Produção de gás de síntese a partir da reforma seca com O2 (oxy-dry reforming) do metano utilizando catalisadores LaNi1-xAlxO3 André Conceiçãoa, Ana Paula Lisboaa, Iana Santosa, Mariana Rochaa, Soraia Brandãoa a Grupo de Catálise e Polímeros (GCP) / IQ / UFBA / Rua Barão de Geremoabo, 147, Campus Universitário de Ondina, Salvador/BA,Brasil *[email protected]; [email protected]. RESUMEN Catalisadores tipo perovskita contendo La-Ni-Al substituídos (LaNi1-xAlxO3) foram utilizados e avaliados na reação combinada entre a reforma seca e oxidação parcial do metano (oxy-dry). Os resultados demonstram que o material preparado possui boa resistência a altas temperaturas, à medida que mais alumínio é adicionado à estrutura. Os materiais preparados foram caracterizados por DRX, HSD e TPR e os resultados dos testes catalíticos foram bastante promissores. LaNi0,2Al0,8O3 obteve o melhor resultado de seletividade ao H2 e CO (acima de 80%), já os melhores resultados, em termos de rendimento do H 2 e conversão do CH4 foi obtido por LaNi0,8Al0,2O3, com 80% e 70%, respectivamente. A razão H2/CO variou entre 1,51 - 1,68. Palabras clave: Reforma Catalítica; Perovskitas, Níquel, Alumínio, Lantânio. ABSTRACT Perovskite type catalysts La-Ni-Al substituted (LaNi1-xAlxO3) were used and evaluated in the combined reaction between the dry reforming and partial oxidation of methane (Oxy-Dry). The results show that the material prepared has good resistance to high temperatures, as more aluminum is added to the structure. The synthesized materials were characterized by XRD, HSD, and TPR and results of the catalytic tests were very promising. LaNi0,2Al0,8O3 had the best result of selectivity to H2 and CO (above 80%), while the best results in terms of yield H2 and CH4 conversion was obtained for LaNi0,8Al0,2O3, with 80 % and 70%, respectively. The H2 / CO ratio ranged from 1.51 to 1.68. Keywords (Calibri, 11pt, negrita, justificado): Catalytic reforming; Perovskite, Nickel, Aluminium, Lanthanum. 1 1. Introducción O gás de síntese (H2/CO) é utilizado como matéria prima para diversas aplicações industriais, dentre elas, a reação de Fischer-Tropsch. A reação de reforma a vapor é o método mais comum utilizado na produção desse gás [1-3], entretanto, esta razão H2/CO, em torno de 3, é deveras alta para a reação de Fischer-Tropsch. A reforma a vapor tem como principal desvantagem o gasto de energia e capital necessários para mantê-la em operação. Trabalhos recentes têm focado na reforma seca do metano como alternativa [4-6] à reforma a vapor, principalmente em lugares onde há maior escassez de água para uso industrial, além da utilização de gases causadores do efeito estufa. No entanto, assim como na reforma a vapor, esta reação é altamente endotérmica e necessita de grande quantidade de energia [5]. Já a oxidação parcial do metano é moderadamente exotérmica mas, mesmo gerando mínimas quantidades de CO2 no decorrer da reação, faz com que gere grande quantidade de pontos quentes (hot spots) no reator de leito fixo [7]. A combinação entre a reforma do metano com CO2 na presença de oxigênio tem sido realizada com êxito nos últimos anos e [7-8] vem sendo um processo de reação promissora e eficiente na produção de gás de síntese por várias razões, como a melhora no superaquecimento do leito do catalisador, a redução da deposição de coque na superfície do catalisador, pois o oxigênio contido no meio reacional oxida o carbono depositado, o controle de um nível satisfatório da razão H2/CO além da redução dos gases de efeito estufa. [8] Vários metais como Ni, Co, Fe [9] [10] ou metais nobres (Pt, Rh, Pd, Ir) [11] [12] têm sido estudados como ativos para a reação de reforma. No entanto, o principal problema é a rápida desativação do catalisador devido a deposição de coque. Alguns trabalhos têm estudado a desativação [12] [13] e vêm