Monitorador auxiliar na prevenção do manifesto da Foliculite

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Monitorador auxiliar na prevenção do manifesto da Foliculite Pitirospórica
Juliana de Souza Fonseca
Orientador: Altair Martins dos Santos
Escola Técnica Estadual Henrique Lage
Endereço: Rua Guimarães Júnior, 182, Barreto, Niterói, Rio de Janeiro
e-mail: [email protected]
Resumo
A foliculite é a inflamação dos folículos pilosos ou raiz dos pelos. Isso ocorre quando uma
bactéria da pele (staphylococcus aureus, Malassezia, Tinea barbae,
Herpes Simplex,
Pseudomonas Aeruginosa) consegue penetrar no Folículo. O folículo piloso começa a ficar
vermelho e irritado, e se forma uma espinha contendo pus na superfície da pele, centrada no
pelo.
A invasão bacteriana pode ocorrer espontaneamente ou favorecida pelo excesso de umidade
ou suor, raspagem dos pelos ou depilação. Como a foliculite não possui cura, temos que
aprender a lidar com ela. O aumento de temperatura corporal deixa nossa pele mais propensa
a desenvolver o Malassezia (foliculite pitirospórica), que é um fungo lipofílico que fixa-se em
locais onde haja grande sudorese, manifestando-se principalmente no verão e primavera,
atingindo principalmente os jovens e adultos de pele oleosa, comumente se manifestando nos
membros superiores e tronco.
O projeto consiste, então, em uma pulseira que irá monitorar a temperatura corporal em que
cada indivíduo começa a sentir os efeitos da doença e, a partir daí, emitir sinais de aviso para
precaução do "ataque" da foliculite pitirospórica. O circuito irá saber quando a foliculite
estiver aparente, pois, nos primeiros usos, o próprio paciente irá registrar, ao menos três
vezes, através de um botão, a temperatura do seu corpo quando aparecerem os primeiros
sintomas e o circuito irá tirar uma média dos valores a fim de notificar a pessoa antes da sua
pele atingir determinada temperatura para que possa-se prevenir a manifestação da doença.
Palavras chave: Pulseira. Temperatura. Doença.
Introdução
A foliculite é a inflamação dos folículos pilosos que estão presentes em todo o corpo,
com exceção das palmas das mãos, plantas dos pés e membranas mucosas, como os lábios
(MinhaVida, 2012). Isso ocorre quando uma bactéria da pele (staphylococcus aureus,
Malassezia, Tinea barbae, Herpes Simplex, Pseudomonas Aeruginosa ) consegue penetrar no
Folículo. O folículo piloso começa a ficar vermelho e irritado, e se forma uma espinha
contendo pus na superfície da pele, centrada no pelo. “A invasão bacteriana pode ocorrer
espontaneamente ou favorecida pelo excesso de umidade ou suor, raspagem dos pelos ou
depilação”(Dermatologia.net). “A formação das pústulas ocorre pela obstrução do folículo
piloso por massas de leveduras, e o processo inflamatório ocorre devido à quebra dos ácidos
graxos livres e triglicerídeos”( Maraschin ET al, 2008).
Qualquer pessoa pode desenvolver foliculite, mas certos fatores podem tornar uma
pessoa mais suscetível à doença, como condições médicas que reduzam sua resistência a
infecções, condições de pele pré-existentes, como acne ou dermatite, trauma para a sua pele
associada à lesão ou cirurgia, uso de antibióticos para tratar acne, exposição a longo prazo
para itens de vestuário que podem reter o calor ou a constante à água quente, e também
fatores hormonais (MinhaVida, 2012).
“Vale lembrar que a doença não tem uma cura específica, e os medicamentos
usados no tratamento, que deve ser sempre orientado por um dermatologista,
servem apenas para melhorar o aspecto da pele e tratar o quadro agudo do
problema” (Samanta Meneguzzi, 2015).
