CONTEÚDO PROVA - 3 ANO - Escola Estadual Presidente

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CONTEÚDO PROVA - 3º ANO (ENSINO MÉDIO)
- O que é Qualidade de Vida?
- Qualidade de Vida é só atividade Física?
- Academia: espaço de bem estar biopsicossocial ou modismo;
- Distúrbio vigorexia;
- Drogas no Mundo das Academias: “Bomba”, Anabolizantes;
- Alternativas de prática de relaxamento e autoconhecimento;
- Atividade física para a qualidade de vida;
- Alimentação e prática de atividade física para a melhora na qualidade de vida;
Atividade Física E Qualidade De Vida
Atividade física é definida como "qualquer movimento corporal? que resulte em gasto energético maior que os
níveis de repouso.
Modernamente, o termo refere-se em especial aos exercícios executados com o fim de manter a saúde física,
mental
e
espiritual;
em
outras
palavras
a
"boa
forma
física
e
mental".
Toda e qualquer atividade deve ser controlada por profissionais da área de Educação Física, que está associada
diretamente a melhorias da saúde e condições físicas dos praticantes.
Podemos considerar uma inatividade física aquela associada a dietas inadequadas, ao tabagismo, ao uso do álcool e
outras drogas são determinantes na ocorrência e progressão de doenças crônicas que trazem vários prejuízos ao ser
humano, como, por exemplo, redução na qualidade de vida e morte prematura nas sociedades contemporâneas,
principalmente nos países industrializados.
ACADEMIA
No Brasil, foi em 1914, em Belém, que surgiu a primeira academia em moldes comerciais, com a atividade de jiujitsu ensinada pelo japonês Conde Koma. Em 1925, no Rio de Janeiro, o português Enéas Campello montou um
ginásio onde era oferecido halterofilismo (levantamento de peso e culturismo) e ginástica olímpica.
Os freqüentadores das academias é na sua maioria jovens (43,5%) e pessoas c/idade média (41,6%). O principal
motivo relatado para freqüentar a academia foi lazer,e Modismo sendo que 83,2% da amostra se dizia feliz e
relaxada após o término da prática de seus exercícios. Praticamente todas as pessoas (98%) referiam que a prática
de exercícios físicos melhorava a auto-estima.
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Musculação
Condicionamento
Ginástica localizada
Hidroginástica
Step
Fitball
Bike
Axé
Alongamento
Aero jump
DISTURBIOS ALIMENTARES
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Os distúrbios alimentares surgem de uma combinação de fatores psicológicos interpessoais e sociais.
Estão associados a sentimentos de inadequação, depressão, ansiedade e solidão, assim como problemas familiares
e relacionamentos pessoais, podem contribuir para o desenvolvimento de um distúrbio.
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BULIMIA
É o transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes de "orgias alimentares", no qual o paciente come
num curto espaço de tempo grande quantidade de alimento como se estivesse com muita fome.
O paciente perde o controle sobre si mesmo e depois tenta vomitar e/ou evacuar o que comeu, através de artifícios
como medicações, com a finalidade de não ganhar peso.
BULIMIA NERVOSA
É uma Síndrome caracterizada pela ingestão compulsiva de alimentos associada a uma excessiva preocupação com o
controle do peso do corpo, levando o paciente a adotar medidas extremas para evitar os efeitos calóricos dos
alimentos ingeridos.
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Manifesta-se principalmente em mulheres jovens
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A sua incidência esta a aumentar também entre homens
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As pessoas com Bulimia normalmente envergonham-se dos seus problemas alimentares e procuram escondê-los.
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O recurso ao vómito e uso de laxantes e diuréticos torna-se frequente.
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Os episódios bulímicos agravam-se e o seu problema tende a tornar-se crónico, com flutuações frequentes na
gravidade dos sintomas.
QUEM SÃO AS PESSOAS QUE APRESENTAM COM BULIMIA?
