Plantão Brasil Na Beira do Leito Posse Diretoria Ponto Crítico

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Filiada à WFSICCM e à FEPIMCTI
Nº 54
Jornal
da
Associação
Plantão Brasil
Regionais AMIB
preparam seus eventos
Pág. 3
Na Beira do Leito
Tratamento em pacientes
com doenças neurológicas
Pág. 8
Posse Diretoria
Confira a cobertura da
posse da Nova Diretoria
Págs. 9
Ponto Crítico
O papel do intensivista
na Doação de Órgãos.
Págs. 16 e 17
de
Medicina
Intensiva
Brasileira
Jan/Fev/Mar 2010
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Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• A Palavra do Presidente •
Nova Gestão traça primeiras estatégias
Caros Colegas,
s trabalhos da nova gestão 2010-2011
já começaram. E começaram com
muita garra por parte de toda a equipe. Já
realizamos reuniões com as diretorias e algumas estratégias já estão sendo colocadas em
prática e outras tendo seus desenhos ajustados, para melhor atender às necessidades de
nossos associados e da Medicina Intensiva
Brasileira. Também já temos agendadas
a primeira Assembleia Extraordinária de
Associados Representantes e a com todos
os coordenadores de residência médica e
especialização em Medicina Intensiva. Uma grande novidade para essa gestão
é que vamos trabalhar lado a lado com o
presidente passado, Dr. Álvaro Réa-Neto, e
com o presidente futuro, Dr. José Mário Teles, e suas respectivas equipes. Isso nos dará
mais força e, certamente, será benéfico para
aprimorarmos nossas ações e darmos andamento às iniciativas da gestão 2008-2009.
O
Peço especial atenção à nossa equipe,
que já demonstrou estar atenta e incentivada para abraçar cada novo desafio que os
próximos dois anos nos darão. Temos uma
grande responsabilidade, porque, hoje, encontramos uma AMIB em plena expansão
e precisamos nos empenhar para entregar
uma associação ainda melhor, superando
cada resultado importante conquistado
pelo último biênio, assim como tem acontecido nos últimos 30 anos.
E uma dessas grandes conquistas foi
a publicação da Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) número 7, que dispõe
sobre os requisitos mínimos para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva. Sabemos que luta continua, mas
essa foi uma grande vitória, que só foi
possível graças ao trabalho árduo de várias
equipes, de diferentes diretorias. Esta luta
se arrastava por quase dez anos. Na última etapa, quem coordenou as ações junto
à ANVISA foi o nosso presidente futuro,
Dr. José Mário Teles.
Outra luta que temos abraçado é aumentar o número de médicos intensivistas
titulados em nossas UTIs. E para aqueles
profissionais que já atuam como intensivistas e ainda não são titulados, temos uma
excelente oportunidade com a Prova de Título de Especialista – Categoria Especial.
Aproveitem essa chance que nos foi dada,
devido a uma determinação da AMB. As
provas já estão agendadas e o Edital publicado. Consulte o nosso site.
Todos da equipe da nova gestão sabem
que temos um longo trabalho pela frente,
mas também sabemos que podemos contar com cada um de nossos membros das
diretorias e nossos associados.
Desejo a todos uma boa gestão!
Dr. Ederlon Rezende
Presidente da AMIB 2010-2011
• ED I TOR I A L •
E
Fechamos o trimestre
com importantes conquistas
ssa nossa edição marca o início da gestão 2010-2011, que traz
muitas novidades, já apresentadas nas palavras do presidente,
Dr. Ederlon Rezende. O fato de unir forças com a gestão anterior
e com a equipe do presidente futuro trará à AMIB e a seus associados muitos benefícios, porque juntos poderemos fortalecer a
nossa entidade ainda mais e dar continuidade a esse trabalho que
começou há 30 anos.
A nossa matéria de capa vem ilustrar uma grande luta que é a
publicação da RDC 7, que prevê melhorias nas UTIs brasileiras. Na
seção “Plantão Brasil”, confira os eventos que estão sendo preparados
pelas nossas parceiras regionais e se programe. Também é importante
já começar a se programar para o XV CBMI, que acontecerá em Brasília, em outubro. Na “Passo a Passo’, você poderá acompanhar como
estão os preparativos para o nosso evento nacional.
Outro fato que merece a sua atenção está na seção “Notícias
AMIB”, que traz em uma de suas notas informações sobre a Prova
de Título – Categoria Especial. Essa é uma importante oportunidade para os nossos intensivistas na ativa há mais de oito anos que
ainda não têm titulação.
é uma publicação trimestral da AMIB
Rua Joaquim Távora, 724 - Vila Mariana
CEP 04015-011 – Fone (11) 5089-2642
Já “Na Beira do Leito” temos um artigo assinado pelo Dr. Álvaro Réa-Neto que nos orienta no trato com os pacientes com
lesão neurológica primária grave. Em “Instituição que Faz”, nossa
reportagem conversou com e equipe do Hospital do Câncer de
Barretos, de São Paulo, que é referência em tratamentos oncológicos e fechou o ano de 2009 com quase cem mil pacientes
atendidos.
E para reforçar a importante atuação da nossa especialidade
em diversas frentes, no “Ponto Crítico” , o comitê de Transplantes
e Doação de Órgãos da AMIB apresenta o nosso papel no processo de doação e transplantes de órgãos em nosso país. Vale a pena
a leitura e o seu entendimento.
E para fechar, a seção “Diretoria” apresenta o novo organograma da AMIB e como será a atuação conjunta da gestão anterior
e a próxima.
Boa leitura a todos e até a próxima edição!
Bruno Mazza
Editor
DIRETORIA EXECUTIVA (Biênio 2010-2011) – Presidente Ederlon Rezende (SP) • Vice-Presidente Werther Brunow de Carvalho (SP)
• Diretor Secretário Geral Fernando Osni Machado (SC) • Diretor Tesoureiro Alberto José de Barros (PE) • Diretor Executivo Fundo AMIB Fernando Suparregui (RS).
Presidente Passado Álvaro Réa-Neto (PR) • Presidente Futuro José Mário Teles (BA)
Editor do Jornal da AMIB Bruno Mazza (SP) • Editoração Gráfica MWS Design (11) 3399-3028 • Conteúdo editorial Plano A Comunicação •
Jornalistas Responsáveis Luciana Mira - Mtb 31247/SP e Teca Pereira - Mtb 19000/SP • Os artigos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores e as cartas devem ser enviadas à AMIB.
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Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• P L A N TÃ O B R A S I L •
Regionais AMIB
preparam seus eventos
P
romover e incentivar a atualização dos profissionais intensivistas vem sendo uma das
bandeiras da Associação de Medicina Intensiva
Brasileira (AMIB) desde a sua fundação.
Prova disso foi a mudança do Congresso
Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI), que
desde 2009, passou a ser anual. Outra ação da
AMIB foi a realização, pelo segundo ano consecutivo, do Pós-SCCM, que traz os principais
temas apresentados no Congresso da Society
of Critical Care Medicine, e que já entrou para
o calendário oficial dos eventos da entidade.
Paralelamente a AMIB também tem
oferecido um apoio efetivo aos eventos realizados por suas regionais de todo país, que
têm organizado congressos, fóruns, jornadas,
simpósios e encontros para levar os conteúdos mais relevantes da medicina intensiva
para seus profissionais que, muitas vezes,
não conseguem marcar presença em eventos
internacionais ou mesmo fora de seus estados.
Nos próximos meses as regionais da AMIB,
de todo o país, vão promover seus eventos. Na
programação os temas mais atuais da medicina
intensiva e um objetivo comum: promover a
atualização e reciclagem dos profissionais.
Pós-graduação AMIB:
Novas turmas em 2010
O curso de pós-graduação da AMIB
também segue em pleno vapor. Além das
turmas já em andamento, mais de 20 novas
turmas já estão programadas para iniciar em
2010 em cidades de todas as regiões do país.
Para o Dr. Ederlon Rezende, presidente
da AMIB, a pós-graduação é uma excelente
oportunidade educacional para capacitação
do profissional, pois propicia melhor prática
profissional para os profissionais que atuam
na Terapia Intensiva. “Estudos internacionais
apontam que a qualificação traz inúmeras
vantagens quanto à evolução dos pacientes, ao
tempo de internação e aos custos hospitalares.
Recentemente, evidenciou-se no Brasil, em
várias regiões, a necessidades de aumentar o
número de especialistas”, diz o Dr. Rezende.
Acompanhe o calendário e fique atento ao
site da AMIB (www.amib.org.br), onde a abertura de outras turmas também será divulgada.
Cidade
Brasília – DF
Data
Rio de Janeiro – RJ
30 de abril
30 de abril
e 1 de maio
14 e 15 de maio
VIII Jornada Catarinense de Terapia
Intensiva – 2 e 3 de julho de 2010
Informações: www.socati.org.br
Vitória – ES
21 e 22 de maio
Itaperuna – RJ
28 e 29 de maio
Belo Horizonte – MG
28 e 29 de maio
SOTIPA – Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná
Salvador – BA
11 e 12 de junho
Recife – PE
12 e 13 de junho
Dourados – MS
João Pessoa e
Campina Grande – PB
Vassouras – RJ
28, 29 e 30 de maio
Campo Grande – MS
1º Semestre de 2010
Campinas – SP
1º Semestre de 2010
Porto Alegre – RS
1º Semestre de 2010
Natal – RN
1º Semestre de 2010
Goiânia – GO
2º Semestre de 2010
Brasília – DF
2 e 3 de julho
São Luís – MA
6 e 7 de agosto
Curitibanos – SC
13 e 14 de agosto
Jacareí – SP
27 e 28 de agosto
Teresina – PI
17 e 18 de setembro
Confira alguns eventos da programação
Manaus – AM
SOCATI – Sociedade Catarinense de Terapia Intensiva
XI Congresso Paranaense de Medicina
Intensiva – 29 a 31 de julho de 2010
Informações: www.sotipa.com.br
SOPATI – Sociedade Paulista de Terapia Intensiva
XV Curso Internacional de Atualização
em Terapia Intensiva Adulto, Pediátrica e
Neonatal – 13 a 15 de agosto de 2010
Informações: www.sopati.com.br
SOTIERJ – Sociedade de Terapia Intensiva do
Estado do Rio de Janeiro
VII Fórum Internacional de Sepse
28 e 29 de maio de 2010
XIII Congresso de Terapia Intensiva do
Estado do Rio de Janeiro
29 a 31 de julho de 2010
www.sotierj.org.br
18 de junho
26 de junho
Departamento de
Enfermagem promove
Fórum Anual
O Departamento de Enfermagem
da AMIB já agendou seu fórum, que em
2010 vai acontecer no dia 19 de junho,
em São Paulo.
Para a edição deste ano o tema escolhido foi “A busca da excelência na
assistência intensiva”, que será desdobrado em toda a programação, que está
sendo cuidadosamente preparada pelo
comitê organizador e vai contar com a
presença de renomados palestrantes de
todo Brasil.
