Sociais e a Influência do Marketing Digital na Decisão

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Volta Redonda/RJ – 03 e 04 de dezembro de 2015
Mídias Sociais e a Influência do Marketing Digital na Decisão de Compra de
Universitárias
Resumo:
Por conta das facilidades oferecidas pela internet, os consumidores estão conectados uns aos outros, utilizando as
mídias sociais como fonte de informação para o processo de decisão de compra. É nesse contexto que surge o
marketing digital. A grande participação das mulheres como consumidoras nas mídias sociais, se dá
principalmente nos chamados itens “must-have”, componentes considerados indispensáveis no guarda-roupa de
toda mulher, mais especificamente o público jovem que já tem uma maior facilidade para utilizar o e-commerce,
por estarem habituados a usarem internet e computadores. Por conta disso, a presente pesquisa busca enfocar no
público feminino universitário com o objetivo de verificar a influência que o marketing digital realizado nas
mídias sociais tem na decisão de compra de itens “must-have” de universitárias. Para isso, foram aplicados 40
questionários, que atestaram a existência de uma influência de anúncios e propagandas, além de informações
disponíveis em sites especializados na decisão de compra de universitárias, dando destaque ao Facebook e
Instagram como mídias mais utilizadas.
Palavras-Chave: Marketing Digital, Mídias Sociais, Público Feminino.
1.
Introdução
As mídias sociais fazem parte do cotidiano de pessoas em diversas partes do mundo.
Segundo Recuero (2009, p.14) “é um momento de hiperconexão em rede, onde estamos não
apenas conectados, mas onde transcrevem os nossos grupos sociais e através do suporte
geramos novas formas de circulação, filtragem e difusão dessas informações”. Elas se
consolidaram como um lugar altamente usado para dividir experiências e aumentar a lista de
contatos, aproximando pessoas de qualquer parte do planeta. São ferramentas cada vez mais
utilizadas na internet e um fenômeno recorrente, reunindo potenciais consumidores, que não
podem passar despercebidos pelas empresas.
É nesse contexto que o marketing encontra nas mídias sociais um ambiente propício
para o seu desenvolvimento, dando origem a um ramo específico: o marketing digital, que se
difundiu na internet e atinge pessoas de vários perfis, aplicando estratégias personalizadas
para cada tipo de cliente.
Por conta dessas facilidades oferecidas pela internet, os consumidores atuais estão
conectados uns aos outros, utilizando as mídias sociais como fonte de informação para o
processo de decisão de compra. As empresas, por sua vez, se utilizam desses recursos para
divulgarem suas marcas e produtos/serviços, a fim de angariarem mais visibilidade no
mercado. Isso já não ocorre apenas de casa, na frente de um computador. Com celulares
móveis, é possível realizar compras de qualquer lugar. (CINTRA, 2010)
Por serem fontes de um número maior de consumo, um dos grandes focos do
marketing digital é o público feminino, reforçado por Kotler e Keller (2006) como “uma
agente de mudanças multifacetado que tem assumido cada vez mais responsabilidades [...] É
inegável que os novos papéis femininos estão transformando as relações de trabalho e de
consumo, deixando marcas irreversíveis na estrutura da sociedade”.
A grande participação das mulheres como consumidoras nas mídias sociais, se dá
principalmente nos chamados itens “must-have”, componentes considerados indispensáveis
no guarda-roupa de toda mulher, mais especificamente o público jovem que já tem uma maior
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facilidade para utilizar o e-commerce, por estarem habituados a usarem internet e
computadores. Segundo Volpato (2014), esses itens são considerados atemporais, por não se
tornarem obsoletos e permitirem diversas combinações diferentes e acessíveis. Os principais
itens must-have foram listados na Tabela 1, levando em consideração um levantamento feito
em sites e blogs.
Tabela 1. Lista de Itens Must-Have.