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Pessoas com profissões ou atividades que valorizam a magreza, como modelos, bailarinos e atletas são mais
suscetíveis;
Geralmente agem na clandestinidade, escondendo seu problema das outras pessoas por anos;
Não chegam a ficar abaixo do peso.
Comportamento Alimentar: a pessoa evita refeições, come em pequenas porções, não come na frente de outras
pessoas, promove rituais antes das refeições, induz vômitos e se utiliza de laxativos e diuréticos;
Imagem Corporal: a pessoa tem muita preocupação com o peso e a imagem, passa a se inspecionar e sempre
encontra algo para criticar;
Práticas de Exercícios: a pessoa se exercita excessivamente e compulsivamente;
Grupos de Incidência: pessoas entre 18 e 40 anos, maioria do sexo feminino(90%), classe média-alta e alta,
estudantes secundaristas e universitários;
Formas de Pensamento: a pessoa perde a habilidade de pensar logicamente, de avaliar a realidade objetivamente e
admite as indesejadas conseqüências de suas escolhas e atos;
Sentimentos: a pessoa freqüentemente experiência depressão, ansiedade, irritabilidade, culpa e solidão;
CAUSAS
A causa exata da bulimia ainda é desconhecida. Cientistas acreditam que a insatisfação com o próprio corpo e
extrema preocupação com a forma física seja uma das principais causas.
Além disso, histórico familiar, fatores sociais, e traços de personalidade também contribuem.
Geralmente os indivíduos que sofrem de bulimia têm baixa auto-estima, sentimentos de desamparo e medo de ficar
gordo.
Mulheres jovens com uma irmã biológica ou mãe com um distúrbio alimentar estão em maior risco.
SINTOMAS
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O principal sintoma da bulimia é comer descontroladamente e logo depois tentar se livrar do alimento ingerido.
Medo de engordar;
Alimentação compulsiva (incapacidade de se controlar);
Comer às escondidas;
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Períodos menstruais irregulares;
Uso excessivo de laxantes e/ou indução do vómito ;
Obsessão por exercícios físicos;
Depressão.
COMPLICAÇÕES MÉDICAS DECORRENTES
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Inflamação na garganta (inflamação do tecido que reveste o esôfago pelos efeitos do vômito);
Face inchada e dolorida (inflamação nas glândulas salivares);
Cáries e desgaste prematuro do esmalte dentário devido ao ácido clorídrico expelido junto com o vômito;
Desidratação;
Desequilíbrio eletrolítico;
Vômitos com sangue;
Dores musculares e câimbras;
Ressecamento da pele;
Arritmia cardíaca;
Irregularidade ou perda da menstruação;
Constipação;
Depressão ou oscilações de humor, dentre outros.
TIPOS DE BULIMIA
TIPO PURGATIVO
Este tipo descreve apresentações nas quais o paciente se envolveu regularmente na auto-indução de vómito ou no uso
indevido de laxantes, diuréticos ou enemas durante o episódio actual.
TIPO NÃO PURGATIVO
Este tipo descreve apresentações nas quais o paciente usou outros comportamentos compensatórios inadequados, tais como
jejuns ou exercícios excessivos, mas não se envolveu regularmente na auto-indução de vómitos ou no uso indevido de
laxantes, diuréticos ou enemas durante o episódio atual.
COMO SE DIAGNOSTICA
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Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém tem bulimia nervosa.
A característica principal é o episódio de comer compulsivo, acompanhado por uma sensação de falta de controle
sobre o ato e, às vezes, feito secretamente.
Os comportamentos direcionados a controle de peso incluem jejum, vômitos auto-induzidos, uso de laxantes,
diuréticos e exercícios físicos extenuantes.
O diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma freqüência mínima de duas vezes por semana, por pelo
menos três meses.
Todos nós já sentimos arrependimento por ter comido de mais em alguma ocasião e procuramos compensar nos
dias seguintes.
