FUNDAÇÃO FACULDADE REGIONAL DE MEDICINA DE S. J. RIO PRETO FUNDAÇÃO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO (FUNDAP) PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL (PAP) SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE – 5ª ANDAR SUS JAQUELINE FARIA DOS REIS A IMPLANTAÇÃO DE ALTA QUALIFICADA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO COMO PROCESSO DA INTEGRALIDADE NO CUIDADO SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP 2015 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO/FUNDAP PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL JAQUELINE FARIA DOS REIS A IMPLANTAÇÃO DE ALTA QUALIFICADA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO COMO PROCESSO DE INTEGRALIDADE NO CUIDADO Artigo Científico apresentada ao Programa de Aprimoramento Profissional/SES, elaborada na Fundação Faculdade Regional de MedicinaHospital de Base de São José do Rio Preto e Faculdade de Medicina de S. J. do Rio Preto/SP. Sob orientação de Camila de Oliveira e co- orientação de Ana Maria Ferreira Rondina. Área: Serviço Social 5° andar SUS SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2015 A IMPLANTAÇÃO DE ALTA QUALIFICADA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO COMO PROCESSO DA INTEGRALIDADE NO CUIDADO ¹Jaqueline Faria dos Reis; ²Camila de Oliveira; ³Ana Maria Ferreira Rondina. Resumo: O princípio da integralidade no SUS se apresenta como forte aliada dos profissionais que interiorizam e assumem o conceito ampliado de saúde no cuidado de pacientes com algum grau de dependência. O estudo buscou descrever o processo de alta qualificada, implantado na Unidade Semi-Intensiva e enfermaria do 5° andar SUS do Hospital de Base de São José do Rio Preto/SP, como processo da integralidade no cuidado. A metodologia abordada foi exploratória, com levantamento de dados bibliográficos (bases de dados eletrônicos com artigos publicados nos últimos sete anos) e dados documentais, presentes em relatórios técnicos do Setor de Gerenciamento de Leitos deste hospital, no período de Julho a Setembro de 2.015. Na organização de atenção a saúde, o SUS implementou através da Linha do Cuidado e Projetos Terapêuticos Individuais, um conjunto de planejamento de atos assistenciais para atender determinado fator de fragilidade que encontra-se o usuário. Assim, a alta qualificada, instituída por este hospital, fundamentada pelas Portarias (3.390 e 1.208) do Ministério da Saúde, propõe a responsabilização dos cuidados entre os serviços de diferentes níveis de atenção a saúde. Neste processo, o trabalho da equipe multiprofissional é fundamental, na orientação e treinamento da família e/ou cuidador para programação da alta, proporcionando uma desospitalização segura e autonomia do usuário. Assim, a alta qualificada vem de encontro com o princípio da integralidade, superando a fragmentação do cuidado. Portanto, as intervenções, com base na mudança das práticas de saúde, passaram a ser articuladas entre os profissionais, usuário, família e rede de saúde. Palavras chaves: Integralidade, Alta Qualificada, Equipe Multiprofissional, Linha do Cuidado, Projeto Terapêutico Individual. ¹Aprimoranda em Serviço Social na Saúde ²Orientadora /Supervisora em Programa de Aprimoramento Profissional- PAP na Saúde ³Co-Orientadora e Coordenadora do Serviço Social/ FUNFARME THE HIGH IMPLANTATION QUALIFIED IN A UNIVERSITY HOSPITAL AS PROCESS COMPLETENESS IN CARE ¹Jaqueline Faria dos Reis; ²Camila de Oliveira; ³Ana Maria Ferreira Rondina. Abstract: The principle of comprehensiveness in SUS is presented as a strong ally of the professionals who internalize and assume the expanded concept of health in the care of patients with some degree of dependence. The study sought to describe the high-qualified process, implemented in the semi-intensive care unit and ward of the 5th floor SUS São José de Base Hospital of Rio Preto / SP, as completeness of the process of care. The methodology addressed was exploratory, with lifting bibliographic data (electronic databases with articles published in the last seven years) and documentary evidence, present in technical reports Beds Management Sector of the hospital, from July to September 2015. In the health care organization, SUS implemented by Care and Therapeutic Project Single Line, a set of planning acts assistance to meet certain factor of fragility that is the user. Thus, the high qualified, established by this hospital, founded by Ordinances (3390 and 1208) of the Ministry of Health proposes the responsibility of care between services of different levels of health care. In this process, the work of the multidisciplinary team is critical in guiding and family training and / or caregiver to high programming, providing a safe deinstitutionalization and user autonomy. Thus, qualified high comes against