ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C HEPATITE C NA POPULAÇÃO PORTUGUESA ESTUDO DE CONHECIMENTO ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C ÍNDICE 1. Enquadramento…………………………………. 3 2. Objetivos…………………………………….…… 3 3. Metodologia……………………………………… 4 4. Caraterização da amostra…………………….. 5 5. Resultados.………………………………………... 6 5.1 Notoriedade………………………………….. 7 5.2 Perceções sobre Hepatite C……………… 9 5.3 Fatos e Mitos sobre o VHC…………………. 19 5.4 Atitudes e comportamentos sobre o VHC 20 6. Principais conclusões……………………………. 21 2 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C 1. Enquadramento A Gilead tem por missão investigar e desenvolver terapêuticas inovadoras em áreas onde existe necessidade médica não preenchida. Em paralelo, procura participar de forma contínua, ativa e responsável na discussão das políticas de saúde, centrando as mesmas no doente e contribuindo para a geração de dados e conhecimento científico em Portugal. Portugal tornou-se um caso de destaque em todo o mundo, uma vez que foi o primeiro país a comprometer-se com a eliminação da Hepatite C. Esta é uma história de sucesso que, para atingir o seu objetivo último – a eliminação da doença – tem ainda passos importantes a dar, sendo a literacia em saúde um dos mais importantes. Nesse sentido, a Gilead contatou a GfK com vista à realização de um projeto de investigação junto da população, com o intuito de compreender o seu conhecimento relativamente à Hepatite C, avaliando o conhecimento geral da população portuguesa desde a prevenção ao diagnóstico, atitudes e comportamentos, bem como perceber até que ponto são prevalentes alguns mitos e perceções incorretas sobre esta doença. Foram convidados como parceiros a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, a Associação SOS Hepatites e o Grupo GAT, que desempenharam um papel fundamental para a realização deste estudo, em particular com a revisão do questionário que serviu de base ao mesmo, garantindo a pertinência das questões abordadas junto da população e a sua exatidão científica. 2. Objetivos A realização do estudo de conhecimento da hepatite C teve o objetivo de avaliar, junto da população portuguesa, o seu conhecimento sobre: Notoriedade espontânea da doença Perceções sobre Hepatite C Nível de conhecimento | Fontes de Informação Característica principal e distintiva | Sintomas | Formas de transmissão Grupos de risco | Diagnóstico e cura | Notoriedade medicamentos Especialidades médicas Hepatite C Fatos e Mitos sobre a Hepatite C Perceções corretas e incorretas sobre a Hepatite C Atitudes e comportamentos sobre a Hepatite C 3 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C 3. Metodologia O presente estudo foi realizado tendo por base o seguinte desenho metodológico: Universo: constituído por indivíduos com 18 e mais anos, residentes em Portugal Continental. Amostra: constituída por 602 indivíduos, entre os 18 e +65 anos , com a seguinte distribuição por Regiões: Região GfK Metris Entrevistas % Norte Litoral 117 19 Grande Porto 79 13 Interior 86 14 Centro Litoral 101 17 Grande Lisboa 164 27 Alentejo 30 5 Algarve 25 4 602 100 Total Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, pelo sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). O questionário foi elaborado pela GfK Metris e os trabalhos de campo foram realizados por entrevistadores com experiência em estudos telefónicos através do sistema CATI, recrutados e treinados pela GfK Metris, que receberam uma formação adequada às especificidades deste estudo. A recolha teve lugar no Litoral Norte, Grande Porto, Interior, Centro Litoral, Grande Lisboa, Alentejo e Algarve, em 2015, com os trabalhos de campo a decorrerem nos finsde-semana, entre as 15h e as 22h, e nos dias úteis entre as 17h e as 22h. 4 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C 3. Caracterização da amostra SEXO IDADE Masculino 47 % Feminino 53 % REGIÃO 18-34 anos 25% 35-54 anos 36% 55 + anos 39% INSTRUÇÃO Norte Litoral 19% Universitário / Pós graduação 