A freqüência desse comportamento, sim, é que caracteriza a bulimia.
A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo o quadro.
Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da
família por muito tempo.
A bulimia nervosa acomete adolescentes um pouco mais velhas, em torno dos 17 anos. Pessoas com bulimia têm
vergonha de seus sintomas, portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde
precisam mostrar o corpo.
À medida que a doença se desenvolve, essas pessoas só se interessam por assuntos relacionados à comida, peso e
forma corporal.
TRATAMENTO
• Bulimia tem cura e o tratamento normalmente envolve aconselhamento e terapia comportamental.
Terapia de grupo, em que as pessoas com a mesma doença se reúnem e compartilham suas experiências é bastante eficaz no
tratamento de pessoas com bulimia.
• Muitas vezes, o aconselhamento é combinado com o uso de medicação antidepressiva.
• Algumas pesquisas sugerem que os antidepressivos podem reduzir alguns sintomas psicológicos da bulimia.
• Casos severos de bulimia podem exigir internação hospitalar.
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ANOREXIA NERVOSA
A anorexia nervosa é um transtorno alimentar, caracterizado pela incessante busca da magreza.
As pessoas que possuem esta patologia iniciam uma rígida e insuficiente dieta alimentar, de modo a alcançarem um baixo
peso corporal.
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As pessoas que sofrem de anorexia têm uma visão distorcida do seu corpo, o que as leva a verem-se gordas, mesmo
quando estão extremamente magras.
90% dos casos ocorrem em adolescentes e jovens adultas , na faixa de 12 a 20 anos.
É uma doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição.
Perda de peso em um curto espaço de tempo;
Alimentação e preocupação com peso corporal tornam-se obsessões;
Paragem do ciclo menstrual (amenorréia);
Depressão, ansiedade e irritabilidade;
SINTOMAS
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Exercícios físicos em excesso;
Isolamento progressivo da família e amigos;
Comer em segredo e mentir a respeito da comida;
Pesar-se todos os dias;
Iniciar jejuns que duram semanas;
Contar calorias;
Isolamento social e dificuldade para namoros e vida sexual.
CAUSAS
Diversos fatores favorecem o aparecimento da doença: predisposição genética, o conceito atual de moda que determina a
magreza absoluta como símbolo de beleza e elegância, a pressão da família e do grupo social e a existência de alterações
neuroquímicas cerebrais, especialmente nas concentrações de serotonina e noradrenalina.
COMPLICAÇÕES MÉDICAS
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Desnutrição e desidratação.;
Hipotensão;
Anemia;
Redução da massa muscular;
Intolerância ao frio;
Motilidade gástrica diminuída;
Amenorréia;
Osteoporose;
Infertilidade em casos crónicos.
TRATAMENTO
O primeiro objetivo do tratamento é acabar com o ciclo de ingestão compulsiva, seguida de manobras purgativas ou de jejum
prolongado.
1. Restauração de peso normal/razoável
• menstruação e ovulação normalizada (mulheres);
• função sexual e níveis hormonais normais (homem);
• desenvolvimento físico e sexual normal nas crianças e adolescentes.
2. Motivação do paciente para recuperar hábitos e comportamentos alimentares saudáveis e participar no tratamento;
3. Corrigir pensamentos, sentimentos e atitudes disfuncionais relacionadas com a desordem;
4. Corrigir sequelas biológicas e psicológicas da desnutrição;
5. Tratamento de condições psiquiátricas associadas;
6. Garantir suporte e aconselhamento familiar;
7. Prevenir recaídas.
CONSEQUENCIAS
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Artrites;
Perturbações de ossos;
Depressão;
Pensamentos suicidas;
Diabetes tipo II;
Dificuldade em engravidar;
Problemas respiratórios;
Colesterol total bastante elevado.
