LIMITES E RESISTÊNCIA DE UMA TEORIA ARISTOTÉLICA DO POÉTICO Mestranda: Ariana Zilioti (UNIFESP) [email protected] Orientadora: Prof. Dra. Leila de Aguiar Costa Resumo: O presente projeto consiste em elaborar uma teoria aristotélica do poético a partir de um estudo detalhado da Poética de Aristóteles, teoria essa a ser analisada através de algumas peças de teatro ditas clássicas na nossa sociedade ocidental. Para tanto, fez-se necessária uma incursão em outros textos do autor nos quais conceitos fundamentais desta obra, como ação, mimeses, catarse, potência, unidade, causas material, formal e final são elaborados, de modo a tentar cernir o pensamento do autor acerca da poesia. Considerando a unidade de ação proposta pelo filósofo como ponto fundamental da referida teoria, examiná-la-emos, neste momento, a partir de O homossexual ou a dificuldade de se expressar do autor franco-argentino Copi. Nesta peça com um falso título de conferência, o autor, ainda pouco conhecido no Brasil, retorce os códigos do vaudeville ao elaborar um texto vertiginoso, de difícil classificação, que, tramado a partir de uma sequência de reviravoltas, nos é apresentado como um ritual arrebatador em que as “personagens-marionetes” acabam por sempre se auto sacrificarem – tema conhecido da tragédia. É a partir da análise desta peça contemporânea que objetivamos verificar certa resistência, bem como os limites de alguns conceitos aristotélicos elaborados ainda na Antiguidade. Palavras-chave: poética; Aristóteles; unidade de ação; teatro contemporâneo; Copi. II Seminário de Estudos Linguísticos e Literários – SELL – PPG Letras – UNIFESP – 2016 17