Vestuário
Itens Must-Have
Vestido Preto, Jaqueta de Couro, Blazer, Calça Jeans, Camisa
Branca, Cardigã, Short/Bermuda
Acessórios
Bolsa Preta, Bege ou Marrom, Anéis, Colares, Brincos, Cintos,
Óculos de Sol
Calçados
Sapatilha, Salto Alto Nude e Preto, Sandália Rasteira
Produtos de Beleza
Batom de Cor Vibrante, Lápis Preto, Paleta de Sombras Neutras,
Rímel, Corretivo, Primer com Filtro Solar
Fonte: Elaborado pelos Autores, 2015.
Além disso, dados da Pesquisa Brasileira de Mídia – SECOM (2014) mostram que o
público jovem com nível superior é o que mais utiliza a internet chegando a uma média de
quase 6h por dia durante a semana e de 5h por dia aos finais de semana, ou seja, o acesso se
dá durante toda a semana, um acesso superior quando comparado com a média brasileira de
apenas 5h.
Muitas pesquisas nesse sentido buscam utilizar ambos os gêneros como fonte de
pesquisa. Diferentemente das demais, a presente pesquisa busca enfocar o público feminino
universitário.
Para tanto a pergunta de pesquisa que se propõe é “Qual a influência que o
marketing digital realizado nas mídias sociais tem na decisão de compra de itens “musthave” de universitárias?”.
O objetivo geral é verificar a influência que o marketing digital realizado nas mídias
sociais tem na decisão de compra de itens “must-have” de universitárias. Como objetivos
específicos têm: (1) Identificar quais são as mídias sociais que mais influenciam no consumo
de universitárias; (2) Identificar os produtos mais comprados na internet por universitárias; (3)
Identificar qual o nível de confiabilidade de compras realizadas pela internet por
universitárias.
O presente artigo está dividido em cinco sessões, sendo a primeira um referencial
teórico onde são abordados os temas Mídias Sociais, Marketing Digital e Comércio
Eletrônico, seguido por procedimentos metodológicos, análise dos resultados e conclusões.
2.
Referencial Teórico
2.1 Mídias Sociais e Marketing Digital
Com a exploração dos recursos que a internet poderia propiciar aos seus usuários, foi
desenvolvida uma área que vai além da busca de informação, um ambiente em que as pessoas
podem deixar de ser apenas receptores e passariam a ser criadores de opinião, ou seja, se
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tornariam mais ativos. É em sintonia com isso que Lemos (2002) admite a internet como “um
ambiente onde discursos pessoais que foram há muito tempo inibidos pelo mass media podem
ser escoados”. A liberdade oferecida nesse ambiente virtual favorece a comunicação e a troca
de informações nas chamadas mídias sociais.
As mídias sociais surgiram e ganharam força na conhecida Web 2.0. De acordo com
Hayes (2006 apud Souza e Okada, 2011), ao contrário da sua precedente, a Web 1.0, não
havia interações, ou seja, só absorção de informações, a Web 2.0 é caracterizada
principalmente pela participação do usuário de forma ativa, seja por meio de trocas e/ou
compartilhamentos de informações, fotos, vídeos, opiniões, experiências, permitindo que esse
meio se tornasse mais dinâmico. É justamente nesse momento que surgem os blogs, fotologs,
fóruns, sites de compartilhamento de vídeos e músicas, aplicativos, e as redes sociais. A
interação ocorre não só entre usuários, mas entre usuários e empresas. (SOUZA; OKADA,
2011)
Esse sucesso das mídias sociais, como páginas de relacionamento, blogs e aplicativos,
deve-se grande parte à facilidade de comunicação independente do local e classe social. Além
disso, nesses ambientes as pessoas conseguem criar laços baseando-se em interesses em
comum, o que facilita a troca de informações e a criação de uma comunidade virtual que
algumas vezes podem ter mais influência que as reais sobre seus integrantes. (RECUERO,
2014)
Por conta disso, Serra et al. (2013) afirma que diversas empresas no Brasil, buscam se
integrar a essas mídias sociais, de forma que atinjam com um nível de eficiência maior o seu
público-alvo. Na mesma linha de raciocínio, Azevedo e Sousa (2010) ressalta que é através
desse vínculo que as empresas promovem seus produtos/serviços e realizam um
acompanhamento da imagem das suas marcas perante os clientes. Para elas, significa
aumentar sua propaganda, por exemplo, com custos relativamente baixos. Em consequência,
Correa et. al. (2014) ressalta que as mídias sociais têm mostrado tanta importância, que as
empresas estão considerando-as como integrantes para as suas estratégias de comunicação.
