Matéria Tendências da economia brasileira e o cenário internacional

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Setor agropecuário terá de se ajustar para não sofrer com a crise
Segundo o economista Mendonça de Barros, mesmo com a forte crise enfrentada no
País, a expectativa é que o PIB do agronegócio seja positivo
“Não será fácil para ninguém.” Assim o economista José Roberto Mendonça de Barros,
da consultoria MB Associados, resumiu a expectativa para a economia do país nos
próximos meses, durante sua palestra sobre as “Tendências da economia brasileira e o
cenário internacional”, que encerrou o 10º Congresso Brasileiro do Algodão, na manhã
de sexta-feira (4/09).
“O agronegócio deve ser um dos poucos setores que continuarão crescendo”, disse.
Para Mendonça de Barros, o setor agropecuário é um dos poucos que deve registrar
um resultado positivo em meio à crise instalada no país este ano, com a expectativa de
alta de 2,4% no PIB, enquanto na indústria a previsão é de um recuo na casa dos 5,2%.
Mas ele afirma que para obter bons resultados, os produtores rurais deverão ficar
atentos a algumas questões importantes que impactarão diretamente em seus
negócios.
A primeira razão é o mercado internacional, com dois dos grandes compradores de
matéria-prima brasileira, a China e a Rússia, enfrentando problemas políticos e
econômicos, que podem gerar complicações nas vendas de soja, algodão, milho e
carne. Por outro lado, os Estados Unidos retomaram sua economia, o que ajudou a
frear o aumento dos juros e que pode abrir a possibilidade de o país de atrair mais
investimentos. Além disso, existe uma forte pressão de queda para os preços das
commodities internacionais, que impactarão nas vendas de café e açúcar, “Neste
sentido, o Brasil sentirá um pouco menos o impacto, já que a expectativa é de que o
dólar alto suprima a diferença perdida”, frisou Mendonça de Barros.
Segundo o economista a moeda americana deve atingir o patamar de R$ 4 ainda este
ano, e a volatilidade dará o tom dramático nas negociações externas. Bom pelo lado
das vendas, mas ruim para a compra de insumos, resumiu ele ao comentar que o
produtor rural terá de fazer muitas contas com o lucro obtido na safra 2014/15,
encerrada em julho deste ano, para não fazer negócios ruins. “Nesta nova safra, além
de se preocupar com o dólar, o ruralista terá que se atentar para a crise política
nacional, que trouxe insegurança à economia, dificultando assim a tomada de
financiamentos”, garantiu.
Mendonça de Barros explicou que esta dificuldade em conseguir crédito no mercado,
forçará muitos agricultores a ‘apertarem os cintos’ e a usarem o lucro da safra anterior
para bancar a nova, deixando congelados os investimentos. Com isso, quem também
deve sofrer um maior impacto desta crise é o setor de maquinários e implementos
agrícolas. “Com tudo isso, esperamos que a crise ainda perdure até o ano que vem”,
contou Mendonça de Barros. “Mas não acredito em piora da economia, aposto na
melhora.”
Para finalizar, o economista ainda ressaltou que as eleições para as prefeituras, que
acontecem em outubro do ano que vem, podem ser um divisor de águas, ao indicar o
começo da mudança na confiança da economia. “Estamos no caminho certo, acredito
que em dois anos o cenário será muito diferente do que vemos hoje”, garantiu.
Divulgação: Assessoria de Imprensa do 10º CBA
Tempo de Comunicação – 04/09/2015
Jorn. Resp: Marília Moreira (MTb 11.381) – [email protected]
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