mostrando que os metais nobres são menos sensíveis à deposição de coque, em comparação com o níquel. Algumas melhorias para o uso do níquel, como sistemas bimetálicos (Ni-Mn; Ni-Fe) [14] [15] e a adição de metais alcalinos e/ou de terras raras [16-18] têm ajudado [20] a reduzir deposição de carbono. Compostos com uma estrutura definida ou solução sólida contendo Al ou Mg também têm despertado interesse [17][19][21]. No presente trabalho, perovskitas lantânio-alumínio-níquel preparadas a partir dos precursores nitratos foram XXV Congreso Iberoamericano de Catálisis examinadas na reação de reforma seca com oxigênio (oxy-dry). 2. Experimental 2.1. Preparo dos Catalisadores Os óxidos mistos LaNixAl1-xO3 foram preparados a partir do método do citrato. Os nitratos de níquel, alumínio e lantânio foram dissolvidos em solução aquosa contendo ácido cítrico. A proporção metal ácido cítrico é de 1/1,5. A solução de ácido cítrico foi aquecida previamente à 40°C, com agitação, até a completa dissolução do sólido. Após isso, os nitratos de níquel e alumínio (x = 0 à x = 1) foram adicionados, nesta mesma ordem, aumentando a temperatura para valores entre 70-80°C mantida, sobre agitação, por 1 hora, cada. Por fim, o nitrato de lantânio foi adicionado ao sistema a temperaturas entre 80-90°C. A solução resultante foi evaporada sob refluxo até a formação de uma resina. Em seguida, todas as resinas foram pré-calcinadas a 300°C por 3 h sob uma taxa de 10°C min -1 a partir de 25°C. O material obtido foi macerado e calcinado a 900°C, por 4 h, sob fluxo de ar sintético de 50 mL min-1 para a formação da fase perovskita. Os materiais preparados foram codificados conforme Tabela 1, em que a substituição estequiométrica do níquel pelo alumínio, com as letras ”N” representando o níquel e “A” representando o alumínio e a fração decimal (exceto pelos LaNiO3 e LaAlO3) das quantidades desses metais presentes, ou não, em cada composto preparado logo após cada letra. Também foi acrescentada a temperatura de calcinação e a duração da mesma, ao fim do código. Tabla 1. Codificação dos materiais sintetizados. Composto (LaNi1-xAlxO3) LaNiO3 LaNi0,8Al0,2O3 LaNi0,6Al0,4O3 LaNi0,5Al0,5O3 LaNi0,4Al0,6O3 LaNi0,2Al0,8O3 LaAlO3 Codificação N1A09004 N8A29004 N6A49004 N5A59004 N4A69004 N2A89004 N0A19004 2.2. Caracterização dos materiais LaNi1-xAlxO3 Os materiais obtidos foram caracterizados através da Difração de Raios X sem e com variação de temperatura (DRX e HSD), da Redução com Hidrogênio à Temperatura programada (TPR-H2). 3 Os óxidos preparados foram caracterizados por DRX utilizando um difratômetro de raios X Shimadzu, modelo XRD-6000 com radiação CuKα para determinação das fases cristalinas (λ= 1,5418 Å). A Redução do hidrogênio à temperatura programada (TPR) foi realizada utilizando 20mg da amostra através de um reator tubular em “U” de quartzo (DI = 1,3 cm) numa unidade multipropósito acoplada ao espectrômetro de massas com detector quadrupolar da Balzers, modelo QMS 200. As análises foram realizadas sob fluxo de 30 mL min-1 da mistura H2/He (5% H2 em mol) a uma taxa de aquecimento de 10°C.min-1 de 30°C à 1000°C, onde o sinal do gás H2 (m/z = 2) foi acompanhado. 2.3. Caracterização dos materiais LaNi1-xAlxO3 As condições reacionais foram as seguintes: um reator de leito fixo metálico (DI = 9.0mm); temperatura reacional: 800°C; temperatura de redução: 600°C; taxa de fluxo na redução: 30 mL.min-1 H2; taxas de fluxo de alimentação: 40 mL.min-1 CH4, 20 mL.min-1 CO2 e 10 mL.min-1 O2; massa do catalisador: 20 mg. Os gases foram analisados, na saída, por um cromatógrafo Shimadzu GC 2014 acoplado a um TCD, que analisaram os gases remanescentes (CH4, O2 e CO2) e a produção dos gases CO e H2. Foi utilizada uma unidade MICROACTIVITY-Reference da PID Eng & tech. Todos os testes foram realizados por 24h. Também foi realizado um teste