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PERCEPÇÃO DOS PRECEPTORES DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE
DE ITAÚNA SOBRE A UTILIZAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO
INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF)
NA PRÁTICA CLÍNICA.
Vale TCC1; Guimarães RAS1; Almeida LA1; Chaves CMCM1; Pernambuco AP1
1
Universidade de Itaúna
Introdução:A fisioterapia necessita de um modelo teórico que guie sua prática e sua
pesquisa e, desta forma, fortaleça seu papel na comunidade médico-científica. Em maio
de 2001 a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou a Classificação Internacional
de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), este modelo reflete uma mudança na
abordagem do paciente, retirando o foco da doença e colocando-o na saúde e nos
aspectos relacionados à saúde. A utilização deste modelo na prática clínica pode
favorecer o planejamento e a tomada de decisão clínica centrada nas reais necessidades
do paciente. Objetivo:Avaliar a percepção dos preceptores de estágio de fisioterapia da
Universidade de Itaúna sobre a importância e viabilidade do uso da CIF durante os
estágios curriculares. Métodos:Todos os 10 preceptores de estágio de fisioterapia da
Universidade de Itaúna participaram da pesquisa. Eles responderam a um questionário
elaborado pela equipe de pesquisadores que abordou questões relacionadas à utilização
da CIF. A analise dos dados foi descritiva e a frequência relativa foi utilizada para
expressar as respostas. Resultados: Utilizava CIF antes da implantação na clínica (10%
sim - 90% não); Houve treinamento para aplicação (100% sim); O treinamento foi
suficiente (90% sim - 10% não); Nível de dificuldade na aplicação da CIF (20% leve–
80% moderado); Dificuldade na codificação (20% categoria - 80% qualificadores);
Ficha de avaliação foi alterada (100% sim); Está apto a utilizar a CIF (80% sim - 20%
não); Efeito na formação dos acadêmicos (90% sim - 10% não); Fortalecimento da
fisioterapia nas equipes de saúde (100% sim); Difícil inserção na avaliação (100% sim);
Acadêmicos se tornam diferenciados (90% sim - 10% não). Conclusão: Apesar de
incipiente a inserção da CIF na clínica da Universidade, mostrou-se benéfica, mesmo
que sua implantação tenha apresentado certo grau de dificuldade.
Palavras-chave: CIF, preceptores, clínica.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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OPINIÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UIT ACERCA
DA IMPLANTAÇÃO DA CIF NO ESTÁGIO CURRICULAR
Guimarães RAS1; Vale TCC1; Almeida LA1; Chaves CMCM1; Pernambuco AP1
1
Universidade de Itaúna
Introdução: A CIF oferece um padrão de classificação que leva em consideração a
saúde e os aspectos relacionados à saúde, seja na vertente individual ou social. Uma das
vantagens apontadas para a adoção do modelo é a possibilidade de se utilizar uma
linguagem padrão e universal que facilite a troca de informações entre profissionais e ou
serviços de saúde, fortalecendo a comunicação inter profissional e a posição da
fisioterapia dentro das equipes de saúde. Objetivo: Avaliar a opinião de estagiários do
curso de fisioterapia sobre a inserção da CIF nas fichas de avaliação dos estágios da
Universidade de Itaúna. Métodos Participaram da pesquisa 30 acadêmicos da
universidade de Itaúna. Estes responderam a um questionário estruturado relacionado à
CIF que foi elaborado e aplicado pelos pesquisadores. A análise dos dados foi descritiva
e a frequência relativa foi utilizada para expressar as respostas. Resultados:
Conhecimento prévio sobre a CIF (67% sim - 33% não); Fonte de informação (100%
meio acadêmico); Obteve treinamento para aplicação (90% sim-10% não); Treinamento
suficiente (37% sim - 63% não); Satisfação com o treinamento (57% sim - 43% não);
Considera-se apto a utilizar a CIF (43% sim - 57% não); Dificuldade na aprendizagem
(20% leve - 73% moderado - 7% grave); Dificuldade na aplicação (33% não - 67%
sim); Dificuldade na codificação (17% categorias - 83% qualificadores); CIF deve ser
mantida (80% sim - 20% não); Benéfico para diagnóstico e planejamento (77% sim 23% não). Conclusão: A utilização da CIF foi considerada benéfica pelos alunos,
apesar deles apresentarem certo grau de dificuldade e de se mostrarem inseguros quanto
a utilização do instrumento. De acordo com os alunos é importante que a CIF continue
integrando as fichas de avaliação já que auxilia no diagnóstico e planejamento das
intervenções. Contudo, o treinamento oferecido para os alunos precisa ser aprimorado.
