Síndrome das Raízes Atrofiadas Tsuioshi Yamada, Engo. Agro., Dr. Rua Alfredo Guedes, 1949 sala 208 13419-075 Piracicaba SP Brasil 19 3411-4916 19 9.9221-7385 [email protected] www.agrinature.com.br Citado por: Pierozan Jr, C. (2016): aula PG, ESALQ 2 OBSERVAÇÕES NAS ÁREAS DE ALTAS PRODUTIVIDADES DO CESB 3 Fonte: Henry Sako, João Dantas e Ernesto Akira, CESB, safra 2014/15 4 Área de Capão Bonito SP (solo argiloso) Comprimento radicular (mm/camada) Profundidade do solo (cm) 0 500 1000 1500 2000 0-10cm 20 a 40cm 60 a 80cm 100 a 120cm CESB 122sc/ha 140 a 160cm Lavoura produtividade menor Fonte: Henry Sako, CESB, safra 2014/15 Estado que foi coletado a produtividade MS PR PR RS SP Profundidade (cm) SP SP GO MT PR SP SP MS MS PR Produtividade (sc/ha) 78 80 84 92 97 99 100 107 109 114 120 122 126 *140 142 Nota: todas áreas de altas produtividade já eram cultivadas há 10 a 20 anos. Estado que foi coletado a produtividade MS PR PR RS SP Profundidade (cm) SP SP GO MT PR SP SP MS MS PR Produtividade (sc/ha) 78 80 84 92 97 99 100 107 109 114 120 122 126 *140 142 Principais conclusões: As áreas com produtividades maiores que 70 sc/ha tinham 5 fatores em destaque: 1.Sem impedimento físico; 2.Ca e Mg no perfil do solo corrigido até 40 cm; 3.Boa nutrição em K, B, Cu e Co: 4.Manejo fitossanitário; 5.Boa distribuição de plantas (número de sementes por metro linear e espaçamento entre-linhas). Tabela 1. Saturação de alumínio e de bases nos campeões de produtividade 14/15 e 15/16 do Desafio Nacional de Máxima Produtividade. Fonte CESB Produtividade (sc/ha) Profundidade 120 141,7 120 m% 141,7 V% 0 a10 cm 0,0 0,0 77 82 10 a 20cm 0,0 0,0 76 64 20 a 40cm 0,0 0,0 77 56 40 a 60cm 0,0 2,0 57 48 60 a 90cm 0,0 6,0 57 39 90 a 110cm 0,0 3,0 42 42 “Que pode estar limitando a produtividade da soja?” Minha hipótese: Síndrome das Raízes Atrofiadas devido, entre possíveis causas, à: 1. Toxidez de alumínio 2. Boro (deficiência) e 3. Toxidez de glifosato Nota: não cito a compactação do solo, que é, mais consequência - do mau manejo -, que real causa do problema. Mas ela existe! E a melhor forma de a controlar, é a produção intensiva de matéria orgânica no sistema agrícola. 9 Caracterização da Síndrome das Raízes Atrofiadas: Coletar aleatoriamente 100 plantas em um talhão da propriedade e calcular a porcentagem de plantas sem raiz pivotante bem definida e desenvolvida. O valor observado é o índice de raízes atrofiadas (IRA), que pode ser expresso em porcentagem. Tomar medidas corretivas quando IRA > 30%. PC e PD (cobertura de milheto): perda da raiz pivotante Pinusplan, Uberlândia 2006/07 58,7 sc/ha Foto: T. Yamada, 13/03/2007 48,3 sc/ha 11 Alumínio – o exterminador de raízes. Fonte: Ferreira, R.P., Moreira, A., & Rassini, J.B., 2006. Toxidez de alumínio em culturas anuais. EMBRAPA, Documentos 63. 13 A acidez do solo, traduzida no aumento do Al trocável é o fator químico mais importante no impedimento do desenvolvimento radicular. 14 Solo Superfície raiz H Raiz Raiz/parte aérea Assimilação Síntese H + + ONH + 4 N2 NO - 4 NH 3 NO 3 + NH 3 H + C=O NH OH - 3 RNH 2 OC=O OH - Formas de N e efeitos no pH da rizosfera RNH + 3 16 Acidez gerada pela FBN Alfafa = 10 toneladas/ha = acidez equivalente a 600 kg CaCO3/ha Soja = 2000 ppm de CaCO3 para retornar ao pH do solo original (ou 4 t CaCO3 /ha) Fonte: Nyatsanga, T & W. H. Pierre. 1975 Effect of nitrogen fixation by legumes on soil acidity. Agron. J. 65:936-940 17 Acidificação gerada pela FBN Fonte: Haynes, R.J. (1983). Soil acidification induced by leguminous crops. Grass and Forage Crops, 38:1-11. 