Corporate Finance em Foco

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Financial Advisory | CFA
4o edição – Dezembro 2015
Corporate Finance em Foco
Uma visão dos cenários macroeconômico, M&A, crédito,
dívida e investimentos
Contexto Macroeconômico
A newsletter nº 4 é lançada num ambiente político
crítico para o país, às vésperas da definição do
cronograma do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff, deflagrado no último dia
do mês de novembro. O fato político trouxe, no
curto prazo, maior paralisia ao mercado, que vê no
auge da crise política um aumento das incertezas e
da volatilidade. Por outro lado, este pode ser o
primeiro capítulo para um processo que resgate a
estabilidade política e previsibilidade da economia,
que costumam permear momentos de crescimento
econômico.
reunião a votarem pelo aumento em 50 bps na
Selic. Embora a maioria dos diretores tenha
decidido pela manutenção da taxa básica de juros,
crescem as chances de observarmos um aumento
da Selic no começo de 2016 , caso a taxa de
inflação não demonstre sinais de arrefecimento.
Enquanto o capítulo final não é escrito, os números
que resumem a situação macroeconômica do país
continuam desenhando um cenário recessivo para
2015 e 2016, com perspectivas melhores a partir de
2017.
O último boletim Focus de novembro, divulgado no
dia 27 do mesmo mês, indica uma previsão para a
inflação medida pelo IPCA, segundo os analistas de
mercado, de 10,4% em 2015 e 6,6% em 2016.
Para a atividade econômica, a projeção dos
analistas para 2015 é uma retração de -3,2%, e
para 2016 de -2,0%.
A persistência da inflação num cenário com
atividade econômica em declínio e aumento do
desemprego levou dois diretores do Comitê de
Política Monetária Brasileira – Copom, na última
Deloitte Corporate Finance
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Apesar do cenário de crescente incerteza e
aumento da percepção de risco, no mês de outubro
os investimentos diretos no país propiciaram
ingressos líquidos de US$ 6,7 bilhões, dos quais
US$ 5,8 bilhões em participação no capital,
incluídos US$ 1,1 bilhão decorrentes de
reinvestimento de lucros; e US$ 941 milhões em
operações inter-companhias. Projeta-se para o ano
de 2015 uma entrada total de US$ 62,8 bilhões no
país, número 35% menor do que no ano de 2014.
Esta queda, no entanto, é de 15% quando
compara-se o investimento para participação no
capital, que está diretamente correlacionado com a
atividade de M&A envolvendo ativos brasileiros. No
ano de 2015, o volume de entrada de capital
estrangeiro para participação no capital de
empresas é de cerca de US$ 39,2 bilhões, no
acumulado de janeiro a outubro. No mesmo
período, em 2014, o volume de entrada de capital
para o mesmo objetivo foi de US$ 46,6 bilhões.
Esta queda menos acentuada deve-se ao fato dos
ativos brasileiros serem competitivos quando
comparados em dólar, face à desvalorização
cambial em curso no país.
No cenário global, as expectativas de mercado
convergiram no sentido de uma maior aposta para
a subida de juros na economia norte-americana em
dezembro, o que pode contribuir para um fluxo de
capitais mais forte para esse mercado.
No restante das economias maduras, espera-se um
crescimento moderado, principalmente na União
Européia; enquanto entre as economias
emergentes, a perda de dinamismo da economia
chinesa continua sendo o destaque.
Deloitte Corporate Finance
O fato político trouxe, no
curto prazo, maior paralisia
ao mercado, que vê no
auge da crise política um
aumento das incertezas e
da volatilidade. Por outro
lado, este pode ser o
primeiro capítulo para um
processo que resgate a
estabilidade política e
previsibilidade da
economia, que costumam
permear momentos de
crescimento econômico.
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Mercado de Fusões e Aquisições (M&A)
Essa menor queda na entrada de capital
estrangeiro, mencionada acima, tem de fato
refletido no mercado de fusões e aquisições, que
continua aquecido, apesar do momento político que
o país atravessa.
Os segmentos de tecnologia e internet continuam a
liderar em volume de transações, seguidos pelo
setor de serviços, porém o destaque tem sido o
valor de transações importantes anunciadas no
mês de novembro, que demonstra o apetite de
investidores locais e internacionais por alguns
setores específicos da economia.
Como exemplo desse movimento observamos o
investimento de US$ 450 milhões da chinesa HNA
na empresa aérea Azul, permitindo uma
capitalização importante em um momento em que
tanto o mercado de IPO’s como o de crédito
bancário continuam restritos.