the principle of comprehensiveness, overcoming the fragmentation of care. Therefore, interventions, based on the change in health practices, have been articulated among professionals, users, families and health network. Key words: Completeness, High Qualified, Multidisciplinary Team, Care Line Therapy Project Single. ¹Aprimoranda in Social Work in Health ²Orientadora / Supervisor in Improvement Program professional- PAP in Health ³Co-Advisor and Coordinator of Social Service / FUNFARME 6 INTRODUÇÃO A partir da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), criado a partir da Constituição Federal de 1988 e instituído pela Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990), não só foi desencadeada a ampliação dos serviços de saúde, como também a qualidade destes, através de diretrizes e princípios tais como: universalidade, equidade, integralidade, descentralização e comando único, resolutividade, regionalização e hierarquização, complementaridade do setor privado e participação popular. (MACHADO et al., 2007). Dentre os princípios mencionados acima, o da integralidade apresenta-se como forte aliado dos profissionais que interiorizam e assumem o conceito ampliado de saúde. Nesta perspectiva, o SUS implementou mudanças na organização de atenção a saúde no que se refere a integralidade e a continuidade do cuidado em rede, através da Linha do Cuidado e Projetos Terapêuticos Individuais (ALDA, 2013). A Linha do Cuidado funciona como base nos Projetos Terapêuticos, ou seja, é o conjunto de planejamento de atos assistenciais para resolver determinado fator de saúde no qual se encontra o usuário, com base em uma avaliação de risco. O risco não é apenas clínico, ele é também social, econômico, ambiental e afetivo, ou seja, um olhar integral sobre o processo saúde-doença que deve ser consideradas. Com base no risco é definido o Projeto Terapêutico e a partir dele o profissional de saúde vai orientar o usuário a buscar na rede de serviços os recursos necessários ao atendimento à sua necessidade (FRANCO, 2009). Portanto, de acordo com os autores abaixo, as Linhas do Cuidado e Projeto Terapêutico Individual são conceitos integrativos, desafiadores e complexos para os profissionais que exercem suas funções no âmbito hospitalar: Para a organização de Linhas do Cuidado é fundamental que sejam planejados fluxos que impliquem ações resolutivas das equipes de saúde, centradas no acolher, informar, atender e encaminhar por dentro de uma rede cuidadora (sistema de referência e contra referência)[...] onde o usuário, mediante um acesso que lhe dê inclusão, saiba sobre a estrutura do serviço e da rede assistencial [...] ( CECCIM, p. 02, 2005). O processo de produção de projetos terapêutico o Projeto Terapêutico Individual (PTI) na qual o profissional de saúde assume o papel de gestor e executor do mesmo, voltado tanto para o indivíduo como para um grupo, articulado tanto entre os profissionais em si, quanto entre estes e os usuários (DINIZ apud OLIVEIRA, 2010, p.17). 7 Conforme a Portaria 3.390 de 30 de dezembro de 2013 do Ministério da Saúde institui em seu art. 3º que os hospitais são instituições complexas, com densidade tecnológica específica, de caráter multiprofissional e interdisciplinar, responsável pela assistência aos usuários com condições agudas ou crônicas, que apresentem potencial de instabilização e de complicações de seu estado de saúde, exigindo-se assistência contínua em regime de internação e ações que abrangem a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação (BRASIL, 2013, p. 02). Considerando também a Portaria nº 1.208, de 18 de junho de 2013 que dispõe sobre o Programa Melhor em Casa (Atenção Domiciliar no âmbito do SUS) com o Programa SOS Emergências, ambos inseridos na Rede de Atenção às Urgências. Em seu art. 4, que visa realizar busca ativa no hospital para identificar usuários elegíveis para a Atenção Domiciliar, a partir de protocolos de elegibilidade; preparando-os para uma desospitalização segura e apoiar na identificação e capacitação do cuidador ainda no ambiente hospitalar, possibilitando maior autonomia do cuidador e do paciente, e diminuindo a necessidade e freqüência de reinternações (BRASIL, 2013, p. 02). Portanto, conforme preconiza o Ministério da Saúde, o Hospital de Base de São José do Rio Preto/SP, adequou-se às normas e introduziu o projeto de alta qualificada como proposta de planejamento de alta hospitalar da qual pretende garantir a continuidade dos cuidados de saúde e o uso eficiente do recurso do hospital e da comunidade, a partir da identificação e avaliação das necessidades dos doentes, de acordo com parâmetros estabelecidos (FUNFARME, 2015). Neste sentido, observamos que durante a internação hospitalar as famílias apresentam algumas dificuldades tanto para assimilar as informações sobre