18 Acidificação e alcalinização no perfil do solo gerados na produção de 1000 kg de de milho (20 kg N como uréia) e de 1000 kg de soja (60 kg N pela FBN) camada do solo camada superficial acidificação pelo N-uréia (20 x 3,57) camada sub-superficial acidificação pela FBN (60 x 3,57) alcalinização pelo N-NO3 (20 x 3,57) Balanço CaCO3 (kg) milho 71,4 (+) soja 214,2 (+) 71,4 (-) 0,0 214,2 (+) Conclusão: a acidificação para produção de 1000 kg soja precisa de 214,2 kg de carbonato de cálcio ou de perto de 300 kg de calcário para sua neutralização. Saturação por Al e FBN 20 É difícil de corrigir o alumínio nas camadas subsuperficiais do solo! Teores de alumínio no solo, entre 0 e 40 cm de profundidade, em função da aplicação de calcário e gesso e dos métodos de incorporação. Apenas na camada de 0 – 10 cm, o alumínio foi neutralizado em todos os tratamentos. Fonte: Adaptado de Tessaro e Zancanaro (2007) Neutralização da acidez do perfil do solo por resíduos vegetais 22 Fonte: Miyazawa et al. (1992) 23 Estimativa de especiação e da atividade do alumínio na solução de um latossolo vermelho distrófico na camada de 0-5 cm de profundidade submetido a dois sistemas de manejo durante oito anos, realizada com o modelo Soil Solution Íons PD PC % Al3+ AlOH2+ Al(OH)2+ Al(OH)30 Al(OH)4AlSO4+ AlH2PO42+ Al-ligantes orgânicos Atividade de Al Fonte: Salet et al. (1999) 2,5 1,6 25 0,73 <0,1 0,21 <0,1 70 5,7 x 10-6 4,0 2,6 42 1,30 <0,1 0,60 <0,1 49 1,0 x 10-5 C = 0 ppm C = 25 ppm C = 50 ppm C = 100 ppm C = 200 ppm Soja cultivada em solução nutritiva com extrato de mucuna cinza. Carvalhal & Miyazawa, 2008 25 Mesma adubação, Manejo diferente! Soja/pousio (7º ano) 29 sacas Poderia ser efeito da M.O. nas camadas profundas do solo ? Soja/braquiária (7º ano) 59 sacas Fotos: safra 2014/15 Fonte: Zancanaro, L. (2016) Reunião Pesquisa Soja, Londrina 27 Análise solo - cafezal 8 anos meio da rua com brachiaria Determinação Unidade pH em CaCl2 Profundidade do solo 0-10 10 - 20 20 -40 40 -60 60 - 80 80 - 100 4,9 4,5 4,5 4,9 5,6 5,9 M.O. g.kg-1 31,7 20,8 18,2 15,4 11,4 10,2 P-resina mg.dm-3 35,4 29,2 5,4 1,5 1,2 7,7 S-SO4-2 mg.dm-3 13,0 15,0 42,0 75,0 77,0 65,0 argila g.kg-1 418 444 470 472 470 474 Análise solo - cafezal 8 anos projeção da saia Determinação Unidade pH em CaCl2 Profundidade do solo 0-10 10 - 20 20 -40 40 -60 60 - 80 80 - 100 4,0 4,0 4,1 4,6 5,5 5,7 M.O. g.kg-1 23,8 24,6 18,2 13,4 12,0 10,9 P-resina mg.dm-3 44,6 34,7 5,6 2,2 3,8 3,4 S-SO4-2 mg.dm-3 29,0 25,0 63,0 88,0 79,0 64,0 argila g.kg-1 434 439 460 470 480 476 28 Análise solo - cafezal 8 anos meio da rua com brachiaria Determinação Unidade K Profundidade do solo 0-10 10 - 20 20 -40 40 -60 60 - 80 80 - 100 mmolcdm-3 2,8 1,0 0,6 0,5 0,4 0,5 Ca mmolcdm-3 20,0 12,0 9,0 10,0 10,0 11,0 Mg mmolcdm-3 7,0 4,0 2,0 3,0 2,0 3,0 Al mmolcdm-3 0,0 3,0 3,0 0,0 0,0 0,0 SB mmolcdm-3 29,8 17,0 11,6 13,5 12,4 14,5 V % 47,0 30,0 26,0 36,0 41,0 46,0 m % 0,0 15,0 20,0 0,0 0,0 0,0 Análise solo - cafezal 8 anos projeção da saia Determinação Unidade K Profundidade do solo 0-10 10 - 20 20 -40 40 -60 60 - 80 80 - 100 mmolcdm-3 1,6 1,5 1,0 0,5 0,4 0,6 Ca mmolcdm-3 5,0 5,0 3,0 6,0 10,0 10,0 Mg mmolcdm-3 3,0 3,0 2,0 2,0 2,0 2,0 Al mmolcdm-3 10,0 10,0 10,0 3,0 0,0 0,0 SB mmolcdm-3 9,6 9,5 6,0 8,5 12,4 12,6 V % 14,0 13,0 11,0 24,0 40,0 43,0 m % 51,0 51,0 62,0 26,0 0,0 0,0 29 Sugestões de manejo da acidez do solo • Corrigir o solo para Al < 5% até 100 cm de profundidade. • Mg > 8 mmol(c).dm-3 . • Alta produtividade de milho com produção intensiva de gramíneas de cobertura. • Rotacionar com pecuária para descompactar o solo através de B. brizanta cv. Marandu e P. maximum. “Que pode estar limitando a produtividade da soja?” Minha hipótese: Síndrome das Raízes Atrofiadas devido, entre possíveis causas, à: 1. Toxidez de alumínio 2. Boro (deficiência) e 3. Toxidez de glifosato 31 Boro – o construtor de raízes 32 Teores de boro ao longo do perfil do solo em áreas com produtividade variando de 78 a 100 sc/ha e de 107 a 142 sc/ha (Dados retrabalhados a partir dos resultados publicados pelo CESB, 2016). Teor de boro no perfil do solo (mg.dm-3) Profundidade (cm) Produtividade sc/ha 0 - 10 10 - 20 20 - 40 40 - 60 60 - 80 80 - 100 78 - 100 0,8 0,9 0,7 0,6 0,5 0,5 107 - 142 1,2 1,0 0,8 0,6 0,7 0,5 33 BORO NA PLANTA 34 Funções importantes do boro • • • • • Formação da