Segundo dados da Pesquisa Brasileira de Mídia – SECOM (2014), a internet é o
terceiro meio de comunicação mais utilizado, ficando atrás apenas da televisão e do rádio.
Esse público, em sua grande maioria, é formado por jovens. Desses jovens, 65% acessam a
internet todos os dias, seja a procura de notícias, fontes de entretenimento, com a finalidade
de estudo ou apenas uma forma de passar o tempo livre, com uma média de 5h por dia
durante as semanas. Entre os universitários, esse número aumenta para até 6h por dia.
Nessa rede tão dinâmica encontra-se um público mais crítico, que pode compartilhar
tanto suas boas quanto más experiências. Assim surge um cuidado maior por parte das
empresas em manter uma comunicação direta com seus clientes e investir mais em Marketing
Digital. O Marketing Tradicional, cujo objetivo, segundo Kotler e Keller (2006) é “tornar
supérfluo o esforço de venda”, vem sofrendo constantes transformações. Vaz (2008) afirma
que o marketing como conhecemos está mudando radicalmente, e que tal acontecimento se
deve ao aparecimento de toda essa onda digital e tecnologias, sendo considerada a era da
informação, criadora de um novo tipo de consumidor, proporcionando novas perspectivas,
desafios e oportunidades para que os que sabem lidar com esta nova máquina. Porém em
entrevista à TV Cultura de Goiânia (2009), Vaz afirma que o marketing tradicional de Kotler
e o atual marketing digital não possuem diferenças em termos de conceito, uma vez que o
mesmo conceito de suprir necessidades, desejos e entender o que o público-alvo de fato quer
permanece o mesmo.
O Marketing Digital então se mostrou a forma que as empresas têm para interagir com
os consumidores por meio da internet e outros meios digitais, conforme apontado por Crocco
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et al (2006): “o termo, necessariamente, está associado ao contato entre organização –
mercado/clientes suportado por meio digital, ou mais propriamente, a internet.”
As empresas, portanto, tem de se adequar e desenvolver cada vez mais novas
estratégias que chamem atenção dos consumidores, que estão exigindo cada vez mais
qualidade e serviços superiores, além de alguma customização. Dessa forma, Cintra (2010)
apresenta o marketing digital como uma poderosa ferramenta para as empresas que desejam
se manter competitivas, pois somente assim haverá efetivamente um desenvolvimento da
propaganda no que tange à criatividade, por exemplo, fazendo com que o usuário se mostre
mais interessado e passe a procurar os produtos/serviços da empresa. Vale ressaltar, que as
estratégias de marketing digital têm se mostrado eficientes não só para os negócios que são
completamente on-line, mas também para os que apenas querem inserir mais uma fonte de
comunicação com o seu público.
Em função do que já foi mencionado, Las Casas (2006) afirma que o marketing digital
deve selecionar as ações que melhor atendam às necessidades dos usuários, utilizando as
tecnologias como ferramentas básicas para melhorar a prestação de serviços, e ainda, o
profissional da informação deve ter em mente o seu papel de disseminador da informação, e
utilizá-lo de forma coerente, adequando-se às mudanças e implementando modelos eficazes
centrados no planejamento de produtos e serviços voltados aos usuários.