diagnósticos como também, os cuidados posteriores a alta, principalmente quando se trata de doenças crônicas, visto que são causadoras de incapacidades que demandam dependência à vida ativa do usuário. Um dos objetivos deste projeto de alta qualificada é justamente facilitar o entendimento da família em relação ao diagnóstico e prepará-los para que se sintam seguros no momento da alta. 8 No entanto, a necessidade de redefinição de papéis entre os membros da família, a “escolha” de alguém para assumir a responsabilidade dos cuidados e a adequação do ambiente domiciliar são algumas barreiras encontradas pelos profissionais de saúde no acolhimento à família, que no decorrer da internação, são condições que impossibilitam a desospitalização do paciente. Para a desospitalização segura, a alta deverá ocorrer de forma programada, de acordo com a complexidade do cuidado necessário em domicilio, sendo a abordagem familiar de forma humanizada e acolhedora fundamental no processo. A identificação do cuidador ainda no ambiente hospitalar, possibilitando maior autonomia do cuidador e do paciente, poderá diminuir a ocorrência de reinternações (BRASILIA, 2013, p.07). Deste modo, o planejamento da alta tem que ocorrer já na admissão do paciente na unidade de saúde e com o processo da alta qualificada, os profissionais de saúde devem fornecer todo o apoio à família, acolher, orientar, envolvendo o usuário e familiar nas decisões relacionadas ao tratamento e disponibilizar os encaminhamentos específicos à atenção aos cuidados durante a internação hospitalar ( FUNFARME, 2015). Portanto, a alta não é um ato isolado e deve ser planejado o mais cedo possível a fim de efetivar uma alta segura de forma responsável, possibilitando o acompanhamento em rede, articulado e integrado entre profissionais, equipes e instituições de saúde. De acordo com a Política Nacional de Humanização (2004) estar conectado em rede implica nos processos de troca, de modo cooperativo e solidário, em conformidade com as diretrizes do SUS (PNH,2004). Por outro lado, a construção de uma rede de saúde eficaz implica criar múltiplas respostas para o enfrentamento de produção saúde-doença. Dentre estas respostas, destaca-se a mudança na prática, de forma mais colaborativa e integrada na superação da fragmentação e isolamento, ou seja, as equipes devem funcionar como “nós” que comunicam entre si. Portanto, a Linha do Cuidado é fonte para expressar os fluxos assistenciais seguros e garantidor ao usuário, no sentido de atender às suas necessidades de saúde (ALDA, 2013). Então, o projeto de Alta Qualificada, dentro da Linha do Cuidado, tem por objetivo reorganizar o processo de trabalho, incorporar à idéia da integralidade na assistência à saúde, o que significa unificar ações preventivas, curativas e de reabilitação; proporcionar o acesso a todos os recursos tecnológicos que o usuário necessita: alta complexidade hospitalar, Estratégia Saúde da Família e outros dispositivos como o Programa de Atenção Domiciliar como SADE (Serviço de Atendimento Domiciliar Especializado) e Programa 9 Melhor em Casa (FRANCO, 2009). Deste modo, esse trabalho de alta qualificada iniciou-se no mês de Julho de 2015, como projeto piloto na Unidade Semi-Intensiva e enfermaria do 5º andar SUS do Hospital de Base de São José do Rio Preto/SP, voltado para pacientes portador de condições crônicas, pacientes em cuidados paliativos e para pacientes com necessidade de cuidados continuados (acamados, sondas, ostomias, e dentre outros) e buscou descrever o processo de alta qualificada como processo da integralidade no cuidado (FUNFARME, 2015). METODOLOGIA A metodologia adotada para realização do estudo foi a do tipo exploratória, com levantamento de dados bibliográficos, utilizando as bases de dados eletrônicos: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Scientific Electronic Library Online (Scielo); e Google Acadêmico. Buscou- se utilizar, predominantemente, artigos publicados nos últimos 7 (sete) anos. As palavras chaves utilizadas na busca foram: integralidade, alta qualificada, equipe multiprofissional, linha do cuidado, projeto terapêutico individual. Utilizaram-se também os dados documentais, presentes em relatórios técnicos do Setor de Gerenciamento de Leitos do Hospital de Base, no período de Julho a Setembro de 2.015, em relação aos usuários internados nos serviços de neurologia e neurocirurgia da Unidade de Saúde no 5° andar SUS, mas também abrange outras especialidades conforme a demanda do setor, classificados como alta qualificada (GLHB, 2015). A seguir apresentaremos os dados fornecidos pelo setor de Gerenciamento de Leitos. RESULTADOS Com base nos dados coletados, verificamos ao gráfico 1 que, para uma amostra de n= 87, 71% correspondem a pacientes que obtiveram alta hospitalar para domicílio. Observou-se também que 8% reinternaram, sendo que 11% foram a óbitos e 10% tiveram a alta suspensas devido intercorrências clínicas. 