Financial Advisory | CFA 4o edição – Dezembro 2015 Corporate Finance em Foco Uma visão dos cenários macroeconômico, M&A, crédito, dívida e investimentos Contexto Macroeconômico A newsletter nº 4 é lançada num ambiente político crítico para o país, às vésperas da definição do cronograma do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, deflagrado no último dia do mês de novembro. O fato político trouxe, no curto prazo, maior paralisia ao mercado, que vê no auge da crise política um aumento das incertezas e da volatilidade. Por outro lado, este pode ser o primeiro capítulo para um processo que resgate a estabilidade política e previsibilidade da economia, que costumam permear momentos de crescimento econômico. reunião a votarem pelo aumento em 50 bps na Selic. Embora a maioria dos diretores tenha decidido pela manutenção da taxa básica de juros, crescem as chances de observarmos um aumento da Selic no começo de 2016 , caso a taxa de inflação não demonstre sinais de arrefecimento. Enquanto o capítulo final não é escrito, os números que resumem a situação macroeconômica do país continuam desenhando um cenário recessivo para 2015 e 2016, com perspectivas melhores a partir de 2017. O último boletim Focus de novembro, divulgado no dia 27 do mesmo mês, indica uma previsão para a inflação medida pelo IPCA, segundo os analistas de mercado, de 10,4% em 2015 e 6,6% em 2016. Para a atividade econômica, a projeção dos analistas para 2015 é uma retração de -3,2%, e para 2016 de -2,0%. A persistência da inflação num cenário com atividade econômica em declínio e aumento do desemprego levou dois diretores do Comitê de Política Monetária Brasileira – Copom, na última Deloitte Corporate Finance 1 Apesar do cenário de crescente incerteza e aumento da percepção de risco, no mês de outubro os investimentos diretos no país propiciaram ingressos líquidos de US$ 6,7 bilhões, dos quais US$ 5,8 bilhões em participação no capital, incluídos US$ 1,1 bilhão decorrentes de reinvestimento de lucros; e US$ 941 milhões em operações inter-companhias. Projeta-se para o ano de 2015 uma entrada total de US$ 62,8 bilhões no país, número 35% menor do que no ano de 2014. Esta queda, no entanto, é de 15% quando compara-se o investimento para participação no capital, que está diretamente correlacionado com a atividade de M&A envolvendo ativos brasileiros. No ano de 2015, o volume de entrada de capital estrangeiro para participação no capital de empresas é de cerca de US$ 39,2 bilhões, no acumulado de janeiro a outubro. No mesmo período, em 2014, o volume de entrada de capital para o mesmo objetivo foi de US$ 46,6 bilhões. Esta queda menos acentuada deve-se ao fato dos ativos brasileiros serem competitivos quando comparados em dólar, face à desvalorização cambial em curso no país. No cenário global, as expectativas de mercado convergiram no sentido de uma maior aposta para a subida de juros na economia norte-americana em dezembro, o que pode contribuir para um fluxo de capitais mais forte para esse mercado. No restante das economias maduras, espera-se um crescimento moderado, principalmente na União Européia; enquanto entre as economias emergentes, a perda de dinamismo da economia chinesa continua sendo o destaque. Deloitte Corporate Finance O fato político trouxe, no curto prazo, maior paralisia ao mercado, que vê no auge da crise política um aumento das incertezas e da volatilidade. Por outro lado, este pode ser o primeiro capítulo para um processo que resgate a estabilidade política e previsibilidade da economia, que costumam permear momentos de crescimento econômico. 