2.2 Comércio Eletrônico
O crescimento do Marketing Digital abriu espaço não apenas para uma nova forma de
divulgar marcas, mas também para o fortalecimento da economia digital impulsionada pelo
comércio eletrônico. Prova disso, é o aumento do número de compras via internet que tem
aumentado a cada ano, possibilitando que o indivíduo realize as compras de qualquer espaço
geográfico. Assim, o comércio eletrônico pode ser caracterizado como um negócio que se
utiliza de tecnologias para realizar vendas pela internet. (SILVA; GOMES; BOTELHO,
2011)
Silva, Gomes e Botelho (2011) destacam aspectos como contribuintes para o aumento
desse modelo de negócios, as lojas abertas 24 horas, os preços atrativos, a flexibilidade de
pagamento, a customização, além da viabilidade geográfica que permite a realização de uma
transação de qualquer lugar.
Segundo dados do E-bit (2015), em 2014 o comércio eletrônico faturou R$ 35,8 Bilhões, o
que corresponde a um crescimento de 24% em relação ao ano anterior, com 103,4 milhões de
pedidos, e com o aumento de 10,2 milhões de novos entrantes nessa modalidade de compras.
Mesmo com cerca de 51% da população não utilizando a internet, é possível identificar que a
exposição entre esses usuários, é intensa. (SECOM, 2014).
Dentre esses, os usuários que mais representam o consumidor do e-commerce, as
mulheres se destacam com 57% desse público. Artigos relacionados à moda e acessórios,
representam a categoria de produtos mais comprados, tanto em sites nacionais quanto em sites
internacionais, sendo responsável por 17% do volume de pedidos. Esse valor é consequência,
das compras desses produtos realizados, na sua maioria, pelo público feminino. (E-BIT, 2015)
O aumento de vendas nesse segmento estimulou a presença de empresas nesse espaço.
Portanto, para Azevedo e Sousa (2010) identificar o público levando em consideração fatores
como faixa etária, nível intelectual, nível econômico e necessidades são essenciais para se
utilizar da estratégia certa nas mídias sociais. O correto mapeamento do público com um
planejamento das ações e uma melhor escolha da comunicação, geram uma diminuição de
danos à empresa.
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Pela perspectiva do consumidor, Correa et al. (2014) aponta como fatores
determinantes para a compra pela internet, a credibilidade e a atratividade que o produto
apresenta. Diferentemente do segundo que é mais objetivo, o primeiro é mais subjetivo, pois
está ligado a percepções e experiências. No meio virtual, essa subjetividade é transmitida de
forma mais fácil e rápida para quem estiver interessado em adquirir tal produto. Isso explica o
porquê de muitas empresas praticarem merchandising por meio de blogueiras para
aumentarem sua credibilidade no mercado.
Na pesquisa de Silva, Gomes e Botelho (2011) realizada com jovens universitários,
observa-se que 52% dos que compram online, selecionam os sites por indicações de amigos
ou conhecidos, seguido por 31% dos que utilizam sites de buscas para os auxiliarem na
tomada de decisão. Consequentemente são direcionados para algum site, blog ou até mesmo
rede social que os mostrem opiniões e depoimentos de diferentes pessoas a respeito não só do
produto, mas da marca.
O público jovem brasileiro, portanto, se apresenta como uma grande parcela dos que
acessam a internet e, consequentemente, realizam compras. Isso se deve ao fato ao grau de
escolaridade estar aumentando entre os jovens. Dados da Pesquisa Brasileira de Mídia –
SECOM (2014) apontam que 87% das pessoas que têm ensino superior, acessam a internet
pelo menos uma vez por semana. Desse público jovem, o feminino se mostra o grande
impulsionador das compras realizadas pela internet, com 57%, em especial para produtos
voltados para a beleza, como roupas, acessórios e cosméticos. (E-BIT, 2015)
3.
