6 – 7 semanas Infecção e Gravidez Iniciei a semana com um

Propaganda
6 – 7 semanas
Infecção e Gravidez
Iniciei a semana com um sintoma muito diferente: sentia vontade de ir ao banheiro a cada
meia hora, e a quantidade de urina era bem pequena, logo pensei: será que estou com
infecção urinária? Pois de acordo com as mulheres grávidas que já acompanhei e de
acordo com a literatura, os sintomas de uma infecção urinária na gravidez são: ardência e
dor ao urinar, além de urgência e frequência aumentada para ir ao banheiro, dor lombar,
febre e sangue na urina. Porém, destes sintomas, somente a urgência e aumento da
frequência urinária se faziam presentes; lembrei que a infecção pode ser assintomática ou
sintomática, ou seja, pode vir acompanhada por sintomas ou vir de forma silenciosa, sem
sintomas.
Procurei meu obstetra e ele me solicitou o exame de urocultura com o antibiograma, não
deu outra:
Iniciei o tratamento com antibiótico prescrito pelo médico obstetra, foi importante, porém
muito difícil para mim, pois eu já estava sentindo náuseas e enjoos decorrentes da
gravidez e ao ingerir o medicamento, meus enjoos pioravam e os vômitos se tornaram
mais freqüentes; não consegui atender nenhuma mulher, desmarquei todos os horários de
atendimento na clínica Gerar.
De acordo com Geraldo Duarte em seu artigo, Infecção Urinária na Gravidez, relata que
esta infecção durante o período gestacional é relevante, pois pode trazer complicações
tanto para a mãe quanto para o bebê, principalmente risco aumentado de parto
prematuro. Outra preocupação é que, além da infecção urinária ter incidência aumentada
entre grávidas, justamente neste período, os medicamentos antimicrobianos e as
possibilidades preventivas são restritas, considerando-se a toxicidade de alguns
medicamentos para o bebê. Por estes motivos, o conjunto do diagnóstico precoce,
seguido de terapêutica adequada e imediata, é imprescindível durante a assistência pré-
natal, evitando comprometer o prognóstico materno e gestacional.
Por isso faz-se necessário realizar exames laboratoriais de urocultura nos 3 trimestres da
gravidez mesmo que não haja sintomas e/ou quando necessário, faz parte da conduta
obstétrica.
E ainda, segundo Geraldo Duarte e o livro, Tratado de Fisiologia Médica escrito por
Guyton e Hall, dentre as alterações gravídicas que predispõe o corpo à Infecção Urinária
estão:
• Dilatação dos ureteres
• Redução da atividade peristáltica decorrente da ação do hormônio progesterona,
causando também o relaxamento dos músculos da uretra, fazendo com que o fluxo
da urina dos rins até a bexiga fique mais lento. Contribuindo para que a urina fique
parada por mais tempo na bexiga, podendo ocasionar refluxo da bexiga para os
ureteres.
•
O crescimento do útero comprime o canal da uretra, dificultando a eliminação da
urina.
•
A redução da quantidade de potássio e aumento da glicose, aminoácidos e
produtos de degradação hormonal favorecem um meio apropriado para a
proliferação bacteriana.
•
A urina da grávida apresenta pH mais alcalino situação favorável ao crescimento
das bactérias presentes no trato urinário.
Vale ressaltar algumas dicas que auxiliam na prevenção do aparecimento da infecção
urinária durante a gravidez:
•
•
•
•
•
•
Beber bastante água e outros líquidos como sucos.
Ingerir frutas como melancia, laranja e abacaxi.
Não ficar segurando a vontade de fazer xixi por muito tempo.
Ao urinar procure esvaziar toda a bexiga.
Urinar após as relações sexuais.
Ter cuidado durante a higiene perineal, passar o papel higiênico da frente para trás
e ao usar a ducha direcionar o jato também na posição da frente para trás.
É necessário aumentar a ingestão de líquido mesmo quando já nos encontramos com a
infecção urinária, porém devido aos enjoos decorrentes da gravidez tive muita dificuldade
para beber mais quantidade de água, o que piorava a náusea, uma boa alternativa que
encontrei foi ingerir suco de laranja e limão, comer abacaxi e chupar picolé de limão.
Priscila Valentim
Referências:
DUARTE G., et. al., Infecção Urinária na Gravidez. Revista Brasileira de Ginecologia;
SciELO Brasil, 2008.
GUYTON & HALL, Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1997.
Download