reacional sem o uso de catalisador para avaliar se a temperatura reacional oferece por si só, ou não, energia suficiente para que a reação ocorra. As amostras foram previamente reduzidas sob atmosfera de H2, com uma taxa de 10°C min-1 e aquecimento das linhas de transferência até 600°C. A atmosfera redutora foi mantida por 30 min. A conversão do metano, a seletividade e o rendimento do H2 foram calculados da seguinte forma, conforme equações 1-3: Conversão CH4: % = (𝐶𝐻4(𝑒𝑛𝑡) − 𝐶𝐻4(𝑠𝑎𝑖) ) ∗ 100 ⁄𝐶𝐻4(𝑒𝑛𝑡) (1) Seletividade H2: % = (𝐻2 ) ∗ 100⁄2 ∗ (𝐶𝐻4(𝑒𝑛𝑡) − 𝐶𝐻4(𝑠𝑎𝑖) (2) Rendimento H2: % = (𝐻2 ) ∗ 100⁄𝐶𝐻4(𝑒𝑛𝑡) XXV Congreso Iberoamericano de Catálisis (3) 3. Resultados y discusión Caracterização dos materiais LaNi1-xAlxO3 Os diagramas de DRX da série LaNi1-xAlxO3 foram comparados conforme os diagramas de referência da base de dado do ICSD. As análises de difração de raios X foram realizadas para determinação das fases constituintes dos compostos tipo perovskita com composição variando de x = 0,0 à x = 1,0 mostradas abaixo na Figura 1. Os perfis de difração de raios X mostram que as condições de síntese e calcinação utilizadas foram adequadas para formação das estruturas perovskitas, tendo como referência os picos característicos do material LaNiO3 marcado por ( ) . A confirmação da fase perovskita, com simetria romboédrica e sem a presença de outras fases segregadas, foi confirmada para todos os compostos sintetizados, além disso pôde-se verificar um aumento na intensidade dos picos à medida em que o alumínio é adicionado à estrutura do material, sugerindo um aumento na cristalinidade do mesmo. Figura 1. Difratogramas da estrutura LaNi1-xAlxO3. Foram feitos estudos TPR para avaliar a redutibilidade das amostras, em especial do níquel, sítio ativo metálico do catalisador nas reações de reforma. O LaNiO3 não é muito estável sob atmosfera redutora. Com base nessas propriedades, foram estudadas as curvas de redução à temperatura programada dos catalisadores conforme Figura 2. Através da interpretação da mesma, é evidente que o LaAlO3 é irredutível dentro da faixa de temperatura estudada. Pelo contrário, LaNiO3 é reduzida em duas zonas: a primeira em La2NiO5 (290 410°C) e, em seguida, a segunda em Ni/La2O3 (~520°C). O primeiro pico de redução é semelhante para todas as amostras e a sua temperatura se situa entre 245 e 335°C. O segundo pico varia de 520°C para N1A09004 e 350°C para N2A89004. À medida em que o elemento alumínio é inserido na estrutura do composto, ou seja, maior o valor de x em LaNi1-xAlxO3, menor o consumo de hidrogénio. 4 intensidades muito baixas, em relação à intensidade dos picos do percussor N1A09004. Devido a isso, os esses materiais ganham maior estabilidade a variações de temperatura sob atmosfera redutora. Nas duas figuras pode ser observada a diminuição no tamanho dos picos de maior intensidade com o aumento da temperatura. Figura 2. Redução do hidrogênio à Temperatura programada de alguns dos compostos LaNi1-xAlxO3. As análises de HSD foram realizadas conforme a maior temperatura de redução obtida na análise de TPR, para os catalisadores. As temperaturas estudadas foram de 350°C, 450°C, 600°C, 700°C e 800°C, sendo que esta última foi avaliada por ser a mesma temperatura de reação dos testes catalíticos. As Figuras 3, 4 e 5 mostram os difratogramas comparativos das amostras de N1A09004, N2A89004 e N5A59004 para as diferentes temperaturas de redução. Analisando o primeiro gráfico, podemos observar a redução das espécies N3+ a N2+ (reação 1) à 350°C, além da redução das espécies N2+ a N0 (reação 2) à 600°C. 2LaNiO3 + H2 → La2Ni2O5 +H2O (reação 1) La2Ni2O5 + 2H2 → La2O3 + 2Ni0 + 2H2O (reação 2) Figura 4. Difratograma HSD da estrutura LaNi0,5Al0,5O3. Figura 5. Difratograma HSD da estrutura LaNi0,2Al0,8O3. Figura 3. Difratograma HSD da estrutura LaNiO3. Nas figuras 4 e 5 não