parede celular Controle da permeabilidade da membrana celular Síntese do AIA Síntese de lignina Crescimento do tubo polínico 35 Alongamento radicular (mm) +B -B Tempo de tratamento (horas) Fonte: Bohnsack and Albert, 1977 citado por Marschner, 1995 36 Efeito do B na atividade da oxidase do AIA (padrão) Oxidase do AIA -B +B -B +B Tempo de tratamento (horas) Fonte: Bohnsack and Albert, 1977 citado por Marschner, 1995 37 Boro: efeito no desenvolvimento radicular Maize Soybean Canola -B +B -B +B -B +B Efeito do boro na formação da semente de ervilha -BORO +BORO Bonillo et al. 2009 p.333 Mudanças na permeabilidade parece ser característica universal de tecidos vegetais doentes independentemente do tipo da doença ou da natureza do agente patogênico. Efeitos da deficiência de boro Deficiência de boro produzindo comida para o Aphelenchoides? 41 42 Aumento de boro na solução diminuiu efeito negativo do glifosato ) B foliar ppm Relação entre teor de B foliar e intensidade de ataque de ácaro vermelho em seedlings de dendezaeiro, 20 dias após a infestação Fonte: Rajaratnam, J.A. e Rock , L.I., 1975, Expl . Agric 11: 59-63 Cianidina nas folhas ( ppm ) Relação entre teor de cianidina e intensidade de ataque de ácaro vermelho em seedlings de dendezeiro, 20 dias após a infestação Fonte: Rajaratnam, J.A. e Rock , L.I., 1975, Expl . Agric 11: 59-63 BORO NO SOLO 46 Formas de boro no solo B-mineral (borosilicatos) 20-50 ppm B-adsorvido (m.o., arg., óxi/hidróxidos Al/Fe) 7-22 ppm B-solução (H3BO3) 0,1-2,0 ppm B-adsorvido B-solução Depende: pH solo (e calagem) Matéria orgânica Óxidos de Al e Fe Hidróxidos de Al e Fe Minerais de argila Carbonato de cálcio Hidróxido de magnésio Extração água quente A planta absorve apenas o B da solução do solo Fonte: Goldberg, S., 1997 Reactions of boron with soils. Plant and Soil 193: 35-48. 48 Adsorção de boro: resumo ADSORÇÃO DE BORO matéria orgânica = 600 ppm Al2O3 > 500 ppm Fe2O3 20 ppm ilita > montmorilonita > caulinita 60 ppm 30 ppm 20 ppm carbonato de cálcio = 60 ppm Adsorção de boro: alguns estudos brasileiros Necessidade de B = NB NB = Argila (%)/ 10 = kg/ha de B por camada de 20 cm de solo 50 Mito . B da solução aumenta com o pH do solo A figura abaixo é provavelmente a mais citada na literatura científica brasileira, dentre as inúmeras contribuições deixadas pelo saudoso Professor Malavolta. Ela resume didaticamente a relação entre pH e disponibilidade dos elementos no solo, conforme sabia na época. No da disponibilidade de B, existem novos trabalhos mostrando que, de fato, ela diminui com o aumento do pH, conforme mostra Loué (1986). Fonte: Malavolta, E., 1980. Elementos de Nutrição Mineral de Plantas p.35 Fato Disponibilidade relativa Fato: a disponibilidade do B na solução diminui com o aumento do pH conforme figura abaixo. pH do solo pH e disponibilidade de B e Mo Fonte: Loué, A., 1986. Les oligo-elements en agriculture. SCPA /Agri Nathan International, 339 p Fato Fato: Calagem aumentando a deficiência de boro Comentário do autor em 1937: “O mecanismo envolvido na indisposição do boro para as plantas não tem sido explicado. É descontada a possibilidade de precipitação de boro insolúvel, mas é apontada a possibilidade de absorção de boro pelos microrganismos”. Até então não se conhecia a adsorção de boro. Fonte: Naftel, J.A., 1937. Soil liming investigations: V. The relation of boron deficiency to overliming injury. Jour. Amer. Soc. Agron. 