O mês de novembro foi marcado
pelo anúncio de várias aquisições
de grande porte, por compradores
locais e estrangeiros, sinalizando
o contínuo interesse em
investimentos em setores
específicos da economia
para as quais o valor da outorga é de R$ 14
bilhões.
Outra transação que coloca novembro entre os
meses de destaque em porte de negócios, foi a
venda do grupo de comunicação ABC para a
multinacional DDB/Omnicom, por estimados US$
250 milhões.
Ou seja, apesar do ambiente recessivo e da
instabilidade política agravada, transações de
grande porte continuam a ocorrer, envolvendo
multinacionais com apetite para entrar no país, e
que estão se beneficiando do real desvalorizado.
Por outro lado, a continuidade da restrição de
crédito, taxas de juros elevadas e ausência de
janela para abertura de capital, tem estimulado
acionistas a vender empresas ou ativos para se
capitalizar, equilibrar estrutura de capital, ou
mesmo buscar liquidez patrimonial.
No entanto, em muitas operações no middle market
envolvendo empresas fechadas, a conclusão da
transação está levando mais tempo para ocorrer,
em vários casos pela exigência de uma diligência
mais detalhada
A aquisição do controle da Alpargatas, muito
conhecida pelas sandálias Havaianas, marca a
entrada do grupo J&F nesse setor, que soma-se
agora aos seus investimentos no JBS, Vigor,
Eldorado, Banco Original, Flora, entre outros. O
valor do negócio, ao redor de R$ 2,7 bilhões, é o
segundo maior do mês, atrás apenas da aquisição
do negócio de cosméticos da Hypermarcas pela
Coty, por aproximadamente R$ 3,8 bilhões.
No setor de energia, a China Three Gorges
continua a consolidar sua posição em hidrelétricas,
ao vencer o leilão pelas usinas Jupiá e Ilha Solteira,
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Mercado de Dívida e de Capitais
O mercado de capitais e dívida vem se contraindo no
ano de 2015, em linha com o aumento de volatilidade
e incertezas do cenário macroeconômico.
A medida que o cenário de retração da economia
confirma-se para 2015 e 2016, muitas empresas se
deparam com expectativas de pouco ou nenhum
crescimento para suas receitas em 2016. Ao longo de
2015, muitas empenharam-se em revisar metas e
processos operacionais visando obter ganhos de
margem ou resgatar geração de caixa positiva. Tal
cenário, em muitos casos, veio acompanhado de um
aumento expressivo no endividamento das
empresas, seja através do aumento da contratação
de linhas de capital de giro para fazer frente às
necessidades de curto prazo, ou através da
necessidade de renegociação que levou, em alguns
casos, a aumentos de spread das linhas de crédito
renegociadas.
Para administrar o capital de giro com mais
segurança, muitas empresas, durante o ano de 2015,
buscaram o alongamento e renegociação dos
passivos bancários, objetivando, inclusive, carência
para pagamento de principal.
Com a expectativa de que a economia vai demorar
para retomar o ritmo de crescimento e os juros
ficarão num patamar elevado no médio prazo, é
necessário encontrar soluções que aumentem a
capitalização das empresas.
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A taxa média de juros para operações de crédito
para pessoas jurídicas, segundo dados divulgados
pelo Banco Central, é de 21,5% ao ano, em 2015.
Ou seja, para uma empresa que tivesse um grau de
endividamento de 2,0 vezes o EBITDA gerado no
ano, medida considerada adequada por alguns
analistas, com uma margem EBITDA (EBITDA /
Receita Operacional Líquida) de 20%, mais da
metade do lucro operacional seria destinado ao
pagamento de juros e demoraria mais de 5 anos
para que esta empresa quitasse seu financiamento.
Com a confirmação das
expectativas de que tanto a
economia vai demorar para
retomar o ritmo de
crescimento, como os juros
deverão permanecer em
patamar elevado no médio
prazo, é necessário encontrar
soluções que aumentem a
capitalização das empresas.
No entanto, com a pressão inflacionária em curso e
as expectativas de recessão também para 2016, é
difícil para as empresas lograrem êxito em
aumentos expressivos de margem, pois, do lado
das receitas, 2016 deve ser mais um ano com
crescimento pequeno em poucos setores, e do lado
dos custos, a pressão inflacionária ainda é
consistente.