10 Gráfico 1- Percentual de pacientes inseridos na alta qualificada, julho a setembro de 2015. Dados Gerenciamento de Leitos do Hospital de Base (GLHB, 2015). Assim, referente à n= 87, à tabela 1 e ao gráfico 2 podemos observar a procedência do paciente na qual pertence. Sendo que 61% num total correspondem de outros municípios pertencentes à Diretoria Regional de Saúde- DRS XV. Seguindo assim de 31% dos pacientes internados pertencem ao município de São José do Rio Preto; 4% referente ao município de Votuporanga; 2% Mirassol e Bálsamo. Tabela 1 – Procedência do usuário, julho a setembro de 2015 Municípios Julho Agosto São José do Rio Preto 5 9 Votuporanga 0 3 Mirassol 2 0 Bálsamo 0 0 Outros 17 17 Total 24 29 Fonte: Dados Gerenciamento de Leitos do Hospital de Base (GLHB, 2015). Setembro 13 0 0 2 19 34 11 Gráfico 2 – Percentual de procedência do usuário, julho a setembro de 2015 Fonte: Dados Gerenciamento de Leitos do Hospital de Base (GLHB, 2015). No gráfico 3, referente à faixa etária na amostra n= 87, observou-se que 62% são pacientes com idade superior a 60 anos; sendo 20% corresponde à faixa de idade de 51 a 60 anos de idade; e na faixa de 30 a 40 anos corresponde a 10%. Gráfico 3-Percentual de faixa etária, julho a setembro de 2015. Fonte: Dados Gerenciamento de Leitos do Hospital de Base (GLHB, 2015). Analisando as relações de internação de gênero referente no gráfico 4, podemos observar que a maioria das internações é de pacientes que predominam o sexo masculino, sendo 62% e do sexo feminino 38%. 12 4- Percentual de pacientes por gênero, julho a setembro de 2015. Dados Gerenciamento de Leitos do Hospital de Base (GLHB, 2015). DISCUSSÕES Segundo o Manual de Planejamento e Gestão de Altas (FUNFARME, 2015), no âmbito hospitalar, o planejamento de alta é uma atividade que visa garantir a continuidade dos cuidados e o uso eficiente dos recursos do hospital e da comunidade na recuperação em saúde, a partir da identificação e avaliação das necessidades do usuário de acordo com os parâmetros estabelecidos. Deste modo, o projeto de alta qualificada propõe a responsabilização e compartilhamento entre os diversos serviços e, diferentes níveis de atenção a fim de promover a existência de um programa integrador entre a instituição hospitalar e os demais níveis de atenção à saúde, tais como: PSF, UBS, UBSF e unidades hospitalares menos complexas. Portanto, o princípio da integralidade vem sendo exercido através da organização e do desenvolvimento das Redes de Atenção à Saúde (RAS). Utilizando-se das Linhas do Cuidado a partir da organização de um Projeto Terapêutico Individual que visa à articulação, o acompanhamento e encaminhamento para que seja possível garantir a continuidade do tratamento dos pacientes com doenças crônicas. Contudo, o conceito de cuidado e da integralidade configura processos de trabalho nos quais, os profissionais da saúde não operam apenas na modalidade do agir instrumental e estratégico, possui caráter interventivo atuando também na forma de agir na 13 vida dos pacientes e familiares. Assim, o projeto de alta qualificada vem de encontro com o princípio da integralidade, superando a fragmentação do cuidado, ou seja, do mero agrupamento de profissionais que atua apenas de forma individualizada. Enfim, com base na mudança das práticas de saúde, as intervenções passaram a ser articuladas entre os componentes da equipe, usuário, família e rede de saúde, deste modo, evitando possíveis reinternações. A Implantação de Alta Qualificada no Hospital de Base de São José do Rio Preto-SP Iniciamos este Projeto de Alta Qualificada no Hospital de Base de São José do Rio Preto/SP no mês de Julho de 2015 no 5° andar SUS, especificamente na enfermaria e Unidade Semi- Intensiva. Esta instituição de saúde é um dos maiores e mais importantes complexos hospitalares do Estado de São Paulo de nível terciário, atende mais de 2 milhões de habitantes dos 102 municípios pertencentes à Divisão Regional de Saúde de Rio Preto (DRS 15) e também de outras regiões do Brasil (FUNFARME, 2015). No entanto, vale ressaltar que este projeto de Alta Qualificada está em processo de implementação e neste artigo iremos descrever sua implantação e os resultados obtidos referente ao mês de julho a setembro de 2015. Deste modo, o Manual de Planejamento e Gestão de Altas foi uma iniciativa da (gestão, superintendência) deste hospital e os instrumentais do Projeto Terapêutico Individual: Plano Terapêutico Singular (Apêndice 1) e o Plano de Cuidados/Alta (Apêndice 2) elaborados por um grupo de profissionais da instituição que contribuíram na viabilização deste projeto. Assim, de acordo com o cotidiano hospitalar de nosso serviço, foi elaborado o fluxograma