29: 761-771 Fato Calagem e adsorção de boro Hatcher et al. (1967) explicam a deficiência de boro induzida pela calagem conforme abaixo: 2 AlX3 + 3 Ca CO3 + 3 H2O 3 CaX2 + 2 Al(OH)3 + 3 CO2 X = Sítios de troca B é adsorvido pelo Al(OH)3 precipitado Fonte: Hatcher, J.T., Bower, C.A., and Clark, M., 1967. Adsorption of boron by soils as influenced by hydroxy aluminum and surface area. Soil Science 104: 422-426 Fato Os estudos de Hatcher et a. (1967) mostraram: (a) que Al(OH)3 precipitado adsorve quantidade relativamente grande de B e (b) que aumentos nas quantidades de boro adsorvidos nos solos ácidos com calagem estão altamente correlacionados com as quantidades de Al trocável que precipita como Al(OH)3 (c) e concluem que Al(OH)3 e materiais similares de hidroxi-Al são os maiores constituintes do solo causando a retenção de B pelos solos. Fonte: Hatcher, J.T., Bower, C.A., and Clark, M., 1967. Adsorption of boron by soils as influenced by hydroxy aluminum and surface area. Soil Science 104: 422-426 Faixa estreita entre deficiência e toxidez? Foto: T. Yamada 56 ESTUDO DE CASOS 57 Estudos de casos Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do solo. Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de alumínio. Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja. 58 Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do solo. 30 kg Borax = 3,39 kg B/ha/ano 180 kg Borax = 20,39 kg B/ha/6 anos No solo arenoso (Norfolk sandy loam) o boro solúvel em água estava acumulado na camada de 12 to 36 polegadas (30-90 cm) e no solo argiloso (Cecil clay) na camada superficial de 6 polegadas (15 cm). Profundidade de amostragem em polegadas Boro solúvel em água em várias profundidades do solo após aplicação de cerca de 30 kg/ha/ano de borax (3,39 kg B/ha/ano) durante 6 anos na cultura da alfafa Source: Wilson, C.M., Lovvorn, R.L., and Woodhouse Jr, W.W., 1951 Agron. J. 43:363-367 Comentários 1. A lixiviação do boro é governada pelo mecanismo de adsorção. Assim quanto maior o teor argila, tanto maior será a adsorção de B e vice versa. 2. A lixiviação é fenômeno altamente positivo e não negativo. Basta entender o processo e a controlar. É ela que permite a correção do teor do B ao longo do perfil do solo. 3. A correção de B no perfil do solo poderá ser feita num programa de longo prazo (5-10 anos), com doses anuais de B calculadas de acordo com o teor de argila e o teor de B solúvel em água nas diferentes profundidades do solo (0-10, 10-20, 20-40, 40-60, 6080 e 80-100 cm). 60 Estudos de casos Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do solo. Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de alumínio. Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja. 61 Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de alumínio. Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic, highaluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19: 1143-1148. Considerações iniciais dos autores: •Os sintomas iniciais de deficiência de B e toxidez de Al são similares e a maioria dos mesmos estão associados com função na membrana e no crescimento radicular. •A calagem combate o excesso de Al na superfície dos solos mas limitada solubilidade do calcário proibe seu movimento até a camada subsuperficial. •A possibilidade que dose suplementar de boro possa prevenir a inibição do crescimento radicular pelo Al, pode ser importante para a produção agrícola, pois o boro é móvel no perfil do solo. Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de alumínio. Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic, highaluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19: 1143-1148. Análise do solo: Top solo: pH 7.5; P 42 kg.ha-1 ; K 163 kg.ha-1 ; B 0.9 kg.ha-1 ; e matéria orgânica 1.6%. Subsolo: pH 5.3; P 3 kg.ha-1 ; K 162 kg.ha-1 ; B 0.9 kg.ha-1 ; matéria orgânica 1.1% e m=26% (saturação de Al) Tratamentos: T1: solo superficial; subsolo T2: +B solo superficial; subsolo T3: +B solo superficial; + B subsolo T4: solo superficial em todo o tubo Boro adicionado: 2.24 kg B.ha-1 como ácido bórico Tubo: 7.62 cm de diametro, 1.22 m de comprimento Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de alumínio. Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic, high-aluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19: 1143-1148. Tratamentos Semana Tempo em semanas para a penetração da raiz de alfafa do solo superficial para o sub-solo com alto Al, com e sem incorporação de B. T1 = solo superficial sem correção de B; subsolo sem correção de B; T2: solo superficial com correção de B; subsolo sem correção de B; T3: solo superficial com correção de B; subsolo com correção de B; e T4: solo superficial no tubo inteiro. T2 T3 T4 Comprimento raiz (cm) Penetração de raiz (cm) T1 Comprimento de raízes de alfafa nas 4 camadas de solo de acordo com os tratamentos. L1 = top 30 cm do tubo L2 = 30 - 60 cm L3 = 60 - 90 cm L4 = 90 - 120 cm Estudo de caso 3. O boro como mitigador da toxidez de alumínio. Prevention of aluminum toxicity with supplemental boron. II. Stimulation of root growth in an acidic, highaluminum subsoil. Lenoble, M.E., Blevins, D.G. & Miles, R.J., 1996. Plant, Cell and Environment 19: 1143-1148. Comentários finais dos autores 1.A suplementação de B no solo superficial e no sub-solo com alto Al promoveu total crescimento radicular e penetração no sub-solo com alto Al. 2.O mecanismo de interação entre Al e B é desconhecido. É interessante que, após as raízes atingirem a região de sub-solo com Al, havia um intervalo de 2 semanas antes que o tratamento com B suplementar aumentasse o crescimento radicular mesmo que o solo tenha sido pré-tratado com B. 3.Contudo, deve ser mencionado que no tratamento 1 (T1: -B solo superficial; -B subsolo) as raízes simplesmente evitaram a camada de sub-solo com Al e proliferaram na camada superficial. Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de alumínio. Minha sugestão: Assim como o gesso, o boro pode ser mais uma ferramenta para aumentar a resistência das culturas contra seca. Para testá-lo é preciso identificar os níveis de Al e B no perfil do solo. Estudos de casos Estudo de caso 1. Movimento do B no perfil do solo. Estudo de caso 2. O boro como mitigador da toxidez de alumínio. Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja. 67 Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja. Schon, Mary K. and Blevins, Dale G., 1990. Foliar boron applications increase the final number of branches and pods on branches of field- grown soybens. Plant Physiol. 92:602-607. Em trabalho anterior (Schon & Blevins, 1987. Plant Physiol 84: 969-971) mostraram que através da técnica de infusão do B no caule da planta de soja houve aumento de 84% no número de vagens nos ramos laterais e 17,6% no peso de sementes/planta, correspondendo à 4170 kg/ha nas plantas com B e 3540 kg/ha sem B. Neste trabalho os autores obtiveram respostas para aplicação foliar e não para aplicação no solo. Observaram ainda, melhores resultados com aplicações foliares de boro repetidas 6 vezes entre o pré-florescimento e o enchimento das vagens. Observaram também aumento para mais de 160 ppm no teor foliar de B com estas aplicações foliares parceladas. 68 Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja. Schon, Mary K. and Blevins, Dale G., 1990. Foliar boron applications increase the final number of branches and pods on branches of field- grown soybens. Plant Physiol. 92:602-607. Componentes da produção da planta de soja tratada com seis aplicações parceladas de boro do pré-florescimento ao enchimento das vagens. B foliar (kg.ha-1) Componentes produção por planta 0 0,56 1,12 2,24 Número ramos 2,0 1,8 2,4* 2,4* Número vagens nos ramos 4,3 4,3 6,0** 5,6** Vagens/ramo 2,1 2,5** 2,6** 2,4* Vagens no ramo principal 48,1 46,2 47,9 48,1 Total vagens 52,4 50,6 53,8 53,6 Número de sementes 129,3 125,0 131,9 131,1 Sementes/vagem 2,5 2,5 2,4 2,4 Produção semente (g) 18,5 18,1 19,4 18,7 Peso semente (mg) 142,7 144,2 146,8** 143,3 Nota: As pulverizações foliares iniciaram 10 dias antes do florescimento e foram repetidas a cada 2 semanas durante o período de enchimento das vagens com solução aquosa de ácido bórico. Conclusão: na dose de 1,12 kg/ha de B houve aumento nos números de vagens nos ramos e de vagens/ramo assim como no peso de semente. 69 Estudo de caso 3. Aplicação foliar de boro em soja. Schon, Mary K. and Blevins, Dale G., 1990. Foliar boron applications increase the final number of branches and pods on branches of field- grown soybens. Plant Physiol. 