CARACTERÍSTICAS DO DOENTE
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Comer às escondidas;
Comer muito e muito rapidamente, ainda que sem apetite;
Comer até «não poder mais»;
Ingerir uma quantidade anormal de alimentos num curto espaço de tempo;
Ingerir sobretudo alimentos com alto valor calórico;
Evitar encontros sociais, em especial aqueles que envolvam refeições;
Obesidade.
VIGOREXIA
Transtorno psiquiátrico caracterizado pelo culto ao corpo, com um obsessão por torná-lo musculoso, nunca se
satisfazendo com o estado alcançado (Transtorno dismórfico corporal)
• Acontece mais aos homens, pois eles preocupam-se em ficar fortes a todo o custo.
• Mesmo quando passam horas e dias inteiros no ginásio e são bastante musculados, eles vêem-se magros e fracos.
• As pessoas que sofrem deste problema tem pensamentos obsessivos, e todos eles executam alguns rituais
repetitivos diante do espelho, onde a sua mente lhes mostra uma imagem distorcida da realidade.
• As principais características deste distúrbio são a vergonha do seu próprio corpo e a utilização de fórmulas
"mágicas" para ficarem mais fortes (anabolizantes, esteróides, etc.). Estas pessoas são obcecadas com algumas
partes dos seus corpos e passam imenso tempo à frente do espelho.
CONSEQUENCIAS – VIGOREXIA
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A Vigorexia tem conseqüências muito graves, como, a insônia, falta de apetite, problemas circulatórios,
irritabilidade, redução dos níveis de testosterona, desinteresse sexual, fraqueza e cansaço constantes, dificuldade de
concentração, problemas de fígado, problemas nos ossos e nas articulações devido ao peso excessivo no treino.
ALGUMAS COMPLICAÇÕES
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Nos tendões, ossos e ligamentos;
Impotência sexual;
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Danos renais e hepáticos (cirrose e câncer);
Risco aumentado de AVC;
Virilização em mulheres;
Ginecomastia e atrofia dos testículos em homens;
Depressão.
Na atualidade, esses produtos são largamente consumidos por atletas profissionais ou não, levantadores de peso e
adeptos do fisiculturismo, além do emprego por aqueles à cata de melhorar a aparência ou adequá-la aos padrões
estéticos vigentes.
ALONGAMENTO E RELAXAMENTO
Alongamento e relaxamento traz equilíbrio mental, físico e espiritual aos praticantes
Alongar com saúde e relaxar com eficiência. Especialista diferencia as duas atividades e explica como aplicar as técnicas
corretamente.
Quando o assunto é alongar, muitos associam a palavra ao simples ato de aquecer o corpo antes do treino, assim
como relaxar, possui o sentido de diminuição de tensão corporal. Para o professor de Prescrição de Exercício Físico e
Ginástica da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Abdallah Achour, não é fácil definir os dois termos, pois são mais
complexos do que se imagina. “Muitas pessoas erram em usar os mesmos exercícios para alongar e relaxar. O alongamento é
uma descontração muscular, ou seja, um relaxamento muscular e por isso as pessoas confundem. No alongamento você
relaxa os músculos, mas é diferente do relaxamento”, explica o professor, ressaltando que “o relaxamento é a concentração
na percepção do nosso corpo. Relaxar é sintonizar o corpo e mente. Um bom exemplo são as aulas de Ioga e Tai Chi Chuan”.
Alongar para relaxar
O principal benefício do alongamento é o desenvolvimento da flexibilidade. Diferente do que as pessoas pensam, alongar 20
segundos não quer dizer ser flexível. Se tornar flexível, é desenvolver a flexibilidade do corpo através do aumento gradual do
tempo e intensidade do alongamento. Sabe aquele desconforto que é uma das principais queixas na hora de alongar? É esse
incômodo comum que controla a intensidade do alongamento. Porém, é preciso diferenciar desconforto de dor. O
desconforto é um incômodo sem sinais de ruptura dos músculos. Normalmente, ocorre pelos músculos estarem “frios”. Para
o professor Abdallah, as pessoas precisam entender que dor e desconforto são sensações diferentes para evitarem lesões.