Diante deste cenário, torna-se imperativo buscar
soluções para injeção de capital e aumento de
liquidez, diminuindo o endividamento líquido (dívida
menos caixa), para que as empresas cheguem em
2017 com mais fôlego. Tal saída pode se dar
através da venda de ativos não estratégicos ou
através da venda de participação dos negócios, por
exemplo, com o objetivo de abater dívidas e
reforçar o caixa das empresas.
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Preço médio dos últimos 30 dias
NTN-B 2020
NTN-B 2024
NTN-B 2035
IPCA+ 7,49%
IPCA+ 7,37%
IPCA+ 7,23%
Os dados macroeconômicos de crédito corroboram o
cenário descrito. Em outubro, o saldo acumulado de
crédito para pessoa jurídica recuou 0,5% no mês. O
volume de novas concessões de crédito recuou 6,3%,
enquanto o spread médio aumentou 1,1 ponto
percentual. No ano, acumulado até outubro, o salto no
spread foi de 3,0 pontos percentuais.
No mês de novembro, foram captados R$ 2,1 bilhões
em debêntures, através da resolução 476, que
concentra operações que podem ser “encarteiradas”
por bancos para posterior distribuição a mercado ou
com esforços de distribuição restritos para um grupo
pequeno de investidores. Ou seja, não podemos
afirmar que tal volume seja um termômetro do apetite
de investidores para o mercado de capitais e de dívida.
Destaque para a captação da MGI – Minas Gerais
Participações, no valor de R$ 900 milhões com prazo
de 16 anos a CDI + 3,0% a.a. A MGI é uma empresa
vinculada à Secretaria de Estado da Fazenda de Minas
Gerais, e concentra as participações acionárias do
governo de MG em diversas empresas.
Outros R$ 400 milhões foram captados por parques
eólicos, com prazo de 6 meses, para empréstimosponte, os chamados empréstimos de curto prazo para
fazer frente à necessidade de caixa dos projetos até o
desembolso do financiamento de longo prazo. As
operações foram precificadas a CDI + 4,0% a.a..
Houve ainda a captação de R$ 300 milhões pela Notre
Dame Intermédica, pelo prazo de 6 anos, a CDI +
3,45% a.a., confirmando o bom momento do setor de
saúde.
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Cenário de Investimentos
Na agenda de investimentos de longo prazo em
infraestrutura, foi realizado no último dia 25 o Leilão
das Usinas Existentes. Conforme já mencionado,
destaque para a China Three Gorges, que arrematou
as concessões das duas maiores usinas (Jupiá e Ilha
Solteira). O valor a ser pago pela outorga é de R$
13,8 bilhões. Com esses ativos a CTG passa a deter
capacidade instalada de 6.000 MW e torna-se a
segunda maior geradora privada do país, atrás
apenas da Tractebel. O prazo de concessão das
usinas é de 30 anos.
A Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá)
está localizada no Rio Paraná, entre as cidades de
Andradina e Castilho (SP) e Três Lagoas (MS) –
conta com potência instalada de 1.551,2 MW. A Usina
Hidrelétrica Ilha Solteira também está localizada no
Rio Paraná, porém entre os municípios de Ilha
Solteira (SP) e Selvíria (MS) - sua potência instalada
é de 3.444,0 MW.
No mesmo certame, as estatais Cemig, Copel, Cesp e
Celg fizeram lances para manter as concessões que
não foram renovadas em 2012.A Enel obteve duas
concessões que eram da Copel anteriormente.
fracassos na licitação de novas linhas de transmissão
e subestações.
Já no leilão de eólica e solar, a remuneração obtida
nos contratos de eólica, bem como a possibilidade de
crescimento e obtenção de escala para os
investidores de solar, vêm sustentando a boa fase de
leilões deste tipo no Brasil.
No âmbito do PIL, Programa de Investimentos em
Logística, que concentra investimentos nas áreas de
rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, foi publicado
o primeiro edital para arrendamento de terminais
portuários.
Está previsto para o dia 9 de dezembro o leilão para
arrendamento de quatro áreas para terminais
portuários em Santos (SP) e em Vila do Conde (PA)
para movimentação e armazenagem de granéis
sólidos vegetais e de papel celulose e carga em geral.
Em rodovias, o edital de quatro trechos de rodovias a
serem licitados - o da BR 476-153-282-480, entre
Paraná e Santa Catarina, o da BR 364-365, entre
Goiás e Minas Gerais, o da BR 364-060, em Goiás e
o da BR-163, no Pará, ainda são aguardados.