92:602-607. Os autores observaram que o tratamento com B foliar reduziu o teor de Al nas folhas. Observaram ainda que foi só com os 6 parcelamentos de B foliar que conseguiram atingir teores maiores que 160 ppm de B onde em trabalho anterior (Schon & Blevins, 1987) obtiveram as mais altas produtividades de soja. 70 MANEJO DA ADUBAÇÃO BORATADA 71 Manejo da adubação boratada O boro é micronutriente em maior deficiência no Brasil. Manejo da adubação boratada Diagnóstico: 1.Amostragem do solo em diferentes profundidades: 0-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-80 and 80-100 cm. 2.Análises química (rotina + Al + micronutrientes) e física (textura) das amostras acima. 3.Análise do extrato de saturação (se possível). 73 Manejo da adubação boratada O desafio da adubação boratada “Como consequência do seu papel estrutural nos tecidos em crescimento e sua inerente imobilidade no floema da maioria das espécies vegetais, o boro tem que ser suprido continuadamente durante a vida da planta e as flutuações na sua disponibilidade pode ter um profundo efeito no crescimento e na produtividade das culturas”. Fonte: Brown, P. H., Bellaloui, N., Sah, R.N., Bassil, E., and Hu, H., 2001. Uptake and transport of boron. In: Boron in Plant and Animal Nutrition , 87-101. 74 SUGESTÕES PARA MANEJO DO BORO 75 Sugestões para o manejo do boro • Adotar novo nível para B extraído por água quente: 1.0 ppm para a camada de 0 a 20 cm. • Amostrar perfil do solo em:0-10, 10-20, 20-40, 4060, 60-80, 80-100 cm de profundidade (anual). • Corrigir gradual e anualmente o boro no perfil do solo (5-10 anos) para B > 0,5 ppm. • Dose máxima anual até correção 100 cm: argila%/10 = kg B/ha/ano “Que pode estar limitando a produtividade da soja?” Minha hipótese: Síndrome das Raízes Atrofiadas: possíveis causas: 1. Toxidez de alumínio 2. Boro (deficiência) e 3. Toxidez de glifosato 77 78 Tudo começou com esta foto: deficiência de Ni ou toxidez de glifosato? This pecan tree was deficient in Ni. The right branch was treated in early spring with a single foliar spray of nickel sulfate, whereas the left branch was not treated. Growth effects were visible by about 14 days after the treatment. Foto que ilustrou artigo do Prof. Malavolta sobre Ni. Suspeitei que a resposta ao Ni, seria na verdade resposta à toxidez de glifosato. Aproveitando de uma viagem aos EUA, visitei a estação experimental do USDA em Byron-GA, onde a pesquisa foi realizada. Picture: Bruce Wood Source: Better Crops, 2007 79 80 Qual a explicação para o observado no pé de pecã da foto? Glicose 1 - fosfato 6 – fosfogluconato B fosfo-enol-piruvato eritrose - 4 - fosfato ‘ Mn Co Deoxi - D - arabinoheptulosonato 7 - fosfato Mn Mg Co Bloqueio? ácido chiquímico’ glifosato ácido corismático ácido prefênico ácido antranílico tirosina fenilalanina Mn, Cu, B (?) triptofano +Ni? +Zn +B Raízes e brotações novas AIA Soja Louca? fito-alexinas lignina tanino Defesa contra pragas e doenças Ação do glifosato e de micronutrientes na síntese de AIA, fitoalexinas, lignina e tanino 81 Deficiência de Ni ou toxidez de glifosato? (Cont.) T. Yamada – USDA Station, Byron, GA, 13/07/07 Em Byron-GA, vi muitas plantas contaminadas pelo glifosato. 82 Deficiência de Ni ou toxidez de glifosato? (Cont.) “Estou 99% convencido que estes sintomas são de deficiência de Ni.” Toxidez de glifosato Dr. Bruce Wood, USDA em S. J. Rio Pardo, 18/09/07 83 Quais os cátions mais facilmente complexados pelo glifosato? Complexação pelo Glifosato Constantes de estabilidade (logK) do glifosato e do EDTA com íons metálicos Cátions Ligantes Glifosato EDTA Ni2+ 13,34 18,40 Cu2+ 11,92 18,80 Co2+ 16,45 Zn2+ 8,40 16,50 Mn2+ 5,53 13,56 Ca2+ 3,25 10,70 Mg2+ 3,25 8,69 Compilado de Coutinho & Mazo, 2005 Quimica Nova, Versão on-line ISSN 1678-7064 pp 1038-1045 84 Micronutrientes envolvidos na rota do chiquimato