Futuro das PCHs gera debate em todo o Brasil

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Newsletter CBDB - SEMINÁRIO
Futuro das PCHs gera
debate em todo o Brasil
Eventos promovidos pela ABRAPCH fomentam a
discussão sobre os problemas e soluções para o setor
Reportagem: PATRÍCIA COSTA
D
ebater o futuro das Pequenas Centrais
revelou que as PCHs ficam com apenas 0,9% do total dos
de renovação e sustentação do recurso natural em longo
Hidrelétricas, conhecer os entraves que
leilões de energia promovidos no país, o que demonstra o
prazo, maior do que qualquer outra fonte energética. Outros
atrasam ou inviabilizam a aprovação de
distanciamento do governo e dos órgãos reguladores dessa
pontos favoráveis apresentados foram a possibilidade de
novos projetos. Esse tem sido o objetivo
realidade. As térmicas fósseis e as usinas hidrelétricas ficam,
monitoramento e preservação da qualidade da água dos rios
da série de seminários promovidos pela
respectivamente, com 38,5% e 37,4% do montante.
e o desenvolvimento das comunidades localizadas no entorno
Instalação das PCHs
Vantagens
Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais
Um dos representantes da realidade do setor em Santa
das centrais. Abertura e manutenção de estradas e incremento
Hidrelétricas (ABRAPCH). O último encontro ocorreu
Catarina mostrou as oportunidades e as dificuldades do
na economia local com a aquicultura e piscicultura foram
• Capacidade de renovação e sustentação do
em Florianópolis, no dia 31 de outubro e o primeiro em
mercado das PCHs. Segundo Censo Knoner, gestor da Área
algumas das vantagens enumeradas.
Curitiba em agosto de 2012, ambos com as respectivas
Comercial e Administrativa da empresa Hacker Industrial
recurso natural em longo prazo
No entanto, todas essas melhorias ambientais, sociais e
participações e apoio dos Núcleos Regionais de Santa
há 30 anos, 6,5 mil pessoas estão direta ou indiretamente
econômicas não parecem, na opinião de Knoner, contribuir
Catarina e do Paraná. Além dos debates, o evento também
ligadas ao setor no território catarinense. Ele falou também
para o crescimento do setor. Em sua apresentação, ele apontou
reuniu a cadeia de fabricantes, projetistas e investidores,
sobre a abundância de recursos naturais, especialmente em
dificuldades que foram, em muitos aspectos, reiteradas pelos
• Desenvolvimento das comunidades
para incentivar a retomada dos investimentos em PCHs.
um Estado com um grande potencial hídrico, como o seu.
demais participantes do Seminário. A estagnação dos negócios
localizadas no entorno das centrais
“É a fonte mais renovável, barata, abundante e nacional que
é a principal ameaça. Sem novos investimentos e projetos, não
temos”, disse.
apenas a geração de energia fica comprometida. Profissões
Em sua apresentação, o presidente da Abrapch, Ivo
Pugnaloni, listou os principais tópicos da agenda da entidade
no biênio 2013-2014. Entre eles, questões de importância
Knoner apresentou ainda as vantagens da instalação
ligadas à engenharia de usinas e barragens, além da indústria
vital para o desenvolvimento do setor no país, como o fim
das PCHs. A principal, de acordo com ele, é a capacidade
nacional que se dedica à fabricação de componentes para PCHs,
da exigência de licenciamento ambiental para análise de
projetos de PCHs pela SGH, o estabelecimento e publicação
de uma sequência cronológica de análise para projetos de
PCHs paralisados na SGH, a elevação, ainda que parcial, do
também sofrem pressão e estão em risco. Entre os entraves
Participação em leilões de
energia promovidos no país
citados pelo palestrante, pode-se destacar a burocracia que
envolve os órgãos ambientais, a lentidão da análise de novos
projetos pelos órgãos de controle e a interferência excessiva
• Possibilidade de monitoramento e
preservação da qualidade da água dos rios
• Abertura e manutenção de estradas
• Incremento na economia local com a
aquicultura e piscicultura
Entraves
• Burocracia dos órgãos ambientais
PLD para aproximá-lo do custo real devido à operação das
do governo no mercado. A falta de informação da sociedade,
• Lentidão na análise de novos projetos
termelétricas, a determinação e adoção de critérios sólidos
que se posiciona contrária a novos investimentos por não estar
• Interferência excessiva do governo
para o cálculo do PLD, a elevação do preço e a alteração na
inteirada sobre os aspectos positivos, também contribui para o
metodologia dos leilões, para incluir benefícios ambientais
decréscimo vivido pelo setor.
• Falta de informação da sociedade
e elétricos das PCHs ao sistema.
Próximo Seminário
Segundo Pugnaloni, a solução dos problemas e a
melhora gradativa no quadro para novos investimentos
O próximo capítulo da série de seminários que ocorre pelo Brasil para promover o debate do tema ocorre no dia 5 de dezembro,
em PCHs ocorrerão na medida em que a ANEEL priorize
a questão em sua pauta de discussões e projetos. Em um
dos gráficos mostrados em sua apresentação, o presidente
PCHs
(0,9%)
UHs
(37,4%)
Térmicas fósseis
(38,5%)
em Minas Gerais, em parceria com o Núcleo Regional de Minas Gerais. Para mais informações sobre o próximo seminário e
para fazer o download dos materiais do evento de Florianópolis, acesse http://viex-americas.com/cortex/futuropch
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