Estudo de Conhecimento da Hepatite C_Resumo_24.02.16

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ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
HEPATITE C
NA POPULAÇÃO PORTUGUESA
ESTUDO DE CONHECIMENTO
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
ÍNDICE
1. Enquadramento………………………………….
3
2. Objetivos…………………………………….……
3
3. Metodologia………………………………………
4
4. Caraterização da amostra……………………..
5
5. Resultados.………………………………………...
6
5.1 Notoriedade…………………………………..
7
5.2 Perceções sobre Hepatite C………………
9
5.3 Fatos e Mitos sobre o VHC………………….
19
5.4 Atitudes e comportamentos sobre o VHC
20
6. Principais conclusões…………………………….
21
2
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
1. Enquadramento
A Gilead tem por missão investigar e desenvolver terapêuticas inovadoras em áreas
onde existe necessidade médica não preenchida. Em paralelo, procura participar de
forma contínua, ativa e responsável na discussão das políticas de saúde, centrando as
mesmas no doente e contribuindo para a geração de dados e conhecimento científico
em Portugal. Portugal tornou-se um caso de destaque em todo o mundo, uma vez que
foi o primeiro país a comprometer-se com a eliminação da Hepatite C. Esta é uma
história de sucesso que, para atingir o seu objetivo último – a eliminação da doença –
tem ainda passos importantes a dar, sendo a literacia em saúde um dos mais
importantes.
Nesse sentido, a Gilead contatou a GfK com vista à realização de um projeto de
investigação junto da população, com o intuito de compreender o seu conhecimento
relativamente à Hepatite C, avaliando o conhecimento geral da população portuguesa
desde a prevenção ao diagnóstico, atitudes e comportamentos, bem como perceber
até que ponto são prevalentes alguns mitos e perceções incorretas sobre esta doença.
Foram convidados como parceiros a Associação Portuguesa para o Estudo do
Fígado, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, a Associação SOS
Hepatites e o Grupo GAT, que desempenharam um papel fundamental para a
realização deste estudo, em particular com a revisão do questionário que serviu
de base ao mesmo, garantindo a pertinência das questões abordadas junto da
população e a sua exatidão científica.
2. Objetivos
A realização do estudo de conhecimento da hepatite C teve o objetivo de avaliar, junto
da população portuguesa, o seu conhecimento sobre:
Notoriedade espontânea da doença
Perceções sobre Hepatite C
Nível de conhecimento | Fontes de Informação
Característica principal e distintiva | Sintomas | Formas de transmissão
Grupos de risco | Diagnóstico e cura | Notoriedade medicamentos
Especialidades médicas Hepatite C
Fatos e Mitos sobre a Hepatite C
Perceções corretas e incorretas sobre a Hepatite C
Atitudes e comportamentos sobre a Hepatite C
3
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
3. Metodologia
O presente estudo foi realizado tendo por base o seguinte desenho metodológico:
Universo: constituído por indivíduos com 18 e mais anos, residentes em Portugal
Continental.
Amostra: constituída por 602 indivíduos, entre os 18 e +65 anos , com a seguinte
distribuição por Regiões:
Região GfK Metris
Entrevistas
%
Norte Litoral
117
19
Grande Porto
79
13
Interior
86
14
Centro Litoral
101
17
Grande Lisboa
164
27
Alentejo
30
5
Algarve
25
4
602
100
Total
Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica,
pelo sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing).
O questionário foi elaborado pela GfK Metris e os trabalhos de campo foram realizados
por entrevistadores com experiência em estudos telefónicos através do sistema CATI,
recrutados e treinados pela GfK Metris, que receberam uma formação adequada às
especificidades deste estudo.
A recolha teve lugar no Litoral Norte, Grande Porto, Interior, Centro Litoral, Grande
Lisboa, Alentejo e Algarve, em 2015, com os trabalhos de campo a decorrerem nos finsde-semana, entre as 15h e as 22h, e nos dias úteis entre as 17h e as 22h.
