1 O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR/PE pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados: Indicador com reflexos em todos os campos de atividades humanas, econômicas e sociais, a expectativa de vida média da população brasileira evolui ao longo do tempo e alcançou a marca de 74,9 anos em 2013, um acréscimo de três meses em relação a 2012, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. São bons prenúncios na melhoria da qualidade de vida, ao mesmo tempo em que demanda mais investimentos em serviços públicos essenciais, saúde, mobilidade urbana e suburbana, transportes, segurança, cidadania, em síntese. O tema é recorrente em termos de seguridade social, sempre às voltas com déficits crônicos na Previdência Social estatal e fórmulas atuariais controversas. Sem transparência nas contas públicas, o ponto de equilíbrio da seguridade social permanece como uma realidade distante, na linha do horizonte. O aumento da expectativa de vida versus o equilíbrio da Previdência Social, com recursos públicos ou não, esta é uma realidade universal. A transparência da governança estatal e das suas receitas é uma exigência crescente de nossa sociedade. Importa mais que a gestão da Previdência Social, neste segmento, seja feita por especialistas competentes e confiáveis para equacionar este teorema de modo socialmente justo e sustentável. O amadurecimento progressivo da população brasileira é um fato socialmente relevante. Em 1980 a expectativa média de vida no Brasil era de 62,5 anos. Desde aquele ano até 2013 houve um ganho significativo de 12,4 anos. O aumento da expectativa média de vida ocorre resulta de dois componentes, ambos positivos. No 2 nascedouro, os índices de mortalidade infantil são declinantes, mercê das melhores condições de atendimento materno-infantil para as populações mais pobres. A longevidade dos idosos está associada os avanços médicos e tecnológicos, saúde preventiva e acesso aos serviços de saúde pública. A aposentadoria rural inserese entre as conquistas da sociedade. Isto não significa, de modo algum, negligenciar o fato de que os sistemas públicos de saúde, as condições ambientais e redes de esgotamento sanitário funcionam de forma precária e com grandes carências, sobretudo nas regiões mais pobres e nas periferais deste grande País. Os índices regionalizados são desfavoráveis no Norte e Nordeste do Brasil. Fator negativo em todos os aspectos, a desagregação social entre os jovens – homicídios, acidentes de trânsito, drogas – causa impacto na faixa etária entre os 18 e 19 anos do sexo masculino, cuja probabilidade de óbito não apresentou declínio expressivo entre os anos 1980 e 2013, segundo a pesquisa do IBGE. Este diagnóstico requer políticas públicas afirmativas e mobilização da sociedade no enfrentamento de tal flagelo social. Muito obrigado. Sala das Sessões, em 11 de dezembro de 2014. Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA Presidente do CEDES