Assunto: A grama do vizinho é menos verde Veículo: IstoÉ Dinheiro Página: 40a41 Data Fonte: 07/09/2013 Seção: Outros Assunto: A grama do vizinho é menos verde Veículo: IstoÉ Dinheiro Página: 40a41 (continuação) Data Fonte: 07/09/2013 Seção: Outros Assunto: As 6 lições de Stuhberger Veículo: IstoÉ Dinheiro Página: 89a90 Data Fonte: 07/09/2013 Seção: Outros Assunto: As 6 lições de Stuhberger Veículo: IstoÉ Dinheiro Página: 89a90 (continuação) Data Fonte: 07/09/2013 Seção: Outros Assunto: Ana Paula Padrão - Última Palavra - Pesadelos e Criatividade Veículo: IstoÉ Página: 98 Data Fonte: 07/09/2013 Seção: Outros Assunto: "O mercado precisa de regras, mas menos é mais" Veículo: BRASIL ECONÔMICO Página: 22 Data Fonte: 30/08/2013 Seção: FINANÇAS Assunto: Ibovespa sem mudanças Veículo: VALOR ECONÔMICO - SP Página: B01 Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Empresas Assunto: Rentabilidade dos IPOs no Brasil é negativa, diz Credit Veículo: O ESTADO DE S.PAULO Página: B14 Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Assunto: Para Arida economia está sobreaquecida Veículo: O ESTADO DE S.PAULO Página: b04 Data Fonte: 31/08/2013 Seção: .ECONOMIA Assunto: Melhor ficou para trás e PIB pode encolher no 3° tri, dizem analistas Veículo: FOLHA DE S.PAULO Página: b03 Data Fonte: 31/08/2013 Seção: ECONOMIA Assunto: 'É possível uma surpresa positiva ainda neste ano' Veículo: O GLOBO Página: 32 Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Economia Assunto: PIB surpreende e cresce 1,5% Veículo: O GLOBO Página: 29int Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Assunto: PIB surpreende e cresce 1,5% Veículo: O GLOBO Página: 29int (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Assunto: Analistas elevam previsão de crescimento e projetam PIB entre 2,1% e 2,5% em 2013 Veículo: O GLOBO Página: 32 Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Economia Assunto: Tombini: Brasil pronto para volatilidade Veículo: O GLOBO Página: 33 Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Economia Assunto: CVM quer estabelecer novas regras para classificação de fundos de investimento Veículo: O ESTADO DE S.PAULO Página: b08 Data Fonte: 02/09/2013 Seção: .ECONOMIA Assunto: BC vai injetar US$ 100 bi, mas volatilidade dura até eleições Veículo: DCI DIÁRIO DO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVI Página: a04 Data Fonte: 02/09/2013 Seção: POLÍTICA ECONÔMICA Assunto: Mercado futuro na Bolsa esfria por sumiço de vendedores Veículo: DCI DIÁRIO DO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVI Página: b02 Data Fonte: 02/09/2013 Seção: FINANÇAS Assunto: Tombini defende ação do BC para conter volatilidade Veículo: VALOR ECONÔMICO - SP Página: C03 Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Finanças Assunto: Tombini diz ao mercado que a estratégia cambial do BC é clara Veículo: BRASIL ECONÔMICO Página: 23 Data Fonte: 02/09/2013 Seção: FINANÇAS Assunto: Pessimismo é exagerado, diz O'Neill Veículo: VALOR ECONÔMICO - SP Página: C12 Data Fonte: 02/09/2013 Seção: 1- FINANÇAS Assunto: 'Ações e dólar estão com preços justos no Brasil' Veículo: BRASIL ECONÔMICO Página: 23 Data Fonte: 02/09/2013 Seção: FINANÇAS Assunto: Para economistas, confiança voltaria com ajuste fiscal Veículo: VALOR ECONÔMICO - SP Página: C12 Data Fonte: 02/09/2013 Seção: 1- FINANÇAS Assunto: Duas visões de uma mesma economia Veículo: Diário do Comércio - SP Página: 16 Data Fonte: 03/09/2013 Seção: ECONOMIA Assunto: BM&FBOVESPA / Edemir: Problemas nas empresas de Eike nao impactaram imagem da bolsa no exterior Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: BM&FBOVESPA / EDEMIR: PROBLEMAS NAS EMPRESAS DE EIKE NAO IMPACTARAM IMAGEM DA BOLSA NO EXTERIOR Agência Estado Campos do Jordão, 29/08/2013 - O diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse há pouco não acreditar que os problemas enfrentados pelas empresas X, do empresário Eike Batista, irão impactar a imagem da bolsa no exterior. "Tenho conversado com muitos analistas e empresas pré-operacionais com instabilidade são comuns no mundo", disse Edemir no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Edemir admitiu frustração com "tudo o que está acontecendo com o grupo" de Eike Batista. O presidente da BM&FBovespa afirmou que Eike tinha as melhores intenções ao abrir o capital das companhias do grupo X "tanto que todo o dinheiro que ele captou foi para dentro da companhia. Eike não colocou a mão em nenhum real do que foi captado no mercado". Assunto: BM&FBOVESPA: Papel da OGX pode sair do Ibovespa em caso de falência ou concordata Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: BM&FBOVESPA: PAPEL DA OGX PODE SAIR DO IBOVESPA EM CASO DE FALÊNCIA OU CONCORDATA Agência Estado Campos do Jordão, 29/08/2013 - Os papéis da OGX, empresa de petróleo do empresário Eike Batista, e as ações de qualquer outra empresa podem sair do Ibovespa caso sofram algum tipo de medida, que pelas regras atuais da bolsa tenham de ser suspensos, segundo o diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Essa medida pode ser, conforme ele, algum pedido de falência ou concordata. "Reestruturação de divida não entra na regra, não muda nada", explicou ele, em conversa com a imprensa, após discursar na abertura do 6º congresso internacional de mercados financeiro e de capitais. O rebalanceamento a partir de 1º de setembro até o final do ano permanece sem alterações. "A bolsa não muda, não mexe em nenhuma regra desse rebalanceamento", destacou Edemir. Ele disse que o preço da ação e o free float dos papéis estão em discussão para que a bolsa possa aperfeiçoar o Ibovespa a partir de 2015. "A ponderação é liquidez e os papéis que estão sendo negociados abaixo de R$ 1,00 ainda continuam listados e sendo negociados", acrescentou. A ponderação por liquidez, segundo Edemir, tem 45 anos, e é muito importante para mercados que não tem consolidação plena a nível de negócios. Conforme ele, poucas bolsas no mundo usam a ponderação por liquidez e a BM&FBovespa está revendo isso. "Há possibilidade de continuar o índice por liquidez com cap e free float, como existe a possibilidade de mudar essa ponderação com cap de liquidez. Há demandas dos dois lados", explicou o presidente da BM&FBovespa. Segundo ele, a bolsa ainda trabalha com um grupo para propor mudanças no Ibovespa, cujo resultado deve ser anunciado até 13 de setembro. "O que divulgarmos vai valer a partir de 2014. Para 2013, não se muda as regras", observou ele. (Aline Bronzati [email protected]) Assunto: BM&FBOVESPA: Parceria com o CME Group tem rendido grandes frutos, diz Edemir Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: BM&FBOVESPA: Parceria com o cme group tem rendido grandes frutos, diz edemir São Paulo, 29/08/2013 - O diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse que a parceria com o CME Group tem rendido grandes frutos para a bolsa, durante seu discurso de abertura do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. "Essa parceria tem algo mais, começou perto de 1984, quando o conselho administrativo da bolsa decidiu fazer um aporte em seu braço de derivativos", lembrou ele. O presidente da bolsa citou, durante discurso de abertura do evento, a entrega neste ano do módulo de equity do PUMA e a plataforma de derivativos do PUMA no âmbito da parceria da BM&FBovespa com o CME Group. Edemir lembrou do início da relação da bolsa brasileira com a CME, liderada por Luiz Forbes, então representante nos EUA. Ele também aproveitou para saudar os presidentes de diversas entidades do mercado como Abrasca, Abvcap, Anbima, IBGC, Febraban, Amec, Apimec e outras. O 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais inicia hoje e vai até sábado. Amanhã (30), o programa de palestras começa com painel sobre perspectivas para a economia financeira e contará com a participação de Luiz Fernando Figueiredo, sócio- fundador da Mauá Investimentos, Alexandre Schwartsman, sócio-diretor da Schwartsman & Associados, Pérsio Arida, sócio do BTG Pactual, e Monica Baumgarten de Bolle, sócia-diretora da Galanto - MBB Consultoria. Ao longo do evento, estão previstas palestras e debates sobre política monetária; perspectivas em relação à inflação, ao câmbio e aos juros no Brasil; o papel social dos investimentos e inovação financeira; gestão de portfólios e de fundos imobiliários no Brasil, entre outros. Para o encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, estão previstas as presenças de Leonardo Pereira, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, e Pedro Parente, Presidente do Conselho de Administração da BM&FBovespa. (Cynthia Decloedt - [email protected] - e Aline Bronzati - [email protected]) Assunto: BM&FBOVESPA: Pouco provável que tenhamos número elevado de ofertas ainda este ano Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: BM&FBOVESPA: POUCO PROVÁVEL QUE TENHAMOS NÚMERO ELEVADO DE OFERTAS AINDA ESTE ANO Agência Estado Campos do Jordão, 29/08/2013 - É pouco provável que a bolsa brasileira seja palco de um volume elevado de ofertas de ações ainda este ano, na opinião do diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Isso porque, conforme ele, já começa a se aproximar do final do ano, o que dificulta a própria programação de apresentação a investidores (roadshow). "Pode ainda acontecer alguma oferta até o final do ano. A expectativa é grande, mas para uma janela de oportunidade que ainda não se abriu completamente", afirmou Edemir, que acrescentou: "estamos sempre renovando nossas expectativas para o ano que vem". O executivo lembrou que empresas têm feito registros na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar ofertas de ações. Esta semana a Ser Educacional protocolou pedido junto à autarquia. A empresa pretende captar entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões em sua oferta pública inicial de ações, segundo fontes a par da operação. Edemir participou hoje da abertura do 6º Congresso Internacional dos mercados Financeiro e de Capitais, que acontece até sábado, em Campos do Jordão. (Aline Bronzati - [email protected]) Assunto: BM&FBOVESPA: União da Bats e Direct Edge é indiferente para nós na concorrência, diz Edemir Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: BM&FBOVESPA: UNIÃO DA BATS E DIRECT EDGE É INDIFERENTE PARA NÓS NA CONCORRÊNCIA, DIZ EDEMIR Agência Estado Campos do Jordão, 29/08/2013 - A união da Bats Global Markets e da Direct Edge, que esta semana anunciaram a criação da segunda maior bolsa dos Estados Unidos, é indiferente para a BM&FBovespa em termos de aumento de risco da concorrência, segundo o diretor presidente da bolsa, Edemir Pinto. "A bolsa vem trabalhando desde 2008, quando a lei 461, de julho de 2007, trouxe a previsão legal de uma concorrência vertical e integrada no Brasil e não fragmentada, que está sendo analisada agora na regulação. A bolsa já está preparada para essa competição", disse ele, em conversa com jornalistas. Neste contexto, ele lembrou o investimento que a companhia fez de R$ 1,2 bilhão não só no sistema de negociação, mas também na pós-negociação. Citou, ainda, o lançamento do sistema de risco integrado da BM&FBovespa, que deve estar pronto em 2014. "Estamos muitos preparados para o novo momento que a economia e o nosso mercado vai enfrentar", destacou ele. Edemir reafirmou que a bolsa estará pronta para prestar serviços para as plataformas concorrentes, que eventualmente ingressem no Brasil e precisem do serviço da bolsa a partir de 2015. (Aline Bronzati - [email protected]) Assunto: Congresso internacional de mercado de capitais da BM&FBOVESPA começa hoje, em campos Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: CONGRESSO INTERNACIONAL DE MERCADO DE CAPITAIS DA BM&FBOVESPA COMEÇA HOJE, EM CAMPOS Agência Estado São Paulo, 29/08/2013 - A BM&FBovespa realiza, a partir desta noite, em Campos do Jordão, o 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. O evento bianual, que acontece até sábado, vai reunir especialistas em economia, finanças e de mercado de capitais para debater temas atuais de macroeconomia e cenários do mercado financeiro global, incluindo as oportunidades e os riscos no atual cenário de possível recuperação da economia. A abertura do congresso será feita pelo diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, e Leo Melamed, Presidente Emérito do Conselho de Administração do CME Group. Amanhã (30), o programa de palestras inicia com painel sobre perspectivas para a economia financeira e contará com a participação de Luiz Fernando Figueiredo, sócio-fundador da Mauá Investimentos, Alexandre Schwartsman, Sócio-diretor da Schwartsman & Associados, Persio Arida, sócio do BTG Pactual, e Monica Baumgarten de Bolle, Sócia-diretora da Galanto - MBB Consultoria. Ao longo do evento, estão previstas palestras e debates sobre política monetária; perspectivas em relação à inflação, ao câmbio e aos juros no Brasil; o papel social dos investimentos e inovação financeira; gestão de portfólios e de fundos imobiliários no Brasil, entre outros. Para o encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, estão previstas as presenças de Leonardo Pereira, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Pedro Parente, Presidente do Conselho de Administração da BM&FBovespa, e Alexandre Tombini, presidente do Banco Central ou representante, a confirmar. (Aline Bronzati - [email protected]) Assunto: CVM: "A questão da transparência vai além das demonstrações financeiras", diz presidente Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: CVM: "A QUESTÃO DA TRANSPARÊNCIA VAI ALÉM DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS", DIZ PRESIDENTE Agência Estado São Paulo, 29/08/2013 - A questão da transparência das empresas envolve muito mais coisas além das demonstrações financeiras, segundo o presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Leonardo Pereira. "A transparência vai além das DFs. Elas são resultado de um mundo que acontece por trás", disse ele, durante almoço do Troféu Transparência. Pereira ressaltou a importância e necessidade dos controles internos das companhias, que ainda são questão de preocupação, segundo o executivo. "Já evoluímos muito, mas ainda falta. Temos todos de prestar atenção, pois a transparência só vem com um sistema de controle interno forte", afirmou. "E isso não é algo simples, pois é algo que aparentemente não dá retorno e não precisa de investimento. Mas se não houver investimento em controles internos, isso certamente pode acabar com o retorno", frisou. Sem citar nomes, ele destacou ainda que todas as crises recentes de diversos mercados de capitais começaram por não haver controles internos. "A gente já sabe como pode ser o resultado disso", disse. Pereira afirmou também que a maneira de resolver tudo isso é investir em capacitação e na independência da controladoria, "que se fará necessária para a área de negócios". Sobre as DFs e os Relatórios Integrados, o executivo afirmou que precisam ser consistentes, mas simplificados, caso contrário, algo que veio para melhorar a comparação e a globalização das empresas, vai ter efeito contrário. "Se queremos que algo seja lido e compreendido, as explicações têm de ser simples. Relatórios Integrados com 200 páginas não vai ser positivo para ninguém, a solução não é essa", garantiu. (Gabriela Forlin) Assunto: Crédito via banco público é QE do Brasil, diz professora Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: CRÉDITO VIA BANCO PÚBLICO É QE DO BRASIL, DIZ PROFESSORA Por Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais Agência Estado A professora da PUC-RJ, Monica Baumgarten de Bolle, afirmou na manhã desta sexta-feira, 30, que a política do governo de tentar estimular com vigor o consumo através da concessão de crédito por bancos públicos gerou o "QE brasileiro", em alusão à política de afrouxamento quantitativo dos Estados Unidos. Monica lembrou que apenas três bancos públicos no País são responsáveis por 50% da concessão de financiamentos no País. "A política fiscal mais expansionista tem efeito de alta da pressão inflacionária lá na frente, ainda que possa conter um pouco no curto prazo os preços relativos", disse. "Mas isso causa distorções", destacou. "O real problema inflacionário do Brasil é que os preços administrados estão rodando a 1,3% ao ano, enquanto os livres estão num ritmo de 8%", destacou. "E fazer isso por longo prazo distorce o equilíbrio dos preços da economia", disse. "A tendência da inflação é de alta e está ocorrendo há muito tempo", ponderou. De acordo com ela, o governo está fazendo desonerações tributárias para reduzir a carga dos impostos, e aproveitou tais medidas também para combater a inflação. Ela lembrou que o Poder Executivo fez intensas interferências no processo de formação de preços, como o episódio que envolveu o setor de energia. A professora destacou ainda que desde 2011 as expectativas da inflação estão se descolando em relação a taxa do IPCA, e hoje estão bem distantes do centro da meta de 4,5%. Segundo ela, esse processo longo acabou minando a credibilidade do Banco Central na gestão do sistema de metas de inflação, o que influencia muito as percepções dos agentes econômicos sobre a evolução dos preços no curto prazo. Monica de Bolle fez os comentários durante palestra no sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&FBovespa. Câmbio e inflação O economista e ex-diretor do Banco Central (BC), Alexandre Schwartsman, sócio-diretor da Schwarstman & Associados, avaliou, no mesmo evento, que a intervenção recente do governo na taxa de câmbio ocorreu basicamente "para o controle da inflação", diante da alta puxada principalmente pela política fiscal expansionista. "A política fiscal é unidirecional, expansionista e empurra a inflação para cima", disse. "Eu tenho certeza que o Banco Central não quer entregar a inflação na meta, porque senão não teria feito a política fiscal que fez", completou Schwartsman em palestra. Além da pressão da política fiscal, o controle da inflação ainda está sujeito a um limite para as altas nas taxas de juros, outro instrumento utilizado pelo governo. "Por isso, a taxa de R$ 2,40, ou R$ 2,45 (por dólar), seguirá apreciada por falta de instrumentos", disse o economista. "Há ainda uma instabilidade do arcabouço regulatório do câmbio", com, segundo ele, a redução de agentes no mercado de dólar por conta das mudanças constantes na política cambial. Durante a palestra, Schwartsman citou quatro variáveis que influenciam o câmbio independente de questões políticoeconômicas: a variação das commodities internacionais, o valor do dólar ante uma cesta de moedas, os juros e a aversão ao risco. "Toda vez que a aversão ao risco sobe 10%, o real deprecia cerca de 3%. Se os juros sobem aqui 10%, o dólar cai 8%", Assunto: Crédito via banco público é QE do Brasil, diz professora Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros exemplificou o economista. "Portanto, torna-se difícil dizer qual o nível correto da taxa, sem se referir ao conjunto de variáveis". Assunto: Fundos de Private Equity estão relativamente capitalizados e cautelosos, diz especialista Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 30/08/2013 - Os fundos de private equity, que compram participações em empresas, estão relativamente capitalizados para investir no Brasil, porém, cautelosos quanto a aportes, na opinião de Sidney Chameh, sócio-diretor da gestora DGF Investimentos. "Há ainda uma certa insegurança por parte dos fundos de private equity em meio aos riscos regulatórios existentes no Brasil e política fiscal frouxa", disse ele, em entrevista ao Broadcast, citando a interferência do governo no mercado de energia. Embora o volume de recursos a ser investido por fundos de private equity no Brasil não seja tão elevado, o especialista afirmou que o capital disponível não é o gargalo desta indústria, mas, sim, os riscos institucionais que envolvem o mercado brasileiro. Chameh, que também é expresidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), destacou ainda que a depuração do segmento é natural após o excesso de volumes captados por fundos de private equity interessados no Brasil desde 2008. "Há oportunidades em segmentos específicos", acrescentou. Dentre os setores que estão no radar dos fundos, estão, conforme ele, os segmentos de serviços e tecnologia da informação que crescem a despeito de um menor crescimento da economia brasileira. Sobre o setor de consumo, Chameh disse que a febre dos fundos para investir neste segmento "passou". "Febre é uma anomalia. O setor de consumo ainda continua sendo um segmento importante, em meio à melhor distribuição da renda salarial, e os fundos de private ainda olham para este setor, mas não estão investindo em qualquer ativo", ponderou o especialista. Ele não vê uma onda de captação para fundos de private equity interessados em investir em infraestrutura em meio às discussões para viabilizar concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, mas um interesse contínuo de determinados veículos. "No segmento de infraestrutura, os riscos são maiores, mas, se bem administrados, os investimentos também possibilitam retornos mais elevados", concluiu Chameh, que participa do 6. Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa. Fundada em 2001, a DGF Investimentos investe principalmente em participações minoritárias relevantes em empresas com faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 200 milhões que já tenham lucratividade. O ticket de investimento varia entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões. Dentre as áreas de preferência da gestora estão tecnologia, saúde e serviços. (Aline Bronzati - [email protected]) Assunto: ARIDA: As expectativas de inflação estão desancoradas Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: ARIDA: AS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO ESTÃO DESANCORADAS Agência Estado - O ex-presidente do Banco Central Persio Arida afirmou que as expectativas de inflação estão "desancoradas", devido a vários fatores relativos à condução da economia, o que não está diretamente ligado com a gestão da política monetária pelo Copom. "A atuação do BC está correta", destacou, referindo-se ao movimento de alta de juros iniciada em abril. "O ideal seria que a política econômica como um todo deveria atuar para dar condições ao Banco Central para ter uma política monetária expansionista", destacou. "O superávit primário deveria ser alto o suficiente para viabilizar uma política fiscal contracionista, para dar condições para o BC baixar os juros", apontou. Ele fez os comentários durante palestra no Sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&FBovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] e [email protected]) Assunto: ARIDA: Brasil não pode crescer muito mais que 2% ao ano sem pressionar a inflação Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: ARIDA: BRASIL NÃO PODE CRESCER MUITO MAIS QUE 2% AO ANO SEM PRESSIONAR A INFLAÇÃO O ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida afirmou que hoje o "Brasil não pode crescer muito mais que 2% ao ano sem pressionar a inflação." Segundo ele, um conjunto de elementos não permite que o País consiga ter um PIB potencial maior. A alta carga tributária e a política fiscal expansionista, que não dão espaço para o aumento dos investimentos públicos e privados, são dois fatores essenciais. Além disso, Arida destacou que o intenso ritmo de concessão de crédito público, com base em taxas de juros subsidiadas, também determina essa realidade do Brasil. Além disso, a política fiscal expansionista colabora muito para que o BC tenha que elevar os juros para conter a demanda agregada, sobretudo porque os investimentos e a produtividade são baixos. "Desta forma, os juros ficam mais altos do que deveriam", afirmou. Para o ex-presidente do BC, o fechamento comercial do País e a desvalorização do câmbio também adicionam elementos para que o Copom tenha que manter o aperto monetário por um período "razoável." Ele fez os comentários durante palestra no sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&F Bovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] e [email protected]) Assunto: ARIDA: Mudança permanente de política fiscal permite reduzir juros e aumentar PIB potencial Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: ARIDA: MUDANÇA PERMANENTE DE POLÍTICA FISCAL PERMITE REDUZIR JUROS E AUMENTAR PIB POTENCIAL Agência Estado O ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida afirmou que "uma mudança permanente da política fiscal" vai permitir que os juros nominais e reais caiam, o que viabilizará um crescimento muito maior do que de 2% ao ano. Uma gestão mais eficiente das capacidade de arrecadação do Estado ajudaria muito neste processo. Segundo ele, uma alíquota zero de PIS-Cofins para as empresas, mesmo que ocorresse um aumento de imposto de renda, seria mais favorável para melhorar o ambiente de negócios no País. Para Arida, os subsídios de crédito são negativas para o Brasil porque tendem a reduzir a produtividade da economia é "disfuncional e eleva o déficit público", destacou. "Isso gera uma distorção. Quem recebe esse benefício fiscal espera para realizar investimentos, enquanto estiver recebendo o subsídio", ponderou. Na avaliação de Arida, com uma alteração estrutural da política fiscal, que pudesse inclusive reduzir a carga tributária, ajudaria a aumentar a produtividade do País e permitiria que o BC baixasse os juros de forma relevante. "E nesse contexto, poderíamos ter um PIB potencial bem maior do que hoje imaginamos", acrescentou. Arida ponderou, contudo, que a realidade da economia brasileira é "chocante". "Isso porque o País cresce pouco, mesmo que tenha mercado de trabalho em pleno emprego e superávit comercial declinante, gerado basicamente pelo aumento substancial da absorção doméstica". Ele fez os comentários durante palestra no Sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&FBovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais [email protected] e [email protected]) Assunto: MONICA DE BOLLE: Concessão de crédito por bancos públicos é o "QE brasileiro" Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: MONICA DE BOLLE: CONCESSÃO DE CRÉDITO POR BANCOS PÚBLICOS É O "QE BRASILEIRO" Agência Estado A professora da PUC-RJ, Monica Baumgarten de Bolle, afirmou há pouco que a política do governo de tentar estimular com vigor o consumo através da concessão de crédito por bancos públicos gerou o "QE brasileiro", em alusão à política de afrouxamento quantitativo dos Estados Unidos. Monica lembrou que apenas três bancos públicos no País são responsáveis por 50% da concessão de financiamentos no País. "A política fiscal mais expansionista tem efeito de alta da pressão inflacionária lá na frente, ainda que possa conter um pouco no curto prazo os preços relativos", disse. "Mas isso causa distorções", destacou. "O real problema inflacionário do Brasil é que os preços administrados estão rodando a 1,3% ao ano, enquanto os livres estão num ritmo de 8%", destacou. "E fazer isso por longo prazo distorce o equilíbrio dos preços da economia", disse. "A tendência da inflação é de alta e está ocorrendo há muito tempo", ponderou. De acordo com ela, o governo está fazendo desonerações tributárias para reduzir a carga dos impostos, e aproveitou tais medidas também para combater a inflação. Ela lembrou que o Poder Executivo fez intensas interferências no processo de formação de preços, como o episódio que envolveu o setor de energia. A professora destacou ainda que desde 2011 as expectativas da inflação estão se descolando em relação a taxa do IPCA, e hoje estão bem distantes do centro da meta de 4,5%. Segundo ela, esse processo longo acabou minando a credibilidade do Banco Central na gestão do sistema de metas de inflação, o que influencia muito as percepções dos agentes econômicos sobre a evolução dos preços no curto prazo. Monica de Bolle fez os comentários durante palestra no sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&FBovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] e [email protected]) Assunto: MONICA DE BOLLE: Falta de credibilidade do governo impede metas cadentes de inflação Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: MONICA DE BOLLE: FALTA DE CREDIBILIDADE DO GOVERNO IMPEDE METAS CADENTES DE INFLAÇÃO Agência Estado A professora da PUC-RJ e diretora do Instituto de Estudos de Política Econômica Casa das Garças, Monica de Bolle, avaliou, há pouco, que a falta de credibilidade da política econômica impede o governo de voltar a adotar um regime de metas cadentes para a inflação. Pelas expectativas geradas, esse regime, segundo ela, poderia influenciar na redução real do indicador de preços. "Ajudaria termos regime de metas cadentes, mas não sei se esse é o momento, porque o discurso macroeconômico de hoje não traria efeitos. Hoje a credibilidade está lá embaixo, para não dizer que não existe. Portanto, é inócua apesar de desejável as metas cadentes", completou a economista durante o Sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Segundo ela, há também "um descaso do governo em relação ao impacto das expectativas" sobre a economia brasileira ante o crescimento do País. "O governo avalia que as expectativas não influenciam, mas esse diagnóstico é equivocado", disse. Ainda para Monica de Bolle, a inflação represada no País, com o controle pelos preços administrados, ocorre porque houve uma condução equivocada da política econômica. "A condução da política fiscal é de crédito público expansionista e a da política monetária vai em direção contrária, o que não dá certo", concluiu. (Gustavo Porto - [email protected] e Ricardo Leopoldo - [email protected] Assunto: MONICA DE BOLLE: Tendência de inflação no Brasil é de alta Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: MONICA DE BOLLE: TENDÊNCIA DE INFLAÇÃO NO BRASIL É DE ALTA Agência Estado Campos do Jordão (SP), 30/08/2013 - A professora da PUC-RJ, Monica Baumgarten de Bolle, afirmou há pouco que a tendência da inflação no Brasil é de alta. Entre os fatores que vão colaborar para esta trajetória do IPCA é o impacto da recente desvalorização do câmbio ante os preços. "A inflação deve continuar a correr livre e solta, a menos que ocorra uma mudança radical na condução da política econômica pelo governo", disse. "E há uma ameaça adicional que é a questão climática nos EUA", destacou. "O problema é que a inflação já atinge os preços de comida e quando isso ocorre a população tem uma percepção de que há um problema grave", disse. De acordo com a acadêmica, no curto prazo o câmbio deve continuar a manter uma trajetória de depreciação, o que deve gerar efeitos intensos sobre o IPCA. Desde 26 de abril, a cotação do real apresenta uma desvalorização nominal próxima a 17,5%. Ela não mencionou quanto seria o repasse da mudança do patamar do câmbio sobre a inflação nos próximos 12 meses. A acadêmica afirmou também que o aumento do desconforto dos investidores com a gestão da política econômica leva a mudanças na administração de seus portfólios, o que provoca saídas de capitais e pressão sobre a cotação do real ante o dólar. "E com essa insatisfação com o cenário macroeconômico há uma volta da alta do risco país com a variação do câmbio", ponderou. Ela fez os comentários durante palestra no sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&FBovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] e [email protected]) Assunto: PÉRSIO ARIDA: Economia está sobreaquecida, aquecida demais em relação ao seu potencial Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: PÉRSIO ARIDA: ECONOMIA ESTÁ SOBREAQUECIDA, AQUECIDA DEMAIS EM RELAÇÃO AO SEU POTENCIAL Agência Estado O ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida afirmou que a "economia brasileira está sobreaquecida, aquecida demais em relação ao seu potencial." Vários fatores determinam esse fenômeno, na sua avaliação, entre eles a pequena oferta de trabalhadores no mercado, o que leva a uma situação "maior que o pleno emprego." Nesse contexto, ele citou que a taxa de desemprego está baixa para a realidade do País, que deveria ser entre 6,5% e 7%. "Essa seria a nossa Nairu", comentou, referindo-se à sigla em inglês que significa taxa de desemprego que não acelera a inflação. Dois outros elementos que levam a uma economia sobreaquecida no Brasil, segundo Arida, é a política fiscal expansionista. "Os juros no Brasil são altos pela existência de vários subsídios ao crédito, como a TJLP", comentou, referindo-se à Taxa de Juros de Longo Prazo. Um terceiro fator foi a "super indexação do salário mínimo por força de lei", o que acaba disseminando uma alta generalizada da remunerações de grande parte dos trabalhadores em toda a economia. Ele fez os comentários durante palestra no sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&F Bovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] e [email protected]) Assunto: Pulso do mercado: OGX sobe 8% e entra em leilão Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: PULSO DO MERCADO: OGX SOBE 8% E ENTRA EM LEILÃO Agência Estado Após abrirem em queda as ações da OGX inverteram o sinal e passaram a subir forte, interrompendo uma sequência de dois pregões de intensas quedas. Há pouco, o papel subia 8%, cotado a R$ 0,54, quando entrou em leilão pela segunda vez no dia. O Ibovespa no mesmo momento avançava 0,86%, aos 50.349 pontos. Operadores comentam que há uma avalanche de notícias sobre a empresa e por isso mesmo é difícil apontar uma ou outra como justificativa para o bom desempenho do papel hoje. Um profissional diz que o aumento da participação do papel na nova carteira do Ibovespa poderia ser uma boa justificativa para a alta, mas lembra que a ação também saiu da carteiro do MSCI, que valerá a partir da próxima segunda-feira, o que gera pressão contrária. "Esse papel é uma loteria", explica. Ainda sobre a empresa, ontem o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou que a empresa não deve sair do Ibovespa, a não ser em caso de falência ou concordata. Outra informação de peso, é de que o BTG Pactual e o empresário Eike Batista encerraram a parceria de cooperação estratégica, firmada em março último, conforme fontes ouvidas pelo Broadcast. (Beth Moreira - [email protected]) Assunto: Schwartsman diz que dúvida sobre superávit em 2014 aumentam pressão sobre câmbio Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 30/08/2013 - O ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, afirmou que a avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que em 2014 o Brasil poderá ter um superávit primário intermediário entre 2,1% e 3,2% do PIB será um elemento a mais que deve agregar pressão sobre o câmbio no curto prazo. "Quando o ministro da Fazenda, responsável pela política fiscal, dá indicações de que não tem uma avaliação clara para onde vai a política fiscal no ano que vem, certamente isso não emite um sinal adequado", comentou. "E eu estou sendo educado", destacou. Para Schwartsman, há uma série de dúvidas sobre como será a gestão das contas públicas em 2014, pois não se sabe quais seriam as condições em que o governo poderá gerar o superávit primário de 2,1% do PIB, quanto mais em relação à marca maior, de 3,2%. "Pode ser 2,1%, mas alguém do Tesouro pode encontrar uma alternativa interessante para viabilizar o resultado", destacou. "Quem sabe pode-se até usar o fundo soberano. Não tenho ideia do que poderá ocorrer", apontou. De acordo com o ex-diretor do BC, somente um esforço fiscal muito forte e crível pelo Poder Executivo poderia ajudar a recuperar a credibilidade sobre a gestão da política econômica perante aos agentes de mercado. "Tem que ser algo forte nas contas públicas, que corte na carne a popularidade do governo", destacou. Ele citou que poderia ocorrer uma retomada da reforma tributária e da Previdência Social. Os comentários foram feitos após palestra no sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&F Bovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] e [email protected]) Assunto: Tombini prestigia encerramento de evento da BM&F BOVESPA em Campos do Jordão Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: TOMBINI PRESTIGIA ENCERRAMENTO DE EVENTO DA BM&F BOVESPA EM CAMPOS DO JORDÃO Agência Estado O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participa amanhã do encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&F Bovespa em Campos do Jordão, São Paulo. A participação de Tombini está prevista para as 17 horas. A informação consta de agenda atualizada e divulgada há pouco pela assessoria de imprensa do BC. (Luci Ribeiro [email protected]) Assunto: SCHWARTSMAN: Com política expansionista, governo intervém no dólar para Data Fonte: 30/08/2013 controlar inflação Seção: Outros Veículo: AGÊNCIA ESTADO Integra: SCHWARTSMAN: COM POLÍTICA EXPANSIONISTA, GOVERNO INTERVÉM NO DÓLAR PARA CONTROLAR INFLAÇÃO Agência Estado O economista e ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, sócio-diretor da Schwarstman & Associados, avaliou, há pouco, que a intervenção recente do governo na taxa de câmbio ocorreu basicamente "para o controle da inflação", diante da alta puxada principalmente pela política fiscal expansionista. "A política fiscal é unidirecional, expansionista e empurra a inflação para cima", disse. "Eu tenhocerteza que o Banco Central não quer entregar a inflação na meta, porque senão não teria feito a política fiscal que fez", completou Schwartsman em palestra sobre câmbio no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. Além da pressão da política fiscal, o controle da inflação ainda está sujeito a um limite para as altas nas taxas de juros, outro instrumento utilizado pelo governo. "Por isso, a taxa de R$ 2,40, ou R$ 2,45 (por dólar), seguirá apreciada por falta de instrumentos", disse o economista. "Há ainda uma instabilidade do arcabouço regulatório do câmbio", com, segundo ele, a redução de agentes no mercado de dólar por conta das mudanças constantes na política cambial. Durante a palestra, Schwartsman citou quatro variáveis que influenciam o câmbio independente de questões políticoeconômicas: a variação das commodities internacionais, o valor do dólar ante uma cesta de moedas, os juros e a aversão ao risco. "Toda vez que a aversão ao risco sobe 10%, o real deprecia cerca de 3%. Se os juros sobem aqui 10%, o dólar cai 8%", exemplificou o economista. "Portanto, torna-se difícil dizer qual o nível correto da taxa, sem se referir ao conjunto de variáveis". (Gustavo Porto - [email protected] e Ricardo Leopoldo - [email protected], enviados especiais) Assunto: Ataque militar dos EUA à Síria aumentará preços internacionais de commodities, diz Tim Rogers Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: ATAQUE MILITAR DOS EUA À SÍRIA AUMENTARÁ PREÇOS INTERNACIONAIS DE COMMODITIES, DIZ JIM ROGERS Campos do Jordão (SP), 31/08/2013 - O megainvestidor Jim Rogers afirmou que um eventual ataque militar dos EUA à Síria aumentará as pressões por desaceleração da economia global e deve elevar imediatamente os preços internacionais de commodities. "A guerra é uma tragédia, não só para as vítimas. Isso trará repercussões mundiais. Será um erro do governo Obama se isso acontecer", disse. "As commodities vão subir, certamente. Isso deve ocorrer com petróleo, produtos agrícolas, ouro e outros metais. Só não estou certo se isso também provocará alta em minério de ferro", comentou. Rogers, um investidor que aplica seus recursos basicamente em commodities agrícolas, tem uma visão otimista sobre a perspectiva das cotações desses produtos no médio prazo. "Há uma demanda muito grande de alimentos e isso não deve mudar, ao contrário", disse. "O Brasil tem grande potencial de ser um dos grandes produtores destas mercadorias importantes, devido a suas condições naturais, como terras, água e tecnologia no setor", ponderou. Assunto: Confira a íntegra do discurso de Tombini em evento da BM&FBovespa - Parte 1 de 2 Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Confira a íntegra do discurso de Tombini em evento da BM&FBovespa - Parte 1 de 2 Agência Estado E esse compromisso se faz presente no atual contexto, em que está em curso processo de transição na economia mundial. Diga-se de passagem, transição positiva, pois significa que a recuperação da maior economia do mundo está ganhando força e isso representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente. Nos últimos cinco anos, o mundo conviveu com a flexibilização das condições monetárias nas economias avançadas, com política monetária convencional no extremo e várias iniciativas não convencionais. No entanto, o processo de normalização das condições monetárias nas economias avançadas já começou. A comunicação do Banco Central dos Estados Unidos, parte integrante desse processo, já mudou. E essa mudança está se refletindo nas variáveis financeiras. Os mercados se anteciparam aos fatos e, na ausência de informações claras e precisas de como se dará esse processo de retirada dos estímulos monetários, os preços dos ativos financeiros estão mais voláteis, oscilando ao sabor de cada dado sobre o ritmo de atividade da economia norte-americana. As economias emergentes são as mais impactadas por essa volatilidade. Sempre foi assim. E não é diferente no caso da economia brasileira. No entanto o Brasil está preparado para enfrentar essa volatilidade. O sistema financeiro está sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões. E o Banco Central irá adotar as providências necessárias para assegurar a estabilidade do sistema financeiro e da economia e o bom funcionamento dos mercados. Nos últimos anos, observamos uma recomposição da natureza dos ingressos de recursos estrangeiros, com o aumento dos capitais de mais longo prazo e a moderação dos de curto prazo. Essa recomposição tem sido importante nesse momento de maior volatilidade dos mercados internacionais. A propósito, desde que a volatilidade aumentou em meados de maio, continuamos observando fluxo positivo tanto de investimento direto quanto de portfólio, inclusive com o aumento da participação de investidores estrangeiros na dívida mobiliária pública interna. Não obstante, é importante ressaltar que eventuais saídas pontuais são naturais, não representando mudança de tendência nem alterando as condições de financiamento do país e o acesso de empresas brasileiras ao mercado financeiro internacional. Ademais, ao longo dos últimos dois anos, continuamos ampliando nosso colchão de segurança e de liquidez. Adicionamos quase US$90 bilhões às nossas reservas internacionais, que hoje ultrapassam US$370 bilhões. Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado. Na semana passada o Banco Central anunciou o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra. Semanalmente, pelo menos até o final deste ano, realizaremos leilões de swap cambial, no montante de US$2 bilhões, e de venda com compromisso de recompra, no total de US$1,0 bilhão. Se necessário, realizaremos operações adicionais. Assunto: Confira a íntegra do discurso de Tombini em evento da BM&FBovespa - Parte 1 de 2 Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Esse programa, além de conferir previsibilidade, ofertará aos agentes econômicos proteção cambial (hedge) superior a US$100 bilhões, se considerarmos o montante de proteção que já foi disponibilizado. Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira. E essa estratégia estará presente durante todo o período de transição entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global. Senhoras e senhores: O trabalho árduo que realizamos nos últimos anos - supervisores e mercado - resultou em um sistema financeiro mais sólido e eficiente. Mas nossa agenda de trabalho apenas se renova. Temos importantes iniciativas em curso, como: as ações no âmbito do Programa "Otimiza BC", que visam reduzir custos administrativos, operacionais e processuais e consolidar um novo modelo de governança para a racionalização do fluxo de informações entre o Banco Central e o Sistema Financeiro; o projeto de revisão do arcabouço regulatório referente ao segmento não bancário de intermediação, para promover ambiente de negócios mais equilibrado, com menores custos operacionais e com potencial para o desenvolvimento de novas atividades compatíveis com as transformações observadas pelo mercado de capitais nos últimos anos; e o Certificado de Operações Estruturadas (COE), que dará maior transparência e segurança jurídica e operacional às operações estruturadas de captação. Estamos acompanhando de perto também o projeto da BM&FBovespa de integração de suas clearings de ações, derivativos, ativos e câmbio. É, sem dúvida, um projeto audacioso e complexo, à altura do moderno e eficiente Sistema de Pagamentos Brasileiro. Finalizando, parabenizo novamente a BM&FBovespa pela realização deste sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais e agradeço o Pedro Parente e o Edemir Pinto pelo convite para proferir esta palestra de encerramento. Boa noite a todos. Alexandre Tombini Assunto: Confira a íntegra do discurso de Tombini em evento da BM&FBovespa - Parte 2 de 2 Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: CONFIRA A ÍNTEGRA DO DISCURSO DE TOMBINI EM EVENTO DA BM&FBOVESPA Brasília, 31/08/2013 - Confira a íntegra do discurso do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante o encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais, realizado pela BM&F Bovespa, na cidade de Campos do Jordão (SP). Clique aqui para acessar o documento. Campos do Jordão (SP), 31 de agosto de 2013. Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central do Brasil, no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais da BM&FBovespa. Boa tarde. É com grande satisfação que participo deste sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais organizado pela BM&FBovespa. Este Congresso representa uma excelente oportunidade para discutirmos economia, finanças e, principalmente, o sistema financeiro, aqui considerando os segmentos bancário e não bancário, e todo o mercado de capitais. Nesse sentido, gostaria de parabenizar a BM&FBovespa pela realização deste Congresso, atualmente, um dos mais importantes eventos no âmbito do Sistema Financeiro Nacional e agradecer o Pedro Parente e o Edemir Pinto pelo convite para proferir a palestra de encerramento. No pronunciamento desta noite, tratarei especificamente de estabilidade financeira. A estabilidade financeira, de uma forma ou de outra, sempre esteve no radar dos supervisores. Mas, no passado, era outra a dimensão. Muito mais restrita e com um rol de instrumentos bem mais limitado. Além disso, a preocupação com a estabilidade financeira sempre foi cíclica. Nos períodos de calmaria dos mercados, como o observado durante a grande moderação, era relegada a segundo plano. Questões relacionadas à saúde dos bancos, à assunção de riscos pelos agentes, à dinâmica dos mercados de crédito e de capitais, à evolução dos preços dos principais ativos da economia e aos fluxos de capitais eram tratadas de forma não sistêmica. A regulação financeira era centrada essencialmente em regras microprudenciais, baseadas no pressuposto de que a solvência das instituições financeiras individualmente asseguraria a estabilidade de todo o sistema financeiro. A crise internacional de 2008 impôs uma nova realidade às preocupações com a estabilidade financeira. A estabilidade dos sistemas financeiros, tanto em nível nacional quanto global, tornou-se questão central na agenda dos supervisores, que passaram a se preocupar com a saúde e a solvência do sistema como um todo, e não somente das instituições individualmente, como prevalecia no pré-crise. O princípio e o objetivo de se avaliar potenciais impactos sobre a estabilidade financeira passou a estar presente em todas as ações e políticas dos supervisores. Em vários países, os mandatos das autoridades foram modificados para se adequarem a essa nova responsabilidade, conferindo-a assim, perenidade. Ampliaram-se consideravelmente os atores envolvidos nesse processo. Embora os supervisores continuem sendo os protagonistas e, em última instância, os responsáveis por garantir a estabilidade financeira, há agora maior engajamento dos demais entes do governo e dos próprios agentes do mercado. Assunto: Confira a íntegra do discurso de Tombini em evento da BM&FBovespa - Parte 2 de 2 Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Por fim, em um contexto de forte interconexão entre as instituições globais e os mercados, criou-se o Comitê Internacional de Estabilidade Financeira, o Financial Stability Board, para fortalecer a cooperação entre supervisores de diferentes jurisdições. No Brasil, talvez por influência dos períodos de turbulência observados nas décadas de 1980 e 1990, o princípio da estabilidade financeira faz-se presente, há mais tempo, nas ações, nas políticas e no modus operandi da nossa supervisão. O Banco Central do Brasil há vários anos tem como uma de suas missões institucionais assegurar a estabilidade financeira e o bom funcionamento do nosso sistema. Isso não significa que ficamos parados no tempo. Muito pelo contrário. Nos últimos anos fortalecemos o princípio da estabilidade financeira em todas as nossas medidas, ações e políticas, no campo da administração, da regulação, da organização do sistema financeiro e das operações com o mercado. Entre todos os aperfeiçoamentos, destaco três: Primeiro. Instituímos, aperfeiçoamos e fortalecemos os fóruns de coordenação no âmbito do próprio Banco Central e de supervisores nacionais, bem como ampliamos e intensificamos a nossa representação nos fóruns internacionais. Isso tem propiciado uma visão mais abrangente dos mercados e dos segmentos que compõe o sistema financeiro, nacional e internacional, o que contribui para adoção de ações e políticas para a manutenção e o fortalecimento da estabilidade financeira no País. No âmbito do Banco Central, constituímos o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), fórum que contribui de forma decisiva para a formulação de políticas e a implantação de ações que visam mitigar potenciais riscos ao sistema. No contexto nacional, intensificamos o intercâmbio de informações e a coordenação de ações e de políticas com os demais supervisores financeiros, por meio de iniciativas bilaterais ou de forma mais abrangentes no âmbito do Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização (Coremec). No contexto internacional, ampliamos e fortalecemos também a nossa coordenação com os supervisores de outros países, intensificando nossa representação nos fóruns internacionais, como o FSB e o Comitê de Basileia, e o intercâmbio bilateral com países em que estão presentes instituições financeiras brasileiras ou cujas instituições estão presentes em nosso mercado. Atualmente o Brasil preside o FSB regional. Segundo. Ampliamos e fortalecemos nossos sistemas de registros e de monitoramento, propiciando uma avaliação mais abrangente e precisa do comportamento dos agentes e dos mercados. Aperfeiçoamos os sistemas de registro e de liquidação: ampliamos a central de risco de crédito (SCR); reforçamos a regulamentação dos registros privados; exigimos informações de melhor qualidade e tempestividade no seu fornecimento; e incentivamos o mercado a criar outros sistemas de registro, como a Central de Cessão de Crédito (C3) e a Central de Exposição de Derivativos (CED). A propósito, por meio das centrais de registro, realizamos atualmente um mapeamento completo e contínuo de todas as exposições com derivativos envolvendo instituições financeiras. E ao contrário do que observamos em 2008, não identificamos no momento estratégias com alavancagem ou aceleradores. Mais do que isso: os derivativos tidos como exóticos, hoje, são insignificantes em relação ao valor nocional total. O terceiro aperfeiçoamento foi adotar postura mais pró-ativa para mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira. Como exemplo, destaco as normas editadas para moderar a tomada excessiva de riscos nas operações de crédito ao consumo e no ingresso intenso e vultoso de capitais internacionais voláteis. Todos esses movimentos, de forma isolada ou combinada, ameaçavam a estabilidade da economia e a do próprio sistema financeiro. Assunto: Confira a íntegra do discurso de Tombini em evento da BM&FBovespa - Parte 2 de 2 Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Essas providências foram importantes para manter o bom funcionamento dos nossos mercados em um período de expansão da liquidez internacional e de intenso fluxo de capitais, principalmente para as economias emergentes. Com tais ações, mesmo diante de ampla liquidez internacional, o fluxo de capital volátil para o Brasil moderou; os prazos ampliaram-se e a natureza do capital mudou, compondo-se, já há algum tempo, majoritariamente de investimento estrangeiro direto. Senhoras e senhores: O compromisso com a estabilidade financeira está presente em todas as medidas, ações e políticas do Banco Central do Brasil. Assunto: 'Consumo não vai impulsionar o PIB este ano", diz Monica de Bolle Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: 'CONSUMO NÃO VAI IMPULSIONAR O PIB ESTE ANO', DIZ MONICA DE BOLLE Campos do Jordão, 30/08/2013 - Para a economista Monica Baumgarten de Bolle, professora da PUC-RJ, o investimento pode ser o fator de surpresa para viabilizar uma expansão do PIB um pouco superior ao esperado por especialistas atualmente. Mas, segundo ela, há limitações sérias para um crescimento de 2,5% neste ano, especialmente porque o consumo está fraco e há o fator da desconfiança de empresários e famílias, o que sugere que o PIB no 3.º trimestre deve apresentar um resultado estável. Quais foram os destaques do PIB do segundo trimestre? Há dois destaques pelo lado da oferta: agropecuária e construção civil. A agropecuária registrou um desempenho extraordinário, com os efeitos da safra agrícola recorde do primeiro trimestre que se estenderam para o segundo. Houve uma recuperação da construção civil, lembrando que de uns tempos para cá o setor veio de uma tendência ruim, no qual parece que o desempenho estava um pouco travado. O que chamou a atenção pelo lado da demanda? O grande fator foi mesmo o investimento, que cresceu 9% ante o segundo trimestre de 2012, uma alta extraordinária, um ritmo chinês, como disse o ministro Guido Mantega. Mas é preciso destacar que o investimento foi uma decepção no primeiro trimestre. Mas o consumo das famílias continua fraco, não? O consumo das famílias está crescendo num ritmo de 2%, e o melhor que podemos esperar para a segunda metade do ano é que esse ritmo seja mantido. Ou seja, o consumo definitivamente não vai ser um impulso considerável para o PIB neste ano. Então, para ter um desempenho melhor no decorrer do ano seria extremamente necessário que o investimento continuasse mostrando o mesmo fôlego na segunda metade do ano. Porém, não é isso o que a gente está observando nos indicadores disponíveis para a Formação Bruta de Capital Fixo. Assunto: Empresas que melhor entenderem o mundo digital sobreviverão, diz Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: EMPRESAS QUE MELHOR ENTENDEREM MUNDO DIGITAL SOBREVIVERÃO, DIZ Campos do Jordão, 31/08/2013 - As empresas que entenderem como melhor se ajustar à economia digital vão sobreviver ao novo mundo em transformação, disse Fábio Coelho, diretor-geral do Google Brasil, em almoço-palestra no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa. "A economia do carbono mudou para a economia digital, que começa com escalas instantâneas", disse. Ele destacou, nesse sentido, as transformações causadas pelo advento da mobilidade, citando que dos 7 bilhões de habitantes do planeta, 2 bilhões estão na web, os quais produzem e partilham uma vasta quantidade de conteúdo. "A primeira transferência de poder aconteceu com o controle remoto e depois com a internet", disse. O executivo do Google citou ainda o caminho trilhado em direção à inteligência artificial. Segundo Coelho, embora o cérebro trabalhe informações de modo linear e o mundo tecnológico se transforme de modo exponencial, essa será uma realidade em 30 anos, acompanhada de uma mudança radical no entendimento do cérebro. Como sinais desse futuro, Coelho citou o Google Glass, óculos que acessa informações com comando de voz e o carro que se locomove sem motorista. "Gadgets de inteligência vão transformar os negócios das empresas para servir consumidores hiperconectados", disse, acrescentando que é este público que vai transformar a indústria como um todo. Assunto: Empresas que melhor entenderem o mundo digital sobreviverão, diz executivo Data Fonte: 31/08/2013 do Google Brasil Seção: Outros Veículo: AGÊNCIA ESTADO Integra: EMPRESAS QUE MELHOR ENTENDEREM MUNDO DIGITAL SOBREVIVERÃO, DIZ EXECUTIVO DO GOOGLE BRASIL Campos do Jordão, 31/08/2013 - As empresas que entenderem como melhor se ajustar à economia digital vão sobreviver ao novo mundo em transformação, disse Fábio Coelho, diretor-geral do Google Brasil, em almoço-palestra no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa. "A economia do carbono mudou para a economia digital, que começa com escalas instantâneas", disse. Ele destacou, nesse sentido, as transformações causadas pelo advento da mobilidade, citando que dos 7 bilhões de habitantes do planeta, 2 bilhões estão na web, os quais produzem e partilham uma vasta quantidade de conteúdo. "A primeira transferência de poder aconteceu com o controle remoto e depois com a internet", disse. O executivo do Google citou ainda o caminho trilhado em direção à inteligência artificial. Segundo Coelho, embora o cérebro trabalhe informações de modo linear e o mundo tecnológico se transforme de modo exponencial, essa será uma realidade em 30 anos, acompanhada de uma mudança radical no entendimento do cérebro. Como sinais desse futuro, Coelho citou o Google Glass, óculos que acessa informações com comando de voz e o carro que se locomove sem motorista. "Gadgets de inteligência vão transformar os negócios das empresas para servir consumidores hiperconectados", disse, acrescentando que é este público que vai transformar a indústria como um todo. Assunto: Entrevista: Não tememos quedas nos volumes de negociação, diz presidente da BM&FBOVESPA Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Entrevista: Não tememos quedas nos volumes de negociação, diz presidente da BM&FBOVESPA Agência Estado Campos do Jordão, 31/08/2013 - O atual cenário da economia brasileira, de baixo crescimento, aperto monetário, pressões inflacionárias e cambiais e maior aversão em relação ao Brasil por parte dos investidores estrangeiros não representa uma "nuvem negra" para os volumes negociados na BM&FBovespa, de acordo com o presidente da bolsa, Edemir Pinto. A companhia, segundo ele, não trabalha com a expectativa de queda nos volumes negociados, ainda que analistas do mercado tenham ressaltado preocupação quanto ao crescimento dos mesmos, o que tem se refletido nas ações da empresa. As ações da BM&FBovespa caíram 3,74% em agosto e 13,44% no acumulado do ano. "Eu nunca assisti, de um ano para o outro, alguma redução ou perda de volume, até porque em momentos de crise, de incerteza, falta de credibilidade e de confiança, os mercados, principalmente de derivativos, são, na verdade, os que mais negociam e onde mais as empresas e os administradores de recursos buscam proteção", avalia Edemir em entrevista exclusiva à jornalista Aline Bronzati, do Broadcast. O presidente da bolsa descartou planos de aquisição no Brasil e no exterior e disse que os atuais projetos da bolsa devem, a priori, ter impacto nas despesas e investimentos da BM&FBovespa, mas, posteriormente, proporcionarão ganhos de eficiência. Para 2013, a companhia espera investir de R$ 260 milhões a R$ 290 milhões, enquanto seus gastos devem ser de no mínimo $ 560 milhões e no máximo R$ 580 milhões. Sobre concorrência, Edemir reforça que a BM&FBovespa tem interesse em prestar serviços de clearing aos rivais, mas somente a partir de 2015. Confira abaixo os principais trechos da entrevista: Broadcast: Não há preocupação quanto ao volume negociado nos segmentos Bovespa e BM&F por conta do cenário atual? Edemir Pinto: Estamos experimentando juros baixos e juros reais baixos agora. A bolsa sempre viveu com juros altíssimos, com inflação altíssima. Nada disso nos tira o sono, ao contrário. Estamos muito habituados a este ambiente. Broadcast: A expectativa é que os volumes continuem crescendo? Edemir: Sim. Olhando o histórico da bolsa, não vejo razão para o quadro tão negro que estão pintando. Broadcast: No passado, existiram críticas quando à necessidade de a bolsa cortar gastos e ser mais eficiente. A BM&FBovespa conseguiu reverter esta visão e tem tido sucesso na redução de despesas. Qual é o próximo passo? Edemir: O controle de custos é o driver de crescimento que está sob nossas mãos, porque a receita decorrente de volume é uma questão macroeconômica, Assunto: Entrevista: Não tememos quedas nos volumes de negociação, diz presidente da BM&FBOVESPA Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros tem fatores estruturais e externos que implicam no volume. Para nós, o controle de custos é algo como um mandamento. A eficiência extraímos daí. A bolsa vem provando para o mercado, porque sempre dizem que a BM&FBovespa é um monopólio natural, que essa eficiência no controle de custos mostra que nunca fomos nem seremos um monopólio, até porque monopólios não se administram da maneira que administramos. Broadcast: Como a bolsa está avaliando os investimentos (capex) e despesas (opex) para os próximos anos? Edemir: Para os próximos anos, o capex e o opex da bolsa terão reflexos por conta da entrega dos projetos. Estamos integrando vários sistemas na BM&FBovespa. Saímos de quatro sistemas de negociação que tínhamos para um único. Vamos integrar até o ano que vem quatro clearings em uma só. Teremos vários sistemas de risco com um único risco integrado. Isso tudo vai gerar ganho de eficiência e podemos ter também um ganho de redução de despesas a partir de 2015. Essas coisas não acontecem ao mesmo momento. Elas levam tempo. Outro projeto é o data center da bolsa que vai ser entregue até o final deste ano. Vamos começar a recheá-lo a partir de janeiro do ano que vem. Quando estivermos operacionais, provavelmente em meados do ano que vem, começaremos a desativar os data centers atuais. Vejo a companhia para os próximos três, quatro anos com seu opex e capex em queda. Broadcast: No mundo inteiro tem ocorrido consolidações entre bolsas, como por exemplo as recentes fusões da Bats com a Direct Edge e da ICE com a Nyse Euronext. Há espaço, neste contexto, para a BM&FBovespa fazer alguma aquisição? Edemir: As aquisições fora do Brasil e intercontinentais não prosperaram ou por conta do regulador ou devido à autonomia do próprio mercado interno. O que prosperou são acomodações domésticas. Aquisição de bolsa fora do mercado brasileiro é muito pouco provável que ocorra. O que estamos trabalhando em todos os continentes é em parceria com as bolsas. Criar uma ponte e estabelecer roteamentos de ordem. Hoje, temos algo a mais para integrar para essas bolsas, que é uma plataforma multimercado de negociação, onde se negocia mercado à vista de ações e derivativos, tanto financeiros quanto do agronegócio. Isso já é o diferencial para contatar outras bolsas e criar acordo operacional e inserir o conjunto de sistemas que temos. Broadcast: E a melhor acomodação doméstica no Brasil não seria a compra da Cetip? Edemir: A Cetip também é uma companhia aberta e tem o nicho dela. A bolsa já decidiu estrategicamente desenvolver de forma integrada um próprio sistema de risco e vamos daqui a pouco disponibilizar todos esses produtos ao mercado, dentro da nossa companhia. O custo de desenvolvimento desses produtos para atender a clientela de mercado é muito pequeno comparado a uma eventual compra da Cetip. Não vejo, pelo menos nos próximos tempos, essa alternativa na mesa. Broadcast: E quanto à parceria com o CME Group? Assunto: Entrevista: Não tememos quedas nos volumes de negociação, diz presidente da BM&FBOVESPA Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Edemir: O CME é o nosso sócio global e internacional. A partir de agora, ou seja, da entrega da plataforma eletrônica de negociação multiativos Puma, estamos sentando com o CME Group para começar a pensar questões estratégicas para 2014, 2015 e 2016. Tanto o CME quanto a nossa bolsa podem negociar o Puma Trading System. Com o CME, a relação vai muito bem, não só na questão tecnológica, como na questão de listagem cruzada de produtos. Temos três produtos do CME listados no nosso mercado e eles têm o Ibovespa lá. Estamos trabalhando para colocar o café no mercado de Chicago. Este contrato está em fase final de estudo e não tem data específica para ser colocado na pedra. Temos 5% do capital deles e eles 5% do nosso. Broadcast: A BM&FBovespa está pronta para concorrer com novas bolsas? Edemir: Sim, está pronta. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai divulgar a nossa contribuição para a audiência pública sobre as novas regras de custódia, que é o seguinte: antes da integração não prestamos serviços para absolutamente ninguém. Se tudo correr bem com os reguladores, a gente coloca nossa clearing integrada a partir de 2015. A partir dali, estaremos prontos para prestar serviços para quem precisar, ou seja, para qualquer plataforma concorrente que se estabelecer no Brasil e precisar dos nossos serviços. Nós vamos estar prontos e temos interesse em prestar este serviço. Assunto: Ex-senador DODD disse que não havia outra saida em 2008 a não ser o TARP Data Fonte: 31/08/2013 Veículo: AGÊNCIA ESTADO Seção: Outros Integra: EX-SENADOR DODD DISSE QUE NÃO HAVIA OUTRA SAÍDA EM 2008 A NÃO SER O TARP Campos do Jordão, 31/08/2013 - O ex-senador norte-americano Christopher Dodd, um dos criadores da Lei Dodd-Frank, defendeu as decisões que foram tomadas em 2008 para contornar a crise financeira, a qual, em sua opinião, poderia ter sido evitada se os congressistas que em 2005 já haviam percebido a bolha imobiliária antes de 2007 tivessem sido ouvidos. Ele falou no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. Ele disse também que o Congresso norte-americano e o governo dos Estados Unidos tomaram a melhor decisão possível naquele momento, em 2008, citando o histórico encontro à noite na Casa Branca entre as autoridades monetárias, o governo e representantes de comitês do Congresso norte-americano, que resultou no Tarp, programa de recompra de títulos "podres" dos bancos. Dodd relatou que Ben Bernanke, presidente do Fed, em voz baixa apenas disse: "a não ser que vocês hajam nos próximos dias, todo o sistema financeiro dos Estados Unidos e de boa parte do mundo irá desaparecer". Ele observou que a reação pública foi péssima, porque os contribuintes não queriam pagar por algo que não se sentiam responsáveis, e me pediram que reescrevesse a lei que criou o Tarp duas semanas depois para recuperar a credibilidade. Para ilustrar a gravidade da situação, Dodd lembrou da frase que o ex-senador republicano Gordon Smith lhe disse, ao considerar que teria de tomar uma medida pouco popular e que lhe custou sua cadeira no Congresso. "Não sei como olhar no espelho e dizer que não votei a favor de uma lei que considero ser o caminho correto". Assunto: EXCLUSIVO: CVM inicia diálogo com Anbima sobre instrução de fundos de investimento Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: EXCLUSIVO: CVM INICIA DIÁLOGO COM ANBIMA SOBRE INSTRUÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO Campos do Jordão (SP), 31/08/2013 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está iniciando conversas com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para atualizar a instrução 409, que trata sobre a regulação e a divulgação de fundos de investimento, segundo a diretora da autarquia, Ana Novaes. Os próximos passos, conforme ela, incluem reescrever a norma, colocá-la em audiência pública e editá-la. Este é um desafio "grande" que Ana Novaes tem antes de terminar seu mandato no órgão regulador, em dezembro de 2014. "Trabalhamos com um prazo ideal. Mas não sei se é factível dada à complexidade do assunto. Essa certamente vai ser uma instrução que vai ter muitas sugestões do mercado", afirmou ela, em entrevista exclusiva ao Broadcast. A diretora da CVM lembra que a instrução 409 já tem dez anos e, por isso, a autarquia está ouvindo o mercado, gestores e players do setor de fundos para identificar pontos de melhora na regra atual. O objetivo é, conforme ela, identificar pontos a serem melhorados na instrução 409 para baixar o custo e modernizar a indústria de fundos, além de dar mais transparência. "Estamos iniciando diálogo com a Anbima para ver se eles concordam com a nossa percepção, pois, afinal o pessoal conversa com a gente e já tínhamos um grupo de vontades do mercado de pontos a serem abordados na 409", explicou ela. As questões podem ser, conforme Ana, apenas coisas pequenas e burocráticas e não muito grandes. No entanto, de acordo com a diretora da CVM, não existe nada que já tenha sido aprovado com a Anbima ou que tenha sido acordado com o colegiado do órgão regulador. Dentre os pontos possíveis e serem considerados na atualização da instrução 409, conforme Ana, estão a classificação de fundos. "Será que temos de ficar, num mundo que mudou nos últimos dez anos, com fundo de curto prazo, referenciado e renda fixa em classes diferentes?", questionou ela. A classificação dos fundos é importante, pois, de acordo com Ana, está relacionada à percepção do investidor. Paralela à iniciativa da CVM, a Anbima tem um projeto de reclassificação e redução das categorias de fundos existentes no intuito de simplificar as regras para os investidores. A diretora da CVM também comentou sobre a possibilidade de ter uma classe de investimento no exterior que não apenas para investidores superqualificados, com mais de R$ 1 milhão em investimentos, sobre o atual porcentual de investimento no exterior. Em relação ao investidor qualificado, com R$ 300 mil de investimentos, ela questionou se a definição para este público ainda é adequada uma vez que já se passaram dez anos da regra. "Estamos saindo de uma indústria que era predominantemente de títulos públicos, que ainda são muito importantes, para uma nova realidade, de queda das taxas de juros, de papéis com menos liquidez. Será que todos os fundos Assunto: EXCLUSIVO: CVM inicia diálogo com Anbima sobre instrução de fundos de investimento Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros deveriam ter cota diária ou a gente já deveria sinalizar para o investidor que aquele fundo tem uma liquidez mais restrita?", atentou ela. Sobre redução de custos, Ana disse que é preciso ser avaliada a necessidade de ainda manter toda a documentação da indústria de fundos em papel e a possibilidade de permitir uma comunicação mais eletrônica ou através do site dos bancos (bankline). Outra questão que a CVM vai tentar tratar no âmbito da atualização da 409, conforme ela, é dar mais transparência à indústria de fundos, como, por exemplo, as taxas de performance. O tamanho dos prospectos dos fundos, geralmente longos e complexos, também está em estudo pela CVM, segundo Ana, que avalia a possibilidade de reduzir custos e ao mesmo tempo dar uma informação mais relevante e cuidadosa para os investidores. "Podemos, ao invés de ter uma seção de risco pasteurizada, ter uma seção de risco um pouco mais concreta e mais inteligível", ressaltou ela. Segundo Ana, esse já é um esforço da Anbima, mas que a CVM quer "alimentar". A diretora da CVM participa do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa. Assunto: Ex-senador DODD disse que não havia outra saída em 2008 a não ser o Tarp Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: EX-SENADOR DODD DISSE QUE NÃO HAVIA OUTRA SAÍDA EM 2008 A NÃO SER O TARP Campos do Jordão, 31/08/2013 - O ex-senador norte-americano Christopher Dodd, um dos criadores da Lei Dodd-Frank, defendeu as decisões que foram tomadas em 2008 para contornar a crise financeira, a qual, em sua opinião, poderia ter sido evitada se os congressistas que em 2005 já haviam percebido a bolha imobiliária antes de 2007 tivessem sido ouvidos. Ele falou no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. Ele disse também que o Congresso norte-americano e o governo dos Estados Unidos tomaram a melhor decisão possível naquele momento, em 2008, citando o histórico encontro à noite na Casa Branca entre as autoridades monetárias, o governo e representantes de comitês do Congresso norte-americano, que resultou no Tarp, programa de recompra de títulos "podres" dos bancos. Dodd relatou que Ben Bernanke, presidente do Fed, em voz baixa apenas disse: "a não ser que vocês hajam nos próximos dias, todo o sistema financeiro dos Estados Unidos e de boa parte do mundo irá desaparecer". Ele observou que a reação pública foi péssima, porque os contribuintes não queriam pagar por algo que não se sentiam responsáveis, e me pediram que reescrevesse a lei que criou o Tarp duas semanas depois para recuperar a credibilidade. Para ilustrar a gravidade da situação, Dodd lembrou da frase que o ex-senador republicano Gordon Smith lhe disse, ao considerar que teria de tomar uma medida pouco popular e que lhe custou sua cadeira no Congresso. "Não sei como olhar no espelho e dizer que não votei a favor de uma lei que considero ser o caminho correto". Assunto: Ex-Senador dos EUA criador da Dodd-Frank, diz que lei não pode ser descartada por Congresso Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 31/08/2013 - O ex-senador norte-americano Christopher Dodd disse a legislação que leva seu nome, a lei Dodd-Frank, não irá desaparecer, como se tem dito, embora mudanças possam ocorrer. " Temos de ter cuidado com as previsões que fazemos, porque estão dizendo que o Congresso vai rejeitar a lei em seu todo, no entanto, todos entendem as consequências disso. Tomamos a melhor decisão naquele momento, acredito que possa haver mudanças na lei, mas não que seja totalmente desconsiderada e que voltemos a 2008, e o que seria precário e um grande risco", afirmou durante discurso no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado pela BM&FBOVESPA. Dodd disse que conversou com o secretário do tesouro, Jack Lew, nas últimas semanas e reguladores indicaram que a legislação será levada a diante, citando que pontos como a regulação para derivativos já estão equalizados, e que alguns aspectos da lei são difíceis de serem alinhados. Dodd afirmou acreditar que o birô de proteção ao consumidor financeiro vai sobreviver e que é necessário que os EUA possuam esse tipo de Procon financeiro para olhar produtos que possam oferecer riscos aos investidores. Dodd acrescentou que, na ocasião da criação de proposta de lei, defendeu a criação de uma regulação preventiva, que pudesse trabalhar junto com a defesa ao consumidor, mas que não conseguiu votos suficientes para isso. A cerca de duas semanas, o presidente dos EUA, Barack Obama, enfatizou que o vasto aparato de regulação dos serviços financeiros do governo norte-americano precisa acelerar o processo de implementação da lei Dodd-Frank, caso contrário, verão regulamentos importantes colocados de lado, ou até mesmo extinto. Segundo Davis-Polk, um dos muitos escritórios de advocacia que segue de perto a regulação Dodd-Frank para clientes instituições financeiras, 127 regras preconizadas da lei ainda precisam ser propostas três anos após a lei ser prevista. Outras 172 regras que foram propostas perderam seus prazos finais para decisão Cynthia Decoedt Assunto: Ex-senador dos EUA, criador da DOOD-FRANK, diz que lei não será descartada por congresso Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 31/08/2013 - O ex-senador norte-americano Christopher Dodd disse a legislação que leva seu nome, a lei Dodd-Frank, não irá desaparecer, como se tem dito, embora mudanças possam ocorrer. "Temos de ter cuidado com as previsões que fazemos, porque estão dizendo que o Congresso vai rejeitar a lei em seu todo, no entanto, todos entendem as consequências disso. Tomamos a melhor decisão naquele momento, acredito que possa haver mudanças na lei, mas não que seja totalmente desconsiderada e que voltemos a 2008, o que seria precário e um grande risco", afirmou durante discurso no 6.º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado pela BM&FBovespa. Dodd disse que conversou com o secretário do Tesouro, Jack Lew, nas últimas semanas e reguladores que indicaram que a legislação será levada adiante, citando que pontos como a regulação para derivativos já estão equalizados, e que alguns aspectos da lei são difíceis de serem alinhados. Dodd afirmou acreditar que o bureau de proteção ao consumidor financeiro vai sobreviver e que é necessário que os Estados Unidos possuam esse tipo de Procon financeiro para olhar produtos que possam oferecer risco aos investidores. Dodd acrescentou que, na ocasião da criação de proposta de lei, defendeu a criação de uma regulação preventiva, que pudesse trabalhar junto com a defesa ao consumidor, mas que não conseguiu votos suficientes para isso. Há cerca de duas semanas, o presidente dos EUA, Barack Obama enfatizou que o vasto aparato de regulação dos serviços financeiros do governo norte-americano precisa acelerar o processo de implementação da lei Dodd-Frank, caso contrário, verão regulamentos importantes colocados de lado, ou até mesmo extintos. Segundo Davis-Polk, um dos muitos escritórios de advocacia que segue de perto a regulação Dodd-Frank para clientes instituições financeiras, 127 regras preconizadas da lei ainda precisam ser propostas três anos após a lei ser prevista. Outras 172 regras que foram propostas perderam seus prazos finais para decisões. Assunto: GUSTAVO FRANCO: Daqui para a eleição, período é de crescente volatilidade Data Fonte: 31/08/2013 Veículo: AGÊNCIA ESTADO Seção: Outros Integra: GUSTAVO FRANCO: DAQUI PARA A ELEIÇÃO, PERÍODO É DE CRESCENTE VOLATILIDADE Campos do Jordão, 31/8/2013 - O ex-presidente do Banco Central e presidente do Conselho de Administração da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, traçou, há pouco, um cenário tenso e turbulento para a economia brasileira até as eleições de 2014, com volatilidade cambial e desconfiança do mercado financeiro sobre a macroeconomia do País. "Daqui para a eleição é período de crescente volatilidade. E nas duas direções, não apenas em uma, como o governo pensa", afirmou ele, após palestra no 6.º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado pela BM&FBovespa, em Campos do Jordão (SP). Para ele, fatores internos, como os números fiscais ruins, os protestos e a turbulência política, bem como a realização da Copa do Mundo em 2014, são os principais geradores da volatilidade. Uma parte menor viria do mercado internacional, com o possível fim da injeção de estímulos monetários nos Estados Unidos e a própria tensão de um ataque norte-americano à Síria. Franco afirmou que falta clareza sobre o que o governo, o Banco Central e as autoridades brasileiras querem em relação ao câmbio e evitou defender abertamente o uso das reservas cambiais no mercado de dólar à vista. O ex-presidente do BC avaliou, no entanto, que uma das tensões do mercado é justamente a falta de ações no mercado pronto de dólar. "Não tenho como avaliar (venda de reservas) e quem está na cabine de comando avalia o armamento que pode utilizar. Mas temos quantidade enorme de reservas e o mercado pergunta por que tanta hesitação em usá-las." "Claro que o impacto no câmbio pronto é maior que venda de swap, quando o comprador só desembolsa 15%. Se vende no câmbio pronto, é o valor inteiro", explicou Franco. "Se o problema for volatilidade cambial, o instrumento certo seria fazer o que o México faz, trabalhando com opções de câmbio e não com swaps", opinou o ex-presidente do BC. Franco tratou com ironia o termo "guerra cambial" utilizado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para justificar o fato de, no passado, o dólar cair a R$ 1,65. "A história da guerra cambial foi sucesso de público e não de critica", disse. "Assim como agora não fica bem às pessoas que zelam pelo poder de compra da moeda brasileira festejarem a perda de compra como uma vitória. É uma pequena impropriedade", completou. Segundo o ex-presidente do BC, a desconfiança sobre a macroeconomia cresce diante das opiniões dúbias do governo. "É muito arriscado dizer que ultrapassamos a turbulência. A insegurança sobre a macroeconomia brasileira se estabeleceu e há uma hipersensibilidade no mercado", afirmou. Franco considerou ainda que a alta de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2013 foi surpreendente e leva o mercado a reavaliar as estimativas de crescimento da atividade econômica neste ano. "O numero é bem vindo, surpreende diante dos indicadores que vieram antes e talvez a previsão do PIB fique mais para acima dos 2%, quando antes estava abaixo. É boa notícia, mas ainda será um PIB magrinho", concluiu. Assunto: GUSTAVO FRANCO: Fundos imobiliários apresentam crescimento espetacular, mas ainda são pequenos Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: GUSTAVO FRANCO: FUNDOS IMOBILIÁRIOS APRESENTAM CRESCIMENTO ESPETACULAR, MAS AINDA SÃO PEQUENOS Campos do Jordão, 31/08/2013 - Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) alcançaram crescimento espetacular nos últimos anos, mais ainda são pequenos quando comparados a outras opções de investimento, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco. Esses veículos têm, conforme ele, cerca de R$ 30 bilhões de valor de mercado, patrimônio líquido de R$ 28,4 bilhões, 104 mil cotistas e 107 fundos listados na BM&FBovespa, sendo que metade integra o índice da Bolsa (IFIX) que congrega os de maior liquidez do mercado. "De 2005 para 2012, a valorização média dos fundos imobiliários foi de 27% ao ano. É um espetáculo", observou Franco, acrescentando que os 27% são a soma da valorização da cota mais os dividendos pagos e a valorização também guarda alguma relação de arbitragem com a Selic. A indústria de fundos imobiliários enfrentou seu primeiro desafio relevante com a mudança recente de patamar da taxa de juros e o fluxo de novas ofertas pode continuar paralisado até que haja um "desenlace" do ciclo de alta do juro básico, disse Franco. "Havia uma curiosidade para essa indústria, já com certo tamanho, sobre como reagiria o investidor à queda no valor das cotas e aparentemente as pessoas estão calmas", disse. Ele acrescentou que o efeito visto foi no fluxo de novas ofertas, onde houve certa dificuldade e interrupção nas novas ofertas nos últimos três a quatro meses. "Mas há muita demanda e certamente as vendas devem retomar o ritmo anterior", acrescentou. No contexto geral da renda fixa, as emissões primárias de Fundos de Investimento Imobiliário são pequenas. No entanto, Franco observou que fato de já agregar números comparáveis às ações small caps é louvável. Ele mostrou que há 101 entidades listadas, somando valor de mercado de aproximadamente R$ 32 bilhões e um giro que representa uma participação de mercado de 33%. Os FIIs têm um giro que representa uma participação de mercado de 32%. Franco disse ainda que os imóveis comerciais representam 40% da indústria de FIIs, seguidos pelos bancos (14%), os fundos diversificados, que carregam Certificados de Recebíveis Imobilários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), shoppings (7%) e outros (7%). A popularização dos fundos imobiliários, segundo Franco, enfrentou dificuldades como aculturamento dos investidores e questões tributárias, mas agora está alcançando nível "espetacular". Este processo foi trabalhoso e inclui, de acordo com ele, mercados reguladores e adaptações que envolvem vários capítulos para acontecer. "As ofertas públicas de fundos imobiliários começam a pipocar e isso traz desafios", avaliou ele. O regime tributário, na visão do especialista, foi o grande impulsionador para trazer os investidores pessoas físicas para os fundos imobiliários. No Assunto: GUSTAVO FRANCO: Fundos imobiliários apresentam crescimento espetacular, mas ainda são pequenos Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros entanto, Franco destacou que os estrangeiro ainda são meio "mal tratados" neste ponto e recomendou que esses investidores sejam tratados com mais generosidade em relação à incidência de imposto. Ele acrescentou ainda que não vê a possibilidade de alguma mudança em relação à isenção tributária para pessoas físicas, uma vez que essa vantagem também existe em outros lugares do mundo como, por exemplo, nos Estados Unidos. Embora pareça que o Brasil corre risco de sofrer com o estouro de uma possível bolha imobiliária, o especialista não acredita nesta tese. Franco disse que há fenômenos chineses ocorrendo no mercado imobiliário local afora em meio à efervescência da demanda imóveis que, em sua opinião, é permanente. Franco participou na manhã deste sábado do 6º. Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado pela BM&FBovespa. Assunto: GUSTAVO FRANCO: Fundos imobiliários apresentam crescimento espetacular, mas ainda são pequenos Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: GUSTAVO FRANCO: FUNDOS IMOBILIÁRIOS APRESENTAM CRESCIMENTO ESPETACULAR, MAS AINDA SÃO PEQUENOS Campos do Jordão, 31/08/2013 - Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) alcançaram crescimento espetacular nos últimos anos, mais ainda são pequenos quando comparados a outras opções de investimento, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco. Esses veículos têm, conforme ele, cerca de R$ 30 bilhões de valor de mercado, patrimônio líquido de R$ 28,4 bilhões, 104 mil cotistas e 107 fundos listados na BM&FBovespa, sendo que metade integra o índice da Bolsa (IFIX) que congrega os de maior liquidez do mercado. "De 2005 para 2012, a valorização média dos fundos imobiliários foi de 27% ao ano. É um espetáculo", observou Franco, acrescentando que os 27% são a soma da valorização da cota mais os dividendos pagos e a valorização também guarda alguma relação de arbitragem com a Selic. A indústria de fundos imobiliários enfrentou seu primeiro desafio relevante com a mudança recente de patamar da taxa de juros e o fluxo de novas ofertas pode continuar paralisado até que haja um "desenlace" do ciclo de alta do juro básico, disse Franco. "Havia uma curiosidade para essa indústria, já com certo tamanho, sobre como reagiria o investidor à queda no valor das cotas e aparentemente as pessoas estão calmas", disse. Ele acrescentou que o efeito visto foi no fluxo de novas ofertas, onde houve certa dificuldade e interrupção nas novas ofertas nos últimos três a quatro meses. "Mas há muita demanda e certamente as vendas devem retomar o ritmo anterior", acrescentou. No contexto geral da renda fixa, as emissões primárias de Fundos de Investimento Imobiliário são pequenas. No entanto, Franco observou que fato de já agregar números comparáveis às ações small caps é louvável. Ele mostrou que há 101 entidades listadas, somando valor de mercado de aproximadamente R$ 32 bilhões e um giro que representa uma participação de mercado de 33%. Os FIIs têm um giro que representa uma participação de mercado de 32%. Franco disse ainda que os imóveis comerciais representam 40% da indústria de FIIs, seguidos pelos bancos (14%), os fundos diversificados, que carregam Certificados de Recebíveis Imobilários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), shoppings (7%) e outros (7%). A popularização dos fundos imobiliários, segundo Franco, enfrentou dificuldades como aculturamento dos investidores e questões tributárias, mas agora está alcançando nível "espetacular". Este processo foi trabalhoso e inclui, de acordo com ele, mercados reguladores e adaptações que envolvem vários capítulos para acontecer. "As ofertas públicas de fundos imobiliários começam a pipocar e isso traz desafios", avaliou ele. O regime tributário, na visão do especialista, foi o grande impulsionador para trazer os investidores pessoas físicas para os fundos imobiliários. No Assunto: GUSTAVO FRANCO: Fundos imobiliários apresentam crescimento espetacular, mas ainda são pequenos Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros entanto, Franco destacou que os estrangeiro ainda são meio "mal tratados" neste ponto e recomendou que esses investidores sejam tratados com mais generosidade em relação à incidência de imposto. Ele acrescentou ainda que não vê a possibilidade de alguma mudança em relação à isenção tributária para pessoas físicas, uma vez que essa vantagem também existe em outros lugares do mundo como, por exemplo, nos Estados Unidos. Embora pareça que o Brasil corre risco de sofrer com o estouro de uma possível bolha imobiliária, o especialista não acredita nesta tese. Franco disse que há fenômenos chineses ocorrendo no mercado imobiliário local afora em meio à efervescência da demanda imóveis que, em sua opinião, é permanente. Franco participou na manhã deste sábado do 6º. Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado pela BM&FBovespa. Assunto: Indústria de fundos precisa evoluir no diálogo com mercado imobiliário, diz Gustavo Franco Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: INDÚSTRIA DE FUNDOS PRECISA EVOLUIR NO DIÁLOGO COM MERCADO IMOBILIÁRIO, DIZ GUSTAVO FRANCO Campos do Jordão, 31/08/2013 - O presidente do Conselho de Administração da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, citou como desafios aos participantes da indústria de fundos imobiliários (FIIs) o diálogo com o mercado imobiliário em meio à tensão existente entre a venda de imóveis por parte dos corretores e a comercialização de cotas por parte dos agentes autônomos. "Vamos imaginar formas cooperativas de trabalho ou vai permanecer essa muralha chinesa? Os dois mundos terão de se falar de algum jeito", avaliou ele. Franco também citou a complexidade do material de divulgação dos fundos imobiliários, no qual um prospecto chega a ter 1,2 mil páginas, enquanto o material publicitário é vago. Segundo ele, não é possível tratar esses veículos como uma empresa de capital aberto uma vez que essa estratégia frustra o propósito do órgão regulador do mercado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de informar os investidores de maneira clara e transparente. Para o especialista, o material dos FIIs é inadequado e pesado e é necessário que o mesmo seja mais simples tal como os fundos da instrução 409 (que carregam em sua maioria títulos públicos). Ele acrescentou ainda desafios quanto à governança corporativa dos fundos, tratamento dos cotistas de diferentes gerações e questões de fusão e incorporação. "Há muitos fundos que tratam namoro que daqui a pouco pode virar em casamento. Mas este ainda é um assunto complexo. Temos de pensar num jeito mais interessante deliberar sobre fusão, cessão entre fundos, para que eles possam mais rapidamente aumentar de tamanho", concluiu Franco, que palestrou no 6.º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. Assunto: Indústria de fundos precisa evoluir no diálogo com o mercado, diz Gustavo Franco Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 31/08/2013 - O presidente do Conselho de Administração da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, citou como desafios aos participantes da indústria de fundos imobiliários (FIIs) o diálogo com o mercado imobiliário em meio à tensão existente entre a venda de imóveis por parte dos corretores e a comercialização de cotas por parte dos agentes autônomos. "Vamos imaginar formas cooperativas de trabalho ou vai permanecer essa muralha chinesa? Os dois mundos terão de se falar de algum jeito", avaliou ele. Franco também citou a complexidade do material de divulgação dos fundos imobiliários, no qual um prospecto chega a ter 1,2 mil páginas, enquanto o material publicitário é vago. Segundo ele, não é possível tratar esses veículos como uma empresa de capital aberto uma vez que essa estratégia frustra o propósito do órgão regulador do mercado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de informar os investidores de maneira clara e transparente. Para o especialista, o material dos FIIs é inadequado e pesado e é necessário que o mesmo seja mais simples tal como os fundos da instrução 409 (que carregam em sua maioria títulos públicos). Ele acrescentou ainda desafios quanto à governança corporativa dos fundos, tratamento dos cotistas de diferentes gerações e questões de fusão e incorporação. "Há muitos fundos que tratam namoro que daqui a pouco pode virar em casamento. Mas este ainda é um assunto complexo. Temos de pensar num jeito mais interessante deliberar sobre fusão, cessão entre fundos, para que eles possam mais rapidamente aumentar de tamanho", concluiu Franco, que palestrou no 6.º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. Assunto: Jim Rogers afirma que enquanto dilma governar o brasil, não investirá Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: JIM ROGERS AFIRMA QUE ENQUANTO DILMA GOVERNAR O BRASIL, NÃO INVESTIRÁ Campos do Jordão (SP), 31/08/2013 - O investidor Jim Rogers afirmou que enquanto a presidente Dilma Rousseff estiver dirigindo o Brasil, não voltará a investir no País. "Essa senhora adotou várias políticas que eu considero que são erradas, como cobrar tarifas sobre produtos fabricados por parceiros comerciais importantes, como China e Coreia do Sul", disse. "Em função das decisões do atual governo, o Brasil lamentavelmente está perdendo o benefício de aproveitar o boom internacional das commodities", destacou. "Meus investimentos relativos ao País estão relacionados basicamente ao mercado de açúcar e de café", disse. "Hoje o preço do açúcar está 75% abaixo do sua maior marca histórica registrada em 1974", ponderou. Além disso, os estoques de commodities estão baixos em todo mundo, e isto não é só para as agrícolas, mas vale também para o petróleo", disse. Rogers ressaltou que caso a presidente Dilma seja reeleita no ano que vem poderia voltar a investir no Brasil, "desde que fossem mudadas diretrizes de suas políticas", destacou. "É preciso dar plena conversibilidade ao Real, abrir o País para o comércio exterior e para o fluxo de capitais internacionais", afirmou. "Contudo, o governo atual adotou decisões que vão na direção contrária, especialmente impostos que fechavam o Brasil para o ingresso de capitais estrangeiros", disse, referindo-se ao IOF instituído para recursos que vinham ao País para renda fixa, que já abolido recentemente pelo Poder Executivo. Rogers, contudo, informou que também não está investindo em vários países da América Latina. Ele citou o caso da Colômbia, "que vive há 30 anos com guerrilha", e também está distante do México e do Equador. "A Venezuela é um desastre. Mas como a situação do País é ruim há muitos anos, pode ser que aumentam as chances de que ocorra alguma mudança para melhor no curto prazo", disse. Ele elogiou o desempenho do Peru e do Chile, mas não afirmou se aplica recursos nessas nações. Ele também apontou que tem avaliações negativas sobre outros países emergentes, como Índia, Indonésia e Turquia. Cidadão americano que reside em Cingapura, um dos principais paraísos fiscais da Ásia, Jim Rogers apontou que o continente tem grandes oportunidades. Além da China, ele apontou que há grandes perspectivas para investimentos em Mianmar e na Coreia do Norte. Em relação a este país, ele ressaltou que o atual presidente foi educado na Suíça, enquanto os generais que lhe dão sustentação no poder foram para a Rússia e China quando eram tenentes e puderam observar as transformações que esses dois países vem registrando há algumas décadas. Perguntado se tinha alguma preferência especial em nações onde o regime de governo é ditatorial, Jim Rogers negou que isso ocorra. "Não, não. Eu faço negócios também em democracias. Tenho investimentos nos EUA e outros países livres", destacou. Ele fez os comentários durante sua participação no 6º Assunto: Jim Rogers afirma que enquanto dilma governar o brasil, não investirá Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&F Bovespa em Campos do Jordão. Assunto: JIM ROGERS: Dólar perderá lugar como principal moeda do mundo em dez anos Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: JIM ROGERS: DÓLAR PERDERÁ LUGAR COMO PRINCIPAL MOEDA DO MUNDO EM DEZ ANOS Campos do Jordão (SP), 31/08/2013 - O megainvestidor Jim Rogers afirmou que em dez anos o dólar perderá o lugar como a principal moeda do mundo. Ele, no entanto, não deu indicações claras sobre como deverá ficar o padrão monetário internacional caso a sua previsão se concretize. "O euro tem problemas, mas eu acredito que o euro tem ainda alguns anos de vida", destacou. "Posso afirmar que o século 21 é o da China", apontou. "Os EUA enfrentam recessões graves em ciclos que ocorrem mais ou menos a cada cinco anos desde que se tornou uma república", apontou. "Se o dólar resistir o processo de baixa da economia, muito provavelmente não deverá suportar o seguinte, que pode ocorrer entre 2020 e 2022", disse. Rogers tem uma avaliação pessimista sobre a força de recuperação da economia mundial nesta década, sobretudo porque o intenso expansionismo inflacionário dos países avançados vai basicamente engendrar um intenso processo inflacionário. "Ben Bernanke só sabe imprimir dinheiro. E as autoridades nos EUA dizem que não há inflação, mas estão mentindo", disse. "O Japão diz que vai imprimir dinheiro. O Banco Central Europeu também destaca que vai imprimir dinheiro e a Inglaterra faz o mesmo", destacou. "Então, estas quatro grandes forças decidiram colocar quantidades imensas de capitais ao mesmo tempo", ponderou. "Devido a esse cenário, eu não invisto hoje no mercado de ações", disse Rogers. "Mas sou otimista com as commodities agrícolas. Meu conselho para as pessoas é que comprem uma fazenda e aprendam chinês", destacou. Ele fez os comentários durante sua participação no sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&F Bovespa em Campos do Jordão. Assunto: Mendes/BC: estamos satisfeitos com reação dos mercados ao anúncio dos leilões de Swap cambial Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: MENDES/BC: ESTAMOS SATISFEITOS COM REAÇÃO DOS MERCADOS AO ANÚNCIO DOS LEILÕES DE SWAP CAMBIAL Campos do Jordão, 31/08/2013 - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmou hoje que a autoridade está "muito satisfeita" com a reação dos mercados ao programa de leilões de swap cambial anunciado na semana passada. "A previsibilidade foi o elemento que nós acrescentamos com esse programa", afirmou ele em entrevista, durante o 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado pela BM&FBovespa em Campos do Jordão (São Paulo). Questionado sobre os motivos para o BC ter esperado meses antes de anunciar o programa de US$ 60 bilhões, ele disse que havia um momento ideal para realizar os leilões sem colocar os resultados em risco. "Algumas pessoas poderiam argumentar que a previsibilidade é algo com que os mercados se acostumam, e então a ação do Banco Central se tornaria ineficiente. Nós percebemos que essa era a hora certa, ao ouvir o mercado", explicou. Segundo Mendes, com mais previsibilidade haverá opções de hedge para todos os investidores no Brasil que possam precisar. Ele se recusou a comentar, entretanto, por quê o Banco Central ainda não decidiu intervir diretamente no mercado de câmbio à vista, usando parte dos US$ 375 bilhões em reservas internacionais. Segundo alguns analistas, essa seria uma opção mais eficiente para tentar suavizar a tendência de depreciação do real. Fonte: Dow Jones Newswires. (Álvaro Campos - [email protected]) Assunto: O'NEILL defende aperto das contas públicas e critica gestão fiscal no Brasil Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: O'NEILL DEFENDE APERTO DAS CONTAS PÚBLICAS E CRITICA GESTÃO FISCAL NO BRASIL Campos do Jordão, 30/09/2013 - O aperto das contas públicas, com menor concessão de créditos pelo governo federal, é uma das principais medidas que o Poder Executivo pode adotar para permitir que o Banco Central reduza os juros nominais e reais, o que vai elevar o aumento dos investimentos, comentou Jim O'Neill, ex-presidente da Goldman Sachs Asset Management. "Isso permitiria um processo de maior participação do setor privado na economia", afirmou. "Talvez essa redução de créditos públicos pudesse ter começado com maior rapidez depois da crise de 2009", acrescentou. "A redução dos juros também é importante para não permitir a valorização do real no futuro", ressaltou. O'Neill disse que fica intrigado com o porquê de os juros no Brasil serem tão altos. A Selic (taxa básica de juros da economia) está em 9,00% ao ano e juro real ex-ante está em 3,87%, nível distante da marca negativa registrada em economias avançadas,como os EUA, a zona do euro, o Reino Unido e o Japão. Mas o próprio O'Neill dá a resposta à questão, ao avaliar que a gestão fiscal do País peca por não viabilizar o aumento dos investimentos públicos, o que é essencial para elevar a Formação Bruta de Capital Fixo do setor privado. De acordo com o IBGE, os investimentos atingiram o equivalente a 18,6% do PIB no segundo trimestre. O economista, criador do acrônimo Bric, destaca que há um certo exagero de pessimismo entre muitos economistas sobre as perspectivas do Brasil nos próximos trimestres. "Com os dados do PIB que saíram hoje, mostrando uma alta de 3,3% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, é possível pensar que o País vai crescer 2,5% neste ano, sem fazer nada de especial", disse. De acordo com O'Neill, o câmbio próximo a R$ 2,40 é um fator positivo para a economia, pois corrige uma distorção que existia há alguns anos, que era a sobrevalorização. E isso colaborou para deprimir a indústria e causou impactos sobre as exportações do País nos últimos anos, embora o vigor do comércio internacional tenha diminuído muito com a recessão de 2008 e a desaceleração da China. Mas como o Brasil deve lidar com o câmbio a R$ 2,40, sem que isso provoque efeitos fortes de alta da inflação? O´Neill destaca que se no curto prazo os preços gerais da economia sobem, compete ao Banco Central agir para contê-los. "O que, aliás, já está fazendo muito bem", disse. "Então, posso dizer que está 1 a 0 para a política econômica ante a fiscal", disse. No longo prazo, o economista inglês defende que o Brasil e os demais membros dos Brics fortaleçam as transações comerciais e de mercado de capitais entre si. "As economias dos Brics, somadas, estarão tão grandes quanto a dos EUA no final de 2015, ou antes", disse. "Portanto, é importante aumentar as relações entre seus membros para não reduzir os impactos dos fluxos internacionais de capitais sobre suas moedas", acrescentou. "A Assunto: O'NEILL defende aperto das contas públicas e critica gestão fiscal no Brasil Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) criação de um banco de desenvolvimento dos Brics é uma ótima iniciativa nesse sentido e que terá um papel muito importante", ponderou. Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Assunto: SHILLER/YALE: Suspeito que há uma bolha imobiliária no Brasil - TESTE TI Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: SHILLER/YALE: SUSPEITO QUE HÁ UMA BOLHA IMOBILIÁRIA NO BRASIL Campos do Jordão (SP), 31/08/2013 - O professor da Universidade de Yale, Robert Shiller, suspeita que haja "uma bolha imobiliária no Brasil". Segundo ele, essa avaliação se baseia no fato de que os preços de imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro quase dobraram em cinco anos. "Se estivéssemos num mundo de expectativas racionais, esses preços subiriam e desceriam, mas eles somente sobem aqui", afirmou. "Mas os preços de imóveis no Brasil lembram o que ocorreu no Japão nos anos 1980", destacou, referindo-se à bolha imobiliária surgida no país asiático há 30 anos. Contudo, ele destacou que a alta dos preços de imóveis estão ocorrendo em outros países emergentes, entre eles China. Ele fez os comentários em palestra no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&F Bovespa. Assunto: Shiller: SP e Rio são casos mais vulneráveis para bolha de imóveis, devido à demanda Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: SHILLER: SP E RIO SÃO CASOS MAIS VULNERÁVEIS PARA BOLHA DE IMÓVEIS, DEVIDO À DEMANDA Campos do Jordão - O professor da Universidade de Yale, Robert Shiller, afirmou neste sábado que São Paulo e Rio de Janeiro são "casos mais vulneráveis" para que ocorra uma bolha de imóveis no Brasil. Segundo ele, de 2008 a 2013, os preços destes ativos dobraram, de acordo com dados da Fipe. Isso ocorreria porque são as cidades com maior demanda do País, são grandes centros econômicos e é onde "as celebridades procuram morar". Ele ressaltou que os preços dos imóveis em outras regiões do País devem ter registrado avanços menores do que aquelas duas capitais. Shiller ressaltou que não tem evidências objetivas sobre a sua avaliação. "Eu posso estar errado",ressaltou. "Mas eu tenho o dever de alertar. É uma decisão ética que pode parecer difícil", disse. "Mas há interesses de muitas pessoas em não admitir que há uma suspeita de bolha de imóveis no Brasil", destacou. "Porém, em 2005, quando chamei a atenção que havia o risco de estouro de uma bolha de imóveis nos EUA também recebi comentários bravos em relação ao que falei", ponderou. De acordo com o acadêmico, além de chamar a atenção das autoridades governamentais com o seu comentário, o Poder Executivo pode atuar para evitar que ocorra uma bolha de imóveis no Brasil. "Uma delas é remover barreiras para os financiamentos", afirmou. "Outra questão é uma postura mais conservadora para que os financiamentos sejam concedidos somente às pessoas que têm condições de arcar com tais despesas para a compra de uma casa", disse. Ele fez os comentários após palestra realizada no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&F Bovespa. (Ricardo Leopoldo - enviado especial - [email protected]) Assunto: Tombini fala em colchão de liquidez, mas se recusa a comentar sobre venda de dólar à vista Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: TOMBINI FALA EM COLCHÃO DE LIQUIDEZ, MAS SE RECUSA A COMENTAR SOBRE VENDA DE DÓLAR À VISTA Campos do Jordão (SP), 31/8/2013 - Apesar de citar que as reservas internacionais ultrapassam US$ 370 bilhões e que esse "colchão" garantirá, "se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado", o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, evitou comentar se a autoridade monetária irá atuar no mercado à vista de dólar. Após o encerramento do discurso no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP), Tombini ficou calado ao ser indagado por jornalistas se o governo irá vender dólares no mercado à vista. Em seguida, o presidente do BC foi retirado do local do evento pelos assessores. (Gustavo Porto - [email protected] e Ricardo Leopoldo - [email protected], enviados especiais) Assunto: Tombini: Brasil está preparado para enfrentar volatilidade Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: TOMBINI: BRASIL ESTÁ PREPARADO PARA ENFRENTAR VOLATILIDADE Campos do Jordão (SP), 31/08/2013 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou há pouco que o "Brasil está preparado para enfrentar a volatilidade" que ocorre atualmente no mercado financeiro internacional. "O sistema financeiro está sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões", destacou. "O Banco Central adotará providências necessárias para assegurar a estabilidade do sistema financeiro", comentou. "E também a estabilidade da economia e o bom funcionamento dos mercados". Ele fez os comentários durante palestra de encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais da BMF& Bovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais [email protected] [email protected]) Assunto: Tombini: No Brasil, princípio da estabilidade financeira se faz presente há mais Data Fonte: 31/08/2013 tempo Seção: Outros Veículo: AGÊNCIA ESTADO Integra: TOMBINI: NO BRASIL, PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE FINANCEIRA SE FAZ PRESENTE HÁ MAIS TEMPO Campos do Jordão, 31/8/2013 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou, há pouco, no discurso de encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que no Brasil, por influência dos períodos de turbulência observados nas décadas de 1980 e 1990, "o princípio da estabilidade financeira faz-se presente, há mais tempo, nas ações, nas políticas e no modus operandi da nossa supervisão". Segundo ele, o BC tem como "uma de suas missões institucionais assegurar a estabilidade financeira e o bom funcionamento do nosso sistema". Para o presidente do BC, o princípio da estabilidade financeira foi fortalecido pela autoridade monetária em todas as medidas, ações e políticas, no campo da administração, da regulação, da organização do sistema financeiro e das operações com o mercado. "Instituímos, aperfeiçoamos e fortalecemos os fóruns de coordenação no âmbito do próprio Banco Central e de supervisores nacionais, bem como ampliamos e intensificamos a nossa representação nos fóruns internacionais". Segundo ele, essas ações propiciam "uma visão mais abrangente dos mercados e dos segmentos que compõe o sistema financeiro, nacional e internacional, o que contribui para a adoção de ações e políticas para a manutenção e o fortalecimento da estabilidade financeira no País." Tombini lembrou ainda a constituição do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), fórum que contribui de forma decisiva para a formulação de políticas e a implantação de ações que visam mitigar potenciais riscos ao sistema. "No contexto nacional, intensificamos o intercâmbio de informações e a coordenação de ações e de políticas com os demais supervisores financeiros. No contexto internacional, ampliamos e fortalecemos também a nossa coordenação com os supervisores de outros países, intensificando nossa representação nos fóruns internacionais, como o FSB e o Comitê de Basileia, e o intercâmbio bilateral com países em que estão presentes instituições financeiras brasileiras ou cujas instituições estão presentes em nosso mercado", completou. (Gustavo Porto [email protected] e Ricardo Leopoldo - [email protected]) Assunto: Tombini: Observamos recomposição da natureza dos ingressos de recursos estrangeiros Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: TOMBINI: OBSERVAMOS RECOMPOSIÇÃO DA NATUREZA DOS INGRESSOS DE RECURSOS ESTRANGEIROS Campos do Jordão (SP), 31/08/2013 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou há pouco que a economia brasileira está sólida e que "observamos recomposição da natureza dos ingressos de recursos estrangeiros" no País. "Houve aumento do capital externo de mais longo prazo e a moderação dos de curto prazo", disse. De acordo com o presidente do BC, a recomposição do capital externo tem sido importante nesta conjuntura de maior volatilidade. "Observamos fluxo positivo tanto de investimento direto quanto de portfólio", disse. "Não obstante, é importante ressaltar que eventuais saídas pontuais são naturais", destacou. Ele fez os comentários durante palestra de encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais da BMF& Bovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] - [email protected]) Assunto: Tombini: Preocupação com a estabilidade financeira sempre foi até certo ponto Data Fonte: 31/08/2013 cíclica Seção: Outros Veículo: AGÊNCIA ESTADO Integra: TOMBINI: PREOCUPAÇÃO COM A ESTABILIDADE FINANCEIRA SEMPRE FOI ATÉ CERTO PONTO CÍCLICA Campos do Jordão, 31/08/2013 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que "a preocupação com a estabilidade financeira" antes da crise de 2008 "foi até certo ponto cíclica." "A estabilidade financeira, de uma forma ou de outra, sempre esteve no radar dos supervisores. Mas, no passado, era outra a dimensão. Muito mais restrita e com um rol de instrumentos bem mais limitado", disse. "Além disso, a preocupação com a estabilidade financeira sempre foi cíclica. Nos períodos de calmaria dos mercados, como o observado durante a grande moderação, era relegada a segundo plano", ponderou Tombini. "Questões relacionadas à saúde dos bancos, à assunção de riscos pelos agentes, à dinâmica dos mercados de crédito e de capitais, à evolução dos preços dos principais ativos da economia e aos fluxos de capitais eram tratadas de forma não sistêmica", disse. Segundo o presidente do Banco Central, a regulação financeira era centrada essencialmente em regras microprudenciais, baseadas no pressuposto de que a solvência das instituições financeiras individualmente asseguraria a estabilidade de todo o sistema financeiro. "A crise internacional de 2008 impôs uma nova realidade às preocupações coma estabilidade financeira", disse. Ele fez os comentários durante palestra de encerramento do sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais da BMF& Bovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] - [email protected]) Assunto: Tombini: Trabalho árduo nos últimos anos resultou em sistema financeiro sólido e eficiente Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: TOMBINI: TRABALHO ÁRDUO NOS ÚLTIMOS ANOS RESULTOU EM SISTEMA FINANCEIRO SÓLIDO E EFICIENTE Campos do Jordão (SP), 31/08/2013 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou há pouco que "o trabalho árduo" realizado por "supervisores e mercado" resultou em um sistema financeiro mais sólido e eficiente. "Mas nossa agenda de trabalho apenas se renova", ponderou. "Temos importantes iniciativas em curso, como: as ações no âmbito do Programa Otimiza BC, que visam reduzir custos administrativos, operacionais e processuais e consolidar um novo modelo de governança para a racionalização do fluxo de informações entre o Banco Central e o Sistema Financeiro", disse. O presidente do BC também ressaltou o projeto de revisão do arcabouço regulatório referente ao segmento não bancário de intermediação, "para promover ambiente de negócios mais equilibrado, com menores custos operacionais e com potencial para o desenvolvimento de novas atividades compatíveis com as transformações observadas pelo mercado de capitais" nos últimos anos. Ele também destacou o Certificado de Operações Estruturadas (COE), "que dará maior transparência e segurança jurídica e operacional às operações estruturadas de captação". O presidente do BC também disse que a autoridade monetária está acompanhando de perto também o projeto da BM&FBovespa de integração de suas clearings de ações, derivativos, ativos e câmbio. "É um projeto audacioso e complexo, à altura do moderno e eficiente Sistema de Pagamentos Brasileiro." Ele fez os comentários durante palestra de encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais da BMF& Bovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] e [email protected]) Assunto: CVM quer estabelecer novas regras para classificação de fundos de investimento Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Integra: CVM QUER ESTABELECER NOVAS REGRAS PARA CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO Campos do Jordão (SP), 01/09/2013 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está iniciando conversas com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para atualizar a instrução 409, que trata sobre a regulação e a divulgação de fundos de investimento, segundo a diretora da autarquia, Ana Novaes. Os próximos passos, conforme ela, incluem reescrever a norma, colocá-la em audiência pública e editá-la. Este é um desafio "grande" que Ana Novaes tem antes de terminar seu mandato no órgão regulador, em dezembro de 2014. "Trabalhamos com um prazo ideal. Mas não sei se é factível, dada a complexidade do assunto. Essa certamente vai ser uma instrução que vai ter muitas sugestões do mercado", afirmou ela em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. A diretora da CVM lembrou que a instrução 409 já tem dez anos e, por isso, a autarquia está ouvindo o mercado, gestores e players do setor de fundos para identificar pontos considerados falhos na regra atual. O objetivo é, segundo ela, identificar pontos a serem melhorados na instrução 409 para baixar o custo e modernizar a indústria de fundos, além de dar mais transparência. "Estamos iniciando diálogo com a Anbima para ver se eles concordam com a nossa percepção pois, afinal, o pessoal conversa com a gente e já tínhamos um grupo de vontades do mercado de pontos a serem abordados na 409", explicou ela. As questões podem ser, segundo Ana, apenas coisas pequenas e burocráticas. No entanto, segundo ela, não existe nada que já tenha sido aprovado com a Anbima ou que tenha sido acordado com o colegiado do órgão regulador. Categorias. Dentre os pontos possíveis a serem considerados na atualização estão a classificação de fundos. "Será que temos de ficar, num mundo que Assunto: CVM quer estabelecer novas regras para classificação de fundos de investimento Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros mudou nos últimos dez anos, com fundo de curto prazo, referenciado e renda fixa em classes diferentes?", questionou ela. A classificação dos fundos é importante pois, de acordo com Ana, está relacionada à percepção do investidor. Paralela à iniciativa da CVM, a Anbima tem um projeto de reclassificação e redução das categorias de fundos existentes no intuito de simplificar as regras para os investidores. A diretora da CVM também comentou sobre a possibilidade de ter uma classe de investimento no exterior não apenas para investidores superqualificados com mais de R$ 1 milhão em investimentos. Em relação ao investidor qualificado, com R$ 300 mil de investimentos, ela questionou se a definição para este público ainda é adequada, uma vez que já se passaram dez anos da regra. "Estamos saindo de uma indústria que era predominantemente de títulos públicos, que ainda são muito importantes, para uma nova realidade, de queda das taxas de juros, de papéis com menos liquidez. Será que todos os fundos deveriam ter cota diária ou a gente já deveria sinalizar para o investidor que aquele fundo tem uma liquidez mais restrita?", atentou. Sobre redução de custos, Ana disse que é preciso avaliar a necessidade de ainda manter toda a documentação da indústria de fundos em papel e a possibilidade de permitir uma comunicação mais eletrônica ou por meio do site dos bancos. Outra questão que a CVM vai tentar tratar no âmbito da atualização da 409, segundo ela, é dar mais transparência à indústria de fundos, como, por exemplo, as taxas de performance. O tamanho dos prospectos dos fundos, geralmente longos e complexos, também está em estudo pela CVM, segundo a diretora, que avalia a possibilidade de reduzir custos e ao mesmo tempo dar uma informação mais relevante e cuidadosa para os investidores. "Podemos, ao invés de ter uma seção de risco pasteurizada, ter uma seção de risco um pouco mais concreta e mais inteligível", ressaltou ela. Segundo Ana, esse já é um esforço da Anbima, mas que a CVM quer "alimentar". A diretora da CVM participou do 6.º Congresso Internacional de Mercados Assunto: CVM quer estabelecer novas regras para classificação de fundos de investimento Veículo: AGÊNCIA ESTADO (continuação) Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa. (Aline Bronzati e Cynthia Decloedt, enviadas especiais) Assunto: CVM: regulador e autorreguladores não podem ser tolerantes quanto à divulgação de informações Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: CVM: REGULADOR E AUTORREGULADORES NÃO PODEM SER TOLERANTES QUANTO À DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES Agência Estado O órgão regulador e os autorreguladores não podem ser tolerantes no processo de supervisionar, fiscalizar e sancionar no prazo exigido a divulgação de informações corretas por parte das companhias de capital aberto, de acordo com o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira. "Estamos falando de credibilidade e aqui não devem ficar dúvidas", destacou ele, ao discursas no 6. Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. O principal fator de crescimento do mercado de valores mobiliários é, conforme Pereira, a segurança. "O mercado tem de ser seguro para se desenvolver", acrescentou ele. Para alcançar a segurança desejada, conforme Pereira, são necessários quatro pontos: desenvolvimento de estruturas de boa governança; melhor percepção, mensuração e mitigação de riscos; autorregulação e educação financeira e aumento de capacitação dos agentes do mercado. "Boa conduta como boa governança consiste em regras claras, discutidas e entendidas que aumentem a possibilidade de relações menos conflituosas, mais seguras e duradouras entre os agentes de mercado de capitais", destacou ele. Em relação aos riscos associados ao mercado, o presidente da CVM disse ainda que com não é possível mensurá-los, onde vão ocorrer e sua exata dimensão, é preciso que o mercado e os agentes estejam treinados para identificá-los e solucioná-los para que não se transformem em grandes problemas. "Muitas vezes, risco está claro, anunciado e mesmo assim não é percebido e minimizado. A única forma de entrar nisso é estar mais treinado para identificar riscos e solucioná-los para não virar grandes problemas", avaliou Pereira. Não investir em processo de monitoramento de riscos e aumento de proteção para os mesmos pode trazer, conforme ele, retornos muito negativos. A própria CVM, de acordo com Pereira, seguindo padrões internacionais, reviu recentemente sua estrutura interna de riscos. No sentido de fortalecê-la, criou comitê geral de riscos institucionais. "A supervisão baseada em risco continua amadurecendo e sendo consolidada. Iremos fortalecer nossa cultura de gerenciar riscos, discutindo temas de forma consistente e nos antecipando", acrescentou o presidente da CVM. (Aline Bronzati - [email protected] - e Cynthia Decloedt [email protected]) Assunto: CVM/Pereira: Atualização das regras de custódia visa mitigar riscos de produtos financeiros Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: CVM/PEREIRA: ATUALIZAÇÃO DAS REGRAS DE CUSTÓDIA VISA MITIGAR RISCOS DE PRODUTOS FINANCEIROS Campos do Jordão, 31/08/2013 - O presidente da CVM, Leonardo Pereira, disse que as minutas que propõe regras para as atividades de depósito centralizados, custódia e escrituração de valores mobiliários e estão em audiência pública, permitirão mitigar alguns riscos decorrentes de produtos financeiros e inovações. "A minuta traz expressivos avanços no aperfeiçoamento das estruturas de mercado. As operações passam a ser mais transparentes, já que o registro passa a ser obrigatório, a liquidação é mais segura, além de garantir a existência dos ativos negociados e, mais recentemente, dos lastros desses ativos em função do depósito centralizado", afirmou em seu discurso no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. O presidente da CVM lembrou a colocação em audiência pública para revisão da instrução 480, que aprimora os níveis de informação que as companhias devem fornecer à autarquia e "ressalta certos temas como divulgação de riscos e a responsabilidade dos diretores das empresas, que tem de dar certificação individual sobre a qualidade da informação prestada". Ainda em seu discurso Pereira falou da modernização da instrução que regula os fundos de investimento imobiliário. Segundo ele, a atualização é necessária por conta da sofisticação da indústria e expressivo crescimento desse segmento e do mercado secundário de cotas de fundos. "A revisão da norma pretende endereçar melhor transparência e conflitos de interesse", concluiu. (Cynthia Decloedt - [email protected] e Aline Bronzati Assunto: Tombini: colchão (das reservas) permite ao BC ofertar proteção aos agentes econômicos Veículo: AGÊNCIA ESTADO Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: TOMBINI: COLCHÃO (DAS RESERVAS) PERMITE AO BC OFERTAR PROTEÇÃO AOS AGENTES ECONÔMICOS Agência Estado Campos do Jordão (SP), 31/08/2013 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou há pouco que as reservas internacionais vem registrando expressivo aumento e hoje superam US$ 370 bilhões. "Esse colchão (das reservas) permite ao BC ofertar proteção aos agentes econômicos", ressaltou. O presidente do BC destacou que a autoridade monetária tem uma "estratégia clara" para dar continuidade ao pleno funcionamento do mercado cambial no País. "Na semana passada, o Banco Central anunciou o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra", disse. "Semanalmente, pelo menos até o fim deste ano, realizaremos leilões de swap cambial, no montante de US$ 2 bilhões, e de venda com compromisso de recompra, no total de US$ 1,0 bilhão. Se necessário, realizaremos operações adicionais", disse. "Esse programa, além de conferir previsibilidade, ofertará aos agentes econômicos proteção cambial (hedge) superior a US$ 100 bilhões, se considerarmos o montante de proteção que já foi disponibilizado", acrescentou. "Utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira. E essa estratégia estará presente durante todo o período de transição entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global", concluiu. Tombini fez os comentários durante palestra de encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais da BMF& Bovespa. (Ricardo Leopoldo e Gustavo Porto, enviados especiais - [email protected] e [email protected]) Assunto: Figueiredo: BC deve continuar elevando juro, mas deve parar com taxa a 9,5% Data Fonte: 30/08/2013 ou 9,75% Seção: -Veículo: AGÊNCIA ESTADO Integra: FIGUEIREDO: BC DEVE CONTINUAR ELEVANDO JURO, MAS DEVE PARAR COM TAXA A 9,5% OU 9,75% Agência Estado Campos do Jordão, 30/08/2013 - O ex-diretor do Banco Central Luiz Fernando Figueiredo afirmou hoje que a autoridade monetária deve continuar elevando os juros na próxima reunião, em outubro, quando a taxa Selic deverá subir de 9% para 9,5%. Contudo, ele manifestou que há também boas chances de que a Selic ganhe um aumento adicional de 0,25 ponto porcentual em novembro, encerrando assim o ciclo de aperto monetário iniciado em abril. "O juro pode ficar em 9,5% ou 9,75%, porque há incertezas, especialmente sobre o comportamento de inflação no decorrer do ano", disse Figueiredo durante o Sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Um dos fatores que pode colaborar para a alta do IPCA nos próximos meses é a desvalorização do câmbio, que atinge uma marca nominal próxima de 18% em relação à cotação de 26 de abril. Assunto: Crise do "Grupo X" não manchou imagem da bolsa lá fora, diz Edemir Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: CRISE DO "GRUPO X" NÃO MANCHOU IMAGEM DA BOLSA LÁ FORA, DIZ EDEMIR Valor Econômico CAMPOS DO JORDÃO - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse que a crise que atinge as empresas "X", de Eike Batista, não manchou a imagem da bolsa brasileira no exterior. "Tenho conversado com investidores, inclusive sobre esse caso, e não há essa avaliação", disse há pouco em entrevista, após a abertura do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais. Segundo ele, a listagem de empresas e projetos pré-operacionais - caso de muitas das empresas de Batista - acontece no mundo todo. O presidente se disse "frustrado", não pelo que acontece com o empresário ou com as empresas, mas como "resultado", que certamente não era aquele esperado por ninguém. "Não foi o que ele mesmo imaginava. Ele tinha as melhores intenções", disse Edemir Pinto, lembrando que todo o dinheiro que Eike Batista levantou nas aberturas de capital foi para as empresas. "Ele não colocou a mão no dinheiro." *Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa (Eduardo Campos, Camila Dias e Talita Moreira* | Valor) Assunto: Destaques: Ibovespa sem mudanças Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: DESTAQUES: IBOVESPA SEM MUDANÇAS Valor Econômico O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse que não haverá mudanças na metodologia de composição da carteira teórica do Ibovespa neste ano. Qualquer alteração que venha a ser feita só passará a valer em 2014. Como nada muda, disse ele, os papéis com valor inferior a R$ 1 seguem no índice. Com isso, descarta a exclusão das ações da OGX do Ibovespa em 2013, a menos que a empresa vá à falência. Ele disse que casos de reestruturação de dívida não resultam em deslistagem. As afirmações foram feitas após a abertura do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais. Edemir também falou que o projeto para estimular a listagem de pequenas e médias empresas deve se tornar operacional no começo de 2014. (Eduardo Campos, Camila Dias e Talita Moreira) Assunto: Brasil não cresce muito mais de 2% sem pressionar inflação, diz Arida Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Brasil não cresce muito mais de 2% sem pressionar inflação, diz Arida Valor Econômico Por Camila Dias, Eduardo Campos e Talita Moreira | Valor O sócio do banco BTG Pactual, Persio Arida, afirmou que a economia brasileira está sobreaquecida e que o crescimento potencial do Brasil pode ser, na verdade, muito mais baixo do que se imaginava. Em apresentação no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa, em Campos do Jordão, Arida disse que o Brasil não pode crescer muito mais do que 2% ao ano sem pressionar a inflação, considerando as políticas econômicas praticadas atualmente. Segundo o sócio do BTG, a primeira avaliação que se faria da economia brasileira, que possui mercado de trabalho aquecido, inflação no topo da banda da meta do governo e superávit da balança comercial em queda é a de que essa economia está crescendo mais do que pode. Para Arida, a receita para enfrentar a situação seria adotar uma política monetária mais dura, uma política fiscal mais apertada, ou ambas. "O que me deixa mais triste nesse processo não é a política monetária. Ela está na direção correta. Mas há um desacerto das políticas econômicas como um todo." O sócio do BTG criticou a política fiscal expansionista, o crédito público subsidiado, a superindexação do salário mínimo e a elevada carga tributária. Segundo o executivo, os aumentos de custos salariais no Brasil são muito elevados, há uma indexação de base. "Em tese, é o mais justo, pois alcança as classes mais baixas, mas o aumento do salário mínimo é a referência para todos os aumentos salariais. Na prática, por lei, o país está condenado a ter choques salariais, o que provoca uma superindexação das aposentadorias do setor público", afirmou. Mudança fiscal O economista acredita que, para ter um salto de crescimento, o Brasil depende de uma mudança estrutural da política fiscal, que permita uma queda mais efetiva da taxa de juros real do país. Segundo ele, a política fiscal afeta diretamente a produtividade do país. "Por esse ponto de vista, não importa apenas quanto arrecada e quanto gasta, mas também como arrecada e como gasta. A composição é o que mais importa aqui." "Mudar a composição fiscal não é um processo simples", diz Arida. Para ele, a evolução da carga tributária no Brasil não é tendência de curto prazo. "Estados são grandes no mundo todo. Mas no Brasil há um gigantismo, uma distorção, e o resultado é óbvio: o Estado arrecada muito, mas arrecada mal", afirmou. Segundo Arida, o Imposto de Renda (IR) é um bom tipo de arrecadação porque ocorre sobre algo que foi produzido. "Já o PIS/Pasep, por exemplo, é uma distorção pura e simples", afirma. "O efeito sobre a produtividade poderia ser muito melhorado se zerássemos PIS e Cofins e aumentássemos o IR. Do ponto de vista de produtividade, seria melhor.", Persio Arida diz que um segundo problema na condução de política fiscal no país são os subsídios creditícios, que promovem distorção de mercado. Para ele, o Brasil tem economia competitiva, boas taxas de retorno nos projetos, mas esse gigantismo é disfuncional. "A isenção tributária seletiva é, a meu ver, outro problema. Ela dá a ilusão de que está resolvendo um problema, mas uma vez dada, fica. Distorce a alocação de recursos do governo e não estimula investimentos porque não se sabe quanto tempo essa isenção vai durar." Para Arida, quando se faz uma isenção como um todo, como política pública, tem caráter muito mais benéfico e duradouro. O sócio do BTG reconhece que nada disso é simples de mudar, que mexer na tributação ou nos subsídios creditícios é muito complicado. "Isso não se reverte em três ou quatro anos. Mas é importante ser objetivo da política do governo." Assunto: Brasil não cresce muito mais de 2% sem pressionar inflação, diz Arida Veículo: VALOR ONLINE (continuação) (*Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa) (Camila Dias, Eduardo Campos e Talita Moreira | Valor) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Assunto: Para economistas, governo deveria fazer sacrifícios pela credibilidade Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Para economistas, governo deveria fazer sacrifícios pela credibilidade Valor Econômico Por Talita Moreira, Eduardo Campos e Camila Dias | Valor CAMPOS DO JORDÃO - O governo deveria sacrificar parte de seu capital político para restaurar a credibilidade na política econômica, afirmaram os economistas Monica de Bolle e Alexandre Schwartsman. Ambos, no entanto, afirmaram acreditar que é "zero" a chance de isso acontecer. "Ainda mais em processo eleitoral", afirmou Monica. Para Schwartsman, seria necessário adotar medidas na área fiscal e "não basta ficar só nos números". Outra iniciativa seria promover, por exemplo, uma segunda rodada de reforma previdenciária, tal como foi feito no início do governo Lula, em 2003. "E que mostre que está de fato engajado, tenha um custo e pague na frente", disse ele, em entrevista a jornalistas no 6º Congresso Internacional dos Mercados Financeiro e de Capitais. Monica, por sua vez, acrescentou que é preciso dar uma demonstração de credibilidade e isso envolve alguma percepção de perda para o governo. "O governo fala muito. Toda hora se fala em números, mas concretização dessas ações, a gente não vê", disse ela. A economista, sócia-diretora da Galanto MBB Consultoria, avalia que o governo perdeu o pulso no combate à inflação e que a credibilidade do Banco Central (BC) foi sumindo a partir de 2011, quando as expectativas de inflação futura passaram a se distanciar da meta. Além disso, ela acredita que a credibilidade da política econômica - particularmente da política monetária - está sendo prejudicada porque não se compreende qual o arcabouço da "nova matriz econômica" vendida pelo governo. Segundo Monica, a sinalização dada pelas autoridades indica que o governo não sabe o que está fazendo e não sabe direito o que quer. Para ela, o aperto monetário