Nutrição oral e enteral especializada na pediatria Dr. Hélio Fernandes da Rocha e Dra. Bruna de Siqueira Barros 1 A desnutrição energético-proteica (DEP) é decorrente do desequilíbrio entre a oferta de nutrientes (macro e micro) e a necessidade do organismo para assegurar o crescimento, a imunidade e a aquisição de funções próprias do desenvolvimento, além de normalidades metabólicas. É classificada em primária (ingestão insuficiente de nutrientes por oferta insegura) e secundária (consumo maior do que a oferta). • Desnutrição de causa primária: ingestão inadequada de energia, proteína, macro e/ou micronutrientes. Sua origem é multifatorial. Além da carência de alimentos, aspectos de natureza social estão envolvidos, o que torna o diagnóstico e o tratamento dessa forma de desnutrição ainda mais complexos. • Desnutrição de causa secundária: inadequado aproveitamento funcional e biológico dos nutrientes disponíveis ou elevado gasto energético na presença de doenças. Esse tipo de desnutrição ocorre com frequência em unidades hospitalares onde a desnutrição é instalada por falta de suporte adequado, além das ocorrências comuns em crianças com neuropatias, fibrose cística, doenças oncológicas, infecções e cardiopatia congênita, insuficiências hepática e renal, entre as mais comuns. Nas últimas décadas, países em desenvolvimento, como o Brasil, têm experimentado uma transição nutricional, com a redução da desnutrição energética e proteica e o aumento da obesidade. No entanto, apesar da sua prevalência ter diminuído, a DEP ainda é relevante para as crianças com idade inferior a 5 anos. A DEP e a deficiência de micronutrientes (fome oculta), especialmente de zinco, selênio, ferro e vitaminas antioxidantes, contribuem com 45% das mortes em indivíduos nessa faixa etária em todo o mundo. As necessidades de macro e micronutrientes de crianças saudáveis estão nas tabelas 1 a 3. 1 Tabela 1: Necessidade de Energia, Proteína e Gordura para crianças e adolescentes saudáveis Faixa Etária EER (kcal/dia) * RDA de Proteínas (g/dia) Total de Gordura (g/dia) 1 - 3 anos Meninos 850 - 1300 13 30 - 40 Meninas 750 - 1250 13 30 - 40 Meninos 1400 - 1700 19 25 - 35 Meninas 1300 - 1600 19 25 - 35 Meninos 1800 - 2300 34 25 - 35 Meninas 1700 - 2000 34 25 - 35 4 - 8 anos 9 - 13 anos 14 - 18 anos Meninos 2500 - 2800 52 25 - 35 Meninas 2000 46 25 - 35 Fonte: Adaptado de Uptodate, 2015. *A distribuição das calorias totais segue as seguintes proporções: carboidratos: 40% a 50%, lipídios: 25% a 40% e proteínas: 8% a 20%. Tabela 2: Necessidade de Vitaminas para crianças saudáveis Faixa Etária Vitaminas Lipossolúveis A (μg) D (μg) E (mg) K (μg) 1 - 3 anos 400 10 6 15 4 - 6 anos 500 10 7 20 7 - 10 anos 700 10 7 30 11 - 14 meninos 1000 10 10 45 11 - 14 meninas 800 10 8 45 15 - 18 meninos 1000 10 10 65 15 - 18 meninas 800 10 8 55 2 Faixa Etária Vitaminas Hidrossolúveis C (mg) Tiamina (mg) Riboflavina (mg) Niacina (mg) B6 (mg) 0,8 9 1,0 1 - 3 anos 40 0,7 4 - 6 anos 45 0,9 1,1 12 1,1 7 - 10 anos 45 1,0 1,2 13 1,4 11 - 14 meninos 50 1,3 1,5 17 1,7 11 - 14 meninas 50 1,1 1,3 15 2,0 15 - 18 meninos 60 1,5 1,8 20 2,0 15 - 18 meninas 60 1,1 1,3 15 1,4 Faixa Etária 1 - 3 anos Vitaminas Hidrossolúveis Folato (μg) B12 (mg) Biotina (μg) Ácido Pantotênico (mg) 50 0,7 20 3 4 - 6 anos 75 1,0 25 3-4 7 - 10 anos 100 