UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM MBA GESTÃO EMPRESARIAL AUGUSTO GLAUCHE JAROSZEWSKI A MARCA CEJATEL NO MERCADO INTERNO: UM ESTUDO DE CASO NO RS CRICIÚMA, FEVEREIRO DE 2008 1 AUGUSTO GLAUCHE JAROSZEWSKI A MARCA CEJATEL NO MERCADO INTERNO: UM ESTUDO DE CASO NO RS Monografia apresentada a Diretoria de PósGraduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC, para a obtenção do título de especialista em Gestão Empresarial. Orientador: Prof. Dr. Abel Corrêa de Souza CRICIÚMA, FEVEREIRO DE 2008 2 Ao Sr. Antonio Jaroszewski Filho (in memoriam), pai, amigo e mestre. As mulheres da minha vida Sra. Myrta, mãe e exemplo, Graziela, esposa e cúmplice, Niege e Vivian, irmãs e almas gêmeas. Ao irmão que escolhi, Rodrigo. Ao “mestre” Abel pela orientação. E a Deus, senhor de todos nós. 3 RESUMO O objetivo desse estudo é descrever e analisar os principais fatores relacionados à influência da marca Cejatel no baixo desempenho de vendas no estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma pesquisa Quali-Quantitativa, de Campo e Participação por Observação, restrita as lojas Melson Tumelero da Grande Porto Alegre. Os resultados demonstram que a marca tem pouca influência no baixo desempenho e que a variável preço é o grande motivo da vendas aquém do esperado, muitas vezes potencializada pelos próprios vendedores das lojas. Recomenda-se um estudo aprofundado, por parte da Cejatel, com foco na questão preço e extensivo a outras redes do Rio Grande do Sul como REDEMAC, HERVAL e QUERO-QUERO para avaliar a real influência deste fator no desempenho de vendas. Palavras chave: Marca; Marketing; Vendas. 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................05 1.1 Contextualização da empresa e justificativa.................................................05 1.2 Tema .................................................................................................................06 1.3 Problema ..........................................................................................................06 2 OBJETIVOS .........................................................................................................07 2.1 Objetivos gerais...............................................................................................07 2.2 Objetivos específicos......................................................................................07 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...........................................................................08 3.1 Definições de marketing .................................................................................08 3.1.1 Necessidades................................................................................................11 3.2 Definições de marca........................................................................................13 3.2.1 História das marcas......................................................................................15 3.2.2 A influência da marca na decisão de compra ............................................16 4 METODOLOGIA E DELIMITAÇÃO DA PESQUISA............................................19 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS.....................................................21 5.1 Observação sistemática..................................................................................21 5.1.1 Resultados ....................................................................................................22 5.2 Questionário ....................................................................................................25 5.2.1 Resultados ....................................................................................................26 6 CONCLUSÃO ......................................................................................................36 ANEXO....................................................................................................................39 APÊNDICES............................................................................................................42 5 1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização da empresa e justificativa Em 2001, a Cejatel Revestimentos Cerâmicos Ltda, até o momento produtor de telhas de argila desde 1975, adquire a Cerâmica Barcelona, uma fábrica de pisos cerâmicos, e estabelece a San Marcos Revestimentos Cerâmicos Ltda utilizando-se agora, também para a comercialização de seus pisos, da mesma marca CEJATEL. Desde o princípio a San Marcos Revestimentos Cerâmicos dedicou-se a produção de pisos de baixo valor agregado, atendendo as demandas das classes B e C de consumo, sem nunca ter investido em Marketing para a divulgação de sua marca de pisos. Localizada a aproximadamente 148 Km do estado do Rio Grande do Sul e a 348 Km de Porto Alegre, a empresa vem acumulando, nos últimos 2 anos, perda de participação no mercado interno e principalmente gaúcho, acumulando uma queda de cerca de 15% em suas vendas. Entre Janeiro de 2004 e Janeiro de 2007, o ramo da construção civil no Brasil apresentou um crescimento acumulado de 12,7% (ANFACER, 2007), 2,6% acima do crescimento do PIB do Brasil no mesmo período (FOLHAONLINE, 2007). Juntamente ao crescimento da Construção Civil, evidencia-se o crescimento proporcional do Setor de Revestimentos Cerâmicos que, no mesmo período, acumulou um crescimento de 11,12% nas vendas e 13,37% na produção. Esse estudo vem ao encontro da questão da performance de vendas inferior à projetada para o mercado gaúcho da marca Cejatel e busca identificar se a marca influencia a decisão de compra do consumidor final. Importante salientar, mais uma vez, que durante 25 anos a CEJATEL esteve presente no mercado do sul do Brasil como produtora de telhas, somente. Desde 2001 passa a vender pisos com a mesma marca, sem nunca ter se perguntado da real influência do nome CEJATEL na venda de seus pisos. Nos últimos 2 anos tem caminhado na contra mão do mercado da construção civil e vem perdendo participação em todos os mercados os quais atua internamente, principalmente o Rio Grande do Sul. 6 1.2 Tema A marca CEJATEL no mercado interno: um estudo de caso no RS. 1.3 Problema A performance de vendas inferior à esperada no Rio Grande do Sul está relacionada à marca CEJATEL? 7 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivos gerais Verificar a influência da marca na decisão de compra de revestimentos cerâmicos do cliente. 2.2 Objetivos específicos 1. Revisar literatura referente à Marca e a influência da mesma na decisão de compra do cliente. 2. Contextualizar a empresa CEJATEL. 3. Justificar o tema escolhido. 4. Verificar se o consumidor relaciona CEJATEL a pisos ou telhas ou se desconhece a marca. 5. Identificar se há influência negativa da marca CEJATEL na performance de vendas na rede Melson Tumelero. 6. Verificar o comportamento dos vendedores das lojas Melson Tumelero referente à oferta de produtos no momento da venda. 7. Verificar o comportamento do consumidor nas lojas Melson Tumelero com relação à escolha da marca no momento da compra. 