4
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
3. Caracterização da amostra
SEXO
IDADE
Masculino
47
%
Feminino
53
%
REGIÃO
18-34 anos
25%
35-54 anos
36%
55 + anos
39%
INSTRUÇÃO
Norte Litoral
19%
Universitário / Pós
graduação
19%
Grande Porto
13%
Curso médio / Politécnico
2%
Interior
14%
1%
Centro Litoral
17%
Frequência de curso
superior/ médio
Grande Lisboa
27%
Alentejo
5%
Algarve
4%
12º ano
27%
9º ano
6º ano
Instrução primária
completa
Instrução primária
incompleta / analfabeto
15%
12%
22%
3%
Base: Total (602)
5
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
5. Resultados
6
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
5.1 Notoriedade da Hepatite
Em termos de notoriedade espontânea considerando as doenças em geral, quando
questionados sobre as doenças de que se recordam, a hepatite foi a sétima doença
mais referida de forma espontânea pelos portugueses, com 6% de referências totais.
Ainda assim, fica longe da doença mais referida: o cancro, que foi a primeira dença
apontada pela amostra.
A notoriedade espontânea considerando doenças virais sobe para 14%, escalando para
os 42% dentro do contexto das doenças hepáticas.
Doenças em geral
Doenças virais
Doenças hepáticas
Gravidade percecionada e comparativa de doenças
De uma forma sugerida e com base numa escala que avalia a percepção de
gravidade, constata-se que a Hepatite C é percepcionada como a 2ª
doença/condição médica mais grave, a seguir à infeção pelo VIH/SIDA.
7
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Notoriedade espontânea dos vários tipos de Hepatite
À pergunta sobre os tipos de hepatites causadas por vírus que conheciam, a Hepatite C
surge claramente em primeiro lugar com 56% de respostas, seguida da Hepatite B (46%)
e da Hepatite A (28%).
Hepatite A
28%
Hepatite B
46%
Hepatite C
Hepatite D
56%
3%
Hepatite E
1%
Outra
1%
34%
Conhecem alguém
com Hepatite C?
32% dos inquiridos refere
conhecer alguém com
Hepatite C
32%
8
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
5.2 Perceções sobre a Hepatite C
Nível de conhecimento sobre o VHC
Inquiridos sobre o seu nível de conhecimento sobre o VHC, 42% dos indivíduos da
amostra consideram-se muito mal informados, enquanto 45% se consideram
medianamente informados. Apenas 13% da amostra assume estar muito bem informada.
Quando inquiridos sobre se consideram a população portuguesa bem informada sobre
o VHC, a perceção piora, com 46% a considerarem a população mal informada, 49%
medianamente informada e apenas 5% muito bem informada.
Média
DA POPULAÇÃO
46%
DO PRÓPRIO
42%
1: “Nada informado”
Mal informado (B3B = 1+2+3)
49%
45%
5%
13%
4,3
3,9
10: “Extremamente informado”
Medianamente informado (4+5+6+7)
Bem informado (T3B = 8+9+10)
Fontes de informação que mais contribuem para o conhecimento sobre o VHC
Entre as principais fontes de informação citadas pelos inquiridos, a televisão destaca-se
largamente com 52%, seguida da internet com 17%, Jornais/revistas responsáveis por
12%, e profissionais de saúde com apenas 9%.
9
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Característica principal e distintiva da Hepatite C (respostas espontâneas)
69% dos inquiridos não conseguiram apresentar qualquer característica distintiva entre
a hepatite C e as restantes hepatites.
Não conseguem
apresentar qualquer
característica
69%
Ataca o fígado
Mais grave
Elevada mortalidade
Mais contagiosa
Icterícia (olhos/pele amarela)
Contágio por contacto sexual
Poucos sintomas/Silenciosa
Outras respostas
31%
Apresentam
características
8%
4%
4%
4%
2%
1%
0,3%
8%
Sintomatologia associada à Hepatite C (respostas espontâneas)
Também na sintomatologia associada à Hepatite C, mais de metade dos inquiridos
(57%) não conseguiram referir qualquer sintomatologia.
Não conseguem referir
qualquer sintomatologia
57%
Icterícia (pele e olhos amarelos)
Cansaço e fadiga
Febre/Febre persistente
Perda de peso/apetite
Dor/Inchaço abdominal
Dores musculares
Diarreia
Dores de cabeça
(…)
43%
Referem
sintomatologia
16%
15%
13%
7%
5%
3%
3%
3%
10
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Formas de Transmissão da Hepatite C (respostas espontâneas)
Também relativamente às formas de transmissão da Hepatite C, uma parte relevante
da amostra não soube apontar qualquer causa (44%) enquanto os restantes 56% que
apontaram formas de transmissão refletem alguns mitos e perceções errados
(utensílios de cozinha, toque, contato com suor , pelo ar, etc).