foi iniciado pelo BC de forma tardia. E, apesar da alta de juros, o lado fiscal segue expansionista, com aumento dos gastos públicos e da oferta de crédito por bancos oficiais. (*Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa) (Talita Moreira, Eduardo Campos e Camila Dias | Valor) Assunto: Crise do Grupo X não manchou imagem da bolsa no exterior, diz Edemir Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: CAMPOS DO JORDÃO - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse que a crise que atinge as empresas X, de Eike Batista, não manchou a imagem da bolsa brasileira no exterior. "Tenho conversado com investidores, inclusive sobre esse caso, e não há essa avaliação", disse em entrevista, após a abertura do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais. Segundo ele, a listagem de empresas e projetos pré-operacionais - caso de muitas das empresas de Batista - acontece no mundo todo. O presidente se disse "frustrado", não pelo que acontece com o empresário ou com as empresas, mas com o "resultado", que certamente não era aquele esperado por ninguém. "Não foi o que ele mesmo imaginava. Ele tinha as melhores intenções", disse Edemir Pinto, lembrando que todo o dinheiro que Eike Batista levantou nas aberturas de capital foi para as empresas. "Ele não colocou a mão no dinheiro." *Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa Assunto: Falta estratégia do governo para o câmbio, diz Gustavo Franco Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: CAMPOS DO JORDÃO - (Atualizada às 11h50) De acordo com o presidente do conselho de administração da Rio Bravo Investimentos e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, a falta de uma estratégia clara do governo para o câmbio é o que causa maior inquietação no mercado. "Não se sabe o que o governo quer com o câmbio", disse, em entrevista após sua apresentação no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, promovido pela BM&FBovespa em Campos do Jordão. Franco lembrou que, até pouco tempo atrás, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se orgulhava de estar ganhando a guerra cambial. Agora que a moeda desvalorizou não se sabe o que o governo quer. De acordo com ele, do ângulo simbólico, não fica bem para as autoridades que zelam pelo poder de compra da moeda festejarem a perda de valor do real. Que é o que ocorria quando o ministro lutava contra a guerra cambial. "Falta clareza sobre o que o governo quer. Quer desvalorização para que faixa, de que jeito?", questionou, apontando que, assim que essas respostas forem respondidas, a escolha de que instrumentos no mercado de câmbio utilizar se torna "mais acadêmica". É nesse ponto que entra a questão do uso das reservas internacionais para intervir no mercado de câmbio. Segundo Franco, sem dúvida, esse é instrumento mais poderoso do arsenal. "Falamos de instrumentos, mas ainda não sabemos o que eles querem", disse. Perguntado se, caso estivesse "na cabine de controle", utilizaria as reservas, ele disse não saber dizer, mas apontou que se "você usa a arma mais poderosa, você pode evitar que o problema se avolume". Bolha imobililária Franco também falou ao Valor PRO - serviço de informações em tempo real do Valor - sobre o mercado imobiliário do país. Segundo ele, apesar da forte valorização nos preços dos imóveis no Brasil, não há bolha no setor. Franco afirma que o movimento de alta dos últimos sete anos é semelhante ao que se viu na bolsa. "Se houve bolha, também houve no mercado de ações", disse o ex-presidente do BC. Para o economista, há "muitos fenômenos chineses acontecendo no Brasil" e que explicam a efervescência do mercado imobiliário. Ele citou a forte demanda por casa própria na classe C. "São mais dores do crescimento do que bolha", disse. PIB Franco também comentou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% no segundo trimestre sobre o primeiro. Para ele o "número é bem-vindo e surpreendente", diante dos indicadores que apareceram até a divulgação do dado oficial. "É uma boa notícia, mas é um número meio magrinho ainda. Não é uma transformação, mas é uma boa notícia", disse. Com esse resultado acima do esperado, afirmou o ex-presidente do Banco Central, as previsões para o crescimento do PIB em 2013 devem ultrapassar os 2%, parando de escorregar para perto de 1%, como vinha acontecendo até então. (*Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa) Assunto: Bolsa descarta mudança do Ibovespa antes do fim do ano Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: BOLSA DESCARTA MUDANÇA DO IBOVESPA ANTES DO FIM DO ANO Valor Econômico CAMPOS DO JORDÃO - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse na noite desta quinta-feira que não haverá mudanças na metodologia de composição da carteira teórica do Ibovespa ainda neste ano. Qualquer alteração que venha a ser feita só passará a valer em 2014. Com isso, o presidente a BM&FBovespa descarta a exclusão das ações da OGX do principal índice de ações da bolsa brasileira ainda em 2013, a menos que a empresa vá à falência - regra prevista atualmente. Ele lembrou também que casos de reestruturação de dívida não resultam em deslistagem. As afirmações foram feitas em entrevista após a abertura do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais. O presidente foi questionado especificamente sobre as ações da OGX. Como nada muda, disse ele, os papéis com valor inferior a R$ 1 seguem, sim, listados no índice. Pelas novas regras que estão em discussão e devem ser finalizadas até 13 de setembro, uma das possibilidades de deslistagem ocorre quando a ação tenha valor inferior a R$ 1. Também está em discussão a questão da avaliação da liquidez e/ou do valor de mercado como um dos quesitos para se determinar a entrada no Ibovespa. Atualmente, apenas dez ações respondem por 43% de todo o índice - entre elas, Petrobras, Vale e a própria OGX. Edemir Pinto também falou que o projeto para estimular a listagem de pequenas e médias empresas está bem encaminhado e deve se tornar operacional no começo de 2014. De acordo com o executivo, as propostas da Bolsa e de seus parceiros neste projeto já estão com o governo e está em curso uma audiência pública liderada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o tema. A ideia é propor estímulos tributários para investidores e empresas de pequeno e médio portes que buscam o mercado de capitais para se financiar. Outras facilidades previstas são a redução do custo de listagem e de elaboração de informações ao mercado. As empresas também terão de seguir regras de governança. Um ponto em discussão, disse Pinto, é se o Bovespa Mais será adaptado ou se será criado um novo segmento de listagem para essas empresas. Ele também afirmou que a BM&FBovespa está preparada para enfrentar a possível concorrência, no mercado local, de bolsas de valores e mercadorias. Segundo ele, a fragmentação é positiva e pode trazer mais inovação e mais volume de negócios. "A Bolsa está preparada para a competição. Investimos R$ 1,2 bilhão", disse. *Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa (Eduardo Campos, Camila Dias e Talita Moreira | Valor) Assunto: Banco Central vai garantir liquidez se necessário, diz Tombini Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Integra: (Atualizada às 18h32) CAMPOS DO JORDÃO - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou que a autoridade monetária vai tomar "todas as providências necessárias" para assegurar a estabilidade do sistema financeiro e da economia e o bom funcionamento dos mercados. Em discurso no encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP), Tombini lembrou que, ao longo dos últimos dois anos, o BC continuou ampliando seu colchão de liquidez e segurança, adicionando US$ 90 bilhões às reservas internacionais, que hoje ultrapassam os US$ 370 bilhões. "Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado", disse. Segundo ele, nos últimos anos houve uma recomposição da natureza dos ingressos de recursos estrangeiros, com capitais de mais longo prazo e moderação nos de curto prazo. "Essa recomposição tem sido importante nesse momento de maior volatilidade nos mercados internacionais", disse. Volatilidade O presidente do BC também destacou que, desde que a volatilidade aumentou, em maio, o país seguiu apresentando fluxo positivo de investimento estrangeiro direto e de portfólio, com alta na participação de investidores estrangeiros na dívida pública mobiliária. "É importante ressaltar que eventuais saídas são pontuais, não representando mudança de tendência nem alterando as condições de financiamento do país e o acesso de empresas brasileiras ao mercado financeiro internacional", disse. Tombini afirmou que o Brasil está preparado para enfrentar essa volatilidade e ressaltou que o BC tomará as providências necessárias para assegurar a estabilidade. "O sistema financeiro está sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões", afirmou. Estratégia De acordo com o presidente do BC, a estratégia da autoridade monetária em relação ao mercado de câmbio é clara: "utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira". Ainda de acordo com Tombini, essa estratégia estará presente durante todo o período de transição entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global. Ele também lembrou do programa de leilões diários de swaps cambiais e leilões de linha, que, além de conferir previsibilidade ao mercado, ofertará "proteção cambial" superior a US$ 100 bilhões, considerando o que será e o que já foi disponibilizado. Fed Durante seu discurso, Tombini afirmou que o processo de normalização das condições monetárias nas economias desenvolvidas já começou, depois de terem sido flexibilizadas nos últimos cinco anos. Segundo ele, a comunicação do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) já mudou. "Essa mudança já está se refletindo nas variáveis financeiras", disse. O presidente do BC afirmou que a economia mundial está em processo de "transição positiva" com a recuperação da economia dos Estados Unidos. "A recuperação da maior economia do mundo está ganhando força e isso representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente", afirmou. Tombini observou que, na ausência de informações claras sobre como será feita a retirada dos estímulos monetários, os mercados se anteciparam aos fatos. Isso aumentou a volatilidade nos preços dos ativos financeiros, que passaram a oscilar "ao sabor de cada dado sobre o ritmo de atividade da economia norte-americana". Emergentes De acordo com ele, as economias emergentes são as que sofrem o maior impacto dessa volatilidade e não é diferente no caso do Brasil. "No entanto, o Brasil está preparado para enfrentar essa volatilidade", afirmou. Tombini disse que a estabilidade dos sistemas financeiros sempre esteve no radar dos supervisores, mas essa preocupação ganhou outra dimensão após a crise de 2008. "A estabilidade dos sistemas financeiros, tanto em nível nacional quanto global, tornou-se questão central na agenda dos supervisores", disse. Assunto: Banco Central vai garantir liquidez se necessário, diz Tombini Veículo: VALOR ONLINE (continuação) Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Desde então, ressaltou Tombini, a saúde e a solvência do sistema como um todo, e não apenas das instituições individualmente, passou a ser o foco. Ao mesmo tempo, mais agentes de governo e de mercado passaram a se engajar nesse processo junto com os bancos centrais. Para Tombini, no Brasil, o princípio da estabilidade já estava presente, talvez por conta das turbulências dos anos 80 e 90. Mesmo assim, afirmou, o país fez aperfeiçoamentos na regulação nos últimos anos para mitigar riscos potenciais à estabilidade financeira. (*Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa) Assunto: Tombini defende ação do BC para conter volatilidade Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Tombini defende ação do BC para conter volatilidade Valor Online Por Eduardo Campos, Camila Dias e Talita Moreira | De Campos do Jordão (SP) O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, evitou fazer comentários sobre inflação ou política monetária em discurso no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Em apresentação a investidores no sábado, Tombini aproveitou a oportunidade para fazer comentários sobre a mudança de quadro externo decorrente da expectativa de mudança da politica monetária dos Estados Unidos e explicitou a estratégia do BC para lidar com o aumento da volatilidade no câmbio. "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira", disse, complementando que essa visão estará presente durante todo o período de transição das condições monetárias, que estão se normalizado no cenário global. Tombini lembrou que, ao longo dos últimos dois anos, o BC continuou ampliando seu colchão de liquidez e segurança adicionando US$ 90 bilhões às reservas internacionais, que hoje ultrapassam os US$ 370 bilhões. "Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado", disse. O presidente do BC também mencionou o programa de leilões diários de swaps cambiais e leilões de linha. Segundo ele, além de conferir previsibilidade ao mercado, tal medida proporcionará "proteção cambial" superior a US$ 100 bilhões, considerando o que será e o que já foi disponibilizado. Ele voltou a indicar que, se necessário operações adicionais serão realizadas. Tombini também apontou a mudança no perfil dos ingressos de recursos estrangeiros. Há uma recomposição, segundo ele, com o aumento dos capitais de mais longo prazo e a moderação dos capitais de curto prazo. "Essa recomposição tem sido importante nesse momento de maior volatilidade dos mercados internacionais", disse o presidente, lembrando que desde que a volatilidade aumentou em meados de maio, o país continuou observando fluxo positivo tanto de investimento direto quanto de portfólio, inclusive com o aumento da participação de estrangeiros na dívida pública. Tombini mostrou tranquilidade quanto a eventuais saídas de recursos. Segundo ele, saídas pontuais são "naturais" e não representam mudança de tendência nem alteram as condições de financiamento do país e o acesso das empresas brasileiras ao mercado internacional. Segundo o presidente do BC, o Brasil está preparado para enfrentar esse período de volatilidade, pois conta com um sistema financeiro sólido e com elevados níveis de capital, liquidez e provisões. Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa Assunto: Brasil tem indicadores melhores que os da Índia dentro de Brics Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Sinopse: CAMPOS DE JORDÃO - O professor de finanças da Columbia University e criador do termo Bric, Jim O'Neill, disse que só tira o "B" da sigla (que representa Brasil, Rússia, Índia e China) se primeiro derrubar o "I". Dentro de um indicador que avalia mais de cem países em 18 quesitos que definem o "melhor ambiente de crescimento", a Índia é o que apresenta o pior resultado, explicou. O economista disse que o Brasil perde apenas para a China dentro dessa métrica, que avalia crescimento, inflação, d Integra: CAMPOS DE JORDÃO - O professor de finanças da Columbia University e criador do termo Bric, Jim O'Neill, disse que só tira o "B" da sigla (que representa Brasil, Rússia, Índia e China) se primeiro derrubar o "I". Dentro de um indicador que avalia mais de cem países em 18 quesitos que definem o "melhor ambiente de crescimento", a Índia é o que apresenta o pior resultado, explicou. O economista disse que o Brasil perde apenas para a China dentro dessa métrica, que avalia crescimento, inflação, dívida pública, abertura comercial, registro de patentes, pesquisa, corrupção e acesso à internet entre outros quesitos. Onde o Brasil precisa melhorar, tomando como base esses itens? Para O'Neill os pontos principais são a ampliação do investimento privado e o aumento da abertura comercial. Segundo ele, se o país quer crescer e fazer a demanda da economia encontrar com a oferta ele tem de negociar cada vez mais com o exterior. Em apresentação no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, O'Neill disse suspeitar que o futuro do Brasil não é tão sombrio "quando ouvimos hoje". Ele fazia referência às palestras feitas pela manhã e no começo da tarde que ressaltaram a preocupação o comportamento da inflação, com a falta de reforma fiscal, a elevada carga tributária, a falta de confiança na economia e o baixo investimento e retorno da educação. Para ele, até a desvalorização do real é positiva, pois, a seu ver, devolve ao país a competitividade e a capacidade de quebrar a dependência da exportação de matérias-primas para a China, que durou até 2010. A "nova" China Para O'Neill, a queda no comércio de matérias-primas e outros produtos para China não é um problema do Brasil, mas sim reflexo da decisão da própria China de mudar sua orientação de quantidade de crescimento para mais qualidade no crescimento. O professor avalia que o país está fazendo os ajustes corretos. "Não deveríamos nos preocupar com o crescimento do PIB chinês", afirmou. "O que eles consomem e importam são (fatores) mais importantes." Segundo ele, a economia chinesa está se tornando mais parecida com a dos Estados Unidos de alguns anos atrás, enquanto a americana está se aproximando um pouco mais do modelo chinês dos últimos anos. O'Neill, que deixou neste ano a presidência da gestora de recursos do Goldman Sachs, observou que o superávit em conta corrente da China caiu de 10% em 2008 para 3% hoje e destacou que essa mudança foi deliberada. "Muitos observadores acreditaram que isso só acontecia porque a economia dos Estados Unidos estava muito deprimida. São argumentos cada vez mais fracos", afirmou, no evento que acontece em Campos do Jordão. "A China deliberadamente desacelerou. Não é por fatores externos, mas porque autoridades chinesas querem melhorar a qualidade", disse O'Neill. O professor afirmou recentemente que a China é o único Bric digno de manter o título. (*Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa) Assunto: Franco: período até as eleições de 2014 será de volatilidade crescente Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: CAMPOS DO JORDÃO - O presidente do conselho de administração da Rio Bravo Investimentos e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, afirmou que o período até as eleições de 2014 será de volatilidade crescente. "Estamos nos aproximando das eleições, a perspectiva de mudança assume forma mais concreta e esse costuma ser um momento de maior ansiedade", disse ele, em entrevista no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, promovido pela BM&FBovespa, em Campos do Jordão. De acordo com Franco, essa ansiedade torna os mercados mais sensíveis a qualquer evento, há uma hipersensibilidade ao noticiário, tudo é um sinal e as posições dos agentes crescem no mercado, seja para especulação seja para hedge. Volatilidade Franco também fez uma avaliação sobre o uso da palavra volatilidade. Segundo ele, esse termo está sendo utilizado pelo governo para explicar tudo o que está ocorrendo, particularmente no mercado de câmbio. No entanto, para o governo, volatilidade é só quando o preço do dólar sobe, disse ele, lembrando que volatilidade indica a possibilidade de movimentos para cima e para baixo. Para o ex-presidente do BC, se o governo quer acabar com a volatilidade da taxa de câmbio deveria utilizar o instrumento certo para isso. O exemplo dado por ele é o uso de opções de câmbio pelo Banco do México. "O BC do México vende opções e não faz intervenções, é como se ele lançasse boias fazendo a moeda flutuar menos", disse. Para ele, quando a autoridade diz uma coisa, mas suas ações não casam com o seu discurso, isso causa instabilidade no mercado. Segundo Franco, o grande problema é que não se sabe o que o governo quer para o câmbio, com isso a discussão sobre que instrumentos utilizar se torna difícil. Perguntado sobre qual taxa de câmbio espera para o fim do ano, Franco declarou não fazer previsões sobre o futuro, mas disse que "uma coisa que o câmbio sempre faz é surpreender". "Imagina na Copa" Ainda sobre a instabilidade que vem pela frente, Franco também lembrou das manifestações de rua, apontando que se a Copa das Confederações deflagrou tamanha movimentação, "imagina na Copa". "Sediar uma Copa do Mundo de Futebol parece um evento mais complexo do que se imaginava", disse. Assunto: Bernanke foi decisivo para restaurar confiança no pós-crise, diz Dodd Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: CAMPOS DO JORDÃO - O ex-senador americano Christopher Dodd - um dos mentores da lei Dodd-Frank, que reformou o sistema financeiro americano elogiou a atuação do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, no pós-crise. "Ben fez um grande trabalho, recuperou rapidamente a confiança", disse. "Sua liderança fez enorme diferença." Sucessão no Fed Dodd desconversou ao ser questionado sobre o processo de sucessão de Bernanke no Fed (o banco central americano). Ele não quis fazer comentários sobre o fato de que o ex-secretário do Tesouro americano Larry Summers, um dos nomes cotados para o cargo, ser apontado como um dos responsáveis pela forte desregulamentação do mercado americano nos anos que antecederam a crise. O ex-senador afirmou que tanto Summers quanto Janet Yellen, também candidata, são qualificados para assumir o Fed. Em palestra no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa, em Campos do Jordão, Dodd fez uma apresentação sobre o processo de aprovação da lei que leva seu nome e defendeu uma maior colaboração global para harmonizar a regulamentação do sistema financeiro. Assunto: Pode acontecer alguma oferta de ações até o fim do ano, diz Edemir Veículo: VALOR ONLINE Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: PODE ACONTECER ALGUMA OFERTA DE AÇÕES ATÉ O FIM DO ANO, DIZ EDEMIR Valor Econômico CAMPOS DO JORDÃO (SP) - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, ainda acredita que "uma ou outra" oferta de ações pode ocorrer até o fim de 2013. "Temos empresas pedindo registro", disse há pouco em entrevista após a abertura do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. O presidente da BM&FBovespa reconheceu, no entanto, que a janela de oportunidade para a realização de ofertas de ações ainda não se abriu totalmente. "Estamos renovando as esperanças para [ofertas] o ano que vem", comentou Edemir. *Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa (Eduardo Campos, Camila Dias e Talita Moreira | Valor) Assunto: EBX woes won't hurt image of Brazil bourse: BM&FBOVESPA a BVMF3.SA RTRS Veículo: REUTERS Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: EBX woes won't hurt image of Brazil bourse: BM&FBovespa BVMF3.SA - RTRS Reuters By Guillermo Parra-Bernal and Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, Brazil, Aug 29 (Reuters) - The problems facing tycoon Eike Batista's Grupo EBX are unlikely to tarnish the image of Brazil's stock markets among global investors, the chief executive of financial bourse BM&FBovespa BVMF3.SA said on Thursday. "I don't see the Brazilian market grappling with an image problem because of this," CEO Edemir Pinto said at a company event in the Brazilian city of Campos do Jordao. Shares of Batista-controlled oil producer OGX Petroleo e Gas Participacoes SA OGXP3.SA will stay in the benchmark Bovespa stock index in case the company restructures its debt, he said. OGX will only be excluded if it requests bankruptcy protection or goes out of business. (Writing by Reese Ewing; Editing by Paul Tait) (([email protected])(+5511 5644 7721)(Reuters Messaging: [email protected])) Assunto: Problemas de EBX no dañarán imagen de bolsa de Brasil: BM&FBovespa BVMF3.SA - RTRS Veículo: REUTERS Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: Problemas de EBX no dañarán imagen de bolsa de Brasil: BM&FBovespa BVMF3.SA - RTRS Reuters Por Guillermo Parra-Bernal y Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, Brasil, 29 ago (Reuters) - Es improbable que los problemas que enfrenta el Grupo EBX, del magnate Eike Batista, manchen la imagen de los mercados bursátiles de Brasil entre los inversores globales, dijo el jueves el presidente ejecutivo de BM&FBovespa BVMF3.SA. "No veo al mercado brasileño lidiando con un problema de imagen debido a esto", dijo el presidente ejecutivo Edemir Pinto en un evento de la compañía en la ciudad brasileña de Campos do Jordao. Las acciones de la productora de crudo controlada por Batista OGX Petroleo e Gas Participacoes SA OGXP3.SA permanecerán en el índice referencial Bovespa en caso de que la compañía reestructure su deuda, afirmó. OGX sólo sería excluida si solicita la protección por bancarrota o sale del negocio. (Escrito por Reese Ewing; Editado en Español por Ricardo Figueroa) (([email protected]; +5511 5644 7721; Reuters Messaging: [email protected]; Mesa de edición en español: +562 2437 4412; Twitter: @ReutersLatam)) Assunto: Ambiente para saída de fundos de private equity é desfavorável--ABVCAP Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Ambiente para saída de fundos de private equity é desfavorável--ABVCAP Reuters Por Natalia Gomez e Guillermo Parra-Bernal SÃO PAULO (Reuters) - O ambiente para a saída de fundos de private equity das empresas investidas esta desfavorável em 2013, com o mercado de ações pouco atraente para aberturas de capital e investidores internacionais mais cautelosos para aplicar recursos diante da crise externa, o que prejudica as taxas de retorno dos fundos, segundo a ABVCAP, entidade que representa a indústria de private equity. "Existe um clima de preocupação no setor, pois quanto mais tempo demora para sair do investimento, menor o retorno", disse Clovis Meurer, presidente da ABVCAP à Reuters, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. As ofertas de ações previstas para este ano estão sendo postergadas para o ano que vem, mas a perspectiva para 2014 também não é das mais animadoras, com a expectativa das eleições presidenciais, ameaça de inflação e câmbio, além da incerteza sobre a retomada das ofertas de ações na bolsa, afirmou. A outra opção para a saída dos fundos é a venda para parceiros estratégicos ou para outros fundos. Neste caso os negócios também estão mais difíceis, pois apesar de terem dinheiro, os investidores estão mais cautelosos, em especial os estrangeiros. "O investidor lá fora muitas vezes posterga a decisão de investir devido ao cenário ruim", disse. A exceção seria a Ásia, onde Meurer vê forte demanda por alimentos e outros bens que podem ser fornecidos pelo Brasil, enquanto Estados Unidos e Europa são menos promissores. Apesar da preocupação com o aumento do tempo de maturação dos projetos e consequente redução do retorno, Meurer disse que existem alguns segmentos da economia que oferecem boas oportunidades para os fundos de private equity investir, como educação, saúde, turismo e infraestrutura. "O grande mérito dos gestores de fundos será justamente achar os nichos certos", disse. Em 2012, a maior parte dos investimentos ficou concentrada no setor de varejo. Assunto: EBX woes won't hurt image of Brazil bourse: BM&FBovespa Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: EBX WOES WON'T HURT IMAGE OF BRAZIL BOURSE: BM&FBOVESPA Reuters CAMPOS DO JORDÃO, Brazil, Aug 29 (Reuters) - The problems facing tycoon Eike Batista's Grupo EBX are unlikely to tarnish the image of Brazil's stock markets among global investors, the chief executive of financial bourse BM&FBovespa said on Thursday. "I don't see the Brazilian market grappling with an image problem because of this," CEO Edemir Pinto said at a company event in the Brazilian city of Campos do Jordao. Shares of Batista-controlled oil producer OGX Petroleo e Gas Participacoes SA will stay in the benchmark Bovespa stock index in case the company restructures its debt, he said. OGX will only be excluded if it requests bankruptcy protection or goes out of business. Assunto: Maioria dos IPOs no Brasil perderam dinheiro desde 2005 Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Maioria dos IPOs no Brasil perderam dinheiro desde 2005 Reuters Segundo levantamento da Credit Suisse Hedging Griffo, rentabilidade das ofertas públicas iniciais foi negativa em 15% Natalia Gomez e Guillermo Parra-Bernal Campos do Jordão - A rentabilidade das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês)realizadas no Brasil desde 2005, corrigida pelo CDI, foi negativa em 15 por cento, segundo levantamento divulgado pela Credit Suisse Hedging Griffo nesta sexta-feira. A análise considera a rentabilidade que um investidor teria obtido até a data atual se tivesse mantido os papéis comprados na oferta inicial. Entre os setores com desempenho positivo estão telecomunicações, concessões e imóveis, enquanto consumo, empresas financeiras, petróleo e indústria puxaram o desempenho para baixo. Desconsiderando o efeito negativo da OGX, o total ainda seria negativo em 12,6 por cento, afirmou Luis Stuhlberger, diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo, gestora de ativos com patrimônio superior a 45 bilhões de reais, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). "Quase nenhum setor compensou o risco de equity", disse, acrescentando que quanto mais dependente de resultados futuros a empresa, pior o desempenho. Dos 117 IPOs avaliados pela Hedging-Griffo, 37 geraram resultados positivos para o investidor, com rentabilidade superior ao CDI, enquanto os 80 restantes ficaram abaixo. Outro levantamento apontou que desde 2008, as companhias com melhor retorno acumulado são aquelas que Stuhlberger chamou de "empresas de qualidade" --com retorno sobre capital empregado acima do custo de capital --enquanto empresas estatais, pré-operacionais ou oligopólios tiveram os piores retornos. No grupo considerado de qualidade pelo diretor existem cerca de 50 empresas, dentre as quais CPFL, Duratex, Itaú Unibanco, Klabin, Localiza, Lojas Renner, Odontoprev, Porto Seguro, Totvs, Ultrapar, Aliansce, AES Tietê, Cyrela e AmBev, citou. Câmbio Questionado sobre a situação do câmbio, o executivo afirmou que a cotação de 2,35 ou 2,40 reais é justa. "O que me surpreende não é o câmbio na cotação atual, mas o fato de o câmbio ter ficado em 1,80 real por tanto tempo", disse. Segundo ele, o mercado se acostumou com o real valorizado e passou a acreditar que era um patamar sustentável. "Foi como fazer um piquenique à beira de um vulcão", afirmou. Assunto: Maioria dos IPOs no Brasil perderam dinheiro desde 2005-Credit Suisse RTRS Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Maioria dos IPOs no Brasil perderam dinheiro desde 2005-Credit Suisse - RTRS Reuters Por Natalia Gomez e Guillermo Parra-Bernal CAMPOS DO JORDÃO (SP), 30 Ago (Reuters) - A rentabilidade das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês)realizadas no Brasil desde 2005, corrigida pelo CDI, foi negativa em 15 por cento, segundo levantamento divulgado pela Credit Suisse Hedging Griffo nesta sexta-feira. A análise considera a rentabilidade que um investidor teria obtido até a data atual se tivesse mantido os papéis comprados na oferta inicial. Entre os setores com desempenho positivo estão telecomunicações, concessões e imóveis, enquanto consumo, empresas financeiras, petróleo e indústria puxaram o desempenho para baixo. Desconsiderando o efeito negativo da OGX OGXP3.SA, o total ainda seria negativo em 12,6 por cento, afirmou Luis Stuhlberger, diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo, gestora de ativos com patrimônio superior a 45 bilhões de reais, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). "Quase nenhum setor compensou o risco de equity", disse, acrescentando que quanto mais dependente de resultados futuros a empresa, pior o desempenho. Dos 117 IPOs avaliados pela Hedging-Griffo, 37 geraram resultados positivos para o investidor, com rentabilidade superior ao CDI, enquanto os 80 restantes ficaram abaixo. Outro levantamento apontou que desde 2008, as companhias com melhor retorno acumulado são aquelas que Stuhlberger chamou de "empresas de qualidade" --com retorno sobre capital empregado acima do custo de capital --enquanto empresas estatais, pré-operacionais ou oligopólios tiveram os piores retornos. No grupo considerado de qualidade pelo diretor existem cerca de 50 empresas, dentre as quais CPFL CPFE3.SA, Duratex DURA3.SA, Itaú Unibanco ITUB4.SA, Klabin KLBN5.SA, Localiza RENT3.SA, Lojas Renner LREN3.SA, Odontoprev ODPV3.SA, Porto Seguro PSSA3.SA, Totvs TOTS3.SA, Ultrapar UGPA4.SA, Aliansce ALSC3.SA, AES Tietê GETI4.SA, Cyrela CYRE3.SA e AmBev AMBV4.SA, citou. CÂMBIO Questionado sobre a situação do câmbio, o executivo afirmou que a cotação de 2,35 ou 2,40 reais é justa. "O que me surpreende não é o câmbio na cotação atual, mas o fato de o câmbio ter ficado em 1,80 real por tanto tempo", disse. Segundo ele, o mercado se acostumou com o real valorizado e passou a acreditar que era um patamar sustentável. "Foi como fazer um piquenique à beira de um vulcão", afirmou. (Edição Juliana Schincariol) (([email protected]; 55 21 2223-7132; Reuters Messaging: [email protected])) nL2N0GV29Q/ Assunto: INTERVIEW-ABVCAP sees tough year ahead for Brazil buyout exits - RTRS Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: INTERVIEW-ABVCAP sees tough year ahead for Brazil buyout exits - RTRS Reuters By Guillermo Parra-Bernal and Natalia Gómez CAMPOS DO JORDÃO, Brazil, Aug 30 (Reuters) - Private-equity funds will have a hard time divesting some of their Brazil investments through initial public offerings next year, an industry leader said Friday, in a sign that investors remain wary of the country's flagging economy and capital markets. Even as a weak economy has hurt company valuations, allowing buyout firms to shift their focus to investing their money, the prospects for divesting those investments remains "worrisome, to say the least," Clovis Meurer, president of the Brazilian Private Equity and Venture Capital Association, ABVCAP, said in an interview. Stung by a string of deals that failed to deliver the promised returns, investors are being extra cautious in Brazil, casting a dark cloud over $6 billion of potential initial public offering (IPO) transactions that are expected for this year and next. The longer a buyout firm takes to exit an investment, the lower the rate of return on that investment, he said. "Nobody feels too optimistic about 2014. Such an outlook means that equity investors could delay their investment decisions," Meurer said at the sidelines of a financial industry event in the Brazilian resort of Campos do Jordão. "Buyout firms suffer when equity investors ponder a lot before allocating risk into new shares." So far this year, seven IPOs have been priced, compared with four in 2012, but a similar number of offerings have been called off, including that of Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA, Brazil's third-biggest airline, which counts among its shareholders Gávea Investimentos, the Rio de Janeiro-based asset management company controlled by JPMorgan Chase & Co. JPM.N and U.S. private-equity firm TPG. MERGERS ON THE DECLINE Indeed, bankers say the sector needs to see more exits in Brazil, so that investors in the buyout industry can make money and the typical fundraising-investment-exit cycle continues. Exits, when buyout firms cash in gains in the companies, raised $3.8 billion in 44 deals in Latin America, including Brazil, in 2012, driven by robust mergers and acquisitions in the region, the Latin American Private Equity and Venture Capital Association, or LAVCA, said in March. Concerns about a flagging economy and a state cap on investment returns in certain sectors dragged merger and acquisition activity in Brazil to the lowest since 2005 in the first six months of this year, clouding the outlook for buyout exits. Meurer said private equity funds that are part of ABVCAP are concerned with Brazil's high taxes and expect the government to help strengthen the capital markets, especially the equity market and the financial exchange sector. "A more solid exchange market, that the government promotes in order to help fund private entrepreneurship, is going to translate into more listings, more access to financing, more successful exits for buyout firms," he added. As has been the rule for years, Brazil remains the largest recipient of buyout investments in Latin America, accounting for 72 percent of the total invested and 62 percent of all the deals, according to LAVCA said. Brazil's stock market this year has struggled with dwindling investor confidence amid higher inflation, greater state interference in the economy and a loss of growth momentum. The benchmark Bovespa stock index .BVSP has shed 18 percent of its value this year. Assunto: BTG's Arida sees Brazil rates rising for 'reasonably long' time Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: BTG'S ARIDA SEES BRAZIL RATES RISING FOR 'REASONABLY LONG' TIME Reuters CAMPOS DO JORDÃO, Brazil, Aug 30 (Reuters) - Brazil's central bank, grappling with stubborn inflation, a red-hot labor market and rampant government spending, is likely to keep raising borrowing costs for a "reasonably long" period of time, a senior banker at Grupo BTG Pactual SA said on Friday. Pérsio Arida, a managing partner at São Paulo-based BTG Pactual, the country's largest independent investment bank, said the Brazilian economy is struggling with symptoms of what he called an "overheated economy" - low unemployment rates that trigger abnormally high inflation, low productivity growth and an asymmetric expansion in credit. The central bank is dealing with that by increasing the benchmark Selic overnight rate in the absence of government spending discipline, Arida, himself a former central bank president, said at an event sponsored by BM&FBovespa SA . Central bank policymakers raised the Selic for a fourth straight time to 9 percent on Wednesday to bring down inflation, which is near the ceiling of the official target. "This contractionary stance at the central bank will continue for a reasonably long period of time," Arida told an audience in the Brazilian resort of Campos do Jordão. "The perception that inflation is out of sync is sadly making the work of policymakers much more difficult." Arida's remarks underscore growing concerns over the impact of President Dilma Rousseff's policies which, paradoxically, aimed at jump-starting growth and lowering interest rates in Brazil. Economists at the BM&FBovespa event said that instead of meeting those goals, Rousseff's policies - such as extending subsidized credit, hiking wages above inflation and endorsing a weaker currency - are having the opposite effect. The impact of a tumble in the real, Brazil's currency, in recent months has yet to be felt, Arida said, without elaborating. In fact, he noted, the need to stem the impact of the real's 13 percent drop this year could lead the central bank to lift rates further. Alexandre Schwartsman, a former member of the central bank's board, said changes in the level of interest rates could impact the currency, but in the absence of tighter fiscal policy those rate hikes might be ineffective to weigh down inflation. FIGHT FOR CREDIBILITY Investors have interpreted the central bank's active intervention in the currency market to limit the real's slump and its newfound vigor to fight inflation as a way to restore credibility. Although good for the country, it probably took too long for policymakers to adjust their policies, economists at the BM&FBovespa event added. A measure of the central bank's policy credibility constructed by Rio de Janeiro-based Galanto Consultoria research firm tumbled to less than 10 percent last month from a peak of over 90 percent in 2007. The gauge is built using the number of participants in a weekly central bank survey whose inflation rate predictions match those of the monetary authority. Yields on interest rate futures contracts and the currency jumped on Friday after data showed economic growth beat expectations in the second quarter. The real gained 0.4 percent to 2.35 to the dollar, while the yield on the rate futures contract due in January 2014 rose 2 basis points to 9.25 percent. The government said on Friday that Brazil's gross domestic product expanded 1.5 percent in the second quarter from the prior three months. Although the number came above the 0.9 percent forecast in a Thomson Reuters poll, some investors such as Mauá Sekular Investimentos' Luiz Fernando Figueiredo questioned the sustainability of the numbers. Arida pointed out that a recent surge in domestic debt yields was brought about by "expectations of a normalization of monetary policy conditions in the United States." The problem is, he added, the actual policy tightening in the U.S. has yet to Assunto: BTG's Arida sees Brazil rates rising for 'reasonably long' time Veículo: REUTERS (continuação) happen. Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Assunto: ENTREVISTA-Piso para valor de ação é proposta mais madura do novo Ibovespa Veículo: REUTERS BRASIL Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Por Natalia Gomez e Guillermo Parra-Bernal CAMPOS DO JORDÃO (SP), 30 Ago (Reuters) - A criação de um valor mínimo para as ações que compõem o Ibovespa é a proposta mais avançada até o momento nas conversas do grupo de estudo que conduz a reforma do índice, afirmou com exclusividade à Reuters o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. "A ideia de excluir as ações abaixo de um real está bem mais madura do que as outras", disse Pinto, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). A nova estrutura do índice será divulgada até 13 de setembro e começará a valer apenas em 2014. De acordo com o novo critério, as ações da OGX, cotadas nesta sexta-feira a 0,30 real, poderão ser excluídas do Ibovespa. No entanto, o presidente da bolsa reiterou que pelas regras atuais não há motivos para excluir a OGX do índice, e que isso ocorreria apenas em caso de falência ou pedido de concordata. Outras mudanças, incluindo a definição de um limite para a parcela que cada ação pode ter na Bovespa com base no valor do free-float (fatia em circulação no mercado) da empresa também está em estudo, disse o executivo. Para os próximos meses deste ano, Edemir vê um mercado fraco para ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), em linha com o ritmo visto ate o momento, com varias ofertas em compasso de espera. "Podemos ver uma ou outra empresa até o final do ano, mas não estou otimista", disse. Para 2014, no entanto, o presidente da bolsa tem melhores expectativas. "O Banco Central tem demonstrado previsibilidade e iniciativa para controle da inflação, o que deve ajudar a restaurar a credibilidade para o investidor estrangeiro." Assunto: Tendência de alta dos juros deve persistir, diz Pérsio Arida Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: TENDÊNCIA DE ALTA DOS JUROS DEVE PERSISTIR, DIZ PÉRSIO ARIDA Reuters CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo (Reuters) - A política de aperto monetário do Banco Central deve persistir, com novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil esta crescendo mais do que poderia, avalia o sócio e membro do conselho do BTG Pactual, Pérsio Arida, que foi presidente do Banco Central e do BNDES. "A trajetória contracionista do BC vai continuar por um tempo razoavelmente bom", afirmou durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Na última quarta-feira, o BC elevou a taxa de juros pela quarta vez seguida para 9 por cento. Segundo Arida, o país não tem possibilidades de aquecer sua economia de forma saudável porque o mercado de trabalho não tem estrutura para atender o avanço econômico e porque fatores como a superindexação do salário mínimo e a política fiscal expansionista pressionam a inflação para cima. "Os motivos para a taxa de juro subir são cristalinos", disse. Arida avalia que o desemprego deveria chegar a 6,5 a 7 por cento para permitir uma inflação estável, enquanto o avanço anual do PIB não poderia passar de 2 por cento. Outro fator que pesa sobre a inflação e a desvalorização cambial, que ainda tem um "longo caminho a percorrer", uma vez que as taxas de juros nos Estados Unidos devem subir, mas a trajetória de fato ainda não começou. "As taxas nos EUA devem chegar a 3 ou 3,5 por cento, mas isso ainda vai ocorrer, e as taxas de juros fazem overshooting (exageram) sempre." Segundo o sócio do BTG, a preocupação do governo em relação às eleições presidenciais favorece a trajetória contracionista do Banco Central. "A maior preocupação do governo é com a inflação, e pelo motivo errado, que é a eleição no ano que vem", disse. Arida defendeu que o cenário ideal seria uma política econômica que permitisse ao Banco Central reduzir os juros, com redução de gastos do governo e de impostos e mais investimentos. Ele criticou a oferta de crédito subsidiado e a atuação agressiva dos bancos públicos no crescimento do crédito, pois isso "força os juros a serem mais altos do que poderiam ser". "Se um bloco da população tem acesso a taxas muito baixas, para outros tem que ser mais cara. Todos nós pagamos esta conta via taxas de juros mais altas", afirmou. Em meio à oscilação da Selic e ao avanço da inflação, a credibilidade do Banco Central está em franco declínio, segundo levantamento da consultoria Galanto, do Rio. A credibilidade da instituição caiu para menos de 10 por cento no mês passado, ante um pico de 90 por cento em 2007. Mesmo com a alta do PIB acima do esperado no segundo trimestre, a Maua Investimentos revisou para baixo sua previsão para o PIB no terceiro trimestre, que era de alta de 0,1 por cento e passou para queda de 0,4 por cento, segundo Luiz Fernando Figueiredo, sócio da consultoria. Assunto: Indústria de fundos imobiliários pode dobrar em 2 anos, diz Gustavo Franco Veículo: REUTERS BRASIL Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Por Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo, 31 Ago (Reuters) - A indústria de fundos imobiliários no Brasil tem potencial para dobrar de tamanho em dois anos, impulsionada pela manutenção do crescimento do setor imobiliário e pela entrada de investidores que gostam de investir em imóveis mas ainda não atuam no mercado de capitais, avaliou o economista Gustavo Franco. "Os fundos imobiliários estão atraindo investidores de imóveis que a gente vê pouco no mercado financeiro", disse o estrategista-chefe e presidente do conselho de administração da Rio Bravo Investimentos, que administra este tipo de fundo, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). "Este produto vai criar maior integração entre o mercado imobiliário e o mercado de capitais." Neste ano, o segmento cresceu 7 por cento e atingiu 104 mil investidores pessoa física, segundo Franco. Com 107 fundos registrados, o setor tem 30 bilhões de reais em valor de mercado. Segundo o economista, que foi presidente do Banco Central, não há indícios de que exista uma bolha no mercado imobiliário pois a demanda por imóveis no país é consistente em todas as regiões, e os fundos tem investimentos diversificados que tendem a proteger os investidores de períodos de baixa, em sua avaliação. Assunto: Volatilidade cambial será crescente até as eleições, diz Gustavo Franco Veículo: REUTERS Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo, 31 Ago (Reuters) - A volatilidade cambial deve ser crescente até as eleições presidenciais do ano que vem, não apenas pela incerteza do mercado em relação a política do Banco Central, mas também devido ao ambiente político e social mais tenso no país, avalia o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e presidente do conselho da Rio Bravo Investimentos. "Daqui até as eleições o período será de crescente volatilidade nas duas direções", disse durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Em sua visão, a insegurança sobre os fundamentos macroeconômicos no Brasil está estabelecida e torna os mercados financeiros mais sensíveis a qualquer fato novo. "Volatilidade é isso, uma hipersensibilidade ao noticiário." Segundo ele, o mercado não sabe quais são as prioridades do Banco Central e quais políticas serão usadas para atingí-las, e apenas uma clareza sobre estes assuntos poderia reduzir a volatilidade. Neste contexto, os fundos de investimento multimercado tendem a aumentar suas posições especulativas, enquanto as multinacionais aumentam as operações de hedge, afirmou. Alem da política do BC, o cenário de incerteza é agravado pela proximidade com as eleições, que gera maior ansiedade, e pela tensão social que deve ocorrer no período da Copa do Mundo, a exemplo do que ocorreu em junho em meio à Copa das Confederações, quando uma onda de manifestações populares se alastrou pelo país, avalia o economista. O ex-presidente do BC questionou o fato de a autoridade monetária ainda não ter usado recursos das reservas internacionais para atuar no mercado, já que este é um "instrumento mais forte" para conter a desvalorização do real. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, anunciado na sexta-feira, Franco fez uma avaliação positiva. "O numero é bem-vindo e surpreendente diante dos indicadores que aconteceram antes", disse. Por isso, ele acredita que o crescimento anual do PIB poderá ficar acima de 2 por cento, quando antes sua previsão era de que ficasse abaixo deste patamar. Mesmo assim, o economista afirmou que o PIB trimestral ainda esta "magrinho" e não indica nenhuma transformação, mas apenas uma boa notícia. (Edição de Roberta Vilas Boas) Assunto: INTERVIEW-Price floor proposal for Brazil stock index gains space BVMF3.SA Data Fonte: 30/08/2013 - RTRS Seção: Outros Veículo: REUTERS Integra: INTERVIEW-Price floor proposal for Brazil stock index gains space BVMF3.SA - RTRS Reuters By Natalia Gómez and Guillermo Parra-Bernal CAMPOS DO JORDÃO, Brazil, Aug 30 (Reuters) - A proposal to set a price floor for shares included in Brazil's benchmark Bovespa stock index .BVSP is the most developed so far as BM&FBovespa SA considers changing how it calculates the 45year-old stock market gauge, Chief Executive Officer Edemir Pinto said on Friday. Under the proposal, stock that trades at an average price of less than one real ($0.41) a share over a period of two index rebalancings would be excluded. Other changes, including setting a cap on the share that each stock can have on the Bovespa based on the market value of a company's free-float is also under study, Pinto said in an interview. "That idea to exclude penny stocks from the index is the furthest along so far," Pinto said at an event sponsored by BM&FBovespa in the Brazilian resort of Campos do Jordão. A reformulation of the index is still being discussed with market participants and a final decision will be made by Sept. 13. The Bovespa, a gross total return index, has grouped the most-traded stocks in the São Paulo Stock Exchange with the same formula since its inception in 1968. BM&FBovespa's decision to implement changes in the index underscores the growing pressure from international and local investors for a stock market gauge that better mirrors the new realities of Brazil's economy. During the past decade, more than 40 million people have joined the middle class, driving a hefty expansion in services and helping rebalance the influence of commodity and industrial companies. Pinto said the market for stock listings in Brazil will be "weak" in the coming months, but he is confident that 2014 will mark a positive change in that trend. ($1 = 2.39 reais) (Reporting by Natalia Gómez and Guillermo Parra-Bernal. Editing by Andre Grenon) (([email protected])(+55-11-5644-7714)(Reuters Messaging: [email protected])) Assunto: RPT-Bovespa não suspenderá OGX do índice se houver reestruturação de dívida BVMF3.SA OGXP3.SA - RTRS Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo, 29 Ago (Reuters) - A BM&FBovespa BVMF3.SA não pretende retirar a OGX OGXP3.SA do índice Ibovespa e tampouco da bolsa, caso a petroleira do grupo EBX de Eike Batista se envolva num processo de reestruturação de dívida, disse a jornalistas na quinta-feira o presidente da bolsa, Edemir Pinto. Pelas regras atuais para a composição do índice, apenas falência ou concordata levariam a petroleira a ser excluída do índice, disse Edemir. A bolsa está preparando novas regras para o índice que serão anunciadas em 13 de setembro e passarão a valer a partir de 2014. Pelas novas regras em discussão, o valor das ações e o free float da companhia, que é a fatia em circulação no mercado, passarão a ser critério para a inclusão no Ibovespa. E pelo critério de valor da ação, o papel da OGX corre o risco de ficar de fora, já que está sendo cotado abaixo de um real. Nesta quinta-feira, a ação fechou em queda de 12,28 por cento, a 0,50 real. Na visão de Edemir, a crise vivida pelo grupo de empresas de Eike Batista não prejudicou a imagem da bolsa brasileira no exterior, mas o mercado vive uma "frustração" neste momento devido à expectativa que havia em relação aos empreendimentos do empresário. "Ele tinha as melhores intenções, e todo dinheiro que captou no mercado colocou nas empresas. Neste sentido existe uma frustração", disse em evento em Campos do Jordão, no interior do Estado de São Paulo. O presidente da BM&FBovespa disse ainda que o cenário para ofertas de ações na bolsa para os próximos meses não é dos mais favoráveis. "Algumas estão pedindo registro mas é pouco provável que muitas aconteçam neste ano", disse durante a abertura do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que ocorre entre quinta-feira e sábado. Recentemente, as operadoras de bolsa norte-americanas Bats e Direct Edge anunciaram sua fusão, e ambas haviam anunciado planos de atuar no Brasil. Questionado sobre o tema, Edemir disse que a bolsa paulista está preparada para enfrentar a concorrência. "Aplaudimos a iniciativa e acreditamos que a fragmentação do mercado pode trazer maiores volumes de negociação." (Por Natalia Gómez e Guilermo Parra-Bernal; Edição de Aluísio Alves e Raquel Stenzel) (([email protected])(+ 55 11 5644-7712)(Reuters Messaging: [email protected])) Assunto: BC poderá ofertar liquidez a diversos segmentos se necessário, diz Tombini Veículo: REUTERS BRASIL Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: BC poderá ofertar liquidez a diversos segmentos se necessário, diz Tombini REUTERS Por Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, 31 Ago (Reuters) - O Banco Central poderá ofertar liquidez a diversos segmentos do mercado caso seja necessário, pois conta com um "colchão" superior a 370 bilhões de dólares, afirmou neste sábado o presidente da instituição, Alexandre Tombini, referindo-se às reservas internacionais do país, que foram ampliadas em quase 90 bilhões de dólares nos últimos dois anos. "Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado", disse Tombini durante o encerramento do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Segundo ele, o Brasil está preparado para enfrentar a volatilidade dos mercados porque seu sistema financeiro está "sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões", e o BC adotará as "providências necessárias" para assegurar a estabilidade do sistema financeiro e da economia. Na semana passada, o Banco Central anunciou o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra. Pelo menos até o final do ano, o BC realizará semanalmente leilões de swap cambial no montante de 2 bilhões de dólares, e de venda com compromisso de recompra, no total de 1 bilhão de dólares. "Se necessário, realizaremos operações adicionais", afirmou Tombini. Segundo ele, este programa ofertará aos agentes econômicos proteção cambial superior a 100 bilhões de dólares, considerando o montante que já foi ofertado até o momento. "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira", disse. As declarações de Tombini ocorreram após críticas sobre a falta de clareza a respeito da estratégia do BC, feitas durante o evento por economistas --entre eles Gustavo Franco, ex-presidente da autoridade monetária. Continuação... Mais cedo neste sábado, Franco afirmou que o mercado não sabe quais são as prioridades do Banco Central e quais políticas serão usadas para atingi-las. "As perguntas ainda dominam, e apenas a clareza poderá acabar com a volatilidade", disse. (Edição de Roberto Samora) Assunto: Piso para ação é proposta mais madura do novo Ibovespa Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Piso para ação é proposta mais madura do novo Ibovespa Reuters Campos do Jordão - A criação de um valor mínimo para as ações que compõem o Ibovespa é a proposta mais avançada até o momento nas conversas do grupo de estudo que conduz a reforma do índice, afirmou com exclusividade à Reuters o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. "A ideia de excluir as ações abaixo de um real está bem mais madura do que as outras", disse Pinto, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). A nova estrutura do índice será divulgada até 13 de setembro e começará a valer apenas em 2014. De acordo com o novo critério, as ações da OGX, cotadas nesta sexta-feira a 0,30 real, poderão ser excluídas do Ibovespa. No entanto, o presidente da bolsa reiterou que pelas regras atuais não há motivos para excluir a OGX do índice, e que isso ocorreria apenas em caso de falência ou pedido de concordata. Outras mudanças, incluindo a definição de um limite para a parcela que cada ação pode ter na Bovespa com base no valor do free-float (fatia em circulação no mercado) da empresa também está em estudo, disse o executivo. Para os próximos meses deste ano, Edemir vê um mercado fraco para ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), em linha com o ritmo visto ate o momento, com varias ofertas em compasso de espera. "Podemos ver uma ou outra empresa até o final do ano, mas não estou otimista", disse. Para 2014, no entanto, o presidente da bolsa tem melhores expectativas. "O Banco Central tem demonstrado previsibilidade e iniciativa para controle da inflação, o que deve ajudar a restaurar a credibilidade para o investidor estrangeiro." Assunto: Para setor financeiro, PIB acima do previsto não muda cenário - RTRS Veículo: REUTERS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Para setor financeiro, PIB acima do previsto não muda cenário - RTRS Reuters O crescimento acima das expectativas da economia brasileira no segundo trimestre muda pouco a estimativa de desempenho de médio prazo para o país, segundo especialistas do setor financeiro. Segundo Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de política monetária do Banco Central e sócio da Mauá Investimentos, o PIB do período foi beneficiado por efeitos sazonais. Por isso, a Mauá reduziu a projeção para o terceiro trimestre, de alta de 0,1 por cento para queda de 0,4 por cento. Para Figueiredo, a expectativa com investimentos envolvendo as concessões de projetos de infraestrutura podem trazer impacto para a economia, mas só a partir da segunda metade de 2014. "Não serão suficientes para mudar o jogo, mas são a boa notícia no meio das notícias ruins que temos visto", disse ele a jornalistas durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou pela manhã que economia brasileira cresceu 1,5 por cento no segundo trimestre ante os primeiros três meses deste ano, acima da expectativa do mercado, que esperava avanço de 0,9 por cento. (Full Story) Para a sócia da consultoria Galanto Monica Baumgarten de Bolle, o resultado foi bom, mas não pode ser usado como referência para traçar perspectivas futuras. "O segundo semestre está descolado do primeiro", disse ela, para quem a economia do terceiro trimestre até o momento está parada. Clovis Meurer, presidente da entidade que representa a industria de private equity, ABVCap, disse à Reuters que o cenário segue difícil porque o governo terá de fazer ajustes na política econômica. Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou pela quarta vez seguida a taxa básica de juros do país, que passou de 8,5 para 9 por cento, para tentar conter a alta da inflação. (Full Story) (Por Natalia Gómez e Guillermo Parra-Bernal; edição de Anna Flávia Rochas) (([email protected])(+ 55 11 5644-7712)(Reuters Messaging: [email protected])) Assunto: OGX Seen Worthless by Deutsche Bank to Gradual: Corporate Brazil Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: OGX Seen Worthless by Deutsche Bank to Gradual: Corporate BrazilAug. 