para descrever o processo de Alta Qualificada: 14 FLUXOGRAMA - ALTA QUALIFICADA HOSPITAL DE BASE – S.J. RIO PRETO Admissão do Paciente Enfermagem: Identificar e avaliar se paciente requer cuidados continuados na pós-alta e checar com médico a previsão da alta. Assistente Social: Avaliar e Identificar risco social, cuidador, município para onde o paciente irá após a alta e previsão da data de alta. Comunicar por e-mail Gerenciamento de Leitos: Comunicar por e-mail o município de origem, sobre a internação do paciente informando a data prevista da alta e que em breve será enviado o Plano de Cuidados/Alta. Visita da equipe multiprofissional: Definir o Plano Singular Terapêutico e programação da alta hospitalar Enfermeiro * Fazer Plano de Cuidados/Alta e entregar para o Serviço social *Fazer anotação do plano de cuidados e programação de alta em Evolução Multidisciplinar (MV – Evolução Médica – Doc. 035) *Fazer Guia de Referência e Contra-referência e entregar para o paciente levar p/ município após a alta. *Entregar folhetos de orientações para o cuidador referente a todos os cuidados que o paciente requer e anotar no campo de observação do plano de alta quais folhetos foram entregues. *Nos casos em que o paciente esteja estável e se enquadre na alta qualificada e o email e plano de alta tenham que ser enviados no dia da alta ou em até 24 horas antes da alta, o enfermeiro deverá fazer uma justificativa no campo de observações do plano de alta, explicando o caso. Assistente Social: Enviar para o gerenciamento de leitos por e-mail o plano de cuidados/alta. Gerenciamento de Leitos: *Enviar por e-mail o Plano de Cuidados/Alta para o município de origem. * Enviar folhetos de orientações descritos no plano de alta. *Arquivar Plano de Alta em pasta apropriada. 15 Deste acordo com o fluxo acima, após a admissão do paciente em nosso serviço de saúde, o enfermeiro do setor faz a triagem, identifica se o paciente apresenta os critérios de fragilidade para ser inserido no processo de Alta Qualificada, sendo eles: pacientes com doenças crônicas, pacientes com necessidades de cuidados continuados (acamados, sondas, ostomias, traqueostomizados, feridas/ulceras, cateterismo vesical intermitente, entre outros cuidados). Vale ressaltar que esta avaliação deve ser a mais precoce possível a fim de potencializar a adequação da resposta as necessidades do paciente. Se o paciente se enquadrar nos critérios acima, o enfermeiro aciona o assistente social para avaliação e identificação do risco social. Deste modo, o assistente social realiza a abordagem com a família, utilizando-se do acolhimento e escuta qualificada segundo a Política Nacional de Humanização (PNH, 2013) não tem local nem hora certa para acontecer o acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento diante no processo de saúde e adoecimento. Acolher, portanto é oferecer uma escuta qualificada, na qual a partir da avaliação independente da situação é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde. Neste momento, o assistente social já orienta a família sobre a importância da identificação do cuidador e também sobre o destino do paciente, ou seja, se este retornará ao domicílio anterior, domicilio de familiar ou necessitará se encaminhado para alguma instituição. Essas informações são relevantes para o planejamento da alta hospitalar, uma vez que, define para a equipe multiprofissional as decisões e procedimentos que serão adotados neste processo. Em relação ao cuidador é de suma importância que a família se organize o quanto antes para eleger uma pessoa que será responsável em receber todas as orientações da equipe multiprofissional no preparo da alta, esta pessoa pode ser um membro da família, um vizinho, amigo ou cuidador formal. O mais importante neste processo é o entendimento e compreensão da família de como enfrentar o tratamento e o cuidado do paciente com doença crônica, aliviando o estresse e dificuldades que poderão surgir. Posteriormente, obtendo todas as informações acima com a família, o assistente social aciona o setor de Gerenciamento de Leitos para que seja comunicado o município de referência do usuário que este se encontra internado, através do contato direto com a Secretaria Municipal de Saúde ou então com a unidade de atenção básica da qual o paciente pertence. Esta relação de comunicação entre a rede propõe a responsabilização e compartilhamento entre os diversos serviços em diferentes níveis de atenção, visando assim à continuidade do cuidado e promoção da saúde. 