“O Fórum de Enfermagem, que está
em sua terceira edição, será um evento
de peso, com convidados de atuação
expressiva dentro da Terapia Intensiva
adulto e pediátrica, que vão palestrar sobre diversos temas da nossa especialidade. Esperamos oferecer um fórum com
a máxima qualidade que os nossos associados merecem”, prevê a Dra, Renata
Pietro, Presidente do Departamento de
Enfermagem da AMIB.
A participação no Fórum de Enfermagem é gratuita para todos os associados da AMIB, que poderão ter acesso
aos assuntos mais atuais dentro do tema
assistência intensiva.
“Nossa expectativa é superar o público da edição passada e recebermos
entre 350 e 400 participantes vindos de
todo Brasil”, afirma a Dra. Renata.
As inscrições para participar do Fórum estarão abertas em breve e poderão
ser efetuadas pelo site da AMIB.
PLANTÃO BRASIL é uma coluna para integrar as
regionais. Mande a notícia da sociedade de seu
Estado para [email protected].
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Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• TR A B A L H O E M E Q U I P E •
Departamento de Veterinária
Trabalhando em prol da medicina veterinária intensiva
E
m agosto de 2003, em Belo Horizonte/MG,
um grupo de médicos veterinários fundou a
Brazilian Veterinary Emergency and Critical Care
Society (BVECCS) - Academia Brasileira de Medicina Intensiva Veterinária – uma ramificação
da entidade norte-americana que deu origem à
sigla (VECCS – Veterinary Emergency and Critical
Care Society).
A data é considerada um marco para a
medicina veterinária brasileira, já que pela
primeira vez se torna realidade a preocupação em cuidar de animais gravemente
enfermos, agora de forma organizada e
reconhecida.
Desde então, a BVECCS foi responsável por traçar os caminhos que direcionariam a especialidade Medicina Veterinária
Intensiva, oficialmente reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV)
por meio de resolução, em 2006. Também partiu
do grupo brasileiro a criação da LAVECCS (Latin
American Veterinary Emergency and Critical Care
Society) em 2007, atualmente responsável pela
gestão da especialidade na América Latina.
Durante os últimos sete anos de trabalho barreiras foram rompidas e muitas dificuldades ultrapassadas, mesmo dentro da própria medicina
veterinária. O conceito de que o doente grave é
aquele que necessita titulação de sua terapia por
falha da manutenção de funções básicas, é um
conceito ainda difícil de implantar no meio veterinário; mas a realidade da sociedade demonstrou
que já era passado o momento da criação de condições para que proprietários de animais tivessem
acesso às condições de saúde e tratamento como
as oferecidas aos seus entes queridos.
Muitos estranham, outros abominam a ideia
de que um animal de companhia possa usufruir
condições de vida comparáveis às de um ser humano. O fato é que a sociedade evoluída se diferencia da não civilizada pelo modo com o qual
cuida dos seus protetores e de quem é responsável
por gerar o alimento de cada dia.
Poucos se recordam do fato de que sem os
animais, praticamente não haveria medicina. Supérfluo, mentira, exagero? De forma alguma os
animais foram motores propulsores da medicina
exercida na atualidade. Que não me deixe mentir William Harvey, médico e fisiologista inglês
pioneiro, em seus “Estudos anatômicos sobre o
movimento do coração e do sangue” publicados
em 1628, que somente pôde provar sua teoria por
meio do uso de animais.
Obs.: Obviamente não poderia esquecer do espanhol Miguel Servet, que descreveu a circulação
pulmonar um quarto de século antes que Harvey
nascera, mas o fez em um livro de Teologia (Christianismi Restitutio, publicado em 1553) o qual foi
considerado hereje…
Outro detalhe, a teoria de Harvey foi proposta em 1616, mas só foi aceita e difundida quando
René Descartes, filósofo, matemático e científico
francês, publicou o famoso “Discurso sobre o
Método”, em 1637.
Depois dele, a medicina realmente iniciou
sua evolução, e diria que este foi o berço da medicina intensiva da atualidade, já que sem os resultados encontrados por Harvey, provavelmente
não estaríamos discutindo hoje a importância do
cateter de artéria pulmonar em nossas vidas.
Colóides ou Cristalóides? Sepse e sua Campanha de Sobrevida, a Microcirculação versus
Disfunções Mitocondriais, o melhor meio de
se medir a volemia; Transplantes; Trauma. Seria
possível que estes temas fossem discutidos a cada
dia, se não soubéssemos que o coração é a bomba
responsável por enviar sangue ao resto do corpo e
que o pulmão permite as trocas gasosas?
Temos uma dívida infinita para com os animais, e acredito, dentro de toda minha ignorância
histórica, que um grande erro foi cometido durante a história da medicina ao utilizar modelos
experimentais para determinar a viabilidade ou a
importância de procedimentos, terapias ou substâncias. E foi o fato negligenciado ou incompreendido de que os animais possuem sentimentos e
são capazes de estabelecer uma relação emocional
com o ser humano, quem sabe o mal legado mecanicista deixado por Descartes de que os animais
não-humanos eram somente grandes máquinas
complexas.
Será possível acreditar ou mesmo reproduzir uma técnica desenvolvida em animais, onde o
modelo experimental não foi submetido ao correto controle de dor? A metodologia aplicada previu
o modo com o qual aquele animal foi acomodado
e cuidado durante o período pré-experimental?
Como ele foi contido? Se o período anestésico brindou este animal de uma analgesia eficiente? E como
ele foi despertado do procedimento? Existe estresse,
depressão, choque pós-traumático em animais?
Todos estes questionamentos nunca foram
colocados em prática ou em discussão, e quem
sabe, por isso o papel do médico veterinário foi
deixado à margem por tantos anos. Mas graças
ao bom senso e ao pensamento da multidisciplinariedade, a Diretoria da AMIB, na pessoa do
Dr. Álvaro Réa- Neto e do Dr. Ederlon Rezende,
aceitaram escutar e se propuseram a entender um
pouco mais sobre este novo mundo.
Este foi o marco de criação do Departamento
de Medicina Veterinária Intensiva dentro da
AMIB, uma ramificação da BVECCS para
melhorar as condições de cuidado e garantir
os melhores resultados desta relação proposta por Harvey em 1616.
Nosso maior desafio é fazer com que os
animais sejam devidamente utilizados para
o bem maior da saúde, mas nunca sofrendo
para gerar resultados. Nossa proposta é fazer
com que estudos clínicos, relatos de caso e
trials sejam criados no ambiente clínico veterinário, e publicados na rede científica humana,
pois esta é a única maneira de produzirmos resultados reais considerando um animal como uma
vida, e proporcionando o bem para as famílias
que tanto cuidam dos seus companheiros de estimação. Queremos que a medicina avançada seja
praticada na rotina clínica da veterinária e não somente nos porões da medicina experimental onde
o paciente veterinário não usufrui da evolução.
Há de se rever com cuidado, responsabilidade e sensibilidade tudo que foi feito nos últimos
anos, e repensar a medicina experimental, de forma que possamos realmente acreditar e aplicar os
resultados na rotina humana com total segurança
e respeito. Quem sabe devemos resgatar um pouco do sugerido por Descartes em 1637:
1. Receber escrupulosamente as informações, examinando sua racionalidade e
sua justificação. Verificar a verdade, a boa
procedência daquilo que se investiga –
aceitar o que seja indubitável, apenas.
2. Análise, ou divisão do assunto em tantas
partes quanto possível e necessário.
3. Síntese, ou elaboração progressiva de
conclusões abrangentes e ordenadas a
partir de objetos mais simples e fáceis até
os mais complexos e difíceis.
4. Enumerar e revisar minuciosamente as
conclusões, garantindo que nada seja
omitido e que a coerência geral exista.
Dr. Rodrigo Rabelo
Presidente do Departamento
de Veterinária da AMIB
Presidente da LAVECCS e BVECCS
TRABALHO EM EQUIPE é uma seção
multidisciplinar e é desenvolvida pelos
departamentos não-médicos da AMIB. Se você tem
alguma sugestão para ser abordada nessa sessão,
entre em contato com o seu departamento.
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Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• VE N T I L A N DO N OT Í C I A S •
Fique atento: saiu a
segunda edição do “Surgical
Intensive Care Medicine”
A Medicina Intensiva brasileira e os seus
profissionais já são reconhecidos mundialmente graças à busca constante pela qualidade. Fato é que muitos dos colegas intensivistas
são conviados para dar conferências em congressos internacionais e fazer parte de importantes publicações.
Um desses exemplos que orgulha a especialidade é o médico intensivista da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador
do curso de Atualização em Medicina Intensiva da AMIB, Dr. Flavio E. Nácul, que acaba
de lançar, em Nova York, a segunda edição do
“Surgical Intensive Care Medicine”. O trabalho é resultado da parceria com o americano
John O´Donnell, da Lahey Clinic, de Boston.
A obra, em breve, também será lançada
na Europa e, em seguida, chegará às livrarias especializadas do Brasil. “Essa edição foi
projetada para ser uma referência prática aos
profissionais e residentes que atuam diretamente com pacientes críticos cirúrgicos nas
diferentes UTIs de todo o mundo”, explica o
Dr. Nácul.
O livro tem a participação de mais de cem
colaboradores de 12 países, como os Estados
Unidos, Inglaterra, França, Holanda, Bélgica,
Itália, Canadá, Austrália e o Brasil. Na lista de
brasileiros consta os nomes da Dra. Patrícia
Mello, do Piauí, e do Dr. Jamary Oliveira Filho, da Bahia.
Segundo Dr. Flavio, o grupo de colaboradores é de altíssimo nível e inclui grandes
nomes como Luciano Gattinoni, abordando
SARA; Philip Dellinger, Sepse; Emanuel Rivers, Choque; Rinaldo Bellomo, Insuficiência
Renal; Andrew Rhodes, Paciente Cirúrgico
de Alto Risco; Rui Moreno, Escores Prognósticos; Paul Marik, Paciente Crítico Idoso;
Manu Malbrain, Síndrome do Compartimento Abdominal; Jean Carlet, Avaliação da Febre no Paciente Crítico; Thomas Bleck, Status
Epilepticus; Janice Zimmeraman, Equilíbrio
Ácido-Base; e Marcel Levi, CIVD.
A primeira seção, intitulada “Resuscitation”, expõe o leitor a uma versão condensada
de temas genéricos na medicina intensiva como
parada cardíaca, manejo da via aérea, acesso
vascular, reposição volêmica, drogas vasoativas,
choque e distúrbios do equilíbrio ácido-base.
As seções que se seguem foram classificadas de
acordo com as subespecialidades ­médicas e cirúrgicas para atender às necessidades mais pertinentes de problemas encontrados nas UTIs.
“Embora todos os capítulos abordem defini-
ções, fisiopatologia, quadro clínico e diagnóstico, a ênfase é o tratamento do paciente, o que
faz da obra um instrumento muito prático no
dia a dia daqueles que trabalham com pacientes
graves”, conta Dr. Nácul.