“O alongamento por si só não previne lesões. O que ajuda na prevenção de lesões é ter flexibilidade corporal. Além disso, é
preciso ficar atento, pois dor e desconforto são sensações diferentes” explica o professor, afirmando que “a dor de
contratura ajuda no alongamento, agora a dor de contusão pode piorar o estado da lesão ao realizar a atividade”. Para ele, o
ideal é alongar de 40 a 60 segundos e aceitar o desconforto para ampliar o resultado do alongamento. Para não ter um
alongamento monótono, seja antes ou depois do treino, o ideal é apostar em associar os exercícios aeróbios com a atividade.
O aluno pode optar em uma corridinha, pausar e alongar; realizar saltitos, pausar e alongar; entre outros. Se o objetivo for
aquecimento para diminuir a rigidez dos músculos, o alongamento estático é o mais indicado, pois aumenta a temperatura
do corpo. Já se o foco for relaxar ou desenvolver a flexibilidade, o ideal é um alongamento mais dinâmico.
Relaxar para alongar
O relaxamento não serve apenas para diminuir o estresse corporal. A atividade serve para se perceber o estado mental de
cada praticante. As academias ainda não se familiarizam com a prática de relaxamento, mas a atividade é ideal para renovar
a energia mental dos alunos. Essa sintonia entre o corpo e mente realizada pelo relaxamento pode ser desenvolvida de
diversas formas pelo professor de Educação Física. O professor pode optar em colocar os alunos sentados, deitados ou até
mesmo andando em uma sala com uma música tranquila ao fundo. Sendo assim, os alunos começam a se atentar na própria
respiração, que normalmente passa despercebida com todos os sons que existem ao nosso redor. Para o professor Abdallah
a maior conectividade entre a mente e o corpo é a respiração. “A respiração tem conexão com a emoção. Ouvindo a
respiração é possível ampliar os pensamentos e termos consciência deles. No dia a dia, só pensamos no que vemos.
No relaxamento, é possível desenvolver os nossos sentimentos e emoções”, explica o professor. Para ele, o relaxamento é
capaz de diminuir a tensão muscular e ao mesmo tempo trabalhar a ação mental do aluno. Em um mundo de stress,
melancolia e depressão, quanto mais consciência do corpo as pessoas tiverem, menos serão os desgastes na hora de realizar
as tarefas do cotidiano.
CONCEITUAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA SEGUNDO DIVERSOS AUTORES
Dalkey y Rourke - É um sentimento pessoal de bem-estar, de satisfação/insatisfação com a vida ou de felicidade/infelicidade.
Shiny e Johnson - É a posse dos recursos que se necessitam para a satisfação das necessidades, os desejos, a participação em
atividades que tornem possível o desenvolvimento pessoal e auto-atualização e comparação satisfatória dele mesmo com os
outros.
Viney e Westbrook - É um conceito multidimensional e complexo referente a uma maneira em que os pacientes fazem
significativas suas experiências.
ATIVIDADE FÍSICA
De acordo com MALINA e LITTLE (2008) a atividade física é um comportamento ou mais apropriadamente uma série de
comportamentos corporais produzidos pela musculatura esquelética. O movimento é o substrato da atividade. As atividades
físicas envolvem uma série de comportamentos que podem ser abordados através de diversas perspectivas. Na atualidade a
área de saúde pública e a biomedicina tendem a conceber a atividade física em termos de gasto energético.
O CONFEF (2002) adota o seguinte conceito:
“Atividade física é todo movimento corporal voluntário humano, que resulta num gasto energético acima dos níveis de
repouso, caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos.