Palavras-chave:CIF, acadêmicos, fisioterapia
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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EFEITOS DA PRÁTICA REGULAR DO MÉTODO PILATES E NEOPILATES
SOBRE A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA
Miranda GCR1; Rodrigues TL2; Valadares YD3
1
Centro Universitário de Formiga - MG
Introdução: Os métodos Pilates e NeoPilates, estão entre as principais atividades
físicas que melhoram a qualidade de vida. Nesses métodos, durante a respiração ocorre
uma contração dos músculos do CORE, melhorando a ativação dos músculos
respiratórios, e por consequência melhorando a capacidade funcional e a função
respiratória do indivíduo. Objetivos:Comparar a força muscular respiratória em
mulheres praticantes de Pilates, NeoPilates e sedentárias. Métodos: Foram avaliadas 37
mulheres entre 20 e 47 anos, recrutadas nas clínicas de Pilates e NeoPilates das cidade
de Arcos/MG e Formiga/MG. Após a aprovação do CEP, foi aplicado o questionário
IPAQ, e o teste de força muscular respiratória PI.máx. e PE.máx. através do
manuvacuômetro. Resultados: Ao comparar a PI.máx. obtida entre os grupos Pilates,
NeoPilates e sedentárias não observou-se diferença significativa (p=0,2866), o mesmo
ocorreu nas comparações da PE.máx. obtida entre tais grupos (p=0,6537). Na
comparação entre os valores de PI.máx. obtida e prevista, não houve diferença nos
grupos Pilates (p=0,5340) e NeoPilates (p=0,5787), porém no grupo sedentárias houve
diferença (p-0,0249). Em relação aos valores de PE.máx. prevista e obtida, houve
diferença significativa em todos os grupos (p<0,0001).Conclusão: Conclui-se que
provavelmente devido à falta de orientação das clínicas em relação à respiração dos
métodos, as voluntárias não tiveram aumento da força da musculatura respiratória,
porém houve aumento da eficiência de contração da musculatura inspiratória
conseguindo atingir o que era previsto para sua idade, o que possivelmente colaborou
para melhora da função respiratória.
Palavras-chaves:Pilates,neopilates, força muscular respiratória.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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TRATAMENTO CONSERVADOR PACIENTE HÉRNIA DE DISCO LOMBAR
MendonçaGGF1; Cossenzo RA1;Felippe L1
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Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Introdução: A hérnia de disco é um processo em que ocorre a ruptura do anel fibroso,
com subsequente deslocamento da massa central do disco nos espaços intervertebrais.
Estima-se que 2 a 3 % da população sejam acometidos desse processo, cuja prevalência
é de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos.O tratamento conservador
apresenta excelentes resultados, desde que sua eleição esteja de acordo com a
metodologia aplicada.Estudos por imagem demonstram que a história natural da hérnia
pode indicar que, muitas vezes, ocorra processo de reabsorção. Objetivo: Analisar os
efeitos do tratamento conservador em um paciente com Hérnia de Disco Lombar, no
ambulatório da FCMMG. Métodos: Estudo de caso único, no qual um paciente com
Hérnia de Disco lombar foi avaliado de acordo com a CIF, considerando as disfunções
observadas em estrutura e função, atividade e participação, fatores ambientais e
pessoais. Foi analisadoo tratamento conservador no período entre 10/08/15 a 28/09/15,
totalizando 12 sessões de Fisioterapia. Resultados: Foram encontrados como alterações
de estrutura e função: Coluna Lombar s76002.3, Disco Vertebral s7608.3, Anel Fibroso
s7608.3,Trendlemburg Positivo s7402.4,Dor presente a extensão e ausente a flexão da
região lombar b280.4;Atividade e Participação: Restrição das atividades laborais
d850.4,Restrição nas atividades de lazer d920.4; Fatores Pessoais: Boa composição
corporal, Insônia e Sedentarismo; Fatores Ambientais Carrega mochilas pesadas e499
.3, Maus hábitos posturais correlacionados com fatores ergonômicos e499.4. No final do
tratamento apresentou melhora significativa em todos os itens classificados pela CIF.