A obra é editada pela Springer, a maior
editora do mundo em livros de ciências, que
tem em seu catálogo livros de Sigmund Freud
e Albert Einstein. Mais informações, acesse
www.springer.com
Brasília ganha uma nova UTI
Em março, foi inaugurada uma nova
Unidade de Terapia Intensiva no Hospital
Anchieta, de Brasília. Instalada no Centro de
Excelência do hospital, o projeto foi idealizado para beneficiar a assistência desses pacientes. Pois, além de pensar nos espaços para o
paciente e para o familiar, foi disponibilizada
também uma atenção especial ao profissional
de saúde, que transita neste ambiente diariamente por longos períodos.
A nova UTI oferece amplo espaço físico
com leitos individualizados, sendo a maioria
com amplas janelas, vista externa e luminosidade natural, quatro leitos de isolamento com
pressão negativa, onze leitos com banheiro e
demais leitos com ducha para banho no leito,
além de ponto para realização de hemodiálise
e sistema de chamada de enfermagem para todos os leitos.
São 36 novos leitos, que somados aos já
existentes, computam ao hospital 54 leitos
oferecidos para pacientes adultos, além de 20
leitos de UTI pediátrica e neonatal.
A unidade dispõe ainda de uma sala cirúrgica exclusiva da UTI, duas salas de prescrição
médica, um dispensário de medicação e ampla
área de apoio à equipe assistente, além de um
pequeno auditório com trinta lugares e área
exclusiva de conforto para a equipe médica,
enfermagem e fisioterapia.
Para o atendimento aos familiares e acompanhantes, duas salas de entrevistas foram exclusivamente projetadas para essa finalidade,
havendo ainda uma unidade de conforto para
acompanhantes com copa, sala de estar, sala
de televisão e vestiários. “Na humanização em
UTIs, a família deve ser entendida como aliada importante, logo a conscientização sobre a
real necessidade do paciente e a garantia de
se sentirem apoiados, úteis e participantes no
tratamento é imprescindível”, diz o Dr. Rubens Antônio Bento Ribeiro, coordenador da
nova UTI.
Câmara Técnica de
Morte Encefálica
aprova documento
A Câmara Técnica de Morte Encefálica
do Conselho Federal de Medicina (CFM) elaborou e entregou ao ministro da Saúde, José
Gomes Temporão, o documento “Suporte
Clínico Para Pacientes Críticos em Risco de
Morte Encefálica”.
O documento foi redigido pelos Doutores
Hipólito Carraro Jr e Carlos Eduardo Silvado
e traz uma série de informações e recomendações que pretendem auxiliar os profissionais
que precisam identificar e fazer o diagnóstico
de pacientes com morte encefálica.
“Nosso objetivo é conseguir que o ministério da Saúde e o Sistema Nacional de Transplantes transformem esse documento em cartilhas e essas sejam enviadas à todas as UTIs
brasileiras, fazendo com que os profissionais
tenham acesso às informações e possam ter
mais subsídios para trabalhar na identificação
e diagnóstico da morte encefálica”, explica o
Dr. Gerson Zafalon Martins, Coordenador da
Câmara Técnica de Morte Encefálica do Conselho Federal de Medicina.
Bastante detalhado o documento foi dividido em vários tópicos como: Dificuldades
técnicas para se obter o doador ideal; Fisiologia da morte encefálica; As disfunções orgânicas como uma epidemia; Ausência de respostas
claras para perguntas simples; O conceito de
terapia guiada por metas; Parada respiratória;
Instabilidade hemodinâmica; Pan-hipopituitarismo e Pioquilotermia.
Entre os tópicos, destaque para “Fisiologia da morte encefálica”, pois passa por etapas bem definidas e que poderão ser usadas
para auxiliar no diagnóstico e tratamento das
inúmeras disfunções orgânicas associadas com
essa condição.
Importante destacar que a dificuldade na
identificação e diagnóstico da morte encefálica é um dos principais fatores que limita a disponibilidade de órgãos para doação, prejudicando o aumento do número de transplantes
no país, uma vez que, segundo o documento
da Câmara Técnica de Morte Encefálica, “o
diagnóstico precoce do risco de morte encefálica e o adequado suporte clínico desse paciente são, ainda hoje, etapas muito difíceis e
executadas de forma ineficaz”.
A íntegra do documento está disponível
no site da AMIB www.amib.org.br
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Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• I n s t i t ui ç ã o qu e fa z •
Hospital do Câncer de Barretos
Referência no atendimento a pacientes oncológicos
O
Hospital do Câncer
de Barretos, cidade a
440 kilômetros da capital
paulista, é uma instituição
referência no tratamento
de pacientes com câncer
oncológico. Em 2010 o
HCB foi eleito o terceiro
melhor hospital do Estado de São Paulo, sendo
que a escolha foi baseada
em pesquisa da Secretária
da Saúde com 158 mil
pacientes que passaram
por internações e exames
em 630 estabelecimentos
de saúde conveniados à
rede pública paulista, entre
março de 2009 e janeiro
de 2010.
Tamanho bom desempenho é fruto de um in- UTI do HCB: atendimento humanizado e de qualidade
tenso trabalho de todos os
profissionais do HCB, que desde a fundação que conseguiram uma redução significativa no
se dedicam para oferecer um atendimento de tempo médio de permanência na UTI”, conta
alta qualidade e cada vez mais humanizado a a Dra. Cristina Amêndola, médica intensivista
do Hospital do Câncer de Barretos.
pacientes oncológicos.
Para oferecer um atendimento seguro,
A história do HCB começou em 1967,
inicialmente por meio da Fundação Pio XII. humanizado e de qualidade o HCB conta
Tempos depois, em 1984, foi fundado o Hos- com mais de 80 profissionais em sua UTI,
pital do Câncer de Barretos, que atualmente que se dividem entre médicos intensivistas,
registra 84 mil atendimentos todos os meses e plantonistas, nefrologista, pediatra, enfermeirecebe pacientes de 1.238 municípios de todos ros e auxiliares, fonoaudiólogos, psicólogos,
os 27 estados do país, o que é considerado um fisioterapeutas e nutricionistas.
E a humanização está mesmo presente na
recorde de cobertura.
O HCB, que atende 100% pelo Sistema rotina da UTI do HCB, tanto que as visitas na
Único de Saúde (SUS), também investiu no Unidade de Terapia Intensiva acontecem duas
aprimoramento de sua unidade de terapia vezes ao dia e todos os dias da semana, fazendo
intensiva e hoje o hospital conta com duas com que o paciente se sinta mais acolhido e
UTIs, sendo que cada uma delas possui 10 próximo de seus familiares.
Outro fator que contribui para os bons
leitos, totalizando 20 leitos mistos.
resultados
do HCB e de sua UTI é a dedicação
A UTI do hospital é bastante moderna,
de amplas dimensões, climatizada, com exclusiva da maioria dos médicos, que não
leitos individualizados, com monitorização costumam se dividir em vários locais de tracomputadorizada multiparamétrica, onde o balho, concentrando suas energias e expertise
paciente recebe tratamento por equipe mul- num único local.
“O contato diário com os mesmos pacientidisciplinar, que inclui médico, enfermeira,
fisioterapeuta, psicóloga, nutricionista e tes, familiares e colegas de trabalho contribui
significativamente para o alcance dos bons
assistente social.
Ocupando esses leitos estão, em grande resultados”, revela da Dra. Cristina.
Por atender exclusivamente pacientes do
maioria (75%), pacientes em pós-operatório
SUS,
manter as contas do HCB em dia é
de cirurgias de grande porte, que fazem com
que o índice de ocupação dos leitos se mante- uma missão sem prazo para terminar, uma
nha na casa de 86%, com permanência média vez que pacientes de todo Brasil chegam ao
hospital buscando tratamento e, muitas vezes,
de quatro dias de internação.
“Nos últimos meses conseguimos dimi- acompanhados dos familiares e sem recursos
nuir o tempo de internação de 5,5 dias para 4 para permanecer na cidade. Desta maneira o
dias, o que aponta a sintonia dos profissionais, hospital sempre necessita da ajuda da comuni-
dade, da iniciativa privada,
de artistas e também do
governo.
Com o intuito de melhor acomodar os acompanhamentos dos familiares
o HCB investiu na montagem de uma estrutura e
oferece, gratuitamente, 13
alojamentos com um total
de 650 lugares e infraestrutura para receber crianças.
“Manter o nível de
atendimento pelo SUS é
nosso grande desafio. O
nível de qualidade que
mantemos aqui é muitíssimo superior à realidade
do serviço público de saúde oferecido no restante
do país”, completa a Dra.
Cristina.
E ser referência em sua
área de atuação faz o HCB querer alçar voos
ainda mais altos. Prova disso é a construção do
Hospital do Câncer Infantil de Barretos, que
terá 10 leitos de unidade de terapia intensiva
e está previsto para inaugurar em 2012. Outra
conquista é o início do trabalho científico,
que começa a dar os primeiros passos dentro
do HCB.
Números Hospital de Câncer de Barretos
• Fechou 2009 com mais de 97.706 pacientes
atendidos (ou 409.033 atendimentos
realizados) de 1.238 municípios de todos os
27 estados do país
• 160 médicos
• 1,7 mil funcionários
Números da UTI do Hospital do Câncer de Barretos
2 unidades de UTI
20 leitos de UTI
86% é a média de ocupação dos leitos
4 dias é o tempo médio de internação dos
pacientes na UTI
16% foi a média de crescimento no número
de pacientes atendidos entre agosto de 2008 e
agosto de 2009
O site é www.cliquecontraocancer.com.br
INSTITUIÇÃO QUE FAZ conta histórias
empreendedoras de gente que promove muito
com poucos recursos. Mande sua história para
[email protected]
8
Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• N A B E I R A DO LE I TO •
Atendimento na fase aguda de um paciente
com lesão neurológica primária grave
O
objetivo fundamental no atendimento
do paciente com doença neurológica
aguda (paciente neurocrítico) é minimizar os
efeitos da lesão neurológica primária (LNP)
e prevenir a lesão neurológica secundária
(LNS). São muitas as condições que podem
secundariamente piorar o prognóstico do
LNP: hipotensão arterial, hipoxemia, hipercapnia, hipertensão intracraniana (HIC),
hipertermia, infecção, anemia, coagulopatia
etc. Os pacientes com LNP grave estão
particularmente mais vulneráveis aos efeitos
deletérios das condições que podem levar
à LNS. Os pacientes com LNP grave são:
pacientes com Glasgow < 9, paciente cujo
Glasgow abaixa rapidamente (queda de pelo
menos 2 pontos), sinais de HIC, TAC com
sinais de perda da complacência encefálica
e pacientes com lesões graves ou em PO de
grandes neurocirurgias.
