizers management in substrates. In: INTERNATIONAL
CONGRESS OF CITRUS NURSERYMEN, 6., Ribeirão Preto, 2001. Proceedings…
Ribeirão Preto: ISCN, , p.108-111, 2001.
MINAMI, K. Adubação em substrato. In: KÄMPF, A.N.; FERMINO, M.H. (eds.)
Substrato para plantas: a base da produção vegetal em recipientes. Porto Alegre:
Genesis, 2000. p.147-152
NEGREIROS, J. R da S.; BRAGA, L. R.; ÁLVARES, V. de S.; BRUCKNER. C. H.,
Influência de Substrato na Formação de Porta-Enxerto de Gravioleira (Annona
muricata L.). Revista Ciência Agrotecnologia, v. 28, n. 3, p. 530-536, maio/jun.,
2004
NORBERTO, P. M.; MENDONÇA, V.; RAMOS, J. D.; PIO, R.; GONTIJO, T. C. A.;
JUNQUEIRA, K. P. Substratos e quebra de dormência na formação de porta- enxerto
de gravioleira cv. RBR. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 17.,
2002, Belém, PA. Anais... Belém: SBF, 2002.
OLIVEIRA, S. J. C.; LEÃO, A. C.; FERREIRA, E. G.; SILVA, P. O. da.; MARINHO,
F. J. L. QUEIROZ, M. F. de. Efeito de três fontes de matéria orgânica na produção de
69
mamoeiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 17, 2002, Belém.
Anais... Belém: SBF, 2002. CD ROM.
PEREIRA, P.C.; MELO,B.; FRAZÃO,A.A.; ALVES, P.R.B. A cultura do
tamarindeiro
(Tamarindus
indica
L.).Disponível
em
:<www.fruticultura.iciag.ufu.br/tamarindo htm>. Acesso em: 25/ nov de 2007
PRIMAVESI, A. M.; COVOLO, G. Comparação entre atividade dos cupins e
minhocas com relação a estrutura e nutrientes do solo. In: CONGRESSO LATINO
AMERICANO DE BIOLOGIA DO SOLO: Progressos em Biodinâmica e
Produtividade do Solo, 2.,1968, Santa Maria. Anais... Santa Maria, 1968. p.149-154.
PRIMAVESI, A. O manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais. 2.
Ed. São Paulo: Nobel, 1979, 541p.
RAJJ, B, V. Fertilidade do solo e adubação. São Paulo: Ceres, 1991. 343p.
REID, D.M.; BEALL, F.D.; PHARIS, R.P. Environmental Cues in Plant Growth and
Development. In: STEWARD, F.C. (Ed.). Plant Physiology. San Diego: Academic
Press Inc. 1991. Volume X: Growth and Development. p. 65-181.
ROCHA, A. M. M. R.; ARAÚJO, J. F.; ROCHA, E. M. de M.; VIANNA, M. C.
Influência de Diferentes Substratos no Desenvolvimento de Mudas de Pinheira
(Annona
squamosa
L).
Disponível
em:
http://www.ufpel.tche.br/sbfruti/anais_xvii_cbf/fitotecnia/266.htm.
Acesso
em:
04/mar/2008.
SAIRA: Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária – Bahia. Disponível
em < http:// www.bahia.ba.gov.br/seagri/tamarindo.htm> Acesso em 10/10/06.
SETE ERVAS. Disponível em: http://seteervas.com.br. Acesso em 08/12/2007.
70
SOUZA, Henrique Antunes de. et al. Adubação Nitrogenada e Substratos na Produção
de Mudas de Maracujazeiro Doce. Revista Ciência Agrotecnologia, v.31, n.3, p.599604, maio/junho, 2007.
SOUZA, Henrique Antunes de, et al. Doses de Nitrogênio e Fósforo na Formação de
Mudas de Tamarindo. Revista Bioscience Journal, Uberlândia, v.23, n.1, p. 59-64,
jan/mar. 2007.
STREET, H.E.; ÖPIK, H.O. The physiology of flowering plants: their growth and
development. 3. ed. London: Edward Arnold Publishers, 1984. 279p.
STURION, J.A.; ANTUNES, J.B.M. Produção de mudas de espécies florestais. In:
GALVÃO, A.P.M. Reflorestamento de propriedades rurais para fins produtivos e
ambientais. Brasília : EMBRAPA, 2000. cap.7, p.125-150.
TODA FRUTA. Propagação sexuada do mamoeiro. Disponível em:
http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=7855
Acesso em: 23 de dezembro de 2006.
TODA FRUTA. Mudas frutíferas. Disponível em:
http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=1656
Acesso em: 23 de dezembro de 2006.
TRINDADE , A.V. Uso de esterco no desenvolvimento de mudas de mamoeiro
colonizados com fungos micorrízicos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília,
v.35, n.7, p.1389-1394, 2000.
VERDONOK, O.; VLEESCHAUWE, D.; DEBOODT, M. The influence of the
substrate to plant growth. Acta Horticulturae, Wageningen, n.126, p.251-258, 1981.
VIDAL, W.N.; VIDAL, M.R.R. Botânica: organografia; quadros sinóticos ilustrados
de Fanerógamos. 4. ed. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2000. 124 p.
71
VILLAGOMEZ, A.Y.; VILLASENOR, R. R.; SALINAS, M. J. R. (1979). Lineamento
para el funcionamiento de um laboratorio de semillas. Mexico : INIA, 128p.
VITTI, G.C.; HOLANDA, J.S.; SERQUEIRA LUZ, P.H.; HERNANDEZ, F.B.T.;
BOARETTO, A.E. & PENTEADO, S.R. Fertirrigação: condições e manejo. In:
REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE
PLANTAS, 21., Petrolina, 1995. Anais. Petrolina, Sociedade Brasileira de Ciência do
Solo, 1995. p.195-271.
VOGEL, H.L.M.; SCHUMACHER, M.V.; BARICHELO, L. R.; OLIVEIRA, L. da S.;
CALDEIRA, M. V. W. Utilização de Vermicomposto no Crescimento de Mudas de
Hovenia dulcis Thunberg. Revista Ciência Florestal, Santa Maria, v.11, n.1, p.21-27.
WALLER, P.L.; WILSON, F.N. Evaluation of growing media for consumer use. Acta
Horticulturae, Wagening, n.150, p.51-58, 1984.
.
72
Download