Como a foliculite não possui cura, temos que aprender a lidar com ela. Como qualquer
pessoa pode desenvolver essa doença, todos deveriam ter mais cautela nos seu dia a dia e
existem diversas formas de se cuidar. O calor e oleosidade deixa nossa pele mais propensa a
desenvolver o Malassezia (foliculite pitirospórica), que é um fungo lipofílico que fixa-se em
locais
onde
haja
grande
sudorese,
primavera(Sandra Mendes, 2013).
manifestando-se
principalmente
no
verão
e
A foliculite pitirospórica é causada por um tipo especifico de Malassezia, furfur, que
faz parte da microbiota normal da pele dos humanos. A Malassezia furfur também se
manisfesta sobre a ptiríase versicolor, dermatite seborréica, sendo encontrado como agente
etiológico em infecções sistêmicas em recém nascidos prematuros”( Maraschin ET al, 2008).
Almejando dinamizar o dia a dia das pessoas que comportam a doença, baseando nas
pesquisas sobre tal, demonstra-se abaixo uma tabela apontando todas as espécies de fungo,
incluindo o responsável por esse tipo de foliculite e locais que mais atacam, em um total de
842 amostras analisadas. O fungo com maior número de casos é a responsável pela doença em
questão.
Tebela 1 – Tabela da concentração dos tipos do fungo e locais[extraído de Scielo, 2006]
Como a temperatura corporal está diretamente ligada aos sintomas da doença e como
existe uma propícia para o crescimento da Malassezia furfur em torno de 32ºC, podendo se
proliferar até 41ºC, dependendo da concentração de ácidos graxos de cadeia longa incluindo
ácido ricinoléico e seus derivados ( Maraschin ET al, 2008), o projeto consiste então em uma
pulseira que monitora a temperatura do corpo em que cada indivíduo começa a sentir os
efeitos da doença e, a partir daí, emite sinais de aviso para precaução do “ataque” da foliculite
pitirospórica. O circuito irá saber quando a foliculite estiver aparente, pois, nos primeiros
usos, o próprio paciente irá registrar, ao menos três vezes, através de um botão, a temperatura
do seu corpo quando aparecerem os primeiros sintomas e o circuito irá tirar uma média dos
valores a fim de notificar a pessoa antes da sua pele atingir determinada temperatura para que
possa-se prevenir a manifestação da doença.
Objetivo
Monitorar a temperatura do corpo, gravando, nos primeiros usos, a temperatura em
que a foliculite se manifestar, calculando uma média e, a partir daí, avisar ao indivíduo sobre
o aumento da sua temperatura corporal antes de aparecer aos sintomas a fim de que o usuário
tome as devidas providências para evitar o ataque da doença.
Materiais e Métodos
Materiais
Figura 1 – PIC 16F676 (Fonte: futurlec.com)
O PIC16F676 tem um conversor de 10 bits A / D. Ele vêm em PDIP, SOIC e TSSOP pacotes de 14
pinos. Pode ser programado em linguagem C e contém memória e²prom. Foi escolhido para o projeto
devido a existência do conversor A/D e a memória e²prom interna.
Figura 2 – LM35 (Fonte: Eletronics Based Projects 4 U)
O LM35 é um dispositivo de precisão e que não precisa ser calibrado externamente, funciona
assim que é alimentado em 4~20Vcc. Corresponde em uma tensão de 10mV a temperatura obtida. Este
componente foi escolhido para o projeto pela necessidade de monitoramento da temperatura e por ser
de simples funcionamento.
Métodos
FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO:
Figura 3 – Esquema Elétrico do circuito (Imagem criada pelo projetista)
A temperatura é lida pelo sensor de temperatura Lm35, que está em contato com a pele
do paciente, emitindo uma tensão Vout correspondente, levada ao pino 13 do PIC16f676,
onde, obedecendo a programação em linguagem C, pode ser gravada na memória e²prom,
assim que começarem a aparecer os primeiros sintomas da doença, ao mandarmos um pulso
pelo pino10.
Para o usuário se certificar que a temperatura foi registrada, o vibracal, localizado no
pino 8, vibrará momentaneamente. Após a terceira gravação, o microcontrolador irá fazer uma
média das três temperaturas e registrá-la na e²prom, a fim de alertar ao paciente sempre que
seu corpo atingi-la, com intuito deste se precaver contra a proliferação dos sintomas da
doença. O vibracal entra instantaneamente em atividade quando a temperatura corporal
atingir 1 grau abaixo da temperatura da média registrada e para interromper desligamos o
circuito através da chave geral. Para caso a pessoa queira reutilizar ou atualizar a temperatura
média, foi inserido o botão de reset situado no pino 9, que zera todas as gravações anteriores.