Portanto, um intensivista, quando estiver atendendo um paciente com LNP grave
na fase aguda, deve:
1
2
Realizar rotineiramente o ABC de emergência, com estabilização da coluna cervical se houver suspeita de trauma;
Corrigir rapidamente a hipotensão
arterial e a hipoxemia. A pressão de
perfusão cerebral (PPC) deve ser mantida em pelo menos 60 mmHg. Como
geralmente não temos a pressão intracraniana (PIC) na fase aguda e sendo
o limite superior aceitável da PIC de
20 mmHg, a PAM de um paciente
com INP grave deve ser mantida em
pelo menos 80 mmHg (PA sistólica >110 mmHg) (ou mais se houver
sinais evidentes de aumento da PIC
ou se o paciente tiver uma história de
hipertensão arterial crônica mal tratada). A hipoxemia também deve ser
rapidamente tratada e a SaO2 deve
ser mantida acima de 92-95%. Todos
os pacientes com Glasgow < 9 devem
ser rapidamente intubados e mantidos
sob ventilação mecânica;
3
Os pacientes não devem ser hipoventilados nem hiperventilados na fase aguda. Mantenha a PaCO2 entre 35-40
mmHg e não permita variações súbitas;
4
Trate a hipertermia e mantenha estes pacie­­
n­tes com temperatura próxima dos 36oC;
5
Faça neuro-checks (Glasgow, pupilas e
resposta motora) freqüentes (a cada 15
minutos, p.e.) para reavaliar a condição
neurológica do paciente e identificar deterioração neurológica precocemente;
6
Avalie se o paciente não tem uma síndrome de herniação cerebral (pupila
dilatada de um lado com paresia contralateral, atitude de decorticação ou
decerebração, bradicardia, depressão
respiratória) e trate rapidamente. Neste
caso, o paciente deve receber uma dose
rápida de manitol (2g/Kg) e pode ser
hiperventilado temporariamente até a
correção cirúrgica da lesão primária.
7
O próximo passo é providenciar uma
TAC para esclarecer a natureza da LNP.
Garanta transporte rápido para o setor
de imagem com estabilização hemodinâmica e respiratória do paciente;
8
Após a TAC deve ser decidido se o paciente vai antes para o centro cirúrgico
ou direto para a UTI. Os pacientes com
LNP grave devem receber algum método de monitorização da PIC. A monitorização com um cateter intraventricular é barata, acurada e pode ser servir
para auxiliar no tratamento da HIC;
9
Depois de estabelecida a medida da
PIC, ela deve ser mantida abaixo de 20
mmHg e a PPC acima de 60 mmHg.
Após a estabilização hemodinâmica,
mantenha a cabeceira do leito elevada
entre 30-45o, inicie uma sedação leve
a moderada para manter o paciente
confortável na VM e sem dor e mantenha o intravascular cheio para garantir
uma boa perfusão cerebral e sistêmica.
A hemoglobina nesta fase deve mantida acima de 10g/dl e o sódio sérico ao
redor de 140-145 mEq/L;
10
Se o paciente desenvolver HIC, reveja
se todas as medidas básicas estão sendo
feitas corretamente (PPC acima de 60,
hipoxemia corrigida, PaCO2 mantida
entre 35-40, sem hipertermia, cabeceira elevada, sedação adequada, ausência
de lesão com efeito massa na TAC,
etc.) e faça bolus repetidos de manitol
(1-2g/Kg) ou de solução salina hipertônica (p.e. 3-4 ml/Kg da solução a
7,5%). Estes pacientes podem se beneficiar da colocação de um cateter no
bulbo jugular para medir a SjO2 e auxiliar na escolha de novas intervenções
para controle da PIC (p.e. novos bolus
de solução salina hipertônica se a SjO2
estiver abaixo de 55% ou hiperventilação otimizada ou sedação otimizada
se a SjOs estiver acima de 75%). A
temperatura pode ser abaixada ainda
mais (35oC) e evidências recentes tem
sugerido que craniectomia precoce
pode melhorar significativamente o
prognóstico destes pacientes (ensaio
randomizados estão em curso para estabelecer melhor o tipo de doente e o
momento para esta intervenção).
Esta abordagem independe em grande
parte do tipo de lesão cerebral primária e
deve ser empregada mesmo antes de se conhecer com detalhes a sua natureza. Embora
esta seqüência sugerida de atendimento deva
ser flexibilizada e adaptada para cada paciente individualmente, ela tem um enorme potencial de salvar vidas e melhorar a qualidade
de vida dos pacientes com lesão neurológica
primária grave. É claro que concomitantemente a todas estas medidas, o tratamento
específico da doença cerebral primária deve
ser imediatamente iniciado, mas não é a intenção discuti-los aqui. Exemplos são: revascularização do AVE isquêmico, embolização
ou clipagem do aneurisma cerebral roto, antiboticoterapia rápida para meningite aguda,
drenagem do hematoma subdural, drenagem da hidrocefalia, anticonvulsivante para
o estado de mal epiléptico etc.
O intensivista pouco pode fazer para prevenir a lesão primária, mas tem nas mãos o
destino dos efeitos secundários e se o atendimento na fase aguda for bem feito, os principais efeitos deletérios podem ser evitados e
minimizados, melhorando consideravelmente o prognóstico dos pacientes neurocríticos.
Dr. Álvaro Réa-Neto
Professor de Medicina do Departamento de
Clínica Médica da Universidade Federal do
Paraná e Diretor do Centro de Estudos e Pesquisa
em Terapia Intensiva (CEPETI ), Curitiba, PR
NA BEIRA DO LEITO é uma sessão desenvolvida
pelos comitês científicos da AMIB e aborda temas
atuais relativos a prática da Medicina Intensiva.
9
Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• P OSSE D I RETOR I A •
Nova diretoria da AMIB toma posse
A
solenidade de posse da nova diretoria-executiva da AMIB, que estará à frente da entidade
no biênio 2010-2011, aconteceu no dia 29 de
janeiro, no Terraço Itália, na capital paulista.
Para marcar a data foi oferecido um jantar
para mais de 100 convidados, entre associados
da AMIB, membros da diretoria passada, presente e futura, presidentes de outras sociedades
médicas, funcionários, parceiros, fornecedores
e representantes das indústrias farmacêutica e
de equipamentos.
A solenidade teve como mestre de cerimônias Carlos Nascimento Júnior, que abriu o
evento falando sobre liderança e importância
do envolvimento das pessoas para o alcance de
objetivos.
Depois da abertura do evento foi a vez do
Dr. Álvaro Réa-Neto, agora Presidente Passado
da AMIB, subir ao palco e apresentar os principais resultados de sua gestão, bem como as
conquistas alcançadas pela entidade, pela especialidade e pelos profissionais que ela representa.
Em sua apresentação o Dr. Réa-Neto destacou entre as principais conquistas o amadurecimento alcançado pela AMIB nos últimos anos,
o crescimento na casa de 40% no número de
associados e o aumento de 100% na arrecadação da entidade.
O Presidente Passado da AMIB também
enfatizou algumas importantes conquistas da
gestão 2008-2009, entre elas a Reforma do
Estatuto Oficial, as mudanças efetuadas no
site, a finalização de mais uma fase do Censo
de UTIs, o sucesso do XIV Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, a profissionalização
da equipe interna da AMIB, reformulação da
Prova de Título de Especialista, lançamento da
campanha Orgulho de Ser Intensivista, reformulação da Pós-Graduação AMIB e cadastramento dos centros formadores em todo Brasil.
Todas essas informações foram entregues
aos presentes em forma de um informativo,
produzido especialmente para a ocasião. Batizado de Novas Conquistas, apresentou todos os
resultados e conquistas da gestão 2008-2009.
Pra finalizar a sua fala o Presidente Passado
destacou que a AMIB precisa concentrar sua
atuação no tripé: Formar, Titular e Defender,
ou seja, formar bons profissionais, prepará-los
para serem titulados e defendê-los dentro da
medicina intensiva.
Ao encerrar sua apresentação o Dr. RéaNeto convidou o Presidente Eleito da AMIB
– Dr. Ederlon Rezende – para subir ao palco e
ser empossado oficialmente.
Bastante aplaudido, o Dr. Ederlon discursou sobre a responsabilidade em liderar seus
semelhantes e da emoção de estar à frente da
Presidentes presente, futuro e passado juntos
AMIB nos anos de 2010 e 2011, principalmente neste ano, quando a AMIB comemora
30 anos.
Em sua fala o Presidente Eleito também
discursou sobre a necessidade da especialidade
ter profissionais com uma titulação cada vez
mais adequada e investir em formação é um
dos principais compromissos de sua gestão.
“Espero daqui a dois anos poder finalizar minha gestão apresentando significativos avanços
nessa área”, completou.
No encerramento de seu discurso de posse o Dr. Rezende reforçou as propostas de sua
chapa e agradeceu o apoio recebido por todos
os integrantes da chapa “AMIB para o Futuro”
e dos associados.
Ex-presidentes foram homenageados
Ex-presidentes foram homenageados com a medalha do Presidente AMIB
D
urante a solenidade de posse da nova diretoria foi instituída a Medalha do Presidente AMIB, que
foi entregue a todos os profissionais que estiveram à frente da presidência da entidade ao longo
dos últimos 30 anos e ajudaram a construir a história vencedora da AMIB e da terapia intensiva.
Recebeu a homenagem a Dra. Mariza D’Agostino, que presidiu a AMIB no biênio 1981-1982.
Depois foi a vez de Iracema Procópio receber a homenagem in memoriam de seu pai, o Dr. Newton
Procópio, que esteve à frente da AMIB nos anos de 1983-1984.
Na sequência subiram ao palco a Dra. Nazah Youssef, que recebeu a medalha em nome do Dr.
José Fioravante Tossati da Rosa, biênio 1985-1986; Dr. Idunaldo Diniz Filho, 1987-1988; Dr. Marcos Knibel, 1989-1991; Dr. Marcelo Rocha, que recebeu a medalha no lugar do Dr. Luiz Alexandre
Borges, 1992-1993; Dr. Renato Terzi, 1994-1955; Dr. Cid Marcos David, 1998-2001; Dr. Jairo
Constante, 2002-2003 e o Dr. Marcelo Mook, que recebeu a medalha representando o Dr. José
Maria da Costa, 2004 a 2007 e o Dr. Álvaro Réa-Neto, 2008-2009.
Por fim o Dr. Réa-Neto, após receber sua medalha, homenageou o Dr. Ederlon, que também
recebeu sua medalha.
10
Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• rdc •
Anvisa publica resolução histó
“A publicação da RDC é
uma grande conquista,
pois ainda hoje muitas
UTI são abertas sem
nenhum critério e, com
esses requisitos já vamos
conseguir melhorar a
assistência e qualidade
no atendimento.”
Dr. José Mário Teles
Presidente Futuro da AMIB
“A RDC número 7 é
uma conquista muito
importante para
nossa especialidade. O
próximo passo é definir
como aplicar essas
recomendações no dia
a dia das Unidades de
Terapia Intensiva.”