8 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 Definições de marketing Não é raro confundir marketing e publicidade, limitando a atividade daquele a esse simples aspecto. Segundo Cobra (1997, p. 32): A adoção do marketing na realidade brasileira ainda não é total (...). O marketing não é um fenômeno recente, pois é entendido e praticado como tal no Brasil há quatro décadas. E mesmo assim ainda é confundido por muita gente com propaganda ou com venda, exclusivamente. Na realidade marketing seria todo um conjunto de atividades de relação da marca (empresa) com o cliente (mercado). Kotler (2000) define claramente no composto de comunicação de marketing, que publicidade é somente um dos cinco importantes modos de comunicação juntamente com propaganda, promoção de vendas, venda pessoal e marketing direto. Segundo o pai da administração, Drucker (1986), uma vez que o propósito do negócio é criar um cliente, o negócio tem somente 2 funções básicas: Marketing e Inovação. Marketing e Inovação produzem resultados; todos os demais são custos. Partindo-se dessa premissa, o objetivo fim da atividade de Marketing deve ser a obtenção de resultados, e, invariavelmente, resultados tangíveis, entenda-se incremento do lucro, atividade fim de toda empresa com fins lucrativos. Duailibi e Simonsen, Jr. (apud FERREIRA 2003, p. 19) definem o Marketing como "o conjunto de atividades que se destinam a otimizar o lucro de uma empresa, assegurando sua sobrevivência e expansão". Já Kotler (2000, p.30) define como um “processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. Toda relação de troca parte do princípio da satisfação de necessidades e desejos (KOTLER, 2000), sendo a necessidade a percepção, o sentimento da falta de algo e o desejo um fator psicológico da vontade de possuir algo (COSTA; TALARICO, 1996). Dentro desse contexto encontra-se a marca, identidade de uma empresa e ferramenta imprescindível ao crescimento e sucesso da organização. 9 Uma boa marca, como Ferrari e Louis Vuitton, é capaz de criar desejos, despertar o consumo. Uma boa ou má escolha de uma das partes do conjunto da marca como nome, símbolo ou design (COSTA; TALARICO, 1996), pode contribuir fortemente para o sucesso ou fracasso do negócio. Cobra (1997, p. 206) defende 10 critérios cruciais que devem ser levados em conta quando da escolha da marca: 1. Compreensão por parte dos consumidores em geral, sem margens de dúvidas, e se possível curta. 2. Eufonia, facilidade de se pronunciar, soletrar e de ler. 3. Expressividade, reconhecimento e memorização fáceis. 4. Associação à imagem do produto. 5. Eficácia para a publicidade, sendo adaptável a qualquer veículo ou meio de divulgação. 6. Desvinculação de tempo ou de época, para não ficar ultrapassada 7. Adaptabilidade as necessidades de embalagem e rotulagem. 8. Disponibilidade para uso (que não esteja sendo usada por outra firma). 9. Ausência de conotações obscenas, ofensivas ou negativas, sendo, ao contrário, sugestiva. 10. Pronúncia em todas as línguas (para produtos destinados a exportação). Como citado por esses autores, a marca pode sim influenciar, mas, certamente, a completa gestão (planejamento, execução, controle) de marketing é que vai definir, de maneira mais precisa, o futuro da organização. Para Churchill et al (2000) a gestão de marketing trata da execução de atividades facilitadoras da implementação e controle de planos e estratégias de marketing na empresa, com o objetivo fundamental de criar valor aos clientes e incrementar o lucro. Por planos e estratégias entende-se (Churchill et al, 2000, p. 19): [...] documentos criados por organizações para registrar os resultados e conclusões das análises ambientais e detalhar estratégias de marketing e os resultados pretendidos por elas. [...] inclui formulação de objetivos de marketing, análises de clientes e mercados e compostos de marketing sugeridos para atingir os objetivos. 10 Para Cobra (1990) o plano de marketing identifica as melhores oportunidades no mercado e a maneira de atingi-las. É a base de todo o planejamento empresarial e ferramenta de integração de todos os elementos da empresa como marca, produto, preço, embalagem, publicidade, propaganda, relações públicas e assistência técnica. Como todo planejamento deve estar em constante mudança de maneira a manter-se atualizado ao mercado. A incorporação da filosofia de Marketing na gestão empresarial é considerada por muitos autores como chave de sucesso de uma empresa voltada ao mercado. Para Ferreira (2006) ela permitirá adaptação às constantes mudanças do ambiente, melhoria nos resultados e manutenção da satisfação de clientes. Ainda para o mesmo autor, essa orientação para o mercado (consumidor) deve obrigatoriamente ser feita de maneira a levar as informações relevantes do mercado para toda organização. É o mercado que deve definir o Mix de Marketing da empresa e não o inverso. Kotler (2000, p. 37) define Mix de Marketing como sendo “o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing e mercado-alvo”. O mesmo autor diz que mercado-alvo é resultado da segmentação do mesmo, de um esforço para aumentar a precisão do marketing e fruto da análise de diversas características mercadológicas (demográficas, comportamentais, econômicas, dentre outras), que leva a empresa a escolher qual segmento de mercado oferece melhores possibilidades dentro dos recursos disponíveis. A segmentação pode ter 4 níveis: 1. Marketing de segmento 2. Marketing de nicho 3. Marketing local 4. Marketing individual Dentro desta filosofia de empresa voltada ao mercado, Cobra (1997) entende os 4 P’s do Mix de Marketing, Produto, Preço, Praça e Promoção, da seguinte maneira. O Produto é dito certo quando atende as necessidades e desejos de seus consumidores alvo, está posicionado (Ponto) junto ao seu mercado consumidor, sendo transferido ao Preço certo e Promovido de maneira a incentivar a venda. 11 3.1.1 Necessidades Cobra (1997) entende que há uma diferença grande entre estimular o consumo e maximizar a satisfação do consumidor e que o marketing não cria hábitos de consumo, mas sim desperta e busca satisfazer as necessidades que muitas vezes as pessoas têm, mas não percebem. A motivação do consumo baseia-se nessas necessidades e ambos, motivação e necessidades, diferem de pessoa para pessoa. Kotler (2000) diz que pessoas possuem diversas necessidades em qualquer momento e que as necessidades, quando possuem altos níveis de importância, levam a pessoa a agir, no caso desse estudo, comprar. A partir desse momento, as necessidades tornam-se motivos, ou seja, fonte motivacional do agir dos consumidores e cada produto cria motivos únicos nos consumidores. Segundo a pirâmide das necessidades de Maslow, as necessidades são postas em ordem hierárquica sendo que as Fisiológicas (sede, fome, sexo, sono, dentre outras) têm prioridade sobre as demais (Segurança, Amor e Afeição, Estima e Ego, Auto-realização). Logo, produtos que atendam as necessidades primárias (Fisiológicas) são mais facilmente aceitos. É importante que o profissional de marketing entenda em que nível hierárquico encontra-se seu produto para posicionálo devidamente e entender as reações do mercado. Para Kotler (apud COBRA, 1990, p. 201): Entender o comportamento do consumidor do mercado-alvo é a tarefa essencial do administrador de marketing, pois o mercado de consumo é constituído de todos os indivíduos e domicílios que compram ou adquirem produtos e serviços para consumo pessoal. Ainda para Kotler (2000, p. 43) “uma empresa pode identificar seu mercado-alvo, mas falhar em compreender com exatidão as necessidades dos clientes”. Da mesma maneira que Cobra (1997), também defende que muitos clientes não têm plena consciência de suas necessidades ou não conseguem ter clareza das mesmas. Cabe ao profissional de marketing sondar esta necessidade, ou necessidades, e definir, da maneira mais precisa possível, a ação ou conjunto de ações apropriado. Novamente o mesmo autor, classifica as necessidades em cinco tipos. 