30 (Bloomberg) -Eike Batista's OGX Petroleo & Gas Participacoes SA is worthless and the oil company's $672 million market value is being inflated by a presence in Brazil's benchmark index, according to brokerage Gradual Investimentos. Deutsche Bank AG's Marcus Sequeira, the most accurate OGX analyst in a Bloomberg Absolute Return Ranking, and Bank of America Corp.'s Frank McGann estimate the stock is worth 10 centavos, or about 4 cents. OGX's market value has sunk 98 percent to 970.8 million reais ($407 million) since it first reported output declines at its sole producing field in March 2012. OGX, which has a 1.75 percent weighting on the Ibovespa, plummeted 40 percent to 30 centavos in Sao Paulo today. "Passive funds that track the Ibovespa need to buy OGX, and most of the share value we see is due to this Ibovespa presence," Marcos Elias, a partner at Sao Paulo-based Gradual, said by phone. "The market isn't perfect and is driven by expectations and so companies with zero value usually stay around 0.1 real." The falling value of OGX's assets would complicate efforts to restructure $3.6 billion of bonds with investors including Pacific Investment Management Co. and Blackrock Inc. OGX this week returned nine oil licenses acquired in May, and investors are concerned an $850 million deal to sell stakes in two fields to Malaysia's Petroliam Nasional Bhd. may fall through. OGX bondholders hired Rothschild to advise on a debt restructuring, a person with direct nowledge of the agreement said this month, asking not to be identified because the selection process is private. Corporate Restructuring Batista hired Angra Partners to oversee a reorganization of his EBX Group Co. holding company, a person with knowledge of the contract said. Angra, a Sao Paulo-based private-equity and consulting firm, will work alongside Grupo BTG Pactual in advising the businessman, the person said, also declining to be identified because the contract hasn't been made public. OGX said it's assessing options to improve its capital structure in an e-mailed response to questions, declining to comment on the value of its stock and presence in the Ibovespa. OGX hired Blackstone Group LP "for the ongoing evaluation of its capital structure," according to an Aug. 14 statement. Batista is trimming his OGX stake by selling shares near record-low levels, deepening a market rout. OGX's cash fell 72 percent in the second quarter to $325 million, less than its average quarterly capital expenses in the past year, while debt rose to a record 8.7 billion reais. Net Assets The difference between OGX's total assets and liabilities shrank to 2.24 billion reais in the quarter, the lowest on record, according to data compiled by Bloomberg. Of 15 analysts that posted recommendations on OGX shares this year, five advise investors to sell and three say hold, while the other seven have the stock under review, according to data compiled by Bloomberg. BM&FBovespa SA is considering excluding stocks trading for less than 1 real, or penny stocks, from the Ibovespa, which is otherwise weighted just by trading volume, according to a statement on the exchange operator's website. OGX, which has tumbled amid production shortfalls and dwindling cash, is the only stock on the index below that threshold. Under BMF&Bovespa's current criteria for the Ibovespa, OGX's weighting will more than double to 4.3 percent in September because of increased trading of the shares in the past 12 months, according to the bourse's Aug. 16 index preview. Assunto: OGX Seen Worthless by Deutsche Bank to Gradual: Corporate Brazil Veículo: BLOOMBERG (continuação) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros By comparison, the Standard & Poor's 500 Index is a capitalization- weighted gage and the Dow Jones Industrial Average is a price- weighted index. New Rules New rules will be announced on Sept. 13 and will only take effect next year, BM&FBovespa Chief Executive Officer Edemir Pinto said yesterday at an event in Campos de Jordao, Brazil. OGX would be removed from the Ibovespa if it defaults on debt and is put under bankruptcy protection, he said. "OGX's pricing action has been dictated by technical aspects of the Ibovespa rebalancing," Itau BBA said of the increased weighting expected for next month in a note to clients. "A capital restructuring is still a real possibility. This would lead to the immediate deletion of the stock from the index." The exchange referred to statements on its website in an e- mailed response to questions on the proposed index changes. The changes will be based on studies by a task force coordinated by the exchange and comprising asset managers, brokers, companies and banks, BM&FBovespa said. Fire Sale Batista's fire sale of assets includes shares of OGX and shipbuilder OSX Brasil SA to pay debt. Earlier this month he agreed to cede control of his logistics unit LLX Logistica SA and is in talks to sell his controlling stake in MMX Mineracao & Metalicos SA, Brazil's fourth largest iron-ore producer. OGX may rally in coming days because of demand from funds and investors that need to cover positions, Gradual's Elias said. "Because of the excess of short positions and the rebalancing of the Ibovespa, there's a possibility the shares will go through a short squeeze," Elias said, referring to the sudden rise in the value of a stock because demand to cover positions or meet index-related fund targets exceeds supply. Expectation that Batista will sell OGX shares to passive funds is helping stem a short squeeze, said Rafael Ferri, a minority OGX investor who says the company lost him about 1 million reais in a complaint to Brazil's securities regulator. Batista, who was the world's eighth-richest person last year, has fallen out of the ranks of billionaires as his companies' stock prices plunged. Dwindling Cash Petronas, as the Malaysian state-run oil producer is known, said this week its purchase of stakes in OGX's fields hinges on a debt restructuring, prompting OGX to say Petronas has no right to set that condition. Without proceeds from the sale, OGX probably will run out of cash in the third quarter, Deutsche Bank's Sequeira said in an Aug. 27 report. "The proceeds from this sale are the main source of funding for OGX at this time," he said. Assunto: MAIS: Jim O'Neill diz que queda do real é boa para economia Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Por Cristiane Lucchesi e Blake Schmidt 30 de agosto (Bloomberg) -- Principal problema do Brasil dos últimos anos era real muito forte por causa das commodities, então a queda agora ajuda a melhorar a competitividade * Brasil pode surpreender nos próximos anos * Desempenho da economia em 2012 não tem significado para 2014 * Brasil tem crescido mais nesta década do que nos mesmos anos da anterior * Pessoas esquecem que Brasil sempre foi suscetível à volatilidade * Potencial de crescimento do Brasil vai se aproximar de 4% nos próx. anos * Espera PIB 2013 +2,5% * Valor justo para o dólar R$ 2,45-R$ 2,50, O'Neill disse a repórteres no evento * "O que me preocupa é se o governo brasileiro tentar fazer uma China. O Brasil tem que parar de tentar ser uma China. A própria China não quer ser uma China. A China decidiu não ter o Estado como motor de crescimento de 10%'' * China mais focada em qualidade de crescimento do que quantidade * NOTA: Jim O'Neill, economista que criou o termo BRIC, é também ex-presidente do conselho da Goldman Sachs Asset Management Para mais informações: Para painel First Word: FIRST<GO> Para notícias First Word: NH BFW<GO> Principais manchetes do dia: TOP BR <GO> --Editor: Giulia Camillo Para entrar em contato com o repórteres: Cristiane Lucchesi em São Paulo, +55-11-3046-2017 ou [email protected]; Blake Schmidt em São Paulo, +55-113017-4809 ou [email protected] Para entrar em contato com o editor responsável: Helder Marinho, +55-11-3048-4545 ou [email protected] Assunto: China Now Focused on Quality of Growth, Not Quantity: O'Neill Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: By Blake Schmidt Aug. 30 (Bloomberg) -- China has done its homework really well, "way better" than current mood of markets shows, Jim O'Neill, former chairman of Goldman Sachs Asset Management, says at event in Brazilian city of Campos do Jordao, in the state of Sao Paulo. * China doesn't manipulate economic data to be better * O'Neill sees some signs China has stabilized * China now focused on quality of growth, not quantity * "We shouldn't care about China GDP growth, but what they consume or import" * "For those who want to provide China with what they need to consume, not produce, it's really great" * NOTE: O'Neill coined the term BRIC in 2001 to describe Brazil, Russia, India and China For Related News and Information: First Word scrolling panel: {FIRST<GO>} First Word newswire: {NH BFW<GO>} To contact the reporter on this story: Blake Schmidt in Sao Paulo at +55-11-3017-4809 or [email protected] To contact the editor responsible for this story: Fabiola Moura at +55-11-4502-1841 or [email protected] Assunto: Schwartsman: Intervalo amplo p/ primário adiciona volatilidade Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Por Marisa Castellani 30 de agosto (Bloomberg) -- Primário intermediário entre 2,1% e 3,2% é um intervalo muito grande, Mantega passa a impressão de que não sabe o que vai acontecer com a política fiscal, o que adiciona volatilidade ao mercado, diz Alexandre Schwartsman, ex-diretor do BC e sócio-gerente da Schwartsman & Associados, a jornalistas em Campos do Jordão. * Está faltando vendedor no mercado de câmbio futuro por receio tanto de estrangeiros quanto locais de que alguma regra possa ser mudada Para mais informações: Para painel First Word: {FIRST<GO>} Para notícias First Word: {NH BFW<GO>} Principais manchetes do dia: {TOP BR <GO>} Para entrar em contato com o repórter: Marisa Castellani em São Paulo, +55-11-3048-4605 ou [email protected] Para entrar em contato com o editor responsável: Katerina Petroff, +55-11-3017-4935 ou [email protected] Assunto: Brazil Needs Tighter Fiscal, Monetary Policy, Arida Says Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: By Cristiane Lucchesi Aug. 30 (Bloomberg) -- As local economy is overheated, says Persio Arida, managing partner of BTG Pactual and former Brazil central bank president, in a panel at BM&FBovespa's International Financial and Capital Markets Conference in Campos do Jordao. * Brazil economy has excess of domestic demand * Fiscal policy is "excessively expansionist" and there's pressure from labor market costs * Subsidized loans lead to a higher interest rate For Related News and Information: First Word scrolling panel: {FIRST<GO>} First Word newswire: {NH BFW<GO>} To contact the reporter on this story: Cristiane Lucchesi in Sao Paulo at +55-11-3046-2017 or [email protected] To contact the editor responsible for this story: Helder Marinho at +55-11-3048-4545 or [email protected] Assunto: Monica de Bolle: Futuro é inflação subindo livre, leve, solta Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Por Marisa Castellani 30 de agosto (Bloomberg) -- "A não ser que se mude curso da política econômica de forma bem radical, considerando o que aconteceu com a credibilidade", diz Monica de Bolle, sócia- diretora da Galanto Consultoria e diretora do Instituto de Estudos de Política Econômica da PUC-Rio, em evento em Campos de Jordão. * "Em 2008, a resposta do governo à crise foi provisão de liquidez, expansão do crédito público para assegurar demanda" * "Expansão do crédito público foi o QE brasileiro" * "Governo reduziu juros e adotou política fiscal anticíclica" * "Isso nunca foi retirado" * "QE brasileiro permite que 3 bancos públicos representem cerca de 50% do crédito" * "Governo deixou soltas as rédeas da inflação", em consequência de ''medidas oportunistas'' * "Expectativas de inflação estão completamente descoladas da meta" * "O que vimos nos 3 últimos anos é que percentual dos agentes que acreditavam na meta foi ficando cada vez menor" * "Vemos controle mais recentemente da inflacão por meio de interferência direta nos preços, com desonerações, por exemplo, congelamento de combustíveis, de tarifas de transportes, redução de energia elétrica" * "É tiro que sai pela culatra porque é política fiscal expansionista com efeito de maior pressão inflacionária à frente" * No final esse tipo de interferência gerou brutal descolamento entre preços administrados e livres'' * Inflação preços administrados é de 1,3% ao ano; a de preços livres é de 8% ao ano * "Não dá para carregar isso à frente por muito tempo" * "Os investidores começam a ter desconforto com condução da política macroeconômica e com a falta de estratégia do governo para combater problemas. Isso passa a afetar a taxa de câmbio" * "Volta o velho fantasma do passado" * Política que está claramente explorando trade off entre inflação e crescimento será malsucedida * Agentes vão reajustar expectativas e inflação ficará mais resistente * Existe um certo descaso do governo com expectativas * Há 3 anos governo falava em PIB potencial de 5%, algumas pessoas falavam em 4% * Nossa expectativa mostra PIB potencial na faixa de 2,5%; não temos clareza nenhuma sobre o que vai ser o PIB potencial daqui a algum tempo. * Questão da produtividade é dramática. Ou estagnou ou caiu nos últimos anos. * Tendência é que produtividade continue caindo Assunto: Monica de Bolle: Futuro é inflação subindo livre, leve, solta Veículo: BLOOMBERG (continuação) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Para mais informações: Para painel First Word: FIRST<GO> Para notícias First Word: NH BFW<GO> Principais manchetes do dia: TOP BR <GO> --Editora: Adriana Chiarini Para entrar em contato com o repórter: Marisa Castellani em São Paulo, +55-11-3048-4605 ou [email protected] Para entrar em contato com o editor responsável: Helder Marinho, +55-11-3048-4545 ou [email protected] Assunto: Tombini Says Brazil to Use Broad Tools to Reduce Real Volatility Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Tombini Says Brazil to Use Broad Tools to Reduce Real Volatility Aug. 31 (Bloomberg) -- Brazil's central bank will use its range of tools and is ready to provide liquidity if needed to reduce the real's volatility, central bank President Alexandre Tombini said. Brazil has a "cushion" of more than $370 billion in international reserves that allows it to provide hedge to economic agents, Tombini said at an event in Campos do Jordao in the state of Sao Paulo. The bank can also provide liquidity if needed, he said. Policy makers on Aug. 22 introduced a $60 billion plan to stem the biggest decline amid major currencies that threatens to further stoke inflation, which is near the upper end of the government's target range. Less than a week later, officials lifted the benchmark rate for a fourth straight meeting, and said in a statement that the decision will help put inflation on decline. "Our strategy is clear," Tombini said. "We will use our broad list of tools to reduce excessive volatility and mitigate potential risks to financial stability." The real's decline of 12 percent in the past three months is the worst performance among 16 major currencies tracked by Bloomberg. The real's historical three-month volatility of 17 percent is the highest among 24 emerging market currencies tracked by Bloomberg. Yields on interest-rate futures contracts due in January 2015 have risen 94 basis points, or 0.94 percentage point, to 10.53 percent since the start of the month. The real fell 1.1 percent to 2.3855 per dollar on Aug. 30. Rate Increase Policy makers raised the Selic rate to 9 percent from 8.5 percent on Aug. 28, extending the biggest interest rate increase this year amid major economies. Analysts monitoring Brazil's economy have increased their 12-month inflation expectations for eight straight weeks, to 6.08 percent, according to a central bank survey published on Aug 23. Annual inflation in mid-August slowed to 6.15 percent after breaching the 6.5 percent upper limit of the central bank's target range twice this year. Gross domestic product expanded 1.5 percent during the April to June period, or an annualized 6 percent, as investments increased, the national statistics agency said on Friday. That was the most since the first quarter of 2010 and more than all 44 forecasts from analysts surveyed by Bloomberg, whose median estimate was 0.9 percent. Latin America's largest economy will expand by 2.7 percent this year, according to central bank estimates. Central bankers will update their projections in their quarterly inflation report in September. Assunto: Gustavo Franco: Falta clareza sobre o que BC quer do câmbio Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Por Marisa Castellani 2 de setembro (Bloomberg) -- Isso alimenta a volatilidade do mercado, diz Gustavo Franco, ex-presidente do BC e estrategista-chefe da Rio Bravo Investimentos, em evento em Campos do Jordão. * Mercado não está convencido sobre objetivos do BC com instrumentos usados até agora, como leilões de swap e de linha * Ferramentas são úteis, "mas perguntas ainda dominam, não se tem ainda clareza sobre que o governo quer com o câmbio e o que o BC deve fazer, quais os instrumentos" * "É a clareza que vai acabar com a volatilidade" * "Impacto da venda de câmbio pronto sobre o mercado é maior do que o da venda de swaps" * No swap, comprador só desembolsa a garantia, cerca de 15% do valor nocional; na venda no câmbio pronto, comprador desembolsa valor nocional inteiro; "portanto tem efeito 6 vezes mais forte" * "Temos uma quantidade enorme de reservas. A pergunta do mercado é por que tanta hesitação em usar o instrumento mais forte"; só quem está na "cabine de comando" sabe * "O BC tem armas e munições, mas, tal qual os policiais, há armas que não pode usar", diz em analogia aos enfrentamentos entre policiais e manifestantes em recentes protestos no País * ''O BC, embora tenha muita munição, não sei se dá para usar, ou se tem coragem de usar ou se já existe decisão de usar todo o seu arsenal'' * ''O aspecto essencial de qualquer tipo de intervenção é consistência. Quando você tem uma ideia na cabeça e ela faz sentido, ainda que você tenha de brigar com o mercado, você ganha. Quando governo está dividido, esta é a ocasião típica em que você perde, ainda que tenha munição'' * "Se o problema é volatilidade, o instrumento certo é fazer como o México e vender opções de câmbio, já que o prêmio sobre opção de câmbio é proporcional à variância de taxa de câmbio" * "Se o instrumento é swap cambial, o objetivo, então, não é propriamente volatilidade" * "Quando o que as autoridades falam não casa com o que elas fazem, o mercado fica nervoso" * "Não fica bem as pessoas que devem zelar pelo poder de compra da moeda brasileira festejarem a perda de poder de compra como uma vitória", diz sobre apresentações em que Mantega mostrava slide de "ganhando a guerra cambial", com taxa de câmbio desvalorizando * "Todo período, daqui até as eleições, será de crescente volatilidade, no sentido do dicionário, que pode acontecer nas duas direções e não no sentido de que governo fala em volatilidade, só quando sobe" * "A insegurança sobre o andamento macroeconômico no Brasil se estabeleceu, é um fato, e torna os mercado financeiros sensíveis a qualquer evento. Volatilidade é essa Assunto: Gustavo Franco: Falta clareza sobre o que BC quer do câmbio Veículo: BLOOMBERG (continuação) Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros hipersensibilidade ao noticiário" * PIB 2T "ainda magrinho''; projeções para ano estão ficando um pouco mais acima de 2% do que abaixo Para mais informações: Para painel First Word: FIRST<GO> Para notícias First Word: NH BFW<GO> Principais manchetes do dia: TOP BR <GO> Para entrar em contato com o repórter: Marisa Castellani em São Paulo, +55-11-3048-4605 ou [email protected] Para entrar em contato com o editor responsável: Helder Marinho, +55-11-3048-4545 ou [email protected] Assunto: Tombini: Usaremos amplo rol instrumentos p/ reduzir volatilidade Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Por Marisa Castellani e Cristiane Lucchesi 2 de setembro (Bloomberg) -- "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira", diz Alexandre Tombini, presidente do BC, em evento em Campos de Jordão. * "Estratégia estará presente durante todo o período de transição" para "condições monetárias normalizadas" * Colchão de mais de US$ 370 bi de reservas permite ao BC "ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado" * Indagado sobre se isso significaria vender dólares das reservas no mercado à vista se houvesse problemas neste segmento, Tombini não respondeu * País preparado para enfrentar volatilidade gerada por antecipação do processo de retirada dos estímulos * Preços de ativos financeiros mais voláteis "na ausência de informações claras e precisas de como se dará esse processo" * BC segue observando fluxo positivo desde que volatilidade começou em maio, "tanto de investimento direto quanto de portfólio" * "Eventuais saídas pontuais são naturais, não representando mudança de tendência nem alterando as condições de financiamento do país e o acesso de empresas brasileiras ao mercado financeiro internacional" * Tombini repetiu compromisso com programa de leilões diários e voltou a dizer que haverá operações adicionais "se necessário" * Programa confere previsibilidade e ofertará aos agentes econômicos hedge superior a US$ 100 bi, considerando montante que já foi disponibilizado * NOTA: BC anunciou programas de leilões semanais de swap e de linha no dia 22/ago * Transição em curso na economia mundial é "positiva": Tombini * "Significa que a recuperação da maior economia do mundo está ganhando força e isso representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente" * NOTA: Pela manhã, no mesmo evento, Gustavo Franco, expresidente do BC, disse que "não há clareza sobre o que BC quer do câmbio" * "Esse negócio de volatilidade não é uma fala própria para as ações que estamos assistindo, porque aparentemente só é volatilidade para o lado que incomoda. Se isso é verdade, então tem alguma coisa errada. O mercado não gosta dessa falta de clareza": Gustavo Franco * "Quando o que as autoridades falam não casa com o que fazem, o mercado fica nervoso" Assunto: Tombini: Usaremos amplo rol instrumentos p/ reduzir volatilidade Veículo: BLOOMBERG (continuação) Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Para mais informações: Para painel First Word: FIRST<GO> Para notícias First Word: NH BFW<GO> Principais manchetes do dia: TOP BR <GO> --Com a colaboração de Blake Schmidt em São Paulo. Editor: Giulia Camillo Para entrar em contato com o repórteres: Marisa Castellani em São Paulo, +55-11-3048-4605 ou [email protected]; Cristiane Lucchesi em São Paulo, +5511-3046-2017 ou [email protected] Para entrar em contato com o editor responsável: Helder Marinho, +55-11-3048-4545 ou [email protected] Assunto: Brazil Not Clear on What It Wants From FX, ex-BCB Franco Says Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: By Marisa Castellani Aug. 31 (Bloomberg) -- Market is not convinced of Brazil central bank goals so far and that fuels volatility, Gustavo Franco, former central bank president and chief-strategist at Rio Bravo Investimentos says at Campos do Jordao event. * "It's clarity that will put an end to volatility'' * "It's clear that selling dollars in the spot market rather than selling swaps has a greater impact'' * "What the market is questioning is why there's so much hesitation in using the stronger tool'' * "If the issue is volatility, the right thing to do would be like Mexico, to sell FX options, since the premium of FX options is proportional to the variance of FX rate'' * "If the tool they choose is FX swaps, then the goal is not volatility'' * "When what police makers say is different from what they do, the market gets nervous'' * "From now until the elections, there will be growing volatility in the dictionary sense, which means volatility in both directions. I don't mean volatility in the government's sense, which is only when the dollar rises'' * "There's uncertainty about Brazil macroeconomic environment, that's a fact, and that turns financial markets sensitive to any event. The volatility is this hypersensitivity to newsflow'' For Related News and Information: First Word scrolling panel: FIRST<GO> First Word newswire: NH BFW<GO> --With assistance from Blake Schmidt in Sao Paulo. Editor: Giulia Camillo To contact the reporter on this story: Marisa Castellani in Sao Paulo at +55-11-3048-4605 or [email protected] To contact the editor responsible for this story: Helder Marinho at +55-11-3048-4545 or [email protected] Assunto: Robert Shiller diz que há suspeita de bolha imobiliária no País Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Robert Shiller diz que há suspeita de bolha imobiliária no País Bloomberg Por Blake Schmidt 2 de setembro (Bloomberg) -- "Eu não estou investindo em imóveis no Brasil", disse em 31/ago. Robert Shiller, professor da universidade Yale e co-criador do índice de preços de casas americano S&P/Case-Shiller, em evento em Campos do Jordão. * Shiller questiona por que os preços dobrariam em 5 anos no Rio e em SP * "O que poderia ser, além de entusiasmo?" * "Não são hedge funds, são as pessoas investindo em suas casas", diz Shiller. "Elas estão ligadas emocionalmente a isso" * Shiller diz que "cidades glamurosas" como Rio e São Paulo estão mais vulneráveis * "Eu falava essas coisas nos EUA durante a bolha" * Shiller suspeita de bolha imobiliária em outros locais: China, Taiwan, Hong Kong, Índia, Rússia, Colômbia, Canadá Para mais informações: Para painel First Word: FIRST<GO> Para notícias First Word: NH BFW<GO> Principais manchetes do dia: TOP BR <GO> --Editores: Giulia Camillo, Leonardo Lara Para entrar em contato com o repórter: Blake Schmidt em São Paulo, +55-11-3017-4809 ou [email protected] Para entrar em contato com o editor responsável: Helder Marinho, +55-11-3048-4545 ou [email protected] Assunto: Monica de Bolle: 2014 será mais conturbado que últimos 6 anos Veículo: BLOOMBERG Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Por Marisa Castellani 31 de agosto (Bloomberg) -- "Continuaremos a ter essa imensa volatilidade que temos visto, mas em cima de um cenário ruim, o que é sempre péssimo", diz Monica de Bolle, sócio- diretora da galanto MBB Consultoria. * "Vamos entrar em 2014 com quadro macroeconômico bem complicado do ponto de vista de retomada da atividade, de crescimento, de investimentos, a despeito do quadro das concessões neste final desse ano" * "Inflação estará ainda meio alta, possivelmente acima de 5,8%" * "Crescimento estará na segunda metade de 2013 bem diferente do que foi na primeira" * "Em cima disso, estaremos vendo o início ou estaremos prester a ver o início da inflexão monetária nos EUA e o tipo de repercussão que isso terá" * "Tudo isso não vai se refletir bem nos mercados" * "Se 1T for complicado, gov. terá todo o incentivo para fazer, de um lado, qualquer coisa para restaurar nível de atividade ou segurá-la num nível melhor e, de outro, tentar controlar inflação, mesmo que seja na marra, com mais do mesmo, segura 25% do IPCA, deixa os outros 75%, porque não tem o quê fazer nisso" * "Governo vai tentar usar mais os botões e as manivelas que ainda tem para ir controlando a situação" * "Vai ser possível? Eu já achei que era mais possível do que acho hoje. Hoje acho que as restrições estão mais duras do que já estiveram, por conta do que tem acontecido com o câmbio, sempre sintomático da situação" * "Agora a gente tem uma combinaçao de fatores onde a percepção de risco macroeconômico doméstico é muito importante também, não só o cenário internacional" * "Câmbio tendo comportamento meio incerto, ainda que manejável porque BC dispõe de reservas, é ruim para crescimento e para inflação" * "O quadro para o câmbio à frente, quando se olha o balanço de pagamentos e se leva em conta a questão toda de riscos geopolíticos lá fora, é tudo mais para desvalorizar do que outra coisa. Possivelmente nas úLtimas semanas houve momentos exagerados do câmbio, mas tendência do real é de enfraquecimento, principalmente porque em termos dos fundamentos macro não estamos fazendo nada para melhorar" * Política fiscal é um problema que não está sendo corretamente reconhecido pelo governo, que acha que crescimento vai voltar e que, em algum momento, as coisas se ajustam * "Não estou convencida de que governo se deu conta de que não consegue atingir todos os seus objetivos simultaneamente e de que inflação mais alta é um fenômeno persistente e não temporário. Toda vez eles falam que inflação está sob controle, isso significa que eles acham que inflação vai cair, o que abre espaço para continuarem fazendo políticas de estímulo a crescimento" Assunto: Monica de Bolle: 2014 será mais conturbado que últimos 6 anos Veículo: BLOOMBERG (continuação) Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros * Projeção para dólar: R$ 2,35 a R$ 2,40 em 2013; R$ 2,50 para 2014 * Projeção IPCA: 6% em 2013; 6% 'para cima" em 2014 * Projeção PIB: 2% em 2013: 2% em 2014, pressupondo que gov. vai agir para garantir os 2% * Projeção Selic: entre 9,5% e 9,75% em 2013; Selic não sobe em 2014, ''principalmente se mercado de trabalho começar a assustar" * Selic não vai 2 dígitos porque governo vai ficar "com medo do que isso implica para atividade, emprego, crescimento" Para mais informações: Para painel First Word: FIRST<GO> Para notícias First Word: NH BFW<GO> Principais manchetes do dia: TOP BR <GO> --Editora: Adriana Chiarini Para entrar em contato com o repórter: Marisa Castellani em São Paulo, +55-11-3048-4605 ou [email protected] Para entrar em contato com o editor responsável: Helder Marinho, +55-11-3048-4545 ou [email protected] Assunto: Fate of Brazil's Batista Hasn't Hurt Investors' View of Brazil - Exchange CEO Veículo: THE WALL STREET JOURNAL Data Fonte: 29/08/2013 Seção: -- Integra: Fate of Brazil's Batista Hasn't Hurt Investors' View of Brazil - Exchange CEO The Wall Street Journal Online CAMPOS DO JORDAO, Brazil--The quick decline in the shares of companies controlled by Brazilian tycoon Eike Batista was a "lamentable" experience, but it hasn't hurt overseas investors' view about Brazil, the head of Sao Paulo exchange BM&FBovespa SA (BVMF3.BR) said Thursday. Mr. Batista's companies traded on the Bovespa exchange have lost close to 90% of their value over the past year amid a financial crisis triggered by underperformance at his flagship oil company OGX Petroleo & Gas Participacoes (OGXP3.BR). BMF&Bovespa Chief Executive Edemir Pinto said that while he's "frustrated" with the performance of Mr. Batista's startup companies, the tycoon always acted in "good faith" and directed all the proceeds of share sales toward the companies themselves. "This happens with pre-operational companies the world over," Mr. Pinto told reporters, referring to the stock's disappointing performance. He said, however, that the companies' stocks could be removed from the bellwether index should they file for bankruptcy protection. However, a possible debt restructuring to get OGX's financial health in order wouldn't lead to the company's exclusion from the index, he said. Analysts have criticized Mr. Batista for possibly misguiding OGX investors with exaggerated estimates about the potential of its oilfields. The quick rise and fall of Mr. Batista's empire on the exchange helped push the Ibovespa index of most-traded shares to highs, and then dragged it down as the crisis unfolded. That prompted calls for a change in the way the index is calculated to avoid similar occurrences in the future. Mr. Pinto said that the exchange is studying possible changes in the way it calculates the index, but any changes would only take place next year at the earliest. A working group has recommended that the exchange retire penny stocks from the index. OGX closed Thursday at 50 Brazilian centavos ($0.21). The working group also wants a company's market value to be reflected more accurately in the index calculations. Assunto: Brazil Central Bank Has Done 'Good Job' With Inflation - Analyst Veículo: THE WALL STREET JOURNAL Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: Brazil Central Bank Has Done 'Good Job' With Inflation - Analyst The Wall Street Journal Online CAMPOS DO JORDAO, Brazil--Inflation-targeting regimes need to be flexible in order to be successful, and in that regard Brazil's central bank has done well in controlling inflation, said former Goldman Sachs Asset Management Chairman Jim O'Neill on Friday. Although Brazil's central bank has been criticized for acting too slowly to tamp down inflation, "in the area of monetary policy, [the central bank] generally has done a good job," he said. Drawing on the example of New Zealand and Australia, which were some of the first countries to put in place an inflationtargeting regime, Mr. O'Neill said Australia's flexibility in balancing growth and inflation has proven to be more long-lasting than New Zealand's more rigid rules. "When monetary policy is more flexible, it's more durable and more successful," he told reporters during an investment conference hosted by Brazilian exchange BM&FBovespa SA. "That's what I think of what has happened here." The benchmark IPCA consumer price index reached 6.27% in the 12 months ended July, close to the 6.5% upper limit of the central bank's inflation target. The bank has a target of 4.5%, with a tolerance band of 2 percentage points above and below the target. Economists criticized the central bank for responding too slowly to the economic crisis in 2008 and not cutting rates soon enough. They later criticized the bank for acting too slowly in raising rates as inflation threatened to break past the 6.5% limit. Many said that the central bank was being lax with inflation targeting because it wanted to promote growth. After growing 7.5% in 2010, Brazil's economy slowed, expanding just 0.9% last year. For this year, growth is expected to reach little more than 2%. But while Mr. O'Neill praised the central bank's monetary policy, he criticized Brazil's loose fiscal policy. "The fiscal side should have switched gears more quickly after the 2009-2010 recovery," he said. Too much government spending has crowded out private investors and undermined Brazil's growth potential. By limiting government spending and pulling back on lending by government-run banks, Brazil can easily lower real interest rates and encourage the private-sector spending that will unlock growth, he said. "It could happen very quickly and have a rapid impact on the capital markets," he said about the possibility of reversing the crowding-out phenomenon if the government reined in its spending. Mr O'Neill also said he disagreed with other panelists at the BM&FBovespa investment summit who said that Brazil's long-term growth potential is closer to 2% than his own view of 4%. He said that Brazil's recent slowdown in growth is temporary, and Friday's release of GDP data showing 3.3% year-on-year growth could push 2013 growth above expectations. He also said Brazil is his second-favorite country among the so-called BRIC countries, a term Mr. O'Neill coined in 2001. He said that China is the strongest among the group, while India holds the least promise among the four. Assunto: Fate of Brazil's Batista Hasn't Hurt Investors' View of Brazil -Exchange CEO Veículo: THE WALL STREET JOURNAL Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: FATE OF BRAZIL'S BATISTA 'HASN'T HURT INVESTORS' VIEW OF BRAZIL - EXCHANGE CEO THE WALL STREET JOURNAL CAMPOS DO JORDAO, Brazil--The quick decline in the shares of companies controlled by Brazilian tycoon Eike Batista was a "lamentable" experience, but it hasn't hurt overseas investors' view about Brazil, the head of Sao Paulo exchange BM&FBovespa SA (BVMF3.BR) said Thursday. Mr. Batista's companies traded on the Bovespa exchange have lost close to 90% of their value over the past year amid a financial crisis triggered by underperformance at his flagship oil company OGX Petroleo & Gas Participacoes (OGXP3.BR). BMF&Bovespa Chief Executive Edemir Pinto said that while he's "frustrated" with the performance of Mr. Batista's startup companies, the tycoon always acted in "good faith" and directed all the proceeds of share sales toward the companies themselves. "This happens with pre-operational companies the world over," Mr. Pinto told reporters, referring to the stock's disappointing performance. He said, however, that the companies' stocks could be removed from the bellwether index should they file for bankruptcy protection. However, a possible debt restructuring to get OGX's financial health in order wouldn't lead to the company's exclusion from the index, he said. Analysts have criticized Mr. Batista for possibly misguiding OGX investors with exaggerated estimates about the potential of its oilfields. The quick rise and fall of Mr. Batista's empire on the exchange helped push the Ibovespa index of most-traded shares to highs, and then dragged it down as the crisis unfolded. That prompted calls for a change in the way the index is calculated to avoid similar occurrences in the future. Mr. Pinto said that the exchange is studying possible changes in the way it calculates the index, but any changes would only take place next year at the earliest. A working group has recommended that the exchange retire penny stocks from the index. OGX closed Thursday at 50 Brazilian centavos ($0.21). The working group also wants a company's market value to be reflected more accurately in the index calculations. Write to Luciana Magalhaes and Paulo Winterstein at [email protected] Assunto: Brazilian Real's Fair Value Is Around BRL2.40 to Dollar - Credit Suisse Veículo: THE WALL STREET JOURNAL Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: Brazilian Real's Fair Value Is Around BRL2.40 to Dollar - Credit Suisse The Wall Street Journal Online The Brazilian currency's fair value should be around BRL2.40 to the dollar, said Luis Stuhlberger, chief investment officer of Credit Suisse Hedging-Griffo, one of the largest asset management firms in Brazil. "Taking as a basis the year 2000 and putting it against a basket of currencies with which Brazil has comercial relations, today the fair exchange would be BRL2.40 or BRL2.35 to the dollar," Mr. Stuhlberger said in a capital markets conference hosted by Brazil's market operator BM&FBovespa. The executive said investors shouldn't see a fair value of BRL2.40 as surprising, but rather "the surprising factor is that the currency remained at BRL1.80 to the dollar" for such a long time. On Friday, Brazil's currency closed at BRL2.3824 against the U.S. dollar. The currency's adjustment to the current value of about BRL2.40 per dollar should have happened earlier, he said, but as market players have been dealing with interest rates of around 10% in the local market and close to zero in the developed markets, the adjustment ended up taking longer. In such a situation, a trigger is needed to bring back the currency to its fair value, and the correction tends to be abrupt, as was recently seen in Brazil. Brazil's fiscal adjustment, he said, is also necessary. However, it depends on the competence of the government to do so. There's also the fact that a reform would be unpopular not only with the population but with its coalition allies as well, and the government might fear that such a move would make its reelection more challenging. Assunto: Brazil Financial Exchange Ready to Face Competition Veículo: DOW JONES Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Brazil Financial Exchange Ready to Face Competition Dow Jones By Luciana Magalhaes CAMPOS DO JORDAO, Brazil-- Brazil's sole stocks and derivatives exchange, BM&FBovespa SA (BVMF3.BR), is ready to face competition, said Bryan Durkin, chief operating officer at derivatives exchange CME Group, which is a BM&FBovespa partner. "Competition is good for the marketplace," Mr. Durkin said in an interview, adding that having competitors contributes to keeping the exchanges "very innovative." Mr. Durkin is participating in a capital markets conference hosted by BM&FBovespa in the city of Campos do Jordao, in Brazil's Sao Paulo state. BM&FBovespa is currently the only exchange operator in Brazil and also owns the only clearinghouse for financial market transactions. Several international companies have said they would like to launch exchanges in the country, but most want to be able to use a centralized clearinghouse. Americas Trading System Brasil, which is the most advanced in plans for entering the local market, expects to secure approval from Brazil's Securities and Exchange Commission, or CVM, by around mid-December and hopes to start equities trading in the first half of 2014. U.S. exchange operators BATS Global Markets Inc. and Direct Edge Holdings LLC, which are joining forces to create a major market competitor, have also expressed interest in the Brazilian market. Together, BATS and Direct Edge will become the second-largest U.S. stock-exchange operator, behind the New York Stock Exchange's parent, NYSE Euronext. But BM&FBovespa has said it is not yet ready to open its clearinghouse for use by competitors, at least not yet. Competitors will only be able to use the clearinghouse, and then only for derivatives, starting in September 2014, and for equities by early 2015. Mr. Durkin downplayed the potential impact of having a large competitor in the Brazilian market. He said a new player could be successful only "provided you know your marketplace, you are very engaged with the client base, evolving your product and staying ahead of the times with the technology." Mr. Durkin said that BM&FBovespa has positioned itself very well in Brazil and has been responsive to the needs of the local capital market. CME currently has regional partnerships in Mexico and Brazil. The executive didn't dislose any plans for future partnerships in Latin America or around the world. However, he said the CME-BM&FBovespa partnership is always looking for opportunities in the region. "We are very focused on growing what we have today and developing this relationship," he said. - Paulo Winterstein in Campos do Jordao contributed to this article. Assunto: Gustavo Franco: instabilidade cambial deve continuar até as eleições Veículo: ÉPOCA NEGÓCIOS Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Integra: Gustavo Franco: instabilidade cambial deve continuar até as eleições ÈPOCA NEGÓCIOS O câmbio pode trazer ainda muita dor de cabeça para os brasileiros nos próximos meses. O sobe e desce do real não deve terminar até as eleições presidenciais de 2014, na opinião de Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central durante o governo FHC e sócio da Rio Bravo Investimentos. Apesar de a cotação do dólar parecer ter atingido o teto de R$ 2,40, Franco diz que é cedo para comemorar. "É muito arriscado dizer que a turbulência passou. Uma coisa que o câmbio sempre faz é nos surpreender. A volatilidade deve se manter até as eleições, lembrando que volatilidade significa altas e baixas", afirmou em palestra realizada no Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, promovido pela BM&FBovespa, em Campos de Jordão. As oscilações bruscas do câmbio teriam para o economista menos a ver com o fim da política de relaxamento monetário nos EUA do que com fatores internos. "O Brasil vive um problema nas contas públicas há anos e uma inconsistência entre as políticas fiscal e monetária praticadas pelo governo". Os protestos realizados a partir de junho, demonstração da insatisfação dos brasileiros com as políticas públicas, e a queda da confiança do consumidor e dos empresários também teriam responsabilidade sobre o atual cenário. "Nós já somávamos as condições para uma desvalorização do real. Só faltava o catalizador", diz Franco. Gustavo Franco também criticou a condução das medidas econômicas tomadas pelo governo para evitar uma desvalorização ainda maior do real. Segundo ele, falta clareza sobre o que de fato as autoridades brasileiras pretendem. "Temos uma quantidade enorme de reservas internacionais. Eu não entendo tanta reticência em usá-las, uma vez que haveria uma convicção por parte do governo em intervir no câmbio". Essa situação estaria, de acordo com ele, piorando ainda mais o cenário. "Quando o que o governo fala não casa com o que ele faz, o mercado fica nervoso". A jornalista viajou a convite da BM&FBovespa Assunto: Sistema financeiro brasileiro está sólido e capitalizado, diz Tombini Veículo: ÉPOCA NEGÓCIOS Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Sistema financeiro brasileiro está sólido e capitalizado, diz Tombini ÉPOCA NEGÓCIOS O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a assegurar o mercado de que o sistema financeiro brasileiro está sólido e preparado para enfrentar as mudanças já em curso no mercado mundial de capitais. "O compromisso com a estabilidade está presente em todas as ações do BC e se faz presente no processo de transição pelo qual passa a economia global. O sistema financeiro está sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões. O BC irá adotar as providências necessárias para assegurar a estabilidade do sistema financeiro e da economia e o bom funcionamento dos mercados", disse Tombini em discurso realizado no 6° Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, promovido pela BM&FBovespa, em Campos de Jordão. O presidente do BC fez questão de afirmar que vê com bons olhos o fim da política de relaxamento monetário nos EUA. "A transição é positiva, pois significa que a recuperação da maior economia do mundo está ganhando força e isso representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente". O anúncio de que o Fed poderá começar a retirar os estímulos à economia americana ainda neste ano tem motivado nos últimos meses uma migração de capital internacional para os EUA. Como conseqüência, os países emergentes, como o Brasil, viram suas moedas se depreciarem consideravelmente. O real, por exemplo, é cotado hoje por volta de R$ 2, 40, o pior desempenho desde 2009. Para Tombini, a oscilação do real é explicada pela antecipação por parte do mercado das futuras ações do Fed. "Os mercados se anteciparam aos fatos e, na ausência de informações claras e precisas de como se dará esse processo de retirada dos estímulos monetários, os preços dos ativos financeiros estão mais voláteis, oscilando ao sabor de cada dado sobre o ritmo de atividade da economia norte-americana". Para evitar a volatilidade do câmbio, o BC fará uso das reservas internacionais, hoje em US$ 370 bilhões. "Esse colchão permite ao BC, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado". Outra medidas também foram anunciadas recentemente pelo BC. Na semana passada, a autoridade monetária iniciou um programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra. Semanalmente, pelo menos até o final deste ano, o BC fará leilões de swap cambial, no montante de US$2 bilhões, e de venda com compromisso de recompra, no total de US$1 bilhão. O banco não descarta realizar operações adicionais, se necessário. Segundo o BC, esse programa irá oferecer ao mercado proteção cambial superior a US$100 bilhões. A jornalista viajou a convite da BM&FBovespa Assunto: Brasil ainda merece fazer parte dos Brics, diz Jim O'Neill Veículo: ÉPOCA NEGÓCIOS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: BRASIL AINDA MERECE FAZER PARTE DOS BRICS, DIZ JIM O'NEILL Época Negócios Pibinho à parte, o Brasil ainda merece fazer parte dos Brics. As palavras são de ninguém menos do que Jim O'Neill, criador do acrônimo e ex-presidente do Goldman Sachs Asset. "Não estou convencido de que a taxa brasileira de crescimento eteja tão ruim. As pessoas se esquecem que as economias, especialmente as dos grandes produtores de commodities,têm ciclos", disse O'Neill, durante apresentação no 6° Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado pela BM&FBovespa, em Campos de Jordão. O economista lembra que quando cunhou o termo Bric, em 2001, o Brasil tampouco estava dando um show de crescimento. "O PIB de 2001, 2002 e 2003 foi mais fraco do que o de 2011, 2012 e 2013. Na época, os brasileiros me achavam louco por ter incluído o país na sigla". Mas quanto o Brasil teria condições de crescer atualmente sem a inflação sair do controle, um dos grandes temores do mercado? Para O'Neill, a taxa ficaria por volta dos 4%. "Acho uma alta do PIB de cerca de 2% baixa para o Brasil no longo prazo". Ele reafirma seu otimismo em relação ao país. "Eu me sinto da mesma forma em relação ao Brasil do que me sentia na época em que criei o termo Bric. É como diz meu amigo Armínio Fraga: nunca o Brasil está tão bem ou tão mal como as pessoas pensam". Assunto: "O Eike não colocou um tostão no bolso" Veículo: ÉPOCA NEGÓCIOS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: "O Eike não colocou um tostão no bolso" Época A relação entre Eike Batista e o mercado financeiro azedou definitivamente em 2013. Mas há ainda quem defenda o empresário brasileiro, que chegou a ser o oitavo homem mais rico do mundo. O diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, é um deles. "Posso dizer que o Eike tinha as melhores das intenções, tanto que todo o dinheiro que ele captou no mercado foi para o desenvolvimento e crescimento de suas empresas. Ele não embolsou nenhum tostão, não colocou a mão em nenhum real", disse Pinto, durante a abertura do 6° Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado em Campos de Jordão. A derrocada do império X não pode ser negada. Numa tentativa de reerguer suas empresas, Eike tem vendido ações de suas companhias para honrar dívidas de curto prazo. Nesta quinta-feira (29/08), foi a vez da OGX. O empresário abriu mão de 1,54% do capital social da petroleira. O momento vivido por Eike destoa muito do passado, quando ele dizia para quem quisesse ouvir - e muitos queriam - que ele seria o homem mais rico do mundo. Hoje, Eike não faz mais parte do seleto grupo de bilionários do globo. "O Eike foi identificado como o maior empreendedor do Brasil. O que ocorreu foi uma coisa lamentável, que não estava no radar. A gente fica frustrado com os resultados", afirma Pint0. O executivo nega, no entanto, que os problemas nas empresas do grupo EBX tenham afetado a imagem do Brasil no exterior. "O Eike não manchou a imagem do país. Tenho conversado com investidores estrangeiros e ninguém tem dito isso. É comum lá fora empresas em nível pré-operacional estarem nas bolsas", diz o presidente da BM&FBovespa. Se o declínio de Eike não piorou o humor do mercado em relação ao Brasil, ele pelo menos ajudou a provocar uma mudança histórica na Bovespa. Depois de 45 anos sem mexer na metodologia do Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, a BM&FBovespa montou um grupo de trabalho para reformulá-lo. A metodologia atual dá maior peso no índice a empresas com maior liquidez, independentemente de seu valor de mercado. Dessa forma, companhias relativamente pequenas, como a OGX de Eike, podem acabar influenciando bastante o desempenho do Ibovespa. Atualmente, a OGX tem maior peso no índice do que gigantes como BRF, Cyrela e Santander. Umas das mudanças em estudo, se vingar, não irá agradar Eike. A bolsa cogita tirar do índice os papéis negociados abaixo de R$ 1, caso novamente da OGX. O anúncio oficial da nova metodologia será feito até 13 de setembro. "As alterações, entretanto, só entrarão em vigor em 2014?, diz Pinto. Assunto: Para Robert Shiller, Brasil vive bolha imobiliária Veículo: ÉPOCA NEGÓCIOS Data Fonte: 03/09/2013 Seção: Outros Integra: Para Robert Shiller, Brasil vive bolha imobiliária ÈPOCA NEGÓCIOS O americano Robert Shiller é bom em identificar bolhas. Professor de economia da Universidade de Yale, Shiller ficou conhecido por ter previsto com antecedência a ruína do mercado imobiliário americano, que desencadeou a crise mundial de 2008. Para ele, quem deve se preocupar com uma bolha no setor agora é o Brasil. "Eu suspeito que o Brasil esteja vivendo uma bolha imobiliária. O preço dos imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro dobrou nos últimos cinco anos. É muito. Isso é algo que nunca ocorreu na história dos EUA", disse Shiller em palestra, no 6° Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado pela BM&FBovespa em Campos do Jordão (SP). Para o economista, a atual situação brasileira poderia ser parecida com a vivida pelo Japão na década de 90. Depois de o preço dos imóveis no país subir consideravelmente nos anos 80, ele entrou em declínio na década seguinte e continua caindo até hoje. Shiller ressalta que não é um especialista em Brasil e que pode estar errado. Mesmo que não esteja, ele diz não ser pessimista em relação à economia do país. "Ainda que a bolha se confirme, eu acredito que o Brasil terá um bom futuro". O economista elenca ainda uma série de países onde possíveis bolhas imobiliárias também existiriam: China, Índia, Rússia, Colômbia e Canadá. Esse, com certeza, é um daqueles clubes que nenhum deles faz questão de fazer parte. A jornalista viajou a convite da BM&FBovespa Assunto: O futuro da economia brasileira, segundo Arida, Schwartsman e De Bolle Veículo: ÉPOCA NEGÓCIOS Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: O FUTURO DA ECONOMIA BRASILEIRA, SEGUNDO ARIDA, SCHWARTSMAN E DE BOLLE Época Negócios Se você está desanimado com o crescimento da economia brasileira, vai ficar ainda mais ao ler esse post. Pode esquecer um PIB de 4%, 4,5%, com a atual política econômica. É o que defendem Pérsio Arida, um dos pais do Plano Real e ex-presidente do Banco Central, e os economistas Alexandre Schwartsman e Monica Baumgarten de Bolle. Para eles, o PIB está condenado a crescer por volta de 2% ao ano, enquanto a política fiscal não deixar de ser expansionista. O governo deveria alinhar a política fiscal com a monetária. Em outras palavras, não adiantaria nada baixar os juros se o governo mantiver os estímulos à economia. "Não dá certo manter políticas indo em direções opostas", diz De Bolle.Confira abaixo o que Pérsio Arida falou sobre juros, Schwartsman sobre o câmbio e De Bolle sobre a inflação, durante painel realizado no 6° Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, promovido pela BM&F Bovespa em Campos de Jordão. Juros O Brasil está em pleno emprego, com a inflação no topo da meta e o saldo da balança comercial caindo. Isso significa, em linguagem popular, que a economia está bombando. É um fato chocante, já que todos têm a percepção de que o país poderia crescer mais. A realidade, no entanto, é que a economia está aquecida demais em relação ao seu potencial. A grande anomalia da economia brasileira são os juros altos. Essa é a grande jabuticaba do Brasil. E aí está o grande potencial de crescimento brasileiro que poderia ser explorado. Vários problemas, como a falta de infraestrutura, estão relacionados aos juros altos. A política fiscal brasileira deveria ser contracionista, para permitir que a monetária pudesse baixar os juros, sem que houvesse aumento da inflação. Porém, a política fiscal atual é expansionista. Do jeito que as coisas estão, o Brasil não pode crescer muito mais do que 2% sem que a inflação suba. O ideal seria que o superávit primário fosse tão alto que permitisse uma política monetária expansionista que baixasse os juros. Porém, dada a situação atual, o Banco Central está certo em subir os juros. O desafio para o Brasil crescer é neste momento aumentar a eficiência da alocação dos recursos e diminuir o tamanho do Estado. Isso agora é mais importante do que foi no passado, quando o Brasil conseguia crescer apenas aumentando o número de empregos. Pérsio Arida Câmbio O real tem variado essencialmente em função do preço das commodities. Toda vez que as commodities sobem 10%, a cotação do real tem uma alta por volta de 6%. Os outros aspectos principais são a aversão ao risco, o valor internacional do dólar e a taxa de juros. Desses, o que realmente está na mão do governo são os juros. E são exatamente os juros a arma que o governo tem em suas mão para combater a desvalorização da moeda nacional. Quando os juros são reduzidos, o real se desvaloriza. Nesse momento, no entanto, a política monetária está sujeita a restrições, já que para combater a inflação, o governo vem aumentando a Selic, não podendo baixá-la. Alexandre Schwartsman Inflação O fato de a inflação não ceder não é à toa. Até hoje, o governo não reverteu as medidas que tomou para estimular a economia na crise de 2008. Os impulsos para a expansão do crédito e uma política fiscal anticíclica permanecem. Desde 2010, as expectativas de inflação do mercado foram se distanciando do centro da meta de inflação. Vai melhorar? Continuaremos com uma pressão forte sobre os alimentos. A desvalorização do real também não ajuda. Quando o câmbio sobe, o IPCA segue o mesmo caminho. O repasse é maior quando a economia está crescendo rápido. No futuro, vejo a inflação livre, leve e solta, a não ser que o governo mude rapidamente a política econômica. E recuperar a credibilidade não é fácil. Monica Baumgarten de Bolle Assunto: BM&FBOVESPA: Mercado de capitais no Brasil crescerá, diz Pereira Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Campo de Jordão, 2 de setembro de 2013 - O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, afirmou que o mercado de capitais é fundamental para o crescimento da economia brasileira e destacou que para o crescimento do mercado, é necessário manter um ambiente seguro de negociação. "Os investimentos devem crescer, e para que esse crescimento seja sustentável é fundamental que tenhamos canais seguros que acolham esse crescimento", disse, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&FBovespa. "Reconhecemos que nosso mercado de capitais tem capitalização abaixou de seu potencial. A partir dessa identificação, a CVM participou do grupo de trabalho, liderado pela BM&FBovespa e com a participação de outras entidades do setor público e privado, com o objetivo de identificar eventuais gargalos e tomar medidas que possam ampliar a utilização do mercado por empresas de menor porte", acrescentou o presidente da CVM. Pereira disse ainda que a CVM está trabalhando com diversas mudanças para o mercado de capitais no Brasil. Entre as alterações, o presidente da autarquia destacou o fim recente da audiência pública sobre Fundo de Investimentos com Participação (FIP). "Recentemente terminou a audiência pública da norma que permitirá aos FIPs investirem até 20% de seu patrimônio em empresas que eles não precisam participar da gestão", explicou o presidente da CVM. "O propósito da CVM, enquanto zeladora do mercado de capitais brasileiro é trabalhar de forma comprometida pela sua integridade e seu desenvolvimento, promovendo o equilíbrio entre as iniciativas dos agentes e as iniciativas de proteção aos investidores. Somos hoje, o 12o maior mercado de capitais do mundo. Temos muito espaço para crescer, um exemplo, é o ainda limitado número de empresas listadas e que acessam tanto o mercado de ações quanto o de dívida", disse Pereira. Eduardo Puccioni / Agência CMA Edição: Douglas Antunes Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA:Bolsa contratou consultorias p/ analisar concorrência Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: São Paulo, 29 de agosto de 2013 - A BM&FBovespa revelou que contratou duas consultorias internacionais para analisar uma possível concorrência entre bolsas de valores no mercado acionário brasileiro. Segundo o presidente da companhia, Edemir Pinto, os documentos já foram entregues durante o primeiro prazo da audiência pública. "Nossa contribuição para a CVM [Comissão de Valores Mobiliários] não é só da própria bolsa, mas contratamos duas consultorias internacionais e oferecemos isso ao nosso regulador [CVM], pra que possa ter um parecer neutro e externo dentro do movimento de analisar os riscos por conta de uma fragmentação que possa passar a acontecer no mercado brasileiro. Sobre a regulação, também nos colocamos a disposição para ajudar o regulador a buscar a melhor solução", afirmou o executivo, durante a abertura do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campos do Jordão. Eduardo Puccioni e Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Flavia Bohone Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Mudança no Ibovespa entrará em vigor só em 2014 Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: São Paulo, 29 de agosto de 2013 - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, reafirmou ontem (29) que o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, não sofrerá nenhum mudança em 2013 e que as alterações nas regras ficarão para o início de 2014. "A bolsa não vai mexer em nada sobre o Ibovespa até o final do ano. Ainda estamos trabalhando com a proposta do grupo de trabalho e devemos fazer um anúncio até o dia 13 de setembro", explicou o executivo, durante a abertura do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campos do Jordão. Quando questionado sobre uma possível saída das ações da OGX Petróleo, do empresário Eike Batista, do índice, Edemir afirmou que o que for divulgado em setembro e que valerá para 2014 deverá ser acatado pelo mercado. "Aquilo que a gente divulgar, fará parte a partir de 2014. Qualquer papel [falando sobre as empresas do Grupo EBX] poderá sair do Ibovespa na medida que o papel sofra com alguma mudança na regra. Dentro da regra prevista, qualquer empresa que entre com pedido de falência vai sair imediatamente do índice, mas reestruturação de dívida não está incluso para a saída do Ibovespa", explicou Edemir. Bovespa Mais O executivo falou também sobre a mudança no Bovespa Mais, segmento para ofertas de menor porte. "Nós estamos trabalhando nesse projeto [mudança das regras do segmento Bovespa Mias]. A proposta já está na mão do governo e diria que está muito bem encaminhado. A CVM [Comissão de Valores Mobiliários] também faz parte deste projeto e já está colocando em audiência pública algumas demandas", afirmou Edemir. "Acredito que até o final do ano devemos ter algumas decisões. A Câmara de Listagem está analisando e deveremos tomar alguma decisão até o final do ano", acrescentou o presidente da BM&FBovespa. Eduardo Puccioni e Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Flavia Bohone Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Novas ofertas devem vir a mercado até o fim do ano Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: São Paulo, 29 de agosto de 2013 - A BM&Fbovespa ainda aguarda algumas ofertas de ações até o final de 2013. Para o presidente da companhia, Edemir Pinto, é possível perceber empresas fazendo registro, mas com a proximidade do final do ano, fica cada vez mais complicado a oferta sair ainda em 2013, pois é preciso cumprir um cronograma extenso para a operação ser realizada. "Temos algumas empresas fazendo registro e podemos ter mais alguma oferta até o final do ano. Mas acho pouco provável que tenha um número elevado de ofertas, pois estamos nos aproximando do final do ano e isso dificulta a própria programação da oferta. A expectativa é grande, mas para uma janela de oportunidades que ainda não se abriu", afirmou Edemir, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campos do Jordão. Eduardo Puccioni e Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Flavia Bohone Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Edemir se diz frustrado com resultado do Grupo EBX Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: São Paulo, 29 de agosto de 2013 - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou ontem (29) que se sente frustrado com o resultado das empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista. Segundo o executivo, existem diversas empresas pré-operacionais com capital aberto no mundo inteiro e afirmou ainda que o ocorrido não manchou a imagem da bolsa no mercado externo. "A gente também se frustrou, principalmente com o resultado. Esse não é o resultado que ele [Eike] esperava, não era o objetivo dele. Posso dizer que ele tinha as melhores intenções. Todo o dinheiro que ele captou foi para dentro de todas as empresas que ele abriu capital. O Eike não colocou a mão em nenhum real do que foi colocado no mercado. Tudo foi investido para o desenvolvimento das empresas. Por isso que há uma frustração", afirmou o executivo, durante a abertura do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campos do Jordão. "Não acredito que tenha manchado a imagem da bolsa no mercado externo [sobre as empresas do Grupo EBX]. Temos conversado muito com eles [Grupo EBX]sobre tudo que vem acontecendo", explicou o presidente da BM&FBovespa. Eduardo Puccioni e Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Flavia Bohone Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Política fiscal atual manterá inflação em alta Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: São Paulo, 30 de agosto de 2013 - A inflação no Brasil deverá seguir em alta enquanto o governo não mudar sua política fiscal, afirmou hoje a sócia-diretora da Galanto, Monica Baumgarten. "A confiança na economia do Brasil no mercado externo está quase zero. O Brasil precisa mudar a política econômica para voltar a ter a credibilidade que conquistou entre 2008 e 2009", explicou a executiva, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campo do Jordão e é organizado pela BM&FBovespa. Baumgarten disse ainda que a inflação é o eterno pesadelo do Brasil e que nos últimos anos, a inflação de serviços tem sido a grande vilã da economia brasileira. "Nos últimos três anos, tivemos um momento mais hostil da economia global, com países apresentando mudanças nas condições de política monetária. Tudo isso colaborou para o Brasil perder um pouco da confiança, pois fomos prejudicados com esse cenário global", afirmou Baumgarten. A executiva lembrou também que os bancos públicos têm representado mais de 50% das concessões de crédito no Brasil e que isso acabou influenciando para a alta da inflação nos últimos meses. "Com apenas três bancos públicos, atingimos um patamar de concessão de crédito da época em que os bancos estaduais foram privatizados. Isso influencia bastante na inflação", disse Baumgarten. Baumgarten afirmou que a inflação no Brasil passou a ser percebida como um problema mais sério quando foi pressionada pelo segmento de alimentos. "Quando a inflação passou a ser pressionada pelos alimentos, o governo passou a se preocupar, pois as pessoas não vão deixar de comer", afirmou a sócia-diretora da Galanto. Câmbio Logo em seguida à fala de Baumgarten, o ex-diretor para Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), Alexandre Schwartsman, afirmou que um maior controle fiscal pela equipe econômica do governo ajudaria a manter o cambio desvalorizado, sem perder o controle sobre a inflação e baixando as taxas de juros. "Algum grau de controle sobre o câmbio é possível", afirmou ele. "O câmbio nunca está onde queremos porque não tomamos as medidas necessárias para isso". Schwartzman alertou que, mesmo com um maior ajuste no lado fiscal, o câmbio ainda dependerá prioritariamente das evoluções nos preços das commodities e do preço do dólar. Eduardo Puccioni e Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Flavia Bohone Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Atraso nas concessões serviu p/ dar maior segurança Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: São Paulo, 30 de agosto de 2013 - O sócio-fundador da Mauá Investimentos, Luiz Fernando Figueiredo, disse hoje que os atrasos nas concessões das obras de infraestrutura no Brasil foram necessários para que se criassem regras mais claras para os participantes, podendo atrair empresas mais otimistas para o programa. Porém, com a demora nas concessões, o especialista afirmou que o efeito positivo no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro também vai demorar para acontecer. "Me parece que o atraso nas concessões tem motivo certo, tornar mais palatável cada concessão aos investidores, mais segurança, retorno mais adequado. O Brasil, nos últimos 15 e 20 anos, investiu pouco para não dizer nada em infraestrutura, gerando gargalos importantes. As concessões devem destravar algumas questões, mas deve demorar cinco anos para gerar um efeito positivo no PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro", explicou o especialista, durante o sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campos do Jordão e é organizado pela BM&FBovespa. Eduardo Puccioni e Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Eliane Leite Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Resultados do 2T13 estão descolados, diz Baumgarten Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 30 de agosto de 2013 - Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre não são um indício do andamento da economia brasileira no segundo semestre, pois os bons números do período foram produzidos por fatores sazonais, afirmou a sócia-diretora da Galanto, Monica Baumgarten. Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB brasileiro subiu 1,5% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro trimestre de 2013, alcançando, em valores correntes, R$ 1,202 trilhão. No primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre de 2012, a expansão foi de 0,6%. "O PIB, quando sai, ele sai com uma defasagem razoável, e é espelho do passado. É bom olharmos para trás, e se temos uma perspectiva de continuidade, temos uma perspectiva para o futuro. Mas este não é o caso do Brasil. O que tivemos no inicio do segundo trimestre foi uma quebra na economia brasileira, em todo quadro político e social", disse ela, durante o sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campos do Jordão e é organizado pela BM&FBovespa. "O segundo trimestre aparenta estar descolado". A expectativa de Baumgarten para o terceiro trimestre é de que o PIB do país ficará "paradão". Balança de pagamento A sócia-diretora da Galanto disse também que o Brasil não corre o risco de enfrentar uma crise em sua balança de pagamento, como ocorreu no País e nas economias emergentes durante a década de 1990. "Primeiro porque temos um regime de cambio lutuante, o que não havíamos na década de 1990. Olhando para os nossos indicadores de vulnerabilidade, nós estamos relativamente bem. Nosso estoque de reservas internacionais não nos deixa vulnerável à crise como vimos no Brasil. A nossa situação é perfeitamente gerenciável", disse. Ela alertou que o governo precisa unificar os discursos sobre como lidará com as questões relativas ao câmbio, para evitar sinais mistos ao mercado. "As últimas declarações do governo não aparecem muito sensatas quando se está no meio da turbulência", disse. Eduardo Puccioni e Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Eliane Leite Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Desaceleração de compras do Fed é questão ambigua Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 30 de agosto de 2013 - Além da questão de quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) começará a desacelerar as compras mensais de US$ 85 bilhões em títulos, o que complica as análises sobre o futuro do programa de aquisições é o significado da expressão "desacelerar", pois ela tem um caráter ambíguo, afirmou o vencedor do Prêmio Nobel em Economia em 2011, Thomas Sargent. "O Fed procura dar vários sinais do que fará, não só [o presidente Ben] Bernanke, mas presidentes dos Feds locais. Eles não querem surpreender o mercado", afirmou ele, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campos do Jordão e é organizado pela BM&FBovespa. "Eu não sei quando começarão a desacelerar. E outra coisa que torna a situação complicada é ambiguidade da situação. Desacelerar significa fazer menos, mas o que isso significa e por quanto tempo". Para o professor da New York University, as consequências da desaceleração para os fluxos internacionais de capital são muito difíceis de prever Sucessão de Bernanke Sargent também comentou sobre a sucessão de Bernanke na presidência do banco central, polarizada entre a atual vicepresidente, Janet Yellen, e o secretário do Tesouro do país durante a administração do presidente Bill Clinton, Laurence Summers,preferindo não apontar favoritos, e dizendo que não faz diferença quem será o novo responsável pela política monetária norte-americana. "Quando [o economista norte-americano Milton] Frideman foi perguntado sobre isso [sucessão no Fed], durante a sucessão do [ex presidente do Fed, Paul] Volcker, ele disse que não importa, porque quem for o novo presidente fará o mesmo. Este trabalho envolve chefiar uma grande burocracia, que tem uma tradição de como fazer questões técnicas e regulatórias. Ele terá de ser um administrador e um porta voz", afirmou. Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Flavia Bohone Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: OGX e PDG tiraram 10 mil pnts do Ibovespa desde 2010 Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 30 de agosto de 2013 - O desempenho das ações da OGX Petróleo e da PDG, de 2010 até 20 de agosto deste ano, fizeram o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, perder mais de dez mil pontos, segundo Luis Stuhlberger, diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo Asset Management. "No caso da OGX todo mundo sabe o que tem acontecido. Já a PDG, as ações caíram muito na época em que anunciou a compra da Agre", explicou o executivo durante o sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campos do Jordão e é organizado pela BM&FBovespa. A equipe de Stuhlberger realizou uma análise que mostrou que das cerca de 117 ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) realizadas desde 2005, aproximadamente 37 ofertas tiverem desempenho superior ao certificado de Depósito Interbancário (CDI) até o dia 20 de agosto último. Por outro lado, 15,3% das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) tiveram uma perda média anualizada logo após a operação ser realizada. Eduardo Puccioni / Agência CMA Edição: Eliane Leite Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Brasileiros são pessimistas com futuro, diz O'Neill Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 30 de agosto de 2013 - O clima de pessimismo do mercado brasileiro em relação à economia do País está um tanto exagerado, afirmou o ex-presidente e economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O'Neill, que acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) potencial brasileiro é de 4%, aos invés dos 2% e 2,5% declarados pela maioria dos analistas. "O Brasil está indo melhor, e não pior", afirmou ele durante o sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campos do Jordão e é organizado pela BM&FBovespa. "Dos BRIC [grupo composto por Brasil, Rússia, India e China], a India é o mais fraco do grupo em termos de crescimento sustentável. O Brasil está mais perto da China do que da Rússia, que muitos acreditam ser o mais fraco". Apesar de estar um pouco mais otimista que muitos dos economistas do Brasil, O'Neill - que cunhou a sigla BRIC em 2001 ressaltou que o País precisa realizar alguns ajustes para conseguir crescer, como manter a desvalorização cambial - para ele a taxa de câmbio deveria estar em R$ 2,40 ante o dólar - e precisa estimular mais investimentos do setor privado. "Existe uma possibilidade de termos uma surpresa neste ano [em termos de crescimento], isto se a economia não desacelerar no terceiro trimestre", disse ele, fazendo referência aos dados do PIB do segundo trimestre, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Eu acho que sou realista [quanto a um crescimento potencial de 4%]. Se fosse otimista, diria que o potencial é de 5%". O governo brasileiro pode colaborar para este cenário através de uma redução real dos juros, por meio de uma diminuição de gastos. E também não tentando imitar o crescimento da China, por meio de um estado fortemente interventor. "Ninguém pode fazer o que a China fez, somente a China. E nem eles querem mais isso", disse. Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Eliane Leite Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: China crescerá como EUA e vice versa, diz O'Neill Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 30 de agosto de 2013 - Nesta década, os Estados Unidos apresentarão um padrão de crescimento parecido com o que a China registrou na década passada, enquanto a China terá o mesmo tipo de expansão que os Estados Unidos registrou há dez anos, afirmou o ex-presidente e economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O'Neill. De acordo com ele, a economia norte-americana passará a exportar mais, enquanto os chineses importarão mais. Segundo dados apresentados por ele, a conta corrente dos Estados Unidos passou de um déficit de 6% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 para um saldo negativo de 3%. Os chineses, por sua vez, virão o superávit passar de 10% para 3%, no mesmo período. Sobre a China, considerando este reajuste sendo praticado pelas autoridades econômicas, que estão mudando o padrão de crescimento de investimentos e exportações para importação e estímulos ao mercado interno, O'Neill - que cunhou a sigla BRIC em 2001 - afirmou que o mercado terá de prestar mais atenção aos dados sobre as vendas no varejo e a renda dos chineses. "O PIB não interessa mais. O que interessa será o que eles consomem, o que eles estão importando", disse ele durante o sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que acontece em Campo do Jordão e é organizado pela BM&FBovespa. Este fenômeno, de acordo com ele, não é algo que precisa preocupar, mesmo que ele esteja causando a desaceleração da economia. "A China está fazendo o correto", declarou. "A China está fazendo o seu dever de casa, está se ajustando". Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Eliane Leite Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Leilão de swap do BC é pouco eficaz, afirma Franco Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos de Jordão, 31 de agosto de 2013 - A demanda de dólar pronto é muito maior que a demanda de swap cambial, segundo o estrategista-chefe e presidente do conselho de administração da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco. "O dólar pronto é seis vezes mais forte que o swap. O mercado quer saber por que não se usa o instrumento mais forte", explicou o especialista, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&Bovespa, falando sobre ineficiência do Banco Central (BC) em conter a recente valorização da moeda norte-americana frente ao real. Franco disse ainda que primeiro é necessário saber qual a intenção do governo em relação ao dólar. "Não adianta falar sobre instrumentos se não souber o que o governo está querendo. A reserva cambial é a arma mais poderosa para conter essa alta", afirmou o estrategista-chefe da Rio Bravo. O especialista preferiu não fazer projeções sobre a cotação da moeda no futuro, mas afirmou que eventos importantes podem fazer a moeda valorizar ainda mais por causa da aversão ao risco nos mercados. "O primeiro motivo para acreditar que o dólar pode sofrer um pouco mais é a piora nos números fiscais do Brasil, além disso, o segundo ponto seria o período de eleições que vem se aproximando", explicou Franco. "O Banco Central do México trabalha com a venda de contratos de opções de câmbio para segurar a cotação. Talvez isso seria mais eficaz no Brasil", disse Franco. Eduardo Puccioni / Agência CMA Edição: Douglas Antunes Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Condições monetárias estão se normalizando Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: CONGRESSO BM&FBOVESPA: Condições monetárias estão se normalizando Campos do Jordão, 2 de setembro de 2013 - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou no sábado (31) que a autoridade monetária manterá o compromisso de com a estabilidade financeira no mercado brasileiro, já que a economia mundial passa por uma transição. "Nos últimos cinco anos, o mundo conviveu com a flexibilização das condições monetárias nas economias avançadas, com política monetária convencional no extremo e várias iniciativas não convencionais", explicou Tombini, durante apresentação no 6o Congresso Internacional dos Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&FBovespa. Tombini alertou ainda que a normalização das condições monetárias nas economias avançadas já começou e que as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, já mudou. "Os mercados se anteciparam aos fatos e, na ausência de informações claras e precisas de como se dará esse processo de retirada dos estímulos monetários, os preços dos ativos financeiros estão mais voláteis", disse o presidente do BC. "As economias emergentes são as mais impactadas por essa volatilidade. Sempre foi assim. E não é diferente no caso da economia brasileira", acrescentou Tombini. O presidente do BC afirmou que o Brasil está preparado para essa volatilidade. "O sistema financeiro está sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões", disse. Durante seu discurso, Tombini afirmou também que foram observadas entradas de recursos externos ao longo dos últimos anos, destacando a importância do ocorrido. "Nos últimos anos, observamos uma recomposição da natureza dos ingressos de recursos estrangeiros, com o aumento dos capitais de mais longo prazo e a moderação dos de curto prazo", avaliou. "A propósito, desde que a volatilidade aumentou em meados de maio, continuamos observando fluxo positivo tanto de investimento direto quanto de portfólio, inclusive com o aumento da participação de investidores estrangeiros na dívida mobiliária pública interna", disse Tombini. O presidente do BC lembrou que ao longo dos últimos dois anos, foi criado um "colchão" para aliviar impactos da crise internacional. Com isso, o BC elevou em US$ 90 bilhões suas reservas internacionais, ultrapassando os US$ 370 bilhões. "Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção [hedge] aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado", explicou Tombini. Assunto: BM&FBOVESPA: Crise foi resultado de perda de confiança, diz Dodd Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 2 de setembro de 2013 - O que aconteceu nos Estados Unidos durante a crise de 2008 foi uma perda de confiança nas estruturas financeiras e nos bancos, aliada a um sistema regulatório desatualizado, afirmou o ex-senador norte-americano Christopher Dodd, um dos responsáveis pela elaboração da lei Dodd-Frank, que reformou o sistema financeiro do país. "Os eventos que levaram a crise geraram uma perda de confiança no sistema financeiro", afirmou ele, no sábado, durante o sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que aconteceu em Campos do Jordão e foi organizado pela BM&FBovespa. "O sistema regulatório estava desatualizado, ele não acompanhou a evolução do mercado financeiro". Apesar de ressaltar a importância do projeto, o ex-senador afirmou que a reforma do sistema financeiro dos Estados Unidos não está como ele gostaria, pois foi necessária uma série de concessões para conseguir a aprovação da legislação no Congresso. "Não concordei com tudo. Eu teria escrito ela de maneira diferente. Por exemplo, eu teria feito uma reforma do sistema de supervisão do Fed [Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e outras coisas. Tive que lidar com os meus colegas, com o Congresso e a Casa Branca", disse. O ex-senador Dodd relatou como foi a aprovação do programa de compras de ativos de instituições financeiras com problemas, o Tarp, em outubro de 2008, citando uma fala do presidente do Fed, Ben Bernanke, na ocasião das negociações entre o Congresso e o governo do então presidente George W. Bush."Normalmente de tom de voz manso, Bernanke foi enfático: 'a não ser que vocês [políticos] atuem nos próximos dias, o sistema financeiro dos Estados Unidos, e de parte do mundo, derreterá", contou. "O Tarp foi a ação mais necessária e impopular que já vi nos últimos 40 anos. Muitos senadores perderam assentos nas eleições por isso", disse. "A história debaterá por anos se fizemos a coisa certa. Muitos vão dizer que foi errado, mas irei para meu túmulo achando que fizemos a coisa certa". Sobre o mandato de Bernanke, o antigo senador foi bastante elogioso. "Ben Bernanke fez um grande trabalho. Ele saiu da academia e não do mercado, então demorou um pouco para ele impor sua liderança, mas a história mostrará que ele fez um trabalho extraordinário, que sua liderança foi muito importante", disse. Ele não quis falar sobre o processo de sucessão da presidência do Fed, afirmando que os dois potenciais candidatos ao comando da instituição - o ex-secretário do Tesouro Larry Summers e a atual vice-presidente do banco central norteamericano, Janet Yellen - são qualificados para o cargo. Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Gustavo Nicoletta Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Ações de Dilma inibem investimentos internacionais Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: CONGRESSO BM&FBOVESPA: Ações de Dilma inibem investimentos internacionais São Paulo, 2 de setembro de 2013 - As ações tomadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff estão espantando investimentos internacionais na área de commodities agrícolas, afirmou o cofundador do Quantum Fund e investidor norte-americano, Jim Rogers. Ele declarou que não possui investimentos no país e não pretendem fazer no futuro próximo. "O potencial é extraordinário no Brasil, mas até que as políticas mudem, não farei investimentos", afirmou ele no sábado, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que aconteceu em Campo do Jordão e foi organizado pela BM&FBovespa. Entre as medidas criticadas por Rogers estão tarifas especiais de importação aos chineses e taiwaneses, os maiores clientes do Brasil, medidas de controle de câmbio e proibição de investimentos internacionais no setor agrícola. "O que acontece no Brasil é quando o mercado com tendência 'bull' [de alta] vem, o país passa por 15 anos de prosperidade. Mas quando ele se vai, e o governo passa a aprovar leis erradas", afirmou. "Ela [Dilma] precisa remover todos os controles cambiais, deixar o real mais livre para receber investimentos, deixar os agricultores receberem investimentos internacionais, remover subsídios e abrir a economia. O Brasil poderia e deveria ser um dos maiores países do mundo, mas acho que não será, por conta dos erros daquela senhora [Dilma]". Assunto: BM&FBOVESPA: China será país do século 21 e EUA perderão força Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: CONGRESSO BM&FBOVESPA: China será país do século 21 e EUA perderão força Campos do Jordão, 2 de setembro de 2013 - Nos próximos anos, os Estados Unidos devem apresentar uma nova recessão, maior que a de 2008, teremos forte volatilidade no mercado cambial, afirmou o cofundador do Quantum Fund e investidor norte-americano, Jim Rogers, acrescentando que a China será o país do século 21. "Estamos vendo uma nova mudança histórica, e é preciso se preparar para isto", afirmou ele no sábado, durante o sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que aconteceu em Campo do Jordão e foi organizado pela BM&FBovespa. "A China será o maior país do mundo, gostemos ou não. O século 21 será da China. Eles se dizem comunistas, mas eles são alguns dos melhores capitalistas do mundo. Eles querem viver como no Ocidente, e vão fazer de tudo para alcançar isto." O otimismo de Rogers com a China contrasta com seu pessimismo em relação ao seu país natal, os Estados Unidos - ele vive atualmente em Cingapura - e as outras economias avançadas do Ocidente, como a zona do euro. "Temos uma segunda recessão vindo dos Estados Unidos. Deve ser de quatro a seis anos, e não vamos sobreviver a ela", afirmou Rogers, que disse também que esta previsão está baseada na tendência da economia norte-americana registrar problemas econômicos em intervalos de quatro anos. Ele se mostrou cético em relação ao programa de compra de ativos do Federal Reserve (Fed, o banco central norteamericano), o "quantitative easing" (QE), dizendo que ele só resultará em inflação, mostrando dúvidas sobre os dados sobre os preços no país. Os últimos dados mostram que o índice de preços ao consumidor norte-americano subiu 0,2% em julho ante junho, em termos sazonalmente ajustados, segundo o Departamento do Trabalho. Na comparação anual, o índice teve alta de 2%. "Temos inflação nos Estados Unidos, o governo mente sobre isso. Todos que vão às compras sabem que os preços estão subindo", afirmou. "Ela existe e vai piorar, porque o Fed imprimiu muita moeda. [o presidente do Fed, Ben] Bernanke e as pessoas em Washington só sabem imprimir dinheiro". Diante deste cenário, e do fato de os Estados Unidos serem os maiores devedores do mundo, Rogers afirmou que é preciso se afastar do dólar, apesar de ele admitir que possui a moeda em carteira. "Não confio no dólar, mas vejo grandes problemas no mundo e muitos acabarão fugindo para o dólar. Ele não é um porto seguro, mas as pessoas acreditam que é. O mundo mudará para outras moedas no futuro", projetou. Sobre o euro, ele não acredita que o projeto de moeda única está fadado ao fracasso no futuro próximo, embora não descarte o seu fim. A sua expectativa é de que o bloco não seja como vemos atualmente, com alguns países entrando e outros saindo. Investimentos Diante desta conjuntura, Rogers afirmou que o melhor investimento são as commodities, especialmente as agrícolas, visto que houve pouco investimento em produção nos últimos anos, ao contrário das metálicas. "Não tenho muitas ações. O melhor mercado que vejo no momento é o mercado de commodities", disse. "O mundo está consumindo mais do que produzindo. Vemos baixos níveis de estoques, temos uma falta de produtores agrícolas". Entre os produtos em que está produzindo, ele destacou o café e o açúcar. Ele demonstrou também ceticismo quanto ao mercado de títulos. "O mercado de títulos está subindo desde 1981, mas Assunto: BM&FBOVESPA: China será país do século 21 e EUA perderão força Veículo: AGÊNCIA CMA (continuação) Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros começará a cair", projetou. "Sugiro que vocês vendam [os títulos que tiverem em mãos], a não ser que sejam de curtíssimo prazo ou especiais. Se vocês são gestores de títulos, sugiro que procurem um novo emprego". Assunto: BM&FBOVESPA: Brasil pode ter uma bolha imobiliária, diz Schiller Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão, 2 de setembro de 2013 - O forte aumento de preços dos imóveis no Brasil nos últimos cinco anos pode representar a formação de uma bolha no setor, mas não há nada certo ainda, afirmou o professor de economia da universidade de Yale e cocriador do índice S&P/Case-Shiller que mede os preços de imóveis residenciais nas 20 principais regiões metropolitanas dos Estados Unidos, Robert Schiller. "Os preços dos imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro mais que dobraram a partir 2008. Se fosse racional, estaríamos vendo uma variação [na tendência de alta], mas o que ocorre é que está tendo um crescimento constante", disse ele no sábado (31), durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que aconteceu em Campo do Jordão e foi organizado pela BM&FBovespa. "Não tenho provas objetivas, mas dobrar o preço da habitação em cinco anos nunca ocorreu nos Estados Unidos". Schiller admitiu que não possui muito conhecimento sobre o mercado imobiliário brasileiro, por isso afirma que as explicações dadas por analistas brasileiros do setor, entre elas demanda reprimida dos consumidores e baixa oferta de novos imóveis, podem explicar esta alta. "Mas apoiadores de bolhas podem apoiar ideias assim", ressaltou. De acordo com ele, o governo precisa estar alerta para esta possibilidade, especialmente por conta do programa "Minha Casa, Minha Vida", que pode estar colaborando para um aumento insustentável dos preços. O incentivo ao mercado de construção é fundamental para mitigar estes problemas, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, pois "bolhas tendem a ocorrer em cidades mais conhecidas". "Se existir uma bolha no Brasil, ela pode produzir algum tipo de fraqueza na economia, mas não será um desastre. Os japoneses [que viveram uma bolha imobiliária ente 1986 e 1991] reclamam muito da década perdida, mas eles continuam a crescer 1% a 2% ao ano", afirmou Schiller. "Mesmo se existir uma bolha, o Brasil tem um futuro brilhante". Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Douglas Antunes Copyright 2013 - Agência CMA Assunto: BM&FBOVESPA: Programa ofertará proteção superior a US$ 100 bi Veículo: AGÊNCIA CMA Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: CONGRESSO BM&FBOVESPA: Programa ofertará proteção superior a US$ 100 bi Campos do Jordão, 2 de setembro de 2013 - O programa de leilões de swap cambial que o Banco Central (BC) anunciou recentemente deve gerar uma proteção superior a US$ 100 bilhões aos agentes de mercado, segundo o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini. "Esse programa, além de conferir previsibilidade, ofertará aos agentes econômicos proteção cambial [hedge] superior a US$ 100 bilhões, se considerarmos o montante de proteção que já foi disponibilizado", afirmou Tombini, durante o 6o Congresso Internacional dos Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&FBovespa. O programa do BC, que vai até o final de 2013, realiza leilões de swap cambial diário. Semanalmente são realizadas ofertas no montante de US$ 2 bilhões em contratos de swap, e leilões de venda com compromisso de recompra, no total de US$ 1,0 bilhão. "Se necessário, realizaremos operações adicionais", afirmou o presidente do BC. "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira. E essa estratégia estará presente durante todo o período de transição entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global", acrescentou Tombini. Sobre as ações do BC para o futuro, Tombini destacou que serão realizadas ações no âmbito do Programa "Otimiza BC", que visam reduzir custos administrativos, operacionais e processuais e consolidar um novo modelo de governança para a racionalização do fluxo de informações entre o Banco Central e o Sistema Financeiro. Além disso, o BC tem o projeto de revisão do arcabouço regulatório referente ao segmento não bancário de intermediação, para promover ambiente de negócios mais equilibrado e com menores custos operacionais. O presidente do BC lembrou também do Certificado de Operações Estruturadas (COE), que dará maior transparência e segurança jurídica e operacional às operações estruturadas de captação. "Estamos acompanhando de perto também o projeto da BM&FBovespa de integração de suas clearings de ações, derivativos, ativos e câmbio. É, sem dúvida, um projeto audacioso e complexo, à altura do moderno e eficiente Sistema de Pagamentos Brasileiro", finalizou Tombini. Assunto: "Acho difícil ter uma crise cambial no Brasil", diz Alexandre Schwartsman Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: "Acho difícil ter uma crise cambial no Brasil", diz Alexandre Schwartsman INFOMONEY (CAMPOS DO JORDÃO*) - O economista, consultor e ex-diretor do BC Alexandre Schwartsman acredita que o Brasil não corre o risco de sofrer com uma crise cambial apesar da forte desvalorização do real nos últimos meses e da rápida deterioração das contas externas. Durante o congresso da BM&FBovespa que acontece em Campos do Jordão (SP), ele disse que é provável que o déficit externo deverá crescer para cerca de 3,5% a 4% do PIB neste ano, mas lembrou que o perfil da dívida brasileira mudou muito em uma década. O Brasil se tornou credor líquido em dólares - ou seja, a dívida em moeda estrangeira é menor do que as reservas -, o que faz com que a desvalorização do real tenha o efeito positivo de reduzir a dívida líquida do governo. Veja a seguir os principais trechos da palestra e da entrevista de Schwartsman: CÂMBIO O câmbio não pode ser colocado em determinado valor pelo governo no longo prazo. Dá para tentar manipular outras variáveis que influenciam o câmbio, mas não o câmbio em si. A maioria dessas variáveis está completamente fora do poder governamental. O câmbio depende principalmente de quatro números: dos termos de troca (preços de importações e exportações), do risco-país (apetite por ativos locais), da cotação internacional do dólar (reflexo agora da expectativa de mudança da política monetária americana) e da dívida externa (essa não tem muita relevância agora). Quando as commodities se valorizam 10%, o real sobe 6%. Quando o índice de volatilidade VIX (que mede o risco) aumenta, o real cai. Quando há um diferencial de taxa de juros de 1 ponto percentual no Brasil em relação ao exterior, o real se valoriza 0,8 ponto. Apesar de todas essas forças terem seus efeitos, o principal efeito sobre o real é o do preço das commodities. Já a única variável que está sob o controle do governo é a taxa de juros. Mas o poder dos juros sobre o câmbio é menor que o das outras variáveis. As intervenções do BC podem ajudar a trazer a cotação do dólar para onde o governo quiser. Mas não se sabe o que realmente o governo quer. Primeiro ele queria depreciar o real, agora quer segurar. Primeiro o mingau estava muito frio e agora está muito quente. Acho difícil haver uma crise cambial no Brasil nas atuais circunstâncias. Tem uma deterioração das contas externas, com um déficit projetado de 3,5% a 4% do PIB neste ano. Mas não desperdiçamos totalmente os últimos anos. Houve uma mudança do perfil da dívida externa. O país e o governo são muito mais endividados em reais. É credor externo e devedor interno, em termos líquidos. Mesmo o investidor externo hoje vem para o Brasil e investe em títulos em reais. Então há um cará ter pró-cíclico no passivo externo. Isso tirou o medo da desvalorização cambial do ponto de vista de dívida. Antes aumentava a dívida quando o câmbio subia. Tinha consequência nefasta porque elevava o passivo de empresas e do governo. Se não fizerem nenhuma bobagem, a possibilidade de uma crise cambial não me tira o sono agora. INTERVENÇÕES A partir de 2012, o câmbio se valoriza muito mais que a queda do preço das commodities. No início, o governo promoveu a desvalorização da moeda, com o IOF e o compulsório sobre posições vendidas. A percepção de risco aumentou e essa desconfiança leva a uma desvalorização maior do real. Quando o câmbio começa a desviar muito, deveria ficar mais tentador vender moeda. Só que está demorando para aparecer vendedor. O problema é que as políticas de intervenção do passado puniram o vendedor de moeda estrangeira no mercado futuro. O IOF e o compulsório impuseram perdas grandes aos investidores. Numa situação como essa, ninguém entra para vender moeda estrangeira no mercado futuro porque, quando a moeda começar a reverter o curso, o mercado teme perder dinheiro de novo com uma canetada. As pessoas aprendem com o que aconteceu. PIB O PIB cresceu 4% ao ano na década passada porque a taxa de desemprego era de 12% e veio para 5%. Agora não vamos trazê-la de 5% para -2%. O crescimento acima do potencial da década passada teve o efeito benéfico de baixar o desemprego. Mas é importante notar que crescimento potencial sempre foi muito menor do que 4% - do contrário, não teria Assunto: "Acho difícil ter uma crise cambial no Brasil", diz Alexandre Schwartsman Veículo: INFOMONEY (continuação) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros havido essa queda do desemprego. O Brasil tem muito que aprender com a Austrália. Os termos de troca os favoreceram muito na década passada, assim como o Brasil. Agora eles estão passando muito melhor pelo atual momento porque a economia é mais flexível, tem contas fiscais mais bem arranjadas e instituições mais sólidas. Eles conseguem crescer e manter o tripé, independente do cenário. Não precisa nem ir tão longe, basta olhar para Chile e México. Dá para crescer com estabilidade, basta fazer reformas. O câmbio não importa muito quando é flutuante. Ele ajuda a absorver choques externos e ajustar economia. O crescimento da economia de longo prazo depende menos do câmbio do que parece. Não é só ter câmbio de R$ 2,70 para produzirmos bens em estado de arte. Depende mais da produtividade, que ninguém sabe direito como melhorar. Mas tem sinais: mercados mais flexíveis, regras estáveis, instituições que permitem que todos se apropriem da riqueza. É deixar o tripé cuidar da estabilidade e tentar acelerar o crescimento vias reformas. No começo do governo Lula, o câmbio estava depreciado e a inflação, acima da meta. O Lula divulgou a Carta ao Povo Brasileiro, trouxe o Antonio Palocci e o Henrique Meirelles para o governo e aumentou superávit primário. Também fizeram algo que era o contrário do que o PT sempre pregara que foi a reforma da previdência. Por analogia, hoje tem que ser feito alguma coisa do lado fiscal, mas não um anúncio pouco crível. Não adianta nada divulgar um número e depois alguém do Tesouro dar um "jeitinho" para entregálo. O governo deveria fazer um anúncio que custe capital político, mas que seja necessário. Poderia mandar outra reforma previdenciária, por exemplo. Mas acho que a chance de isso acontecer é zero. INFLAÇÃO E JUROS O BC está subindo os juros, mas ninguém acredita que entregue inflação na meta. Ele não quer entregar inflação na meta. Parece que há um teto para até o onde os juros podem subir. A inflação tem ficado persistentemente acima da meta. Nos últimos meses, a inflação caiu no resto da América Latina, mas não chegou mais perto da meta no Brasil. A política fiscal não ajuda, é sempre expansionista. O Orçamento de 2014 prevê crescimento do PIB de 4% - não vamos ter isso e não conseguiremos atingir o superávit primário necessário. *O jornalista João Sandrini viajou a convite da BMF&FBovespa Assunto: "O Brasil não pode crescer mais que 2% sem inflação", diz Persio Arida Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: "O Brasil não pode crescer mais que 2% sem inflação", diz Persio Arida INFOMONEY (CAMPOS DO JORDÃO*) - O ex-presidente do BC e do BNDES e sócio do BTG Pactual, Persio Arida, acredita que a economia brasileira não pode crescer mais que 2% ao ano sem que isso gere inflação. Durante o congresso da BM&FBovespa que acontece em Campos do Jordão (SP), Arida afirmou que o governo tem que gastar menos, reduzir subsídios a pessoas e empresas e desindexar o salário mínimo para que os juros possam cair de forma sustentável. Isso incentivaria o mercado imobiliário, os investimentos em infraestrutura e as concessões, resolvendo a principal anomalia da economia brasileira, que são os juros altos. Leia a seguir os principais trechos da palestra: QUADRO ECONÔMICO A economia está em pleno emprego. A inflação está no topo da banda apesar de isenções fiscais anunciadas para diminuí-la. O superávit da balança comercial está diminuindo. Você acha que esse é um quadro econômico de um país que está crescendo mais ou menos do que pode? A resposta óbvia é que a economia está crescendo mais do que pode. Mas ao mesmo tempo o crescimento econômico é a frustração nacional. O crescimento do PIB potencial é muito mais baixo que o imaginado. Não quer dizer que estamos fadados a um crescimento baixo. Depende das políticas que forem adotadas pelo governo. É preciso uma política fiscal ou monetária mais dura. O Copom está subindo os juros porque a economia brasileira está aquecida demais em relação ao seu potencial. Como estamos em pleno emprego, não precisa crescer muito para que o mercado de trabalho fique desequilibrado. O aumento do salário mínimo, indexado à inflação e ao PIB, foi um passo atrás. É socialmente justo e bom porque ajuda as camadas mais pobres da população. Mas o aumento do salário mínimo vira referência para todos os aumentos salariais e da aposentadoria do INSS. O Brasil é um dos poucos países do mundo que dá reajuste real a aposentados. Só que o país fica condenado a choques de salário real, e a Selic precisa subir mais para estabilizar a inflação. A taxa de desemprego precisa subir para 6,5% a 7%. O mercado de trabalho cresce 1% ao ano. A produtividade está caindo ao longo do tempo. A produtividade capta tudo o que está errado na economia, crédito subsidiado, carga tributária elevada. É resultado de muitas distorções e de economia fechada. O Brasil não pode crescer mais do que 2% ao ano sem pressionar a inflação. Estamos em uma rota de baixo crescimento. Esse número de PIB de hoje (crescimento de 1,5% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre) é olhar pelo retrovisor. A GRANDE ANOMALIA A grande anomalia do mercado financeiro são os juros reais altos e os investidores obcecados por liquidez. É por isso que o crédito imobiliário em relação ao PIB é baixo, entre outras distorções. Todas as política deveriam ser pensadas para que os juros fossem baixos com inflação sob controle. O superávit fiscal deveria ser pensado dessa maneira. A política fiscal é excessivamente expansionista. O que aconteceu no Brasil recente, com a extraordinária expansão de crédito subsidiado, vai na contramão do que estou sugerindo aqui. O crédito subsidiado força os juros a serem mais altos do que deveriam ser. Todos pagamos a conta desse juro mais alto, com subsídios via TJLP, via TR, via FGTS, via crédito subsidiado pelo Tesouro Nacional. Se eliminasse tudo isso, teríamos juros mais baixos e política fiscal melhor. O Brasil precisa de política fiscal contracionista. Hoje é expansionista de maneira equivocada. O governo faz doação ao invés de investimento. É uma caixa de transferência de recursos, cobra de um lado e repassa ao outro. Não sei quando tem que ajustar o superávit fiscal, mas colocar na direção certa já seria extraordinário. Faria a economia voltar à trajetória de redução permanente dos juros. O Brasil teria um potencial de crescimento muito maior com taxas de juros baixas. É isso que faria Brasil dar um grande salto de crescimento. Infraestrutura, setor imobiliário, concessões, tudo isso avança com juros baixos. O Brasil poderia crescer como outros países da América Latina. A arrecadação tributária é a mais alta de todos os emergentes. Precisamos de um esforço de diminuir gastos. O que me deixa mais triste é que as políticas econômicas como um todo forçam a política monetária a ser contracionista. O ideal seria que todos os fatores dessem espaço para que a política monetária fosse expansionista sem que o BC precisasse agir para conter a inflação. Mas estamos no caminho contrário. CÂMBIO Assunto: "O Brasil não pode crescer mais que 2% sem inflação", diz Persio Arida Veículo: INFOMONEY (continuação) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros O efeito da desvalorização ainda será sentido e vai ter efeito na economia, vai forçar o BC a subir a taxa de juros. É difícil prever para onde vai o câmbio e é importante lembrar que Fed nem começou o "tapering" (reversão da política monetária frouxa dos últimos cinco anos). Até agora é só expectativa de aperto monetário. Não sei para quanto podem subir os juros nos EUA, mas a taxa média histórica é de 3% a 3,5%. E tradicionalmente tem "overshooting" (exagero) em momentos de desvalorização cambial. AGIGANTAMETO DO ESTADO E TRIBUTOS Para o BC, o que importa é o superávit fiscal. Para a produtividade, importa como o dinheiro é gasto. O problema é que o estado brasileiro está em processo de agigantamento há um bom tempo. O estado brasileiro arrecada muito e arrecada mal. Impostos como de renda ou sobre valor adicionado são bons, mas arrecadação sobre faturamento, como PIS e Cofins, é uma distorção. O gigantismo da carga tributária com contribuições e taxas tem como origem a Constituição de 1988 porque incentivou o governo federal a elevar a cobrança de tributos que não precisam ser divididos com os Estados. Se zerasse PIS e Cofins e aumentasse IR na mesma proporção, seria muito melhor. Subsídio creditício seria bom para a produtividade porque gera pior alocação dos recursos. Da forma como está sendo feita, a desoneração fiscal não gera investimento porque o empresário não sabe quando aquele incentivo vai acabar. Se baixasse impostos em geral e de forma constante, seria muito melhor. SUBSÍDIOS Muita transferência de recursos também atrapalha. É meritório em muitos casos, mas cresce num regime contínuo. Isso esvai a capacidade de investimento do estado. Mexer em tudo isso não é simples. Mexer na tributação, em FGTS, FAT, subsídios agrícolas, não é simples. Mas virar o barco em outra direção já daria um sinal positivo e poderia ajudar nos investimentos. Precisa de uma mudança permanente, com aumento de superávit primário. Parece-me cristalino que os juros podem cair. Se desindexar o salário mínimo e tornar a economia mais eficiente, poderia crescer muito mais. *O jornalista João Sandrini viajou a convite da BM&FBovespa Assunto: Apliquei no exterior por desespero, para defender os clientes, diz Luis Stuhlberger Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Sinopse: CAMPOS DO JORDÃO * - O gestor Luis Stuhlberger, responsável pela alocação de recursos do Fundo Verde, do Credit Suisse Hedging-Griffo, vem sinalizando há algum tempo sua preferência por investir em ativos do exterior em meio à falta de oportunidades claras na bolsa brasileira. Durante o 6 Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&FBovespa em Campos do Jordão, ele disse que optou por investir no exterior devido a um 'certo desespero' com a dificuldade em co Integra: CAMPOS DO JORDÃO * - O gestor Luis Stuhlberger, responsável pela alocação de recursos do Fundo Verde, do Credit Suisse Hedging-Griffo, vem sinalizando há algum tempo sua preferência por investir em ativos do exterior em meio à falta de oportunidades claras na bolsa brasileira. Durante o 6 Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&FBovespa em Campos do Jordão, ele disse que optou por investir no exterior devido a um 'certo desespero' com a dificuldade em conseguir boas opções por aqui. "Foi um certo desespero ver que o Brasil estava relativamente caro, com a combinação do dólar se valorizando. Precisava proteger o patrimônio dos clientes", disse Stuhlberger. O Verde é considerado o maior 'hedge fund' (no Brasil, a classificação é multimercado) fora dos Estados Unidos. Segundo ele, a opção de investir no exterior era originariamente para fazer hedge (proteção) da carteira. "Sempre que havia alguma grande crise no mundo, só existia possibilidade de comprar cambio e vender ações. Então acabava sobrando para a para a gente (investidores e gestores de recursos brasileiros). Acabávamos ficando sem opção e tínhamos que vender os ativos na baixa por conta de uma crise que atingia o mundo. Por isso tivemos a ideia de pedir na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) essa possibilidade dos fundos investirem lá fora", explicou. Para o gestor, atualmente a bolsa brasileira está com um preço levemente acima do justo. "Diria que a bolsa está bem precificada, com viés ligeiramente otimista - talvez tivesse que cair 5% ou 10%", disse. Problemas do Brasil Para Stuhlberger, os já conhecidos problemas brasileiros, como crescimento baixo e inflação elevada (a chamada estaginflação) podem ser resolvidas e o governo sabe o que fazer. No entanto, existem 3 motivos pelos quais a atual admiinistração não consegue resolver estes problemas. "O primeiro motivo é a falta de competência das pessoas envolvidas. Outro motivo tem a ver com o sistema político, o presidencialismo de coalizão (partidos fazem colisão com outros por interesses políticos). O terceiro e mais importante motivo é que fazer ajustes não é nada popular e o governo não os faz com medo de perder as eleições", disse. Câmbio Na opinião do gestor do verde, o atual nível do cambio brasileiro é considerado 'justo'. "Se olharmos o cambio no Brasil no ano 2000, colocarmos em uma 'cesta de moedas' de vários países com que o Brasil tem relações comerciais, e trazer para hoje, o cambio justo seria por volta de R$ 2,40 ou R$ 2,35", disse. "O que mais me surpreende é como o dólar ficou tanto tempo cotado a R$ 1,80. Isso é o que chamam de 'viés de ancoragem', quando o mercado se 'ancora' em um número por muito tempo sem olhar o todo", continuou o gestor. Em carta recente enviada aos cotistas do fundo, ele também falou que a valorização do dólar sobre as principais moedas do globo deve ter um impacto importante no preço dos ativos. "A combinação de uma economia americana forte, com o resto do mundo sem o mesmo dinamismo, é perfeita para uma alta sustentada da moeda americana. O mundo não vê um bull market (mercado altista, representado pelo touro) do dólar desde a década de 90, e isso em nossa visão terá resultados relevantes em termos de preços de ativo", disse o gestor. * O jornalista viajou a convite da BM&FBovespa Assunto: Tendência de alta dos juros deve persistir, diz Pérsio Arida Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Sinopse: CAMPOS DO JORDÃO - A política de aperto monetário do Banco Central deve persistir, com novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil esta crescendo mais do que poderia, avalia o sócio e membro do conselho do BTG Pactual, Pérsio Arida, que foi presidente do Banco Central e do BNDES. "A trajetória contracionista do BC vai continuar por um tempo razoavelmente bom", afirmou durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Na última quarta-fei Integra: CAMPOS DO JORDÃO - A política de aperto monetário do Banco Central deve persistir, com novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil esta crescendo mais do que poderia, avalia o sócio e membro do conselho do BTG Pactual, Pérsio Arida, que foi presidente do Banco Central e do BNDES. "A trajetória contracionista do BC vai continuar por um tempo razoavelmente bom", afirmou durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Na última quarta-feira, o BC elevou a taxa de juros pela quarta vez seguida para 9 por cento. Segundo Arida, o país não tem possibilidades de aquecer sua economia de forma saudável porque o mercado de trabalho não tem estrutura para atender o avanço econômico e porque fatores como a superindexação do salário mínimo e a política fiscal expansionista pressionam a inflação para cima. "Os motivos para a taxa de juro subir são cristalinos", disse. Arida avalia que o desemprego deveria chegar a 6,5 a 7 por cento para permitir uma inflação estável, enquanto o avanço anual do PIB não poderia passar de 2 por cento. Outro fator que pesa sobre a inflação e a desvalorização cambial, que ainda tem um "longo caminho a percorrer", uma vez que as taxas de juros nos Estados Unidos devem subir, mas a trajetória de fato ainda não começou. "As taxas nos EUA devem chegar a 3 ou 3,5 por cento, mas isso ainda vai ocorrer, e as taxas de juros fazem overshooting (exageram) sempre." Segundo o sócio do BTG, a preocupação do governo em relação às eleições presidenciais favorece a trajetória contracionista do Banco Central. "A maior preocupação do governo é com a inflação, e pelo motivo errado, que é a eleição no ano que vem", disse. Arida defendeu que o cenário ideal seria uma política econômica que permitisse ao Banco Central reduzir os juros, com redução de gastos do governo e de impostos e mais investimentos. Ele criticou a oferta de crédito subsidiado e a atuação agressiva dos bancos públicos no crescimento do crédito, pois isso "força os juros a serem mais altos do que poderiam ser". "Se um bloco da população tem acesso a taxas muito baixas, para outros tem que ser mais cara. Todos nós pagamos esta conta via taxas de juros mais altas", afirmou. Em meio à oscilação da Selic e ao avanço da inflação, a credibilidade do Banco Central está em franco declínio, segundo levantamento da consultoria Galanto, do Rio. A credibilidade da instituição caiu para menos de 10 por cento no mês passado, ante um pico de 90 por cento em 2007. Mesmo com a alta do PIB acima do esperado no segundo trimestre, a Maua Investimentos revisou para baixo sua previsão para o PIB no terceiro trimestre, que era de alta de 0,1 por cento e passou para queda de 0,4 por cento, segundo Luiz Fernando Figueiredo, sócio da consultoria. Assunto: Não entendo por que há busca por dólar em momentos de crise, diz Nobel de Economia Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Não entendo por que há busca por dólar em momentos de crise, diz Nobel de Economia Infomoney Durante evento da BM&FBovespa em Campos de Jordão, Thomas Sargent disse que os norte-americanos têm muito o que aprender com o Brasil sobre a inflação Por Thiago Salomão CAMPOS DE JORDÃO* - Endividamento crescente das economias, o aprendizado com o passado, vantagens do Brasil em relação aos EUA, perda da soberania do dólar nos próximos anos ... foram diversos os temas incorridos na apresentação do ganhador do prêmio Nobel em economia de 2011, Thomas Sargent, durante sua participação nesta sexta-feira (30) no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais, realizado pela BM&FBovespa em Campos de Jordão. Sargent utilizou algumas fórmulas matemáticas para explicar por que as economias se endividam mais com o passar do tempo. "Por que os países são tão endividados hoje? Porque eles incorreram de dívidas no passado e foram carregando desde então. Hoje temos que ter um 'T' (recolhimento de impostos) superior ao 'G' (compras governamentais) para ter um superávit no futuro", explica o economista formado em Harvard, que ganhou o Nobel em 2011 juntamente com Christopher Sims pela pesquisa sobre causa e efeito na macroeconomia. Ele utilizou ainda a Revolução Francesa como um dos fatores de risco na hora de promover tais mudanças. Entre 1788 e 1789, o país passava por uma crise fiscal, tendo dado "default" por mais de uma vez no pagamento de suas dívidas, e a única maneira encontrada para solucionar o problema - ou seja, reduzir o "G" e aumentar o "T" - seria promover mudanças nas instituições da época. Contudo, as reformas anunciadas serviram de estopim para a revolta, sendo inclusive utilizada como alicerce para os ideais de "liberdade, igualdade e fraternidade", explica Sargent. Americanos aprendendo com os brasileiros Transferindo os problemas apresentados em seus estudos para o Brasil, o economista utilizou de certo humor para deixar de comentar sobre o cenário macroeconômico atual do Brasil. "Eu prometi para mim mesmo que não ia fazer nenhuma crítica ou avaliação sobre outro país enquanto o meu próprio país não estivesse bem". Contudo, Sargent argumentou que, no quesito inflação, o Brasil possui uma boa vantagem em relação aos EUA por já ter vivido recentemente esse cenário - o economista visitou o Brasil nos anos 1980, época da aceleração galopante dos preços por aqui. "Vocês viveram a inflação, vocês sabem o que é inflação, por isso vocês estão muito mais em alerta com isso. Para nós americanos, isso é muito distante, pois não temos inflação desde a guerra civil. Precisamos estar ligados com isso", alerta o economista. Ele complementou ainda que o Brasil ensinou como é importante se preocupar com a inflação, visto que o mais impactado pela alta nos preços é exatamente a classe mais baixa da população. "Os EUA são muito suaves em relação à inflação, mas quem vai pagar por isso são os pobres", disse. Dólar Ao final da apresentação, o economista falou sobre a perda de status do dólar como moeda mais importante do mundo. "Somos um país grande e nós controlamos a moeda internacional, mas isso não será permanente. Isso, aliás, está em erosão. Nos próximos 40 anos não seremos a moeda que terá primazia no mundo". Disse Sargent, que finalizou: "sempre que temos uma crise financeira os investidores correm para o dólar. Eu ainda não entendi por que". *O jornalista Thiago Salomão viajou ao evento a convite da BM&FBovespa. Assunto: Maioria dos IPOs no Brasil perderam dinheiro desde 2005, aponta Credit Suisse - InfoMoney Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Maioria dos IPOs no Brasil perderam dinheiro desde 2005, aponta Credit Suisse - InfoMoney CAMPOS DO JORDÃO (SP) - A rentabilidade das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) realizadas no Brasil desde 2005, corrigida pelo CDI, foi negativa em 15 por cento, segundo levantamento divulgado pela Credit Suisse Hedging Griffo nesta sexta-feira. A análise considera a rentabilidade que um investidor teria obtido até a data atual se tivesse mantido os papéis comprados na oferta inicial. Entre os setores com desempenho positivo estão telecomunicações, concessões e imóveis, enquanto consumo, empresas financeiras, petróleo e indústria puxaram o desempenho para baixo. Desconsiderando o efeito negativo da OGX (OGXP3), o total ainda seria negativo em 12,6 por cento, afirmou Luis Stuhlberger, diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo, gestora de ativos com patrimônio superior a 45 bilhões de reais, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). "Quase nenhum setor compensou o risco de equity", disse, acrescentando que quanto mais dependente de resultados futuros a empresa, pior o desempenho. Dos 117 IPOs avaliados pela Hedging-Griffo, 37 geraram resultados positivos para o investidor, com rentabilidade superior ao CDI, enquanto os 80 restantes ficaram abaixo. Outro levantamento apontou que desde 2008, as companhias com melhor retorno acumulado são aquelas que Stuhlberger chamou de "empresas de qualidade" - com retorno sobre capital empregado acima do custo de capital - enquanto empresas estatais, pré-operacionais ou oligopólios tiveram os piores retornos. No grupo considerado de qualidade pelo diretor existem cerca de 50 empresas, dentre as quais CPFL (CPFE3), Duratex (DTEX3), Itaú Unibanco (ITUB4), Klabin (KLBN4), Localiza (RENT3), Lojas Renner (LREN3), Odontoprev (ODPV3), Porto Seguro (PSSA3), Totvs (TOTS3), Ultrapar (UGPA3), Aliansce (ALSC3), AES Tietê (GETI4), Cyrela (CYRE3) e Ambev (AMBV4), citou. Câmbio Questionado sobre a situação do câmbio, o executivo afirmou que a cotação de 2,35 ou 2,40 reais é justa. "O que me surpreende não é o câmbio na cotação atual, mas o fato de o câmbio ter ficado em 1,80 real por tanto tempo", disse. Segundo ele, o mercado se acostumou com o real valorizado e passou a acreditar que era um patamar sustentável. "Foi como fazer um piquenique à beira de um vulcão", afirmou. Assunto: Após PIB do 2° tri, Figueiredo espera que economia feche 3° tri no negativo Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: APÓS PIB DO 2º TRI, FIGUEIREDO ESPERA QUE ECONOMIA FECHE 3º TRI NO NEGATIVO InfoMoney CAMPOS DO JORDÃO - Após divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre, Luiz Fernando Figueiredo, sócio-fundador da Mauá Sekular Investimentos e diretor de política monetária do Banco Central entre 1999 e 2003, disse que espera que a economia brasileira termine o terceiro trimestre no negativo. A projeção anterior era de alta de 0,1% e agora é de queda de 0,4% no período. Isso porque se o PIB foi mais forte agora, ele tende a escorregar um pouco no trimestre seguinte por questões de sazonalidade de dados, disse Figueiredo, durante o 6° Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&FBovespa, em Campos do Jordão. Nesta sexta-feira (30), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou que a economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre quando comparado com o trimestre anterior e 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Assunto: BC tem credibilidade "Benjamin Button", diz economista sobre inflação Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Sinopse: CAMPOS DO JORDÃO* - A credibilidade do Banco Central em relação ao cumprimento das metas de inflação diminuiu drasticamente ao longo do tempo, num movimento chamado pela economista Monica Baumgarten de Bolle de 'credibilidade Benjamin Button' - que começa alta e termina no zero - em referência ao personagem do cinema que nasce idoso e morre como um bebê. "Fizemos estudo detalhado para a credibilidade da meta de inflação de 4,5%. Em 2007, cerca de 70% a 80% dos agentes acreditavam que a infla Integra: CAMPOS DO JORDÃO* - A credibilidade do Banco Central em relação ao cumprimento das metas de inflação diminuiu drasticamente ao longo do tempo, num movimento chamado pela economista Monica Baumgarten de Bolle de 'credibilidade Benjamin Button' - que começa alta e termina no zero - em referência ao personagem do cinema que nasce idoso e morre como um bebê. "Fizemos estudo detalhado para a credibilidade da meta de inflação de 4,5%. Em 2007, cerca de 70% a 80% dos agentes acreditavam que a inflação ficaria no centro da meta. Como Benjamin Button, essa credibilidade veio caindo ao longo do tempo. Em 2010 foi para 30% e hoje está próximo de zero. Ninguém mais acredita que a inflação vai ficar no centro da meta", disse Monica durante o congresso da BM&FBovespa que acontece em Campos do Jordão (SP). A economista aponta que o governo tem feito esforços para segurar os preços via medidas como a defasagem do preço dos combustíveis, a intervenção nos preços de energia e a desistência de elevar os preços das passagens de ônibus. Se isso não acontecesse, a inflação estaria ainda mais elevada. Monica também lembra que há possibilidade de nova quebra de grãos nos EUA neste ano e que existe pouco espaço para o Brasil acomodar um novo choque de preços. "Por isso o governo prefere postergar um aumento na gasolina", afirmou. Sobre o efeito da desvalorização cambial nos preços, ela diz que não é possível saber o efeito exato. "Com a economia mais forte, fica mais fácil repassar preços. Com a economia fragilizada, fica mais difícil. Mas o repasse uma hora ou outra vai acontecer", afirmou. PIB Nesta sexta-feira (30), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgou que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre foi de 1,5%, acima das perspectivas do mercado. A economista, que por conta do evento não pode analisar os dados minuciosamente, lembrou que é preciso lembrar que o PIB é um reflexo do que aconteceu há alguns meses na economia do país. "O PIB é um espelho do passado e sai com alguma defasagem. Em alguns casos, quando o país tem uma trajetória contínua, o passado dá uma ideia do que pode vir. Mas não acho que este seja o caso do Brasil", disse Monica. "Olhando o número como um todo, o que tivemos nos últimos meses foi uma quebra na economia brasileira, mas este espelho não traz uma boa ideia do que pode acontecer daqui para frente. Em relação ao PIB do terceiro trimestre, é difícil analisar, mas eu diria que o crescimento parece 'parado'", continuou a economista. * O jornalista viajou a convite da BM&FBovespa Assunto: "Daqui até a eleição vai ter mais volatilidade com dólar", diz Gustavo Franco Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: "Daqui até a eleição vai ter mais volatilidade com dólar", diz Gustavo Franco Infomoney Ex-presidente do BC e sócio da Rio Bravo Investimentos acredita que o governo primeiro precisa definir seus objetivos em relação ao dólar e depois começar a usar os instrumentos adequados de atuação CAMPOS DO JORDÃO*) - Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e sócio da Rio Bravo Investimentos, acredita que até as próximas eleições a volatilidade no mercado de câmbio deve continuar crescendo. O executivo questiona a indecisão do governo sobre seus objetivos com o câmbio e o fato de o BC não estar usando as reservas internacionais de forma agressiva para conter a desvalorização do real. Leia a seguir os principais trechos de entrevista e palestra proferidas no último sábado, durante o congresso da BM&FBovespa em Campos do Jordão: GOVERNO CONFUSO Quando o governo está dividido, perde o jogo mesmo que tenha munição. Primeiro o governo reclamava do real forte, uma conversa de quinta categoria. Quando o câmbio estava em R$ 1,65, nosso ministro [Guido Mantega] inventou a guerra cambial, uma expressão que virou sucesso de público, mas, de crítica, nem tanto. Agora o mesmo governo reclama que o dólar subiu rápido demais. Cuidado com o que você deseja porque agora estamos "ganhando a guerra". Ao menos já vi algumas manifestações do ministro em que ele comemora a desvalorização do real. Não fica bem para quem é o guardião da moeda festejar a desvalorização como uma vitória, há uma impropriedade aí. As autoridades responsáveis por defender nossa moeda acham que é bom o real perder poder de compra, mas perde-se confiança na exata proporção. Talvez o público mais técnico releve porque é só uma força de expressão. Porém, o público dos telejornais vê isso e não gosta. USEM AS RESERVAS Só quem está na cabine de comando é que pode decidir que munição vai usar se o conflito cambial escalar. Acho que o mercado se pergunta muito sobre o uso das reservas internacionais na venda de dólar no mercado à vista. O impacto seria maior do que a venda de contratos de swap cambial. A diferença é que no swap, o investidor só precisa depositar a garantia de 15% sobre o valor total do contrato, enquanto no câmbio à vista, tem que desembolsar todo o dinheiro. Portanto, atuar no dólar à vista tem um efeito seis vezes mais forte. Temos uma quantidade enorme de reservas. Por que tanta hesitação em usar o instrumento mais forte, uma vez que há a definição de fazer a intervenção? Se usar a arma mais poderosa na partida, talvez dê para evitar que o problema se avolume. Falta clareza para saber o que o governo quer, se quer desvalorizar o real, para que faixa, de que tamanho, de que jeito. Definido isso, talvez a escolha do instrumento fique mais fácil. Se a atuação é para conter a volatilidade como eles afirmam, talvez valha a pena trabalhar com a venda de opções de câmbio, como o BC do México faz. Eles lançam boias na lagoa e o negócio flutua menos. MUITA VOLATILIDADE Quando as autoridades fazem algo diferente do que falam, o mercado fica nervoso. Não tenho certeza sobre o fim da volatilidade no câmbio. É arriscado dizer que ultrapassamos a turbulência porque o câmbio sempre surpreende. A natureza de qualquer regime de câmbio flutuante num contexto de instabilidade macroeconômica é que se tenha movimentos erráticos sucedidos por períodos de calmaria. É como num avião que voa em meio à turbulência: há horas em que treme e outras em que fica calmo. A insegurança sobre os andamentos macroeconômicos no Brasil se estabeleceu. A volatilidade é uma hipersensibilidade ao noticiário, tudo é um sinal. As posições em derivativos especulativos ficam maiores, mais multinacionais fazem hedge e mais fundos multimercados querem brincar. Todo mundo está achando que daqui até a eleição vai ter mais volatilidade. PIB O papel do [ministro Guido] Mantega é ser otimista. O PIB de 1,5% [no segundo trimestre] é muito bem-vindo e surpreende Assunto: "Daqui até a eleição vai ter mais volatilidade com dólar", diz Gustavo Franco Veículo: INFOMONEY (continuação) Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros diante dos indicadores que apareceram antes. As previsões do PIB para o ano estão sendo reajustadas para um pouco acima de 2% em um momento em que começavam a escorregar para baixo de 2%. É uma boa notícia, mas é só um número menos magrinho. A CULTURA DO CDI O investidor não está errado em querer tudo na vida: juro real, baixo risco e liquidez diária. Houve um tempo de hiperinflação em que o governo estava de joelhos e precisava criar incentivos para que não houvesse migração para o dólar como na Argentina, onde o mercado de capitais foi parar em Nova York. Nós evitamos essa dolarização da poupança nacional, sobrevivemos a isso. Fizemos uma indústria de fundos e trouxemos o "overnight" para fora do balanço dos bancos. Mas custou caro. O investidor recebe uma taxa de juro acima da inflação para ativos de risco baixíssimo. Um dia essa moleza vai acabar. No mundo inteiro a taxa de juros de um dia é um pouco abaixo da inflação. A tendência é que os juros caiam no Brasil também. Uma porção de jabuticabas vai desaparecer se os juros caírem, o povo que vive do compulsório vai sumir quando o Brasil virar normal. BOLHA IMOBILIÁRIA? A forte valorização dos imóveis tem a ver com a ocupação do espaço urbano em economias emergentes. Há alguns anos aquele horizonte cheio de prédios de Xangai que ficou famoso era apenas um pântano. A Vila Olímpia [em São Paulo] não tinha quase nada quando a Rio Bravo se instalou por lá há menos de 15 anos. A forte valorização dos imóveis também está ligada ao efeito positivo da queda dos juros, que contribuiu para valorizar muitos outros ativos no Brasil, como a bolsa. Acho que também há alguns fenômenos no Brasil que são permanentes. A nova classe média é um deles e vai gerar demanda por construção e residências ainda. Está cheio de gente querendo comprar imóvel. Vejo mais dores do crescimento do que bolha. É preciso prestar atenção porque pode ser bolha, sim, mas, em princípio, acho que não é. A vacância está crescendo porque é difícil acertar a demanda futura. O acréscimo de capacidade não é linear, são grandes blocos de imóveis que vêm ao mercado, e, sempre que isso ocorre, ocasiona vacância. A vacância esteve em um nível recorde de baixa há dois ou três anos. Os aluguéis subiram, todo mundo foi construir, apareceu uma oferta imensa e a vacância subiu. Agora regiões como Alphaville tem vacância superior a 20%. O mercado vai se rearrumar. Nada como ter uma carteira diversificada nesses momentos. Se a vacância média estiver em 6%, isso vai tirar em média 6% da rentabilidade de uma carteira imobiliária diversificada. É muito diferente de ter um imóvel próprio e vago, porque, nesse caso, além de não ter renda, o proprietário ainda vai ter que arcar com as despesas do imóvel. O fundo imobiliário tem vantagem em ciclos econômicos de baixa. O IFIX [índice de fundos imobiliários] caiu 10% em um ano ruim, mas o Ibovespa caiu muito mais. Isso não é tão assustador. Eu tinha curiosidade de saber como o público de fundos imobiliários iria reagir e, aparentemente, não houve desespero. O imóvel continua lá, o povo está mais tranquilo. Parece menos arriscado do que bolsa porque é menos volátil. Não acredito que os fundos imobiliários possam perder isenção de Imposto de Renda. Seria uma maldade, uma crueldade. Tem isenção no mundo inteiro. O investidor estrangeiro já é difícil de atrair porque ele paga imposto no Brasil e não paga lá fora. Acho que o imposto sobre o estrangeiro é um assunto que deveria ser discutido com mais generosidade. *O jornalista João Sandrini viajou a convite da BM&FBovespa Assunto: "Não invisto no Brasil por causa dos erros do governo", diz Jim Rogers - Parte 1 de 2 Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: "Não invisto no Brasil por causa dos erros do governo", diz Jim Rogers Infomoney Em evento da BM&FBovespa, investidor diz que atualmente está comprando dólares, embora esteja bastante pessimista com o futuro dos EUA e deixa um conselho: "ensinem seus filhos e netos a falar mandarim" CAMPOS DE JORDÃO* - A participação de Jim Rogers no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa foi marcada por um misto de bom humor visto em seus conselhos e pessimismo com o futuro da economia - em especial de seu país, os Estados Unidos. Durante mais de 60 minutos, o famoso investidor, que fez fortuna ao lado de George Soros com um fundo de investimento criado 40 anos atrás e já viajou pelo mundo por duas vezes, explicou por que mesmo sem confiar no futuro dos EUA está comprando dólares, criticou enfaticamente as medidas adotadas pelo governo brasileiro, falou sobre a hegemonia que a China terá no século XXI - aconselhando os palestrantes a ensinarem seus filhos e netos a falarem mandarim - e terminou a apresentação de sábado (31) passando uma mensagem encorajadora de como devemos enfrentar a vida. Brasil está fazendo errado Para Rogers - que também é mestre em filosofia, política e economia pela Oxford University -, o Brasil não está aproveitando o "Bull Market" (mercado em alta) das commodities do jeito que poderia por conta de algumas medidas tomadas pelo governo do Brasil, como a taxa em produtos estrangeiros e os impostos colocados nas operações cambiais, que inibem os investimentos estrangeiros na agricultura. "O Brasil precisa de capital estrangeiro, expertise para crescer na agricultura, mas o seu governo está dizendo 'não queremos os estrangeiros aqui nos ajudando a se desenvolver'. Por isso eu não faço mais investimentos aqui no Brasil", explica o investidor, que disse gostar apenas de algumas commodities locais, como café e açúcar. Questionado sobre as eleições presidenciais por aqui em 2014, o investidor afirmou que se Dilma Rousseff for reeleita ele certamente não investirá no Brasil novamente, a menos que ela mude sua forma de conduzir a política econômica. "O Brasil precisaria remover todos os controles sobre a moeda, abrir a economia e tirar os subsídios dados. Eu acredito que o Brasil poderia ser uma das maiores economias do mundo, mas certamente isso não irá acontecer", afirma Rogers. "Eu tenho que repetir, eu amo o Brasil, mas eu não acho que o governo está tomando as decisões corretas", complementa. Aceite: China será a hegemonia do século XXI Sobre o gigante asiático, Rogers critica o fato de muita gente mostrar-se cada vez mais pessimista com a China, o que não faz sentido para ele. "Temos que saber que a China será a maior economia do mundo. O século XIX foi do Reino Unido, o século XX dos EUA e o século XXI será da China. Ainda chamam a China de comunistas, mas hoje eles são os melhores capitalistas do mundo". Ele alerta que claramente haverá um momento de desaceleração, mas isso é normal em qualquer economia. Por isso ele afirma que os problemas atuais da China não podem ser encarados como o fim de uma oportunidade. "Sabemos que a China é uma parceira comercial do Brasil, então aproveitem disso", diz o ex-parceiro de Soros. Por conta disso ele reforçou durante sua apresentação a importância de nos prepararmos as próximas gerações para essa hegemonia chinesa. "O melhor conselho que posso lhe passar é que ensinem seus filhos e netos a falar mandarim, porque este será o idioma mais importante do mundo. É um conselho que eu pratico, minhas duas filhas estudam mandarim", diz Rogers. Questionado sobre o impacto cultural que a China pode trazer ao mundo, ele espera que com certeza isso reflita nas outras economias no futuro, mas não se mostra tão temeroso com isso. "Temos que lembrar que Portugal e Espanha já disseminaram suas influências no passado. O Reino Unido o fez também no século XIX e os Estados Unidos no último século. A questão é que a China vem aprendendo muito nos últimos anos, eu não posso defender os erros que a China cometeu no passado, mas eu não posso negar as melhoras que eu vejo na china nos últimos 40 e 50 anos; eu só não moro lá por causa da poluição, mas até nisso eles estão se adequando. Por isso estou ensinando minhas filhas a falarem mandarim Assunto: "Não invisto no Brasil por causa dos erros do governo", diz Jim Rogers - Parte 1 de 2 Veículo: INFOMONEY (continuação) Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros fluentemente", afirma. Compro dólar, mas só no curto prazo Sobre seus investimentos recentes, Rogers disse que tem comprado dólares, justificando isso ao momento atual de forte volatilidade no mercado cambial e também à maior probabilidade dos Estados Unidos entrarem em guerra com a Síria. "O Obama (Barack Obama, presidente dos EUA) tem se mostrado bastante inclinado em entrar na guerra. Se isso acontecer, será uma grande loucura por parte do governo e vamos ter sérios problemas por conta disso", afirma. Rogers espera ver esse cenário ainda volátil pelos próximos 2 ou 3 anos. Embora esteja comprando divisas norte-americanas, o investidor é enfático ao dizer o quão pessimista está com a economia norte-americana. "Temos diminuído nosso crescimento e o endividamento tem ficado muito alto. Eu não acredito que os EUA manterão a hegemonia atual até 2020 e daí as pessoas vão começar a se afastar do dólar. Não sei se eles vão buscar o ouro, prata ou a moeda chinesa, mas os EUA não devem sobreviver à próxima recessão", projeta. "Todos sabemos que o dólar ainda é a principal moeda do mundo, mas temos visto o país ser o centro dos maiores problemas do mundo atualmente. Eu não gosto de dizer isso por ser americano, mas hoje o mundo está saindo dos EUA e indo para a Ásia por causa da crise financeira e pelos erros cometidos por nossos políticos", complementa. Mas se Rogers está tão pessimista com os EUA e sua moeda, por que está comprado em dólar? "Muitas pessoas vão atrás do dólar por acharem que ele é um porto seguro. Mas ele não é um porto seguro, as pessoas apenas acham isso. Por esse motivo eu tenho dólar hoje, pois ainda haverá demanda pela moeda", explica o investidor. Não quer falar mandarim? Vire fazendeiro Já tendo citado sua preferência em investir em commodities, Rogers faz uma análise interessante sobre o segmento da agricultura, que tem visto seus produtores "sumirem". De acordo com o investidor, a idade média dos agricultores nas principais economias do mundo não fica abaixo de 55 anos, ou seja, não temos vistos novos fazendeiros no mercado agrícola. "Eu não vejo agricultura com muitos bons olhos, as pessoas estão se aposentando ou morrendo e eu não vejo novos fazendeiros. Por essa falta de oferta os preços devem subir forte", afirma o investidor. Dentre os materiais básicos que