Procedimentos Metodológicos
O trabalho em questão se trata de uma pesquisa de campo quantitativa, caracterizada
por Lakatos e Marconi (2010) como aquela que “vale-se de levantamento de dados para
provar hipóteses baseadas na medida numérica e da análise estatística para estabelecer
padrões de comportamento”. Os dados foram coletados por meio de um questionário de dez
questões fechadas, para facilitar as respostas, a fim de que proporcionasse um entendimento
maior da influência das mídias sociais sobre as compras via internet das respondentes.
Os questionários impressos foram aplicados em universitárias de diversos cursos e
turnos de forma aleatória da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) na cidade de
Manaus no período de 20 a 25 de agosto de 2014, totalizando quarenta (40) questionários
respondidos. A tabulação e a análise dos dados foram feitas utilizando o programa Excel,
versão 2010 e posteriormente transformados em gráficos para facilitar e tornar a análise mais
didática.
A pesquisa foi realizada tendo como principal finalidade examinar como o marketing
digital realizado nas mídias sociais, influenciam na compra de itens must-have dessas
universitárias, assim como obter conhecimento sobre quais são as principais mídias sociais, os
produtos comprados e qual o grau de confiança nesse tipo de compra.
5
Volta Redonda/RJ – 03 e 04 de dezembro de 2015
4.
4.1
Análise Dos Resultados
Perfil dos Respondentes
Faixa Etária
Menos de 20
20 - 29 anos
30 - 39 anos
3%
40%
57%
Gráfico 1 - Faixa Etária das Universitárias Entrevistadas
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
O público alvo foi composto de basicamente 40 (quarenta) mulheres, de várias idades
(Gráfico 1), que utilizam independente da frequência e diversidade, as mídias sociais, em
especial as jovens, totalizando 97%. Isso demonstra que, de fato, há uma relação entre idade e
compras na internet.
4.2
Frequência de Acesso às Mídias Sociais e Mídias mais Utilizadas
As mídias sociais foram criadas com o objetivo de agrupar pessoas com interesses em
comum e permitir que os usuários façam somente aquilo que lhes interessa. O curioso das
mídias sociais, é que de uma forma quase imperceptível, elas segmentam e relacionam
indivíduos com caráter próprio e único, e ao mesmo tempo, alcançam todas as classes e os
públicos mais diversos.
Uma grande parte das pessoas utiliza as mídias sociais, além de ser uma forma para
interagir com outras pessoas, a utilizam para obter ou vender produtos, serviços ou
informação, ou até mesmo vender sua imagem, utilizando-as assim, de forma extremamente
frequente, como mostra o gráfico abaixo (Gráfico 2).
Para efeitos de pesquisa, considerou-se nessa questão: sempre, como utilização das
mídias sociais 7 dias por semana; muito frequente, de 5 a 6 dias por semana; moderadamente,
de 3 a 4 dias por semana e pouco frequente, de 1 a 2 dias por semana. A partir desses
parâmetros, é possível visualizar que grande parte das universitárias utilizam de 5 a 7 dias por
semana, totalizando 65%. Esses dados, portanto, indicam a forte presença da universitária nas
mídias sociais.
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Frequência
Sempre
Muito Frequente
Moderadamente
Pouco Frequente
Nunca
3%
10%
35%
22%
30%
Gráfico 2 – Frequência de Utilização das Mídias Sociais
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
O Gráfico a seguir (Gráfico 3) mostra as mídias sociais mais utilizadas pelo público
feminino, sendo que o Facebook toma liderança com 36%, seguido pelo Instagram com 25%.
No entanto, 22% das entrevistadas afirmaram utilizar outro tipo de mídia social. A isso se
pode atribuir a presença de demais redes sociais que não foram levadas em consideração
nessa pesquisa, como Google +, Twitter e YouTube, por exemplo.