Com o certame, o governo conseguiu atingir o
objetivo de garantir uma arrecadação de R$ 17,2
bilhões em bônus de outorga.
No dia 18 de novembro aconteceu o leilão 005/2005
de transmissão. Foram arrematados apenas 4 lotes
de um total de 12 oferecidos, onde estima-se um
investimento total de R$ 3,5 bilhões, face a R$ 7,5
bilhões previstos anteriormente.
No dia 13 do mesmo mês, aconteceu o 2º leilão de
energia de reserva de 2015, que contratou 20 projetos
de energia eólica e 33 de energia fotovoltaica (solar).
A Empresa de Planejamento Energético – EPE estima
que os investimentos necessários para implantar os
projetos sejam de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.
O deságio observado no valor da energia fotovoltaica
foi de 21%, enquanto para a fonte eólica foi de 4,5%.
Fatores diversos ajudam a explicar o sucesso e a
frustração dos leilões organizados pelo Ministério de
Minas e Energia – MME no mesmo mês.
No leilão de energia existente, o apetite chinês foi um
dos fatores fundamentais. A pré-disposição e o
interesse em ganhar fatia expressiva do mercado
brasileiro é estimulado, dentre outros fatores, pela
capacidade de acesso a crédito desse player.
A dependência das condições de financiamento do
BNDES e o aumento de percepção de risco
regulatório para o setor de transmissão são tidos pelo
mercado como fatores que explicam os consecutivos
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Debêntures emitidas no mês de novembro de 2015
Ticker
ANDH13
CFER13
CFMS12
CMER15
CMPO12
HILV11
MMGP15
MORR13
NOTR11
NTON11
OVTL14
SRNV12
VGRA12
Emissor
Tipo
ANDORINHA ENERGIAS RENOVAVEIS S/A
CAMPO FORMOSO II ENERGIAS RENOVAVEIS S.A
CAMPO FORMOSO I ENERGIAS RENOVAVEIS S/A
CREMER S/A
COMPORTE PARTICIPACOES S.A.
HILL VALLEY PARTICIPACOES S.A.
MGI - MINAS GERAIS PARTICIPACOES S.A.
MORRINHOS ENERGIAS RENOVAVEIS S/A
NOTRE DAME INTERMEDICA SAUDE S/A
NATURAL ONE S/A
OURO VERDE LOCACAO E SERVICOS S.A.
SERTAO ENERGIAS RENOVAVEIS S/A
VENTOS DOS GUARAS I ENERGIAS RENOVAVEIS S.A
Data da Emissão Prazo (anos) Principal (R$ MM) Remuneração Total
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
Debênture
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
nov-15
0,5
0,5
0,5
2,0
5,0
5,0
16,6
0,5
6,0
5,0
3,0
0,5
0,5
83
81
71
75
86
180
900
75
300
50
200
62
28
DI + 4,00%
DI + 4,00%
DI + 4,00%
DI + 1,50%
DI + 3,30%
DI + 2,95%
DI + 3,00%
DI + 4,00%
DI + 3,45%
DI + 3,92%
DI + 3,25%
DI + 4,00%
DI + 4,00%
Debêntures de Infraestrutura emitidas em 2015
Emissor
LOGÍSTICA
MRS Logística
Salus
Alupar
Rodovias Integradas do Oeste
VLI Multimodal
Ultrafértil S.A.
