MELANOMA MALIGNO EM MUCOSA NASAL: RELATO DE 2 CASOS FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES / FUNDAÇÃO PELE SAUDÁVEL Ana Carolina Conde Almeida; Daniella do Nascimento Fukumaru; Flavia Dias Colombano; Michella de Almeida; Valcinir Bedin INTRODUÇÃO O Melanoma Maligno de Mucosa (MMM) do trato aerodigestivo superior representa de 0,5 a 3% de todos os melanomas malignos. São tumores incomuns que são freqüentemente mal classificados, resultando em um manejo clínico inapropriado. O prognóstico é extremamente pobre, com a maioria dos pacientes indo à óbito por metástases do tumor em menos de 5 anos. RELATO DE CASOS Caso 1: paciente com 52 anos, do sexo feminino, apresentando hemorragia nasal, sendo detectado à rinoscopia, lesão polipóide. A biópsia demonstrou Melanoma Maligno. Submetida a ressecção cirúrgica com estudo histopatológico demonstrando margens exíguas. Atualmente em acompanhamento oncológico, sem indícios de recidiva local. Caso 2: paciente de 63 anos, masculino, com história de pólipo nasal, cuja biópsia mostrou melanoma maligno. Submetido a ressecção da lesão e radioterapia. Após 13 meses, aparecimento de epistaxe intensa e turvação visual. A tomografia detectado recidiva tumoral com comprometimento local e infiltração em direção a órbita. Nova ressecção crânio-facial com enucleação do olho direito. 1 DISCUSSÃO Os achados clínicos e laboratoriais deste caso são concordantes com os apresentados pela literatura . Os MM da fossa nasal são neoplasias altamente agressivas que se apresentam clinicamente como lesões polipóides , friáveis que freqüentemente sangram. Por ocasião do diagnóstico tardio e da região anatômica acometida, pode infiltrar estruturas nobres, que nestes casos foram os seios paranasais, sistema nervoso central e globo ocular, dificultando abordagem cirúrgica terapêutica adequada.. O diagnóstico diferencial dessas lesões polipóides da fossa nasal dependem do estudo histológico, variando desde lesões inflamatórias, hiperplásicas, heterotopias do SNC, estesioneuroblastoma, entre outros. O prognostico é reservado, apresentando recidiva local e disseminação sistêmica. CONCLUSÃO Melhora no diagnóstico e no tratamento pode ser conseguida a partir de avaliações clinicas acuradas com investigação histológica e abordagem cirúrgica em curto espaço de tempo. 2 Aspecto macroscópico do tumor maligno de fossa nasal Área de aspecto sólido com presenças de células com pigmento melânico 3 Por menor, mostrando células neoplásicas e algumas com pigmento REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: • BRIDGER, A. G. et al. Experience with Mucosal Melanoma of the Nose and Paranasal Sinuses. ANZ J. Surg, v. 75, p. 192-197, nov. 2004. • LUND, V. J. et al. Management Options and Survival in Malignant Melanoma of the Sinonasal Mucosa. The laryngoscope, Philadelphia, v. 109, p. 208-211, february 1999. • THOMPSON, L. D. R. Sinonasal Tract and Nasopharyngeal Melanomas. The American Journal of Surgical Pathology, v. 27, nº.5, p.594-611, 2003. 4