Glicose 1 - fosfato 6 – fosfogluconato B fosfo-enol-piruvato eritrose - 4 - fosfato ‘ Mn Co Deoxi - D - arabinoheptulosonato 7 - fosfato Mn Mg Co Bloqueio? ácido chiquímico’ glifosato ácido corismático ácido prefênico ácido antranílico tirosina fenilalanina Mn, Cu, B (?) triptofano +Ni? +Zn +B Raízes e brotações novas AIA Soja Louca? fito-alexinas lignina tanino Defesa contra pragas e doenças Ação do glifosato e de micronutrientes na síntese de AIA, fitoalexinas, lignina e tanino 85 86 87 Principais funções • Catalizador enzimático: – Urease – Superóxido dismutase – NiFe hydrogenases – Metil coenzyma M reductase – Monóxido carbono dehydrogenase – Acetil coenzima A sintase – Hidrogenases – Provavelmente muitas outras!!! • Também, muitas (~500) proteínas and peptídeos unem com Ni Fonte: Wood, B., 2007. O níquel na nutrição mineral e na defesa das plantas contra doenças. Informações Agronômicas no. 119. 3.1. Ni e produtividade soja (efeito fungicida?) Produtividade média de soja, cultivada em safrinha, após a aplicação foliar de sulfato de níquel. Tratamentos Produtividade (sc ha-1)1 Testemunha 58,7a 250 g ha-1 Sulfato Níquel 60,5a 500 g ha-1 Sulfato Níquel 57,0a 1000 g ha-1 Sulfato Níquel 57,6a Fonte: Martins, O.C., 23/10/2016 89 3.1. Ni e produtividade soja (efeito fungicida?) Produtividade média de soja, cultivada na safra 2005/06, após a aplicação foliar de sulfato de níquel em três experimentos. Produtividade (sc ha-1) Tratamento Experim. Experim. Experim. Média 1 2 3 53,3 b 47,8 c 47,4 b 49,5 250 g ha-1 Sulfato Níquel 56,8 a 56,7 a 53,7 a 55,7 500 g ha-1 Sulfato Níquel 46,0 c 57,5 a 47,0 b 50,2 1000 g ha-1 Sulfato Níquel 47,5 c 50,4 bc 40,1 c 46,0 Testemunha Fonte: Martins, O.C., 23/10/2016 90 3.1. Ni e produtividade soja (efeito fungicida?) Concentração de níquel em grãos de soja, após aplicação foliar. Tratamentos Concentração de Ni (ppm) em sementes de soja Testemunha 0,3 250 g ha-1 Sulfato Níquel 3,2 500 g ha-1 Sulfato Níquel 3,1 1000 g ha-1 Sulfato Níquel 3,6 Fonte: Martins, O.C., 23/10/2016 91 Comentários de Orlando Carlos Martins Não conseguimos entender o porquê do aumento de produtividade com a dose de 250g/ha de sulfato de níquel. A hipótese do níquel estar atuando como micronutriente foi descartada, uma vez que havíamos feito uma pulverização prévia com uma dose de níquel em todas parcelas, inclusive na testemunha, para assegurar nutrição adequada. Começamos então a suspeitar que o aumento de produtividade ocorrido na soja poderia estar relacionado a um maior controle da ferrugem uma vez que, embora tenham sido feitas pulverizações com fungicidas específicos para o controle da ferrugem, esse controle geralmente não é total, implicando em redução de produtividade, principalmente em função das folhas do terço inferior da planta não receberem a dose suficiente de fungicida para um controle efetivo. Será que o níquel poderia estar atuando também sobre a ferrugem da soja, como foi constatado na ferrugem do trigo, e com isso estar reduzindo as perdas? Afinal, um aumento médio de produtividade de 6,2 sc/ha , como verificado no segundo ensaio, é bastante expressivo. 92 Ferrugem da soja: aumento da resistência? “Evidências circunstanciais indicarm que, em certas situações, o Ni tem o potencial de diminuir a ferrugem da soja em variedades que já possuam a resistência, mas não nas variedades altamente suscetíveis”. Fonte: Wood, B., 2007. O níquel na nutrição mineral e na defesa das plantas contra doenças. Informações Agronômicas no. 119. 93 Produtividade da Soja: o níquel pode melhorar a produtividade? Efeito de 2 aplicações foliares de níquel (50 ppm Ni como Ni-liganosulfonato) na produtividade da soja Produção relativa 2005 Produção relativa 2006 Sem Ni 100a* 100a Com 111a 115a Tratamento * Statistically analysis at a P = 0.10 “O resultado indica que o Ni pode ter potencial para melhorar a produtividade da soja em situações específicas”. Fonte: Bruce, W., 2007. O níquel na nutrição mineral e na defesa das plantas contra doenças. Informações Agronômicas no. 119. 