Conclusão: O paciente apresentava alterações de função, atividade e participação e
fatores ambientais. Com a progressão do tratamento conservador, o mesmo relatou
melhora do quadro, sendo possível retornar as suas atividades. Quando realizada uma
boa avaliação e traçada uma boa conduta, o tratamento conservador apresenta
excelentes resultados, não sendo necessárias outras intervenções.
Palavras-chave:Hérnia de disco, tratamento conservador, CIF.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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A IMPLANTAÇÃO DA CIF NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE
FISIOTERAPIA EM NEUROLOGIA DA UNIVERSIDADE DE ITAÚNA:
RELATO DE UM CASO.
Almeida LA1; Vale TCC1; Guimarães RAS1; Chaves CM1; Pernambuco AP1
1
Universidade de Itaúna
Introdução: No início do ano de 2015, as Clínicas de Fisioterapia da Universidade de
Itaúna iniciaram um processo de inserção da CIF nos estágios supervisionados de
fisioterapia, com o intuito de criar uma linguagem padronizada e universalizada que
facilite o processo de pensamento e tomada de decisão centrada nas reais necessidades
dos pacientes. Objetivo:Demonstrar os passos percorridos para a implantação da CIF
na ficha de avaliação do estágio de Fisioterapia em Neurologia das Clínicas Integradas
de Fisioterapia da Universidade de Itaúna. Metodologia: A obtenção dos dados de
interesse foi realizada por meio de uma entrevista com as duas preceptoras do
ambulatório de Neurologia das Clínicas da Universidade de Itaúna. A análise dos dados
foi feita de forma descritiva. Resultados:Primeiramente realizou-se uma capacitação
sobre a CIF para os preceptores de estágio. Em seguida, uma discussão entre os
preceptores definiu que as categorias da CIF deveriam ser inseridas nas fichas de
avaliação já existentes, deixando a cargo dos alunos a inserção do qualificador de
acordo com as informações por eles obtidas. Está em análise a implantação de um
quadro para facilitar a utilização do modelo biopsicossocial por parte dos alunos. Neste,
o estagiário pode descrever e codificar as estruturas e funções corporais, a atividade e
participação e os fatores ambientais que se interagem e interferem na saúde dos
pacientes. Conclusão: A implantação da CIF no estágio de Neurologia está apenas se
iniciando, contudo já demonstrou ser uma estratégia adequada. Afinal, trás a perspectiva
de aperfeiçoamento e inovação da visão dos estagiários na prática que, podem utilizar
este instrumento como um diferencial em suas carreiras.
Palavras-chave:.Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde,
fisioterapia, reabilitação.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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AVALIAÇÃO DA ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM FIBROMIÁLGICOS DE
ACORDO COM A CIF
Meireles C1; Silva RV1; Silva LRT1; Silva FC1; Faria PC1; Fonseca ACS1;Pernambuco
AP1
1
Centro Universitário de Formiga – MG
Introdução: A Fibromialgia (FM) é uma condição clínica caracterizada por dor crônica
e generalizada associada a outros sintomas tais como, fadiga, distúrbios do sono,
depressão e ansiedade. Em maio de 2001, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
aprovou e recomendou a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e
Saúde (CIF) para descrição da saúde e aspectos relacionados à saúde. A CIF pode ser
utilizada para descrever de forma padronizada as deficiências nas estruturas e funções
corporais, limitações na atividade e restrições na participação associadas às diferentes
condições de saúde, incluindo a FM. Objetivos: Avaliar e comparar o nivel de
depressão e ansiedade em portadores da FM e controles saudáveis de acordo com a
perspectiva da CIF. Métodos: Participaram do estudo 55 mulheres com FM e 14
mulheres saudáveis. Todas as participantes completaram o Inventário de Depressão de
Beck (IDB) e o Inventário de Ansiedade de Beck (IAB). As questões de ambos os
instrumentos foram codificadas de acordo com a CIF. A análise estatística foi realizada
no software GraphPadPrism, v5.0 com nível de significância ajustado para α= 0,05.