19% Grande Porto 13% Curso médio / Politécnico 2% Interior 14% 1% Centro Litoral 17% Frequência de curso superior/ médio Grande Lisboa 27% Alentejo 5% Algarve 4% 12º ano 27% 9º ano 6º ano Instrução primária completa Instrução primária incompleta / analfabeto 15% 12% 22% 3% Base: Total (602) 5 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C 5. Resultados 6 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C 5.1 Notoriedade da Hepatite Em termos de notoriedade espontânea considerando as doenças em geral, quando questionados sobre as doenças de que se recordam, a hepatite foi a sétima doença mais referida de forma espontânea pelos portugueses, com 6% de referências totais. Ainda assim, fica longe da doença mais referida: o cancro, que foi a primeira dença apontada pela amostra. A notoriedade espontânea considerando doenças virais sobe para 14%, escalando para os 42% dentro do contexto das doenças hepáticas. Doenças em geral Doenças virais Doenças hepáticas Gravidade percecionada e comparativa de doenças De uma forma sugerida e com base numa escala que avalia a percepção de gravidade, constata-se que a Hepatite C é percepcionada como a 2ª doença/condição médica mais grave, a seguir à infeção pelo VIH/SIDA. 7 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Notoriedade espontânea dos vários tipos de Hepatite À pergunta sobre os tipos de hepatites causadas por vírus que conheciam, a Hepatite C surge claramente em primeiro lugar com 56% de respostas, seguida da Hepatite B (46%) e da Hepatite A (28%). Hepatite A 28% Hepatite B 46% Hepatite C Hepatite D 56% 3% Hepatite E 1% Outra 1% 34% Conhecem alguém com Hepatite C? 32% dos inquiridos refere conhecer alguém com Hepatite C 32% 8 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C 5.2 Perceções sobre a Hepatite C Nível de conhecimento sobre o VHC Inquiridos sobre o seu nível de conhecimento sobre o VHC, 42% dos indivíduos da amostra consideram-se muito mal informados, enquanto 45% se consideram medianamente informados. Apenas 13% da amostra assume estar muito bem informada. Quando inquiridos sobre se consideram a população portuguesa bem informada sobre o VHC, a perceção piora, com 46% a considerarem a população mal informada, 49% medianamente informada e apenas 5% muito bem informada. Média DA POPULAÇÃO 46% DO PRÓPRIO 42% 1: “Nada informado” Mal informado (B3B = 1+2+3) 49% 45% 5% 13% 4,3 3,9 10: “Extremamente informado” Medianamente informado (4+5+6+7) Bem informado (T3B = 8+9+10) Fontes de informação que mais contribuem para o conhecimento sobre o VHC Entre as principais fontes de informação citadas pelos inquiridos, a televisão destaca-se largamente com 52%, seguida da internet com 17%, Jornais/revistas responsáveis por 12%, e profissionais de saúde com apenas 9%. 9 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Característica principal e distintiva da Hepatite C (respostas espontâneas) 69% dos inquiridos não conseguiram apresentar qualquer característica distintiva entre a hepatite C e as restantes hepatites. Não conseguem apresentar qualquer característica 69% Ataca o fígado Mais grave Elevada mortalidade Mais contagiosa Icterícia (olhos/pele amarela) Contágio por contacto sexual Poucos sintomas/Silenciosa Outras respostas 31% Apresentam características 8% 4% 4% 4% 2% 1% 0,3% 8% Sintomatologia associada à Hepatite C (respostas espontâneas) Também na sintomatologia associada à Hepatite C, mais de metade dos inquiridos (57%) não conseguiram referir qualquer sintomatologia. Não conseguem referir qualquer sintomatologia 57% Icterícia (pele e olhos amarelos) Cansaço e fadiga Febre/Febre persistente Perda de peso/apetite Dor/Inchaço abdominal Dores musculares Diarreia Dores de cabeça (…) 43% Referem sintomatologia 16% 15% 13% 7% 5% 3% 3% 3% 10 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Formas de Transmissão da Hepatite C (respostas espontâneas) Também relativamente às formas de transmissão da Hepatite C, uma parte relevante da amostra não soube apontar qualquer causa (44%) enquanto os restantes 56% que apontaram formas de transmissão refletem alguns mitos e perceções errados (utensílios de cozinha, toque, contato com suor , pelo ar, etc). Não conseguem referir qualquer forma de transmissão 44% Relação heterossexual Qualquer contacto com sangue Transfusão sanguínea Saliva Relação homossexual Partilha de material de injeção Utensílios de cozinha/ talheres Beijo Relações sexuais (sem especificar) Utensílios higiene pessoal Toque Contacto com suor Pelo ar Transmissão vertical (mãe para filho no útero) Outras respostas 56% Referem formas de transmissão 19% 17% 17% 15% 12% 12% 6% 4% 4% 3% 1% 1% 1% 1% 4% 11 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Formas de prevenção da Transmissão da Hepatite C 52% da amostra não foi capaz de referir nenhuma forma de prevenção da transmissão da Hepatite C em respostas espontâneas. Nas respostas sugeridas, a maioria refere a não partilha de seringas, análises regulares, utilização de preservativo e tratamento de doentes infetados surgem nos primeiros lugares. Respostas espontâneas Não conseguem referir qualquer forma de 52% prevenção Referem formas de prevenção 48% Relações sexuais protegidas 17% Higiene em geral 9% Não partilhar agulhas 6% Vacinação 5% Transfusões de sangue 4% Consumir álcool com moderação 4% Ter cuidado com parceiros 4% (…) Respostas sugeridas Não partilhar agulhas e seringas 88% Fazer análises regularmente 81% Não partilhar lâminas e escovas de dentes 81% Utilização de preservativo 77% Tratamento de indivíduos infetados 75% Rastreio de dadores de sangue 72% Vacina 70% Ns/Nr 3% 12 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Órgãos afetados / Complicações resultantes do VHC As respostas espontâneas revelam que apenas 69% da amostra refere o fígado como órgão afetado pelo VHC, com 31% de respostas não sabe/não responde ou referindo outros órgãos. Já nas complicações resultantes do VHC, com respostas sugeridas, a resposta mais referida – infeção crónica do fígado – foi a escolhida por 77% da amostra. Complicações resultantes do VHC (sugerido) Órgãos afectados pelo VHC (espontâneo) 69% Fígado Pâncreas 5% Rins 5% Pulmões Vesícula 68% Cirrose do fígado 58% Cancro do fígado 4% Hemorragias/ Sangramento digestivo 1% 7% Outras respostas 77% Infeção crónica do fígado 44% 36% Encefalopatia hepática 26% Ns/Nr 26% Ascite/Barriga de água Não sabe/Não responde 10% Tempos da infeção por VHC Existe um claro desconhecimento quer sobre a esperança de vida após infeção (62%), quer o tempo entre infeção e manifestação dos sintomas, com 82% da amostra a não conseguir referir qualquer período. Esperança de vida da infecção por VHC (espontâneo) Não conseguem referir 48% 62% qualquer período Menos de 5 anos Não conseguem apontar qualquer período 19% 5 a 10 anos Mais de 10 anos Referem um período Tempo entre infecção e manifestação de sintomas (espontâneo) 15% 82% 4% Média 7,3 anos 13 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Grupos de risco Inquiridos sobre grupos de risco, a grande maioria é de opinião que o VHC atinge qualquer tipo de pessoa (76%) enquanto 17% da amostra considera que atinge mais determinados grupos de pessoas. Dentro dos grupos de risco, quer nas respostas espontâneas, quer nas respostas sugeridas o grupo mais apontado é o dos toxicodependentes/pessoas que partilham agulhas e seringas. NS/NR 8 Sobretudo determinados grupos de pessoas 17 Qualquer tipo de pessoa 76 17% Consideram que o VHC afecta maioritariamente certos grupos de pessoas Que grupos? Respostas sugeridas Respostas espontâneas Toxicodependentes 54% Quem partilha agulhas e seringas 96% Prostitutas 13% Quem pratica atos sexuais de risco acrescido/com sangue 84% Alcoólicos 12% Quem partilha lâminas e escovas de dentes 82% Pessoas com estado de saúde débil Pessoas com comportamentos sexuais de risco Homossexuais 11% 10% 6% Outras respostas Ns/Nr 23% 5% Profissionais de saúde 61% Quem recebeu transfusão de sangue antes de 1993 60% Hemofílicos 59% Dadores de sangue 38% 14 