Trata-se de comportamento inerente ao ser humano com características biológicas e sócio-culturais. No âmbito da
Intervenção do Profissional de Educação Física, a atividade física compreende a totalidade de movimentos corporais,
executados no contexto de diversas práticas: ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais,
danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento
corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais.” (CONFEF, 2002)
BIZE, JOHNSON e PLOTNIKOFF (2007) sugerem que é consistente a associação positiva entre qualidade de vida e
atividade física, porém uma afirmação definitiva sobre o assunto ainda tem evidências limitadas. Há indícios consistentes de
que altos níveis de atividade física estão relacionados à indicadores mais altos e melhores em várias dimensões da qualidade
de vida. Contudo, esta associação apresenta variação e não é possível explicar esta relação através de uma lógica causal. Os
autores também afirmam que determinadas formas de atividade física parecem ter uma relação mais positiva com a
qualidade de vida do que outras, e ressaltam a necessidade premente de aprimorar os métodos de pesquisa nesta área.
Atividade Física e Saúde: Sinônimos?
A atividade física é colocada na sociedade contemporânea como uma ponte segura para melhores situações de
saúde. É uma função bastante ampla atribuída a um único conceito, sintetizando a abrangência das inúmeras conseqüências
do mesmo sobre o organismo humano. Logo, esse termo acaba por ser utilizado de maneira generalizante, pois é possível
que seja direcionado tanto ao controle do estresse, assim como a uma prática anti-sedentária, como também para fins
estéticos ou de melhora de performance atlética (Lovisolo, 2002).
Como definição do termo Atividade Física, apresenta-se:
Toda e qualquer ação humana que comporte a idéia de trabalho
como conceito físico. Realiza-se trabalho quando existe
gasto de energia. Esse gasto ocorre quando o indivíduo se
movimenta. Tudo que é movimento humano, desde fazer sexo
até caminhar no parque, é atividade física (Carvalho, 2001,
p. 69).
Carvalho (2001) denuncia a existência de um mito na sociedade contemporânea que associa atividade física com
saúde, promovido especialmente pelos meios de comunicação.
Nesse contexto, a idéia de que atividade física está diretamente relacionada com uma boa saúde é literalmente
vendida,segundo a autora, como uma prática generalizante e que cultua estereótipos de boa forma física e de saúde. É
preciso considerar atividade física como fator de função coadjuvante no processo de melhora da saúde, pois, como já
descrito nesse trabalho, a saúde é um complexo de vários componentes que interagem e exercem influência sobre o
resultado final.
Faz-se necessária certa reflexão (Lovisolo, 2002): Qualquer tipo de atividade física é benéfico para a manutenção da
saúde? A mesma forma de atividade física serve tanto para diminuir o estresse quanto para proporcionar melhora de
performance atlética? A simples ausência de sedentarismo
garante um bom quadro de saúde?
Nahas (2001) classifica que um sujeito sedentário é o que não produz gasto energético mínimo de 500 Kcal/semana,
ou seja, que não pratique atividade física por 30 minutos, cinco vezes por semana.
O simples e direto anti-sedentarismo como ponte para uma boa saúde estabelece que qualquer forma de
movimento corporal seja benéfica, desde que compreenda 30 minutos do dia do sujeito. Isso pode ser considerado um
equívoco, pois existem diversas práticas de atividade física, desde caminhadas leves até trabalhos com peso ou um
treinamento intenso de um triatleta, com efeitos diversos sobre o organismo, assim como seu benefício ou malefício à saúde
(Lovisolo, 2002).
Ao levar em consideração a multiplicidade de formas de atividade física e suas conseqüências para o bem-estar do
sujeito, é necessário que essa prática seja adequada às condições e expectativas individuais para a manutenção ou melhoria
dos quadros de saúde, assim como o local, os processos, as condições biológicas do indivíduo e o ambiente em que ocorre.
Por isso, a concepção de anti-sedentarismo, que orienta para que o indivíduo se movimente independente da forma de
atividade, aponta para um passo inicial para campanhas pró-atividade física, mas não o trabalho suficiente.