Dr. Ederlon Rezende
Presidente da AMIB
“A publicação da
resolução é mais um
passo em direção a uma
medicina intensiva forte,
valorizada e útil para a
nossa sociedade.”
Dr. Álvaro Réa-Neto
Presidente Passado da AMIB
A
Medicina Intensiva surgiu no Brasil na
década de 1960. Em 1992 foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina
(CFM) e, dois anos depois, em 1994, foi a
vez da Associação Médica Brasileira (AMB)
reconhecer a Medicina Intensiva como
especialidade. Depois disso, em 2002, a
Comissão Nacional de Residência Médica
(CNRM) também reconheceu a medicina
intensiva.
Assim, ao longo das últimas cinco décadas a medicina intensiva se desenvolveu
e ganhou espaço no país, mas ainda não
contava com um documento que pudesse servir de referência e direcionamento
para a especialidade.
Mas esse cenário começou a mudar
no último dia 25 de fevereiro, data que a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) publicou, no Diário Oficial
da União, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) número 7, que dispõe sobre
os requisitos mínimos para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva,
visando a redução de riscos aos pacientes,
visitantes, profissionais e meio ambiente.
A publicação dessa resolução, depois
de anos de espera, foi muito comemorada
pela AMIB e por todos os profissionais da
medicina intensiva, que vinham lutando
por esta causa.
Antes da publicação da RDC n. 7 o
que existia era a Portaria 3432, do Ministério da Saúde, que datava do ano de
1998 e contemplava, superficialmente,
somente as UTIs públicas do país.
E a participação da AMIB neste processo foi de extrema importância para essa
conquista, pois no mês de maio do ano
passado a Comissão de Defesa Profissional da entidade publicou as “Recomendações para o Funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva”, que foram
elaboradas a partir das discussões do Fórum de Defesa Profissional, ocorrido em
abril de 2009, e visava estabelecer padrões
mínimos para o bom funcionamento das
unidades e reduzir riscos e aumentar a
segurança de pacientes e profissionais. O
documento foi disponibilizado no site da
AMIB como forma de pressionar a Agên-
cia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a fazer o mesmo.
Mas o resultado de tamanho esforço e
empenho valeu a pena, pois o conteúdo
da Resolução da Diretoria Colegiada, publicada pela ANVISA, é bastante amplo
e contempla aspectos técnicos, de equipamentos e recursos humanos e inclui
requisitos que devem ser adotados pelas
Unidades de Terapia Intensiva Adulto,
Pediátrica, Neonatal, envolvendo ainda
os profissionais que integram as equipes
multidisciplinares que atuam nas UTIs,
como enfermeiros e auxiliares.
“A publicação desta RDC é, sem dúvida uma grande conquista, pois ainda
hoje muitas UTI são abertas no país sem
nenhum critério e, com esses requisitos já
vamos conseguir melhorar, em muito, a
assistência e qualidade no atendimento
oferecido aos pacientes”, afirma o Dr. José
Mário Telles, Presidente Futuro da AMIB
e que participou ativamente do processo
de produção das “Recomendações para o
Funcionamento das Unidades de Terapia
Intensiva”, elaboradas pela entidade.
A RDC também foi comemorada pelo
Dr. Álvaro Réa-Neto, Presidente Passado
da AMIB. “A publicação da resolução é
mais um passo em direção a uma medicina intensiva forte, valorizada e útil para a
nossa sociedade”, afirmou.
O presidente da AMIB, Dr. Ederlon
Rezende, também comemorou a publicação da resolução. Em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo o Dr.
Rezende lembrou que essas novas regras
foram discutidas por cerca de oito anos e,
mesmo sendo uma conquista muito importante, o próximo passo é definir como
aplicar essas recomendações no dia a dia.
Mas, mesmo sendo abrangente e bastante significativa para a medicina intensiva, a RDC ainda precisará ser melhorada
em vários pontos. Um dos que promete
gerar muitas discussões é o que diz respeito ao número de Enfermeiros por leito
de UTI. A antiga resolução recomendava
um profissional para cada 10 leitos, número de leitos considerado alto pelos enfermeiros, que defendem 5 leitos para cada
11
Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• rdc •
órica para Medicina Intensiva
profissional. A nova RDC recomenda um
enfermeiro para oito leitos, número considerado inadequado pela categoria.
“Temos motivos pra comemorar, pois
conseguimos um significativo avanço, mas
ainda há muito a ser feito. Naturalmente
que não conseguimos tudo, como o quantitativo de enfermagem e o de médicos
de acordo com a gravidade dos doentes,
mas muitos outros pontos foram contemplados. Vamos ver o copo meio cheio e
continuar o trabalho de aprimoramento,
comentou o Dr. Arnaldo Prata, Futuro
Diretor Vice-Presidente da AMIB.
Para a Dra. Renata Pietro, Presidente do
Departamento de Enfermagem da AMIB,
mesmo sendo a RDC uma grande conquista, a luta continua para que mudanças sejam feitas e que a recomendação seja de um
enfermeiro para cada cinco leitos.
“Reconhecemos que se trata de uma
conquista a publicação da Resolução e
que o primeiro passo foi dado, mas um
longo caminho ainda precisa ser trilhado
para que possamos ter melhores condições de atuação dentro do ambiente da
UTI”, afirma a Dra. Renata.
Para a profissional é válida a afirmação que: Evidências científicas indicam
que a instituição que não provê números
e condições de trabalho adequados à enfermagem tem taxas mais altas de quedas,
úlceras de compressão, erros de medicação, infecções hospitalares, readmissão,
aumento no tempo de hospitalização e
mortalidade.
Já a Dra. Débora Feijó Vieira, membro do departamento de enfermagem da
AMIB, comemora a resolução, mas também defende que o número de leitos por
enfermeiro deve ser cinco.
“A RDC ainda não está como nós,
intensivistas, gostaríamos, mas, pelo menos, temos agora, uma norma com os
padrões mínimos para o funcionamento
de uma UTI. Esse é um momento de comemoração pela conquista. A resolução é
importantíssima para a medicina intensiva, mas continuaremos a nossa luta pela
qualidade assistencial e segurança dos pacientes, não focados somente no ponto de
vista da enfermagem, mas de todos os intensivistas, inclusive nos colegas que ainda não estão contemplados nessa RDC.
Outros pontos, como os que envolvem
equipamentos, também precisam ser melhorados, aponta a Dra. Débora Vieira.
De uma forma geral, médicos intensivistas e enfermeiros concordam que a
publicação da RDC é um marco e uma
conquista de extrema importância para a
atuação dos profissionais e também um
norte para a abertura de novos leitos de
UTI pelo Brasil. E concordam que esse
foi o primeiro passo de muitos que precisarão ser dados.
“Foi uma luta para conseguir que a
RDC fosse publicada. Agora temos um
documento para servir de referência para
nossa especialidade. Pode não ter atendido a todas nossas reivindicações, mas
continuaremos trabalhando em um grupo permanente para melhorar o documento”, afirma o Dr. José Mário Teles.
E o próximo passo rumo às novas conquistas já está definido. “A ANVISA quer
a ajuda da AMIB para fazer uma cartilha
com as normas para implantação desses
requisitos nas UTIs de todo Brasil e vamos ajudá-los nisso. Temos que pensar
também em requisitos para o funcionamento das unidades semi-intensivas, que
não podem ser deixadas de lado”, define
o Dr. José Mário.
“Acredito que nosso maior desafio é
fazer com que essas normas sejam cumpridas. Para isso a ANVISA já está preparando agentes da vigilância sanitária para
fazer a fiscalização. Agora todos nós somos
responsáveis e devemos denunciar aquelas
unidades que não cumprirem as normas
da RDC”, finaliza o Dr. José Mário.
Mas, polêmicas a parte, a publicação
da RDC merece ser festejada pelos profissionais da terapia intensiva que, até o
mês de fevereiro, não contavam com normas tão precisas para o funcionamento
das UTIs. Mesmo sendo desejo de todos
aperfeiçoar o conteúdo, um primeiro e
significativo passo foi dado.
A íntegra da RDC número 7 pode ser
acessada no site da AMIB www.amib.org.br
“Reconhecemos que se
trata de uma conquista a
publicação da Resolução
e que o primeiro passo
foi dado, mas um longo
caminho ainda precisa ser
trilhado para que possamos
ter melhores condições
de atuação dentro do
ambiente da UTI.”
Dra. Renata Pietro
Presidente do Departamento
de Enfermagem da AMIB
“A RDC ainda não está
como nós, intensivistas,
gostaríamos, mas, pelo
menos, temos agora,
uma norma com os
padrões mínimos para o
funcionamento de uma
UTI. Esse é um momento
de comemoração pela
conquista”.
Dra. Débora Feijó
Membro do Departamento
de Enfermagem da AMIB
“Temos motivos pra
comemorar, pois
conseguimos um
significativo avanço, mas
ainda há muito a ser
feito. Naturalmente que
não conseguimos tudo,
como o quantitativo de
enfermagem e o de médicos
de acordo com a gravidade
dos doentes, mas muitos
outros pontos foram
contemplados.”
Dr. Arnaldo Prata
Futuro Diretor
Vice-Presidente da AMIB
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Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• pa s s o a pa s s o •
Contagem regressiva
para o XV CBMI
s profissionais que atuam nas Unidades
de Terapia Intensiva já têm um encontro
marcado em outubro, de 13 a 16, na Capital
Federal, quando acontecerá a décima quinta
edição do Congresso Brasileiro de Medicina
Intensiva. O CBMI de 2010 terá um sabor
especial, pois será no cinquentenário de Brasília
e quando será comemorado o 30º ano da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, AMIB.
Os preparativos para o maior evento da
América Latina de Medicina Intensiva começaram a ser desenhados antes mesmo do término da edição anterior. “Estamos montando um
evento para receber cerca de cinco mil participantes e cada detalhe está sendo estudado pelos
comitês com muito cuidado e dedicação”, diz
Dr. Rubens Antônio Bento Ribeiro, presidente
do XV CBMI.
O Comitê Científico é coordenado pelo
Dr. Fernando Suparregui Dias, do Rio Grande do Sul, que tem trabalhado com sua equipe
para fechar os temas e selecionar os convidados. Na lista dos internacionais, até o fecha-
mento dessa edição, já estavam confirmados
Dr. Jean Louis Vincent (BEL), Dr. John Kress
(EUA), Dr. Konrad Reinhart (ALE), Dr. Rui
Moreno (POR) e Dr. Andrés Esteban (ESP).
“Buscamos pesquisadores que possam trazer
ao nosso público informações inovadoras para
somar aos trabalhos realizados em nosso país”,
diz o Dr. Rubens.
Ainda segundo o presidente do XV CBMI,
a programação científica trará assuntos focados
na realidade brasileira. “Vamos manter tudo
que foi sucesso na edição anterior como, por
exemplo, a Sessão de Hot Topics com estudos
internacionais inéditos e a apresentação dos
Melhores Artigos do Ano”, diz.