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Cura e Teste diagnóstico/rastreio VHC Apenas metade da amostra tem conhecimento da existência de uma cura para a hepatite C e pouco mais de metade (58%) têm conhecimento do teste / rastreio da VHC. Tem conhecimento de teste de rastreio/diagnóstico de VHC? Tem conhecimento de uma cura para o VHC? 51 58 Tem conhecimento Não tem conhecimento 49 42 Teste diagnóstico/rastreio VHC Os 58% da amostra com conhecimento dos testes de rastreio, foram inquiridos sobre locais de realização do mesmo (respostas espontâneas) e situações para a realização do teste (respostas sugeridas). 58% Tem conhecimento de teste de rastreio/ diagnóstico de VHC Locais de realização do teste (espontâneo) Hospital 65% Centro de saúde 38% Clínica de análises 38% Unidades móveis 6% Centro comunitário 0,3% Outras respostas NS/NR Situações para a realização do teste (sugerido) Após partilha de agulhas e seringas 89% Após atos sexual de risco acrescido 81% Após partilha de lâminas e escovas de dentes 74% Após transfusão de sangue 70% 1% 7% Após dádiva de sangue Após cumprimentar uma pessoa infetada pelo HCV 47% 12% 15 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Teste diagnóstico/rastreio VHC Dos 58% da amostra com conhecimento dos testes de rastreio, 29% afirmaram já ter realizado o rastreio, sendo a precaução/despiste uma das principais razões indicadas (26%), seguido de análises de rotina (19%) e gravidez, contato com infetados e exigência da entidade empregadora, todas com 12%. 58% Tem conhecimento de teste de rastreio/ diagnóstico de VHC Base: Total (602) 29% Já realizaram o teste de rastreio/ diagnóstico de VHC Base: Sabem da existência de um teste de rastreio/diagnóstico de VHC (347) Razões para a realização (espontâneo) Precaução/Despiste 26% Análise de rotina 19% Gravidez 12% Contacto com infectados 12% Exigência da entidade empregadora 12% Conselho do médico 10% Para dar sangue 5% Esteve internado/ Intervenção cirúrgica Outras respostas 4% 1% 16 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Notoriedade dos novos medicamentos Mais de metade da amostra não tinha conhecimento de nenhum novo tratamento para a hepatite C. O preço e a elevada eficácia são as respostas espontâneas melhor pontuadas, com 34% e 31% respetivamente. Ouviu falar recentemente de algum novo tratamento? O que se recorda de ter ouvido? (espontâneo) Ouviu falar Muito caro 34% Elevada eficácia 47 31% Viu na televisão 14% Polémica com governo/comparticipação 11% Comprimidos/ Toma oral 11% Protestos/ Protestos na assembleia Base: Total (602) Novo medicamento 53 Evita o transplante do fígado Outras respostas Não ouviu falar 8% 5% 3% 5% Ns/Nr 8% Especialidades médicas Inquiridos sobre qual a especialidade médica a que recorreria, 38% da amostra não conseguiu referir qualquer especialidade, enquanto os 62% se centram no Médico de Família (29%) ou Clínico Geral (9%). Não conseguem referir qualquer especialidade 38% Médico de Família Clínico Geral Hepatologista/ Especialista do Fígado Gastrenterologista Infecciologista Medicina Interna Hematologista Endocrinologista Ginecologista/Urologista Outras respostas 62% Referem especialidades 29% 9% 6% 5% 5% 2% 2% 2% 2% 6% 17 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Carências de informação adicional sobre o VHC (espontâneo) Em respostas espontâneas, 23% da amostra considera que gostaria de saber tudo sobre a doença, seguido de tratamentos, sintomas, formas de transmissão, causas, etc. Mais de metade dos inquiridos acredita que as formas de prevenção são a informação mais importante a partilhar com a população. O que gostaria de saber sobre VHC? Tudo/ Informação sobre a doença 23% Tratamento 15% Sintomas 13% Formas de transmissão 12% Prevenção Causa da doença Características da doença Diagnóstico Outras respostas Ns/Nr 28% 19% Tratamento 14% Diagnóstico 6% Formas de transmissão 2% 26% 8% 31% Características da doença 9% 1% 51% Prevenção Causa da doença 11% Nada Informação mais importante a partilhar com a