Resultados: Os pacientes com FM apresentaram níveis significativamente aumentados
de ansiedade (p<0,001) e depressão (p<0,001) quando comparados aos controles. A
codificação das questões do IDB e IAB demonstrou que as categorias relacionadas à
depressão mais impactadas foram: b4552 (fadiga); b134 (funções do sono) e d7702
(relações sexuais). Já em relação à ansiedade, as mais impactadas foram: b126 (funções
do temperamento e personalidade); b1528 (funções emocionais, outras especificadas) e
b550 (funções termorregulatórias). Conclusão: A estratégia de se codificar as questões
dos instrumentos de pesquisa padroniza e universaliza a linguagem utilizada por
pacientes e equipes de saúde. Além disso, permite a identificação mais clara dos
problemas dos pacientes, facilitando assim o planejamento e a intervenção com maior
grau de resolutividade.
Palavras-chave: CIF, fibromialgia, ansiedade, depressão.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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TREINAMENTO DA MARCHA EM LESÃO MEDULAR T1 ASIA C: UM
ESTUDO DE CASO SOB A PERSPECTIVA DA CIF
Penido MS1; Rocha CA1; Silva EGB1; Oliveira BA1; Pernambuco AP1; Chaves CMCM1
1
Universidde de Itaúna
Introdução: Alcançar a marcha é geralmente um objetivo em pacientes que apresentam
lesão medular (LM). Há controversas em relação à marcha de pacientes com LM
torácica. Acredita-se que a Classificação Internacional de Funcionalidade Incapacidade
e Saúde (CIF), instrumento apropriado para a descrição da funcionalidade humana,
possa ajudar a esclarecer tais controversas. Objetivo:O objetivo do presente estudo foi
descrever e avaliar os ganhos relacionados ao ortostatismo e à marcha de um paciente
com lesão T1 C, sob a perspectiva da CIF. Métodos: Trata-se de um relato de caso de
um paciente crônico em processo de reabilitação que não apresentava marcha. Para a
avaliação foram utilizados os seguintes instrumentos: Classificação Funcional da
Marcha Modificada (CFMM), Índice de Marcha para lesão medular (WISCI-II),
Associação Americana de Lesão Medular (ASIA), medida de independência funcional
(MIF) Short form (SF)- 36 e a CIF. O resultado obtido após a aplicação de cada uma
das escalas propostas foi codificado de acordo com a CIF. O tratamento consistiu de
um treino funcional com ênfase na marcha. A análise dos dados foi descritiva.
Resultados: Segundo a CFMM o paciente evoluiu de zero (d4500.4) para um
(d4500.3), o WISCI-II teve escore inicial zero (d4500.4) e evolui para cinco (d4500.3).
Na ASIA apesar da melhora do nível sensitivo e motor não houve alteração no
qualificador da CIF. No SF-36 observou-se melhora no aspecto emocional passando de
66% para 100% de satisfação, ou seja, de d152.1 para d152.0. Dois fatores ambientais
fundamentais para o melhor desempenho do paciente foram a utilização da órtese
quadril joelho tornozelo pé (OQJTP) e da paralela que funcionaram como fatores
facilitadores ambientais e120+3. Nenhuma melhora pôde ser observada na MIF.