94 Conteúdo de Ni e outros micronutrientes na parte vegetativa e na semente de tremoço (Lupinus polyphyllus) e centeio (Secale cereale) Espécie conteúdo (µg.g-1 peso seco) Partes da planta Ni Mo Cu Vegetativa 0,81 0,08 3,6 28,0 298 178 Semente 5,53 3,29 6,0 41,0 49 47 Vegetativa 0,62 0,17 1,6 7,0 16 78 Semente 0,28 0,33 4,4 25,0 27 26 Zn Mn Fe Tremoço Centeio Fonte: Horak (1985ª, citado por Marschner, H. , 1995. Mineral nutrition of higher plants, p. 368. 95 Níquel e Glifosato Trabalho da equipe do Prof. Cakmak, apresentado no IPNC, Istambul, 2013 96 Níquel e Vigor da Semente Ni Foliar Glifosato Germinação Altura da Planta % % dose recomendada (%) (cm) 0 0,0 86 8,8 0 1,0 69 6,1 0,01 0,0 89 8,7 0,01 1,0 81 8,2 Trabalho da equipe do Prof. Cakmak, apresentado no IPNC, Istambul, 2013 97 Respostas ao Tratamento (Testemunha) Testemunha: 30% plantas com raízes pivotantes 98 Respostas ao Tratamento (+Ni) Tratamento + Ni: 70% de plantas com raízes pivotantes 99 Respostas ao Tratamento (Cont.) Soja não tratada Sistema radicular do milho plantado após soja que havia recebido Ni Soja tratada com Ni (25/05/2013) 100 3.3. Níquel e FBN Soybean Seed Treatment with Nickel Improves Biological Nitrogen Fixation and Urease Activity Frontiers in Environmental Science | www.frontiersin.org 1 May 2016 | Volume 4 | Article 37 José Lavres 1*, Guilherme Castro Franco1 and Gil M. de Sousa Câmara2 1 Center for Nuclear Energy in Agriculture, University of Sao Paulo, Piracicaba, Brazil, 2 Department of Crop Science, Luiz de Queiroz College of Agriculture, University of Sao Paulo, Piracicaba, Brazil 101 3.3. Níquel e FBN Doses testadas no tratamento de sementes: 0, 45, 90, 135, 180, 360, and 540mg Ni kg−1 de semente soja 102 3.3. Níquel e N na soja 103 3.3. Níquel e urease na soja 104 3.3. Níquel e nódulo 105 3.3. Níquel e FBN Aspecto visual da soja BMX Potência RR no estádio R1 e a quantidade de nódulos frescos coletados na planta controle e na com tratamento de semente de 45 mgkg-1. 106 3.3. Níquel e FBN Conclusão: A aplicação de Ni via sementes é uma estratégia viável, pois este elemento pode seguir junto com Co e Mo, todos associados com o processo de FBN. A dose de 45 mg Ni kg-1 de semente aumentou a FBN em 12%, a produção de grãos em 84% e a de massa seca da parte aérea em 51%. 107 108 109 110 111 4. Recomendações Não existe ainda no Brasil, nenhuma recomendação oficial para o níquel. Na prática as doses mais adotadas são: Tratamento de semente: 2 a 3 g de Ni por 50 – 60 kg de semente; Aplicação foliar: 10 a 50 g de Ni por ha. 112 Resumo geral (1) • Toxidez de alumínio - Manter saturação de Al < 5% até 100 cm de profundidade. - Manter Mg > 8 mmolc.dm-3 . - Aplicar 300 kg de calcário por tonelada de soja produzida. - Produzir 3000 kg de milho por cada 1000 kg de soja colhida. - Testar cobertura com gramíneas como B. brizanta e P. maximum. 113 Resumo geral (2) • Deficiência de boro - Corrigir teor do boro no solo para 0,5 ppm até 100 cm de profundidade. - Dose de boro (kg B/ha) = argila%/10 • Toxidez de glifosato - Usar Ni no tratamento de sementes e via foliar. - Inocular o solo com Trichoderma e Bacillus subtilis. - Esperar 30 dias entre dessecação com glifosato e semeadura. 114 RESUMO FINAL: CAUSAS E CORREÇÃO Toxidez de alumínio Deficiência de boro Toxidez de glifosato Possíveis causas Sugestões de correção Manter no solo Al < 5%, Mg > 8 mmolc.dm-3 e B > 0,5 ppm até100 cm de profundidade Síndrome das Raízes Atrofiadas Usar níquel no tratamento de sementes e via foliar Inocular com Trichoderma e B. subtilis Produção intensiva de milho e outras gramíneas + N Esperar 30 dias entre a dessecação com o glifosato e a semeadura Muito obrigado pela atenção! Tsuioshi Yamada, Engo. Agro., Dr. Rua Alfredo Guedes, 1949 sala 208 13419-075 Piracicaba SP Brasil 19 3411-4916 19 9.9221-7385 [email protected] www.agrinature.com.br