12 Imagine-se a situação de que o cliente deseja um carro barato, as necessidades seriam: 1. Necessidades declaradas (o cliente quer um carro econômico). 2. Necessidades reais (o cliente quer um carro cujo custo de manutenção seja baixo, não seu preço inicial). 3. Necessidades não-declaradas (o cliente espera um bom atendimento por parte do revendedor) 4. Necessidades de “algo mais” (o cliente gostaria que o revendedor incluísse um mapa rodoviário como brinde) 5. Necessidades secretas (o cliente quer ser visto pelos amigos como um consumidor inteligente) Como citado, o próprio consumidor muitas vezes não tem clareza da situação e Kotler (2000) afirma que é justamente a maneira como o consumidor percebe a situação que vai levá-lo a agir desta ou daquela maneira. Para Berelson & Steiner (apud KOTLER 2000, p. 195) “percepção é o processo por meio do qual uma pessoa seleciona, organiza e interpreta as informações recebidas para criar uma imagem significativa do mundo”. O dito popular de que não se deve ir ao supermercado com fome, faz sentido se analisados os comentários de Kotler sobre a percepção, motivação e ação e o estudo de Maslow sobre as necessidades. As necessidades primárias, como já comentado, têm prioridade sobre as demais. Assim, é de se esperar que uma pessoa que vá ao supermercado com um nível alto de fome (necessidade), tenda a agir motivada pela fome (motivo), que nesse dado momento é mais importante que qualquer outra coisa. Dependendo da maneira como o consumidor percebe a situação ele poderá tender a comprar mais alimento do que o necessário ou confundir a simples necessidade de saciar a fome com “desejos” de comer (e aqui se entenda comprar) chocolates, sorvetes, iogurtes, balas ou queijos, por exemplo. Segundo Kotler (2000) as pessoas são expostas diariamente a uma série de estímulos (motivos) e tendem a filtrá-los de acordo com o seu entendimento do que realmente necessitam e do que é supérfluo. Cabe ao profissional de marketing estudar qual estímulo seu publico perceberá. Estudos concluem que os estímulos com maior probabilidade de serem percebidos são aqueles relacionados a necessidades atuais, a necessidades que o consumidor antecipa ou estímulos que 13 diferem do normal. Ainda concluem que mesmo os estímulos percebidos podem ser “alterados”, distorcidos pelo consumidor como forma de adaptá-lo aos seus princípios, pré-julgamentos e que o consumidor tende a lembrar mais dos estímulos relacionados aos produtos que gosta em detrimento daqueles que não são de sua preferência. Vale a ressalva de que toda organização apresenta limitações, sejam elas de ordem tecnológica ou econômica. Isso deve levar a entender-se que o atendimento das necessidades ditadas pelo mercado (que se alteram constantemente) será feito dentro das capacidades da empresa, mediante planejamento estratégico ou adaptação do existente. É erro comum de várias organizações adaptar a etapa Execução ao invés da etapa Planejamento. Não raramente orçamentos de despesas/investimentos são estourados e um grande motivo é a má leitura dos movimentos do mercado e adaptação do planejamento da empresa aos mesmos. 3.2 Definições de marca COCA-COLA, FERRARI, TIM, PETROBRAS, OMO, NESTLÉ, GILLETTE, CASAS BAHIA. Apesar de esses nomes representarem variados segmentos, todos eles possuem algo em comum: o fato de definirem claramente um produto. Não somente isso, alguns deles – apesar do portfólio muitas vezes extenso – praticamente confundem-se com o próprio produto, os chamados Top of mind, como no caso da GILLETTE que virou sinônimo de lâmina de barbear, ou do OMO ligado ao sabão em pó. Senão veja-se: - GOOGLE: Site de busca - COCA-COLA: Refrigerantes - FERRARI: Carros esportivos - TIM: Telefonia móvel - PETROBRÁS: Combustíveis - OMO: Sabão em pó - NESTLÉ: Alimentos - GILLETTE: Lâmina de barbear - CASAS BAHIA: Varejo de móveis e eletrodomésticos. 14 Marca é uma tradução do termo inglês “Brand” que se origina do Norueguês arcaico “Brandr” que significa queimar, forma como os fazendeiros marcavam seus animais para identificá-los (STRUNCK, 2001). O termo “Branding”, ainda hoje utilizado nos países de língua inglesa com o mesmo significado anteriormente mencionado, refere-se no campo da administração a “construção de uma marca junto ao mercado [...] por ações que posicionam a marca e divulgam a marca”. (BRANDING, 2007). Para Cobra (1990 p.346), “marca é um nome, um sinal, um símbolo, ou design, ou uma combinação de tudo isso, com o objetivo de identificar produtos ou serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e diferenciá-los de seus concorrentes.” O Branding é algo que, invariavelmente, leva anos e representa milhões de dólares de investimentos em campanhas publicitárias em nível nacional e/ou mundial. Exemplo disso é a CASAS BAHIA, líder do ranking de investimentos publicitários no Brasil, que tinha planos de investir, só no primeiro semestre de 2007, R$ 1,08 bilhão. Para Churchill et al (2000 p. 250) “a marca deve indicar os benefícios do produto [...] ser positiva, distintiva, fácil de lembrar [...] e de traduzir-se para falantes de outras línguas”. Dir-se-ia que marca é quase que um elo entre o cliente e o produto. Quando da criação da marca, devem-se ter claramente quais informações se deseja transmitir ao cliente e se através da marca o objetivo será alcançado. Gobé (apud ALMEIDA, 2006) refere-se inclusive ao “diálogo emocional” entre a marca e o consumidor e a maneira como o design da marca é capaz de provocar emoções nas pessoas. Aaker (1998) também se refere à marca dentro do contexto emocional dizendo que a marca identifica quem está por trás da oferta, mas que o importante é saber que a oferta é muito mais do que atributos e benefícios materiais. Ela inclui benefícios emocionais, de auto-expressão e sociais também. Finalmente, e similarmente a Cobra, Kotler (1991) conceitua marca como sendo nome, termo, sinal, símbolo, design ou combinação destes, destinada a identificar os bens e serviços de um vendedor ou grupo de vendedores, assim como a diferenciá-los dos da concorrência. O valor de uma marca vai depender da sua visibilidade, relevância pra o cliente, imagem e nível de fidelidade, podendo ser mensurados através de estudo junto aos clientes. É difícil quantificar financeiramente o valor de uma marca e na 15 maioria das vezes isso não tem muita importância. Entretanto, o valor da marca pode ser obtido aplicando-se um valor ao negócio direcionado pela marca e fracionando esse valor em ativos tangíveis, valor da marca e outros ativos intangíveis como distribuição e recursos humanos (AAKER 1998). Keller (Apud SLOTEGRAFF & PAUWELS), diz que o valor da marca é maior, quanto maior forem as associações favoráveis e únicas e quanto maior for a familiaridade da marca por parte dos clientes. Ou seja, não basta se lembrar da marca deve relacionar-se corretamente ao produto e de maneira positiva. Não é de se estranhar que as líderes mundiais possuam as marcas mais caras do planeta como a Google (US$ 66,4 bilhões), GE (US$ 61,8 bilhões), Microsoft (54,9 bilhões) e Coca-Cola (US$ 44,1 bilhões). (AS MARCAS, 2007). 