investe, Rogers destaca o açúcar, produto o qual o Brasil é um dos maiores produtores do mundo. A cotação da matéria atualmente está bem abaixo da sua máxima histórica alcançada em 74, o que colabora para sua expectativa de que o movimento de alta seja visto na commodity. "Com exceção do minério de ferro, vejo um 'bull market' para as outras commodities pois não há ofertas suficiente para os próximos anos. É o caso do petróleo, cujas reservas estão em declínio", conclui. O investidor inclusive fez uma piada sobre os sachês de açúcar que são dados juntos ao café durante o evento: "queria agradecer ao Edemir (Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa) por nos dar açúcar de graça, isso sim vale dinheiro". Diante desse cenário desenhado, Rogers recomenda aos palestrantes que, se eles quiserem fazer algo diferente de ensinar o filho a falar a língua chinesa, então que ensinem eles a virar fazendeiros.: "Ou melhor: tenha um filho, ensine-o a dirigir um trator e a falar mandarim. Você terá um fazendeiro chinês", brinca o investidor. Assunto: "Suspeito que haja uma bolha imobiliária no Brasil", diz Robert Shiller Veículo: INFOMONEY Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: "Suspeito que haja uma bolha imobiliária no Brasil", diz Robert Shiller INFOMONEY (CAMPOS DO JORDÃO*) - O professor Robert Shiller, da Yale University, é um dos principais estudiosos do mundo sobre preços de ativos e bolhas. Na década de 1980, Shiller ajudou a criar o índice S&P/Case-Shiller, o primeiro indicador de preços dos imóveis do mercado americano e ainda hoje a principal referência dos valores praticados no país. O ex-presidente do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) Alan Greenspan fez o famoso discurso em que alertou os americanos sobre a "exuberância irracional" do valor das ações de tecnologia três dias após uma conversa com Shiller - não demoraria muito para que a bolha da Nasdaq estourasse em 2001. A partir de 2005, Shiller começou a falar abertamente sobre a bolha no mercado imobiliário americano - a crise do subprime eclodiu três anos depois e ainda se faz sentir ao redor do mundo. Em palestra e entrevista no último sábado, durante o congresso da BM&FBovespa que aconteceu em Campos do Jordão, o professor de Yale disse que não vê nenhuma justificativa para a magnitude da alta dos preços dos imóveis nos últimos cinco anos no Brasil. Leia a seguir os principais trechos das falas de Shiller: COMO NASCE UMA BOLHA Economistas nem aceitavam a existência de bolhas há 30 anos, nem existia esse termo nos livros de finanças. Uma bolha é algo contagiante que nasce da percepção das pessoas que é fácil ganhar dinheiro com algo. O entusiasmo é alimentado pela mídia, que ajuda a inflar a bolha. Todo mundo pensa sobre os tópicos da moda e ninguém quer saber sobre o que não está em foco. As pessoas reagem com emoções, não conseguem ficar de fora quanto entendem que é fácil ganhar dinheiro de alguma forma. Imagine se não houvesse psicologia nesse processo todo, se todo mundo tivesse expectativas racionais. O problema é que isso não existe. As pessoas acham que as coisas são estáveis e não vão se dar conta de que os preços podem cair até eles caírem. BOLHA IMOBILIÁRIA NO BRASIL Suspeito que haja uma bolha imobiliária no Brasil. Os imóveis mais que dobraram de preço no Rio de Janeiro e em São Paulo nos últimos cinco anos (segundo números da pesquisa FipeZAP). O que aconteceu em cinco anos de tão dramático para os preços subirem assim? A inflação não foi muito menor? Os preços caíram 25% em Los Angeles e Nova York no mesmo período. E por que os preços no Brasil foram para cima ininterruptamente? Eu não posso cravar que exista uma bolha no Brasil porque não conheço a fundo as características do mercado local. Mas comparando os dados brasileiros com os de outros países, posso dizer que a alta sugere cautela. Os preços dos imóveis no Japão tiveram o mesmo movimento na década de 1980 e depois, no início dos 1990, começaram a cair sem parar e perderam dois terços do valor até agora. São pessoas que investem em imóveis, não são "hedge funds". Você acha que os preços dobraram por fundamentos econômicos ou por um movimento psicológico? IMÓVEIS SOBEM DE ACORDO COM CUSTOS DA CONSTRUÇÃO Em meu livro "Exuberância Irracional", analisei os preços dos imóveis desde 1890 nos EUA. Os preços começaram a subir na década de 2000 de uma forma que nunca havia acontecido antes. O único período em que houve uma alta quase tão representativa foi após a Segunda Guerra Mundial porque ninguém construiu imóveis durante o conflito, já que todo o esforço de produção se concentrou na indústria bélica. Quando os soldados voltaram, havia um monte de gente precisando de casas, mas nenhuma oferta. Os especuladores perceberam, compraram e houve uma forte alta. Então sempre haverá picos e oscilações. Mas analisando os preços no período de 110 anos como um todo, é possível perceber que a alta foi muito parecida com a elevação dos custos da construção no período. Se os preços sobem muito em uma cidade, os americanos fazem uma nova cidade, simples assim. Não entendo por que as pessoas acham agora que os valores vão subir para sempre na China, Taiwan, Hong Kong, Índia, Rússia, Colômbia e Canadá. Eu não consigo entender o que está acontecendo nesses países. Os emergentes estão enriquecendo e as pessoas acham que os imóveis vão ficar mais caros ainda daqui a algum tempo. Mas isso não é verdade. O que manda no preço dos imóveis são os custos da construção. O problema é que os Assunto: "Suspeito que haja uma bolha imobiliária no Brasil", diz Robert Shiller Veículo: INFOMONEY (continuação) Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros custos deveriam cair - e não subir. A tecnologia de construção vai sempre melhorar. E por que os preços subiram tanto até 2008? Não teve nada demais. Repito: os preços dos imóveis subiram nos EUA de acordo com a inflação desde 1890, o país teve um enorme desenvolvimento nesse período, mas nem assim os preços subiram. Isso é um dado histórico. O ANTÍDOTO CONTRA BOLHAS Vários países estão tomando medidas para conter o mercado imobiliário, como Israel e China. O Brasil está elevando a taxa de juros. Se o governo criar uma boa infraestrutura e investir em mobilidade urbana, por que as pessoas vão querer pagar tanto para estar em determinado local? Em Nova York, há bairros longe de Manhattan que atraem as pessoas, o que ajuda os preços a cair. O programa Minha Casa, Minha Vida mostra que o governo está preocupado com as pessoas, mas isso pode ter ajudado a puxar os preços para cima. O governo deve retirar as barreiras para construção de mais imóveis. Se o governo quer dar incentivo à demanda, é preciso também pensar na oferta de novos imóveis. Entendo que um médico não possa promover um remédio antes que seja comprovado que ele é eficaz para curar uma doença. Mas os financistas devem alertar a população sobre os riscos de bolhas mesmo que não seja possível comprová-las - porque as perdas depois são dolorosas. DISCURSO ANTIBOLHA Eu sinto que tenho que avisar as pessoas que estão felizes com a alta dos preços que as coisas podem andar na direção contrária. É preciso falar sobre a possibilidade de uma bolha ainda que eu não posse provar sua existência. Tem muitos interesses que querem que o jogo continue. Mas o governo precisa conter excessos. Quando aumentou os juros no passado, o Federal Reserve foi bastante criticado por "mandar tirar a bebida assim que a festa começava". Mas depois de 2008, com a crise de subprime, o próprio G7 começou a fazer alertas sobre bolhas em seus comunicados. Até então havia a sensação de que o mercado é perfeito e corrige ele mesmo eventuais excessos. Os governos agora são mais cautelosos e alertam a população. BOLHA E CRESCIMENTO O Japão continuou a crescer apesar do estouro da bolha imobiliária na década de 1990. A bolha nos EUA foi trágica . Mas não quero exagerar, o país já voltou a crescer. O Brasil, mesmo que tenha uma bolha, ainda vai poder ter um futuro brilhante. MÍDIA E BANCOS A mídia ajuda a criar essas bolhas com textos que sugerem a possibilidade de alta prolongada. Os bancos fazem sua parte concedendo crédito imobiliário para gente que não tem condições de pagar, porque depois eles vão revender esses créditos a investidores na forma de produtos financeiros. Aconteceu nos EUA e acho que está acontecendo no Brasil agora. BOLSA Na bolsa, é igual. As bolsas dos EUA e de São Paulo subiram forte de 1995 a 2000 por causa da empresas pontocom. Tem mais evidência de bolhas no mercado de ações do que no mercado imobiliário, onde a especulação só começou mais recentemente. É preciso evitar ativos caros, seja nas ações ou no mercado imobiliário. Eu não investiria no mercado imobiliário brasileiro. Os mercados financeiros são empurrados a comprar bolhas apesar de elas acontecerem com tanta regularidade e causarem tantos prejuízos. Sempre há novas bolhas, é por isso que sou fascinado por elas. As pessoas passaram a criticar muito o mercado financeiro após a crise de 2008. O sistema deve ser aprimorado de forma que as finanças sejam usadas a favor das pessoas. Assunto: "Aposentado aos 37, megainvestidor Jim Rogers critica economia do Brasil" Veículo: G1 Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Sinopse: 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa Integra: "Aposentado aos 37, megainvestidor Jim Rogers critica economia do Brasil" G1 Em entrevista ao G1, ele desaprova ação do BC sobre controle cambial. Lendário no mercado americano, Rogers estará no Brasil no sábado (31). A recente estratégia do Banco Central brasileiro para tentar conter a disparada do dólar, que inclui leilões diários de venda de moedas no mercado futuro, não é bem vista pelo lendário investidor norte-americano - e um dos maiores do mundo - Jim Rogers, de 70 anos, que há mais de quatro décadas, ao lado de George Soros, criou o fundo de investimento com a maior valorização na história do capitalismo - 4.000% em dez anos -, e sentiu que poderia se aposentar no auge dos seus 37 anos e dar duas voltas ao mundo anos depois. "O Banco Central não deve tentar controlar a moeda. Deve deixar que o mercado faço isso sozinho. Seria uma melhor saída. A economia brasileira deveria estar indo bem, mas o governo tem cometido sucessivos erros", disse Rogers em entrevista exclusiva ao G1 por telefone, de Cingapura, para onde se mudou em 2007, com o objetivo de acompanhar de perto a economia asiática. O investidor estará no Brasil neste sábado (31) para participar do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa, em Campos do Jordão. Durante a entrevista, Rogers também criticou a falta de abertura do país ao capital estrangeiro, mantida pelo governo atual, que prejudica o comércio bilateral, principalmente com seus grandes parceiros: os asiáticos. "A abertura ao capital deveria ser maior. O Brasil precisa de capital estrangeiro e expertise de fora, mas o governo continua cometendo erros", afirma o megainvestidor. As críticas de Rogers também são direcionadas à agricultura brasileira que, em sua opinião, recebe poucos investimentos diante do poder que possui dentro da economia e da contribuição que poderia dar se fosse tratada com "mais atenção" pelo governo. Em 2009, em entrevista à revista "Veja", Rogers disse que a riqueza viria dos campos e que os operadores da Bolsa de Nova York teriam de procurar emprego como motoristas de táxi. Passados quatro anos, o investidor ainda vê a agricultura como o grande filão mal aproveitado pelos países, como o Brasil. "A agricultura brasileira, especificamente, deveria estar muito melhor do que está hoje, porque tem condições", afirmou. O Brasil, segundo o investidor, passa por um bom momento em relação às commodities que produz, mas erra ao fechar o mercado para investidores estrangeiros e controlar o câmbio. Se suas avaliações sobre a condução da política econômica não são positivas, suas perspectivas sobre a economia mundial são ainda piores. Rogers disse acreditar que, enquanto países como Estados Unidos e Japão continuarem injetando moeda nos mercados, os dados econômicos serão positivos e mostrarão uma falsa recuperação. "O problema aparecerá quando os bancos centrais desses países pararem de imprimir dinheiro artificial, e o mundo perceber que a crise continuará viva", disse. Conhecido por suas gravatas-borboletas coloridas e pelos inúmeros livros que escreveu, Rogers, que tem dois filhos, deu duas voltas ao mundo - uma de moto e outra de carro - traçando os perfis de investimento de muitos países que conheceu. Assunto: PIB acima de 2% elevaria a inflação, diz ex-presidente do BC Veículo: G1 Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: PIB acima de 2% elevaria a inflação, diz ex-presidente do BC G1 Pérsio Arida participa do Congresso Internacional da Bovespa, em SP. 'Economia está mais aquecida do que poderia', afirmou. Anay Cury O ex-presidente do Banco Central e do BNDES - hoje sócio do banco BTG Pactual - disse nesta sexta-feira (30) que o Brasil não pode crescer mais que 2% ao ano sem pressionar a inflação. "Estamos numa rota de baixo crescimento, que faz com que hoje a economia se comporte como uma economia muito mais aquecida do que poderia ser", afirmou Arida durante o 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Segundo o ex-presidente do BC, a preocupação maior que se tem hoje sobre o crescimento brasileiro ocorre porque a produtividade do mercado de trabalho é baixa e vem caindo. "Nossa produtividade, infelizmente, é baixa e está caindo ao longo do tempo. O motivo pelo qual está caindo é difícil dizer exatamente, porque a produtividade capta tudo o que vai de errado e tudo o que vai certo na economia. Na verdade, a queda da produtividade é resultado de distorções massivas microeconômicas e de uma economia fechada para o mercado exterior. A taxa de crescimento potencial poderia ser mais alta, mas o Brasil hoje não pode crescer muito mais do que 2% ao ano sem pressionar a inflação." A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2010, quando a alta foi de 2%. No primeiro trimestre de 2013, a alta foi de 0,6%. O destaque neste segundo trimestre foi para agropecuária, com crescimento de 3,9% ante o primeiro, seguida por indústria, com alta de 2%, e serviços, com alta 0,8%. Sobre as decisões frequentes do Banco Central, de elevar a taxa de juros, Arida afirmou que os motivos são cristalinos. "A taxa de juros no Brasil ainda está baixa demais, perto do que precisaria para estabilizar a inflação. Primeiro porque, provavelmente, a taxa de desemprego está baixa demais. Precisaríamos de algo em torno de 6,5%, 7% para manter a taxa de inflação", disse. Para o sócio do BTG, diante da política expansionista e do mercado de trabalho, o Banco Central tem optado por elevar os juros - o que aponta "que deverá continuar". Segundo ele, há preocupação por conta das eleições do ano que vem, que torna "a questão inflacionária mais crítica". "Mas, seja como for, eu acho que essa trajetória contracionista do Banco Central vai continuar um tempo ainda razoavelmente longo." Assunto: Ficamos frustrados com resultado do grupo de Eike, diz presidente da bolsa Veículo: G1 Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Ficamos frustrados com resultado do grupo de Eike, diz presidente da bolsa G1 Edemir Pinto negou que empresas X tenham manchado imagem da bolsa. Declaração foi feita nesta quinta (29), em congresso internacional, em SP. Anay Cury O presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Edemir Pinto, negou nesta quinta-feira (29) que o desempenho negativo das "empresas X", do empresário Eike Batista, tenha "manchado" a imagem da instituição no exterior, mas admitiu ter ficado frustrado com os resultados. "Não acredito que manchou, não tenho ouvido isso de investidores estrangeiros. Isso acontece em projetos pré-operacionais, acontece em todo o mundo. Na verdade, a gente também se frustrou. O Eike, dada a condição de empreendedorismo que ele tem, a gente fica frustrado", disse. "Obviamente, esse resultado não era o que ele imaginava, não era o objetivo dele", completou, após a abertura do 6º Congresso Internacional de Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Segundo o presidente da bolsa, "Eike tinha as melhores intenções". "O dinheiro que ele captou na bolsa, nos mercados, em todas as empresas que ele abriu capital, o dinheiro foi todo para a companhia. Ele não colocou dinheiro nem embolsou nenhum tostão. Todo o dinheiro foi para dentro, para investir no desenvolvimento das empresas. Eu coloco que há uma frustração nesse sentido. Ele chegou a ser eleito o maior empreendedor do mercado brasileiro. Isso deixa essa frustração. É lamentável isso que aconteceu, mas não estava no radar do próprio Eike", completou. As seis companhias de capital aberto do grupo de Eike Batista somaram prejuízo de R$ 5,6 bilhões no segundo trimestre, alta de 483% na comparação com o mesmo período de 2012, quando as perdas das empresas somaram R$ 963 milhões, segundo levantamento da consultoria Economatica. Assunto: Para setor financeiro, PIB acima do previsto não muda cenário Veículo: G1 Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Para setor financeiro, PIB acima do previsto não muda cenário Reuters O crescimento acima das expectativas da economia brasileira no segundo trimestre muda pouco a estimativa de desempenho de médio prazo para o país, segundo especialistas do setor financeiro. Segundo Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de política monetária do Banco Central e sócio da Mauá Investimentos, o PIB do período foi beneficiado por efeitos sazonais. Por isso, a Mauá reduziu a projeção para o terceiro trimestre, de alta de 0,1 por cento para queda de 0,4 por cento. Para Figueiredo, a expectativa com investimentos envolvendo as concessões de projetos de infraestrutura podem trazer impacto para a economia, mas só a partir da segunda metade de 2014. "Não serão suficientes para mudar o jogo, mas são a boa notícia no meio das notícias ruins que temos visto", disse ele a jornalistas durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou pela manhã que economia brasileira cresceu 1,5 por cento no segundo trimestre ante os primeiros três meses deste ano, acima da expectativa do mercado, que esperava avanço de 0,9 por cento. Para a sócia da consultoria Galanto Monica Baumgarten de Bolle, o resultado foi bom, mas não pode ser usado como referência para traçar perspectivas futuras. "O segundo semestre está descolado do primeiro", disse ela, para quem a economia do terceiro trimestre até o momento está parada. Clovis Meurer, presidente da entidade que representa a industria de private equity, ABVCap, disse à Reuters que o cenário segue difícil porque o governo terá de fazer ajustes na política econômica. Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou pela quarta vez seguida a taxa básica de juros do país, que passou de 8,5 para 9 por cento, para tentar conter a alta da inflação. (Por Natalia Gómez e Guillermo Parra-Bernal) Assunto: Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC Veículo: G1 Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC G1 O futuro econômico do Brasil é melhor do que o clima atual indica e o crescimento pode voltar ao patamar de 4% ao ano, opina o economista britânico Jim O'Neill, ex-executivo do banco de investimentos Goldman Sachs e conhecido por ter criado a sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) para englobar as principais economias emergentes. O tom otimista da palestra de O'Neill, nesta sexta-feira, em um congresso da BM&FBovespa em Campos do Jordão (SP), contrastou com a percepção predominante entre analistas brasileiros de que o crescimento do PIB - de 1,5% no segundo trimestre - não resultará em uma retomada econômica mais robusta. 'Suspeito que o futuro (do Brasil) não seja tão sombrio quanto o que tenho ouvido aqui', disse o economista, alegando que a média de crescimento do país é hoje superior à do início da década passada, quando criou o acrônimo BRIC. 'O Brasil está melhor, e não pior.' Ele diz que o país tem apresentado indicadores melhores no que chama de 'nota de ambiente de crescimento' - como estabilidade política, expectativa de vida, índices de corrupção e até uso de computadores e smartphones. O economista diz ainda que o comércio sul-sul (realizado sobretudo entre países emergentes) está próximo de alcançar o comércio norte-norte (entre os países desenvolvidos). '(Mas) para o Brasil melhorar precisa de mais investimentos do setor privado. É preciso aumentar a oferta (econômica), mas não com mais gastos do governo, e sim com o governo saindo do caminho e facilitando a iniciativa privada', declarou. 'E o país precisa ser parte maior da economia global - o país ainda é visto como muito fechado e precisa se relacionar mais com os demais 7 bilhões de pessoas do mundo.' China A fala de O'Neill ocorre no momento em que países ricos, como os EUA, apresentam sinais de recuperação, enquanto emergentes - até recentemente fortes motores da economia global - vivem uma desaceleração. A China, em especial, deixou de crescer a taxas de dois dígitos e tem como meta para 2013 crescer 7,5%. O'Neill, porém, diz acreditar que o governo chinês escolheu crescer a taxas mais baixas para se manter sustentável. 'E esses 7,5% são equivalentes a um crescimento de 3,75% na economia dos EUA, porque seu impacto econômico está cada vez maior.' O'Neill ressalva que não adianta países emergentes como o Brasil tentarem repetir as taxas de crescimento econômico chinesas - algo, segundo ele, só permitido pela situação demográfica da China, país mais populoso do mundo. BRIC e câmbio Questionado a respeito do anúncio do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que os BRICS (incluindo a África do Sul) trabalham na criação de um banco de desenvolvimento conjunto, O'Neill disse que até agora o grupo de emergentes 'falou muito mas não fez nada juntos politicamente'. 'Não é fácil fazer coisas juntos quando se é tão diferente entre si. O fato de terem concordado nisso é muito interessante'. Assunto: Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC Veículo: G1 (continuação) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Quanto à desvalorização do real - que ocorre ao mesmo tempo em que outras moedas internacionais perdem força perante o dólar -, O'Neill vê a flutuação como natural e até positiva para o Brasil. 'Mas se querem reduzir sua volatilidade (à moeda americana), têm de aumentar o uso de sua própria moeda no comércio mundial.' Assunto: Brasil tem indicadores melhores que os da Índia dentro de Brics Veículo: G1 Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Brasil tem indicadores melhores que os da Índia dentro de Brics G1 O professor de finanças da Columbia University e criador do termo Bric, Jim O'Neill, disse que só tira o 'B' da sigla (que representa Brasil, Rússia, Índia e China) se primeiro derrubar o 'I'. Dentro de um indicador que avalia mais de cem países em 18 quesitos que definem o 'melhor ambiente de crescimento', a Índia é o que apresenta o pior resultado, explicou. O economista disse que o Brasil perde apenas para a China dentro dessa métrica, que avalia crescimento, inflação, dívida pública, abertura comercial, registro de patentes, pesquisa, corrupção e acesso à internet entre outros quesitos. Onde o Brasil precisa melhorar, tomando como base esses itens? Para O'Neill os pontos principais são a ampliação do investimento privado e o aumento da abertura comercial. Segundo ele, se o país quer crescer e fazer a demanda da economia encontrar com a oferta ele tem de negociar cada vez mais com o exterior. Em apresentação no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, O'Neill disse suspeitar que o futuro do Brasil não é tão sombrio 'quando ouvimos hoje'. Ele fazia referência às palestras feitas pela manhã e no começo da tarde que ressaltaram a preocupação o comportamento da inflação, com a falta de reforma fiscal, a elevada carga tributária, a falta de confiança na economia e o baixo investimento e retorno da educação. Para ele, até a desvalorização do real é positiva, pois, a seu ver, devolve ao país a competitividade e a capacidade de quebrar a dependência da exportação de matérias-primas para a China, que durou até 2010. A 'nova' China Para O'Neill, a queda no comércio de matérias-primas e outros produtos para China não é um problema do Brasil, mas sim reflexo da decisão da própria China de mudar sua orientação de quantidade de crescimento para mais qualidade no crescimento. O professor avalia que o país está fazendo os ajustes corretos. 'Não deveríamos nos preocupar com o crescimento do PIB chinês', afirmou. 'O que eles consomem e importam são [fatores] mais importantes.' Segundo ele, a economia chinesa está se tornando mais parecida com a dos Estados Unidos de alguns anos atrás, enquanto a americana está se aproximando um pouco mais do modelo chinês dos últimos anos. O'Neill, que deixou neste ano a presidência da gestora de recursos do Goldman Sachs, observou que o superávit em conta corrente da China caiu de 10% em 2008 para 3% hoje e destacou que essa mudança foi deliberada. 'Muitos observadores acreditaram que isso só acontecia porque a economia dos Estados Unidos estava muito deprimida. São argumentos cada vez mais fracos', afirmou, no evento que acontece em Campos do Jordão. 'A China deliberadamente desacelerou. Não é por fatores externos, mas porque autoridades chinesas querem melhorar a qualidade', disse O'Neill. O professor afirmou recentemente que a China é o único Bric digno de manter o título. (*Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa) Assunto: Brasil não cresce muito mais de 2% sem pressionar inflação, diz Arida Veículo: G1 Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: O sócio do banco BTG Pactual, Persio Arida, afirmou que a economia brasileira está sobreaquecida e que o crescimento potencial do Brasil pode ser, na verdade, muito mais baixo do que se imaginava. Em apresentação no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa, em Campos do Jordão, Arida disse que o Brasil não pode crescer muito mais do que 2% ao ano sem pressionar a inflação, considerando as políticas econômicas praticadas atualmente. Segundo o sócio do BTG, a primeira avaliação que se faria da economia brasileira, que possui mercado de trabalho aquecido, inflação no topo da banda da meta do governo e superávit da balança comercial em queda é a de que essa economia está crescendo mais do que pode. Para Arida, a receita para enfrentar a situação seria adotar uma política monetária mais dura, uma política fiscal mais apertada, ou ambas. "O que me deixa mais triste nesse processo não é a política monetária. Ela está na direção correta. Mas há um desacerto das políticas econômicas como um todo." O sócio do BTG criticou a política fiscal expansionista, o crédito público subsidiado, a superindexação do salário mínimo e a elevada carga tributária. Segundo o executivo, os aumentos de custos salariais no Brasil são muito elevados, há uma indexação de base. "Em tese, é o mais justo, pois alcança as classes mais baixas, mas o aumento do salário mínimo é a referência para todos os aumentos salariais. Na prática, por lei, o país está condenado a ter choques salariais, o que provoca uma superindexação das aposentadorias do setor público", afirmou. Mudança fiscal O economista acredita que, para ter um salto de crescimento, o Brasil depende de uma mudança estrutural da política fiscal, que permita uma queda mais efetiva da taxa de juros real do país. Segundo ele, a política fiscal afeta diretamente a produtividade do país. "Por esse ponto de vista, não importa apenas quanto arrecada e quanto gasta, mas também como arrecada e como gasta. A composição é o que mais importa aqui." "Mudar a composição fiscal não é um processo simples", diz Arida. Para ele, a evolução da carga tributária no Brasil não é tendência de curto prazo. "Estados são grandes no mundo todo. Mas no Brasil há um gigantismo, uma distorção, e o resultado é óbvio: o Estado arrecada muito, mas arrecada mal", afirmou. Segundo Arida, o Imposto de Renda (IR) é um bom tipo de arrecadação porque ocorre sobre algo que foi produzido. "Já o PIS/Pasep, por exemplo, é uma distorção pura e simples", afirma. "O efeito sobre a produtividade poderia ser muito melhorado se zerássemos PIS e Cofins e aumentássemos o IR. Do ponto de vista de produtividade, seria melhor.", Persio Arida diz que um segundo problema na condução de política fiscal no país são os subsídios creditícios, que promovem distorção de mercado. Para ele, o Brasil tem economia competitiva, boas taxas de retorno nos projetos, mas esse gigantismo é disfuncional. "A isenção tributária seletiva é, a meu ver, outro problema. Ela dá a ilusão de que está resolvendo um problema, mas uma vez dada, fica. Distorce a alocação de recursos do governo e não estimula investimentos porque não se sabe quanto tempo essa isenção vai durar." Para Arida, quando se faz uma isenção como um todo, como política pública, tem caráter muito mais benéfico e duradouro. O sócio do BTG reconhece que nada disso é simples de mudar, que mexer na tributação ou nos subsídios creditícios é muito complicado. "Isso não se reverte em três ou quatro anos. Mas é importante ser objetivo da política do governo." (*Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa) Assunto: Tendência de alta dos juros deve persistir, diz Pérsio Arida Veículo: G1 Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Sinopse: CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo (Reuters) - A política de aperto monetário do Banco Central deve persistir, com novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil esta crescendo mais do que poderia, avalia o sócio e membro do conselho do BTG Pactual, Pérsio Arida, que foi presidente do Banco Central e do BNDES. "A trajetória contracionista do BC vai continuar por um tempo razoavelmente bom", afirmou durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Integra: CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo (Reuters) - A política de aperto monetário do Banco Central deve persistir, com novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil esta crescendo mais do que poderia, avalia o sócio e membro do conselho do BTG Pactual, Pérsio Arida, que foi presidente do Banco Central e do BNDES. "A trajetória contracionista do BC vai continuar por um tempo razoavelmente bom", afirmou durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Na última quarta-feira, o BC elevou a taxa de juros pela quarta vez seguida para 9 por cento. Segundo Arida, o país não tem possibilidades de aquecer sua economia de forma saudável porque o mercado de trabalho não tem estrutura para atender o avanço econômico e porque fatores como a superindexação do salário mínimo e a política fiscal expansionista pressionam a inflação para cima. "Os motivos para a taxa de juro subir são cristalinos", disse. Arida avalia que o desemprego deveria chegar a 6,5 a 7 por cento para permitir uma inflação estável, enquanto o avanço anual do PIB não poderia passar de 2 por cento. Outro fator que pesa sobre a inflação e a desvalorização cambial, que ainda tem um "longo caminho a percorrer", uma vez que as taxas de juros nos Estados Unidos devem subir, mas a trajetória de fato ainda não começou. "As taxas nos EUA devem chegar a 3 ou 3,5 por cento, mas isso ainda vai ocorrer, e as taxas de juros fazem overshooting (exageram) sempre." Segundo o sócio do BTG, a preocupação do governo em relação às eleições presidenciais favorece a trajetória contracionista do Banco Central. "A maior preocupação do governo é com a inflação, e pelo motivo errado, que é a eleição no ano que vem", disse. Arida defendeu que o cenário ideal seria uma política econômica que permitisse ao Banco Central reduzir os juros, com redução de gastos do governo e de impostos e mais investimentos. Ele criticou a oferta de crédito subsidiado e a atuação agressiva dos bancos públicos no crescimento do crédito, pois isso "força os juros a serem mais altos do que poderiam ser". "Se um bloco da população tem acesso a taxas muito baixas, para outros tem que ser mais cara. Todos nós pagamos esta conta via taxas de juros mais altas", afirmou. Em meio à oscilação da Selic e ao avanço da inflação, a credibilidade do Banco Central está em franco declínio, segundo levantamento da consultoria Galanto, do Rio. A credibilidade da instituição caiu para menos de 10 por cento no mês passado, ante um pico de 90 por cento em 2007. Mesmo com a alta do PIB acima do esperado no segundo trimestre, a Maua Investimentos revisou para baixo sua previsão para o PIB no terceiro trimestre, que era de alta de 0,1 por cento e passou para queda de 0,4 por cento, segundo Luiz Fernando Figueiredo, sócio da consultoria. (Por Natalia Gómez) Assunto: BC poderá ofertar liquidez a diversos segmentos se necessário, diz Tombini Veículo: G1 Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Sinopse: Por Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, 31 Ago (Reuters) - O Banco Central poderá ofertar liquidez a diversos segmentos do mercado caso seja necessário, pois conta com um "colchão" superior a 370 bilhões de dólares, afirmou neste sábado o presidente da instituição, Alexandre Tombini, referindo-se às reservas internacionais do país, que foram ampliadas em quase 90 bilhões de dólares nos últimos dois anos. "Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis ma Integra: Por Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, 31 Ago (Reuters) - O Banco Central poderá ofertar liquidez a diversos segmentos do mercado caso seja necessário, pois conta com um "colchão" superior a 370 bilhões de dólares, afirmou neste sábado o presidente da instituição, Alexandre Tombini, referindo-se às reservas internacionais do país, que foram ampliadas em quase 90 bilhões de dólares nos últimos dois anos. "Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado", disse Tombini durante o encerramento do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Segundo ele, o Brasil está preparado para enfrentar a volatilidade dos mercados porque seu sistema financeiro está "sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões", e o BC adotará as "providências necessárias" para assegurar a estabilidade do sistema financeiro e da economia. Na semana passada, o Banco Central anunciou o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra. Pelo menos até o final do ano, o BC realizará semanalmente leilões de swap cambial no montante de 2 bilhões de dólares, e de venda com compromisso de recompra, no total de 1 bilhão de dólares. "Se necessário, realizaremos operações adicionais", afirmou Tombini. Segundo ele, este programa ofertará aos agentes econômicos proteção cambial superior a 100 bilhões de dólares, considerando o montante que já foi ofertado até o momento. "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira", disse. As declarações de Tombini ocorreram após críticas sobre a falta de clareza a respeito da estratégia do BC, feitas durante o evento por economistas --entre eles Gustavo Franco, ex-presidente da autoridade monetária. Mais cedo neste sábado, Franco afirmou que o mercado não sabe quais são as prioridades do Banco Central e quais políticas serão usadas para atingi-las. "As perguntas ainda dominam, e apenas a clareza poderá acabar com a volatilidade", disse. (Edição de Roberto Samora) Assunto: Volatilidade cambial será crescente até as eleições, diz Gustavo Franco Veículo: G1 Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Por Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo, 31 Ago (Reuters) - A volatilidade cambial deve ser crescente até as eleições presidenciais do ano que vem, não apenas pela incerteza do mercado em relação a política do Banco Central, mas também devido ao ambiente político e social mais tenso no país, avalia o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e presidente do conselho da Rio Bravo Investimentos. "Daqui até as eleições o período será de crescente volatilidade nas duas direções", disse durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Em sua visão, a insegurança sobre os fundamentos macroeconômicos no Brasil está estabelecida e torna os mercados financeiros mais sensíveis a qualquer fato novo. "Volatilidade é isso, uma hipersensibilidade ao noticiário." Segundo ele, o mercado não sabe quais são as prioridades do Banco Central e quais políticas serão usadas para atingí-las, e apenas uma clareza sobre estes assuntos poderia reduzir a volatilidade. Neste contexto, os fundos de investimento multimercado tendem a aumentar suas posições especulativas, enquanto as multinacionais aumentam as operações de hedge, afirmou. Alem da política do BC, o cenário de incerteza é agravado pela proximidade com as eleições, que gera maior ansiedade, e pela tensão social que deve ocorrer no período da Copa do Mundo, a exemplo do que ocorreu em junho em meio à Copa das Confederações, quando uma onda de manifestações populares se alastrou pelo país, avalia o economista. O ex-presidente do BC questionou o fato de a autoridade monetária ainda não ter usado recursos das reservas internacionais para atuar no mercado, já que este é um "instrumento mais forte" para conter a desvalorização do real. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, anunciado na sextafeira, Franco fez uma avaliação positiva. "O numero é bem-vindo e surpreendente diante dos indicadores que aconteceram antes", disse. Por isso, ele acredita que o crescimento anual do PIB poderá ficar acima de 2 por cento, quando antes sua previsão era de que ficasse abaixo deste patamar. Mesmo assim, o economista afirmou que o PIB trimestral ainda esta "magrinho" e não indica nenhuma transformação, mas apenas uma boa notícia. Assunto: 'Não creio que futuro do Brasil seja tão triste', diz criador da sigla Bric Veículo: G1 Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: 'Não creio que futuro do Brasil seja tão triste', diz criador da sigla Bric G1 Para o criador da sigla Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), Jim O'Neill, as perspectivas sobre o futuro da economia brasileira não são negativas como as recorrentes avaliações do mercado brasileiro apontam. Na sexta-feira (30), o economista britânico esteve em Campos do Jordão, durante o 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da Bovespa, no mesmo dia em que o PIB do segundo trimestre, que cresceu 1,5%, foi divulgado pelo governo. "Não creio que o seu futuro seja tão triste como ouvi hoje nas apresentações [do congresso]. Creio que o crescimento do Brasil no longo prazo tende a ser de 4% ao ano. Quando falo de Brasil, eu, pessoalmente, acho que o desempenho do crescimento do Brasil é sempre menos decepcionante do que dizem. Verifiquei que, quando criei a sigla, o crescimento era menor. Em 2001 [quando a sigla foi criada], 2002 e 2003, o crescimento médio foi de 1,7%. Presumindo o crescimento deste ano, o avanço de 2011, 2012 e 2013 será maior, de 2%. As pessoas parecem estar esquecendo que as economias são feitas de ciclos", disse O'Neill, PhD em economia e ex-executivo do Goldman Sachs. Os dois caminhos necessários para que suas projeções a respeito do Brasil virem realidade passam pela necessidade de abertura da economia e de mais investimento privado. "A economia brasileira precisa de mais investimento e se tornar mais aberta ao exterior. É a única maneira de conseguir o equilíbrio entre oferta e demanda. Existem bilhões de pessoas lá fora. Se quiser se sair melhor, [o país] terá de se envolver com elas", afirmou. Real desvalorizado Sobre a desvalorização cambial em curso no Brasil - com a qual não se mostrou tão preocupado - O'Neill alertou sobre a necessidade de os países emergentes utilizarem mais suas moedas e desenvolverem seus mercados de capital diante das ações frequentes dos bancos centrais, especialmente do Fed (banco central dos Estados Unidos), que vêm emitindo dinheiro para estimular sua economia. "O trabalho do Fed é fazer crescer a economia norte-americana, não se preocupar com o resto do mundo. Os países dos Bric falam muito e fazem pouco. Se querem reduzir a vulnerabilidade às oscilações do dólar, precisam utilizar mais as suas moedas e desenvolver seus mercados de capital para que não haja essa falta de dólares frente às medidas do Fed. Por isso tudo está sempre subindo e descendo." Brasil em 2º Frequentemente questionado sobre a ordem de importância atual dos países incluídos na sigla Bric, o economista citou: China, Brasil, Rússia e Índia. "O que acontece na China tem impacto mais forte no mundo do que qualquer outro país. Se você olhar de perto, nos últimos meses, há sinais de estabilidade. Nós devemos sempre pensar numa nova China, que se concentra mais na qualidade do que no crescimento em si. A China atrasou seu crescimento por vontade. As autoridades chinesas querem melhorar a sustentabilidade e a qualidade do seu crescimento." Novas oportunidades na Nigéria Sobre as grandes oportunidades que estão a caminho, O'Neill disse que os países com grande densidade populacional concentrarão as maiores economias. Entre os destaques estão parte da África e, especialmente, Nigéria. Assunto: Indústria de fundos imobiliários pode dobrar em 2 anos, diz Gustavo Franco Veículo: G1 Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Sinopse: Por Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo, 31 Ago (Reuters) - A indústria de fundos imobiliários no Brasil tem potencial para dobrar de tamanho em dois anos, impulsionada pela manutenção do crescimento do setor imobiliário e pela entrada de investidores que gostam de investir em imóveis mas ainda não atuam no mercado de capitais, avaliou o economista Gustavo Franco. "Os fundos imobiliários estão atraindo investidores de imóveis que a gente vê pouco no mercado financeiro", disse o estr Integra: Por Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo, 31 Ago (Reuters) - A indústria de fundos imobiliários no Brasil tem potencial para dobrar de tamanho em dois anos, impulsionada pela manutenção do crescimento do setor imobiliário e pela entrada de investidores que gostam de investir em imóveis mas ainda não atuam no mercado de capitais, avaliou o economista Gustavo Franco. "Os fundos imobiliários estão atraindo investidores de imóveis que a gente vê pouco no mercado financeiro", disse o estrategista-chefe e presidente do conselho de administração da Rio Bravo Investimentos, que administra este tipo de fundo, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). "Este produto vai criar maior integração entre o mercado imobiliário e o mercado de capitais." Neste ano, o segmento cresceu 7 por cento e atingiu 104 mil investidores pessoa física, segundo Franco. Com 107 fundos registrados, o setor tem 30 bilhões de reais em valor de mercado. Segundo o economista, que foi presidente do Banco Central, não há indícios de que exista uma bolha no mercado imobiliário pois a demanda por imóveis no país é consistente em todas as regiões, e os fundos tem investimentos diversificados que tendem a proteger os investidores de períodos de baixa, em sua avaliação. Assunto: Para economistas, pouca abertura comercial trava crescimento do país Veículo: G1 Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Integra: A pouca abertura comercial do Brasil ao exterior foi apontado por analistas de diferentes partes do mundo como um dos grandes entraves ao crescimento da economia nacional. O coro de que o Brasil registraria avanços significativos se retirasse barreiras protecionistas e aumentasse seu volume de trocas foi visto durante o 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&F Bovespa, em Campos do Jordão, neste final de semana. "O governo daquela senhora (presidente Dilma Rousseff) deveria remover todos os controles de moeda, converter o país em um mercado totalmente livre. Deveria remover todos os subsídios. O Brasil poderia e deveria ser um dos grandes países do mundo, mas o governo anda fazendo bobagens", disse o economista e megainvestidor norte-americano Jim Rogers. Na avaliação do ex-presidente do Banco Central e hoje sócio do banco BTG Pactual Pérsio Arida, a preocupação maior que se tem hoje sobre o crescimento brasileiro vem da baixa produtividade - refletida, em parte, pela falta de abertura econômica. "Nossa produtividade, infelizmente, é baixa e está caindo ao longo do tempo. O motivo pelo qual está caindo é difícil de dizer exatamente, porque a produtividade capta tudo o que vai de errado e tudo o que vai certo na economia. Na verdade, a queda da produtividade é resultado de distorções massivas microeconômicas e de uma economia fechada para o mercado exterior", disse o economista. As perspectivas do criador da sigla dos emergentes Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), Jim O'Neill, não poderiam ser mais positivas para a economia brasileira. No entanto, para que o resultado seja alcançado, o economista britânico, PhD pela University of Surrey, aponta como caminho, além de mais investimento privado, a abertura da economia. "A economia brasileira precisa de mais investimento e se tornar mais aberta ao exterior. É a única maneira de conseguir o equilíbrio entre oferta e demanda. Existem bilhões de pessoas lá fora. Se quiser se sair melhor, (o país) terá de se envolver com elas", afirmou. Hoje, estão em vigor no Brasil perto de 50 medidas antidumping - de sacos de juta a ventiladores de mesa - vendidos por diversos países e o país, no ano, vem importando mais do que exportando. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, no acumulado do ano até 25 de agosto, a balança comercial apresenta um déficit no valor de US$ 3,85 bilhões, resultado de exportações em US$ 151,8 bilhões (queda de 1,3% sobre o ano passado), e importações em US$ 155,7 bilhões - aumento de 10%. Para onde vai o crescimento Sobre o crescimento do Brasil, não há consenso. Para O'Neill, o futuro do Brasil não deverá ser tão triste. "Creio que o crescimento do Brasil no longo prazo tende a ser de 4% ao ano. Quando falo de Brasil, eu, pessoalmente, acho que o desempenho do crescimento do Brasil é sempre menos decepcionante do que dizem. Verifiquei que, quando criei a sigla, o crescimento era menor. Em 2001 (quando a sigla foi criada), 2002 e 2003, o crescimento médio foi de 1,7%. Presumindo o crescimento deste ano, o avanço de 2011, 2012 e 2013 será maior, de 2%. As pessoas parecem estar esquecendo que as economias são feitas de ciclos." Já para Gustavo Franco, PhD em economia pela Universidade de Harvard, a economia deverá fechar o ano com crescimento de 2%. Esse é o limite que Pérsio Arida considera saudável para que não haja pressões inflacionárias. "A taxa de crescimento potencial poderia ser mais alta, mas o Brasil hoje não pode crescer muito mais do que 2% ao ano sem pressionar a inflação", afirmou. Segundo o último boletim Focus, do Banco Central, os analistas do mercado financeiro prevêem que o PIB deverá mostrar expansão de 2,20% em 2013. No último dia 22, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a projeção do PIB foi revisada para baixo, para 2,5%. Assunto: Robert Shiller diz que há suspeita de bolha imobiliária no País Veículo: G1 Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Barreiras comerciais também são apontadas como entraves ao avanço. Especialistas creem que PIB poderá crescer ao menos 2%. A pouca abertura comercial do Brasil ao exterior foi apontado por analistas de diferentes partes do mundo como um dos grandes entraves ao crescimento da economia nacional. O coro de que o Brasil registraria avanços significativos se retirasse barreiras protecionistas e aumentasse seu volume de trocas foi visto durante o 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&F Bovespa, em Campos do Jordão, neste final de semana. "O governo daquela senhora [presidente Dilma Rousseff] deveria remover todos os controles de moeda, converter o país em um mercado totalmente livre. Deveria remover todos os subsídios. O Brasil poderia e deveria ser um dos grandes países do mundo, mas o governo anda fazendo bobagens", disse o economista e megainvestidor norte-americano Jim Rogers. Na avaliação do ex-presidente do Banco Central e hoje sócio do banco BTG Pactual Pérsio Arida, a preocupação maior que se tem hoje sobre o crescimento brasileiro vem da baixa produtividade - refletida, em parte, pela falta de abertura econômica. "Nossa produtividade, infelizmente, é baixa e está caindo ao longo do tempo. O motivo pelo qual está caindo é difícil de dizer exatamente, porque a produtividade capta tudo o que vai de errado e tudo o que vai certo na economia. Na verdade, a queda da produtividade é resultado de distorções massivas microeconômicas e de uma economia fechada para o mercado exterior", disse o economista. As perspectivas do criador da sigla dos emergentes Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), Jim O'Neill, não poderiam ser mais positivas para a economia brasileira. No entanto, para que o resultado seja alcançado, o economista britânico, PhD pela University of Surrey, aponta como caminho, além de mais investimento privado, a abertura da economia. "A economia brasileira precisa de mais investimento e se tornar mais aberta ao exterior. É a única maneira de conseguir o equilíbrio entre oferta e demanda. Existem bilhões de pessoas lá fora. Se quiser se sair melhor, [o país] terá de se envolver com elas", afirmou. Hoje, estão em vigor no Brasil perto de 50 medidas antidumping - de sacos de juta a ventiladores de mesa - vendidos por diversos países e o país, no ano, vem importando mais do que exportando. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, no acumulado do ano até 25 de agosto, a balança comercial apresenta um déficit no valor de US$ 3,85 bilhões, resultado de exportações em US$ 151,8 bilhões (queda de 1,3% sobre o ano passado), e importações em US$ 155,7 bilhões - aumento de 10%. Para onde vai o crescimento Sobre o crescimento do Brasil, não há consenso. Para O'Neill, o futuro do Brasil não deverá ser tão triste. "Creio que o crescimento do Brasil no longo prazo tende a ser de 4% ao ano. Quando falo de Brasil, eu, pessoalmente, acho que o desempenho do crescimento do Brasil é sempre menos decepcionante do que dizem. Verifiquei que, quando criei a sigla, o crescimento era menor. Em 2001 [quando a sigla foi criada], 2002 e 2003, o crescimento médio foi de 1,7%. Presumindo o crescimento deste ano, o avanço de 2011, 2012 e 2013 será maior, de 2%. As pessoas parecem estar esquecendo que as economias são feitas de ciclos." Já para Gustavo Franco, PhD em economia pela Universidade de Harvard, a economia deverá fechar o ano com crescimento de 2%. Esse é o limite que Pérsio Arida considera saudável para que não haja pressões inflacionárias. "A taxa de crescimento potencial poderia ser mais alta, mas o Brasil hoje não pode crescer muito mais do que 2% ao ano sem pressionar a inflação", afirmou. Segundo o último boletim Focus, do Banco Central, os analistas do mercado financeiro prevêem que o PIB deverá mostrar expansão de 2,20% em 2013. No último dia 22, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a projeção do PIB foi Assunto: Robert Shiller diz que há suspeita de bolha imobiliária no País Veículo: G1 (continuação) revisada para baixo, para 2,5%. Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Assunto: PIB do 2º trimestre surpreende, mas analistas sugerem cautela Veículo: TERRA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: PIB do 2º trimestre surpreende, mas analistas sugerem cautela - Terra BRUNA SANIELE Direto de Campos do Jordão (SP) O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo semestre surpreendeu, mas não há garantias de que o bom resultado vá perdurar no terceiro trimestre, de acordo com especialistas ouvidos no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta sexta-feira em Campos do Jordão (SP). O Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE) informou nesta manhã que o PIB cresceu 1,5% no segundo trimestre sobre o primeiro deste ano e 3,3% sobre o segundo trimestre de 2012. De acordo com Luiz Fernando Figueiredo, sócio-fundador da Mauá Sekular Investimentos, o resultado do segundo trimestre foi "surpreendente", com um PIB mais forte do que era esperado. Porém, ele acha cedo para traçar um cenário positivo em relação ao crescimento. Mônica Baumgartem de Bolle, professora do curso de economia da PUC-Rio e sócia-diretora da Galanto, afirmou que o PIB do segundo trimestre veio muito descolado do valor do primeiro, quando ficou em 0,6%. "Foi uma descontinuidade da economia brasileira. Estamos vendo que o espelho do passado dessa vez não nos dá informação (de como será o futuro). Estamos vendo um terceiro trimestre "paradão", mas é preciso olhar com mais cuidado esses números", comenta. Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central (BC) e um dos idealizadores do Plano Real, afirmou que "estamos olhando o crescimento pelo retrovisor" e que a economia brasileira vinha crescendo mais do que o seu potencial, que seria de 2% ao ano. A jornalista viajou a convite da Bovespa. Assunto: Problemas de EBX no dañarán imagen de bolsa de Brasil: BM&FBovespa Veículo: TERRA ESPAÑA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: PROBLEMAS DE EBX NO DAÑARÁN IMAGEN DE BOLSA DE BRASIL: BM&FBOVESPA TERRA ESPAÑA Por Guillermo Parra-Bernal y Natalia Gomez CAMPOS DO JORDÃO, Brasil (Reuters) - Es improbable que los problemas que enfrenta el Grupo EBX, del magnate Eike Batista, manchen la imagen de los mercados bursátiles de Brasil entre los inversores globales, dijo el jueves el presidente ejecutivo de BM&FBovespa. "No veo al mercado brasileño lidiando con un problema de imagen debido a esto", dijo el presidente ejecutivo Edemir Pinto en un evento de la compañía en la ciudad brasileña de Campos do Jordao. Las acciones de la productora de crudo controlada por Batista OGX Petroleo e Gas Participacoes SA permanecerán en el índice referencial Bovespa en caso de que la compañía reestructure su deuda, afirmó. OGX sólo sería excluida si solicita la protección por bancarrota o sale del negocio. (Escrito por Reese Ewing; Editado en Español por Ricardo Figueroa) Assunto: Queda da EBX não mancha imagem da Bovespa, diz diretor Veículo: TERRA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Queda da EBX não mancha imagem da Bovespa, diz diretor Terra Bruna Saniele Direto de Campos do Jordão (SP) O diretor presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa), Edemir Pinto, disse estar frustrado com o resultado das empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, na bolsa, mas afirmou que não acha que a queda no valor das ações tenha provocado um descrédito de investidores internacionais para com a Bovespa. A afirmação foi feita durante a abertura oficial do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais na noite desta quinta-feira em Campos do Jordão (SP). "Não manchou a imagem (...) Projetos de pré-operacional (que não correspondem aos objetivos) acontecem em todo o mundo. Esse resultado não é o que ele imaginava, não era o objetivo dele. O Eike tinha as melhores intenções, tanto que todo o dinheiro que captou ele colocou no mercado, foi investido no desenvolvimento das próprias companhias. O Eike não colocou na mão nenhum real no bolso", afirmou. Segundo Edemir Pinto, a derrocada das empresas do grupo EBX é "uma coisa lamentável" e causou frustração também pelo perfil empreendedor de Eike Batista. "Ele já foi considerado o maior empreendedor do País", disse. Futuras ofertas de ações O diretor presidente disse que existe pouca possibilidade de novas ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) ainda em 2013, embora um grande número de empresas esteja procurando a bolsa com interesse no processo. Porém, essas ofertas devem ficar para 2014. Conforme Edemir Pinto, até o dia 13 de setembro serão anunciadas as novas regras da bolsa para o próximo ano. "Vamos divulgar aperfeiçoamentos no Ibovespa (principal Índice da Bovespa). Mas para 2013, as regras permanecem as mesmas", conta. No início de agosto, a bolsa anunciou que o Ibovespa deve passar por mudanças em sua metodologia após 45 anos, para refletir melhor a economia brasileira. O Ibovespa atualmente é composto por 71 ações, mas o maior peso na carteira é dos setores de commodities e de serviços financeiros. O índice acumula queda de cerca de 20% no ano, afetado em grande parte por fortes perdas de ações ligadas a commodities, como metais e petróleo. Na ocasião, o diretor-presidente afirmou que as mudanças devem ocorrer nas ponderações, inclusão e exclusão de companhias no índice. A decisão reforça a crescente pressão de investidores locais e internacionais por um índice que reflita melhor realidade da economia brasileira. As possíveis mudanças são debatidas num momento em que a bolsa enfrenta a possível entrada de novos competidores, e pratica uma nova política de preços para reduzir tarifas de negociação e uma economia fraca, com redução dos volumes. Além disso, a Ibovespa vêm sofrendo constantes quedas decorrentes da desvalorização das ações do Grupo EBX. Com informações da Reuters A jornalista viajou a convite da Bovespa Assunto: Culpa da inflação é dos gastos dos governos, diz Nobel de economia Veículo: TERRA Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Culpa da inflação é dos gastos dos governos, diz Nobel de economia Terra Bruna Saniele Direto de Campos do Jordão (SP) "A inflação é sempre um fenômeno fiscal. Os culpados são o Congresso e o governo que gastam mais do que tem". Essa é a opinião do pesquisador da Universidade de Harvard, nos EUA, e ganhador do prêmio Nobel de Economia de 2011, Thomas Sargent, que participa do 6º Congresso Internacional e Mercados Financeiro e de Capitais nesta sexta-feira em Campos do Jordão (SP). Segundo o economista, países que seguem uma política fiscal responsável não têm problemas com a inflação, que é um mal que afeta fundamentalmente os pobres. "A inflação é muito onerosa para quem não tem dinheiro. Os bancos e quem trabalha com sistemas de pagamento lidam bem com a inflação", diz. Segundo ele, o Brasil aprendeu a lidar com a inflação e tem um sistema financeiro sofisticado. O economista afirmou que estava "envergonhado" de falar sobre inflação no Brasil tendo em vista a experiência do país sobre o assunto. Ele evitou criticar a situação brasileira, afirmando que tinha feito uma promessa de só falar sobre outros países que não os Estados Unidos quando a situação fiscal da nação fosse resolvida. Ainda assim, Sargent afirmou que o Brasil leva uma grande vantagem por "não ter a moeda do mundo (em referência ao dólar)" e também por "estar sempre atento à inflação". Sobre a moeda americana, ele afirmou que a hegemonia do dólar deve acabar em 40 ou 50 anos, e que segue em um "processo erosivo constante." "Nós não temos inflação desde a Guerra Civil, então não sabemos lidar com ela." A jornalista viajou a convite da Bovespa Assunto: Ponto Final - Devagar com o andor Veículo: BRASIL ECONÔMICO Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Ponto Final - Devagar com o andor Brasil Econômico Se está tudo tão bem, se a inflação cedeu e ficou sob controle, por que o BC aumentou a taxa de juros básica de 8,5% para 9% na última quarta-feira e promete novo aperto de 0,5 ponto percentual para a próxima reunião do Copom no início de outubro? Nada como um dia depois do outro. Depois de passarem maus bocados com a alta do dólar, Guido Mantega e Alexandre Tombini passaram um fim de semana tranquilo, sem sobressaltos. Foram para casa na sexta-feira levando na pasta a auspiciosa notícia sobre o desempenho da economia no segundo trimestre. O PIB cresceu 1,5%, bem acima das previsões dos analistas e do próprio governo. Sobre o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi ainda maior, de 3,3%. Graças a esse resultado, bancos e consultorias elevaram os prognósticos sobre o PIB deste ano para 2,5%. E também destacaram a qualidade do crescimento, com maior peso na taxa de investimento e na agropecuária, e menor do consumo das famílias. Sabe-se que os números positivos não vão se repetir no terceiro trimestre, pois a indústria já se retraiu em julho e agosto. De qualquer maneira, o clima se desanuviou bastante em Brasília. O ministro Mantega apareceu sorridente em São Paulo e fez a festa na manhã mesmo da divulgação do PIB pelo IBGE. "O pior já passou. O fundo do poço foi superado não só no Brasil, mas no mundo todo. E tudo leva a crer que o cenário internacional vai melhorar ainda mais", comemorou. Ele espera que os pessimistas voltem a ter confiança na economia do país. Presidente do BC, Tombini, que não é falar em semana de Copom, deitou falação em Campos de Jordão no sábado, também com elogios à política econômica. Ao comentar a atual volatilidade do câmbio nas economias emergentes, assegurou: "O Brasil está preparado para enfrentar essa volatilidade. O sistema financeiro está sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões". Ninguém perguntou a Tombini, mas fica a indagação: Se está tudo tão bem, se a inflação cedeu e ficou sob controle, por que o BC aumentou a taxa de juros básica de 8,5% para 9% na última quarta-feira e promete novo aperto de 0,5 ponto percentual para a próxima reunião do Copom no início de outubro? As raposas do mercado financeiro, que se alimentam de doses de juros, garantem que o aumento da Selic é o remédio necessário para compensar a rédea frouxa na política fiscal do governo. Afirmam também que juros altos quebram a expectativa inflacionária, problema que parece contornado pela queda no consumo das famílias. O efeito dos juros na economia é moderado e vai se fazer sentir no início do ano que vem. Mas espera-se que o BC não erre na dosagem e no timing, como já ocorreu outras vezes. É importante ressaltar que muita gente ainda está com o pé atrás em relação à economia brasileira. Recentemente, o Prêmio Nobel Paul Krugman disse que acha uma balela a sigla BRICs e considera exagerado o destaque que se deu aos países emergentes. Agora, com a recuperação dos Estados Unidos e os sinais de melhora na Europa, o rio dos investimentos estaria voltando ao leito de sempre, em benefício dos países desenvolvidos. O economista Jim O'Neil, criador do acrônimo, não é tão cético, mas atira no peso excessivo do Estado: "O governo tem de parar de querer ser a velha China, porque a nova China já escolheu não ter o Estado impulsionando um crescimento de 10% ao ano". A mágica do crescimento sustentado e sem sobressalto é simples. Deve-se aumentar os investimento privados. E a maior contribuição nesse sentido, queira ou não Tombini, é a redução dos juros. Assunto: Credibilidade abalada, inflação alta. Veículo: DIÁRIO DO COMÉRCIO (SP) Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Sinopse: Credibilidade abalada, inflação alta. Detalhes Publicado em Domingo, 01 Setembro 2013 19:46 Escrito por Rejane Tamoto Com as incertezas sobre os rumos da política fiscal e da alta do dólar, a credibilidade do governo ante o mercado está abalada e a principal consequência disso é uma inflação maior neste ano. A avaliação é de economistas que debateram as questões macroeconômicas na sexta edição do Congresso Internacional do Mercado Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa, no final de seman Integra: Credibilidade abalada, inflação alta. Detalhes Publicado em Domingo, 01 Setembro 2013 19:46 Escrito por Rejane Tamoto Com as incertezas sobre os rumos da política fiscal e da alta do dólar, a credibilidade do governo ante o mercado está abalada e a principal consequência disso é uma inflação maior neste ano. A avaliação é de economistas que debateram as questões macroeconômicas na sexta edição do Congresso Internacional do Mercado Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa, no final de semana, em Campos do Jordão. Para Monica Baumgarten de Bolle, sócia-diretora da Galanto MBB Consultoria e diretora do Instituto de Estudos de Política Econômica Casa das Garças, a inflação pode ser comparada a um pesadelo brasileiro. Para a economista, que ministrou uma palestra sobre o tema, o trade-off (uma escolha em detrimento de outra) entre o crescimento econômico e a inflação foi um movimento errático do governo. "Na melhor das hipóteses, tornou a inflação resistente". Monica avalia que as medidas de expansão do crédito público, desonerações, redução dos juros foram pontuais e acabaram desviando o foco da inflação. O resultado é que a credibilidade do Banco Central ante agentes de mercado caiu drasticamente. "Existe um certo descaso em relação ao papel das expectativas. O governo acredita que controla isso independentemente dos sinais que emite", afirma. Ela mostra, a partir de um levantamento feito com base nas projeções da pesquisa Focus, que a expectativa para a inflação para um horizonte de um ano estão descoladas do centro da meta de 4,5% estabelecida para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "Em 2007, 80% dos participantes da pesquisa acreditavam que a inflação atingiria a meta no ano seguinte. Em 2010, esse percentual caiu para 30% e de lá para cá foi para zero. A percepção é que o governo fez uma elevação de juros tardia", diz. As ferramentas usadas pelo governo foram criticadas pela economista. "O governo fez desonerações tributárias para combater a inflação, além de ter congelado o preço de combustíveis e controlado o preço de energia elétrica e transportes. A médio prazo, o conjunto de medidas corresponde a uma política fiscal expansionista, o que gera inflação para a frente. Hoje existe um descolamento no índice, com preços administrados aumentando 1,3% ao ano e os preços livres, 8%. Não é sustentável manter essa distorção de preços e de alocação de recursos na economia", afirma. Na opinião de Monica, a população só percebeu a inflação quando ela persistiu sobre os alimentos, o que ocorre desde abril do ano passado, com pico no último mês de março. "O problema é que o grupo de alimentos depende de condições climáticas. Se houver uma nova quebra de safra neste ano, haverá pouco espaço para suportar o choque. Isso, inclusive, tem sido um motivo para o governo não aumentar o preço da gasolina", diz. Outro ponto de retrocesso, para Monica, foi a volta da relação entre risco-país e inflação e entre risco-país e câmbio. "Essa percepção estava ausente e voltou. No futuro, vejo a inflação subindo solta, a não ser que o governo mude o curso da política econômica de forma radical. É difícil recuperar a confiança depois de perdê-la. A tarefa é árdua". Assunto: Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC Veículo: DIÁRIO DO COMÉRCIO (SP) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC Detalhes Publicado em Sábado, 31 Agosto 2013 11:35 Escrito por BBC Brasil O futuro econômico do Brasil é melhor do que o clima atual indica e o crescimento pode voltar ao patamar de 4% ao ano, opina o economista britânico Jim O"Neill, ex-executivo do banco de investimentos Goldman Sachs e conhecido por ter criado a sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) para englobar as principais economias emergentes. O tom otimista da palestra de O"Neill, na sexta-feira (30), em um congresso da BM&FBovespa em Campos do Jordão (SP), contrastou com a percepção predominante entre analistas brasileiros de que o crescimento do PIB - de 1,5% no segundo trimestre - não resultará em uma retomada econômica mais robusta. "Suspeito que o futuro (do Brasil) não seja tão sombrio quanto o que tenho ouvido aqui", disse o economista, alegando que a média de crescimento do país é hoje superior à do início da década passada, quando criou o acrônimo BRIC. "O Brasil está melhor, e não pior." Ele diz que o país tem apresentado indicadores melhores no que chama de "nota de ambiente de crescimento" como estabilidade política, expectativa de vida, índices de corrupção e até uso de computadores e smartphones. O economista diz ainda que o comércio sul-sul (realizado sobretudo entre países emergentes) está próximo de alcançar o comércio norte-norte (entre os países desenvolvidos). "(Mas) para o Brasil melhorar precisa de mais investimentos do setor privado. É preciso aumentar a oferta (econômica), mas não com mais gastos do governo, e sim com o governo saindo do caminho e facilitando a iniciativa privada", declarou. "E o país precisa ser parte maior da economia global - o país ainda é visto como muito fechado e precisa se relacionar mais com os demais 7 bilhões de pessoas do mundo." China A fala de O"Neill ocorre no momento em que países ricos, como os EUA, apresentam sinais de recuperação, enquanto emergentes até recentemente fortes motores da economia global - vivem uma desaceleração. A China, em especial, deixou de crescer a taxas de dois dígitos e tem como meta para 2013 crescer 7,5%. O"Neill, porém, diz acreditar que o governo chinês escolheu crescer a taxas mais baixas para se manter sustentável. "E esses 7,5% são equivalentes a um crescimento de 3,75% na economia dos EUA, porque seu impacto econômico está cada vez maior." O"Neill ressalva que não adianta países emergentes como o Brasil tentarem repetir as taxas de crescimento econômico chinesas - algo, segundo ele, só permitido pela situação demográfica da China, país mais populoso do mundo. BRIC e câmbio Questionado a respeito do anúncio do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que os BRICS (incluindo a África do Sul) trabalham na criação de um banco de desenvolvimento conjunto, O"Neill disse que até agora o grupo de emergentes "falou muito mas não fez nada juntos politicamente". "Não é fácil fazer coisas juntos quando se é tão diferente entre si. O fato de terem concordado nisso é muito interessante". Quanto à desvalorização do real - que ocorre ao mesmo tempo em que outras moedas internacionais perdem força perante o dólar -, O"Neill vê a flutuação como natural e até positiva para o Brasil. "Mas se querem reduzir sua volatilidade (à moeda americana), têm de aumentar o uso de sua própria moeda no comércio mundial." Assunto: Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC Veículo: DIÁRIO DO COMÉRCIO (SP) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC Detalhes Publicado em Sábado, 31 Agosto 2013 11:35 Escrito por BBC Brasil O futuro econômico do Brasil é melhor do que o clima atual indica e o crescimento pode voltar ao patamar de 4% ao ano, opina o economista britânico Jim O"Neill, ex-executivo do banco de investimentos Goldman Sachs e conhecido por ter criado a sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) para englobar as principais economias emergentes. O tom otimista da palestra de O"Neill, na sexta-feira (30), em um congresso da BM&FBovespa em Campos do Jordão (SP), contrastou com a percepção predominante entre analistas brasileiros de que o crescimento do PIB - de 1,5% no segundo trimestre - não resultará em uma retomada econômica mais robusta. "Suspeito que o futuro (do Brasil) não seja tão sombrio quanto o que tenho ouvido aqui", disse o economista, alegando que a média de crescimento do país é hoje superior à do início da década passada, quando criou o acrônimo BRIC. "O Brasil está melhor, e não pior." Ele diz que o país tem apresentado indicadores melhores no que chama de "nota de ambiente de crescimento" como estabilidade política, expectativa de vida, índices de corrupção e até uso de computadores e smartphones. O economista diz ainda que o comércio sul-sul (realizado sobretudo entre países emergentes) está próximo de alcançar o comércio norte-norte (entre os países desenvolvidos). "(Mas) para o Brasil melhorar precisa de mais investimentos do setor privado. É preciso aumentar a oferta (econômica), mas não com mais gastos do governo, e sim com o governo saindo do caminho e facilitando a iniciativa privada", declarou. "E o país precisa ser parte maior da economia global - o país ainda é visto como muito fechado e precisa se relacionar mais com os demais 7 bilhões de pessoas do mundo." China A fala de O"Neill ocorre no momento em que países ricos, como os EUA, apresentam sinais de recuperação, enquanto emergentes até recentemente fortes motores da economia global - vivem uma desaceleração. A China, em especial, deixou de crescer a taxas de dois dígitos e tem como meta para 2013 crescer 7,5%. O"Neill, porém, diz acreditar que o governo chinês escolheu crescer a taxas mais baixas para se manter sustentável. "E esses 7,5% são equivalentes a um crescimento de 3,75% na economia dos EUA, porque seu impacto econômico está cada vez maior." O"Neill ressalva que não adianta países emergentes como o Brasil tentarem repetir as taxas de crescimento econômico chinesas - algo, segundo ele, só permitido pela situação demográfica da China, país mais populoso do mundo. BRIC e câmbio Questionado a respeito do anúncio do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que os BRICS (incluindo a África do Sul) trabalham na criação de um banco de desenvolvimento conjunto, O"Neill disse que até agora o grupo de emergentes "falou muito mas não fez nada juntos politicamente". "Não é fácil fazer coisas juntos quando se é tão diferente entre si. O fato de terem concordado nisso é muito interessante". Quanto à desvalorização do real - que ocorre ao mesmo tempo em que outras moedas internacionais perdem força perante o dólar -, O"Neill vê a flutuação como natural e até positiva para o Brasil. "Mas se querem reduzir sua volatilidade (à moeda americana), têm de aumentar o uso de sua própria moeda no comércio mundial." Assunto: Volatilidade cambial será crescente até as eleições, diz Gustavo Franco Veículo: DIÁRIO DO COMÉRCIO (SP) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Volatilidade cambial será crescente até as eleições, diz Gustavo Franco Diário do Comércio (SP) A volatilidade cambial deve ser crescente até as eleições presidenciais do ano que vem, não apenas pela incerteza do mercado em relação a política do Banco Central, mas também devido ao ambiente político e social mais tenso no país, avalia o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e presidente do conselho da Rio Bravo Investimentos. "Daqui até as eleições o período será de crescente volatilidade nas duas direções", disse durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Em sua visão, a insegurança sobre os fundamentos macroeconômicos no Brasil está estabelecida e torna os mercados financeiros mais sensíveis a qualquer fato novo. "Volatilidade é isso, uma hipersensibilidade ao noticiário." Segundo ele, o mercado não sabe quais são as prioridades do Banco Central e quais políticas serão usadas para atingí-las, e apenas uma clareza sobre estes assuntos poderia reduzir a volatilidade. Neste contexto, os fundos de investimento multimercado tendem a aumentar suas posições especulativas, enquanto as multinacionais aumentam as operações de hedge, afirmou. Alem da política do BC, o cenário de incerteza é agravado pela proximidade com as eleições, que gera maior ansiedade, e pela tensão social que deve ocorrer no período da Copa do Mundo, a exemplo do que ocorreu em junho em meio à Copa das Confederações, quando uma onda de manifestações populares se alastrou pelo país, avalia o economista. O ex-presidente do BC questionou o fato de a autoridade monetária ainda não ter usado recursos das reservas internacionais para atuar no mercado, já que este é um "instrumento mais forte" para conter a desvalorização do real. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, anunciado na sexta-feira (30), Franco fez uma avaliação positiva. "O numero é bem-vindo e surpreendente diante dos indicadores que aconteceram antes", disse. Por isso, ele acredita que o crescimento anual do PIB poderá ficar acima de 2%, quando antes sua previsão era de que ficasse abaixo deste patamar. Mesmo assim, o economista afirmou que o PIB trimestral ainda esta "magrinho" e não indica nenhuma transformação, mas apenas uma boa notícia. Assunto: Volatilidade cambial será crescente até as eleições, diz Gustavo Franco Veículo: DIÁRIO DO COMÉRCIO (SP) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Volatilidade cambial será crescente até as eleições, diz Gustavo Franco Diário do Comércio (SP) A volatilidade cambial deve ser crescente até as eleições presidenciais do ano que vem, não apenas pela incerteza do mercado em relação a política do Banco Central, mas também devido ao ambiente político e social mais tenso no país, avalia o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e presidente do conselho da Rio Bravo Investimentos. "Daqui até as eleições o período será de crescente volatilidade nas duas direções", disse durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Em sua visão, a insegurança sobre os fundamentos macroeconômicos no Brasil está estabelecida e torna os mercados financeiros mais sensíveis a qualquer fato novo. "Volatilidade é isso, uma hipersensibilidade ao noticiário." Segundo ele, o mercado não sabe quais são as prioridades do Banco Central e quais políticas serão usadas para atingí-las, e apenas uma clareza sobre estes assuntos poderia reduzir a volatilidade. Neste contexto, os fundos de investimento multimercado tendem a aumentar suas posições especulativas, enquanto as multinacionais aumentam as operações de hedge, afirmou. Alem da política do BC, o cenário de incerteza é agravado pela proximidade com as eleições, que gera maior ansiedade, e pela tensão social que deve ocorrer no período da Copa do Mundo, a exemplo do que ocorreu em junho em meio à Copa das Confederações, quando uma onda de manifestações populares se alastrou pelo país, avalia o economista. O ex-presidente do BC questionou o fato de a autoridade monetária ainda não ter usado recursos das reservas internacionais para atuar no mercado, já que este é um "instrumento mais forte" para conter a desvalorização do real. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, anunciado na sexta-feira (30), Franco fez uma avaliação positiva. "O numero é bem-vindo e surpreendente diante dos indicadores que aconteceram antes", disse. Por isso, ele acredita que o crescimento anual do PIB poderá ficar acima de 2%, quando antes sua previsão era de que ficasse abaixo deste patamar. Mesmo assim, o economista afirmou que o PIB trimestral ainda esta "magrinho" e não indica nenhuma transformação, mas apenas uma boa notícia. Assunto: Brasil está preparado para enfrentar oscilações do mercado financeiro, diz Tombini Veículo: DIÁRIO DO COMÉRCIO (SP) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Brasil está preparado para enfrentar oscilações do mercado financeiro, diz Tombini Diário do Comércio O Brasil está preparado para enfrentar as oscilações do mercado financeiro global geradas pela decisão dos Estados Unidos de reduzir estímulos monetários. A avaliação foi feita neeste sábado (31) pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Ele discursou no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&F Bovespa, em Campos do Jordão, São Paulo. Tombini disse que a economia mundial passa por um processo de transição, com a recuperação econômica dos Estados Unidos. "Diga-se de passagem, transição positiva, pois significa que a recuperação da maior economia do mundo está ganhando força e isso representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente." Apesar das características positivas da transição, Tombini destacou que o processo de normalização das condições monetárias nas economias avançadas gera volatilidade (fortes oscilações), principalmente nos mercados de economias emergentes, como o Brasil. "As economias emergentes são as mais impactadas por essa volatilidade. Sempre foi assim. E não é diferente no caso da economia brasileira." "Os mercados se anteciparam aos fatos e, na ausência de informações claras e precisas de como se dará esse processo de retirada dos estímulos monetários, os preços dos ativos financeiros estão mais voláteis, oscilando ao sabor de cada dado sobre o ritmo de atividade da economia norte-americana", ressaltou Tombini. Segundo o presidente do Banco Central, a estratégia da instituição é clara: "Usaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir a volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira." De acordo com Tombini, essa estratégia será usada o tempo que for necessário, em todo o período de transição "entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global". Desde o fim de maio, o sistema financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. Com menos dólares em circulação, a cotação da moeda norte-americana fica mais alta em todo o mundo. Tombini disse que o Brasil está preparado para enfrentar a volatilidade porque o sistema financeiro brasileiro está "sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões". Desde que a volatilidade aumentou, o país manteve fluxo positivo tanto de investimento estrangeiro direto (que vai para o setor produtivo da economia) quanto de portifólio (ações e títulos de renda fixa), "inclusive com o aumento da participação de investidores estrangeiros na dívida mobiliária pública interna". "É importante ressaltar que eventuais saídas (de investimento estrangeiros) pontuais são naturais, não representando mudança de tendência, nem alterando as condições de financiamento do país e o acesso de empresas brasileiras ao mercado financeiro internacional", destacou Tombini. Ele lembrou que, nos últimos dois anos, o país continuou a ampliar o "colchão de segurança e de liquidez". "Adicionamos quase US$ 90 bilhões às nossas reservas internacionais, que hoje ultrapassam US$ 370 bilhões." Ele explicou que esse "colchão" permite ao Banco Central, no atual "período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado". Tombini disse que, na semana passada, o BC anunciou o programa de leilões diários de venda de dólares, pelo menos até o final do ano. "Esse programa, além de conferir previsibilidade, ofertará aos agentes econômicos proteção cambial superior a US$100 bilhões, se considerarmos o montante de proteção que já foi disponibilizado". LINKS RELACIONADOS Volatilidade cambial será crescente até as eleições, diz Gustavo Franco Assunto: Bolsa brasileira defende estratégia pré-operacional de Eike Veículo: DCI Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: Bolsa brasileira defende estratégia pré-operacional de Eike DCI CAMPOS DO JORDÃO - O presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), Edemir Pinto, defendeu a estratégia pré-operacional do grupo de empresas de Eike Batista. "O que aconteceu no Brasil, acontece em qualquer lugar do mundo com empresas pré-operacionais listadas em outras Bolsas. É verdade que a gente se frustou com resultado, até porque o Eike dada a condição de empreendedorismo é evidente que ficamos frustados com o que aconteceu com o grupo (EBX)", afirmou Edemir, após cerimÃ?nia de abertura do 6° Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizada nessa quinta-feira, 29 de agosto, em Campos do Jordão. "É evidente, que não é o resultado que Eike imaginava, era o objetivo dele. Posso dizer que o Eike tinha as melhores intenções, tanto que todo o dinheiro que foi captado nos mercados, em todas as empresas que abriu capital, o dinheiro foi para dentro da companhia. O Eike não colocou a mão em nenhum tostão, nenhum real, daquilo que obtido no mercado. Todo o dinheiro foi investido para o desenvolvimento dessas companhias", completou Edemir em defesa do empresário Eike Batista. Quanto à exclusão da OGX Petróleo do Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores, Edemir esclareceu que a proposta que será aprovada pela BM&FBovespa até 19 de setembro, só valerá para 2014. Antes disso, a OGX só seria excluída por motivo de concordata. Assunto: Credibilidade do Banco Central ruiu entre agentes financeiros Veículo: DCI Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: CAMPOS DO JORDÃO - Nos últimos três anos, a credibilidade do Banco Central em controlar a inflação no Brasil ruiu entre os agentes financeiros do mercado, conforme estudo divulgado nesta sexta-feira pela Galanto MBB Consultoria. "Hoje 0% dos agentes acreditam que o Banco Central cumprirá a meta de 4,5% para o próximo ano. Todo mundo olha para a inflação e percebe isso", afirma a Ph.D (doutora) em economia pela London School of Economics, Monica Baumgarten de Bolle, ao participar de debate sobre as perspectivas para a economia brasileira no Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado nessa sexta-feira, 30 de agosto, em Campos do Jordão. "A inflação é um espírito maligno que nos atormenta, e o governo deixou as rédeas soltas e expandiu o crédito, os 3 bancos públicos respondem por mais de 50% do crédito. Voltamos ao percentual da época dos bancos estaduais, antes do processo de privatização. Para tentar resolver o problema, o governo interfere nos preços administrados, e isso não é sustentável, nem pelas contas públicas", argumentou Monica sobre os erros da condução na política econômica. Assunto: BC fará leilão adicional para segurar dólar,diz Tombini Veículo: DCI Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Sinopse: CAMPOS DO JORDÃO O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, assegurou ao mercado financeiro que ofertará aos agentes econômicos proteção cambial (hedge) superior a US$ 100 bilhões. "Semanalmente, pelo menos até o final deste ano, faremos leilões de swap cambial, de US$ 2 bilhões, e de venda com compromisso de recompra, no total de US$ 1,0 bilhão. Se necessário, faremos operações adicionais", afirmou em discurso no encerramento do Congresso Internacional dos Mercados Financeiro e Integra: CAMPOS DO JORDÃO O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, assegurou ao mercado financeiro que ofertará aos agentes econômicos proteção cambial (hedge) superior a US$ 100 bilhões. "Semanalmente, pelo menos até o final deste ano, faremos leilões de swap cambial, de US$ 2 bilhões, e de venda com compromisso de recompra, no total de US$ 1,0 bilhão. Se necessário, faremos operações adicionais", afirmou em discurso no encerramento do Congresso Internacional dos Mercados Financeiro e de Capitais, realizado em Campos do Jordão (SP) no fim de semana. Assunto: "Banco Central vai injetar US$ 100 bi no câmbio mas volatilidade vai durar até as eleições" Veículo: DCI Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Integra: Banco Central vai injetar US$ 100 bi no câmbio mas volatilidade vai durar até as eleições DCI O presidente do Banco Central (BC) Alexandre Tombini assegurou ao participantes do mercado financeiro que ofertará aos agentes econômicos proteção cambial (hedge) superior a US$ 100 bilhões. "Semanalmente, pelo menos até o final deste ano, realizaremos leilões de swap cambial, no montante de US$2 bilhões, e de venda com compromisso de recompra, no total de US$1,0 bilhão. Se necessário, realizaremos operações adicionais", afirmou Tombini, em discurso no encerramento do Congresso Internacional dos Mercados Financeiro e de Capitais, realizado em Campos do Jordão, no final de semana. O objetivo do BC com o uso de derivativos é diminuir a volatilidade e dar liquidez aos diversos segmentos do mercado. Mas no Congresso organizado pela BM&FBovespa, fontes consultadas pelo DCI disseram que o mercado financeiro quer "testar" a autoridade monetária no mercado à vista, chamado câmbio pronto. Mas o recado de Tombini foi claro. "Utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira. E essa estratégia estará presente durante todo o período de transição entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global", disse em discurso. A autoridade monetária também alertou que está atenta na supervisão do mercado. "E ao contrário do que observamos em 2008, não identificamos no momento estratégias com alavancagem ou aceleradores. Mais do que isso: os derivativos tidos como exóticos, hoje, são insignificantes em relação ao valor nocional total". Presente ao evento, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, afirmou à imprensa que só quem está na cabine de comando do BC sabe avaliar as posições que devem ser tomadas, mas que a volatilidade no mercado de câmbio vai durar até as eleições presidenciais de 2014. "Hoje, o mercado discute muito a venda de dólar pelo governo pelo câmbio pronto (à vista), e é claro que o impacto da venda de câmbio pronto é 6 vezes maior do que a venda de swap (derivativo de troca), uma vez que o contrato de swap se tem que desembolsar a garantia que é algo como 15% do valor nocional da operação. Ao passo que quando se vende câmbio pronto, é o valor nocional inteiro da operação que o comprador tem que desembolsar", argumentou. Franco é um dos vários economistas que pedem mais clareza do governo nas intervenções. "Nós temos uma quantidade enorme de reservas, a pergunta do mercado é por quê tanta hesitação? É um cálculo que eu não tenho como avaliar, só quem está lá na cabine de controle do BC sabe", afirmou. Ele disse que o uso de swap cambial pode não ser o mais adequado para controlar a volatilidade e lembrou que o México utiliza "opções" há mais de dez anos para controlar a volatilidade e tem conseguido relativo sucesso com essa ferramenta. Como contraponto, o consultor Fabio Iwabe, argumentou que a maior parte dos bancos brasileiros não possuem tecnologia e conhecimento estratégico para operar opções de câmbio. "Apenas o Itaú BBA, o Votorantim e os grandes estrangeiros teriam tecnologia para atuar nesse mercado", afirmou. Outro consultor que preferiu não se identificar, lembrou após a saída de Gustavo Franco do BC em 1999, foi apresentada uma proposta para o uso de opções de câmbio ao governo, mas que a ideia foi abandonada por compromissos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Hoje, não temos mais esse compromisso. O governo não precisa mais do FMI", disse. O ex-presidente do BC criticou a postura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no episódio conhecido como guerra cambial. "Quando o dólar estava a R$ 1,65 o ministro (Guido Mantega) inventou a expressão guerra cambial. E hoje, a dúvida paira sobre todos nós. Um especialista aqui, até usou a expressão, cuidado com o que você deseja", diz. Na opinião de Franco, ninguém deveria festejar quando sua moeda, no caso, o Real, perde valor de compra. "O Brasil vive com um problema fiscal há muito anos, um país com o nosso com quase 70% do PIB em dívida é um desafio. A política fiscal sufoca o mercado de capitais, e vivemos o paradoxo da meia entrada, o governo dá subsídios e crédito direcionado para uns, enquanto outros pagam o dobro", criticou. Ao DCI, o presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) Edemir Pinto comentou o discurso de Tombini. "O Banco Central está atento e muito diligente para discutir a estabilidade, e para isso ele vai dispor de todo o arsenal de instrumentos", afirmou Edemir. Na avaliação do executivo sobre o Congresso, os economistas brasileiros estão mais pessimistas que os economistas estrangeiros. Assunto: "Banco Central vai injetar US$ 100 bi no câmbio mas volatilidade vai durar até as eleições" Veículo: DCI (continuação) Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Para a doutora em economia pela London School of Economics, Monica Baumgarten de Bolle, o Banco Central carece de credibilidade. "Em 2007, entre 70% e 80% dos agentes econômicos acreditava na atuação o BC, em 2010 essa confiança caiu para 30%, e hoje está muito próxima de zero, para não dizer que é inexistente", disse Monica, com base em estudo da MBB Consultoria. Mais pessimista, o renomado economista e investidor de commodities, Jim Rogers, diz que não investe mais no Brasil. "Não invisto mais no Brasil porque o seu governo cometeu erros. Aquela senhora (presidente Dilma) nos diz: não queremos capital estrangeiro entrando no País", afirmou Rogers, referindo-se a aplicação do Imposto de Operações Financeiras (IOF) que durou até o primeiro trimestre de 2013. Assunto: "Brasil está preparado para enfrentar oscilações do mercado financeiro, diz Tombini" Veículo: DCI Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Integra: "Brasil está preparado para enfrentar oscilações do mercado financeiro, diz Tombini" DCI O Brasil está preparado para enfrentar as oscilações do mercado financeiro global, geradas pela decisão dos Estados Unidos de reduzir estímulos monetários. A avaliação foi feita no sábado (31) pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em discurso no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&F Bovespa, em Campos do Jordão, São Paulo. Tombini disse que a economia mundial passa por um processo de transição, com a recuperação econômica dos Estados Unidos. "Diga-se de passagem, transição positiva, pois significa que a recuperação da maior economia do mundo está ganhando força e isso representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente." Apesar das características positivas da transição, Tombini destacou que o processo de normalização das condições monetárias nas economias avançadas gera volatilidade (fortes oscilações), principalmente nos mercados de economias emergentes, como o Brasil. "As economias emergentes são as mais impactadas por essa volatilidade. Sempre foi assim. E não é diferente no caso da economia brasileira." "Os mercados se anteciparam aos fatos e, na ausência de informações claras e precisas de como se dará esse processo de retirada dos estímulos monetários, os preços dos ativos financeiros estão mais voláteis, oscilando ao sabor de cada dado sobre o ritmo de atividade da economia norte-americana", ressaltou Tombini. Segundo o presidente do Banco Central, a estratégia da instituição é clara: "Usaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir a volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira." De acordo com Tombini, essa estratégia será usada o tempo que for necessário, em todo o período de transição "entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global". Desde o fim de maio, o sistema financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. Com menos dólares em circulação, a cotação da moeda norte-americana fica mais alta em todo o mundo. Tombini disse que o Brasil está preparado para enfrentar a volatilidade porque o sistema financeiro brasileiro está "sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões". Desde que a volatilidade aumentou, o país manteve fluxo positivo tanto de investimento estrangeiro direto (que vai para o setor produtivo da economia) quanto de portifólio (ações e títulos de renda fixa), "inclusive com o aumento da participação de investidores estrangeiros na dívida mobiliária pública interna". "É importante ressaltar que eventuais saídas (de investimento estrangeiros) pontuais são naturais, não representando mudança de tendência, nem alterando as condições de financiamento do país e o acesso de empresas brasileiras ao mercado financeiro internacional", destacou Tombini. Ele lembrou que, nos últimos dois anos, o país continuou a ampliar o "colchão de segurança e de liquidez". "Adicionamos quase US$ 90 bilhões às nossas reservas internacionais, que hoje ultrapassam US$ 370 bilhões." Ele explicou que esse "colchão" permite ao Banco Central, no atual "período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado". Tombini disse que, na semana passada, o BC anunciou o programa de leilões diários de venda de dólares, pelo menos até o final do ano. "Esse programa, além de conferir previsibilidade, ofertará aos agentes econômicos proteção cambial superior a US$100 bilhões, se considerarmos o montante de proteção que já foi disponibilizado". Assunto: Economistas preveem retração na economia no 3º trimestre Veículo: FOLHA.COM Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Economistas preveem retração na economia no 3º trimestre Folha.com Depois de um primeiro semestre positivo para a economia, analistas preveem um período de estagnação nos próximos meses, com riscos até de retração de julho a setembro. O cenário mais difícil está no radar, dizem economistas, devido ao pessimismo que tomou conta de empresários e consumidores com a disparada do dólar, a elevação da taxa de juros e os efeitos que os dois terão sobre a inflação e o emprego. Sem confiança, consumidores seguram compras e empresários, investimentos. O desempenho mais forte que o esperado da economia no primeiro semestre, contudo, garante uma herança positiva e que fará o crescimento a ficar acima de 2% neste ano, mesmo com uma eventual retração no meio do caminho. RETRAÇÃO NO 3º TRIMESTRE Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, é um dos que preveem que a economia pode encolher no terceiro trimestre. Ele observa que a confiança já vinha deprimindo antes da disparada do dólar. Vendas de veículos mais moderadas e estoques da indústria subindo, segundo sondagens feitas com industriais em agosto, sugerem que o setor industrial deve perder fôlego. "O quadro geral é de um crescimento mais baixo", afirmou Bicalho. Silvia Matos, da FGV, observa que o efeito inicial da alta do dólar sobre empresários não é positivo. "Há indícios de que a importação de insumos aumentou nos últimos anos, o que deve aumentar os custos e provocar pressão por repasses de preço", diz. Ela não acredita que as exportações deverão ser beneficiadas imediatamente. "Com o baixo crescimento mundial, exportarão para quem? O mundo ainda vive um quadro de elevada ociosidade", afirma ela. Esses indícios, somado ao aumento dos juros -que aumentam o custo financeiro das empresas e esfriam o consumo -tendem a afetar a economia também em 2014, dizem analistas. "Os juros subindo, a confiança menor e o câmbio mais alto sugerem um ritmo mais moderado da economia", diz Bicalho, para quem o PIB deve crescer 1,7% em 2014 -menos do que em 2013. A expectativa de um 2014 de crescimento menor é também de Sérgio Vale, da MB Associados. "A alta da Selic terá um comportamento relevante de desaceleração num momento em que o mercado de trabalho já está em deterioração", afirmou. A única chave capaz de inverter esse processo, na visão de André Biancarelli, da Unicamp, são as concessões do setor de infraestrutura. "São um investimento importante neste momento de perda de confiança", diz ele. "Elas poderiam ter um efeito psicológico neste ano, mas terão mais efeito a partir do ano que vem." Assunto: Economistas preveem retração na economia no 3º trimestre Veículo: FOLHA.COM (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros OLHAR NO RETROVISOR Para economistas reunidos em Campos do Jordão, no evento organizado pela BM&FBovespa, o resultado do primeiro semestre é "imagem no retrovisor". "[O crescimento do PIB] Veio mais forte do que se esperava. Mas é um pouco como olhar para o retrovisor", disse Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC e sócio da Mauá investimentos. Para Persio Arida, sócio do banco BTG Pactual e um dos formuladores do Plano Real, sair do baixo crescimento requer mais do que impulsos de curto prazo. "Para crescer mais do que isso, teríamos de ter ganho de produtividade. O ideal é que houvesse uma redução do tamanho do Estado e uma política de adequação fiscal", disse ele. Assunto: Brics terão reserva comum contra turbulência externa Veículo: FOLHA.COM Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Mercado Integra: Brics terão reserva comum contra turbulência externa Folha.com Para fazer frente à mudança de ventos na economia global, provocada pela recuperação dos EUA e a consequente absorção de capitais de outros países, os Brics pretendem criar uma reserva comum de dólares. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul terão um valor total de US$ 100 bilhões, que poderá ser acessado em caso de saída repentina de capitais de um dos países integrantes do grupo. Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), trata-se de uma reserva virtual, uma vez que os recursos permanecerão sob a guarda de cada país. "Havendo necessidade, o recurso é disponibilizado". O ministro disse que as cotas de cada um ainda serão definidas, assim como os mecanismos para acessar os recursos. "A China provavelmente deverá ter a maior cota", disse. As reservas em dólares da China chegam a US$ 3,4 trilhões, e possivelmente o país será o maior contribuinte desse colchão de segurança coletivo. Os Brics têm juntos cerca de US$ 4,5 trilhões em reservas. O segundo país do grupo mais bem munido de proteção é a Rússia, com US$ 470 bilhões. O Brasil vem em seguida, com US$ 373 bilhões, de acordo com a Bloomberg. A África do Sul é o que tem as menores reservas dos Brics, com US$ 39 bilhões. Os países tem sofrido com a desvalorização de suas moedas, a reboque da valorização do dólar. Para o economista americano Jim O´Neill, criador do acrônimo em 2001, a iniciativa é boa porque esses países nunca fizeram coisas em conjunto, apesar de ter interesses econômicos comuns. "Não é fácil para os Brics fazerem coisas juntas porque são países muito diferentes. Suspeito que o maior interessado é a China, por causa do comércio. Os Brics deveriam ter mais iniciativas comuns de desenvolvimento nas áreas de tecnologia e educação", sugeriu ele, que participa de evento da BM&FBovespa, em Campos do Jordão (SP). Mantega disse que uma reserva comum de dólares já é empregada por países asiáticos, que mantêm cerca de US$ 240 bilhões para socorro de seus membros. O Brasil, acrescentou o ministro, já tem acordo de reserva comum com a China, em que os dois países oferecem US$ 30 bilhões ao parceiro, caso seja necessário. As reservas comuns dos Brics deverão estar prontas para operar em março de 2014, segundo Mantega. Assunto: Economistas preveem retração na economia no 3º trimestre Veículo: FOLHA.COM Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Economistas preveem retração na economia no 3º trimestre Folha.com Depois de um primeiro semestre positivo para a economia, analistas preveem um período de estagnação nos próximos meses, com riscos até de retração de julho a setembro. O cenário mais difícil está no radar, dizem economistas, devido ao pessimismo que tomou conta de empresários e consumidores com a disparada do dólar, a elevação da taxa de juros e os efeitos que os dois terão sobre a inflação e o emprego. Sem confiança, consumidores seguram compras e empresários, investimentos. O desempenho mais forte que o esperado da economia no primeiro semestre, contudo, garante uma herança positiva e que fará o crescimento a ficar acima de 2% neste ano, mesmo com uma eventual retração no meio do caminho. RETRAÇÃO NO 3º TRIMESTRE Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, é um dos que preveem que a economia pode encolher no terceiro trimestre. Ele observa que a confiança já vinha deprimindo antes da disparada do dólar. Vendas de veículos mais moderadas e estoques da indústria subindo, segundo sondagens feitas com industriais em agosto, sugerem que o setor industrial deve perder fôlego. "O quadro geral é de um crescimento mais baixo", afirmou Bicalho. Silvia Matos, da FGV, observa que o efeito inicial da alta do dólar sobre empresários não é positivo. "Há indícios de que a importação de insumos aumentou nos últimos anos, o que deve aumentar os custos e provocar pressão por repasses de preço", diz. Ela não acredita que as exportações deverão ser beneficiadas imediatamente. "Com o baixo crescimento mundial, exportarão para quem? O mundo ainda vive um quadro de elevada ociosidade", afirma ela. Esses indícios, somado ao aumento dos juros -que aumentam o custo financeiro das empresas e esfriam o consumo -tendem a afetar a economia também em 2014, dizem analistas. "Os juros subindo, a confiança menor e o câmbio mais alto sugerem um ritmo mais moderado da economia", diz Bicalho, para quem o PIB deve crescer 1,7% em 2014 -menos do que em 2013. A expectativa de um 2014 de crescimento menor é também de Sérgio Vale, da MB Associados. "A alta da Selic terá um comportamento relevante de desaceleração num momento em que o mercado de trabalho já está em deterioração", afirmou. A única chave capaz de inverter esse processo, na visão de André Biancarelli, da Unicamp, são as concessões do setor de infraestrutura. "São um investimento importante neste momento de perda de confiança", diz ele. "Elas poderiam ter um efeito psicológico neste ano, mas terão mais efeito a partir do ano que vem." Assunto: Economistas preveem retração na economia no 3º trimestre Veículo: FOLHA.COM (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros OLHAR NO RETROVISOR Para economistas reunidos em Campos do Jordão, no evento organizado pela BM&FBovespa, o resultado do primeiro semestre é "imagem no retrovisor". "[O crescimento do PIB] Veio mais forte do que se esperava. Mas é um pouco como olhar para o retrovisor", disse Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC e sócio da Mauá investimentos. Para Persio Arida, sócio do banco BTG Pactual e um dos formuladores do Plano Real, sair do baixo crescimento requer mais do que impulsos de curto prazo. "Para crescer mais do que isso, teríamos de ter ganho de produtividade. O ideal é que houvesse uma redução do tamanho do Estado e uma política de adequação fiscal", disse ele. Assunto: Crédito via banco público é QE do Brasil, diz professora Veículo: ISTOÉ DINHEIRO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: CRÉDITO VIA BANCO PÚBLICO É QE DO BRASIL, DIZ PROFESSORA Istoé Dinheiro A professora da PUC-RJ, Monica Baumgarten de Bolle, afirmou na manhã desta sexta-feira, 30, que a política do governo de tentar estimular com vigor o consumo através da concessão de crédito por bancos públicos gerou o "QE brasileiro", em alusão à política de afrouxamento quantitativo dos Estados Unidos. Monica lembrou que apenas três bancos públicos no País são responsáveis por 50% da concessão de financiamentos no País. "A política fiscal mais expansionista tem efeito de alta da pressão inflacionária lá na frente, ainda que possa conter um pouco no curto prazo os preços relativos", disse. "Mas isso causa distorções", destacou. "O real problema inflacionário do Brasil é que os preços administrados estão rodando a 1,3% ao ano, enquanto os livres estão num ritmo de 8%", destacou. "E fazer isso por longo prazo distorce o equilíbrio dos preços da economia", disse. "A tendência da inflação é de alta e está ocorrendo há muito tempo", ponderou. De acordo com ela, o governo está fazendo desonerações tributárias para reduzir a carga dos impostos, e aproveitou tais medidas também para combater a inflação. Ela lembrou que o Poder Executivo fez intensas interferências no processo de formação de preços, como o episódio que envolveu o setor de energia. A professora destacou ainda que desde 2011 as expectativas da inflação estão se descolando em relação a taxa do IPCA, e hoje estão bem distantes do centro da meta de 4,5%. Segundo ela, esse processo longo acabou minando a credibilidade do Banco Central na gestão do sistema de metas de inflação, o que influencia muito as percepções dos agentes econômicos sobre a evolução dos preços no curto prazo. Monica de Bolle fez os comentários durante palestra no sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&FBovespa. Câmbio e inflação O economista e ex-diretor do Banco Central (BC), Alexandre Schwartsman, sócio-diretor da Schwarstman & Associados, avaliou, no mesmo evento, que a intervenção recente do governo na taxa de câmbio ocorreu basicamente "para o controle da inflação", diante da alta puxada principalmente pela política fiscal expansionista. "A política fiscal é unidirecional, expansionista e empurra a inflação para cima", disse. "Eu tenho certeza que o Banco Central não quer entregar a inflação na meta, porque senão não teria feito a política fiscal que fez", completou Schwartsman em palestra. Além da pressão da política fiscal, o controle da inflação ainda está sujeito a um limite para as altas nas taxas de juros, outro instrumento utilizado pelo governo. "Por isso, a taxa de R$ 2,40, ou R$ 2,45 (por dólar), seguirá apreciada por falta de instrumentos", disse o economista. "Há ainda uma instabilidade do arcabouço regulatório do câmbio", com, segundo ele, a redução de agentes no mercado de dólar por conta das mudanças constantes na política cambial. Durante a palestra, Schwartsman citou quatro variáveis que influenciam o câmbio independente de questões políticoeconômicas: a variação das commodities internacionais, o valor do dólar ante uma cesta de moedas, os juros e a aversão ao risco. "Toda vez que a aversão ao risco sobe 10%, o real deprecia cerca de 3%. Se os juros sobem aqui 10%, o dólar cai 8%", exemplificou o economista. "Portanto, torna-se difícil dizer qual o nível correto da taxa, sem se referir ao conjunto de variáveis". Assunto: Crédito via banco público é QE do Brasil, diz professora Veículo: ISTOÉ DINHEIRO (continuação) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Assunto: Gustavo Franco vê volatilidade no câmbio até 2014 Veículo: ISTOÉ DINHEIRO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: O ex-presidente do Banco Central e presidente do Conselho de Administração da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, traçou, há pouco, um cenário tenso e turbulento para a economia brasileira até as eleições de 2014, com volatilidade cambial e desconfiança do mercado financeiro sobre a macroeconomia do País. "Daqui para a eleição é período de crescente volatilidade. E nas duas direções, não apenas em uma, como o governo pensa", afirmou ele, após palestra no 6.º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado pela BM&FBovespa, em Campos do Jordão (SP). Para ele, fatores internos, como os números fiscais ruins, os protestos e a turbulência política, bem como a realização da Copa do Mundo em 2014, são os principais geradores da volatilidade. Uma parte menor viria do mercado internacional, com o possível fim da injeção de estímulos monetários nos Estados Unidos e a própria tensão de um ataque norte-americano à Síria. Franco afirmou que falta clareza sobre o que o governo, o Banco Central e as autoridades brasileiras querem em relação ao câmbio e evitou defender abertamente o uso das reservas cambiais no mercado de dólar à vista. O ex-presidente do BC avaliou, no entanto, que uma das tensões do mercado é justamente a falta de ações no mercado pronto de dólar. "Não tenho como avaliar (venda de reservas) e quem está na cabine de comando avalia o armamento que pode utilizar. Mas temos quantidade enorme de reservas e o mercado pergunta por que tanta hesitação em usá-las." "Claro que o impacto no câmbio pronto é maior que venda de swap, quando o comprador só desembolsa 15%. Se vende no câmbio pronto, é o valor inteiro", explicou Franco. "Se o problema for volatilidade cambial, o instrumento certo seria fazer o que o México faz, trabalhando com opções de câmbio e não com swaps", opinou o ex-presidente do BC. Franco tratou com ironia o termo "guerra cambial" utilizado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para justificar o fato de, no passado, o dólar cair a R$ 1,65. "A história da guerra cambial foi sucesso de público e não de critica", disse. "Assim como agora não fica bem às pessoas que zelam pelo poder de compra da moeda brasileira festejarem a perda de compra como uma vitória. É uma pequena impropriedade", completou. Segundo o ex-presidente do BC, a desconfiança sobre a macroeconomia cresce diante das opiniões dúbias do governo. "É muito arriscado dizer que ultrapassamos a turbulência. A insegurança sobre a macroeconomia brasileira se estabeleceu e há uma hipersensibilidade no mercado", afirmou. Franco considerou ainda que a alta de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2013 foi surpreendente e leva o mercado a reavaliar as estimativas de crescimento da atividade econômica neste ano. "O numero é bem vindo, surpreende diante dos indicadores que vieram antes e talvez a previsão do PIB fique mais para acima dos 2%, quando antes estava abaixo. É boa notícia, mas ainda será um PIB magrinho", concluiu. Copyright © 2013 Agência Estado. Todos os direitos reservados. Assunto: Para Jim O'Neill, África emerge enquanto BRICs perdem brilho Veículo: VEJA Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Entrevista Integra: Para Jim O'Neill, África emerge enquanto BRICs perdem brilho Veja Autor do termo BRIC acredita que as oportunidades nos países do grupo, que inclui o Brasil, já não são tão atraentes; para ele, países como Nigéria, Gana e Tanzânia são o novo oásis O economista britânico Jim O'Neill se aposentou de seu posto de vice-presidente da área de pesquisa do banco Goldman Sachs em maio deste ano. Desde então, tem aproveitado para descansar todo o tempo que não conseguiu ao longo dos últimos dez anos. Em 2001, foi O'Neill o autor de um estudo que cunhava os maiores países emergentes da década pelo acrônimo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Tornou-se, como ele mesmo diz, o 'Mr. BRIC'. A mesma euforia que contagiou as economias do grupo na década de 2000 também transformou a rotina de O'Neill, que não só é o "pai" do BRIC, como também uma das principais referências teóricas em temas ligados aos países emergentes. Sua aposentadoria, após mais de 30 anos de trabalho no mercado financeiro, ocorreu, simultaneamente, ao declínio da exuberância dos BRICs. No Brasil para palestrar em evento promovido pela BM&FBovespa, em Campos do Jordão, O'Neill falou com exlcusividade ao site de VEJA. Para ele, se as oportunidades nos países do grupo já não são tão atraentes, a África se mostra um novo oásis - sobretudo países como Nigéria, Gana e Tanzânia. "Eles não querem depender da compra de commodities feita pela China. Eles querem se distanciar e diversificar. Assim, não serão penalizados como foi o Brasil", diz. Confira trechos da entrevista. Com os BRICs perdendo parte de seu brilho, o senhor já vinha traçando melhores perspectivas para outros emergentes, como México, Filipinas e Turquia. Quais países chamam sua atenção atualmente? A África, particularmente, tem chamado muito minha atenção. Especialmente a Nigéria. Estive lá algumas vezes e fiquei impressionado com o dinamismo do setor privado. Eles querem, de fato, transformar. A economia do país está sendo liderada por pessoas que viveram fora e foram treinadas no Ocidente. Então elas não carregam aquele fardo histórico que aflige tantos países africanos. Tanzânia, Gana e Angola também têm surpreendido pelas oportunidades que oferecem ao setor privado. Esse novo dinamismo africano é movido pelas commodities? Não. E aí está a diferença. Eles não querem depender da compra de commodities feita pela China. Eles querem se distanciar. Assim, não serão penalizados como foi o Brasil. Há alguns meses, o presidente do banco central nigeriano escreveu um artigo controverso para o Financial Times intitulado 'Nós não precisamos da China'. O ministro da Fazenda do país em seguida afirmou que vem aplicando sua política econômica considerando que o preço do petróleo vai cair. Ou seja, eles têm consciência que o boom de commodities não é eterno. São países pequenos que não querem viver na sombra chinesa. A África do Sul será a maior beneficiada caso essa ascensão econômica se realize? Em teoria, deveria ser. Mas não tenho muita confiança. A África do Sul se considera a porta de entrada do continente. Mas quando você menciona isso a algum nigeriano, ele simplesmente ri. O fato é que a África do Sul tem usado o mesmo expediente do Brasil, de usar o governo para estimular o crescimento. E isso é ruim. Já esses países menores dão sinais de que vão pular alguns estágios de desenvolvimento pelos quais os BRICs passaram, justamente pelo dinamismo de seu novo setor privado, que tem investido consideravelmente em produtividade agrícola. É possível afirmar que essas novas potências poderão ser o motor do crescimento global no médio prazo? Não. O motor é e continuará sendo a China. A economia chinesa criou um Brasil nos últimos dois anos. O país cresce 7,5% ao ano! Mas esse crescimento é frustrante para muitos. Sim, mas isso ocorre porque as pessoas estão acostumadas a ver a China crescer 10% ao ano. Esse porcentual virou uma rotina. E quando a festa acabou, todos ficaram frustrados, sobretudo os países que exportam commodities, como o Brasil. Essa nova China, mais voltada para o mercado interno, vai crescer menos. Mas ela continua sendo muito interessante para empresas como Procter & Gamble, Mercedes Benz, BMW, enfim, empresas que queiram o mercado chinês. Assunto: Para Jim O'Neill, África emerge enquanto BRICs perdem brilho Veículo: VEJA (continuação) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Entrevista Os Estados Unidos vão se beneficiar da 'nova' China? Sem dúvida, eles são os 'vencedores' desse cenário. Pois é o país com maior potencial de exportação de manufaturados para atender a demanda chinesa. Sobretudo agora que a economia americana dá sinais mais claros de recuperação. O Brasil será o maior perdedor dessa 'nova' China que emerge? Creio que sim, já que o ciclo de commodities tal como era antes dificilmente acontecerá de novo. Mas o que as pessoas não se lembram é que, lá em 2000, eu avisei que o Brasil e a Rússia só testariam sua força como BRIC quando o ciclo das commodities acabasse. E acabou. A revista The Economist estima que a economia russa ultrapasse a do Brasil em 2014. Isso significa que a Rússia fez o dever de casa e o Brasil não? Não. De forma alguma. Isso pode ocorrer apenas porque o real se desvalorizou mais que o rublo, que é a moeda russa. Assunto: "Uma bolha não é algo que estoure de repente, diz Shiller" Veículo: Veja On Line Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Cerca de três anos antes de o banco de investimentos Lehman Brothers anunciar a falência, em setembro de 2008, o renomado economista Robert Shiller, professor da Universidade Yale, já previa que a economia dos Estados Unidos poderia entrar em colapso. A crise prevista por Shiller, no entanto, não se referia à quebra do banco em si, mas à formação de uma "bolha" no mercado imobiliário dos EUA. Mas a queda do Lehman foi a agulha que estourou a crise financeira americana, que deixou consequências até os dias de hoje. O termo "bolha" tem sido usado amplamente para designar uma situação em que os preços de determinado setor inflam fortemente sem qualquer sustentação. Esse valor artificial só é percebido quando os preços caem. É, literalmente, como uma bolha de sabão, sensível a qualquer movimento mais forte. Em entrevista ao site de VEJA, Shiller explica que o termo "bolha" é uma metáfora infeliz por parecer algo que se rompe repentinamente. Para ele, uma "bolha" é, na verdade, algo cíclico que pode inflar e desinflar ao longo do tempo - algo mais parecido com uma bexiga. O reconhecimento ao trabalho de Shiller está no índice Standard and Poors Case/Shiller, que serve de referência para os preços do mercado imobiliário dos EUA. Sobre a situação brasileira, o economista explica que "há indícios" da formação de uma "bolha" no mercado de imóveis. Ele diz que o Banco Central poderia atuar, ainda que tardiamente, para evitar consequências mais graves de uma forte alta dos preços dos imóveis. Neste sábado, Shiller estará no Brasil, onde participa do 6º Congresso Internacional de Mercado Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&FBovespa, em Campos do Jordão. Confira trechos da entrevista: Desde a crise imobiliária dos EUA, o termo "bolha" tem sido usado para designar inúmeros males econômicos. Como o senhor define esse conceito? Eu acho que a metáfora "bolha" vem de 1720, do mercado europeu, de um episódio que ficou conhecido como a "bolha de Mississipi". A metáfora sugere que se trata de uma explosão repentina. As bolhas de sabão vão crescendo até estourarem de forma catastrófica. É uma metáfora infeliz porque, na economia, as bolhas geralmente não estouram de repente. Na verdade, elas podem encolher durante um longo período de tempo. A bolha dos preços dos imóveis no Japão, que se formou nos anos 1980 e que teve seu pico no começo de 1999 está desinflando até hoje, por exemplo. Ela está perdendo tamanho há vinte anos. Eu acredito que as bolhas sejam formadas por fenômenos sociológicos, elas são criadas pelos pensamentos das pessoas. E o pensamento não muda da noite do para o dia. Os movimentos repentinos no mercado financeiro acontecem tanto para cima quanto para baixo. Por exemplo, o mercado financeiro dos Estados Unidos teve uma tendência de queda entre 1929 e 1932, foram quase três anos de queda. Mas isso não quer dizer que de repente ele estourou. É possível prever o momento da contração da bolha? Nos Estados Unidos, por exemplo, isso aconteceu em 2005, ou seja, três anos antes da crise do Lehman Brothers. A crise do Lehman Brothers foi um efeito colateral da crise imobiliária. Eu tentei voltar para 2005 para analisar o que mudou de lá para cá. O que eu vejo que mudou é que as pessoas aprenderam a palavra "bolha". Elas nem sabiam o que significava até então. Eu sei disso porque eu fiz pesquisas com perguntas diretas às pessoas. Por volta de 2003, por exemplo, ninguém havia mencionado a palavra "bolha". O que todos diziam é que "imóvel era o melhor investimento". Depois da crise dos anos 2000 ficou a impressão de que os imóveis não são bons investimentos, mas eles são, porque as pessoas sempre vão querer moradia. O que as pessoas não percebem é que se os preços sobem um dia eles caem. No Brasil, o senhor acredita que exista uma bolha no mercado imobiliário causada pelos estímulos ao crédito? Analisando os indicadores de preços de imóveis do Brasil pode-se perceber que os preços vêm dobrando. Eu suspeito que haja a formação de uma bolha. Uma boa evidência é comparar sempre os preços do imóvel com o do aluguel. Nos Estados Unidos, por exemplo, os imóveis tiveram alta a um ritmo mais avançado do que o dos aluguéis. Eu não pude ver os preços dos aluguéis no Brasil, mas acredito que isso esteja acontecendo também. Isso é crítico porque não é que de repente as pessoas queiram consumir mais casas, mas esse apetite pelas compras é motivado pelo investimento. Isso é um problema. Meu temor é porque as pessoas agora estão tomando empréstimos para comprar imóveis. Se os preços entrarem em colapso, vai incorrer no mesmo tipo de problema que tivemos nos Estados Unidos. Isso pode ser convertido em uma recessão. O que pode ser feito para evitar esse cenário? O governo tem poder para impedir? O governo deveria se manifestar contra a formação de bolha, eles precisam acreditar que trata-se de uma bolha. E ele deveria fazer um aperto na oferta de crédito. Também pode-se fazer uma legislação que puna a oferta irresponsável de crédito. Uma outra medida interessante é contratar mais reguladores. A regulação é custosa, você não pode fazê-la de uma forma crua. É preciso saber quem é o emprestador responsável e quem não é. Isso se descobre com investigação e isso é custoso. Esta semana o Fundo Monetário Internacional emitiu um relatório que recomenda que os bancos públicos brasileiros diminuam o ritmo de concessão de crédito. Qual sua opinião sobre isso, pensando no impacto no mercado imobiliário? O banco de Israel fez isso. Eles estavam criando uma bolha imobiliária. Na China, as autoridades criaram barreiras para evitar a compra do segundo imóvel, por exemplo. O que acontece para que se forme uma bolha é o fato de as pessoas se apressarem para comprar até cinco casas, elas querem comprar quanto for possível. Foi isso o que aconteceu nos Estados Unidos, a compra do segundo imóvel cresceu substancialmente. Isso é um problema, se muitos compram mais de um imóvel, os preços sobem. Nossa situação é também um pouco diferente, há um déficit de moradias... Assunto: "Uma bolha não é algo que estoure de repente, diz Shiller" Veículo: Veja On Line (continuação) Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros É difícil explicar isso porque eu teria que analisar a situação do Brasil. Uma regulação mais rígida pode evitar que uma bolha seja criada? É difícil evitar isso completamente. O problema é que sempre tem alguém que nega a existência de uma bolha. Eu estava muito atento a isso na formação da bolha norte-americana. Eu tentei debater com as pessoas a existência de uma bolha em 2005 e 2006. Algumas dessas discussões foram televisionadas em um programa da CNBC. Isso foi em 2005. Eu discuti com economistas que escreveram longos artigos que tinham tabelas e estatísticas, ridicularizando a existência de bolhas. Eu tive dificuldade para vencer os argumentos deles. Isso porque é difícil provar uma bolha. Como se prova que há uma bolha? É difícil, mas se você conseguir prová-la é possível também colocar fim. As pessoas têm a impressão de que a alta dos preços é um avanço da economia, e que isso vai tornar as pessoas mais ricas, mas elas não têm noção das estatísticas. Isso não é a verdade. Pode-se observar, por exemplo, a evolução dos preços dos imóveis em comparação com a evolução dos preços dos aluguéis, que deveriam aumentar na mesma proporção. Uma diferença é um indicativo de bolha. Se for feita a correção com a inflação, os preços deveriam ficar quase que estáveis. Eu peguei dados no intervalo de 100 anos nos Estados Unidos dos preços dos aluguéis e os preços caíram em vez de aumentar. Além disso, nossa economia tornou-se mais eficiente, nossa forma de construção também, isso barateia o custo de construção e os preços deveriam ser menores. O Brasil vive uma situação de "bolha" do consumo? O Brasil teve um "turning point" na década de 1990 com o controle inflacionário. Mesmo hoje, a inflação no país é moderada. Sobre o crescimento, o que aconteceu com o Brasil foi o mesmo que aconteceu com a China e com todos os Brics. Houve um sentimento de "milagre". Eu acho que essa i Assunto: "Com dólar nas alturas, Tombini reafirma estabilidade do sistema financeiro" Veículo: Veja On Line Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: "Com dólar nas alturas, Tombini reafirma estabilidade do sistema financeiro" VEJA Em meio à alta volatilidade do dólar, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a falar que o país está preparado para enfrentar o momento de turbulência vivido pelos mercados globais. "O sistema financeiro está sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões", disse neste sábado, durante a palestra de encerramento do 6º Congresso Internacional de Mercado Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. "O trabalho árduo que realizamos nos últimos anos - supervisores e mercado - resultou em um sistema financeiro mais sólido e eficiente." O presidente da autoridade monetária comentou o cenário de volatilidade que o país vem enfrentando no mercado de câmbio desde maio e disse que o BC tem agido para enfrentar tais adversidades. "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira", disse. A fala é uma menção ao plano anunciado há pouco mais de uma semana pelo BC, de leilões diários no mercado de câmbio. "Essa estratégia estará presente durante todo o período de transição entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global", completou. Apesar da ação do BC, o dólar subiu 4,5% em agosto, segunda maior alta mensal depois de maio, quando a divisa teve valorização de 7,04% ante o real. Com isso, a moeda acumula quatro meses de alta. A tendência de valorização da moeda norte-americana é provocada pela ameaça do fim dos estímulos econômicos do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed). A alta do dólar traz preocupações adicionais à economia brasileira, que é penalizada pela inflação elevada, apesar da subida dos juros, e por crescimento enfraquecido. O dólar mais alto é uma pressão adicional à alta dos preços. Repetindo o discurso otimista da presidente Dilma Rousseff, de que o país tem "bala na agulha" para combater a volatilidade do dólar, Tombini voltou a falar na importância das reservas internacionais. "Ao longo dos últimos dois anos, continuamos ampliando nosso colchão de segurança e de liquidez. Adicionamos quase 90 bilhões de dólares às nossas reservas internacionais, que hoje ultrapassam 370 bilhões de dólares." Cenário - Sobre o cenário internacional, Tombini disse que a estabilidade dos sistemas financeiros, "tanto em nível nacional quanto global", tornou-se questão central para os supervisores, como os Bancos Centrais. Segundo ele, a crise financeira de 2008 fez com que as autoridades reguladoras "se preocupassem mais com a saúde e a solvência do sistema como um todo, e não somente das instituições individualmente, como prevalecia no pré-crise". Para ele, o país saiu à frente e criou mecanismos de regulamentação há mais tempo "devido às situações de alta volatilidade que vivemos nas décadas de 1980 e 1990" Assunto: "BC poderá ofertar liquidez a diversos segmentos se necessário, diz Tombini" Veículo: O GLOBO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: "BC poderá ofertar liquidez a diversos segmentos se necessário, diz Tombini" O GLOBO 31 Ago (Reuters) - O Banco Central poderá ofertar liquidez a diversos segmentos do mercado caso seja necessário, pois conta com um "colchão" superior a 370 bilhões de dólares, afirmou neste sábado o presidente da instituição, Alexandre Tombini, referindo-se às reservas internacionais do país, que foram ampliadas em quase 90 bilhões de dólares nos últimos dois anos. "Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado", disse Tombini durante o encerramento do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Segundo ele, o Brasil está preparado para enfrentar a volatilidade dos mercados porque seu sistema financeiro está "sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões", e o BC adotará as "providências necessárias" para assegurar a estabilidade do sistema financeiro e da economia. Na semana passada, o Banco Central anunciou o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra. Pelo menos até o final do ano, o BC realizará semanalmente leilões de swap cambial no montante de 2 bilhões de dólares, e de venda com compromisso de recompra, no total de 1 bilhão de dólares. "Se necessário, realizaremos operações adicionais", afirmou Tombini. Segundo ele, este programa ofertará aos agentes econômicos proteção cambial superior a 100 bilhões de dólares, considerando o montante que já foi ofertado até o momento. "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira", disse. As declarações de Tombini ocorreram após críticas sobre a falta de clareza a respeito da estratégia do BC, feitas durante o evento por economistas --entre eles Gustavo Franco, ex-presidente da autoridade monetária. Mais cedo neste sábado, Franco afirmou que o mercado não sabe quais são as prioridades do Banco Central e quais políticas serão usadas para atingi-las. "As perguntas ainda dominam, e apenas a clareza poderá acabar com a volatilidade", disse. (Edição de Roberto Samora) Assunto: Brasil não cresce muito mais de 2% sem pressionar inflação, diz Arida Veículo: O GLOBO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Brasil não cresce muito mais de 2% sem pressionar inflação, diz Arida O Globo O sócio do banco BTG Pactual, Persio Arida, afirmou que a economia brasileira está sobreaquecida e que o crescimento potencial do Brasil pode ser, na verdade, muito mais baixo do que se imaginava. Em apresentação no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa, em Campos do Jordão, Arida disse que o Brasil não pode crescer muito mais do que 2% ao ano sem pressionar a inflação, considerando as políticas econômicas praticadas atualmente. Segundo o sócio do BTG, a primeira avaliação que se faria da economia brasileira, que possui mercado de trabalho aquecido, inflação no topo da banda da meta do governo e superávit da balança comercial em queda é a de que essa economia está crescendo mais do que pode. Para Arida, a receita para enfrentar a situação seria adotar uma política monetária mais dura, uma política fiscal mais apertada, ou ambas. "O que me deixa mais triste nesse processo não é a política monetária. Ela está na direção correta. Mas há um desacerto das políticas econômicas como um todo." O sócio do BTG criticou a política fiscal expansionista, o crédito público subsidiado, a superindexação do salário mínimo e a elevada carga tributária. Segundo o executivo, os aumentos de custos salariais no Brasil são muito elevados, há uma indexação de base. "Em tese, é o mais justo, pois alcança as classes mais baixas, mas o aumento do salário mínimo é a referência para todos os aumentos salariais. Na prática, por lei, o país está condenado a ter choques salariais, o que provoca uma superindexação das aposentadorias do setor público", afirmou. Mudança fiscal O economista acredita que, para ter um salto de crescimento, o Brasil depende de uma mudança estrutural da política fiscal, que permita uma queda mais efetiva da taxa de juros real do país. Segundo ele, a política fiscal afeta diretamente a produtividade do país. "Por esse ponto de vista, não importa apenas quanto arrecada e quanto gasta, mas também como arrecada e como gasta. A composição é o que mais importa aqui." "Mudar a composição fiscal não é um processo simples", diz Arida. Para ele, a evolução da carga tributária no Brasil não é tendência de curto prazo. "Estados são grandes no mundo todo. Mas no Brasil há um gigantismo, uma distorção, e o resultado é óbvio: o Estado arrecada muito, mas arrecada mal", afirmou. Segundo Arida, o Imposto de Renda (IR) é um bom tipo de arrecadação porque ocorre sobre algo que foi produzido. "Já o PIS/Pasep, por exemplo, é uma distorção pura e simples", afirma. "O efeito sobre a produtividade poderia ser muito melhorado se zerássemos PIS e Cofins e aumentássemos o IR. Do ponto de vista de produtividade, seria melhor." Persio Arida diz que um segundo problema na condução de política fiscal no país são os subsídios creditícios, que promovem distorção de mercado. Para ele, o Brasil tem economia competitiva, boas taxas de retorno nos projetos, mas esse gigantismo é disfuncional. "A isenção tributária seletiva é, a meu ver, outro problema. Ela dá a ilusão de que está resolvendo um problema, mas uma vez dada, fica. Distorce a alocação de recursos do governo e não estimula investimentos porque não se sabe quanto tempo essa isenção vai durar." Para Arida, quando se faz uma isenção como um todo, como política pública, tem caráter muito mais benéfico e duradouro. O sócio do BTG reconhece que nada disso é simples de mudar, que mexer na tributação ou nos subsídios creditícios é muito complicado. "Isso não se reverte em três ou quatro anos. Mas é importante ser objetivo da política do governo." (*Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa) Assunto: "ENTREVISTA-Piso para valor de ação é proposta mais madura do novo Ibovespa" Veículo: O GLOBO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Sinopse: 30 Ago (Reuters) - A criação de um valor mínimo para as ações que compõem o Ibovespa é a proposta mais avançada até o momento nas conversas do grupo de estudo que conduz a reforma do índice, afirmou com exclusividade à Reuters o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. "A ideia de excluir as ações abaixo de um real está bem mais madura do que as outras", disse Pinto, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). A nova estrutur Integra: 30 Ago (Reuters) - A criação de um valor mínimo para as ações que compõem o Ibovespa é a proposta mais avançada até o momento nas conversas do grupo de estudo que conduz a reforma do índice, afirmou com exclusividade à Reuters o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. "A ideia de excluir as ações abaixo de um real está bem mais madura do que as outras", disse Pinto, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). A nova estrutura do índice será divulgada até 13 de setembro e começará a valer apenas em 2014. De acordo com o novo critério, as ações da OGX, cotadas nesta sexta-feira a 0,30 real, poderão ser excluídas do Ibovespa. No entanto, o presidente da bolsa reiterou que pelas regras atuais não há motivos para excluir a OGX do índice, e que isso ocorreria apenas em caso de falência ou pedido de concordata. Outras mudanças, incluindo a definição de um limite para a parcela que cada ação pode ter na Bovespa com base no valor do free-float (fatia em circulação no mercado) da empresa também está em estudo, disse o executivo. Para os próximos meses deste ano, Edemir vê um mercado fraco para ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), em linha com o ritmo visto ate o momento, com varias ofertas em compasso de espera. "Podemos ver uma ou outra empresa até o final do ano, mas não estou otimista", disse. Para 2014, no entanto, o presidente da bolsa tem melhores expectativas. "O Banco Central tem demonstrado previsibilidade e iniciativa para controle da inflação, o que deve ajudar a restaurar a credibilidade para o investidor estrangeiro.