2 Mercado de Fusões e Aquisições (M&A) Essa menor queda na entrada de capital estrangeiro, mencionada acima, tem de fato refletido no mercado de fusões e aquisições, que continua aquecido, apesar do momento político que o país atravessa. Os segmentos de tecnologia e internet continuam a liderar em volume de transações, seguidos pelo setor de serviços, porém o destaque tem sido o valor de transações importantes anunciadas no mês de novembro, que demonstra o apetite de investidores locais e internacionais por alguns setores específicos da economia. Como exemplo desse movimento observamos o investimento de US$ 450 milhões da chinesa HNA na empresa aérea Azul, permitindo uma capitalização importante em um momento em que tanto o mercado de IPO’s como o de crédito bancário continuam restritos. O mês de novembro foi marcado pelo anúncio de várias aquisições de grande porte, por compradores locais e estrangeiros, sinalizando o contínuo interesse em investimentos em setores específicos da economia para as quais o valor da outorga é de R$ 14 bilhões. Outra transação que coloca novembro entre os meses de destaque em porte de negócios, foi a venda do grupo de comunicação ABC para a multinacional DDB/Omnicom, por estimados US$ 250 milhões. Ou seja, apesar do ambiente recessivo e da instabilidade política agravada, transações de grande porte continuam a ocorrer, envolvendo multinacionais com apetite para entrar no país, e que estão se beneficiando do real desvalorizado. Por outro lado, a continuidade da restrição de crédito, taxas de juros elevadas e ausência de janela para abertura de capital, tem estimulado acionistas a vender empresas ou ativos para se capitalizar, equilibrar estrutura de capital, ou mesmo buscar liquidez patrimonial. No entanto, em muitas operações no middle market envolvendo empresas fechadas, a conclusão da transação está levando mais tempo para ocorrer, em vários casos pela exigência de uma diligência mais detalhada A aquisição do controle da Alpargatas, muito conhecida pelas sandálias Havaianas, marca a entrada do grupo J&F nesse setor, que soma-se agora aos seus investimentos no JBS, Vigor, Eldorado, Banco Original, Flora, entre outros. O valor do negócio, ao redor de R$ 2,7 bilhões, é o segundo maior do mês, atrás apenas da aquisição do negócio de cosméticos da Hypermarcas pela Coty, por aproximadamente R$ 3,8 bilhões. No setor de energia, a China Three Gorges continua a consolidar sua posição em hidrelétricas, ao vencer o leilão pelas usinas Jupiá e Ilha Solteira, Deloitte Corporate Finance 3 Mercado de Dívida e de Capitais O mercado de capitais e dívida vem se contraindo no ano de 2015, em linha com o aumento de volatilidade e incertezas do cenário macroeconômico. A medida que o cenário de retração da economia confirma-se para 2015 e 2016, muitas empresas se deparam com expectativas de pouco ou nenhum crescimento para suas receitas em 2016. Ao longo de 2015, muitas empenharam-se em revisar metas e processos operacionais visando obter ganhos de margem ou resgatar geração de caixa positiva. Tal cenário, em muitos casos, veio acompanhado de um aumento expressivo no endividamento das empresas, seja através do aumento da contratação de linhas de capital de giro para fazer frente às necessidades de curto prazo, ou através da necessidade de renegociação que levou, em alguns casos, a aumentos de spread das linhas de crédito renegociadas. Para administrar o capital de giro com mais segurança, muitas empresas, durante o ano de 2015, buscaram o alongamento e renegociação dos passivos bancários, objetivando, inclusive, carência para pagamento de principal. Com a expectativa de que a economia vai demorar para retomar o ritmo de crescimento e os juros ficarão num patamar elevado no médio prazo, é necessário encontrar soluções que aumentem a capitalização das empresas. Deloitte Corporate Finance 4 A taxa média de juros para operações de crédito para pessoas jurídicas, segundo dados divulgados pelo Banco Central, é de 21,5% ao ano, em 2015. Ou seja, para uma empresa que tivesse um grau de endividamento de 2,0 vezes o EBITDA gerado no ano, medida considerada adequada por alguns analistas, com uma margem EBITDA (EBITDA / Receita Operacional Líquida) de 20%, mais da metade do lucro operacional seria destinado ao pagamento de juros e demoraria mais de 5 anos para que esta empresa quitasse seu financiamento. Com