DESENVOLVIMENTO DA ESTRUTURA CARDÍACA EM RATOS WISTAR SUBMETIDOS Á EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR Gabriela Miranda1; Maria Vieira Catellane1; Eric Renato Bittencourt2; Sandro de Vargas Schons3; César Ricardo Lamp3. O exercício físico proporciona ao coração adaptações centrais e periféricas, contribuindo para a complexa rede de distribuição de nutrientes aos tecidos corporais através de sangue. Portanto, este estudo objetivou analisar o efeito do exercício físico regular sobre o desenvolvimento da estrutura cardíaca de 15 ratos Wistar fêmeas, com trinta dias de desmame, provenientes do biotério do Centro Universitário Luterano de Jí-Paraná, RO, divididos em três grupos contendo cinco ratas cada. Um grupo submetido a exercício aeróbio (GTAE), outro submetido a exercício anaeróbio (GTAN) e o terceiro grupo sedentário (GC). O primeiro grupo (GTAE), após uma semana de adaptação, nadou 1 hora por dia durante duas semanas com sobrecarga equivalente a 5% do seu peso corporal acoplado ao corpo, em taques coletivos medindo 61cm de largura, 68cm de comprimento e 41cm de profundidade com a temperatura a 32°±1°C. O segundo grupo (GTAN), após a primeira semana de adaptação, foi submetido diariamente durante duas semanas à 4 séries de 10 saltos na água, com intervalo entre as séries de 1 minuto, com sobrecarga equivalente á 50% do seu peso corporal acoplado ao tórax, num tanque de polietileno de 100cm de altura, 22 cm de diâmetro com 41cm de profundidade, com duração de 3 semanas de exercício, onde exercitavam-se 5 dias por semana e 1 hora por dia. Foi verificado o peso corporal das ratas durante todo o experimento, e no último dia, foram sacrificadas para verificar a diferença do peso total do coração (PC), diferença da espessura do miocárdio do ventrículo esquerdo (MVE), e a diferença do diâmetro da cavidade ventricular esquerda (DCVE). Os resultados foram avaliados pela estatística descritiva e para a verificação das diferenças utilizou-se Anova One-Way, onde para verificação das diferenças entre grupos utilizou-se o teste Tukey, com nível de significância de p<0,05. Ao ser comparado o grupo anaeróbio e o controle, os números de todas as varáveis analisadas foram semelhantes, porém o grupo aeróbio foi o que apresentou diferença em relação aos outros dois grupos em todos os aspectos, embora sem significância, no peso corporal que apresentou-se menor (GTAE: 115,9±13,0; GTAN: 124,1±5,6; GC: 125,3±11,8), na diminuição da DCVE (GTAE: 1,2±0,2; GTAN: 1,6±0,5; GC: 1,5±0,3) e o coração um pouco mais pesado (GTAE: 0,61±0,02; GTAN: 0,56±0,09; GC: 0,56±0,05). No entanto, diferenças significativas apareceram apenas ao comparar a MVE do grupo aeróbio, onde apresentou números bem maiores que nos outros dois grupos (GTAE: 3,0±0,1; GTAN: 2,3±0,1; GC: 2,4±0,2). Conclui-se então que ocorreram alterações significativas na estrutura do miocárdio do grupo treinado aerobicamente, mesmo num período curto de treinamento, apresentando como alteração uma maior espessura da parede posterior do ventrículo esquerdo, acompanhada de uma pequena diminuição da cavidade. Essas alterações benéficas a aptidão decorrentes da prática de exercício físico aeróbio pode estar relacionado a complacência, onde o coração apresentaria maior volume diastólico sem apresentar aumento da cavidade, já que uma melhor complacência deixa o coração com maior poder de elasticidade, suprindo o aumento da pressão volumétrica, decorrente da necessidade de uma maior fornecimento de oxigênio e nutrientes ao tecidos e órgãos durante o exercício. A semelhança de valores entre o grupo anaeróbio e o grupo controle sedentário pode estar relacionado com o curto período de treinamento (3 semanas), já que a literatura aponta que este tipo de treinamento demanda maior tempo para apresentar alterações cardíacas. Palavras-chave: Complacência. Miocárdio. Exercício. 1 Acadêmicas do curso de Educação Física – Bacharelado, do Centro Universitário Luterano de Ji- Paraná – CEULJI/ULBRA – [email protected] 2 Graduado em Educação Física pelo CEULJI/ULBRA - [email protected] 3 Docentes do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná-CEULJI/ULBRA – [email protected]