população 6% Tudo/ Informação sobre a doença 4% Sintomas 3% Outras 1% Ns/Nr 21% 18 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C 5.3 Factos e mitos sobre o VHC Perceções corretas e incorretas sobre o VHC A amostra foi submetida a 32 afirmações, 17 falsas e 13 verdadeiras, com o objectivo de identificar as perceções corretas e incorretas sobre o VHC. Embora as perceções verdadeiras atinjam percentagem bastante altas, como pode ser verificado no quadro abaixo, ainda existe um percentagem significativa de portugueses com muitas perceções incorretas sobre a Hepatite C. % Top 10 percepções corretas sobre o VHC associação correta (consideram verdadeiro) V A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se pela partilha de agulhas e seringas com sangue contaminado 95% V A eficácia dos medicamentos para tratamento do vírus da Hepatite C evoluiu nos últimos anos 89% V É possível ser-se portador do vírus da Hepatite C sem se saber 89% V A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se através de materiais cortantes contaminados (ex. tatuagens, manicure, piercings, lâminas de barbear, etc) 88% V O rastreio ao vírus da Hepatite C deve ser feito logo após uma situação de risco 85% V O rastreio ao vírus da Hepatite C deve ser feito por toda a gente mesmo na ausência de situações de risco 79% V A Hepatite C é uma doença que tem uma evolução silenciosa durante vários anos, manifestando-se através de complicações como sejam a cirrose hepática e cancro do fígado 79% V O vírus da Hepatite C pode transmitir-se através de sexo vaginal não protegido com alguém infectado 76% O resultado do teste ao vírus da Hepatite C é sempre confidencial 75% O vírus da Hepatite C pode transmitir-se através do sexo anal não protegido com alguém infectado 70% V V Top 10 percepções incorretas sobre o VHC % associação incorreta (consideram verdadeiro) F Existe uma vacina contra o vírus da Hepatite C 58% F O tratamento atual para a infeção do vírus da Hepatite C interfere na rotina diária 53% F A Hepatite C é uma doença que afecta especialmente toxicodependentes 52% F O tratamento para a hepatite C é muito difícil, pois tem muitos efeitos secundários 51% F Uma pessoa está curada da Hepatite C quando os exames apresentam uma carga vírica indetectável (isto é, não haver vírus em circulação no sangue) 50% F O tratamento da Hepatite C é para o resto da vida 47% F O cura com os novos medicamentos contra a Hepatite C em doentes em lista de transplante evita a necessidade de realizar o transplante 46% F A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se pela partilha de talheres 35% F Uma pessoa infetada com vírus da Hepatite C só deve iniciar tratamento quando já tem sintomas 34% F A infeção causada pelo vírus da Hepatite C tem sintomas fáceis de detetar 34% Base: Total (602) 19 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C 5.4 Atitudes e comportamentos sobre o VHC A amostra foi confrontada com 5 afirmações relacionadas com comportamentos e atitudes relativamente à Hepatite C. Enquanto 71% afirmaram que contaria aos amigos se estivesse infetado pela hepatite C, 83% assume que não se importaria de cumprimentar uma pessoa infetada e 94 % afirma que contaria à família. Inquiridos sobre se teriam um relacionamento com uma pessoa infetada pela hepatite C a percentagem baixa drasticamente para 44% de respostas afirmativas, com 45% de respostas negativas. A pergunta “Consegue identificar-se facilmente com uma pessoa infetada pelo VHC?” apenas conseguiu 14% de respostas afirmativas contra 77% de respostas negativas. 20 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C 6. Principais conclusões 21 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Principais conclusões 1 Para os portugueses, quando pensam em doenças de um modo geral, a Hepatite não é das mais presentes na sua mente, com apenas 6% a referirem-na espontaneamente (longe dos 66% de referências para o cancro). Quando se consideram apenas doenças causadas por vírus, o valor da notoriedade da Hepatite sobe para 14%, sendo a terceira doença mais referida (atrás da gripe (40%) e da infeção pelo VIH/ SIDA (36%). Afunilando para doenças que afetam especificamente o fígado, é então a principal referência espontânea. 