O desenvolvimento do protótipo se deu pela criação de um diagrama em blocos que
representasse os módulos do circuito necessários para a realização das tarefas propostas.
Figura 4 – Diagrama em blocos do circuitos (Imagem criada pelo projetista)
A placa foi elaborada no programa PROTEUS, ficando com a dimensão aproximadamente de
5,7cm X 1,5cm, sendo que em escala industrial seria possível a utilização de componentes em escala
SMD, diminuindo significativamente o tamanho do objeto.
Segue a imagem da placa no proteus.
Figura 5 – Placa projetada no PROTEUS (Imagem criada pelo projetista)
Resultados e Discussão
Almejando monitorar e avisar o paciente para que evite o aparecimento da doença,
adotando todos os processos acima citados, os resultados dos testes obtidos serão
estabelecidos em um gráfico de exatidão do alerta e temperatura média gravada. Os testes
serão realizados até o final de outubro de 2016.
Para simular as temperaturas utilizaremos quatro dissipadores de calor, quatro
resistores, um termômetro calibrado e um multímetro.
Cada dissipador estará dissipando o calor de um resistor, envolto em pasta térmica
para melhorar a dissipação e ligado a uma fonte de tensão.
A partir da lei de joule e das dimensões do dissipador será calculado o valor dissipado
por cada um deles e dimensionado para trabalharem em 3 (três) temperaturas diferentes.
Mediante o contato do dissipador e o LM35 será verificada a temperatura do
dissipador e a Vout do LM35 antes de cada gravação na e²prom,comparando com o
termômetro calibrado, e calculando a média.
Após isso, será dimensionado o quarto dissipador de calor para trabalhar a 1ºC abaixo
da temperatura média calculada. Mediante observação, será averiguado se irá vibrar a partir
desta temperatura previamente calculada e se não irá ser ativado em temperaturas abaixo.
O teste será realizado várias vezes, anotada as temperaturas em tabelas e, a partir daí,
traçados gráficos para verificar os erros em relação aos cálculos teóricos.
Conclusões
Espera-se constatar com os devidos testes que a monitoração contínua da temperatura
corporal do usuário da pulseira pode ajudar a evitar a progressão dos sintomas, sendo mais
fácil e prático o paciente ser alertado da possível condição propícia do seu corpo para a
manifestação da doença do que trata-la já manifestada.
Espera-se que o projeto traga conforto e praticidade para o dia das pessoas que sofrem
constantemente com Foliculite Pitirospórica, atendendo sua necessidade de conhecimento do
próprio corpo para melhor precaução.
Referências
Equipe do site Minha Vida. Foliculite - Sintomas, Tratamentos e Causas Disponível
em:<http://www.minhavida.com.br/saude/temas/foliculite> Acessado em: 24, jul 2016.
LIMA, Roberto Barbosa. Foliculite Disponível em:<http://www.dermatologia.net/catdoencas-da-pele/foliculite/> Acessado em: 24, jul 2016.
MARASCHIN, Mariane. Spader de Mello, MARIO, Débora Tatiana Alves Nunes.
ROSSATO, Luana. LOPES, Paulo Guilherme Markus. Infecções causadas por Malassezia:
Novas
abordagens
Disponível
em:
<
http://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/6488/3941> Acessado em: 27, jul 2016.
MARQUES, Silvio Alencar. BORTOLETTO, Sabrina Gomes da Silva. CAMARGO,
Rosangela Maria Pires de. STOLF, Hamilton Ometto. MARQUES, Mariangela Esther
Alencar. Apresentação clinica exuberante de provável foliculite por Malassezia em jovem
imunocompetente.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0365-
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MIRANDA, Karla Carvalho. ARAUJO, Crystiane Rodrigues de. SOARES, Ailton José de.
LEMOS, Janine Aquino. SOUZA, Lúcia Kioko Hasimoto e. SILVA, Maria do Rosário
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<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0037-
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PEREIRA, F. Microcontroladores PIC: Programação em C. 1ª Edição. São Paulo: Editora
Erica, 2003.
Portal
da
sociedade
brasileira
de
dermatologia.
Foliculite
<http://www.sbd.org.br/doencas/foliculite/> Acessado em: 24, jul 2016.
Disponível
em:
Download