Não conseguem referir
qualquer forma de
transmissão
44%
Relação heterossexual
Qualquer contacto com sangue
Transfusão sanguínea
Saliva
Relação homossexual
Partilha de material de injeção
Utensílios de cozinha/ talheres
Beijo
Relações sexuais (sem especificar)
Utensílios higiene pessoal
Toque
Contacto com suor
Pelo ar
Transmissão vertical (mãe para filho no útero)
Outras respostas
56%
Referem formas
de transmissão
19%
17%
17%
15%
12%
12%
6%
4%
4%
3%
1%
1%
1%
1%
4%
11
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Formas de prevenção da Transmissão da Hepatite C
52% da amostra não foi capaz de referir nenhuma forma de prevenção da transmissão
da Hepatite C em respostas espontâneas. Nas respostas sugeridas, a maioria refere a
não partilha de seringas, análises regulares, utilização de preservativo e tratamento de
doentes infetados surgem nos primeiros lugares.
Respostas espontâneas
Não conseguem referir
qualquer forma de 52%
prevenção
Referem
formas de
prevenção
48%
Relações sexuais protegidas
17%
Higiene em geral
9%
Não partilhar agulhas
6%
Vacinação
5%
Transfusões de sangue
4%
Consumir álcool com moderação
4%
Ter cuidado com parceiros
4%
(…)
Respostas sugeridas
Não partilhar agulhas e seringas
88%
Fazer análises regularmente
81%
Não partilhar lâminas e escovas de
dentes
81%
Utilização de preservativo
77%
Tratamento de indivíduos infetados
75%
Rastreio de dadores de sangue
72%
Vacina
70%
Ns/Nr
3%
12
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Órgãos afetados / Complicações resultantes do VHC
As respostas espontâneas revelam que apenas 69% da amostra refere o fígado como
órgão afetado pelo VHC, com 31% de respostas não sabe/não responde ou referindo
outros órgãos. Já nas complicações resultantes do VHC, com respostas sugeridas, a
resposta mais referida – infeção crónica do fígado – foi a escolhida por 77% da amostra.
Complicações resultantes do VHC
(sugerido)
Órgãos afectados pelo VHC
(espontâneo)
69%
Fígado
Pâncreas
5%
Rins
5%
Pulmões
Vesícula
68%
Cirrose do fígado
58%
Cancro do fígado
4%
Hemorragias/ Sangramento
digestivo
1%
7%
Outras respostas
77%
Infeção crónica do fígado
44%
36%
Encefalopatia hepática
26%
Ns/Nr
26%
Ascite/Barriga de água
Não sabe/Não responde
10%
Tempos da infeção por VHC
Existe um claro desconhecimento quer sobre a esperança de vida após infeção (62%),
quer o tempo entre infeção e manifestação dos sintomas, com 82% da amostra a não
conseguir referir qualquer período.
Esperança de vida da infecção por VHC
(espontâneo)
Não conseguem referir
48%
62%
qualquer período
Menos de 5 anos
Não conseguem apontar
qualquer período
19%
5 a 10 anos
Mais de 10 anos
Referem um
período
Tempo entre infecção e
manifestação de sintomas
(espontâneo)
15%
82%
4%
Média
7,3 anos
13
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Grupos de risco
Inquiridos sobre grupos de risco, a grande maioria é de opinião que o VHC atinge
qualquer tipo de pessoa (76%) enquanto 17% da amostra considera que atinge mais
determinados grupos de pessoas. Dentro dos grupos de risco, quer nas respostas
espontâneas, quer nas respostas sugeridas o grupo mais apontado é o dos
toxicodependentes/pessoas que partilham agulhas e seringas.
NS/NR
8
Sobretudo
determinados
grupos de
pessoas
17
Qualquer tipo de
pessoa
76
17%
Consideram que o VHC afecta maioritariamente certos
grupos de pessoas
Que grupos?
Respostas sugeridas
Respostas espontâneas
Toxicodependentes
54%
Quem partilha agulhas e
seringas
96%
Prostitutas
13%
Quem pratica atos sexuais de
risco acrescido/com sangue
84%
Alcoólicos
12%
Quem partilha lâminas e
escovas de dentes
82%
Pessoas com estado de saúde
débil
Pessoas com comportamentos
sexuais de risco
Homossexuais
11%
10%
6%
Outras respostas
Ns/Nr
23%
5%
Profissionais de saúde
61%
Quem recebeu transfusão de
sangue antes de 1993
60%
Hemofílicos
59%
Dadores de sangue
38%
14
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Cura e Teste diagnóstico/rastreio VHC
Apenas metade da amostra tem conhecimento da existência de uma cura para a
hepatite C e pouco mais de metade (58%) têm conhecimento do teste / rastreio da VHC.