3.2.1 História das marcas Apesar do conceito de diferenciação e identificação do produto por seus inventores através da marca ser algo utilizado há centenas de anos (STRINGHETTI, 2001) somente a partir da metade do século passado, mais precisamente em 1951 com o lendário publicitário David Ogily, é que passou a discutir-se mais profundamente sobre a questão marca. Desde produtores de porcelana Chinesa em 1300 A.C., fabricantes de tijolos do antigo Egito, até as empresas de software nos dias atuais, nota-se o interesse comum em diferenciar-se, identificando seus produtos ou serviços com nomes, logos, símbolos, cores, embalagens. Entretanto, somente séculos depois, na Idade Média, é que as “trademarks” (marcas de controle) passaram a ser utilizadas como forma de controle da quantidade e qualidade da produção. No século XVI, surgiram as marcas registradas. No século XVII notou-se a associação das marcas a gravuras de objetos, animais ou lugar de origem, muito comum nas tabernas e pubs ingleses (Pinho apud STRINGHETTI 2001). No século XVIII, mais precisamente em 1764, com a permissão do rei Luis XV, o bispo de Metz, Louis de Montmorency-Laval funda a companhia de Cristais Baccarat, uma das mais conceituadas cristalerias do mundo. Atualmente a marca conta com mais de 50 lojas no mundo. (O MUNDO, 2007). Desde o princípio aos dias atuais, a marca busca dar a empresa 16 identidade, diferenciação, busca transmitir ao mercado um conceito e valorizar o produto. 3.2.2 A influência da marca na decisão de compra Como diria Cobra (1990, p. 351) “a verdade é que se a marca não faz a venda, ajuda muito a vender. À medida que uma marca ajuda a distinguir e notabilizar um produto, mas depressa ele é vendido”. Na grande maioria das vezes depara-se, seja em supermercados, seja em lojas de roupa, perfumes, automóveis, com uma grande variedade de produtos similares e, invariavelmente, preços diferenciados. Tende-se a valorizar um produto pela sua marca e na confiabilidade que a marca transmite. Isso pode ser definitivo na hora de decidir se pagará mais ou menos por um produto, se escolherá o rosa ou o amarelo, o frasco menor ou o maior, enfim a marca pode influenciar diretamente na decisão de compra. Segundo Alsop (apud CHURCHILL et a., 2000 p. 245): Usar uma marca é uma maneira de distinguir produtos na mente de compradores potenciais. Eles podem dedicar esforço extra e gastar dinheiro adicional para comprar determinada marca. O comprometimento com a compra de uma marca específica é chamada de lealdade da marca. A maioria dos consumidores é fiel há uma marca quando compra certos produtos, entre eles cigarros (como Marlboro), maionese (Hellman’s) e paste de dente (Colgate). [...] Para outros produtos, como sacos de lixos ou ervilhas em lata, apenas cerca de um quarto dos consumidores é leal a marca. A escolha da marca é, portanto, algo subjetivo. Inclusive subjetiva é a escolha de qual linha de produtos levar-se-á em consideração a marca. Segundo Cobra (1990) consumidores reagem diferentemente a mesmos estímulos. É de se esperar que a mesma marca possa causar diferentes sentimentos em diferentes pessoas. Relembra-se mais uma vez o “diálogo emocional” citado por Gobé (apud ALMEIDA, 2006) entre a marca e o consumidor e que a mesma pode gerar emoções no consumidor que podem levá-lo a compra ou desistência/escolha por outra marca. Strunck (2001, p. 19) define claramente a escolha emocional do produto: 17 Manter um diferencial tecnológico por muito tempo é praticamente impossível. Por isso, em segmentos de mercado com produtos e serviços com desempenhos relativamente assemelhados e com preços similares, a escolha do que se vai comprar é baseada em valores subjetivos relacionados às marcas. [...] esses valores são formados por sutilezas. [...] Uma marca forte muitas vezes permite sua venda por um valor um pouco superior aos das concorrentes. [...] Uma marca forte dá ao seu possuidor três condições básicas para a sua permanência no mercado: vendas, lealdade do consumidor e lucro. Para Schiffman e Hanuk, (apud ALMEIDA, 2006), o nível de motivação do consumidor é determinado na busca de informações a respeito do produto ou serviço. Os sinais são os estímulos que direcionam os motivos. O preço, o estilo, a embalagem e a propaganda podem servir de sinais para ajudar aos consumidores a satisfazerem suas necessidades. A maneira como os indivíduos reagem a um sinal é a resposta. O reforço aumenta a probabilidade de uma resposta ocorrer futuramente. Dado o aspecto subjetivo da escolha, uma marca forte com altos índices de Share of mind pode tornar-se uma barreira competitiva no mercado e conseguir tamanha fidelidade e preferência no momento da compra a ponto de tornar-se mais definitiva que a variável preço, mesmo que o concorrente pratique um preço mais baixo. Churchill et al (2000) refere-se a decisão de compra segundo necessidades, sejam situacionais (fome, sede), influências de marketing (como propagandas) ou sociais (“todos meus amigos têm) e a busca uma maneira de satisfazê-las. Para tanto se valem de experiência própria ou experiência de terceiros (amigos), fontes públicas (como o IDEC), fonte de experimentação (manuseando, cheirando, testando produtos) e finalmente fontes de marketing (exposição da marca na mídia, mostruários, embalagens). O cliente, então, pré-seleciona algumas marcas (conjunto considerado), avalia as alternativas, o que cada uma apresenta, pesquisa preços, prazos, decide-se pela compra e avalia o pós-compra, por assim se dizer. Para Kotler (2000, p. 204) no momento da decisão de compra “o consumidor cria preferências entre as marcas do conjunto da escolha. O consumidor também forma uma intenção de comprar as marcas preferidas”. Para HEALY (apud Churchill et al 2000 p. 149). “Marcas amplamente conhecidas têm a vantagem de entrar em mais conjuntos considerados dos consumidores, em particular por meio da memória”. A Figura 1 representa esse processo. 