é perceptível a redução do material, visto que não há mudanças no perfil dos difratogramas estudados, ou seja, a fase perovskita permanece imutável com o aumento da temperatura. Isso também pode ser comprovado através do gráfico de TPR para os compostos contendo alumínio em sua estrutura, em que há picos de redução com XXV Congreso Iberoamericano de Catálisis Conforme já descrito, os testes catalíticos foram realizados à 800°C com pré-tratamento das amostras (redução) à 600°C. A média dos valores da razão H2/CO encontrados, para N2A89004, N5A59004 e N8A29004 de 1,60, 1,51 e 1,68 respectivamente, conforme figura 6. As seletividades ao hidrogênio e ao carbono, com o passar do tempo podem ser observadas através da figura 7, variando em média de 80 a 85% para o H2 e de 71 a 80% para o CO. Os melhores resultados foram encontrados para o composto N2A89004. Na saída dos gases do cromatógrafo foi observada a formação de quantidade considerável de água, fato que faz levar em conta a reação oposta à de deslocamento gás-água, ou reação reversa de “shift”, conforme reações 3 e 4. CO + 3H2 → CH4 + H2O (reação 3) CO2 + H2 → CO + H2O (reação 4) 5 A figura 8 apresenta a conversão do metano para os mesmos materiais. O composto N8A29004 apresentou os melhores resultados com valores crescentes de conversão e sua curva teve um comportamento crescente ao longo do tempo até se estabilizar, assim como N5A59004. Já o material N2A89004 chegou a seu máximo na primeira aquisição de dados e se manteve constante ao longo do tempo. Figura 6. Razão H2/CO dos compostos LaNi0,2Al0,8O3, LaNi0,5Al0,5O3 e LaNi0,8Al0,2O3 conforme tempo de reação. Conforme figura 9, N8A29004 apresentou o melhor resultado em relação ao rendimento para o H2. Os gráficos apresentaram mesmo comportamento crescente para N5A59004 e N8A29004, além do mesmo comportamento de estabilidade nos resultados desde o primeiro ponto de aquisição de dados para N8A29004. Figura 9. Rendimento (H2) para LaNi0,2Al0,8O3, LaNi0,5Al0,5O3 e LaNi0,8Al0,2O3, em porcentagem. Os resultados da reação de 8h para o teste em branco se encontram na figura 10. Pode-se notar que os valores de Rendimento e conversão do metano não foram significativos, apresentando valores menores que 2%. Figura 7. Seletividade ao H2 e ao CO para (1) = LaNi0,2Al0,8O3, (2) = LaNi0,5Al0,5O3 e (3) = LaNi0,8Al0,2O3, em porcentagem. Figura 10. Oxy-dry: conversão (CH4), rendimento (H2) e rendimento (CO) sem uso de catalisador. 4. Conclusiones (Calibri, 12pt, negrita) Figura 8. Conversão do CH4 para LaNi0,2Al0,8O3, LaNi0,5Al0,5O3 e LaNi0,8Al0,2O3, em porcentagem. XXV Congreso Iberoamericano de Catálisis Todos os compostos tipo perovskita LaNixAl1-xO3, conforme análise por DRX, foram produzidos com êxito, demonstrando que o método de preparação (citrato) foi apropriado. Com a substituição gradativa do níquel pelo alumínio, foi observado que os compostos sofrem redução mínima, mantendo-se sobre a forma de perovskita nas condições reacionais, fato comprovado através das análises de HSD e TPR. O 6 LaNi0,8Al0,2O3 apresentou melhor resultado frente aos outros materiais testados, dentro dos parâmetros reacionais estudados, exceto pela seletividade, em que o material LaNi0,2Al0,8O3 obteve valores equiparáveis para H2 e foram melhores para o CO. Os catalisadores foram ativos e seletivos para a reação de reforma seca com O2, com razão H2/CO dentro da faixa estequiométrica esperada [8]. 5. Agradecimientos (Calibri, 12pt, negrita) Os Autores agradecem à Fapesb, Capes e CNPq pelo financiamento. 6. Referencias (Calibri, 12pt, negrita) 15. H. Provendier, C. Petit, C. Estournes, S. Libs, A. Kiennemann. Applied Catalysis A 180 (1999) 163173. 16. Z. Chang, Q. Wu, J. Li, Q. Zhu. Catalysis Today, 30 (1996) 147-155. 17. A. Slagtern, U. Olsbye, R. Bloom, I. M. Dahl, H. 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