Tem conhecimento de teste de
rastreio/diagnóstico de VHC?
Tem conhecimento de uma cura
para o VHC?
51
58
Tem conhecimento
Não tem conhecimento
49
42
Teste diagnóstico/rastreio VHC
Os 58% da amostra com conhecimento dos testes de rastreio, foram inquiridos sobre
locais de realização do mesmo (respostas espontâneas) e situações para a realização
do teste (respostas sugeridas).
58%
Tem conhecimento de teste de rastreio/ diagnóstico de VHC
Locais de realização do teste (espontâneo)
Hospital
65%
Centro de saúde
38%
Clínica de análises
38%
Unidades móveis
6%
Centro comunitário
0,3%
Outras respostas
NS/NR
Situações para a realização do teste (sugerido)
Após partilha de agulhas e
seringas
89%
Após atos sexual de risco
acrescido
81%
Após partilha de lâminas e
escovas de dentes
74%
Após transfusão de sangue
70%
1%
7%
Após dádiva de sangue
Após cumprimentar uma
pessoa infetada pelo HCV
47%
12%
15
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Teste diagnóstico/rastreio VHC
Dos 58% da amostra com conhecimento dos testes de rastreio, 29% afirmaram já ter
realizado o rastreio, sendo a precaução/despiste uma das principais razões indicadas
(26%), seguido de análises de rotina (19%) e gravidez, contato com infetados e
exigência da entidade empregadora, todas com 12%.
58%
Tem conhecimento de teste de rastreio/ diagnóstico de VHC
Base: Total (602)
29%
Já realizaram o teste de rastreio/ diagnóstico de VHC
Base: Sabem da existência de um teste de rastreio/diagnóstico de VHC (347)
Razões para a realização
(espontâneo)
Precaução/Despiste
26%
Análise de rotina
19%
Gravidez
12%
Contacto com infectados
12%
Exigência da entidade empregadora
12%
Conselho do médico
10%
Para dar sangue
5%
Esteve internado/ Intervenção cirúrgica
Outras respostas
4%
1%
16
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Notoriedade dos novos medicamentos
Mais de metade da amostra não tinha conhecimento de nenhum novo tratamento para
a hepatite C. O preço e a elevada eficácia são as respostas espontâneas melhor
pontuadas, com 34% e 31% respetivamente.
Ouviu falar recentemente de algum
novo tratamento?
O que se recorda de ter ouvido?
(espontâneo)
Ouviu falar
Muito caro
34%
Elevada eficácia
47
31%
Viu na televisão
14%
Polémica com governo/comparticipação
11%
Comprimidos/ Toma oral
11%
Protestos/ Protestos na assembleia
Base: Total (602)
Novo medicamento
53
Evita o transplante do fígado
Outras respostas
Não ouviu falar
8%
5%
3%
5%
Ns/Nr
8%
Especialidades médicas
Inquiridos sobre qual a especialidade médica a que recorreria, 38% da amostra não
conseguiu referir qualquer especialidade, enquanto os 62% se centram no Médico de
Família (29%) ou Clínico Geral (9%).
Não conseguem referir
qualquer especialidade
38%
Médico de Família
Clínico Geral
Hepatologista/ Especialista do Fígado
Gastrenterologista
Infecciologista
Medicina Interna
Hematologista
Endocrinologista
Ginecologista/Urologista
Outras respostas
62%
Referem especialidades
29%
9%
6%
5%
5%
2%
2%
2%
2%
6%
17
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Carências de informação adicional sobre o VHC (espontâneo)
Em respostas espontâneas, 23% da amostra considera que gostaria de saber tudo sobre a
doença, seguido de tratamentos, sintomas, formas de transmissão, causas, etc. Mais de
metade dos inquiridos acredita que as formas de prevenção são a informação mais
importante a partilhar com a população.
O que gostaria de saber sobre VHC?