2 3 Apesar de ser uma doença que os portugueses não recordam de imediato, a Hepatite C é percepcionada como sendo uma doença muito grave (avaliação média de 8,19 numa escala de “0 – Nada grave” a “10 – Muito grave”; entre as patologias consideradas, só a infeção pelo VIH/SIDA foi considerada mais grave). Pese embora esta percepção de gravidade, os inquiridos consideram-se pouco informados sobre o VHC (e consideram a população em geral ainda menos informada do que os próprios). Este parco conhecimento é evidente quando é pedido aos inquiridos para referirem, sem ajuda do entrevistador, aspetos sobre a Hepatite C (desde características, a sintomas, formas de transmissão, etc.). Nestes casos, o volume de não-resposta tende a ser elevado (acima, em alguns casos, dos 2/3). Mesmo assim, aproximadamente metade dos inquiridos considera que há cura para o VHC, e 58% sabe da existência de um teste de rastreio/diagnóstico. 47% ouviram falar de um novo medicamento para a Hepatite C, relembrando o seu elevado preço, aliado à elevada eficácia. 22 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Principais conclusões 4 Por outro lado, quando expostos a várias afirmações sobre a Hepatite C, os portugueses parecem ter menor dificuldade em distinguir o correto do incorreto, ainda que pareça mais fácil reconhecer as afirmações verdadeiras, do que reconhecer os mitos. Mesmo assim, em apenas 5 casos (em 30) é que mais de metade dos inquiridos considerou verdadeira uma afirmação falsa. Estas têm fundamentalmente a ver com especificidades do tratamento contra o VHC. Top 10 percepções corretas sobre o VHC % associação correta Top 10 percepções incorretas sobre o VHC A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se pela partilha de agulhas e seringas com sangue contaminado 95% F Existe uma vacina contra o vírus da Hepatite C A eficácia dos medicamentos para tratamento do vírus da Hepatite C evoluiu nos últimos anos 89% F Hepatite C interfere na rotina diária É possível ser-se portador do vírus da Hepatite C sem se saber 89% F especialmente toxicodependentes O tratamento atual para a infeção do vírus da A Hepatite C é uma doença que afecta O tratamento para a hepatite C é muito difícil, A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se através de materiais cortantes contaminados (ex. tatuagens, manicure, piercings, lâminas de barbear, etc) 88% O rastreio ao vírus da Hepatite C deve ser feito logo após uma situação de risco 85% O rastreio ao vírus da Hepatite C deve ser feito por toda a gente mesmo na ausência de situações de risco 79% F vida A Hepatite C é uma doença que tem uma evolução silenciosa durante vários anos, manifestando-se através de complicações como sejam a cirrose hepática e cancro do fígado 79% F Hepatite C em doentes em lista de transplante O vírus da Hepatite C pode transmitir-se através de sexo vaginal não protegido com alguém infectado 76% F se pela partilha de talheres O resultado do teste ao vírus da Hepatite C é sempre confidencial 75% F deve iniciar tratamento quando já tem sintomas O vírus da Hepatite C pode transmitir-se através do sexo anal não protegido com alguém infectado 70% F sintomas fáceis de detetar F pois tem muitos efeitos secundários F Uma pessoa está curada da Hepatite C quando os exames apresentam uma carga vírica indetectável (isto é, não haver vírus em circulação no sangue) O tratamento da Hepatite C é para o resto da % associação incorreta 58% 53% 52% 51% 50% 47% O cura com os novos medicamentos contra a 46% evita a necessidade de realizar o transplante A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir- Uma pessoa infetada com vírus da Hepatite C só A infeção causada pelo vírus da Hepatite C tem 35% 34% 34% 23 ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C Lisboa, Fevereiro 2016 24