18 Influências Influências sociais Marketing de Influências situacionais Processo de compra do consumidor Reconhecimento Busca de da necessidade informações Avaliação Decisão Avaliação das de pós-compra alternativas compra Figura 1 - Modelo de processo de compra do consumidor Fonte: CHURCHILL et al, 2000, p. 146 Cobra (1997, p. 43): É importante então para o marketing compreender as motivações que levam um consumidor a ter determinado comportamento frente a certas marcas, porque uma influência de experimentação, teste e degustação, por exemplo, pode modificar a chamada lealdade de marca do consumidor. 19 4 METODOLOGIA E DELIMITAÇÃO DA PESQUISA A pesquisa realizada foi Quali-Quantitativa, de Campo e Participante por Observação, e deu-se no início do 2º semestre de 2007 restringindo-se as lojas de Porto Alegre Matriz, Centro, Cristal, Ipanema, Ipiranga, Medianeira, Shopping Total, Moinhos de Vento e Partenon da rede Melson Tumelero. A amostragem foi nãoprobabilística e acidental e a população, de 200 pessoas. O instrumento de coleta utilizado foi a observação sistemática no momento da abordagem ao cliente pelo vendedor da loja e entrevista aos clientes através de questionário com perguntas fechadas e de múltipla escolha. Os dados foram tabulados e apresentados utilizando-se das ferramentas do Microsoft Excel. A utilização dos dois instrumentos, observação e entrevista através de questionário, baseou-se no seguinte princípio explicado por Cobra (1990, p. 164): A técnica de observação encontrou uso importante na pesquisa mercadológica advinda da pesquisa científica. É utilizada particularmente na avaliação das respostas dadas pelo método de entrevista com uso de questionário, mas é de grande utilidade para auditoria de estoques, registro e observação de comportamento de compra no ponto de venda. A entrevista através de questionário realizou-se de maneira pessoal e na entrada das lojas, com o fim de evitar que o entrevistador e o produto fossem relacionados. Segundo Cobra (1990), quando da realização da entrevista, o entrevistador deve ter a clareza de que se trata de uma entrevista de pesquisa de mercado, não de venda, não devendo opinar sobre o assunto, evitando, assim, influenciar nas respostas. É recomendada a utilização de questionário como guia de entrevista para evitar que tópicos importantes sejam esquecidos, para minimizar a influência da falta de conhecimento do entrevistador sobre o assunto, bem como as reações do entrevistado ao entrevistador (COBRA, 1990, p. 176). A limitação do estudo foi determinada pela participação histórica de 23% da rede Melson Tumelero na receita de vendas da San Marcos Revestimentos Cerâmicos (marca CEJATEL) no estado do Rio Grande do Sul e pelo fato da região metropolitana de Porto Alegre representar cerca de 40% da população gaúcha e produzir ao redor de 50% do PIB de US$ 53 bi daquele estado. (PARTICIPAÇÃO, 20 2007). Assim sendo, não se esperou generalizar os resultados a todo o estado do Rio Grande do Sul e as conclusões que aqui se chegaram, limitaram-se tão somente a população estudada. 21 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 5.1 Observação sistemática Foram observadas, no total, 85 abordagens ao cliente pelos vendedores das lojas, sendo a divisão por filial como segue abaixo: 1. Matriz: 35 abordagens 2. Centro: 10 abordagens 3. Ipanema: 10 abordagens 4. Moinhos de Vento: 20 abordagens 5. Partenon: 10 abordagens O objetivo dessa observação foi não somente avaliar o comportamento de compra, como citado anteriormente segundo Cobra, mas, principalmente, a forma de abordagem do vendedor diante da apresentação do comprador. Essa informação é relevante uma vez que, em caso de dúvida do cliente ou não disponibilidade de estoque, o vendedor terá papel definitivo na escolha do produto, apresentando opções de marca e desenho muitas vezes desconhecidas pelo comprador. Considerada essa hipótese, as marcas Top of Mind podem deixar de apresentar vantagem sobre as outras no momento da escolha, uma vez que o comprador pode ser induzido pelo vendedor. Assim sendo, delimitaram-se 3 grupos diferentes de parâmetros observacionais como forma de direcionar a observação para um foco específico. Cada grupo de parâmetros foi utilizado de acordo com a situação apresentada, da seguinte maneira: 1. Grupo 1: sempre que o comprador sabia o que desejava comprar e o produto estava disponível para entrega imediata. 2. Grupo 2: sempre que o comprador sabia o que desejava comprar e o produto não estava disponível para entrega imediata. 3. Grupo 3: sempre que o comprador tinha dúvidas quanto ao que desejava comprar Importante notar que as ações/parâmetros referem-se somente ao 22 vendedor, não ao comprador. Salienta-se ainda, que referente à disponibilidade de estoque, a informação baseia-se nos comentários do vendedor e se parte do princípio de que o mesmo não esteja omitindo ou distorcendo nenhum fato. Ou seja, acredita-se que se o vendedor comenta que não há disponibilidade de estoque é porque realmente não há e não porque o mesmo está tentando induzir o cliente a comprar aquele produto que possui pouco giro ou que oferece maior margem de contribuição para a empresa. 5.1.1 Resultados Como se poderia esperar os resultados do Grupo 1 remetem a lei do menor esforço. Na situação onde o cliente tem certeza do que quer e o produto está disponível para entrega imediata a tendência do vendedor é fechar a venda o mais rápido possível e partir para outra. O gráfico 5.1.1A demonstra os resultados. Fonte: Do autor. Em absolutos 100% dos casos o vendedor levou o comprador diretamente ao produto e confirmou se o produto era adequado para o uso esperado. Em 83% dos casos investigou onde exatamente seria utilizado o produto e em 91% dos casos 23 ofereceu outro produto, sempre que o escolhido pelo cliente não fosse adequado para o uso. Ou seja, em 9% dos casos em que o produto não é adequado o vendedor simplesmente não oferece nenhum produto substituto. Outro dado interessante corresponde aos 22% de ocorrências onde o vendedor oferece um produto similar, mais barato e de outra marca. Importante notar nos gráficos 5.1.1B e 5.1.1C que estes números aumentam à medida que aumenta a liberdade de negociação, entenda-se, quando não há produto em estoque ou quando o cliente não sabe o que quer. Neste último caso, em 75% das negociações, o vendedor tratou de oferecer o produto mais barato possível, naquele, 65% das vezes. Fonte: Do autor. A tendência do vendedor de levar o cliente diretamente ao produto de sua escolha continua quando o cliente sabe o que quer mas não há disponibilidade de estoque, mais uma vez em 100% dos casos o vendedor levou o cliente diretamente a gôndola onde estava exposto o produto de sua escolha. Não havendo estoque, a necessidade de oferecer ao cliente outro produto aumenta e da mesma maneira o interesse do vendedor em investigar onde será utilizado o produto. Agora em 100% dos casos o vendedor investiga onde será utilizado e o mesmo percentual serve 24 para o grupo 3. Fonte: Do autor. Quanto ao Grupo 3, onde o comprador entra na loja em dúvida sobre o que precisa ou deseja, em somente 19% dos casos o vendedor pergunta se há preferência por marca e em 75% dos casos o vendedor oferece o preço mais barato. Isso deixa entender que para o vendedor o ponto crucial no momento da venda é o preço. Coincidência ou não, a marca oferecida - e em 69% das vezes o vendedor oferece a marca e não o produto -, é sempre a marca que está em “oferta”, entendase a mais barata. Finalmente, quando ao objeto de nosso estudo, a CEJATEL, somente em 6% dos casos o vendedor oferece CEJATEL. Analisando essa amostragem de 85 situações, pode-se dizer que existe uma tendência dos vendedores em oferecer o produto mais barato como forma de facilitar o trabalho de vendas já que dentre toda a variedade de marcas e produtos expostos nas lojas em 57,65% dos casos totais (grupo1 + grupo2 + grupo3) e em 70,97% dos casos de indefinição (grupo2 + grupo3), o vendedor oferece o produto mais barato. Isso influencia na escolha da marca Cejatel por parte do cliente, haja vista que os produtos Cejatel não são os mais baratos ofertados nas lojas Melson Tumelero. 