Conclusão: O presente estudo trouxe bons resultados ao paciente avaliado apesar de
não tê-lo tornado um deambulador comunitário. A estratégia de se utilizar a CIF
permitiu a visualização adequada dos ganhos obtidos pelo paciente, mostrando-se ser
uma estratégia adequada.
Palavras-chave: Traumatismo da medula espinhal, fisioterapia, marcha, Classificação
Internacional de Funcionalidade Incapacidade e Saúde (CIF).
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO DE REGULAÇÃO BASEADO NA
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,
INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF) PARA O SERVIÇO DE FISIOTERAPIA
DENTRO DE UMA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
Silva SLA1; Lemes NR2; Lima AJ3
1
Universidade Federal de Alfenas
Introdução: A Fisioterapia está inserida dentro da Rede de Atenção à Saúde em todos
os seus níveis, e protocolos de regulação são necessários para determinação de quem
deve ou não ter acesso a níveis destinados a resolução de problemas de maior
complexidade, como o nível secundário, e o que pode ser resolvido na atenção primária.
Dentro da abordagem biopsicossocial e do estímulo do uso da Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) no Sistema Único de
Saúde, tais protocolos devem ser construídos levando em consideração este referencial
teórico.Objetivos: verificar o número de encaminhamentos para o serviço secundário
de fisioterapia e propor um protocolo para garantir real equidade do acesso, dentro dos
domínios da CIF.Métodos: Foi realizado um levantamento nas 15 Equipes de Saúde da
Família e 2 Unidades Básicas do município de aproximadamente 75.000 habitantes no
sul de Minas Gerais dos encaminhamentos para a clínica de fisioterapia secundária de
referência. Baseado na proposta da CIF foi elaborado um protocolo de regulação para
ser aplicado pelos fisioterapeutas na atenção primária, durante o acolhimento dos
indivíduos que buscam o serviço, encaminhados por diversos profissionais. Resultados:
O levantamento observou que existem 467 encaminhamentos, um número muito além
da capacidade do setor secundário local, sendo que 72,7% tem que esperar de 6 meses a
1 ano pelo atendimento. O protocolo proposto apresenta as seguintes seções, baseadas
na CIF: Diagnóstico Clínico, Sintomatologia e Dor (Estrutura e Função), Incapacidade
(Atividades), Trabalho (Participação), Aspectos Cognitivos (Fatores Pessoais) e
Cuidador (Fatores Ambientais). Cada seção apresenta perguntas que levam a uma
pontuação final. Conclusão:A nova proposta de abordagem pelo fisioterapeuta na
Atenção Primária espera aumentar a resolutividade deste nível de atenção, evitando
encaminhamentos desnecessários para a clínica, dentro da perspectiva da busca e
manutenção da saúde funcional.
Palavras – chave: redes de atenção à saúde, fisioterapia, regulação, equidade,
Classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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PERFIL DE FUNCIONALIDADE DOS PACIENTES ATENDIDOS NO
AMBULATÓRIO DA FCMMG – TURNO TARDE DE ACORDO COM A CIF
Polese JC1; Souza AG1; Lima BLTS1; Santos JNN1; Coutinho ML1; Silva TA1
1
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Introdução: A CIF identifica as condições estruturais, pessoais e ambientais do
indivíduo, e sua interferência na sua funcionalidade, além de prover dados
epidemiológicos, uma vez que o fator social está incluso nesse modelo. O levantamento
de dados epidemiológicos pode contribuir de maneira norteadora no tratamento dos
indivíduos. Objetivo: Descrever o perfil de funcionalidade dos pacientes atendidos no
setor de fisioterapia neurológica do turno da tarde, do ambulatório da FCMMG, por
meio da CIF. Métodos: Estudo transversal, onde 26 pacientes foram incluídos. Foi
realizada analise da ficha de avaliação e extração dos pontos mais relevantes perante os
aspectos funcionais. Cada categoria foi qualificada de acordo com a magnitude da
limitação, sendo: ausência de alteração (AA); alteração leve (AL); alteração moderada
(AM); alteração grave (AG); alteração total (AT). Os códigos observados em 75% ou
mais dos pacientes foram considerados para análise. Resultados: Os pacientes
possuíam idade entre 14 e 87 anos. 9 pacientes apresentaram AG na função de força
muscular, 8 coordenação motora, 8 pacientes com AM de equilíbrio e 12 com alteração
de dor/alteração de tecidos moles. No domínio de atividade e participação, 8 indivíduos
com AL em supino para sentado, 7 indivíduos ao permanecer de pé, 7 indivíduos com
AG em permanecer de pé, alcance e manipulação e marcha, e 11 indivíduos com AM
em marcha, e 8 indivíduos em alcance e manipulação. No domínio de fatores
ambientais, 8 indivíduos com AM função mental - comportamento e medicamento em
uso, e 7 indivíduos com AL em medicamento em uso, sendo estes barreiras. Conclusão:
Os pacientes apresentaram alterações de função, atividade e participação e fatores
ambientais que variaram de leve à grave. Esses dados são importantes para melhor
enfoque do tratamento fisioterápico, ampliando assim a informação para funcionalidade
e incapacidade.