Tudo/ Informação sobre a doença
23%
Tratamento
15%
Sintomas
13%
Formas de transmissão
12%
Prevenção
Causa da doença
Características da doença
Diagnóstico
Outras respostas
Ns/Nr
28%
19%
Tratamento
14%
Diagnóstico
6%
Formas de transmissão
2%
26%
8%
31%
Características da doença
9%
1%
51%
Prevenção
Causa da doença
11%
Nada
Informação mais importante a
partilhar com a população
6%
Tudo/ Informação sobre a
doença
4%
Sintomas
3%
Outras
1%
Ns/Nr
21%
18
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
5.3 Factos e mitos sobre o VHC
Perceções corretas e incorretas sobre o VHC
A amostra foi submetida a 32 afirmações, 17 falsas e 13 verdadeiras, com o objectivo de
identificar as perceções corretas e incorretas sobre o VHC. Embora as perceções
verdadeiras atinjam percentagem bastante altas, como pode ser verificado no quadro
abaixo, ainda existe um percentagem significativa de portugueses com muitas
perceções incorretas sobre a Hepatite C.
%
Top 10 percepções corretas
sobre o VHC
associação
correta
(consideram
verdadeiro)
V
A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se pela
partilha de agulhas e seringas com sangue contaminado
95%
V
A eficácia dos medicamentos para tratamento do vírus da
Hepatite C evoluiu nos últimos anos
89%
V
É possível ser-se portador do vírus da Hepatite C sem se
saber
89%
V
A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se através
de materiais cortantes contaminados (ex. tatuagens,
manicure, piercings, lâminas de barbear, etc)
88%
V
O rastreio ao vírus da Hepatite C deve ser feito logo após
uma situação de risco
85%
V
O rastreio ao vírus da Hepatite C deve ser feito por toda a
gente mesmo na ausência de situações de risco
79%
V
A Hepatite C é uma doença que tem uma evolução
silenciosa durante vários anos, manifestando-se através de
complicações como sejam a cirrose hepática e cancro do
fígado
79%
V
O vírus da Hepatite C pode transmitir-se através de sexo
vaginal não protegido com alguém infectado
76%
O resultado do teste ao vírus da Hepatite C é sempre
confidencial
75%
O vírus da Hepatite C pode transmitir-se através do sexo
anal não protegido com alguém infectado
70%
V
V
Top 10 percepções incorretas
sobre o VHC
% associação
incorreta
(consideram
verdadeiro)
F
Existe uma vacina contra o vírus da Hepatite C
58%
F
O tratamento atual para a infeção do vírus da Hepatite C
interfere na rotina diária
53%
F
A Hepatite C é uma doença que afecta especialmente
toxicodependentes
52%
F
O tratamento para a hepatite C é muito difícil, pois tem
muitos efeitos secundários
51%
F
Uma pessoa está curada da Hepatite C quando os exames
apresentam uma carga vírica indetectável (isto é, não haver
vírus em circulação no sangue)
50%
F
O tratamento da Hepatite C é para o resto da vida
47%
F
O cura com os novos medicamentos contra a Hepatite C em
doentes em lista de transplante evita a necessidade de
realizar o transplante
46%
F
A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se pela
partilha de talheres
35%
F
Uma pessoa infetada com vírus da Hepatite C só deve iniciar
tratamento quando já tem sintomas
34%
F
A infeção causada pelo vírus da Hepatite C tem sintomas
fáceis de detetar
34%
Base: Total (602)
19
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
5.4 Atitudes e comportamentos sobre o VHC
A amostra foi confrontada com 5 afirmações relacionadas com comportamentos e
atitudes relativamente à Hepatite C.
Enquanto 71% afirmaram que contaria aos amigos se estivesse infetado pela hepatite C,
83% assume que não se importaria de cumprimentar uma pessoa infetada e 94 % afirma
que contaria à família.
Inquiridos sobre se teriam um relacionamento com uma pessoa infetada pela hepatite C
a percentagem baixa drasticamente para 44% de respostas afirmativas, com 45% de
respostas negativas.
A pergunta “Consegue identificar-se facilmente com uma pessoa infetada pelo VHC?”
apenas conseguiu 14% de respostas afirmativas contra 77% de respostas negativas.
20
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
6. Principais conclusões
21
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Principais conclusões
1
Para os portugueses, quando pensam em doenças de um modo geral, a Hepatite não é
das mais presentes na sua mente, com apenas 6% a referirem-na espontaneamente
(longe dos 66% de referências para o cancro).