25 Salienta-se que as 85 situações observadas dividiram-se da seguinte forma, conforme gráfico 5.1.1D. Fonte: Do autor. 5.2 Questionário Os duzentos questionários foram aplicados nas seguintes lojas, como segue: 1. Matriz – 40 questionários 2. Centro – 20 questionários 3. Cristal – 20 questionários 4. Ipanema – 20 questionários 5. Ipiranga – 20 questionários 6. Medianeira – 20 questionários 7. Shopping Total – 20 questionários 8. Moinhos de Vento – 20 questionários 9. Partenon – 20 questionários 26 Alguns entrevistados negaram-se a informar dados como faixa etária e faixa salarial, apesar do caráter anônimo da entrevista. A abordagem foi feita na entrada das lojas para não relacionar o entrevistador ao produto e para não interferir no andamento dos trabalhos dos vendedores dentro das lojas. 5.2.1 Resultados Os resultados do questionário foram unificados e estão dispostos na série de gráficos a seguir. Cabe ressaltar, mais uma vez, que os resultados obtidos restringem-se somente a população estudada e não se pretende generalizar os resultados para todo o estado do Rio Grande do Sul. Os gráficos 5.2.1A e 5.2.1B fornecem dados demográficos da população entrevistada e demonstram um equilíbrio grande de homens e mulheres além de uma prevalência de um público jovem na faixa etária de 26 a 35 anos. A grande maioria (83,5%) possui pelo menos 2º grau completo e 33% possui curso superior. 23% dos entrevistados optou por não oferecer dados referente à faixa salarial e a maioria, 30%, encontra-se na faixa de 2 a 4 salários mínimos. Fonte: Do autor. 27 Fonte: Do autor. Fonte: Do autor. 28 Quando perguntados quando foi a última vez que haviam comprado revestimentos cerâmicos, 83% dos entrevistados (166 pessoas) informaram que já haviam comprado alguma vez na vida e somente 17% (34 pessoas) nunca comprou. O gráfico 5.2.1D demonstra os resultados. Muito embora 100% dos entrevistados (gráfico 5.2.1C) lembrem de alguma marca de revestimentos cerâmicos, 30,12% daqueles que já haviam comprado revestimentos cerâmicos não lembravam da marca escolhida na última compra. Das marcas compradas e lembradas destacam-se Portinari (23,3%), Incepa (17,2%) e Bellagres (12,2%), com a ressalva da Bellagres ser marca gaúcha. Considerada essa informação juntamente com os resultados do gráfico 5.2.1E, onde 86,5% dos entrevistados afirmaram não ter objeção em comprar revestimentos cerâmicos de uma marca desconhecida ou nova no mercado, e do gráfico 5.2.1J onde quase metade dos entrevistados (46,5%) diz que a marca não influencia na hora da compra, pode-se deduzir que a marca não é o fator principal de escolha do produto. Fonte: Do autor. 29 Fonte: Do autor. Quanto as marcas TOP OF MIND dessa pesquisa cientifica, o gráfico 5.2.1F a seguir deixa claro o retorno que o investimento em marketing gera. Têm-se as líderes no mercado nacional Eliane e Portinari sendo relacionadas a revestimentos cerâmicos em 96,5% das vezes e Bellagres, líder no mercado gaúcho, com 93,5%. 30 Fonte: Do autor. Muito embora o foco desse estudo seja a marca Cejatel e a sua influência na performance de vendas de seus pisos no mercado gaúcho, é sabido que outros fatores influenciam a decisão de compra do cliente. Dentre eles estão preço, qualidade, cor, design, exposição, tamanho, qualidade. Os gráficos a seguir 5.2.1G, 5.2.1H, 5.2.1I e 5.2.1J abordam essas questões. Segundo o gráfico 5.2.1G o aspecto de maior importância na escolha do revestimento cerâmico é qualidade com 56,5%, seguido do preço 33,5%. Interessante aqui traçar um paralelo entre o comportamento do vendedor diante da questão preço e a opinião do cliente referente a qualidade. Embora para o cliente qualidade seja mais importante, como viu-se no capítulo anterior em 75% dos casos onde o cliente tem dúvida quanto ao produto o vendedor acaba oferecendo o produto mais barato. Esse poderia ser um fato justificativo da baixa performance de vendas, já que os produtos Cejatel não são os mais baratos. 31 Fonte: Do autor. Referente ao formato, o gráfico 5.2.1H demonstra uma preferência massiva pelo formato 45x45 com 53,5% das escolhas. Recorde-se que a Cejatel possui formato 45x45 e, portanto, esse não seria um dos motivos da baixa performance e vendas. Fonte: Do autor. 32 Fonte: Do autor. Unânime foi a afirmativa de que o ponto de venda influencia na escolha do produto, como pode notar-se 5.2.1I. Importante lembrar que os produtos Cejatel, bem como seus concorrentes diretos, estão dispostos em gôndolas sem nenhum atrativo, diferentemente de marcas como Eliane e Portinari que possuem show rooms próprios com mini ambientes montados (cozinhas, banheiros, etc). Fonte: Do autor. 33 Como comentado anteriormente, o gráfico 5.2.1J, acima, demonstra que a marca não chega a ser um fator de decisão na hora da compra com 46,5% dos consumidores afirmando que a marca não tem influência. Fonte: Do autor. Fonte: Do autor. 34 Quanto a marca Cejatel, objeto principal desse estudo, 63,5% dos entrevistados relacionou a marca a revestimentos cerâmicos, segundo o gráfico 5.2.1F. Verificando-se o gráfico 5.2.1N nota-se que, no total, em 56,5% dos casos os entrevistados relacionam a marca Cejatel a pisos, 43,5% a telhas e 16,5% a telefonia. O ramo telefonia foi mencionado dado o fato da terminação TEL lembrar algumas empresas de telefonia e telecomunição nacionais e internacionais. Ainda chama a atenção o fato de 49,5% das pessoas que não conhecem a marca Cejatel relacionarem a mesma a marca de telhas e 29% a marca de telefonia, bem acima dos apenas 21,5% que relacionaram a marca Cejatel a pisos. Por outro lado, e focando naqueles que conhecem a marca Cejatel, é importante notar que somente para 56,1% a marca remete exclusivamente a pisos. 