16 Em seqüência, é realizada a visita com equipe multiprofissional, todas terças e quintas-feiras às 10h30 para que seja discutido sobre os cuidados que serão necessários no momento da alta. Neste momento, acontece uma troca informações entre os profissionais da unidade sendo eles: enfermeiro, assistente social, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, nutricionista e fonoaudiólogo. Este momento vem de encontro com a Política Nacional de Humanização- PNH que preconiza o fortalecimento do trabalho multiprofissional nas relações de ofertas como, o acolhimento, a equipe de referência, projeto terapêutico singular, formação de redes, valorização do trabalho profissional, o direito ao acompanhante e dentre outros (BRASIL, 2004). Em decorrência desta troca de informações durante a visita da equipe multiprofissional, é possível neste momento definir o Projeto Terapêutico Singular, este documento é preenchido pela enfermeira responsável que faz o elo entre os profissionais no momento que passamos no leito do paciente e definimos se o paciente entrará no processo da alta qualificada e o que necessitará na sua alta. Mediante a isso, são de suma importância registrar em documento de prontuário do paciente todas as informações e orientações possíveis realizada com ele e seu familiar, para que todos os profissionais da saúde tenham acesso às ocorrências, evitando repetições de informações, o que as tornam cansativas para o usuário da saúde, e facilitando a continuidade do cuidado (PEREIRA, 2007). Após a definição do Projeto Singular Terapêutico, o enfermeiro preenche outro documento, o Plano de Cuidados/Alta, este se trata de uma espécie de “roteiro” de todos os cuidados que serão necessários no pós- alta para a reabilitação do paciente, da qual consta o destino do paciente, os equipamentos e materiais médico-hospitalares dos quais ele fará uso, os cuidados multiprofissionais para auxilio na recuperação, informações sobre os cuidados específicos e sobre os medicamentos. Este documento será encaminhado ao setor de Gerenciamento de leitos para ser repassado ao serviço de referência. No entanto, se houver necessidade, além do plano de alta também é realizado um contato direto com os profissionais que compõe a rede. Esta articulação com a rede é fundamental, isto porque, estes profissionais ficam cientes de todos os procedimentos terapêuticos que serão necessários em domicílio e poderão sanar suas dúvidas, caso haja alguma insegurança devido ser um procedimento novo, de não conhecimento da equipe da atenção básica, este profissional será convidado para visitar nossa unidade e receber uma capacitação de nossa equipe multiprofissional. Essa parceria com a rede de atenção básica, além do acompanhamento pela equipe 17 multiprofissional hospitalar no caso de necessidades especiais, algumas medicações principalmente em casos de antibióticos que não estão classificados no REMUME e a família não tem condições de custear, o fornecimento de antibioticoterapia poderá ser dispensado pela nossa instituição hospitalar, já os descartáveis e diluentes pela unidade de atenção básica. Portanto, a integração e a comunicação entre estas partes (usuário, familiar, profissionais da área hospitalar e equipe da rede de saúde) estão sendo fundamentais para o desenvolvimento do projeto de alta qualificada. Durante a internação do paciente, tanto na Unidade Semi-Intensiva quanto na Enfermaria do andar SUS a família é convocada pelo serviço social para receber todas as orientações e encaminhamentos para as unidades que correspondem às providências relativas ao provimento dos equipo e materiais médicos-hospitalares. Este processo facilita para que a família consiga previamente organizar o ambiente domiciliar para a chegada do paciente. Além desses encaminhamentos, também são entregues à família as guias de referência e contra-referência em saúde para dar seguimento aos cuidados, fortalecendo a integração entre os serviços para que estes possam oferecer uma assistência de qualidade ao usuário e garantir a continuidade do tratamento. Neste momento, a equipe multiprofissional reforça as orientações quanto ao acesso aos recursos para o tratamento e acompanhamento nos demais níveis de atenção à saúde. [...] o sistema de referência e contra-referência no Sistema Único de Saúde, protagonizado pelo princípio da integralidade, que consiste no direito que as pessoas têm de serem atendidas no conjunto de suas necessidades nos diversos níveis de complexidade e no dever que o Estado tem de oferecer serviços de saúde organizados para atender estas necessidades de forma integral, segundo os princípios do SUS [...] (DIAS, 2012, p. 10) Paralelo, a este processo, alguns desses profissionais que compõe a equipe de alta qualificada citados anteriormente, fazem parte do serviço de residência multiprofissional do Hospital de Base, estes também realizam um trabalho de grupo com os cuidadores e familiares, que acontece todas as terças e quintas- feiras às 13h30 no quarto andar desse hospital, que visa atender as dificuldades da família no momento da alta explicando e orientando adequadamente