Palavras-chave: Funcionalidade, fisioterapia neurológica, reabilitação.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE ACORDO COM O CHECKLIST DA
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,
INCAPACIDADE E SAÚDE DE UM PACIENTE COM DISTROFIA
MUSCULAR DE CINTURAS: UM ESTUDO DE CASO
Polese JC1; Souza AG1; Lima BLTS1; Santos JNN1; Coutinho ML1; Silva TA1
1
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Introdução: A distrofia muscular de cinturas (DMC) é uma patologia com diferentes
doenças genéticas. Possui como característica fraqueza progressiva de cintura pélvica e
escapular, e variabilidade clínica. Seus sintomas podem aparecer desde a primeira
infância até a idade adulta tardia.A DMC é definida como uma distrofia muscular com
predomínio na musculatura proximal, onde a fraqueza poupa os músculos distais, e os
faciais e extraocular5. Devido aos diferentes acometimentos apresentados por pacientes
com DCM, é necessário observar o panorama da funcionalidade apresentada por esses
indivíduos, além da interação entre os diferentes domínios. Objetivo: Avaliar o grau de
funcionalidade de acordo com o CheckList da CIF em um paciente com distrofia
muscular de cinturas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, onde um
paciente com diagnóstico clínico com distrofia muscular de cinturas teve sua
funcionalidade avaliada através do CheckList da CIF Versão 2.1a, Formulário Clínico,
para a avaliação de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Resultados: Trata-se de um
paciente de 34 anos, sexo masculino, casado, trocador de ônibus. De acordo com sua
avaliação da funcionalidade foram observados 7 limitações em estrutura e função do
corpo, 24 limitações em atividades e participação. Adicionalmente foram observados
16 fatores ambientais facilitadores e 3 barreiras. Cabe ressaltar que o paciente
apresentou diversos fatores pessoais que impactam positivamente na funcionalidade do
mesmo. Conclusão: O paciente diagnosticado com distrofia muscular de cinturas
apresentou maior número de limitações em atividades, restrições em participação e
barreiras/facilitadores em fatores ambientais, do que deficiências em funções e
estruturas corporais.
Palavras-chave: Funcionalidade, incapacidade, distrofia de cinturas.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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AVALIAÇÃO DO SONO EM FIBROMIÁLGICOS DE ACORDO COM A CIF
Silva RV1; Meireles C1; Silva LRT1; Silva FC1; Faria PC1; Fonseca ACS1, Pernambuco
AP1
1
Centro Universitário de Formiga – MG
Introdução: A Fibromialgia (FM) é uma condição caracterizada pela presença de dor
crônica e generalizada associada a outros sintomas como, ansiedade, fadiga, depressão,
distúrbios do sono e alterações neuropsicoemocionais. Ao longo do tempo diversos
instrumentos foram criados e validados para avaliar a sintomatologia da FM, porem a
falta de padronização na linguagem prejudica a comunicação inter profissional
acarretando danos aos serviços de saúde. Para padronizar e universalizar a linguagem a
Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2001, aprovou a Classificação Internacional
de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Objetivos: O objetivo deste estudo foi
avaliar e comparar a qualidade do sono de portadores de FM e de controles saudáveis
por meio do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP) e, em seguida codificar
a informação produzida por meio da CIF tornando-a padronizada e universal. Métodos:
Participaram do estudo 26 mulheres com FM e 15 mulheres saudáveis. Todas as
participantes completaram o instrumento IQSP, validado para avaliar a qualidade do
sono. Resultados: Os resultados demonstram que a qualidade do sono em pacientes
com FM é significativamente inferior à encontrada em controles saudáveis (p=0,003).