11,2% dos entrevistados relacionam exclusivamente a telha e 30,8% a ambos, pisos e telhas. Em um ramo tão competitivo quanto o cerâmico, num mercado tão concorrido quanto o gaúcho, essa perda de 11,2% do mercado pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso da marca e talvez fosse interessante para a empresa, analisar mais a fundo a possibilidade de voltar o foco da marca Cejatel somente para telhas e direcionar suas atenções para a criação de uma marca específica para pisos. Saliente-se que as lojas Tumelero possuem infinitamente mais tradição em pisos do que em telhas e que os clientes que freqüentam as lojas Tumelero dificilmente buscariam telhas para sua casa, referente aos pisos o inverso é verdadeiro. Isso pode ser um dos motivos de 56,1% dos entrevistados relacionar a marca Cejatel a pisos somente e não a telhas. 35 Fonte: Do autor. 36 6 CONCLUSÃO O Brasil produz cerca de 650 milhões de metros quadrados de revestimentos cerâmicos ao ano. Produtos muito similares, na sua maioria de boa qualidade e que atendem as necessidades da grande maioria dos consumidores. As lojas Tumelero oferecem 15 marcas, da mesma maneira, todas de boa qualidade e capazes de atender as necessidades do cliente. Ficou evidente neste estudo que os vendedores das lojas Melson Tumelero tem papel decisivo na escolha do produto por parte do cliente e que existe entre aqueles uma tendência muito forte em oferecer o produto mais barato. Em 57,65% de um total de 85 abordagens de vendas observadas o vendedor oferece o produto mais barato. Mesmo quando o cliente sabe o que deseja e esse produto está disponível em estoque, o vendedor, em 21,74% dos casos, oferece um produto mais barato. Esse número sobe para 75% quando o cliente não tem definido o produto que deseja, o que ocorre em quase metade dos casos. Nesse estudo verifica-se 42,35% de consumidores que adentram nas lojas Melson Tumelero sem saber qual revestimento cerâmico comprar para atender sua necessidade. Nesses casos, como comentado no parágrafo anterior, em 75% das vezes o vendedor oferece o produto mais barato disponível, ou seja, a “oferta” do momento. O fato da Cejatel, durante todo o ano de 2006 e 2007, não possuir um produto sequer na lista dos mais baratos faz com que, dificilmente, ele seja oferecido pelo vendedor. De fato somente em duas das 85 abordagens observadas o vendedor ofereceu Cejatel. Isso corresponde em 2,35% das ocorrências e vem de encontro ao baixo desempenho de vendas. Este estudo demonstrou que a marca Cejatel não tem influência negativa nas vendas da loja Tumelero e que se trata mais de uma questão de precificação e desempenho do vendedor do que propriamente de apelo à marca. A marca líder de vendas na rede Tumelero, está cotada ao público a um preço 25% inferior a marca Cejatel, possui qualidade, tamanhos, cores e desenhos similares e está direcionada para um mesmo nicho de mercado. A marca Cejatel é lembrada em 60% das vezes como marca de revestimentos cerâmico e em 56,5% das vezes como marca de pisos. Os números não são tão expressivos se considerarmos que marcas TOP OF MIND como Eliane e Portinari foram relacionadas a revestimentos cerâmicos em 37 96,5% das vezes, mas também não são suficientemente baixos para justificar vendas 7 vezes menor que a campeã de vendas na rede. Ainda leva-se a crer, pelos resultados obtidos, que o consumidor, na sua grande maioria, é tentado ou induzido pelo vendedor pela questão preço e que o preço mais elevado é o motivo da baixa performance de vendas da Cejatel na rede Tumelero. Não obstante, é aconselhável um estudo aprofundado, por parte da Cejatel, voltado à questão preço e que o mesmo seja estendido a outras redes do Rio Grande do Sul como REDEMAC, HERVAL e QUERO-QUERO com o objetivo de qualificar e quantificar a real influência deste fator no desempenho de vendas da marca Cejatel no mercado do Rio Grande do Sul. Outra ação interessante que poderia ser tomada pela empresa em análise, Cejatel, seria uma parceria com a rede Melson Tumelero no sentido de promover círculo de palestras e treinamento de capacitação de vendedores. Isso não somente promoveria a marca Cejatel dentro da rede, como também melhoraria a qualidade de abordagem de vendas dos profissionais do Tumelero oferecendo mais ferramentas de trabalho e outros argumentos de venda que não somente o preço. Definitivamente a marca Cejatel tem um longo caminho a percorrer no mercado gaúcho para tornar-se conhecida e contrapor a variável preço. Citando Aaker (1998), o valor de uma marca vai depender da sua visibilidade, relevância pra o cliente, imagem e nível de fidelidade. Essa construção da marca em um mercado, o Branding, é algo que, invariavelmente, leva anos e pode representar altíssimos investimentos em campanhas publicitárias em nível nacional e/ou mundial. Como citado, a CASAS BAHIA é o atual líder do ranking de investimentos publicitários no Brasil, dedicando 3% de seu faturamento a publicidade. Em 2004 as Casas Bahia preparavam-se para entrar no mesmo mercado gaúcho com 4 lojas e, antes mesmo da aberturas das lojas, já haviam comprado mais de 800 espaços em mídia, a maioria em rádio e televisão, tornando-se o maior anunciante do estado do Rio Grande do Sul naquela data. Por parte da Cejatel, que estima vender no ano de 2009 cerca de R$ 15 milhões no Rio Grande do Sul, destaca-se que não há planejamento de publicidade algum ou verba orçamentária para este fim. Até o presente momento, não possui absolutamente nenhum espaço em mídia no mercado do Rio Grande do Sul, seja rádio, televisão, outdoors, revistas ou jornais, tendo somente participado da 10ª 38 edição da feira Construsul em agosto do ano de 2007. Ainda depende do boca a boca para tornar-se conhecida e, com isso, a variável preço passa a ter grande influência na escolha do cliente. Somente a partir do momento que a marca Cejatel tornar-se conhecida no mercado gaúcho como produtora de revestimentos cerâmicos de qualidade – e isso passará antes por uma mudança interna na empresa, com uma política clara de investimentos em marketing –, é que se poderá combater o diferencial de preço dos concorrentes na gôndola. Como se comentou, a marca Cejatel não tem influência negativa nas vendas da loja Tumelero e esperamse, com um investimento massivo na divulgação da marca no mercado gaúcho, ou pelo menos na rede Tumelero, melhorias nos resultados de venda. 39 REFERÊNCIAS AAKER, David A. Marcas: brandy equity gerenciando o valor da marca. Trad. André Andrade. São Paulo: Negócio, 1998. 314p. ALMEIDA, Felipe S. A influência da marca nos processos de decisão de compra do consumidor: uma revisão teórica. 2006. Disponível em: <http://www.fsba.edu.br/semanaacademica2006/TEXTOS/FELIPE%20SABACK.pdf> . Acesso em: 08/05/07. ANUÁRIO estatístico do setor industrial. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/publicacoes/desProducao/anu_Estatistico.p hp>. Acesso em: 31/03/2007. AS MARCAS mais caras do mundo. Disponível em: <http://blog.bretttrout.com/2007/04/worlds-most-expensive-trademarks.html>. Acesso em: 06/05/2007. ______. Disponível em: <http://chamberlaws2.blogspot.com/2007/04/marca-maiscara-do-mundo.html>. Acesso em: 06/07/2007. BRANDING. Disponível em: <http://en.wiktionary.org/wiki/branding>. Acesso em: 06/04/2007. ______. Disponível em: <http://en.wiktionary.org/wiki/branding_iron>. Acesso em: 06/04/2007. CASAS Bahia segue líder em investimento publicitário. Disponível em: <http://www.consciencia.net/midia/comunicacao.html>. Acesso em: 31/03/2007. CHURCHILL Jr., GILBERT A.; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. 