os cuidados no pós- alta. Este trabalho de grupo da equipe de residência multiprofissional vem complementar as ações na alta qualificada. Contudo, é possível afirmar que o processo de alta hospitalar tem seu início no momento de admissão do usuário pelo serviço de internação hospitalar, no entanto, mediante 18 aos cuidados de pacientes com doença crônica, a alta não termina na liberação do médico. Este processo é estendido além da saída do usuário do hospital e está relacionado ao caminho do qual o usuário será percorrido na Atenção da Linha do Cuidado que procede ao acompanhamento do Projeto Terapêutico Individual. Por esta razão, a importância de se obter um planejamento adequado e como resultado a garantia de uma alta segura. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo buscou descrever a implantação do projeto de alta hospitalar qualificada no setor do 5ª andar SUS do Hospital de Base, como estratégia do princípio da integralidade no cuidado, uma tarefa de rede. Diante disso, a alta hospitalar buscou como elemento essencial o planejamento adequado, este que necessita ser o mais breve possível, para que a equipe possa trabalhar com o paciente e seus familiares e prepará-los para nova etapa de cuidados em domicilio, assim como subsidiar os encaminhamentos necessários para a continuidade do tratamento na rede de atenção a saúde. Neste contexto, ressaltamos a importância da linha do cuidado, pois é ela que fará o elo do paciente com as redes de saúde, (referência- contra-referência), portanto para que o paciente desospitalize com segurança, é preciso ações resolutivas dos profissionais de saúde na identificação das necessidades do usuário, através de um olhar integral no processo saúdedoença para que a continuidade do tratamento passe a ser exercida nos demais níveis de assistência. Neste sentido, todos os recursos disponíveis devem ser integrados por fluxos que são direcionados de forma singular, guiado pelo projeto terapêutico do usuário. Assim o projeto da alta qualificada implantada em nosso serviço, a partir da elaboração dos instrumentais de Triagem/Plano Terapêutico e Plano de Cuidados/Alta, contribuíram na definição das linhas de intervenção terapêuticas dos pacientes com critérios de fragilidades, por meio de um programa integrador entre instituição hospitalar e equipes apoiadoras menos complexas, assegurando a continuidade do cuidado do paciente. Contudo, ainda há um caminho a percorrer, este projeto que teve início no 5° andar SUS, esta se expandindo em outros setores específicos deste hospital, porém nem todos possuem uma equipe multiprofissional completa para acompanhar a visita da alta qualificada, assim esses setores trabalham com uma equipe mínima. Ressaltamos que este projeto esta em 19 fase de implementação, o ideal seria ter uma equipe multiprofissional de alta qualificada para atender todos os pacientes com critério de fragilidade que estão internados no hospital, independente do setor e se possível inserir um médico na equipe. Outra sugestão de suma importância é a criação de um protocolo de alta qualificada para os setores que estão participando e os que virão, pois os protocolos segundo (Werneck et al. 2009) são instrumentos empregados pelos serviços para organizar melhor as ações e o processo de trabalho adotado pela unidade, resulta de um movimento dos gestores e dos profissionais em que haja clareza de todos sobre as finalidades, além disso, a elaboração de cartilhas com o intuito de orientar de forma clara e objetiva sobre os cuidados como também sobre os direitos dos pacientes e do cuidador. A cartilha deverá ser construída num coletivo, composto por profissionais que representam as diversas categorias. Por fim, a implantação da alta qualificada dentro de um hospital de alta complexidade demonstrou a importância da equipe multidisciplinar na atuação no cuidado em necessidade com pacientes que possui algum tipo de fragilidade e que necessite de cuidados de terceiros. Assim, atenção interdisciplinar deve ser realizada de modo eficaz e sistematizada em todos os pontos de atenção à saúde. REFERÊNCIAS ALDA, Isabel da Silveira Mello. Diretrizes para o plano de alta hospitalar: Uma proposta fundamentada no princípio da integralidade. 203p. Dissertação submetida ao Programa de Mestrado Profissional Gestão do Cuidado em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Mestre Profissional em Gestão do Cuidado em Enfermagem. 2013. BRASIL. Portaria N° 1.208, de 18 de Junho de 2013. Programa melhor em casa (atenção domiciliar no âmbito do SUS) com o programa SOS emergências, ambos inseridos na rede de atenção às urgências. Disponível em< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1208_18_06_2013.html> Acesso em 22 set. 2015. . Portaria N° 3, 390, de 30 de Dezembro de 2003. Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP). Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt3390_30_12_2013.html> Acesso em: 17 set. 2015. BRASÍLIA. Manual Instrutivo para Adesão dos Hospitais do S.O.S Emergências ao Programa melhor em Casa. Brasília. Disponível em < www.sbmfc.org.br/media/Melhor em casa.pdf> Acesso em 21 set. 2015. 20 . Secretaria da Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização – a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília, DF, 2004. CECCIM, Ricardo Burg. Linha de Cuidado. Curso de Especialização e Residência Integrada em Saúde Coletiva, do Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps), da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju (SMS/Aju). 2005. Disponível em < http://linus.husm.ufsm.br/cutenews/data/updocs/Linha_de_Cuidado__Ricardo_Burg_Ceccim.pdf> Acesso em 21 set. 2015. DIAS. Valdecir Ávila. REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA: Um importante Sistema para complementaridade da Integralidade da Assistência Trabalho de Conclusão de Curso. (Especialista em Saúde Pública). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2012. 38 p. DINIZ, Alexandre Melo. Projeto Terapêutico Singular de Usuários da Atenção Básica e Psicossocial: resolubilidade, corresponsabilização, autonomia e cuidados. p. 121. Curso de Mestrado Acadêmico em Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza, 2012. FRANCO, Camila Maia. Linhas Do Cuidado Integral: Uma Proposta De Organização da Rede de Saúde. Mestranda em Saúde Coletiva – UFF. Superintendente da Policlínica Municipal Agnaldo de Morais - Silva Jardim, 2009. FUNDAÇÃO DA FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP. Manual de planejamento de gestão de alta. Funfarme, 2015. .Gerenciamento de Leitos do Hospital de Base. Funfarme, 2015. HOSPITAL DE BASE. Historia do Hospital de Base São José do Rio Preto, s/d. Disponível em < http://www.hospitaldebase.com.br/hospital-de-base>. Acesso em: 05 nov. 2015. MACHADO, Maria de Fátima Antero Sousa; et al. Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS - uma revisão conceitual. 2006. Disponível em < http://www.scielosp.org/pdf/csc/v12n2/a09v12n2.pdf > Acesso em: 08 Out. 2015. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Humanização- PNH. 1° edição. Brasília, 2013.Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf > Acesso em: 21 set. 2015. 21 PEREIRA, A. P. S. et al. Alta hospitalar: visão de um grupo de enfermeiras. Revista de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro, v. 1, n. 15, p. 40-45, jan./mar., 2007. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v15n1/v15n1a06.pdf>. Acesso em 16 set. 2015. WERNECK, Marcos Azeredo Furquim. et al. Protocolos de cuidado à saúde e de organização do serviço. Belo Horizonte: Nescon/Universidade Federal de Minas Gerais, Coopmed, p. 84, 2009. Disponível em:< http://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1750.pdf> Acesso no dia 19 de Nov. 2015. Apêndice 2- Plano de Cuidados/ Alta Plano de Alta para UBS / PSF / SAD / Programa Melhor em Casa Enviar ao Centro de Saúde preferencialmente em até 72 horas antes da alta Nome: Atendimento: Data de Admissão: Prontuário: / / PREVISÃO Data de Alta: 1 – Destino do Doente Domicílio Domicílio de familiar Outros: Cuidador Principal: Centro de Saúde de Referência: Diagnóstico: 2- Ajudas Técnicas (se possível, para auxílio na recuperação) Cama e colchão adequados as necessidades do paciente Cadeira de rodas Aspirador de secreções Cadeira Higiênica BIPAP Outros Resumo do quadro clínico: 3- Cuidados Multiprofissionais (se possível, para auxílio na recuperação) Obs. Avaliar a necessidade e frequência do atendimento em domicílio Visita Médica Domiciliar Fisioterapia Respiratória Fisioterapia Motora Fonoaudióloga Psicologia Nutrição Enfermagem Serviço Social Terapeuta Ocupacional 4- Cuidados Enfermagem Alimentação Entérica: SNG Gastrostomia SNE SVD Diurese fralda Uropen Cateterismo Vesical Intermitente Urostomia Colostomia Oxigenioterapia Ventilação Não Invasiva Traqueostomia Aspiração de Secreções Tratamento de feridas / Úlceras de pressão Controle de Sinais Vitais Medicamento Outros cuidados : Orientação para o: Medicamento Execução de Técnicas Qual: Manutenção de dispositivos Qual: Prevenção UPP Outros : Doente e/ou Cuidador 5- Gestante Alto Risco Controle PA / FC Observar sangramento (média para grande quantidade) Controle de Dextro Verificar BCF a partir de 14 semanas Observar Cefaléia Perda de líquido que escorre pela perna Não sentir o bebê mexer por mais de 6 horas Se tiver cardiotoco realizar a partir de 28 anos semanas (Gestante Hipertensa) 6- RN Pré-termo Orientação e observação aleitamento materno Orientação dieta por chuca Ver necessidade de dieta especial Calendário vacinal (seguir calendário oficial) _ Data e Assinatura do Enfermeiro/ Coren Observações: / /