a confirmação das expectativas de que tanto a economia vai demorar para retomar o ritmo de crescimento, como os juros deverão permanecer em patamar elevado no médio prazo, é necessário encontrar soluções que aumentem a capitalização das empresas. No entanto, com a pressão inflacionária em curso e as expectativas de recessão também para 2016, é difícil para as empresas lograrem êxito em aumentos expressivos de margem, pois, do lado das receitas, 2016 deve ser mais um ano com crescimento pequeno em poucos setores, e do lado dos custos, a pressão inflacionária ainda é consistente. Diante deste cenário, torna-se imperativo buscar soluções para injeção de capital e aumento de liquidez, diminuindo o endividamento líquido (dívida menos caixa), para que as empresas cheguem em 2017 com mais fôlego. Tal saída pode se dar através da venda de ativos não estratégicos ou através da venda de participação dos negócios, por exemplo, com o objetivo de abater dívidas e reforçar o caixa das empresas. Deloitte Corporate Finance Preço médio dos últimos 30 dias NTN-B 2020 NTN-B 2024 NTN-B 2035 IPCA+ 7,49% IPCA+ 7,37% IPCA+ 7,23% Os dados macroeconômicos de crédito corroboram o cenário descrito. Em outubro, o saldo acumulado de crédito para pessoa jurídica recuou 0,5% no mês. O volume de novas concessões de crédito recuou 6,3%, enquanto o spread médio aumentou 1,1 ponto percentual. No ano, acumulado até outubro, o salto no spread foi de 3,0 pontos percentuais. No mês de novembro, foram captados R$ 2,1 bilhões em debêntures, através da resolução 476, que concentra operações que podem ser “encarteiradas” por bancos para posterior distribuição a mercado ou com esforços de distribuição restritos para um grupo pequeno de investidores. Ou seja, não podemos afirmar que tal volume seja um termômetro do apetite de investidores para o mercado de capitais e de dívida. Destaque para a captação da MGI – Minas Gerais Participações, no valor de R$ 900 milhões com prazo de 16 anos a CDI + 3,0% a.a. A MGI é uma empresa vinculada à Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais, e concentra as participações acionárias do governo de MG em diversas empresas. Outros R$ 400 milhões foram captados por parques eólicos, com prazo de 6 meses, para empréstimosponte, os chamados empréstimos de curto prazo para fazer frente à necessidade de caixa dos projetos até o desembolso do financiamento de longo prazo. As operações foram precificadas a CDI + 4,0% a.a.. Houve ainda a captação de R$ 300 milhões pela Notre Dame Intermédica, pelo prazo de 6 anos, a CDI + 3,45% a.a., confirmando o bom momento do setor de saúde. 5 Cenário de Investimentos Na agenda de investimentos de longo prazo em infraestrutura, foi realizado no último dia 25 o Leilão das Usinas Existentes. Conforme já mencionado, destaque para a China Three Gorges, que arrematou as concessões das duas maiores usinas (Jupiá e Ilha Solteira). O valor a ser pago pela outorga é de R$ 13,8 bilhões. Com esses ativos a CTG passa a deter capacidade instalada de 6.000 MW e torna-se a segunda maior geradora privada do país, atrás apenas da Tractebel. O prazo de concessão das usinas é de 30 anos. A Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá) está localizada no Rio Paraná, entre as cidades de Andradina e Castilho (SP) e Três Lagoas (MS) – conta com potência instalada de 1.551,2 MW. A Usina Hidrelétrica Ilha Solteira também está localizada no Rio Paraná, porém entre os municípios de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS) - sua potência instalada é de 3.444,0 MW. No mesmo certame, as estatais Cemig, Copel, Cesp e Celg fizeram lances para manter as concessões que não foram renovadas em 2012.A Enel obteve duas concessões que eram da Copel anteriormente. fracassos na licitação de novas linhas de transmissão e subestações. Já no leilão de eólica e solar, a remuneração obtida nos contratos de eólica, bem como a possibilidade de crescimento e obtenção de escala para os investidores de solar, vêm