Não podemos deixar de lembrar que a Prova de Título de Especialista acontece durante
o evento. Outras questões também já fechadas
são as regras para a participação das sessões de
Temas Livres e Casos Clínicos e a possibilidade
de já garantir sua inscrição. Por isso, é importante ficar atento a todas as novidades por meio
do site do congresso (www.cbmi.com.br).
Conheça o local
O local fechado para receber o XV
CBMI foi o Centro de Convenções Ulysses Guimarães (CCUG). A área total do
CCUG é de 54 mil metros quadrados,
sendo que mais de 1.600 metros quadrados serão destinados à Exposição Paralela, com capacidade para mais de cem
estandes. Além do Auditório Master, com
capacidade para três mil pessoas, o local
oferece mais quatro auditórios, 13 salas
moduláveis e espaços para camarins, sala
VIP e sala de imprensa. “É um espaço com
bastante conforto para abrigar um evento
do nosso porte. Temos certeza que esse encontro contribuirá muito com o aprimoramento profissional de cada participante
e, consequentemente, com a evolução da
Medicina Intensiva em nosso país”, reforça Dr. Rubens.
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O
13
Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• N U TR I N DO O C O N H E C I M E N TO •
Do Brasil para o mundo
Acompanhe uma seleção de alguns
dos mais destacados artigos que
profissionais brasileiros publicaram
em revistas indexadas:
Costa EL, Amato MB. UTI respiratória – USP. Can heterogeneity
in ventilation be good? Crit Care.
2010 Mar 22;14(2):134. [Epub
ahead of print]
Salluh JI, Póvoa P. Centro de Tratamento Intensivo, Instituto Nacional
de Câncer-INCA-RJ. Corticosteroids for H1N1 associated acute lung
injury: is it just wishful thinking?
Intensive Care Med. 2010 Mar 30.
[Epub ahead of print]
Pinheiro de Oliveira R, Hetzel MP,
Dos Anjos Silva M, Dallegrave D,
Friedman G. Unidade de terapia intensiva, Complexo Hospitalar Santa
Casa – RS. Mechanical ventilation
with high tidal volume induces inflammation in patients without
lung disease. Crit Care. 2010 Mar
18;14(2):R39. [Epub ahead of print]
Boniatti MM, Azzolini N, da Fonseca DL, Ribeiro BS, de Oliveira VM,
Castilho RK, Raymundi MG, Coelho RS, Filho EM. Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre, Brazil.
Prognostic value of the calling criteria
in patients receiving a medical emergency team review. Resuscitation.
2010 Mar 12. [Epub ahead of print]
Marra AR, Cal RG, Durão MS,
Correa L, Guastelli LR, Moura
DF Jr, Edmond MB, Dos Santos
OF. Unidade de terapia intensiva,
Hospital Israelita Albert Einstein SP. Impact of a program to prevent
central line-associated bloodstream
infection in the zero tolerance era.
Am J Infect Control. 2010 Mar 11.
[Epub ahead of print]
Soares M, Silva UV, Teles JM, Silva
E, Caruso P, Lobo SM, Dal Pizzol F,
Azevedo LP, de Carvalho FB, Salluh
JI. Centro de Tratamento Intensivo,
Instituto Nacional de Câncer-INCA-RJ. Validation of four prognostic
scores in patients with cancer admitted to Brazilian intensive care units:
results from a prospective multicenter study. Intensive Care Med. 2010
Mar 11. [Epub ahead of print]
Pinheiro Bdo V, Tostes Rde O,
Brum CI, Carvalho EV, Pinto SP,
de Oliveira JC. Universidade Federal de Juiz de Fora – MG. Early
versus late tracheostomy in patients
with acute severe brain injury. J Bras
Pneumol. 2010 Feb;36(1):84-91.
Silva DR, Menegotto DM, Schulz
LF, Gazzana MB, Dalcin PT. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS.
Mortality among patients with tuberculosis requiring intensive care:
a retrospective cohort study. BMC
Infect Dis. 2010 Mar 7;10:54.
Pereira SM, de Almeida Cardoso
MH, Figuexeds AL, Mattos H, Rozembaum R, Ferreira VI, Portinho
MA, Gonçalves AC, da Costa ES.
Instituto Fernandes Figueira, RJ.
Sepsis-Related Mortality of Very
Low Birth Weight Brazilian Infants:
The Role of Pseudomonas aeruginosa. Int J Pediatr. 2009;2009:427682.
Epub 2010 Feb 21.
Silva Junior JM, Malbouisson LM,
Nuevo HL, Barbosa LG, Marubayashi LY, Teixeira IC, Nassar Junior AP, Carmona MJ, Silva IF, Auler Júnior JO, Rezende E. Hospital
do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira (HSPE),
SP. Applicability of the simplified
acute physiology score (SAPS 3) in
Brazilian hospitals. Rev Bras Anestesiol. 2010 Feb;60(1):20-31.
Fioretto JR, Martin JG, Kurokawa
CS, Carpi MF, Bonatto RC, de Moraes MA, Ricchetti SM. UNESP –
Botucatu, SP. Comparison between
procalcitonin and C-reactive protein
for early diagnosis of children with
sepsis or septic shock. Inflamm Res.
2010 Feb 4. [Epub ahead of print]
de Mello MJ, de Albuquerque Mde
F, Ximenes RA, Lacerda HR, Ferraz
EJ, Byington R, Barbosa MT. Instituto de Medicina Integral Professor
Fernando Figueira, Recife, PE. Factors associated with time to acquisition of bloodstream infection in a
pediatric intensive care unit. Infect
Control Hosp Epidemiol. 2010
Mar;31(3):249-55.
Nacul FE, Guia IL, Lessa MA, Tibiriçá E. Instituto Oswaldo Cruz,
Fiocruz, RJ. The effects of vasoactive drugs on intestinal functional
capillary density in endotoxemic
rats: intravital video-microscopy
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Epub 2009 Feb 13.
Divulgue seu artigo! Essa sessão usa
como referência o base da dados PubMed.
Caso tenha publicado em alguma revista
dessa base, mande um e-mail com as
referências para [email protected].
14
Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• n o t ícia s amib •
Segunda edição do Pós-SCCM
tem aprovação dos intensivistas
P
elo segundo ano consecutivo, a AMIB trouxe aos intensivistas brasileiros as novidades apresentadas no 39th Critical Care Congress, que
ocorreu em Miami, de 9 a 13 de janeiro. Trata-se do mais importante
encontro da medicina intensiva do hemisfério norte. Mas para adiantar
os temas, a AMIB realizou uma cobertura on-line dos principais temas
que foram abordados no evento americano. Dessa forma, os profissionais
brasileiros puderam conhecer, em tempo real por meio do site nacional,
as novidades e já se preparar para a versão brasileira.
O II Simpósio Pós-SCCM aconteceu em São Paulo, em 6 de
fevereiro, e reuniu cerca de 400 intensivistas. “Participei das duas edições e considero muito importante porque os temas abordados são
os que fazem parte da vida do intensivista”, afirma o Dr. Cristiano de
Moraes, de São Paulo.
O evento, que é gratuito para os associados AMIB, foi dividido
em cinco grandes temas: Ventilação Mecânica, Sedação e Delirium,
Neurointensivismo, Infecções na UTI, Transfusão e Reposição Volêmica na UTI e Qualidade e Segurança na UTI que, por sua vez,
foram subdivididos em diferentes enfoques com apresentações que
duraram entre 15 e 20 minutos. “Esse modelo com apresentações
curtas tornou as abordagens mais dinâmicas, abordando os tópicos
mais relevantes em cada um dos assuntos apresentados”, explica o Dr.
Ederlon Rezende, presidente da AMIB.
À frente das apresentações, um time formado por nove profissionais: Dr. Álvaro Réa-Neto (PR), Dr. Ciro Leite Mendes (PB), Dr.
Ederlon Rezende (SP), Dr. José Eduardo Castro (RJ), Dr. José Mário
Teles (BA), Dr. Marcelo Rocha (RS), Dr. Moyzés Damasceno (RJ),
Dr. Rubens Bento Ribeiro (DF) e Dr. Werther Brunow de Carva-
Palestrantes e congressistas
durante Pós-SCCM 2010
lho (SP). “Achei a proposta do evento muito boa, pois esse tipo de
iniciativa coloca a medicina intensiva brasileira em sintonia com as
novidades da Europa e Estados Unidos. Muito bom sentir que estamos alinhados com o resto do mundo”, disse o médico intensivista
Rodrigo Antoniazzi, do Rio Grande do Sul.
Outra novidade que marcou o II Simpósio Pós-SCCM foi a
transmissão simultânea das aulas via Internet, pelo portal da AMIB,
que durante o dia todo teve picos de lotação com participação de
profissionais de todo o Brasil. Para rever as palestras, acesse o site
www.amib.org.br, lembrando que a íntegra das apresentações está
disponível somente para associados da AMIB.
Prova de Título-Categoria
Especial acontece em junho
U
ma das mais importantes missões da
AMIB é contribuir para que o número
de médicos intensivistas cresça nas Unidades
de Terapia Intensiva e, assim, mudar o quadro
apontado pelo Censo 2009, que demonstrou
que apenas 47% das UTIs brasileiras contam
com médico intensivista titulado.
Para tal, a Comissão de Título de Especialista tem trabalhado para acelerar todos
os processos que antecedem - e necessários
- para a realização da Prova de Título de Especialista 2010, que acontecerá em outubro,
durante o XV Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva.
No entanto, para profissionais médicos
formados há mais de 15 anos e que estejam
exercendo a função de intensivista por pelo
menos oito anos, a AMIB, por determinação
da AMB, promoverá a prova para esse time
nos dias 26 e 27 de junho, em São Paulo.
“Esse grupo é especial e difere um pouco
dos candidatos que participam da Prova de
Título Oficial que ocorre durante o CBMI.
Não podemos deixar de oferecer essa oportunidade àqueles que abraçaram a medicina intensiva e ajudá-los a melhorar sua condição
profissional e a sua remuneração com conquista de cargos destinados aos titulados”,
diz Dr. Ciro Mendes, presidente da Comissão de Título de Especialista da AMIB.
A avaliação terá três etapas: a prova teórica, a avaliação curricular e a prova oral. “As
questões serão baseadas nos principais procedimentos aplicados no dia a dia das Unidades de Terapia Intensiva”, conta Dr. Ciro.
A Comissão de Título de Especialista
também já definiu a bibliografia. Knobel E:
Condutas no Paciente Grave, 3ª Edição, São
Paulo, Editora Atheneu, 2006; Irwing and
Rippe´s, Intensive Care Medicine, 6th Edition, Lippincot Williams & Wilkins, 2008;
e Parrillo Joseph E, Dellinger Phillip R. Critical Care Medicine. Principles of Diagnosis
and Management in the Adult, 3rd edition,
Mosby, 2008.