Rodovias dos Lagos
ENERGIA
Bons Ventos
Ventos de São Tomé
Chapada do Piauí I
EDP Energias do Brasil
NC Energia
OUTROS
Saneatins
Vale
Copel Telecomunicações
Ambev
Deloitte Corporate Finance
Ticker
Principal
(BRL MM)
Data de
Emissão
Prazo
(anos)
Período
de
Carência
(anos)
IPCA + ou
Taxa Préfixada
P
Spread sobre
r
NTNB na
a
emissão
z
Destinação
dos Recursos
MRSL17-27
SAIP11
APAR16
RVIO14
VLIM11
ULFT11
RDLA12
551
321
250
190
232
115
150
fev-15
mar-15
abr-15
abr-15
jun-15
jun-15
jul-15
7
10
6
5
5
12
5
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3
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-
6,0%
6,8%
7,3%
6,4%
6,9%
9,1%
7,3%
-0,2%
0,4%
1,2%
0,3%
0,6%
2,7%
0,9%
Capex
Project Finance
Capex
Project Finance
Project Finance
Project Finance
Project Finance
GLIC11
TOME12
CHPA11
ENBR24 - 34
NCEN11
10
89
100
228
32
jun-15
jul-15
ago-15
set-15
out-15
12
12
14
8
10
4
1
4
6
1
9,4%
8,9%
9,2%
8,3%
7,9%
3,0%
2,3%
2,1%
0,8%
0,4%
Project
Project
Project
Project
Project
190
1.350
160
1.000
jun-15
ago-15
out-15
out-15
7
6
9
6
1
7
-
10,3%
6,6%
8,0%
14,5% (Pré)
3,8%
-0,4%
0,6%
6,7%
Capex
Project Finance
Project Finance
Capex
SNTI13-23
VALE19-29
CTEL11
ABEV11
Finance
Finance
Finance
Finance
Finance
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Principais transações de Fusões e Aquisições em Novembro*
Target
Comprador
RM Ground Services
Dnata
Azul Linhas Aéreas
HNA Group
GamerGrade
Nuuvem (plataforma online)
Grupo MPR Brasil
Alothon Fund II
Alpargatas
J&F Investimentos
Grupo ABC
DDB Worldwide
Pleno
Senior Solution
Packblend
YPF
Seaquarz
Grupo Guidoni
Esfera Escola Internacional
Grupo SEB
Somos Educação
Thunnus Participações
Finacap
Excelsior Seguros
Quimipel Indústria Quimica
CHT
S/A Comunicação
Llorente & Cuenca America
FCAT Faculdade de Castanhal
Sociedade Educacional Atual da Amazônia
Drogaria Mais Econômica
Mobius Health
Prakolar Rótulos
Sato Europe
Premier Gold Project, O Capitão
Cleveland Mining Company
Licurgo, Teles e Guará Advogados
Siqueira Castro Advogados
Suahouse.com
VivaReal
Gama Consultores Associados
Mercer
Casa do Epi
Bunzl
Joint-Venture GIC DSI
SDI Desenvolvimento Imobiliário, GIC
Sfera Comercial e Importadora
Emmeti Financiére
Marcas Topper, Rainha (Alpargatas)
Carlos Wizard e outros investidores
Biohosp
Elfa
Negócios de Cosméticos da Hypermarcas
Coty
SAAM Smit Towage Brasil
SAAM
NetMovies
Looke
Thor Comercializadora de Energia
Nonsan RJ Participações
Usina Ilha Solteira, Usina Hidrelétrica Eng
Souza Dias (Jupiá)
China Three Gorges
Servicios Administrativos IMC, Servicios de
Personal Gastrónomico IMC, Grupo
Distribuidora de Alimentos TH, Taco Holding
Restaurantero del Centro, Inversionistas en
Restaurantes de Carnes y Cortes
Joint-Venture Lets Valoriza Salute
Valoriza Locadora de Veiculos, Salute Locadora, Let's Rent
a Car
Itaro
JPJ Investments, Rigi Ventures, Astella Investimentos
*algumas transações anunciadas envolvem aquisição de participação minoritária e outras ainda dependem de aprovações regulatór ias.
Deloitte Corporate Finance
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Principais Transações de M&A do Período
A Dnata, controlada pela Emirates, adquiriu uma
participação majoritária no capital da RM Ground
Services, com sede em Pernambuco e atuação na
prestação de serviços e assistências em aeroportos.
A empresa tem 2.100 funcionários e atende a mais de
400 vôos por dia em 24 aeroportos em todo o país.
A chinesa HNA Group, que atua com logística,
transporte de passageiros, turismo e gestão hoteleira,
anunciou a aquisição de 23,7% do capital social da
Azul Linhas Aéreas. O valor da operação situou-se ao
redor de US$ 450 milhões. Com a transação a HNA
fortalece sua presença no Brasil.
O fundo de private equity Alothon Group adquiriu uma
participação majoritária no Grupo MPR, que detêm,
entre outras, as indústrias químicas Alcohol Ferreira e
a Companhia Nacional de Álcool. Esta última possui
marcas de álcool como Zulu, Zumbi e Coperalcool. A
Alcohol Ferreira também é fornecedora de álcool
industrial.
A J&F Investimentos anunciou a aquisição de 44,12%
do capital social da Alpargatas, detido pela Camargo
Corrêa, assumindo o controle da Alpargatas. O valor
da transação foi de aproximadamente R$ 2,7 bilhões.