sustentando a boa fase de leilões deste tipo no Brasil. No âmbito do PIL, Programa de Investimentos em Logística, que concentra investimentos nas áreas de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, foi publicado o primeiro edital para arrendamento de terminais portuários. Está previsto para o dia 9 de dezembro o leilão para arrendamento de quatro áreas para terminais portuários em Santos (SP) e em Vila do Conde (PA) para movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais e de papel celulose e carga em geral. Em rodovias, o edital de quatro trechos de rodovias a serem licitados - o da BR 476-153-282-480, entre Paraná e Santa Catarina, o da BR 364-365, entre Goiás e Minas Gerais, o da BR 364-060, em Goiás e o da BR-163, no Pará, ainda são aguardados. Com o certame, o governo conseguiu atingir o objetivo de garantir uma arrecadação de R$ 17,2 bilhões em bônus de outorga. No dia 18 de novembro aconteceu o leilão 005/2005 de transmissão. Foram arrematados apenas 4 lotes de um total de 12 oferecidos, onde estima-se um investimento total de R$ 3,5 bilhões, face a R$ 7,5 bilhões previstos anteriormente. No dia 13 do mesmo mês, aconteceu o 2º leilão de energia de reserva de 2015, que contratou 20 projetos de energia eólica e 33 de energia fotovoltaica (solar). A Empresa de Planejamento Energético – EPE estima que os investimentos necessários para implantar os projetos sejam de aproximadamente R$ 6,8 bilhões. O deságio observado no valor da energia fotovoltaica foi de 21%, enquanto para a fonte eólica foi de 4,5%. Fatores diversos ajudam a explicar o sucesso e a frustração dos leilões organizados pelo Ministério de Minas e Energia – MME no mesmo mês. No leilão de energia existente, o apetite chinês foi um dos fatores fundamentais. A pré-disposição e o interesse em ganhar fatia expressiva do mercado brasileiro é estimulado, dentre outros fatores, pela capacidade de acesso a crédito desse player. A dependência das condições de financiamento do BNDES e o aumento de percepção de risco regulatório para o setor de transmissão são tidos pelo mercado como fatores que explicam os consecutivos Deloitte Corporate Finance 6 Debêntures emitidas no mês de novembro de 2015 Ticker ANDH13 CFER13 CFMS12 CMER15 CMPO12 HILV11 MMGP15 MORR13 NOTR11 NTON11 OVTL14 SRNV12 VGRA12 Emissor Tipo ANDORINHA ENERGIAS RENOVAVEIS S/A CAMPO FORMOSO II ENERGIAS RENOVAVEIS S.A CAMPO FORMOSO I ENERGIAS RENOVAVEIS S/A CREMER S/A COMPORTE PARTICIPACOES S.A. HILL VALLEY PARTICIPACOES S.A. MGI - MINAS GERAIS PARTICIPACOES S.A. MORRINHOS ENERGIAS RENOVAVEIS S/A NOTRE DAME INTERMEDICA SAUDE S/A NATURAL ONE S/A OURO VERDE LOCACAO E SERVICOS S.A. SERTAO ENERGIAS RENOVAVEIS S/A VENTOS DOS GUARAS I ENERGIAS RENOVAVEIS S.A Data da Emissão Prazo (anos) Principal (R$ MM) Remuneração Total Debênture Debênture Debênture Debênture Debênture Debênture Debênture Debênture Debênture Debênture Debênture Debênture Debênture nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 nov-15 0,5 0,5 0,5 2,0 5,0 5,0 16,6 0,5 6,0 5,0 3,0 0,5 0,5 83 81 71 75 86 180 900 75 300 50 200 62 28 DI + 4,00% DI + 4,00% DI + 4,00% DI + 1,50% DI + 3,30% DI + 2,95% DI + 3,00% DI + 4,00% DI + 3,45% DI + 3,92% DI + 3,25% DI + 4,00% DI + 4,00% Debêntures de Infraestrutura emitidas em 2015 Emissor LOGÍSTICA MRS Logística Salus Alupar Rodovias Integradas do Oeste VLI Multimodal Ultrafértil S.A. Rodovias dos Lagos ENERGIA Bons Ventos Ventos de São Tomé Chapada do Piauí I EDP Energias do Brasil NC Energia OUTROS Saneatins Vale Copel Telecomunicações Ambev Deloitte Corporate Finance Ticker Principal (BRL MM) Data de Emissão Prazo (anos) Período de Carência (anos) IPCA + ou Taxa Préfixada P Spread sobre r NTNB na a emissão z Destinação dos Recursos MRSL17-27 SAIP11 APAR16 RVIO14 VLIM11 ULFT11 RDLA12 551 321 250 190 232 115 150 fev-15 mar-15 abr-15 abr-15 jun-15 jun-15 jul-15 7 10 6 5 5 12 5 6 3 5 3 - 6,0% 6,8% 7,3% 6,4% 6,9% 9,1% 7,3% -0,2% 0,4% 1,2% 0,3% 0,6% 2,7% 0,9% Capex Project Finance