Mídias Sociais Mais Utilizadas
Facebook
Twitter
Instagram
22%
Blogs/Vlogs
Outros
36%
6%
25%
11%
Gráfico 3 - Mídias Sociais Mais Utilizadas
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
4.3
Compras pela Internet: Frequência, Categoria e Hábitos
Na pesquisa realizada, 72% das respondentes fazem compras pela internet e apenas
28% ainda não aderiram ao e-commerce (Gráfico 4). Medos relativos ao pagamento e à
entrega e insegurança no que diz respeito ao tamanho de roupas e sapatos, por exemplo,
podem ser possíveis causas para esse público não realizar compras pela internet. Além disso,
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pode-se citar a falta de certas comodidades que o comércio tradicional tem, como a
possibilidade de experimentar determinado produto, por exemplo.
Compras pela Internet
Não
28%
Sim
72%
Gráfico 4 – Compras pela Internet
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
Essa questão levou em consideração os últimos 12 meses, o mesmo tempo adotado
pela pesquisa do E-bit (2015). Assim, estabeleceu-se como parâmetros para essa questão:
sempre, 4 ou mais compras pela internet nos últimos 12 meses; muito frequente, 3 compras;
moderadamente, 2 compras; pouco frequente, 1 compra e nunca, 0 compra. Assim, no que
tange à frequência de compras pela internet nos últimos 12 meses, os resultados mostram que
apesar de fazerem uso da internet para comprar, a frequência ainda é moderada (Gráfico 5).
Frequência de Compras pela Internet
Sempre
Muito Frequente
Moderadamente
Pouco Frequente
Nunca
3%
14%
10%
28%
45%
Gráfico 5 – Frequência de Compras pela Internet
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
Os itens “must-have” (itens considerados essenciais parar o público feminino),
divididos na pesquisa de uma forma mais genérica em vestuário, acessórios, calçados e
produtos de beleza, representaram na pesquisa mais da metade (65%) de produtos adquiridos
online, enquanto produtos eletrônicos e acessórios eletrônicos ou livros representaram apenas
35% (Gráfico 6). Produtos de beleza ficaram na frente, em sua parte por não haver a
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necessidade de serem “experimentados”, como é o caso de maquiagens, já que não tem
numerações e medidas específicas como roupas e calçados.
Produtos Adquiridos Online
35%
25%
17.5%
12.5%
10%
Vestuário
Acessórios
Calçados
Produtos de
Beleza
Outros (livros,
eletrônicos,
acessórios para
eletrônicos..)
Gráfico 6 – Produtos Preferidos por Universitárias em Compras pela Internet
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
Influência Ao Consumo De Itens “Must-Have” Em Mídias Sociais
Do total, 56% das respondentes acreditam que os canais online são confiáveis no
momento de fazer uma verificação de produtos e/ou serviços, e apenas 7% não confiam em
tais canais. Essa pequena parte das respondentes (7%), pode explicar a quantidade pequena de
mulheres que preferem não comprar online. A pesquisa mostrou ainda, que uma fatia
considerável (37%) não sabe, ou não tem certeza da confiabilidade dos canais.
4.4
Confiabilidade de Sites para Compras
Online
Não sei
37%
Sim
56%
Não
7%
Gráfico 7 – Confiabilidade de Sites para Compras Online
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
Embora uma parte considerável das respondentes entrevistadas não possuírem tanta
certeza da confiabilidade dos canais online para a análise de produtos e serviços (Gráfico 7),
cerca de 70% delas ainda verificam canais online no momento de decidir o que comprar
(Gráfico 8), para as auxiliarem na tomada de decisão.
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Verificação da Confiabilidade de Sites
Online Antes da Compra
Não
30%
Sim
70%
Gráfico 8 – Verificação de Confiabilidade de Sites Online Antes da Compra
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
Desses 70% que procuram informações a cerca da confiabilidade em outras fontes
(Gráfico 8), a grande maioria (55%) ainda confia em procurar especificações e informações
sobre os produtos que desejam obter por meio de mídias sociais, outra parcela considerável
(41%) procuram pela análise de consumidores, ou seja, percepções e experiências de outros
usuários (Gráfico 9).
