Infelizmente, algumas das primeiras experiências com Programas de Gerenciamento de Crônicos (PGCs) foram, de certa forma, decepcionantes. Porém, recentemente, alguns projetos têm apresentado resultados eficazes, como o programa alemão de diabetes que reduziu a incidência de diversas complicações e, ainda, diminuiu o custo global em 13%. Este exemplo mostra que PGCs bem projetados podem atender às necessidades atuais do paciente e controlar os gastos de saúde. Após avaliação de diferentes PGCs em todo o mundo, os pesquisadores Jan Hartmann, Stefan Brandt e Steffen Hehner definiram cinco elementos para garantir que os programas atinjam seus objetivos e metas: tamanho, simplicidade, foco nas necessidades dos pacientes, habilidade de coletar dados com facilidade e analisar resultados e a presença de incentivos que encorajam todos os interessados para o cumprimento do programa. - Tamanho: Em comparação aos pequenos programas, os grandes PGCs têm maior probabilidade de ser bem sucedido devido ao beneficio da economia em escala, pois os recursos podem ser agrupados em muitos pacientes e os custos, reduzidos. Além disso, podem melhorar o processo regularmente, pois estão mais habilitados para utilizar dados coletados e análises para refinar os processos. - Simplicidade: A simplicidade do projeto pode facilitar o trabalho de todos os envolvidos. Portanto, é necessário evitar critérios restritos de inscrição e utilizar métodos que não tentem individualizar o tratamento a pequenos subgrupos de pacientes. - Foco no paciente: Nesse item é fundamental oferecer aos pacientes um treinamento específico para maximizar suas habilidades de autocuidado, visitas médicas regulares, checkup preventivo e o cumprimento do tratamento, que pode ser monitorado por especialistas do setor. - Transparência nas informações: Muitos PGCs recentes não possuem um bom mecanismo para provar que são efetivos porque não dispõem de um sistema para monitorar quais pacientes estão participando e os resultados. Os programas de sucesso definem as métricas, mensuram as taxas de utilização e os resultados (em curto e longo período), a satisfação do paciente e os custos após o lançamento. Também inserem mecanismos para coletar as informações necessárias desde o começo e, em seguida, agrupam os dados regularmente e analisam cada caso. - Incentivos: Enquanto um participante não possui um forte incentivo que o conduza na mesma direção que outros, é improvável que os PGCs produzam bons resultados. Incentivos financeiros ou de outra espécie podem ser utilizados para alinhar os interesses de todos os envolvidos com os protocolos dos programas. Os pacientes podem ser informados de que sua participação pode melhorar sua qualidade de vida, diminuir a probabilidade de sua condição agravar-se e facilitar a forma que ele acessa o sistema de saúde. O desenvolvimento de programas à população crônica tornou-se fundamental, pois o envelhecimento populacional, escolhas alimentares pouco saudáveis, sedentarismo, tabagismo e outros fatores aumentaram significativamente a prevalência de doenças crônicas na sociedade. Conheça o material completo sobre o PGCs, desenvolvido pelos pesquisadores Jan Hartmann, Stefan Brandt e Steffen Hehner: https://www.mckinseyquarterly.com Pioneira no gerenciamento de doenças crônicas no Brasil, a AxisMed está à sua disposição para conversar e discutir sobre questões da ciência da comunicação e auto eficácia. Entre em contato conosco no e-mail [email protected] Um abraço, Fábio Abreu Diretoria-executiva Milva Gois do Santos Relações Institucionais