Capex Project Finance Project Finance Project Finance Project Finance GLIC11 TOME12 CHPA11 ENBR24 - 34 NCEN11 10 89 100 228 32 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 12 12 14 8 10 4 1 4 6 1 9,4% 8,9% 9,2% 8,3% 7,9% 3,0% 2,3% 2,1% 0,8% 0,4% Project Project Project Project Project 190 1.350 160 1.000 jun-15 ago-15 out-15 out-15 7 6 9 6 1 7 - 10,3% 6,6% 8,0% 14,5% (Pré) 3,8% -0,4% 0,6% 6,7% Capex Project Finance Project Finance Capex SNTI13-23 VALE19-29 CTEL11 ABEV11 Finance Finance Finance Finance Finance 7 Principais transações de Fusões e Aquisições em Novembro* Target Comprador RM Ground Services Dnata Azul Linhas Aéreas HNA Group GamerGrade Nuuvem (plataforma online) Grupo MPR Brasil Alothon Fund II Alpargatas J&F Investimentos Grupo ABC DDB Worldwide Pleno Senior Solution Packblend YPF Seaquarz Grupo Guidoni Esfera Escola Internacional Grupo SEB Somos Educação Thunnus Participações Finacap Excelsior Seguros Quimipel Indústria Quimica CHT S/A Comunicação Llorente & Cuenca America FCAT Faculdade de Castanhal Sociedade Educacional Atual da Amazônia Drogaria Mais Econômica Mobius Health Prakolar Rótulos Sato Europe Premier Gold Project, O Capitão Cleveland Mining Company Licurgo, Teles e Guará Advogados Siqueira Castro Advogados Suahouse.com VivaReal Gama Consultores Associados Mercer Casa do Epi Bunzl Joint-Venture GIC DSI SDI Desenvolvimento Imobiliário, GIC Sfera Comercial e Importadora Emmeti Financiére Marcas Topper, Rainha (Alpargatas) Carlos Wizard e outros investidores Biohosp Elfa Negócios de Cosméticos da Hypermarcas Coty SAAM Smit Towage Brasil SAAM NetMovies Looke Thor Comercializadora de Energia Nonsan RJ Participações Usina Ilha Solteira, Usina Hidrelétrica Eng Souza Dias (Jupiá) China Three Gorges Servicios Administrativos IMC, Servicios de Personal Gastrónomico IMC, Grupo Distribuidora de Alimentos TH, Taco Holding Restaurantero del Centro, Inversionistas en Restaurantes de Carnes y Cortes Joint-Venture Lets Valoriza Salute Valoriza Locadora de Veiculos, Salute Locadora, Let's Rent a Car Itaro JPJ Investments, Rigi Ventures, Astella Investimentos *algumas transações anunciadas envolvem aquisição de participação minoritária e outras ainda dependem de aprovações regulatór ias. Deloitte Corporate Finance 8 Principais Transações de M&A do Período A Dnata, controlada pela Emirates, adquiriu uma participação majoritária no capital da RM Ground Services, com sede em Pernambuco e atuação na prestação de serviços e assistências em aeroportos. A empresa tem 2.100 funcionários e atende a mais de 400 vôos por dia em 24 aeroportos em todo o país. A chinesa HNA Group, que atua com logística, transporte de passageiros, turismo e gestão hoteleira, anunciou a aquisição de 23,7% do capital social da Azul Linhas Aéreas. O valor da operação situou-se ao redor de US$ 450 milhões. Com a transação a HNA fortalece sua presença no Brasil. O fundo de private equity Alothon Group adquiriu uma participação majoritária no Grupo MPR, que detêm, entre outras, as indústrias químicas Alcohol Ferreira e a Companhia Nacional de Álcool. Esta última possui marcas de álcool como Zulu, Zumbi e Coperalcool. A Alcohol Ferreira também é fornecedora de álcool industrial. A J&F Investimentos anunciou a aquisição de 44,12% do capital social da Alpargatas, detido pela Camargo Corrêa, assumindo o controle da Alpargatas. O valor da transação foi de aproximadamente R$ 2,7 bilhões. A conclusão da transação ainda depende de aprovação do CADE, e a J&F Investimentos deverá lançar uma Oferta Pública de Aquisição de ações (OPA) da Alpargatas. Estimativas de mercado sinalizam que o valor pago representou um múltiplo implícito de 15 vezes o EBITDA ou 1,6 vezes a receita da Alpargatas. industriais. Para a YPF essa transação tem por objetivo dobrar sua participação de mercado, para cerca de 4%, até 2017. O Grupo Guidoni, especializado na extração e processamento de granito, anunciou a aquisição da empresa espanhola Seaquarz, dando assim início a