Quando os qualificadores da CIF foram comprados intergrupos, verificou-se que
problemas moderados na qualidade do sono dos FM (p=0,02). As categorias mais
afetadas nos FM foram a b280 – sensação de dor (mediana 4 pontos), b1341 – início do
sono (mediana 4 pontos) e, b1343 – qualidade do sono (mediana 3,5 pontos). Já as
categorias mais afetadas no grupo controle foram a b550 – funções termorregulatórias
(mediana 2 pontos), b1342 – manutenção do sono (mediana 2 pontos) e, b1348 –
funções do sono (mediana 2 pontos). Conclusão: Ao empregar as categorias da CIF, foi
evidenciado fatores modificáveis ou não modificáveis que mais interferem na qualidade
do sono de pacientes FM e controles saudáveis, viabilizando assim a implementação de
condutas mais apropriadas.
Palavras chaves: CIF, fibromialgia, IQSP, sono.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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INCAPACIDADE EM PACIENTES COM LESÕES
MUSCULOESQUELÉTICAS DE MEMBROS SUPERIORES
De Castro KFC1; Lopes MMP1; Tavares PA1; Aquino CF1; Augusto VG1;Abreu AM1
1
UNIFENAS - Campus Divinópolis
Introdução: As afecções musculoesqueléticas dos membros superiores (MMSS) são
responsáveis pela maior parte dos afastamentos do trabalho devido déficits de
funcionalidade, o que acarreta, além dos gastos com afastamentos, indenizações e
tratamentos, uma série de danos psicológicos para os trabalhadores. Objetivo: Traçar
um perfil dos pacientes com lesões de membros superiores atendidos no CRER quanto
aos fatores sociodemográficos, nível de dor e incapacidade. Métodos: Trata-se de um
estudo quantitativo transversal observacional realizado no Centro de Reabilitação
Regional (CRER), no município de Divinópolis, MG. Os pacientes responderam um
protocolo de avaliação que consta de questões relativas à lesão do paciente, grau de dor,
escolaridade, faixa etária, profissão, hábitos de vida e atividades de vida diárias.
Também foi avaliada a incapacidade por meio da Escala de Avaliação de Incapacidades
da Organização Mundial de Saúde (WHODAS 2.0). Os dados foram analisados com
ajuda do SPSS® - versão 15.0. Resultados: Foram entrevistados 50 usuários com média
de idade foi de 50,0 anos (dp=14,1); o sexo feminino prevaleceu, correspondendo a
60%. A maior parte 54% vive com companheiro e tem filhos (76%). Em relação à
escolaridade 34% concluíram ensino médio. Somente 18% são tabagistas e 30% fazem
uso de bebida alcoólica. Apenas 34% dos participantes declararam praticar atividade
física de forma regular. Dentre os entrevistados, 58% estão afastados das atividades
laborais. A maioria dos pacientes entrevistados apresenta lesão de origem traumática
(62%). O tempo médio de lesão foi de 60 semanas (dp= 117,3), e o de tratamento foi de
90 dias (dp= 230,4). O escore médio da escala de dor foi de 7 pontos e da escala de
incapacidade foi de 25 pontos (dp=7,4). Conclusões: Pôde se notar que a dor é de
moderada a alta para maioria dos pacientes e que há um grau médio de
comprometimento funcional justificando a necessidade de atendimento fisioterapêutico.
Palavras-chave: Incapacidade, lesões musculoesqueléticas, dor
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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