627p. COSTA, Antonio R.; TALARICO, Edson de Gomes. Marketing promocional: descobrindo os segredos do mercado. São Paulo: Atlas, 1996. COTA, Luciana. O valor da marca para consumidores de surfwear. Florianópolis, 2001. 127p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2001. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/9362.pdf>. Acesso em: 25/04/07. COBRA, Marcos. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 1990. COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Marketing básico: uma perspectiva brasileira. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1997. COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Marketing essencial: conceitos, estratégias e 40 controle. São Paulo: Atlas, 1986. DRUCKER, Peter F. The practice of management. New York: Harper & Row, Publishers, Inc., 1986. 416p. FERREIRA, Sérgio de Aguiar. A imagem da marca Fiat no mercado externo: um estudo de caso na Colômbia. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSC, 2003. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/10270.pdf>. Acesso em: 07/04/07. FERREIRA, Rosalbo. Estratégias de orientação para o mercado em organizações de serviço como forma de ganhar vantagem competitiva: um estudo em hotéis resorts da região da grande Florianópolis. 2006. 261f. Tese de Doutorado (Doutor em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em ENGENHARIA da Produção, UFSC, Florianópolis. http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/11225.pdf acesso em 23/06/07. INVESTIMENTOS em ponto de venda. Disponível em: <http://amanha.terra.com.br/notas_quentes/notas_index.asp?cod=1610>. Acesso em: 12/02/2008. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10.ed. São Paulo: Pearson, 2000. KOTLER, P. Marketing management: analysis, planning, implementation and control. New York : Prentice-Hall International, 1991. em: MARKETING: Up Close With Brand Strategy Guru. Disponível <http://www.prophet.com/newsevents/news/story/20061016story.html>. Acesso em: 06/04/2007. O CRESCIMENTO do ramo da construção civil no Brasil. Disponível em: http://www.anfacer.org.br/imagens/conteudo/Image/Graficos%202007/Brasil_1_G.jpg Acesso em: 29/01/2007. O CRESCIMENTO do PIB no Brasil. Disponível <http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u114779.shtml>. Acesso 31/03/2007. em: em: O MUNDO das marcas: Baccarat – Jóias de Cristaleria. Disponível em: <http://mundodasmarcas.blogspot.com/>. Acesso em: 11/04/2007. PARTICIPAÇÃO da região metropolitana de Porto Alegre no PIB do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.wcams.com.br/descricao_rs.htm. Acesso em 15/06/2007. PEARCE, Esmond. La dirección de empresas em el proceso comercialización. Buenos Aires: Ediciones Contabilidad Moderna, 1973. de SLOTEGRAFF, Rebecca J.; PAUWELS, Koen. Growing small brands: does a brand’s equity and growth potential affect its long-term marketing productivity? Disponível em: <http://mba.tuck.dartmouth.edu/pages/faculty/koen.pauwels/pdf/Growing%20Small% 41 20Brandsslotegraafpauwels.pdf>. Acesso em: 12/04/07. STRINGHETTI, Lenira de Souza Santos. Criação de valor de marca – estudo de caso no Banco do Brasil. Florianópolis, UFSC, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, 2001. xix, 168 p. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/7425.pdf>. Acesso em: 05/05/2007. STRUNCK, Gilberto Luis Teixeira Leite. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso: um guia sobre o marketing das marcas e como representar graficamente seus valores. Rio de Janeiro: Rio Books, 2001. 42 ANEXOS 43 ANEXO 1 - MARCAS TOP OF MIND 44 APÊNDICES 45 APÊNDICE 1 - PARÂMETROS OBSERVACIONAIS GRUPO 1 O comprador sabe o que quer e há disponibilidade no estoque 1. Vendedor leva o comprador diretamente ao produto? a. SIM b. NÃO 2. Vendedor investiga onde será utilizado o produto? a. SIM b. NÃO 3. Vendedor confirma se o produto é ou não apropriado para a finalidade? a. SIM b. NÃO 4. Vendedor oferece outro produto caso o escolhido não seja apropriado? a. SIM b. NÃO 5. Vendedor sugere similar mais barato de outra marca mesmo que o escolhido seja apropriado? a. SIM b. NÃO 46 GRUPO 2 O comprador sabe o que quer e não há disponibilidade no estoque 1. Vendedor leva o comprador diretamente ao produto? a. SIM b. NÃO 2. Vendedor investiga onde será utilizado o produto? a. SIM b. NÃO 3. Vendedor confirma se o produto é ou não apropriado para a finalidade? a. SIM b. NÃO 4. Vendedor sugere similar da mesma marca? a. SIM b. NÃO 5. Vendedor sugere similar mais barato de outra marca? a. SIM b. NÃO 47 GRUPO 3 O comprador não sabe o que quer 1. Vendedor pergunta se há preferência por marca a. SIM b. NÃO 2. Vendedor investiga onde será utilizado o produto a. SIM b. NÃO 3. Vendedor apresenta mais de uma opção a. SIM b. NÃO 4. Vendedor sugere a marca ou o produto a. MARCA b. PRODUTO 5. Vendedor sugere o mais barato disponível a. SIM b. NÃO 6. Vendedor oferece Cejatel a. SIM b. NÃO 48 APÊNDICE 2 - QUESTIONÁRIO 1. Gentileza informar seu sexo, faixa etária e número de filhos ( ) Masculino ( ) Feminino ( ) 18 a 25 ( )26 a 35 ( ) 36 a 49 ( ) acima de 50 ( ) não tenho filhos ( ) 1 filho ( ) 2 filhos ( ) 3 ou mais filhos 2. Favor informar grau de escolaridade e faixa salarial ( ) 1º Grau ( ) 2º Grau incompleto ( ) Curso Superior incompleto ( ) 2º Grau completo ( ) Curso superior completo ( ) Pós-graduado ( ) Menos de R$ 1.000,00 ( ) de R$ 1.001,00 a R$ 2.000,00 ( ) de R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00 ( ) acima de R$ 3.000,00 3. Você lembra de alguma marca de revestimentos cerâmicos (pisos ou azulejos) ( ) SIM ( ) NÃO 4. Qual foi a última vez que você comprou revestimentos cerâmicos (pisos ou azulejos) ( ) menos de 1 ano ( ) mais de 1 ano ( ) nunca comprou Caso já tenha comprado, poderias informar o nome da marca? ....................... 5. Você compraria revestimentos cerâmicos de uma marca que desconhece ou que seja nova no mercado? ( ) SIM ( ) NÃO 49 6. Na sua opinião, quais dessas marcas referem-se a revestimentos cerâmicos (pisos ou azulejos) ( ) PORTINARI ( ) VOTORANTIN ( ) CEJATEL ( ) BELLAGRES ( ) CECAFI ( ) DELTA ( ) ELIANE ( ) SUVINIL ( ) ANGELGRES 7 Qual o aspecto (APENAS UM) de maior importância na escolha do revestimentos cerâmico ( ) design ( ) preço ( ) qualidade ( ) cor 8. Na sua opinião, qual o tamanho (cm) mais apropriado de pisos cerâmicos: ( ) 20x20 ( ) 30x30 ( ) 40x40 ( ) 45x45 ( ) 50x50 ( ) 60x60 9. A maneira como o produto está exposto na loja influencia na escolha do produto? ( ) SIM ( ) NÃO 10. A marca tem influência na hora da compra ( ) SIM ( ) NÃO 11. Você compraria pisos produzidos por uma fábrica especializada em telhas? ( ) SIM ( ) NÃO 12. Você conhece a marca CEJATEL? ( ) SIM ( ) NÃO 50 13 A marca CEJATEL lhe recorda: ( ) marca de empresa de telefonia ( ) marca de pisos ( ) marca de telhas 14. Espaço livre para considerações finais. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________