Quando se consideram apenas doenças causadas por vírus, o valor da notoriedade da
Hepatite sobe para 14%, sendo a terceira doença mais referida (atrás da gripe (40%) e
da infeção pelo VIH/ SIDA (36%). Afunilando para doenças que afetam especificamente
o fígado, é então a principal referência espontânea.
2
3
Apesar de ser uma doença que os portugueses não recordam de imediato, a Hepatite
C é percepcionada como sendo uma doença muito grave (avaliação média de 8,19
numa escala de “0 – Nada grave” a “10 – Muito grave”; entre as patologias
consideradas, só a infeção pelo VIH/SIDA foi considerada mais grave).
Pese embora esta percepção de gravidade, os inquiridos consideram-se pouco
informados sobre o VHC (e consideram a população em geral ainda menos informada
do que os próprios).
Este parco conhecimento é evidente quando é pedido aos inquiridos para referirem,
sem ajuda do entrevistador, aspetos sobre a Hepatite C (desde características, a
sintomas, formas de transmissão, etc.). Nestes casos, o volume de não-resposta tende a
ser elevado (acima, em alguns casos, dos 2/3).
Mesmo assim, aproximadamente metade dos inquiridos considera que há cura para o
VHC, e 58% sabe da existência de um teste de rastreio/diagnóstico.
47% ouviram falar de um novo medicamento para a Hepatite C, relembrando o seu
elevado preço, aliado à elevada eficácia.
22
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Principais conclusões
4
Por outro lado, quando expostos a várias afirmações sobre a Hepatite C, os portugueses
parecem ter menor dificuldade em distinguir o correto do incorreto, ainda que pareça
mais fácil reconhecer as afirmações verdadeiras, do que reconhecer os mitos.
Mesmo assim, em apenas 5 casos (em 30) é que mais de metade dos inquiridos
considerou verdadeira uma afirmação falsa. Estas têm fundamentalmente a ver com
especificidades do tratamento contra o VHC.
Top 10 percepções corretas
sobre o VHC
%
associação
correta
Top 10 percepções
incorretas sobre o VHC
A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se
pela partilha de agulhas e seringas com sangue
contaminado
95%
F Existe uma vacina contra o vírus da Hepatite C
A eficácia dos medicamentos para tratamento do
vírus da Hepatite C evoluiu nos últimos anos
89%
F Hepatite C interfere na rotina diária
É possível ser-se portador do vírus da Hepatite C
sem se saber
89%
F especialmente toxicodependentes
O tratamento atual para a infeção do vírus da
A Hepatite C é uma doença que afecta
O tratamento para a hepatite C é muito difícil,
A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-se
através de materiais cortantes contaminados (ex.
tatuagens, manicure, piercings, lâminas de
barbear, etc)
88%
O rastreio ao vírus da Hepatite C deve ser feito
logo após uma situação de risco
85%
O rastreio ao vírus da Hepatite C deve ser feito por
toda a gente mesmo na ausência de situações de
risco
79%
F vida
A Hepatite C é uma doença que tem uma evolução
silenciosa durante vários anos, manifestando-se
através de complicações como sejam a cirrose
hepática e cancro do fígado
79%
F Hepatite C em doentes em lista de transplante
O vírus da Hepatite C pode transmitir-se através
de sexo vaginal não protegido com alguém
infectado
76%
F se pela partilha de talheres
O resultado do teste ao vírus da Hepatite C é
sempre confidencial
75%
F deve iniciar tratamento quando já tem sintomas
O vírus da Hepatite C pode transmitir-se através
do sexo anal não protegido com alguém infectado
70%
F sintomas fáceis de detetar
F pois tem muitos efeitos secundários
F
Uma pessoa está curada da Hepatite C quando
os exames apresentam uma carga vírica
indetectável (isto é, não haver vírus em
circulação no sangue)
O tratamento da Hepatite C é para o resto da
%
associação
incorreta
58%
53%
52%
51%
50%
47%
O cura com os novos medicamentos contra a
46%
evita a necessidade de realizar o transplante
A infeção do vírus da Hepatite C pode transmitir-
Uma pessoa infetada com vírus da Hepatite C só
A infeção causada pelo vírus da Hepatite C tem
35%
34%
34%
23
ESTUDO DE CONHECIMENTO DA HEPATITE C
Lisboa, Fevereiro 2016
24
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