\ Assunto: "Indústria de fundos imobiliários pode dobrar em 2 anos, diz Gustavo Franco" Veículo: O GLOBO Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Sinopse: A indústria de fundos imobiliários no Brasil tem potencial para dobrar de tamanho em dois anos, impulsionada pela manutenção do crescimento do setor imobiliário e pela entrada de investidores que gostam de investir em imóveis mas ainda não atuam no mercado de capitais, avaliou o economista Gustavo Franco. - Os fundos imobiliários estão atraindo investidores de imóveis que a gente vê pouco no mercado financeiro - disse Franco, que é estrategista-chefe e presidente do conselho de administração Integra: A indústria de fundos imobiliários no Brasil tem potencial para dobrar de tamanho em dois anos, impulsionada pela manutenção do crescimento do setor imobiliário e pela entrada de investidores que gostam de investir em imóveis mas ainda não atuam no mercado de capitais, avaliou o economista Gustavo Franco. - Os fundos imobiliários estão atraindo investidores de imóveis que a gente vê pouco no mercado financeiro - disse Franco, que é estrategista-chefe e presidente do conselho de administração da Rio Bravo Investimentos, que administra este tipo de fundo, durante o 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). -Este produto vai criar maior integração entre o mercado imobiliário e o mercado de capitais - acrescentou o ex-presidente do BC. Neste ano, o segmento cresceu 7% e atingiu 104 mil investidores pessoa física, segundo Franco. Com 107 fundos registrados, o setor tem R$ 30 bilhões em valor de mercado. Segundo o economista, que foi presidente do Banco Central, não há indícios de que exista uma bolha no mercado imobiliário pois a demanda por imóveis no país é consistente em todas as regiões, e os fundos tem investimentos diversificados que tendem a proteger os investidores de períodos de baixa, em sua avaliação. Assunto: "Para economistas, governo deveria fazer sacrifícios pela credibilidade" Veículo: O GLOBO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Sinopse: O governo deveria sacrificar parte de seu capital político para restaurar a credibilidade na política econômica, afirmaram os economistas Monica de Bolle e Alexandre Schwartsman. Ambos, no entanto, afirmaram acreditar que é "zero" a chance de isso acontecer. "Ainda mais em processo eleitoral", afirmou Monica. Para Schwartsman, seria necessário adotar medidas na área fiscal e "não basta ficar só nos números". Outra iniciativa seria promover, por exemplo, uma segunda rodada de reforma previden Integra: O governo deveria sacrificar parte de seu capital político para restaurar a credibilidade na política econômica, afirmaram os economistas Monica de Bolle e Alexandre Schwartsman. Ambos, no entanto, afirmaram acreditar que é "zero" a chance de isso acontecer. "Ainda mais em processo eleitoral", afirmou Monica. Para Schwartsman, seria necessário adotar medidas na área fiscal e "não basta ficar só nos números". Outra iniciativa seria promover, por exemplo, uma segunda rodada de reforma previdenciária, tal como foi feito no início do governo Lula, em 2003. "E que mostre que está de fato engajado, tenha um custo e pague na frente", disse ele, em entrevista a jornalistas no 6º Congresso Internacional dos Mercados Financeiro e de Capitais. Monica, por sua vez, acrescentou que é preciso dar uma demonstração de credibilidade e isso envolve alguma percepção de perda para o governo. "O governo fala muito. Toda hora se fala em números, mas concretização dessas ações, a gente não vê", disse ela. A economista, sócia-diretora da Galanto MBB Consultoria, avalia que o governo perdeu o pulso no combate à inflação e que a credibilidade do Banco Central (BC) foi sumindo a partir de 2011, quando as expectativas de inflação futura passaram a se distanciar da meta. Além disso, ela acredita que a credibilidade da política econômica ? particularmente da política monetária ? está sendo prejudicada porque não se compreende qual o arcabouço da "nova matriz econômica" vendida pelo governo. Segundo Monica, a sinalização dada pelas autoridades indica que o governo não sabe o que está fazendo e não sabe direito o que quer. Para ela, o aperto monetário foi iniciado pelo BC de forma tardia. E, apesar da alta de juros, o lado fiscal segue expansionista, com aumento dos gastos públicos e da oferta de crédito por bancos oficiais. (*Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa) Assunto: "Tendência de alta dos juros deve persistir, diz Pérsio Arida" Veículo: O GLOBO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Sinopse: São Paulo (Reuters) - A política de aperto monetário do Banco Central deve persistir, com novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil esta crescendo mais do que poderia, avalia o sócio e membro do conselho do BTG Pactual, Pérsio Arida, que foi presidente do Banco Central e do BNDES. "A trajetória contracionista do BC vai continuar por um tempo razoavelmente bom", afirmou durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Na última quartaIntegra: São Paulo (Reuters) - A política de aperto monetário do Banco Central deve persistir, com novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil esta crescendo mais do que poderia, avalia o sócio e membro do conselho do BTG Pactual, Pérsio Arida, que foi presidente do Banco Central e do BNDES. "A trajetória contracionista do BC vai continuar por um tempo razoavelmente bom", afirmou durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Na última quarta-feira, o BC elevou a taxa de juros pela quarta vez seguida para 9 por cento. Segundo Arida, o país não tem possibilidades de aquecer sua economia de forma saudável porque o mercado de trabalho não tem estrutura para atender o avanço econômico e porque fatores como a superindexação do salário mínimo e a política fiscal expansionista pressionam a inflação para cima. "Os motivos para a taxa de juro subir são cristalinos", disse. Arida avalia que o desemprego deveria chegar a 6,5 a 7 por cento para permitir uma inflação estável, enquanto o avanço anual do PIB não poderia passar de 2 por cento. Outro fator que pesa sobre a inflação e a desvalorização cambial, que ainda tem um "longo caminho a percorrer", uma vez que as taxas de juros nos Estados Unidos devem subir, mas a trajetória de fato ainda não começou. "As taxas nos EUA devem chegar a 3 ou 3,5 por cento, mas isso ainda vai ocorrer, e as taxas de juros fazem overshooting (exageram) sempre." Segundo o sócio do BTG, a preocupação do governo em relação às eleições presidenciais favorece a trajetória contracionista do Banco Central. "A maior preocupação do governo é com a inflação, e pelo motivo errado, que é a eleição no ano que vem", disse. Arida defendeu que o cenário ideal seria uma política econômica que permitisse ao Banco Central reduzir os juros, com redução de gastos do governo e de impostos e mais investimentos. Ele criticou a oferta de crédito subsidiado e a atuação agressiva dos bancos públicos no crescimento do crédito, pois isso "força os juros a serem mais altos do que poderiam ser". "Se um bloco da população tem acesso a taxas muito baixas, para outros tem que ser mais cara. Todos nós pagamos esta conta via taxas de juros mais altas", afirmou. Em meio à oscilação da Selic e ao avanço da inflação, a credibilidade do Banco Central está em franco declínio, segundo levantamento da consultoria Galanto, do Rio. A credibilidade da instituição caiu para menos de 10 por cento no mês passado, ante um pico de 90 por cento em 2007. Mesmo com a alta do PIB acima do esperado no segundo trimestre, a Maua Investimentos revisou para baixo sua previsão para o PIB no terceiro trimestre, que era de alta de 0,1 por cento e passou para queda de 0,4 por cento, segundo Luiz Fernando Figueiredo, sócio da consultoria. (Por Natalia Gómez) Assunto: "Tombini: Banco Central vai assegurar estabilidade do sistema financeiro" Veículo: GLOBO RURAL Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Sinopse: O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, garantiu neste sábado (31/8), que a autoridade monetária vai assegurar a estabilidade do sistema financeiro. Ele discursou no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, promovido pela BM&FBovespa, em Campos do Jordão (SP). "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos", disse Tombini. O discurso também foi publicado no site do Banco Integra: O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, garantiu neste sábado (31/8), que a autoridade monetária vai assegurar a estabilidade do sistema financeiro. Ele discursou no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, promovido pela BM&FBovespa, em Campos do Jordão (SP). "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos", disse Tombini. O discurso também foi publicado no site do Banco Central. Alexandre Tombini disse que a economia mundial está em um processo de transição, que ele avaliou como positiva, considerando que passa pela recuperação dos Estados Unidos. "Representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente". Mas destacou que cada sinal de melhora na economia americana reflete nos preços dos ativos financeiros e maior volatilidade nos mercados. Apesar de reconhecer que o impacto maior desse movimento é sobre as economias emergentes, Tombini afirmou que o Brasil manteve um fluxo positivo de investimentos, com participação de estrangeiros. Para ele, a situação atual não representa uma mudança de tendência nem das condições de financiamento do país e do acesso de empresas brasileiras ao mercado financeiro internacional. "O Brasil está preparado para enfrentar essa volatilidade. O sistema financeiro está sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões. E o Banco Central irá adotar as providências necessárias para assegurar a estabilidade do sistema financeiro e da economia e o bom funcionamento dos mercados". O presidente do Banco Central destacou que, nos últimos dois anos, o Brasil aumentou em US$ 90 bilhões as reservas internacionais do país, atualmente em US$ 370 bilhões. Segundo Alexandre Tombini, esse volume de recursos permite à autoridade monetária oferecer proteção aos agentes econômicos e até colocar mais liquidez no mercado. Na semana passada, o Banco Central anunciou um programa de intervenções diárias no mercado de câmbio. As medidas incluem leilões dos chamados contratos de swap cambial (que tem o efeito de uma venda de dólares no mercado futuro) e operações de venda de dólar com compromisso de recompra. "Se necessário, realizaremos operações adicionais", garantiu Tombini. Assunto: Bolsa descarta mudança do Ibovespa antes do fim do ano Veículo: O GLOBO Data Fonte: 29/08/2013 Seção: -- Integra: BOLSA DESCARTA MUDANÇA DO IBOVESPA ANTES DO FIM DO ANO O Globo CAMPOS DO JORDÃO - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse na noite desta quinta-feira que não haverá mudanças na metodologia de composição da carteira teórica do Ibovespa ainda neste ano. Qualquer alteração que venha a ser feita só passará a valer em 2014. Com isso, o presidente a BM&FBovespa descarta a exclusão das ações da OGX do principal índice de ações da bolsa brasileira ainda em 2013, a menos que a empresa vá à falência - regra prevista atualmente. Ele lembrou também que casos de reestruturação de dívida não resultam em deslistagem. As afirmações foram feitas em entrevista após a abertura do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais. O presidente foi questionado especificamente sobre as ações da OGX. Como nada muda, disse ele, os papéis com valor inferior a R$ 1 seguem, sim, listados no índice. Pelas novas regras que estão em discussão e devem ser finalizadas até 13 de setembro, uma das possibilidades de deslistagem ocorre quando a ação tenha valor inferior a R$ 1. Também está em discussão a questão da avaliação da liquidez e/ou do valor de mercado como um dos quesitos para se determinar a entrada no Ibovespa. Atualmente, apenas dez ações respondem por 43% de todo o índice - entre elas, Petrobras, Vale e a própria OGX. Edemir Pinto também falou que o projeto para estimular a listagem de pequenas e médias empresas está bem encaminhado e deve se tornar operacional no começo de 2014. De acordo com o executivo, as propostas da Bolsa e de seus parceiros neste projeto já estão com o governo e está em curso uma audiência pública liderada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o tema. A ideia é propor estímulos tributários para investidores e empresas de pequeno e médio portes que buscam o mercado de capitais para se financiar. Outras facilidades previstas são a redução do custo de listagem e de elaboração de informações ao mercado. As empresas também terão de seguir regras de governança. Um ponto em discussão, disse Pinto, é se o Bovespa Mais será adaptado ou se será criado um novo segmento de listagem para essas empresas. Ele também afirmou que a BM&FBovespa está preparada para enfrentar a possível concorrência, no mercado local, de bolsas de valores e mercadorias. Segundo ele, a fragmentação é positiva e pode trazer mais inovação e mais volume de negócios. "A Bolsa está preparada para a competição. Investimos R$ 1,2 bilhão", disse. *Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa Assunto: Perspectivas de crescimento do país são bastante limitadas, avaliam economistas Veículo: O GLOBO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: CAMPOS DO JORDÃO - A despeito da surpresa positiva do PIB no segundo trimestre, que crescem além das expectativas do mercado e do governo, as perspectivas de crescimento do país são bastante limitadas na visão dos economistas que participaram nesta manhã de debate sobre a conjuntura econômica na abertura do 6o. Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, promovido pela BM&F Bovespa. Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central e hoje sócio do banco BTG Pactual, observou que a situação de pleno emprego e as pressões inflacionárias que forçaram o BC a retomar a alta dos juros são evidências de que a economia brasileira opera no limite de seu potencial. - A economia brasileira está crescendo muito. Em linguagem popular, está bombando. Tem muita demanda doméstica, por isso está com o mercado de trabalho tão aquecido, a inflação no topo da banda, e a balança comercial está diminuindo por excesso de absorção doméstica - disse. Esta é, segundo ele, uma visão um pouco chocante, porque se acredita que o país pudesse crescer mais do que tem crescido. O que faz, nas suas palavras, o crescimento ser um "assunto de frustração nacional". - A economia está sobreaquecida, e o óbvio é que se tivessem políticas monetária e fiscal mais apertadas. Mas o que se tem é restrição monetária e um forte expansionismo no campo fiscal, que se dá por meios que vão da indexação do salário mínimo às enormes transferências na forma de subsídios e desonerações a setores específicos. Nossa política fiscal é equivocada, e, em vez de haver investimento do governo, há doação, é uma política de meia entrada. Com o governo tomando em impostos de um lado e repassando para alguns setores de outro, mas investindo muito pouco no orçamento - disse. Arida lembrou que embora o país tenha a maior carga tributária entre as economias emergentes, cerca de 36% do PIB, os investimentos do governo se restringe a 0,5% do PIB. - O país não pode crescer mais de 2% sem pressionar a inflação. Estamos numa rota de baixo crescimento, que faz com que a economia se comporte como mais aquecida do que poderia ser - disse o economista, completando: - Teríamos de ir na direção oposta ao que temos hoje, não por erro do BC, mas por desacertos de políticas econômicas. A economista Monica Baumgarten de Bolle, sócia-diretora da Galanto, que abordou a questão da inflação na sua apresentação, salientou que, embora não tivesse visto detalhes dos dados do PIB do segundo trimestre, pouco adianta para se projetar o comportamento da economia nesta segunda metade do ano. - O PIB quando sai já vem defasado, é espelho do passado. Se você tem perspectiva de continuidade o espelho te dá um horizonte. Mas o que temos neste segundo semestre é uma quebra, uma descontinuidade muito clara na economia brasileira, e também no cenário político e social do país (referindo ás manifestações e à tensão no cenário político) - disse. Além dessa descontinuidade, a economista citou ainda como desfavorável a atitude do governo em relação às expectativas da inflação. - As expectativas influenciam o sucesso da política econômica e há descaso do governo em relação às expectativas. O que temos hoje é uma situação clara de inflação represada, reflexo de uma condução equivocada da política econômica - disse, completando: - Do jeito que está hoje não é possível saber qual será o PIB potencial daqui a algum tempo. Estamos à deriva. Alexandre Shwartzmann, ex-diretor do BC e hoje consultor, concordou com Arida, reconhecendo que as taxas de crescimento experimentadas elo Brasil entre 2004 e 2011, de 4% em média, não são compatíveis com o potencial do país. Nosso crescimento potencial, hoje está claro, nunca foi de 4% ao ano. - Assunto: Pode acontecer alguma oferta de ações até o fim do ano, diz Edemir Veículo: O GLOBO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: PODE ACONTECER ALGUMA OFERTA DE AÇÕES ATÉ O FIM DO ANO, DIZ EDEMIR O GLOBO O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, ainda acredita que "uma ou outra" oferta de ações pode ocorrer até o fim de 2013. "Temos empresas pedindo registro", disse há pouco em entrevista após a abertura do 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais. O presidente da BM&FBovespa reconheceu, no entanto, que a janela de oportunidade para a realização de ofertas de ações ainda não se abriu totalmente. "Estamos renovando as esperanças para [ofertas] o ano que vem", comentou Edemir. *Os repórteres viajaram a convite da BM&FBovespa Assunto: Tendência de alta dos juros deve persistir, diz Pérsio Arida Veículo: O GLOBO Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: TENDÊNCIA DE ALTA DOS JUROS DEVE PERSISTIR, DIZ PÉRSIO ARIDA O Globo CAMPOS DO JORDÃO, São Paulo (Reuters) - A política de aperto monetário do Banco Central deve persistir, com novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil esta crescendo mais do que poderia, avalia o sócio e membro do conselho do BTG Pactual, Pérsio Arida, que foi presidente do Banco Central e do BNDES. "A trajetória contracionista do BC vai continuar por um tempo razoavelmente bom", afirmou durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Na última quarta-feira, o BC elevou a taxa de juros pela quarta vez seguida para 9 por cento. Segundo Arida, o país não tem possibilidades de aquecer sua economia de forma saudável porque o mercado de trabalho não tem estrutura para atender o avanço econômico e porque fatores como a superindexação do salário mínimo e a política fiscal expansionista pressionam a inflação para cima. "Os motivos para a taxa de juro subir são cristalinos", disse. Arida avalia que o desemprego deveria chegar a 6,5 a 7 por cento para permitir uma inflação estável, enquanto o avanço anual do PIB não poderia passar de 2 por cento. Outro fator que pesa sobre a inflação e a desvalorização cambial, que ainda tem um "longo caminho a percorrer", uma vez que as taxas de juros nos Estados Unidos devem subir, mas a trajetória de fato ainda não começou. "As taxas nos EUA devem chegar a 3 ou 3,5 por cento, mas isso ainda vai ocorrer, e as taxas de juros fazem overshooting (exageram) sempre." Segundo o sócio do BTG, a preocupação do governo em relação às eleições presidenciais favorece a trajetória contracionista do Banco Central. "A maior preocupação do governo é com a inflação, e pelo motivo errado, que é a eleição no ano que vem", disse. Arida defendeu que o cenário ideal seria uma política econômica que permitisse ao Banco Central reduzir os juros, com redução de gastos do governo e de impostos e mais investimentos. Ele criticou a oferta de crédito subsidiado e a atuação agressiva dos bancos públicos no crescimento do crédito, pois isso "força os juros a serem mais altos do que poderiam ser". "Se um bloco da população tem acesso a taxas muito baixas, para outros tem que ser mais cara. Todos nós pagamos esta conta via taxas de juros mais altas", afirmou. Em meio à oscilação da Selic e ao avanço da inflação, a credibilidade do Banco Central está em franco declínio, segundo levantamento da consultoria Galanto, do Rio. A credibilidade da instituição caiu para menos de 10 por cento no mês passado, ante um pico de 90 por cento em 2007. Mesmo com a alta do PIB acima do esperado no segundo trimestre, a Maua Investimentos revisou para baixo sua previsão para o PIB no terceiro trimestre, que era de alta de 0,1 por cento e passou para queda de 0,4 por cento, segundo Luiz Fernando Figueiredo, sócio da consultoria. Assunto: Tendência de alta dos juros deve persistir, diz Pérsio Arida Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: TENDÊNCIA DE ALTA DE DOS JUROS DEVE PERSISTIR, DIZ PÉRSIO ARIDA Exame Campos do Jordão - A política de aperto monetário do Banco Central deve persistir, com novas altas na taxa básica de juros, porque o Brasil esta crescendo mais do que poderia, avalia o sócio e membro do conselho do BTG Pactual, Pérsio Arida, que foi presidente do Banco Central e do BNDES. "A trajetória contracionista do BC vai continuar por um tempo razoavelmente bom", afirmou durante o 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão. Na última quarta-feira, o BC elevou a taxa de juros pela quarta vez seguida para 9 por cento. Segundo Arida, o país não tem possibilidades de aquecer sua economia de forma saudável porque o mercado de trabalho não tem estrutura para atender o avanço econômico e porque fatores como a superindexação do salário mínimo e a política fiscal expansionista pressionam a inflação para cima. "Os motivos para a taxa de juro subir são cristalinos", disse. Arida avalia que o desemprego deveria chegar a 6,5 a 7 por cento para permitir uma inflação estável, enquanto o avanço anual do PIB não poderia passar de 2 por cento. Outro fator que pesa sobre a inflação e a desvalorização cambial, que ainda tem um "longo caminho a percorrer", uma vez que as taxas de juros nos Estados Unidos devem subir, mas a trajetória de fato ainda não começou. "As taxas nos EUA devem chegar a 3 ou 3,5 por cento, mas isso ainda vai ocorrer, e as taxas de juros fazem overshooting (exageram) sempre." Segundo o sócio do BTG, a preocupação do governo em relação às eleições presidenciais favorece a trajetória contracionista do Banco Central. "A maior preocupação do governo é com a inflação, e pelo motivo errado, que é a eleição no ano que vem", disse. Arida defendeu que o cenário ideal seria uma política econômica que permitisse ao Banco Central reduzir os juros, com redução de gastos do governo e de impostos e mais investimentos. Ele criticou a oferta de crédito subsidiado e a atuação agressiva dos bancos públicos no crescimento do crédito, pois isso "força os juros a serem mais altos do que poderiam ser". "Se um bloco da população tem acesso a taxas muito baixas, para outros tem que ser mais cara. Todos nós pagamos esta conta via taxas de juros mais altas", afirmou. Em meio à oscilação da Selic e ao avanço da inflação, a credibilidade do Banco Central está em franco declínio, segundo levantamento da consultoria Galanto, do Rio. A credibilidade da instituição caiu para menos de 10 por cento no mês passado, ante um pico de 90 por cento em 2007. Mesmo com a alta do PIB acima do esperado no segundo trimestre, a Maua Investimentos revisou para baixo sua previsão para o PIB no terceiro trimestre, que era de alta de 0,1 por cento e passou para queda de 0,4 por cento, segundo Luiz Fernando Figueiredo, sócio da consultoria. Assunto: Piso para ação é proposta mais madura do novo Ibovespa Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Piso para ação é proposta mais madura do novo Ibovespa - Exame Campos do Jordão - A criação de um valor mínimo para as ações que compõem o Ibovespa é a proposta mais avançada até o momento nas conversas do grupo de estudo que conduz a reforma do índice, afirmou com exclusividade à Reuters o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. "A ideia de excluir as ações abaixo de um real está bem mais madura do que as outras", disse Pinto, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). A nova estrutura do índice será divulgada até 13 de setembro e começará a valer apenas em 2014. De acordo com o novo critério, as ações da OGX, cotadas nesta sexta-feira a 0,30 real, poderão ser excluídas do Ibovespa. No entanto, o presidente da bolsa reiterou que pelas regras atuais não há motivos para excluir a OGX do índice, e que isso ocorreria apenas em caso de falência ou pedido de concordata. Outras mudanças, incluindo a definição de um limite para a parcela que cada ação pode ter na Bovespa com base no valor do free-float (fatia em circulação no mercado) da empresa também está em estudo, disse o executivo. Para os próximos meses deste ano, Edemir vê um mercado fraco para ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), em linha com o ritmo visto ate o momento, com varias ofertas em compasso de espera. "Podemos ver uma ou outra empresa até o final do ano, mas não estou otimista", disse. Para 2014, no entanto, o presidente da bolsa tem melhores expectativas. "O Banco Central tem demonstrado previsibilidade e iniciativa para controle da inflação, o que deve ajudar a restaurar a credibilidade para o investidor estrangeiro." Assunto: Mercado forçará sistema político a ajuste, diz Credit Suisse Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Sinopse: Campos do Jordão - O mercado financeiro forçará o sistema político a fazer os ajustes necessários no Brasil, na opinião do diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo Asset Management, Luis Stuhlberger. "Para o governo, a Avenida Faria Lima e os estrangeiros pensam de uma maneira negativa e contaminam os empresários, mas as classes menos favorecidas continuam consumindo e crescendo. A gente vai viver nessa dinâmica por um longo espaço de tempo até se resolver", afirmou, durante palestra no 6.º Cong Integra: Campos do Jordão - O mercado financeiro forçará o sistema político a fazer os ajustes necessários no Brasil, na opinião do diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo Asset Management, Luis Stuhlberger. "Para o governo, a Avenida Faria Lima e os estrangeiros pensam de uma maneira negativa e contaminam os empresários, mas as classes menos favorecidas continuam consumindo e crescendo. A gente vai viver nessa dinâmica por um longo espaço de tempo até se resolver", afirmou, durante palestra no 6.º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&FBovespa. De acordo com Stuhlberger, o governo sabe o ajuste que tem de ser feito e, por isso, a questão central é, com o conhecimento do ajuste que tem de fazer, por que não faz? Os ajustes que precisam ser feitos no Brasil dependem, segundo ele, de três fatores: a primeira questão é competência, ter um time bom; a segunda é o fato de o País ter um presidencialismo de coalizão, que torna a resolução das questões atuais mais difícil. "A terceira e mais importante questão é o fato de ajuste ser sempre uma coisa não popular. Não é popular fazer ajuste para se ter algo melhor no futuro. Aí, o governo não faz por medo de perder eleição e a gente fica nesse ciclo vicioso", avaliou. Sobre o câmbio, Stuhlberger disse que a moeda dos Estados Unidos cotada a R$ 2,40 está em patamar adequado e que o surpreendente no comportamento recente dó dólar o fato de ter permanecido em R$ 1,80 por tanto tempo. "Os livros de comportamento econômico chamam isso de viés de ancoragem, quando os players acreditam numa realidade a tal ponto que é preciso que haja catalisadores para movêlos e, quando aparecem, o efeito seguinte é um movimento drástico e especulativo", afirmou. O diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo Asset Management disse que, se o dólar fosse trazido de 2000 para os dias de hoje, considerando-se, simplesmente, a inflação brasileira descontada da dos EUA, o câmbio estaria em R$ 3,20. "Mas não acho que essa seja a realidade. O que interessa é olhar a conta-corrente, as necessidades de financiamento e o crescimento, que nesse caso favorecerão o Brasil. Portanto, considero R$ 2,40 adequado", afirmou. Assunto: Maioria dos IPOs no Brasil perderam dinheiro desde 2005 Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: Maioria dos IPOs no Brasil perderam dinheiro desde 2005 - Exame Campos do Jordão - A rentabilidade das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês)realizadas no Brasil desde 2005, corrigida pelo CDI, foi negativa em 15 por cento, segundo levantamento divulgado pela Credit Suisse Hedging Griffo nesta sexta-feira. A análise considera a rentabilidade que um investidor teria obtido até a data atual se tivesse mantido os papéis comprados na oferta inicial. Entre os setores com desempenho positivo estão telecomunicações, concessões e imóveis, enquanto consumo, empresas financeiras, petróleo e indústria puxaram o desempenho para baixo. Desconsiderando o efeito negativo da OGX, o total ainda seria negativo em 12,6 por cento, afirmou Luis Stuhlberger, diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo, gestora de ativos com patrimônio superior a 45 bilhões de reais, que participa do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). "Quase nenhum setor compensou o risco de equity", disse, acrescentando que quanto mais dependente de resultados futuros a empresa, pior o desempenho. Dos 117 IPOs avaliados pela Hedging-Griffo, 37 geraram resultados positivos para o investidor, com rentabilidade superior ao CDI, enquanto os 80 restantes ficaram abaixo. Outro levantamento apontou que desde 2008, as companhias com melhor retorno acumulado são aquelas que Stuhlberger chamou de "empresas de qualidade" --com retorno sobre capital empregado acima do custo de capital --enquanto empresas estatais, pré-operacionais ou oligopólios tiveram os piores retornos. No grupo considerado de qualidade pelo diretor existem cerca de 50 empresas, dentre as quais CPFL, Duratex, Itaú Unibanco, Klabin, Localiza, Lojas Renner, Odontoprev, Porto Seguro, Totvs, Ultrapar, Aliansce, AES Tietê, Cyrela e AmBev, citou. Câmbio Questionado sobre a situação do câmbio, o executivo afirmou que a cotação de 2,35 ou 2,40 reais é justa. "O que me surpreende não é o câmbio na cotação atual, mas o fato de o câmbio ter ficado em 1,80 real por tanto tempo", disse. Segundo ele, o mercado se acostumou com o real valorizado e passou a acreditar que era um patamar sustentável. "Foi como fazer um piquenique à beira de um vulcão", afirmou. Assunto: CVM quer novas regras para classificação de fundos Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: CVM quer novas regras para classificação de fundos Exame A comissão planeja atualizar a instrução 409, que trata sobre a regulação e a divulgação de fundos de investimento Campos do Jordão, SP - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está iniciando conversas com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para atualizar a instrução 409, que trata sobre a regulação e a divulgação de fundos de investimento, segundo a diretora da autarquia, Ana Novaes. Os próximos passos, conforme ela, incluem reescrever a norma, colocá-la em audiência pública e editá-la. Este é um desafio "grande" que Ana Novaes tem antes de terminar seu mandato no órgão regulador, em dezembro de 2014. "Trabalhamos com um prazo ideal. Mas não sei se é factível, dada a complexidade do assunto. Essa certamente vai ser uma instrução que vai ter muitas sugestões do mercado", afirmou ela em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. A diretora da CVM lembrou que a instrução 409 já tem dez anos e, por isso, a autarquia está ouvindo o mercado, gestores e players do setor de fundos para identificar pontos considerados falhos na regra atual. O objetivo é, segundo ela, identificar pontos a serem melhorados na instrução 409 para baixar o custo e modernizar a indústria de fundos, além de dar mais transparência. "Estamos iniciando diálogo com a Anbima para ver se eles concordam com a nossa percepção pois, afinal, o pessoal conversa com a gente e já tínhamos um grupo de vontades do mercado de pontos a serem abordados na 409", explicou ela. As questões podem ser, segundo Ana, apenas coisas pequenas e burocráticas. No entanto, segundo ela, não existe nada que já tenha sido aprovado com a Anbima ou que tenha sido acordado com o colegiado do órgão regulador. Categorias Dentre os pontos possíveis a serem considerados na atualização estão a classificação de fundos. "Será que temos de ficar, num mundo que mudou nos últimos dez anos, com fundo de curto prazo, referenciado e renda fixa em classes diferentes?", questionou ela. A classificação dos fundos é importante pois, de acordo com Ana, está relacionada à percepção do investidor. Paralela à iniciativa da CVM, a Anbima tem um projeto de reclassificação e redução das categorias de fundos existentes no intuito de simplificar as regras para os investidores. A diretora da CVM também comentou sobre a possibilidade de ter uma classe de investimento no exterior não apenas para investidores superqualificados - com mais de R$ 1 milhão em investimentos. Em relação ao investidor qualificado, com R$ 300 mil de investimentos, ela questionou se a definição para este público ainda é adequada, uma vez que já se passaram dez anos da regra. "Estamos saindo de uma indústria que era predominantemente de títulos públicos, que ainda são muito importantes, para uma nova realidade, de queda das taxas de juros, de papéis com menos liquidez. Será que todos os fundos deveriam ter cota diária ou a gente já deveria sinalizar para o investidor que aquele fundo tem uma liquidez mais restrita?", atentou. Assunto: CVM quer novas regras para classificação de fundos Veículo: EXAME.COM (continuação) Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Sobre redução de custos, Ana disse que é preciso avaliar a necessidade de ainda manter toda a documentação da indústria de fundos em papel e a possibilidade de permitir uma comunicação mais eletrônica ou por meio do site dos bancos. Outra questão que a CVM vai tentar tratar no âmbito da atualização da 409, segundo ela, é dar mais transparência à indústria de fundos, como, por exemplo, as taxas de performance. O tamanho dos prospectos dos fundos, geralmente longos e complexos, também está em estudo pela CVM, segundo a diretora, que avalia a possibilidade de reduzir custos e ao mesmo tempo dar uma informação mais relevante e cuidadosa para os investidores. "Podemos, ao invés de ter uma seção de risco pasteurizada, ter uma seção de risco um pouco mais concreta e mais inteligível", ressaltou ela. Segundo Ana, esse já é um esforço da Anbima, mas que a CVM quer "alimentar". A diretora da CVM participou do 6.º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da BM&FBovespa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Assunto: Crédito via banco público é QE do Brasil, diz professora Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: CRÉDITO VIA BANCO PÚBLICO É QE DO BRASIL, DIZ PROFESSORA Exame Campos do Jordão - A professora da PUC-RJ, Monica Baumgarten de Bolle, afirmou na manhã desta sexta-feira, 30, que a política do governo de tentar estimular com vigor o consumo através da concessão de crédito por bancos públicos gerou o "QE brasileiro", em alusão à política de afrouxamento quantitativo dos Estados Unidos. Monica lembrou que apenas três bancos públicos no País são responsáveis por 50% da concessão de financiamentos no país. "A política fiscal mais expansionista tem efeito de alta da pressão inflacionária lá na frente, ainda que possa conter um pouco no curto prazo os preços relativos", disse. "Mas isso causa distorções", destacou. "O real problema inflacionário do Brasil é que os preços administrados estão rodando a 1,3% ao ano, enquanto os livres estão num ritmo de 8%", destacou. "E fazer isso por longo prazo distorce o equilíbrio dos preços da economia", disse. "A tendência da inflação é de alta e está ocorrendo há muito tempo", ponderou. De acordo com ela, o governo está fazendo desonerações tributárias para reduzir a carga dos impostos, e aproveitou tais medidas também para combater a inflação. Ela lembrou que o Poder Executivo fez intensas interferências no processo de formação de preços, como o episódio que envolveu o setor de energia. A professora destacou ainda que desde 2011 as expectativas da inflação estão se descolando em relação a taxa do IPCA, e hoje estão bem distantes do centro da meta de 4,5%. Segundo ela, esse processo longo acabou minando a credibilidade do Banco Central na gestão do sistema de metas de inflação, o que influencia muito as percepções dos agentes econômicos sobre a evolução dos preços no curto prazo. Monica de Bolle fez os comentários durante palestra no sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&FBovespa. Câmbio e inflação O economista e ex-diretor do Banco Central (BC), Alexandre Schwartsman, sócio-diretor da Schwarstman & Associados, avaliou, no mesmo evento, que a intervenção recente do governo na taxa de câmbio ocorreu basicamente "para o controle da inflação", diante da alta puxada principalmente pela política fiscal expansionista. "A política fiscal é unidirecional, expansionista e empurra a inflação para cima", disse. "Eu tenho certeza que o Banco Central não quer entregar a inflação na meta, porque senão não teria feito a política fiscal que fez", completou Schwartsman em palestra. Além da pressão da política fiscal, o controle da inflação ainda está sujeito a um limite para as altas nas taxas de juros, outro instrumento utilizado pelo governo. "Por isso, a taxa de R$ 2,40, ou R$ 2,45 (por dólar), seguirá apreciada por falta de instrumentos", disse o economista. "Há ainda uma instabilidade do arcabouço regulatório do câmbio", com, segundo ele, a redução de agentes no mercado de dólar por conta das mudanças constantes na política cambial. Durante a palestra, Schwartsman citou quatro variáveis que influenciam o câmbio independente de questões políticoeconômicas: a variação das commodities internacionais, o valor do dólar ante uma cesta de moedas, os juros e a aversão ao risco. "Toda vez que a aversão ao risco sobe 10%, o real deprecia cerca de 3%. Se os juros sobem aqui 10%, o dólar cai 8%", exemplificou o economista. "Portanto, torna-se difícil dizer qual o nível correto da taxa, sem se referir ao conjunto de variáveis". Assunto: Bovespa não suspenderá OGX se houver reestruturação Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 29/08/2013 Seção: Outros Integra: BOVESPA NÃO SUSPENDERÁ OGX SE HOUVER REESTRUTURAÇÃO Portal Exame Campos de Jordão - A BM&FBovespa não pretende retirar a OGX do índice Ibovespa e tampouco da bolsa, caso a petroleira do grupo EBX de Eike Batista se envolva num processo de reestruturação de dívida, disse a jornalistas nesta quinta-feira o presidente da bolsa, Edemir Pinto. Pelas regras atuais para a composição do índice, apenas falência ou concordata levariam a petroleira a ser excluída do índice, disse Edemir. A bolsa está preparando novas regras para o índice que serão anunciadas em 13 de setembro e passarão a valer a partir de 2014. Pelas novas regras em discussão, o valor das ações e o free float da companhia, que é a fatia em circulação no mercado, passarão a ser critério para a inclusão no Ibovespa. E pelo critério de valor da ação, o papel da OGX corre o risco de ficar de fora, já que está sendo cotado abaixo de um real. Nesta quinta-feira, a ação fechou em queda de 12,28 por cento, a 0,50 real. Na visão de Edemir, a crise vivida pelo grupo de empresas de Eike Batista não prejudicou a imagem da bolsa brasileira no exterior, mas o mercado vive uma "frustração" neste momento devido à expectativa que havia em relação aos empreendimentos do empresário. "Ele tinha as melhores intenções, e todo dinheiro que captou no mercado colocou nas empresas. Neste sentido existe uma frustração", disse em evento em Campos do Jordão, no interior do Estado de São Paulo. O presidente da BM&FBovespa disse ainda que o cenário para ofertas de ações na bolsa para os próximos meses não é dos mais favoráveis. "Algumas estão pedindo registro mas é pouco provável que muitas aconteçam neste ano", disse durante a abertura do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, que ocorre entre quinta-feira e sábado. Recentemente, as operadoras de bolsa norte-americanas Bats e Direct Edge anunciaram sua fusão, e ambas haviam anunciado planos de atuar no Brasil. Questionado sobre o tema, Edemir disse que a bolsa paulista está preparada para enfrentar a concorrência. "Aplaudimos a iniciativa e acreditamos que a fragmentação do mercado pode trazer maiores volumes de negociação." Assunto: BC poderá ofertar liquidez a diversos segmentos, diz Tombini Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 01/09/2013 Seção: Outros Sinopse: Campos do Jordão - O Banco Central poderá ofertar liquidez a diversos segmentos do mercado caso seja necessário, pois conta com um "colchão" superior a 370 bilhões de dólares, afirmou neste sábado o presidente da instituição, Alexandre Tombini, referindo-se às reservas internacionais do país, que foram ampliadas em quase 90 bilhões de dólares nos últimos dois anos. "Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aume Integra: Campos do Jordão - O Banco Central poderá ofertar liquidez a diversos segmentos do mercado caso seja necessário, pois conta com um "colchão" superior a 370 bilhões de dólares, afirmou neste sábado o presidente da instituição, Alexandre Tombini, referindo-se às reservas internacionais do país, que foram ampliadas em quase 90 bilhões de dólares nos últimos dois anos. "Esse colchão permite ao Banco Central, nesse período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado", disse Tombini durante o encerramento do 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). Segundo ele, o Brasil está preparado para enfrentar a volatilidade dos mercados porque seu sistema financeiro está "sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões", e o BC adotará as "providências necessárias" para assegurar a estabilidade do sistema financeiro e da economia. Na semana passada, o Banco Central anunciou o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra. Pelo menos até o final do ano, o BC realizará semanalmente leilões de swap cambial no montante de 2 bilhões de dólares, e de venda com compromisso de recompra, no total de 1 bilhão de dólares. "Se necessário, realizaremos operações adicionais", afirmou Tombini. Segundo ele, este programa ofertará aos agentes econômicos proteção cambial superior a 100 bilhões de dólares, considerando o montante que já foi ofertado até o momento. "Nossa estratégia é clara: utilizaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira", disse. As declarações de Tombini ocorreram após críticas sobre a falta de clareza a respeito da estratégia do BC, feitas durante o evento por economistas --entre eles Gustavo Franco, ex-presidente da autoridade monetária. Mais cedo neste sábado, Franco afirmou que o mercado não sabe quais são as prioridades do Banco Central e quais políticas serão usadas para atingi-las. "As perguntas ainda dominam, e apenas a clareza poderá acabar com a volatilidade", disse. Assunto: Arida vê economia sobreaquecida em relação a potencial Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 30/08/2013 Seção: -- Integra: ARIDA VÊ ECONOMIA SOBREAQUECIDA EM RELAÇÃO A POTENCIAL Exame Campos do Jordão - O ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida afirmou na manhã desta sexta-feira, 30, que a "economia brasileira está sobreaquecida, aquecida demais em relação ao seu potencial." Vários fatores determinam esse fenômeno, na sua avaliação, entre eles a pequena oferta de trabalhadores no mercado, o que leva a uma situação "maior que o pleno emprego." Nesse contexto, ele citou que a taxa de desemprego está baixa para a realidade do País, que deveria ser entre 6,5% e 7%. "Essa seria a nossa Nairu", comentou, referindo-se à sigla em inglês que significa taxa de desemprego que não acelera a inflação. Dois outros elementos que levam a uma economia sobreaquecida no Brasil, segundo Arida, é a política fiscal expansionista. "Os juros no Brasil são altos pela existência de vários subsídios ao crédito, como a TJLP", comentou, referindo-se à Taxa de Juros de Longo Prazo. Um terceiro fator foi a "super indexação do salário mínimo por força de lei", o que acaba disseminando uma alta generalizada da remunerações de grande parte dos trabalhadores em toda a economia. Arida afirmou que as expectativas de inflação estão "desancoradas", devido a vários fatores relativos à condução da economia, o que não está diretamente ligado com a gestão da política monetária pelo Copom. "A atuação do BC está correta", destacou, referindo-se ao movimento de alta de juros iniciada em abril. "O ideal seria que a política econômica como um todo deveria atuar para dar condições ao Banco Central para ter uma política monetária expansionista", destacou. "O superávit primário deveria ser alto o suficiente para viabilizar uma política fiscal contracionista, para dar condições para o BC baixar os juros", apontou. Ele fez os comentários durante palestra no Sexto Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais realizado pela BM&FBovespa. Assunto: "Indústria de fundos imobiliários pode dobrar em 2 anos" Veículo: EXAME.COM Data Fonte: 31/08/2013 Seção: Outros Integra: Campos do Jordão - A indústria de fundos imobiliários no Brasil tem potencial para dobrar de tamanho em dois anos, impulsionada pela manutenção do crescimento do setor imobiliário e pela entrada de investidores que gostam de investir em imóveis mas ainda não atuam no mercado de capitais, avaliou o economista Gustavo Franco. "Os fundos imobiliários estão atraindo investidores de imóveis que a gente vê pouco no mercado financeiro", disse o estrategista-chefe e presidente do conselho de administração da Rio Bravo Investimentos, que administra este tipo de fundo, durante o 6o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos do Jordão (SP). "Este produto vai criar maior integração entre o mercado imobiliário e o mercado de capitais." Neste ano, o segmento cresceu 7 por cento e atingiu 104 mil investidores pessoa física, segundo Franco. Com 107 fundos registrados, setor tem 30 bilhões de reais em valor de mercado. o Segundo o economista, que foi presidente do Banco Central, não há indícios de que exista uma bolha no mercado imobiliário pois a demanda por imóveis no país é consistente em todas as regiões, e os fundos tem investimentos diversificados que tendem a proteger os investidores de períodos de baixa, em sua avaliação. Assunto: Economista que previu a crise, Robert Shiller alerta para sinais de bolha no Brasil Parte 2 de 2 Veículo: VEJA Data Fonte: 03/09/2013 Seção: Outros Integra: Economista que previu a crise, Robert Shiller alerta para sinais de bolha no Brasil Parte 2 de 2 Veículo: Veja O Brasil vive uma situação de "bolha" do consumo? O Brasil teve um "turning point" na década de 1990 com o controle inflacionário. Mesmo hoje, a inflação no país é moderada. Sobre o crescimento, o que aconteceu com o Brasil foi o mesmo que aconteceu com a China e com todos os Brics. Houve um sentimento de "milagre". Eu acho que essa ideia de milagre desses países como China, Brasil, Rússia e Índia se espalhou pelo mundo. Mas esse tipo de milagre não dura para sempre, ele acaba mais cedo do que se espera. No meu livro "Espírito Animal", eu digo que a confiança não é um fator exógeno. Mas que ela é conduzida, substancialmente, por histórias da mente humana, a capacidade do cérebro humano de armazenar as boas histórias. Eu não sei como analisar o Brasil, não faz parte da minha realidade. O que eu me lembro é da vitória do presidente Lula, cuja eleição trouxe medo para muitos, mas ele acabou se tornando pragmático na economia e isso trouxe confiança às pessoas. Assunto: Economista que previu a crise, Robert Shiller alerta para sinais de bolha no Brasil Parte 1 de 2 Veículo: VEJA Data Fonte: 03/09/2013 Seção: Outros Integra: Economista que previu a crise, Robert Shiller alerta para sinais de bolha no Brasil Parte 1 de 2 Veículo: Veja Cerca de três anos antes de o banco de investimentos Lehman Brothers anunciar a falência, em setembro de 2008, o renomado economista Robert Shiller, professor da Universidade Yale, já previa que a economia dos Estados Unidos poderia entrar em colapso. A crise prevista por Shiller, no entanto, não se referia à quebra do banco em si, mas à formação de uma "bolha" no mercado imobiliário dos EUA. A queda do Lehman foi a agulha que estourou a crise financeira americana, que deixou consequências até os dias de hoje. O termo "bolha" tem sido usado amplamente para designar uma situação em que os preços de determinado setor inflam fortemente sem qualquer sustentação. Esse valor artificial só é percebido quando os preços caem. É, literalmente, como uma bolha de sabão, sensível a qualquer movimento mais forte. Em entrevista ao site de VEJA, Shiller explica que o termo "bolha" é uma metáfora infeliz por parecer algo que se rompe repentinamente. Para ele, uma "bolha" é, na verdade, algo cíclico que pode inflar e desinflar ao longo do tempo - algo mais parecido com uma bexiga. O reconhecimento ao trabalho de Shiller está no índice Standard and Poor's Case/Shiller, que serve de referência para os preços do mercado imobiliário dos EUA. Sobre a situação brasileira, o economista explica que "há indícios" da formação de uma bolha no mercado de imóveis. Ele diz que o Banco Central poderia atuar, ainda que tardiamente, para evitar consequências mais graves de uma forte alta dos preços dos imóveis. Neste sábado, Shiller estará no Brasil, onde participa do 6º Congresso Internacional de Mercado Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&FBovespa, em Campos do Jordão. Confira trechos da entrevista: Desde a crise imobiliária dos EUA, o termo "bolha" tem sido usado para designar inúmeros males econômicos. Como o senhor define esse conceito? Eu acho que a metáfora "bolha" vem de 1720, do mercado europeu, de um episódio que ficou conhecido como a "bolha de Mississipi". A metáfora sugere que se trata de uma explosão repentina. As bolhas de sabão vão crescendo até estourarem de forma catastrófica. É uma metáfora infeliz porque, na economia, as bolhas geralmente não estouram de repente. Na verdade, elas podem encolher durante um longo período de tempo. A bolha dos preços dos imóveis no Japão, que se formou nos anos 1980 e que teve seu pico no começo dos anos 1990 está desinflando até hoje, por exemplo. Ela está perdendo tamanho há vinte anos. Eu acredito que as bolhas sejam formadas por fenômenos sociológicos, elas são criadas pelos pensamentos das pessoas. E o pensamento não muda da noite do para o dia. Os movimentos repentinos no mercado financeiro acontecem tanto para cima quanto para baixo. Por exemplo, o mercado financeiro dos Estados Unidos teve uma tendência de queda entre 1929 e 1932, foram quase três anos de queda. Mas isso não quer dizer que de repente ele estourou. É possível prever o momento da contração da bolha? Nos Estados Unidos, por exemplo, isso aconteceu em 2005, ou seja, três anos antes da crise do Lehman Brothers. A crise do Lehman Brothers foi um efeito colateral da crise imobiliária. Eu tentei voltar para 2005 para analisar o que mudou de lá para cá. O que eu vejo que mudou é que as pessoas aprenderam a palavra "bolha". Elas nem sabiam o que significava até então. Eu sei disso porque eu fiz pesquisas com perguntas diretas às pessoas. Por volta de 2003, por exemplo, ninguém havia mencionado a palavra "bolha". O que todos diziam é que "imóvel era o melhor investimento". Depois da crise dos anos 2000 ficou a impressão de que os imóveis não são bons investimentos, mas eles são, porque as pessoas sempre vão querer moradia. O que as pessoas não percebem é que se os preços sobem um dia eles caem. No Brasil, o senhor acredita que exista uma bolha no mercado imobiliário causada pelos estímulos ao crédito? Analisando os indicadores de preços de imóveis do Brasil pode-se perceber que os preços vêm dobrando. Eu suspeito que haja a formação de uma bolha. Uma boa evidência é comparar sempre os preços do imóvel com o do aluguel. Nos Estados Unidos, por exemplo, os imóveis tiveram alta a um ritmo mais avançado do que o dos aluguéis. Eu não pude ver os preços dos aluguéis no Brasil, mas acredito que isso esteja acontecendo também. Isso é crítico porque não é que de repente as Assunto: Economista que previu a crise, Robert Shiller alerta para sinais de bolha no Brasil Parte 1 de 2 Veículo: VEJA (continuação) Data Fonte: 03/09/2013 Seção: Outros pessoas queiram consumir mais casas, mas esse apetite pelas compras é motivado pelo investimento. Isso é um problema. Meu temor é porque as pessoas agora estão tomando empréstimos para comprar imóveis. Se os preços entrarem em colapso, vai incorrer no mesmo tipo de problema que tivemos nos Estados Unidos. Isso pode ser convertido em uma recessão. O que pode ser feito para evitar esse cenário? O governo tem poder para impedir? O governo deveria se manifestar contra a formação de bolha, eles precisam acreditar que trata-se de uma bolha. E ele deveria fazer um aperto na oferta de crédito. Também pode-se fazer uma legislação que puna a oferta irresponsável de crédito. Uma outra medida interessante é contratar mais reguladores. A regulação é custosa, você não pode fazê-la de uma forma crua. É preciso saber quem é o emprestador responsável e quem não é. Isso se descobre com investigação e isso é custoso. Esta semana o Fundo Monetário Internacional emitiu um relatório que recomenda que os bancos públicos brasileiros diminuam o ritmo de concessão de crédito. Qual sua opinião sobre isso, pensando no impacto no mercado imobiliário? O banco de Israel fez isso. Eles estavam criando uma bolha imobiliária. Na China, as autoridades criaram barreiras para evitar a compra do segundo imóvel, por exemplo. O que acontece para que se forme uma bolha é o fato de as pessoas se apressarem para comprar até cinco casas, elas querem comprar quanto for possível. Foi isso o que aconteceu nos Estados Unidos, a compra do segundo imóvel cresceu substancialmente. Isso é um problema, se muitos compram mais de um imóvel, os preços sobem. Nossa situação é também um pouco diferente, há um déficit de moradias... É difícil explicar isso porque eu teria que analisar a situação do Brasil. Uma regulação mais rígida pode evitar que uma bolha seja criada? É difícil evitar isso completamente. O problema é que sempre tem alguém que nega a existência de uma bolha. Eu estava muito atento a isso na formação da bolha norte-americana. Eu tentei debater com as pessoas a existência de uma bolha em 2005 e 2006. Algumas dessas discussões foram televisionadas em um programa da CNBC. Isso foi em 2005. Eu discuti com economistas que escreveram longos artigos que tinham tabelas e estatísticas, ridicularizando a existência de bolhas. Eu tive dificuldade para vencer os argumentos deles. Isso porque é difícil provar uma bolha. Como se prova que há uma bolha? É difícil, mas se você conseguir prová-la é possível também colocar fim. As pessoas têm a impressão de que a alta dos preços é um avanço da economia, e que isso vai tornar as pessoas mais ricas, mas elas não têm noção das estatísticas. Isso não é a verdade. Pode-se observar, por exemplo, a evolução dos preços dos imóveis em comparação com a evolução dos preços dos aluguéis, que deveriam aumentar na mesma proporção. Uma diferença é um indicativo de bolha. Se for feita a correção com a inflação, os preços deveriam ficar quase que estáveis. Eu peguei dados no intervalo de 100 anos nos Estados Unidos dos preços dos aluguéis e os preços caíram em vez de aumentar. Além disso, nossa economia tornou-se mais eficiente, nossa forma de construção também, isso barateia o custo de construção e os preços deveriam ser menores. Assunto: Para diretor do Google no Brasil, é possível ficar incógnito na internet Veículo: BBC BRASIL Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Integra: Para diretor do Google no Brasil, é possível ficar incógnito na internet BBC Brasil Paula Adamo Idoeta Ainda é possível navegar anonimamente na internet, e é "errada" a percepção de que nossos e-mails são espionados, defende Fabio Coelho, diretor-geral do Google no Brasil. A gigante da internet esteve entre as empresas alvo de críticas recentemente, após reportagens do jornal britânico The Guardian - com base em documentos vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden - revelarem vínculos entre essas empresas e o esquema de vigilância montado pela agência de segurança americana NSA. Em entrevista à BBC Brasil durante congresso da BM&FBovespa, no final de semana, em Campos do Jordão (SP), Coelho não comentou as revelações de Snowden, mas declarou que "não há quebra de privacidade" no Google. No Brasil, o tema está em discussão no Congresso com o projeto do Marco Civil da Internet, que deve regular questões como privacidade online e retirada de conteúdo da web. Confira, a seguir, trechos da entrevista com Coelho: BBC Brasil - Há uma percepção crescente de que o Gmail, o e-mail do Google, não tem privacidade. O que estou escrevendo no meu e-mail está sendo lido por alguém sem o meu consentimento? Fábio Coelho - É uma percepção errada. Absolutamente não. Não há quebra de privacidade na plataforma do Google. BBC Brasil - Então de onde vem essa percepção? Fábio Coelho - Há muita desinformação e uma tentativa de trazer para discussão um tema que não é central. Logicamente o Gmail é uma plataforma enorme, que tem uma base de usuários gigantesca, há uma preocupação de que os termos de privacidade sejam bem conhecidos por todos. BBC Brasil - Existe uma preocupação do Google em resguardar a privacidade das pessoas? Fábio Coelho - Um dos grandes ativos do Google é a confiança, e vamos continuar educando as pessoas com relação às opções de privacidade disponíveis na nossa plataforma. (Mas), como todo assunto da internet é um assunto novo, é um processo em andamento. Mas o Google tem políticas de privacidade muito claras, e nosso objetivo é trazer isso à luz para que as pessoas possam saber quando elas querem navegar com determinados elementos que permitem que a navegação se transforme em serviços e em entendimento dos seus hábitos ou quando querem navegar anônimas, o que também é uma opção. (E) o Google sempre divulgou os pedidos feitos pelo governo, por meio de seu relatório de transparência. BBC Brasil - Têm crescido os pedidos dos governos? Assunto: Para diretor do Google no Brasil, é possível ficar incógnito na internet Veículo: BBC BRASIL (continuação) Data Fonte: 02/09/2013 Seção: Outros Fábio Coelho - Sim. As autoridades têm de fazer os pedidos da forma correta e respeitando o devido processo legal, e entregamos os dados quando consideramos que se esgotaram todas as instâncias. BBC Brasil - Recentemente, o Google Brasil negou em audiência pública que tenha fornecido dados à NSA americana. Isso prejudicou o Google? Fábio Coelho - O que tem que ser avaliado é a quantidade de usuários que o Google tem, que são bilhões ao redor do mundo. A gente tem uma relação de confiança (com os internautas) que já dura 15 anos. É uma empresa preocupada com a transparência dos seus dados. Mas não podemos discutir o que existe de acordo entre o governo americano e empresa (Google) americana quanto à divulgação de dados. BBC Brasil - Quanto ao YouTube, há a preocupação de que cresçam os pedidos por retirada de conteúdo da plataforma? Fábio Coelho - Somos a favor da liberdade de expressão, com respeito às leis do país. Seguimos o devido processo legal. Mas há no YouTube cem horas de (adição) de conteúdo por minuto. É uma plataforma libertadora. Quanto mais gente usar, mais pedidos (para remoção de conteúdo) haverá. É uma plataforma com um bilhão de usuários. BBC Brasil - Está mudando a nossa forma de encarar a privacidade na internet? Fábio Coelho - É um processo de amadurecimento, como qualquer processo digital, em que vamos de (uma fase) de baixo conhecimento para (outra de) mais conhecimento, o que é saudável. Elas (as pessoas) têm o direito de tratar sua privacidade como acharem desejável. É uma opção pessoal. BBC Brasil - Se estou preocupada com a minha privacidade online (no Google), o que devo fazer? Fábio Coelho - Você pode existir incógnito na web sem ninguém te perceber. Você começa (pelas configurações) de child safety (segurança para a navegação de crianças) e avançar até ficar completamente incógnito. (Em seguida à entrevista, a assessoria de imprensa do Google informou que essas configurações podem ser definidas no navegador Chrome pelo link https://support.google.com/chrome/answer/95464?hl=pt-BR) BBC Brasil - Quais os principais produtos em crescimento no Brasil? Podemos observar tendências? Fábio Coelho - São muitas, por exemplo a plataforma Android, já que o Brasil é um dos mercados que mais crescem no uso de smartphones no mundo. E o YouTube, que representa a democratização da produção e do consumo de conteúdo, produzido por pequenas, médias e grandes organizações ou por pessoas. O Brasil é um dos cinco maiores mercados para o YouTube no mundo e tende a ficar entre os três maiores. Assunto: Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC Veículo: BBC BRASIL Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros Integra: O futuro econômico do Brasil é melhor do que o clima atual indica e o crescimento pode voltar ao patamar de 4% ao ano, opina o economista britânico Jim O'Neill, ex-executivo do banco de investimentos Goldman Sachs e conhecido por ter criado a sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) para englobar as principais economias emergentes. O tom otimista da palestra de O'Neill, nesta sexta-feira, em um congresso da BM&FBovespa em Campos do Jordão (SP), contrastou com a percepção predominante entre analistas brasileiros de que o crescimento do PIB - de 1,5% no segundo trimestre - não resultará em uma retomada econômica mais robusta. "Suspeito que o futuro (do Brasil) não seja tão sombrio quanto o que tenho ouvido aqui", disse o economista, alegando que a média de crescimento do país é hoje superior à do início da década passada, quando criou o acrônimo BRIC. "O Brasil está melhor, e não pior." Ele diz que o país tem apresentado indicadores melhores no que chama de "nota de ambiente de crescimento" - como estabilidade política, expectativa de vida, índices de corrupção e até uso de computadores e smartphones. O economista diz ainda que o comércio sul-sul (realizado sobretudo entre países emergentes) está próximo de alcançar o comércio norte-norte (entre os países desenvolvidos). "(Mas) para o Brasil melhorar precisa de mais investimentos do setor privado. É preciso aumentar a oferta (econômica), mas não com mais gastos do governo, e sim com o governo saindo do caminho e facilitando a iniciativa privada", declarou. 'E o país precisa ser parte maior da economia global - o país ainda é visto como muito fechado e precisa se relacionar mais com os demais 7 bilhões de pessoas do mundo." China A fala de O'Neill ocorre no momento em que países ricos, como os EUA, apresentam sinais de recuperação, enquanto emergentes - até recentemente fortes motores da economia global - vivem uma desaceleração. A China, em especial, deixou de crescer a taxas de dois dígitos e tem como meta para 2013 crescer 7,5%. O'Neill, porém, diz acreditar que o governo chinês escolheu crescer a taxas mais baixas para se manter sustentável. "E esses 7,5% são equivalentes a um crescimento de 3,75% na economia dos EUA, porque seu impacto econômico está cada vez maior." Assunto: Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC Veículo: BBC BRASIL (continuação) Data Fonte: 30/08/2013 Seção: Outros O'Neill ressalva que não adianta países emergentes como o Brasil tentarem repetir as taxas de crescimento econômico chinesas - algo, segundo ele, só permitido pela situação demográfica da China, país mais populoso do mundo. BRIC e câmbio Questionado a respeito do anúncio do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que os BRICS (incluindo a África do Sul) trabalham na criação de um banco de desenvolvimento conjunto, O'Neill disse que até agora o grupo de emergentes "falou muito mas não fez nada juntos politicamente". "Não é fácil fazer coisas juntos quando se é tão diferente entre si. O fato de terem concordado nisso é muito interessante". Quanto à desvalorização do real - que ocorre ao mesmo tempo em que outras moedas internacionais perdem força perante o dólar -, O'Neill vê a flutuação como natural e até positiva para o Brasil. "Mas se querem reduzir sua volatilidade (à moeda americana), têm de aumentar o uso de sua própria moeda no comércio mundial."