A conclusão da transação ainda depende de
aprovação do CADE, e a J&F Investimentos deverá
lançar uma Oferta Pública de Aquisição de ações
(OPA) da Alpargatas. Estimativas de mercado
sinalizam que o valor pago representou um múltiplo
implícito de 15 vezes o EBITDA ou 1,6 vezes a
receita da Alpargatas.
industriais. Para a YPF essa transação tem por
objetivo dobrar sua participação de mercado, para
cerca de 4%, até 2017.
O Grupo Guidoni, especializado na extração e
processamento de granito, anunciou a aquisição da
empresa espanhola Seaquarz, dando assim início a
sua expansão no mercado europeu.
A Thunnus Participações, controlada pelo fundo de
private equity Tarpon, anunciou a aquisição de
42,66% do capital social da Somos Educação, antiga
Abril Educação, por meio de uma OPA. O valor da
operação é estimado em R$ 1,6 bilhão.
A CHT assinou acordo para aquisição de 100% do
capital social da Quimipel Indústria Quimica, que atua
no desenvolvimento de soluções para indústria de
papel e celulose, através de especialidades químicas
e assistência técnica de aplicação.
As locadoras de veículos Let's Rent a Car, Salute
Locadora e Valoriza Locadora formaram uma jointventure. O valor da transação situou-se ao redor de
R$ 296 milhões.
A empresa de consultoria em comunicação espanhola
Llorente & Cuenca anunciou a aquisição de 70% do
capital social da agência de publicidade S/A
Comunicação.
A Mobius Health, controlada pelo fundo de private
equity Verti Capital, adquiriu 60% do capital social da
Drogaria Mais Econômica, com sede no Rio Grande
do Sul, de propriedade da Brasil Pharma.
A norte-americana Omnicom, através da sua
investida DDB Worldwide, anunciou a aquisição do
Grupo brasileiro ABC. O valor da operação foi de
aproximadamente US$ 250 milhões. O Grupo ABC é
uma holding de comunicação que inclui as agências
de marketing e publicidade Africa, DM9DDB e
Loducca. A aquisição fortalece a relação já existente
entre as duas empresas e amplia a atuação da DDB
na América Latina.
A multinacional japonesa Sato Group adquiriu 100%
do capital social da Prakolar Rótulos, fabricante de
rótulos auto-adesivos para os mercados farmacêutico,
bebidas, cosméticos e automotivos.
A brasileira IMC International Meal anunciou a venda
de sua participação nas subsidiárias Inversionistas en
Restaurantes de Carnes y Cortes, Grupo
Restaurantero del Centro, Servicios de Personal
Gastrónomico IMC e Servicios Administrativos IMC,
todas com sede no México e focadas em gestão de
restaurantes. Com a transação a IMC segue o
objetivo de simplificar sua estrutura, reforçar capital
de giro e reduzir a alavancagem.
A Mercer, controlada pela Marsh & McLennan
Companies, anunciou uma proposta de aquisição da
Gama Consultores Associados. Com sede no Distrito
Federal, a Gama atua com consultoria em
previdência, seguros e planos de saúde.
A australiana Cleveland Mining Company adquiriu
50% de participação nos projetos Premier Gold
Project e O Capitão, que pertenciam à Edifica
Participações.
A petroleira argentina YPF anunciou a aquisição de
uma participação majoritária no capital social da
Packblend, empresa nacional atuante na produção e
distribuição de óleos lubrificantes automotivos e
Deloitte Corporate Finance
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O fundo de investimentos do governo de Singapura
(Government of Singapore Investment Corporation-GIC), e a
brasileira SDI Desenvolvimento Imobiliário, formaram uma jointventure. O valor da operação foi de aproximadamente R$ 775
milhões. O GIC irá deter 96,75% da nova empresa, e a SDI
3,25%.
Contatos
Reinaldo Grasson
Sócio-líder | Corporate Finance
+55 11 5186 1704
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Diretora | Debt Advisory
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A Deloitte refere-se a uma ou mais entidades da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada,
de responsabilidade limitada, estabelecida no Reino Unido ("DTTL”), sua rede de firmas-membro, e entidades
a ela relacionadas. A DTTL e cada uma de suas firmas-membro constituem entidades legalmente separadas e
independentes. A DTTL (também chamada “Deloitte Global”) não presta serviços a clientes. Consulte
www.deloitte.com/about para obter uma descrição mais detalhada da DTTL e suas firmas-membro.
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