O ideal, para um estilo de vida tido como saudável, seria a adoção de práticas de atividade física sistematizada,
considerando toda a condição de vida e saúde do sujeito. Porém, como nem tudo acontece próximo do ideal, o que se
observa na sociedade contemporânea é uma realidade pautada pelo acesso um tanto quanto restrito dessa forma de prática
a algumas camadas da sociedade, devido a critérios socioeconômicos.
Por isso, a questão do sedentarismo apresenta um quadro no qual a idéia de movimentar-se, independente da
forma e processos adotados, tenha certa validade e impacto positivo sobre a saúde dos sujeitos, incorporando, infelizmente,
o sentimento de que é melhor isso do que nada.
Por outro lado, Lovisolo (2002) atenta para o fato de que classes socialmente privilegiadas também apresentam
altos índices de sedentarismo, mesmo com a divulgação de formas de estilo de vida saudável. Dessa forma, para a inserção
da atividade física como fator de influência positiva sobre condições de saúde, é preciso, além de condições e modo de vida
favoráveis, prontidão do sujeito para a inserção dessa prática de forma periódica no estilo de vida.
Autores como Nahas (2001) e Lovisolo (2002) salientam diferenças entre formas de atividade física (exercício e atividade,
práticas leves e intensas, treinamento e prática voltada ao bem-estar), que se fazem importantes devido aos diferentes
impactos causados pelas variadas formas de práticas sobre o organismo e também sobre o convívio social dos sujeitos.
Os diferentes tipos de atividade física caracterizam uma heterogeneidade perante o sentido e efeitos de sua prática.
Esse quadro fundamenta o risco em generalizar afirmações referentes à relação atividade física e saúde, pois, por exemplo,
atividades voltadas à melhora de performance, visando um trabalho físico próximo do patamar de limite de realização do
sujeito, não se fazem interessantes para um indivíduo sedentário iniciante em atividade física, podendo até gerar um
impacto negativo sobre sua saúde (Nahas, 2001; Weineck, 2003).
Ao relacionar atividade física e saúde é preciso considerar o contexto sujeito - aptidão física - sentido e objetivos da
prática, para que a atividade seja adequada às condições e intenções do praticante.
É possível afirmar que existe uma relação muito íntima entre a prática constante de atividade física e a condição de
saúde, porém essa associação só se dá de forma positiva se ambas forem compatíveis entre si e com a realização praticado
sujeito e seus objetivos, não esquecendo que a saúde é um todo complexo que engloba inúmeros fatores, dentre eles, a
atividade física.
Nesse quadro, o profissional de Educação Física e esporte atua diretamente sobre o estilo de vida dos sujeitos,
promovendo práticas saudáveis e periódicas de atividade física. Porém, existe a necessidade de considerar as condições de
vida dos indivíduos praticantes, promovendo práticas adequadas às suas possibilidades de acesso a bens materiais, e sempre
que possível, auxiliar na melhora dessas variáveis.
Intervenções sobre a Qualidade de Vida de um sujeito ou de um grupo lidam com a melhora do bem-estar e,
principalmente, com a possibilidade de autonomia por parte do indivíduo (Vilarta; Gonçalves, 2004). A proposta de atividade
física como uma forma de melhoria do bem-estar e Qualidade de Vida exige atenção do profissional tanto em relação ao
impacto desta sobre a saúde clínica quanto social e emocional, pois a autonomia pessoal é fruto de boa condição de saúde,
relacionamentos pessoais e capacidade de realização prática das expectativas individuais.
É necessário salientar uma relação complexa entre Qualidade de Vida, saúde e atividade física, que se expressa
numa análise dos objetivos, possibilidades, condições de vida e de realização do sujeito, adequando a prática ao estilo de
vida de forma consciente e positiva à saúde clínica, emocional e social.
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