ESPECIAL REFORMA PREVIDÊNCIA – A farsa rombo da Previdência DA do Os grandes veículos de comunicação têm sido fieis escudeiros do Governo Temer e das entidades empresariais para tentar convencer a população de que a Previdência brasileira está no buraco. E de que a única saída é nós pagarmos por isso, mais uma vez, por meio da reforma. O que eles escondem é que a Seguridade Social, em que se encaixam a Previdência (INSS) , junto com a Assistência Social (Bolsa Família etc) e a Saúde (SUS), tem um orçamento único e superavitário. Conforme a Constituição brasileira, esses três segmentos são financiados por recursos comuns, de receitas provenientes dos repasses de Seguridade Social (contribuições dos empregados e empregadores, COFINS, CSLL, importação de bens e de serviços etc). Também recursos provenientes dos orçamentos dos entes públicos e até mesmo de loterias e apostas. São esses valores que custeiam as aposentadorias e pensões (Previdência) e os programas de assistência social e de saúde do país. Outro fato pouco noticiado é o de que o Tesouro Nacional desrespeita a própria Constituição e calcula a Previdência Social em separado do sistema de Seguridade Social, considerando como fonte de arrecadação apenas a contribuição cobrada das empresas e dos segurados sobre a folha de salários e rendimentos do trabalho. Realmente, o valor dessa arrecadação não cobre, sozinho, os gastos do INSS com as aposentadorias e demais benefícios. Como a Previdência Social faz parte do tripé da Seguridade Social, que é superavitária, não deveria ter seu orçamento desvinculado da Assistência Social e da Saúde. Os caloteiros da Previdência Além dessa maquiação dos números, que lesa os trabalhadores para pagar banqueiros e credores da dívida pública, ainda há as empresas que devem para a Previdência. Entre os principais caloteiros, estão empresas públicas e privadas: companhias aéreas, inclusive as inoperantes Varig e Vasp; a milionária Vale (Companhia Vale do Rio Doce); universidades particulares, entre elas o Instituto Presbiteriano Mackenzie; Volkswagen; Correios; Caixa Econômica Federal; Banco do Brasil; e as prefeituras de São Paulo, Campinas e Salvador. As entidades do empresariado defendem a Reforma da Previdência, afirmando que os “encargos sociais” pesam muito para a iniciativa privada, levando diversas empresas à inadimplência ou a quebrarem. No entanto, os empresários também se beneficiam do sistema da Previdência. Quando um trabalhador fica doente, por exemplo, é a Previdência que arca com o benefício. Ao invés de cobrar os devedores, o governo federal tornou mais rígidas as regras para concessão de auxílio doença e aposentadoria por invalidez dos trabalhadores, visando “economizar” R$ 6,3 bilhões por ano. E, agora, quer empurrar goela abaixo a Reforma da Previdência. Mais uma vez, faz “economia” em cima da população. Próximo texto: Os interesses por trás da Reforma da Previdência Sindppd/RS * Texto retirado do jornal Comunicados do Sindppd/RS sobre as reformas da Previdência e trabalhista. Clique AQUI para acessar o material