As inscrições podem ser feitas até o
dia 15 de maio, por meio de formulário
publicado no site da AMIB. Para efetuar
sua inscrição e conhecer o Edital do Exame de Suficiência Categoria Especial para
Obtenção do Título de Especialista em
Medicina Intensiva Adulto, acesse o site
da AMIB e clique na área Título de Especialista. (www.amib.com.br)
15
Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• n o t ícia s amib •
II Luso-Brasileiro de Medicina Intensiva:
Brasil e Portugal mais próximos
A
segunda edição do Congresso Luso-Brasileiro de Medicina Intensiva foi mesmo
muito especial. O intercâmbio entre intensivistas brasileiros e portugueses e a efetiva troca
de informações abrilhantaram os três dias do
evento, que teve uma programação científica
impecável e ainda uma feira de negócios,
tudo isso num dos destinos mais charmosos
do litoral nordestino: Porto de Galinhas, em
Pernambuco.
A edição brasileira do Luso-Brasileiro
integrou palestras de altíssimo nível apresentadas por brasileiros e estrangeiros, que abordaram os temas mais relevantes e atuais da
medicina intensiva em todo o mundo.
E o programa científico do congresso,
elaborado pelo Comitê Científico – formado
pelos doutores Ciro Leite Mendes, Gustavo
Trindade, Mariza da Fonte, Patrícia Melo e
Rui Moreno e presidido pelo Dr. Fernando
Dias - foi um dos pontos altos, recebendo
elogios de todos os participantes.
“Nos empenhamos para ser abrangentes,
buscando abordar temas base da medicina
intensiva, porém, com um enfoque pontual
e instigante. Considero que o destaque da
programação foram os debates das sessões
de Pró/Con, onde dois médicos defenderam
pontos de vista antagônicos com um moderador conduzindo o debate”, afirma o Dr.
Fernando Dias.
Os bons resultados do evento também
foram comemorados pelo Dr. Odin Barbosa,
presidente do II Congresso Luso-Brasileiro de
Medicina Intensiva. “A segunda edição do Luso-Brasileiro foi excelente. O público presente
elogiou muito a escolha dos temas apresenta-
Palestrantes do Luso-Brasileiro
dos, o que foi muito recompensador, uma vez
que a AMIB, SOTIPE e SPCI se esforçaram
muito pra organizar este evento e oferecer este
nível de conteúdo”, comemora o Dr. Barbosa.
Outro profissional que ficou muito
satisfeito com os resultados do congresso
Luso-Brasileiro foi o Dr. Gustavo Trindade,
Presidente da SOTIPE. “Tivemos palestras
muito boas e que superaram as expectativas
dos presentes”, afirma.
A participação dos convidados portugueses
também contribuiu, significativamente, para
promover a troca de informações entre os dois
países. Marcaram presença no Luso-Brasileiro
o Dr. Álvaro Moreira da Silva, Dr. Antônio
Marques, Dra. Celeste Dias, Dr. Paulo Maia,
Dr. Paulo Martins, Dr. Ricardo Matos, Dr. Rui
Moreno, Dr. João Gouveia e o Dr. José Júlio
Feira de Negócios
O II Congresso Luso-Brasileiro de Medicina Intensiva também reservou espaço para uma
feira de negócios montada, sob medida, para os
profissionais da terapia intensiva.
Marcas da indústria farmacêutica e de equi-
pamentos como: Fresenius Kabi, Dixtal Philips,
Roche, Pfizer, Hospira, Lifemed, Halex Istar e
Livraria Nota 10 marcaram presença levando os
mais recentes lançamentos que podem auxiliar
os profissionais em suas práticas profissionais.
Nóbrega e o enfermeiro José Antônio Pinto.
“Mesmo a terapia intensiva de Portugal
tendo uma visão europeia, ainda assim, tem
muitas particularidades semelhantes à nossa.
O intercâmbio foi muito proveitoso e nossos
convidados participaram ativamente das discussões”, completa o Dr. Dias.
O congresso Luso-Brasileiro também foi
uma excelente oportunidade para estreitar
relacionamento entre as sociedades de terapia intensiva brasileira e portuguesa. “Os
portugueses se sentiram muito acolhidos e
prestigiados com tamanha receptividade e
organização”, completa o Dr. Trindade.
E depois de sediar as duas edições do
Luso-Brasileiro o Estado de Pernambuco
passará a organização da próxima edição do
congresso, programada para 2012, para outro estado do nordeste brasileiro. A escolha
do estado-sede será feita durante a próxima
Assembleia de Representantes da AMIB, que
acontecerá no mês de abril, em São Paulo.
Vem aí a etapa portuguesa
do Luso-Brasileiro
No mês de maio, entre os dias 9 e 11,
será a vez de Portugal sediar sua etapa do II
Congresso Luso-Brasileiro de Medicina Intensiva, que acontecerá, simultaneamente,
ao XIII Congresso Nacional de Medicina
Intensiva, no Funchal, na Ilha da Madeira.
Mais informações e programa científico
podem ser acessados no site www.spci.org
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Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• P O N TO C R Í T I C O •
O Papel do Intensivista no Processo
de Doação e Transplante de Órgãos
O
transplante de órgãos é uma modalidade terapêutica que evoluiu
e consolidou-se como uma medida
eficaz no tratamento de pacientes com
doenças terminais de órgãos. O sucesso
dos transplantes levou a um aumento
progressivo da lista de receptores, não
acompanhado por aumento no número
de doadores.
A criação do Comitê Científico de
Transplantes e Doação de Órgãos pela
diretoria da AMIB tem o objetivo de destacar, e divulgar entre os médicos intensivistas, o papel primordial da nossa especialidade no processo doação-transplante.
A identificação do momento em que
o paciente neurológico grave evolui para
morte encefálica é uma das atribuições
mais importantes do intensivista, com
grande impacto e retorno para o sistema de saúde e a sociedade. A partir desse
instante, ocorre uma mudança dos objetivos do tratamento, que deixa de ter
como foco o tratamento da hipertensão
intracraniana para centrar-se no cuidado dos órgãos e tecidos que poderão ser
oferecidos para candidatos em lista de
espera.
A resolução do CFM 1480/1997 regulamenta o diagnóstico de morte ence-
Lembre-se
• Comunique sempre aos familiares do início do processo diagnóstico de
morte encefálica e explique os principais passos. Permita que um médico
de confiança da família acompanhe o processo.
• Comunique a Coordenação Intra-hospitalar de Doação de Órgãos ou a
Central de Notificação e Captação de Órgãos regional quando do início
do processo (potencial morte encefálica).
• Avalie a logística da sua instituição para definir o melhor momento do
exame complementar e do exame com o médico neurologista. O exame
complementar pode ser realizado entre os dois testes clínicos, na melhor
conveniência da instituição.
• Estabelecida a morte encefálica, a evolução com instabilidade
hemodinâmica, hipotermia e distúrbios hidro-eletrolíticos é a regra.
• Para pacientes candidatos a doação de pulmão (<55 anos, PaO2/FiO2
>300) ou pacientes com necessidade FiO2 elevada, considerar realização
do teste de apneia com CPAP de 10 cmH2O.
• Mantenha sempre um canal de comunicação aberto com a família.
Planeje para que estes possam ter acesso a seu familiar e aos profissionais
da UTI durante o processo.
• Finalizado o processo diagnóstico, comunique o resultado objetivamente
para os familiares, sendo categórico em relação ao diagnóstico
de morte.
• A entrevista familiar para doação deve ser realizada a seguir,
por profissional experiente e capacitado para este
procedimento.
• Determine o óbito pelo horário do último exame
realizado.
fálica no nosso país. É de fundamental
importância o conhecimento desta, pelas pessoas envolvidas no atendimento
de pacientes críticos.
Os cuidados dos pacientes após implantação de órgãos sólidos são essencialmente realizados em unidades de
cuidados críticos, com a participação de
equipes multidisciplinares.
A evolução para parada cardíaca é
responsável pela perda de 20% a 30%
dos potenciais doadores. A manutenção
hemodinâmica do doador objetiva manter a viabilidade dos órgãos. Uma abordagem com metas a serem atingidas é
recomendada. No quadro a seguir estão
alguns destes cuidados.
Monitorização hemodinâmica: PVC
e PAM. A medida do débito cardíaco
pode ser considerada se FE<40% ou
uso de altas doses vasopressores.
• Objetivos: o FC 60 – 120 bpm
o PAM: 70 mmHg
o PVC: 6-10 mmHg
o Diurese: 1 ml/Kg/h adultos – 2
ml/Kg/h crianças
o Swan Ganz: POAP 8-12 mmHg,
IC >2,4 l/min-m².
o Temperatura > 35
o pH 7,35 – 7,45, pO2 90-100,
pCO2 35-45 mmHg
o Sódio <150 mEq/l
o Glicemia 80-150 mg/dl
o Hb > 7
A hipovolemia é a principal causa
da hipotensão nesses pacientes e está
relacionada à reposição volêmica insu-
17
Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• P O N TO C R Í T I C O •
ficiente, sangramento persistente, diurese osmótica (uso prévio manitol ou
hiperglicemia), diurese do frio e diabete insipidus. Além da hipovolemia
absoluta, a vasodilatação extrema que
está presente após a instalação da morte
encefálica leva a um quadro de hipovolemia relativa. A reposição com fluídos
é habitualmente a medida a ser iniciada
rapidamente, usualmente com cristalólides (Ringer Lactato, solução salina
0,9% ou 0,45%).
Se persistir a hipotensão após a reposição volêmica adequada, é indicado
o início de drogas vasoativas. Não há
preferência pelo uso específico de um
vasopressor, podendo-se utilizar noradrenalina, dopamina ou vasopressina.
O uso de corticóide é recomendado
em pacientes com instabilidade hemodinâmica (hidrocortisona 10mg/hora),
e também para diminuir a resposta
inflamatória e melhorar a função dos
enxertos, principalmente do pulmão
(metilprednisolona 15mg/Kg em bolus). Arritmias cardíacas são frequentes
durante a manutenção dos doadores e
podem ser refratárias ao tratamento.
As taquicardias ventriculares são geralmente tratadas com amiodarona ou lidocaína. No tratamento das bradiarritmias prefere-se o uso de adrenalina ou
isoproterenol, já que a atropina não é
efetiva devido à denervação vagal.
O manejo respiratório pode ser
complicado por edema pulmonar neu-
rogênico, contusão pulmonar, atelectasias ou infecção. As estratégias ventilatórias são semelhantes às utilizadas no
tratamento de pacientes com SDRA. Se
o paciente estiver tratando alguma infecção, o(s) antimicrobiano(s) deve(m)
ser mantido(s) e continuado(s) no(s)
receptor(es), pelo período programado
O uso de antimicrobianos nas demais
situações, deve obedecer às orientações
de tratamento e profilaxia aplicáveis ao
demais doentes críticos.
