Melanoma maligno - Causas, prognóstico

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Melanoma maligno - Causas, prognóstico, tratamento
Melanoma maligno é o tipo de câncer de pele com pior prognóstico. É um tumor altamente maligno
nos seus estágios avançados, devido à sua elevada probabilidade de disseminar metástases para
outros órgãos.
O melanoma maligno origina-se dos melanócitos, as células que produzem o pigmento melanina que
dá cor à pele. O melanoma é mais comum na pele mas pode surgir também raramente em outros
epitélios, como no olho, nas mucosas do esófago, vagina e outros orgãos.
Genes mutados frequentemente incluem o CDK4 (uma cinase de ciclina) e o BRAF, um membro da
família dos oncogenes RAS.
Epidemiologia e causas do melanoma maligno
Nos EUA há mais de 50.000 casos ao ano e cerca de 8000 mortes. Os principais fatores de risco do
melanoma são a pele clara e a exposição ao Sol, uma vez que os raios ultravioletas provocam
alterações ou mutações no DNA (por exemplo dimerização de determinadas bases), e as pessoas de
pele escura têm melanina que absorve a maioria desses raios UV antes deles provocarem danos. No
entanto o melanoma pode surgir em áreas da pele não expostas ao sol e em pessoas de pele muito
escura também, porque a melanina não pára todos os raios UV, há alguns raios UV mesmo quando
há nuvens e no Inverno, e porque há outros fatores que podem causar o melanoma, como fatores
genéticos (susceptibilidade hereditária, responsável por 10% dos casos), e determinados químicos
cancerígenos.
Característica clínica do melanoma maligno
O melanoma geralmente tem mais de 8 mm de diâmetro horizontalmente. Pode ser preto, castanho,
vermelho, azul ou branco. Pode surgir da pele sã ou de lesões pigmentadas pré-existentes (as
"pintas" ou "sinais" de nascença). O melanoma não tem sintomas na sua fase inicial, exceto a irritação
cutânea (comichão ou dor) que surge apenas em alguns casos. É freqüente surgir como uma área de
um nevo ("sinal") já existente que cresceu, mudou de cor, ganhou contornos irregulares; ou como um
novo nevo que surge na vida adulta. Todas essas manifestações são altamente sugestivas de
melanoma.
Patologia do melanoma maligno
As células do melanoma concentram-se inicialmente em ninhos bem ou mal formados. Elas são
maiores que os melanócitos normais, e podem ou não produzir melanina (se não produzem são
melanomas acrômicos).
As células têm grandes núcleos irregulares, nucléolos promenientes. Um elevado número de mitoses
sugere mau prognóstico. Pode-se observar em estágios avançados a invasão de nervos, vasos
sanguíneos e linfáticos, indicando um mau prognóstico. A existência de resposta imunológica
vigorosa, como infiltração de linfócitos, sugere melhor prognóstico.
Progressão do melanoma maligno
Inicialmente o melanoma não têm possibilidade de metastização e cresce apenas alastrando pela pele
(crescimento radial ou horizontal). Com o aumento do número de células, há maior probabilidade de
uma delas desenvolver as mutações que lhe permitam tornar-se invasiva (por exemplo expressão de
genes de enzimas degradadoras do colagénio do tecido conjuntivo envolvente, uma barreira à
proliferação).
Essa célula então multiplica-se e inicia a fase de crescimento vertical, invadindo os tecidos
adjacentes. A metastização do melanoma é comum no fígado e nódulos linfáticos.
Prognóstico, terapia e tratamento do melanoma maligno
O tratamento é cirúrgico. A probabilidade de sucesso na cirurgia depende do crescimento vertical do
tumor. As pessoas com tumores cuja espessura vertical é menor que 0,76 mm sobrevivem quase
todas a este cancro. Tamanhos inferiores a 1,7 mm ainda indicam prognóstico intermédio. Maiores
tamanhos correlacionam-se com cada vez maiores taxas de mortalidade. O melanoma se não for
excisado no ínicio ainda pertence ao grupo dos cancros com alta taxa de mortalidade.
Fonte: Copacabana Runners
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