Busca de Informações sobre o Produto
Outros
4%
Análises de
consumidores
(comentários,
resenhas, etc)
41%
Informações
descritivas em
sites
especializados
55%
Gráfico 9 – Busca de Informações sobre o Produto
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
Por mais que nem todas as respondentes confiem em canais online para avaliar os
produtos que desejam, ou que não tenha estabelecido confiança suficiente para realizar
compras online, ainda assim, uma parte considerável delas (62%) é influenciada
positivamente por algum anúncio ou publicação feita em uma rede social para comprar
(Gráfico 10).
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Influência de Anúncios/Propagandas
em Mídias Sociais nas Compras
Não
38%
Sim
62%
Gráfico 10 – Influência de Anúncios/Propagandas em Mídias Sociais nas Compras
Fonte: Pesquisa de Campo, 2015.
5.
Conclusões
A internet conecta indivíduos e negócios diferentes, além das informações ao redor do
mundo. Esse público diversificado e crescente mostra que vários tipos de pessoas recorrem à
internet para comprar e se informar a respeito de produtos e serviços. O consumidor tornou-se
mais exigente e as empresas precisam se adequar e atender a necessidade destes clientes.
Neste cenário é inserido o marketing digital, que consiste na utilização da internet para fazer
propaganda, publicidade e de se comunicar com os clientes, aplicando algumas estratégias do
marketing tradicional e criando novas para o perfil do novo consumidor.
As maneiras de se fazer marketing digital são imensas e neste trabalho foi dado
destaque àquele realizado nas mídias sociais, direcionado para o público feminino
universitário na compra de itens online.
Na pesquisa realizada foi possível concluir que as universitárias que mais utilizam
mídias sociais para compras possuem entre 20 e 29 anos. Para o primeiro objetivo específico,
de identificar quais são as mídias sociais que mais influenciam no consumo de universitárias,
constatou-se na análise dos dados que, o Facebook destaca-se com 36%, coincidentemente é a
rede social onde o Marketing Digital é mais praticado, seguido pelo Instagram com 18%.
70% dessas respondentes confiam nos sites em que realizam as compras online e se ainda tem
dúvidas para adquirir produtos buscam informações em sites especializados e confiáveis
(55%), ou ainda, buscam informações com outros consumidores que já adquiriram esses
produtos (41%), respondendo, portanto, ao objetivo específico de identificar qual o nível de
confiabilidade de compras realizadas pela internet por universitárias.
Para o último objetivo específico, de identificar os produtos mais comprados na
internet por universitárias, constatou-se que o público feminino analisado realiza diversas
compras pela internet, com frequência moderada, e com 65% dos produtos sendo itens “musthave”, definidos na pesquisa como vestuários, calçados, produtos de beleza, etc.
Finalmente, ao fim de todas as análises, foi possível perceber que há uma influência de
propagandas e publicidades realizadas em mídias sociais sobre esse público (62%), isso indica
que o marketing digital realizado está cumprindo seu papel, atingindo, portanto, o objetivo
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geral desse trabalho de verificar a influência que o marketing digital realizado nas mídias
sociais tem na decisão de compra de itens “must-have” de universitárias, dando destaque ao
Facebook e Instagram como mídias mais utilizadas.
Espera-se que a pesquisa realizada possa contribuir para futuras pesquisas dentro ou
fora do âmbito acadêmico, tanto como forma de aquisição de conhecimentos, como para
coleta de dados. Como sugestão para pesquisas futuras, recomenda-se realizar o mesmo
estudo com o público masculino com produtos eletrônicos e de informática, itens mais
procurados e comprados por esse segmento de clientes.
6.
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