sua expansão no mercado europeu. A Thunnus Participações, controlada pelo fundo de private equity Tarpon, anunciou a aquisição de 42,66% do capital social da Somos Educação, antiga Abril Educação, por meio de uma OPA. O valor da operação é estimado em R$ 1,6 bilhão. A CHT assinou acordo para aquisição de 100% do capital social da Quimipel Indústria Quimica, que atua no desenvolvimento de soluções para indústria de papel e celulose, através de especialidades químicas e assistência técnica de aplicação. As locadoras de veículos Let's Rent a Car, Salute Locadora e Valoriza Locadora formaram uma jointventure. O valor da transação situou-se ao redor de R$ 296 milhões. A empresa de consultoria em comunicação espanhola Llorente & Cuenca anunciou a aquisição de 70% do capital social da agência de publicidade S/A Comunicação. A Mobius Health, controlada pelo fundo de private equity Verti Capital, adquiriu 60% do capital social da Drogaria Mais Econômica, com sede no Rio Grande do Sul, de propriedade da Brasil Pharma. A norte-americana Omnicom, através da sua investida DDB Worldwide, anunciou a aquisição do Grupo brasileiro ABC. O valor da operação foi de aproximadamente US$ 250 milhões. O Grupo ABC é uma holding de comunicação que inclui as agências de marketing e publicidade Africa, DM9DDB e Loducca. A aquisição fortalece a relação já existente entre as duas empresas e amplia a atuação da DDB na América Latina. A multinacional japonesa Sato Group adquiriu 100% do capital social da Prakolar Rótulos, fabricante de rótulos auto-adesivos para os mercados farmacêutico, bebidas, cosméticos e automotivos. A brasileira IMC International Meal anunciou a venda de sua participação nas subsidiárias Inversionistas en Restaurantes de Carnes y Cortes, Grupo Restaurantero del Centro, Servicios de Personal Gastrónomico IMC e Servicios Administrativos IMC, todas com sede no México e focadas em gestão de restaurantes. Com a transação a IMC segue o objetivo de simplificar sua estrutura, reforçar capital de giro e reduzir a alavancagem. A Mercer, controlada pela Marsh & McLennan Companies, anunciou uma proposta de aquisição da Gama Consultores Associados. Com sede no Distrito Federal, a Gama atua com consultoria em previdência, seguros e planos de saúde. A australiana Cleveland Mining Company adquiriu 50% de participação nos projetos Premier Gold Project e O Capitão, que pertenciam à Edifica Participações. A petroleira argentina YPF anunciou a aquisição de uma participação majoritária no capital social da Packblend, empresa nacional atuante na produção e distribuição de óleos lubrificantes automotivos e Deloitte Corporate Finance 9 O fundo de investimentos do governo de Singapura (Government of Singapore Investment Corporation-GIC), e a brasileira SDI Desenvolvimento Imobiliário, formaram uma jointventure. O valor da operação foi de aproximadamente R$ 775 milhões. O GIC irá deter 96,75% da nova empresa, e a SDI 3,25%. Contatos Reinaldo Grasson Sócio-líder | Corporate Finance +55 11 5186 1704 [email protected] Lara Fenolio Diretora | Debt Advisory +55 11 5186 1073 [email protected] Para mais informações, visite nosso site: www.deloitte.com.br Esta newsletter é produzida pela Deloitte, a partir da consolidação de informações de mercado extraídas de fontes públicas e de análises elaboradas por especialistas da frente de Corporate Finance Advisory. Sua periodicidade é mensal e seu público-alvo são os profissionais da Deloitte, agentes de mercado parceiros e interlocutores selecionados. Estão reservados à Deloitte os direitos autorais desta newsletter. A reprodução de informações nela contidas está sujeita à autorização prévia, mediante consulta formal e citação da fonte. A Deloitte refere-se a uma ou mais entidades da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada, de responsabilidade limitada, estabelecida no Reino Unido ("DTTL”), sua rede de firmas-membro, e entidades a ela relacionadas. 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