As alterações metabólicas devem ser
tratadas agressivamente. A redução do
hormônio anti-diurético pela necrose
hipofisária, leva ao diabetes insipidus, e
o volume de diurese pode ser superior a
500ml/h, produzindo hipernatremia. O
fármaco de escolha para esta situação é
a desmopressina (DDAVP), na dose de
2 a 4 microgramas endovenosa. A dose
pode ser repetida conforme a necessidade, para se atingir diurese abaixo de
300ml/hora, a cada 12-24h. A infusão
de vasopressina, que também age sobre
receptores V2, pode melhorar a diabete
insipidus, mas frequentemente é necessária a associação de desmopressina. A
solução parenteral de manutenção deve
corresponder ao volume e características das perdas urinárias (hipoosmolar).
A hiperglicemia deve ser tratada com
insulinoterapia endovenosa contínua
para manter a glicemia em torno de
150 mg/dl. A hiperglicemia é deletéria
para os órgãos, principalmente para os
enxertos pancreáticos.
O cuidado do doador de múltiplos
órgãos deve ser feito por uma equipe
multidisciplinar e comprometida com
o processo, sob coordenação do médico intensivista. É um passo importante
para a melhora da quantidade e qualidade dos órgãos captados e para o sucesso dos transplantes.
Bibliografia
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of potential organ donors: our
current standard. Clinical Transplantation 2009.
Comitê de Transplantes
e Doação de Órgãos – AMIB
Autores: Dr. Cristiano Augusto
Franke, Dr. Joel de Andrade,
Dra.Tatiana Helena Rech e
Dr. Luiz Antonio da Costa Sardinha
PONTO CRÍTICO é desenvolvido pelos comitês
não-científicos ou departamentos da AMIB
para discutir questões pertinentes à prática da
medicina intensiva
18
Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• Di r e t o r ia •
Nova gestão conta com a
participação da gestão anterior
U
ma das novidades da administração
da gestão 2010-2011 é que contará
também com a participação e apoio
total da gestão que teve à frente como
presidente o Dr. Álvaro Réa-Neto e com
a equipe do presidente futuro, Dr. José
Mário Teles. Logo após a posse do Dr.
Ederlon Rezende, os integrantes da nova
diretoria já começaram os seus trabalhos.
A primeira reunião da Diretoria
Ampliada aconteceu nos dias 29 e 30
de janeiro, no Novotel Jaraguá, em São
Paulo, e teve como objetivo apresentar
um breve status de como estão os trabalhos para já serem traçadas as estratégias
futuras.
O encontro foi aberto pelo Dr. Fernando Osni Machado, diretor secretário
geral, que reforçou o posicionamento da
nova gestão para cumprir as dez propostas definidas pela chapa “AMIB para o
Futuro” durante o processo eleitoral.
O Dr. José Mário Teles, Presidente
Futuro, que junto com sua equipe também participará da nova administração,
apresentou os temas pendentes da Comissão de Defesa Profissional e reforçou
a necessidade da continuidade das ações
iniciadas que visam recomendações de
permanência de profissionais de outras
especialidades que não-médicas nas Unidades de Terapia Intensiva, a qualidade
de vida de todos os profissionais que
atuam nas UTIs, bem como a valorização em honorários, principalmente para
os médicos intensivistas, pois é preciso
criar incentivos para despertar o interesse maior pela especialidade.
A editora científica da RBTI, Dra.
Flávia Machado, trouxe uma boa notícia. Informou a todos que a publicação
foi submetida ao Medline, um dos mais
importantes bancos de dados de referência mundial da comunidade científica da
Medicina Intensiva. “Essa foi a última
meta atingida pela gestão 2008-2009. O
resultado do parecer de indexação do periódico acontecerá até o começo de 2011,
isso porque os próximos quatro exempla-
res de 2010 também serão avaliados. Por
isso, precisamos do empenho de todos
para uma resposta positiva”, disse.
Sobre o Censo da AMIB, que teve
sua segunda fase finalizada em 2009, o
Dr. Fernando Osni falou sobre a necessidade de se fomentar as informações,
mas também de se entender o conteúdo
apurado. Outro enfoque dado ao Censo
foi para a necessidade de se fazer novos
investimentos neste projeto, bem como
a importância da sociedade investir no
desenvolvimento de seu banco de dados,
de forma a facilitar a geração de informações relacionadas à gestão.
Sobre a Campanha Orgulho de Ser
Intensivista, que ocupou significativo espaço na mídia em 2009, o Dr. Ederlon
Rezende chamou atenção para a necessidade de se desenvolver uma nova frente
de atuação com foco na Segurança do
Paciente em todo país.
ORGANOGRAMA AMIB 2010/2011
Diretoria Executiva
Ederlon Rezende (SP)
Presidente
Werther Brunow de Carvalho (SP)
Vice-Presidente
Gestão e Qualidade
José Eduardo
Couto de Castro (RJ)
Graduação/Ligami
Gerson Luiz de Macedo (RJ)
Cursos e Educação Continuada
Alexandre Marini Ísola (SP)
Divisão Científica
Choque e
Monitorização Hemodinâmica
Nelson Akamine (SP)
Cirurgia de Alto Risco
Suzana Margareth
Ajeje Lobo (SP)
Fernando Machado (SC)
Secretário Geral
Título de Especialista
Ciro Leite Mendes (PB)
Alberto Barros (PE)
Tesoureiro
Coronariopatias e
Emergências Cardiovasculares
José Marconi Sousa (SP)
Departamentos
Fernando Dias (RS)
Diretor Executivo Fundo AMIB
Enfermagem
Renata Andréa Pietro Pereira
Viana (SP)
Emergência e Trauma
Anselmo Dornas Moura (MG)
José Mário Telles (BA)
Presidente-Futuro
Fisioterapia
Marta Paulete Damasceno (SP)
Álvaro Réa-Neto (PR)
Presidente-Passado
Assessorias
Coordenação Nacional
de Câmaras Técnicas
Jefferson Pedro Piva (RS)
Psicologia
Raquel Pusch de Souza (PR)
Fonoaudiologia
Simone Barbosa Romero (SP)
Medicina Veterinária
Rodrigo Cardoso Rabelo (MG)
Fundo Amib
Relações Institucionais e
Internacionais
Álvaro Réa-Neto (PR)
Divisão de Publicações
CBMI
Ciro Mendes (PB)
Validação Título
de Especialista
Renato Giuseppe
Giovanni Terzi (SP)
JAMIB
Bruno Mazza (SP)
Comissões
Defesa do Exercício Profissional
Hélio dos Santos
Queiroz Filho (BA)
Ética Profissional
Fábio Miranda (RJ)
Formação do Intensivista
Suzana Margareth
Ajeje Lobo (SP)
PROAMI
Fernando Dias (RS) e Fernando
Botoni (MG)
PROTIPED
Werther Brunow de Carvalho (SP)
e Jefferson Pedro Piva (RS)
Questões Comentadas
Cláudio Piras
RBTI
Flávia Machado (SP)
Divisão de Pesquisa
Marcelo Garcia da Rocha (RS)
Hemostasia, Trombose e Transfusão
Rubens Carmo Costa Filho (RJ)
Infecção
Juan Carlos Rosso Verdeal (RJ)
Medicina intensiva Neonatal
Renato Soibelmann
Procianoy (RS)
Medicina intensiva Pediátrica
Marcus Angelus
Jannuzzi de Oliveira (MG)
Nefrointensivismo
Edson Marques Filho (BA)
Neurointensivismo
Álvaro Réa-Neto (PR)
Pós-Operatório de Cirurgia
Cardiovascular
Filomena Regina
Barbosa Gomes Galas (SP)
SEPSE
Eliezer Silva (SP)
Terapia Nutricional
Sergio Henrique Loss (RS)
Terminalidade da Vida
e Cuidados Paliativos
Rachel Moritz (SC)
Transplante e Doação de Órgãos
Cristiano Augusto Franke (RS)
Ventilação Mecânica
Carmem Silvia
Valente Barbas (SP)
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Jornal da AMIB - Nº 54 - Jan/Fev/Mar 2010
• A G E N DE - SE •
Confira os principais eventos de medicina intensiva
Cursos
Local
Data
Informações
Local
Data
Informações
São Paulo (SP)
7 e 8 de mai/2010
www.amib.org.br
SEPSE
Rio de Janeiro (RJ)
04 e 05 de junho de 2010
www.amib.org.br
TENUTI
Teresina (PI)
7 e 8 de mai/2010
www.amib.org.br
SEPSE
Curitiba (PR)
11 e 12 de junho de 2010
www.amib.org.br
TENUTI
Curitiba (PR)
14 e 15 de maio de 2010
www.amib.org.br
HEMODINÂMICA
Vassouras (RJ)
11 e 12 de junho de 2010
www.amib.org.br
CITIN
Fortaleza (CE)
14 e 15 de maio de 2010
www.amib.org.br
SEPSE
Goiânia (GO)
18 e 19 de junho de 2010
www.amib.org.br
SEPSE
Belém (PA)
22 e 23 de maio de 2010
www.amib.org.br
VENUTI
Campinas (SP)
18 e 19 de junho de 2010
www.amib.org.br
TENUTI
Rio de Janeiro (RJ)
21 e 22 de maio de 2010
www.amib.org.br
CITIN
Belo Horizonte (MG)
19 e 20 de junho de 2010
www.amib.org.br
FCCS
Curitiba (PR)
22 e 23 de maio de 2010
www.amib.org.br
FCCS
São Paulo (SP)
12 e 13 de junho de 2010
www.amib.org.br
FCCS
São Paulo (SP)
29 e 30 de maio de 2010
www.amib.org.br
FCCS
São Paulo (SP)
26 e 27 de junho de 2010
www.amib.org.br
TENUTI
Campinas (SP)
28 e 29 de maio de 2010
www.amib.org.br
CITIN
Pelotas (RS)
25 e 26 de junho de 2010
www.amib.org.br
Rio de Janeiro (RJ)
29 e 30 de maio de 2010
www.amib.org.br
CITIN
Porto Velho (RO)
30 e 31 de junho de 2010
www.amib.org.br
Brasília (DF)
04 e 05 de junho de 2010
www.amib.org.br
CITIN
CITIN
TENUTI
Cursos
Congressos e Palestras
Local
Data
Informações
XXXI Congresso da SOCESP
São Paulo (SP)
29 abr a 1 de mai/2010
www.socesp.org.br
New Orleans – Louisiana (EUA)
14 a 19 de mai/2010
www.thoracic.org
Singapura
9 a 12 de jun/2010
www.icem2010.org/
Oregon – EUA
12 a 15 jun/2010
www.shocksociety.org/shock2010
Pequim – China
16 a 19 jun/2010
www.world-heart-federation.org/congress-and-events/wcc2010
American Thoracic Society International Conference
13 th International Conference on Emergency Medicine
XXXIII Annual Conference on Shock
XXXI Congresso Mundial de Cardiologia
Para outros cursos e eventos, acesse www.amib.org.br
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Tel.: 11 - 2187.6200
Fax: 11 - 2187.6375
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Prevenção de infecções respiratórias
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