1,4 30 4-5 11 - 14 meninos 150 2,0 100 4-7 11 - 14 meninas 200 2,0 100 4-7 15 - 18 meninos 200 2,0 100 4-7 15 - 18 meninas 150 2,0 100 4-7 Fonte: Adaptado de Jornal de Pediatria, 2000. Tabela 3: Necessidade de Ferro, Cálcio e Zinco para crianças e adolescentes Faixa Etária Ferro (mg/dia) Cálcio (mg/dia) Zinco (mg/dia) 1 - 3 anos 7 700 3 4 - 8 anos 10 1000 5 9 - 13 anos 8 1300 8 14 - 18 anos meninos: 11 meninas: 15 1300 meninos: 11 meninas: 9 Fonte: Adaptado de Uptodate, 2015. A DEP cursa com alterações sistêmicas consequentes às adaptações fisiológicas para a menor disponibilidade de nutrientes. As repercussões agudas dessa condição incluem disfunções de órgãos e sistemas que aumentam a mortalidade. Em longo prazo pode haver comprometimento do crescimento, do desenvolvimento neuropsicomotor e aumento do risco futuro para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis. 3 Na desnutrição grave, há duas formas clínicas bem definidas: marasmo e kwashiorkor, além da possibilidade de uma forma mista (kwashiorkormarasmático). Ainda não são conhecidos os fatores que determinam qual apresentação clínica o paciente com desnutrição grave terá. Contudo, sabe-se que as crianças marasmáticas são mais adaptadas, isto é, têm melhor resposta na fase aguda na vigência de infecção quando comparadas às outras com os tipos de kwashiorkor, o que coloca essas últimas em situação de maior risco. • O marasmo acomete com mais frequência os lactentes jovens. Trata-se de indivíduos com baixa atividade física e metabólica. São pequenos para a idade, emagrecidos, com membros apresentando atrofia muscular e subcutânea. É característico o desaparecimento da bola gordurosa de Bichat (último depósito de gordura a ser consumido localizado na região malar), que favorece aspecto envelhecido (face senil ou simiesca), as costelas são visíveis e as nádegas atróficas. O abdome pode ser globoso, mas a hepatomegalia é rara. Os cabelos são finos e escassos, e esses indivíduos se apresentam sempre irritadiços. • O kwashiorkor (na língua de Ghana significa “doença do primogênito quando nasce o segundo filho”) acomete crianças com mais de 2 anos. Pode cursar com apatia e/ou irritabilidade. Apresenta alterações de pele (lesões hipocrômicas ao lado de hipercrômicas, com descamação) e dos cabelos (textura, coloração e facilidade em se soltar do couro cabeludo). Pode haver hepatomegalia (decorrente de esteatose), ascite, face de lua (edema de face) e/ou anasarca. A causa do edema na forma kwashiorkor é multifatorial, mas se acredita que seja uma forma de controle insuficiente do estresse oxidativo, decorrente da produção deficiente de enzimas antioxidantes e, portanto, do controle dos radicais livres. Como consequência, ocorre aumento da permeabilidade endotelial e o extravasamento de líquido e albumina para o terceiro espaço, dando origem ao edema clínico. Considerando que a prevalência de desnutrição consequente à internação em hospitais pediátricos varie entre 15% a 30% dos pacientes e que seus potenciais efeitos são deletérios, a prevenção e o tratamento da desnutrição intrahospitalar, ou do desnutrido que se interna, depende da cooperação de um grupo multidisciplinar em nutrição clínica, conhecido como equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN). As principais atribuições da EMTN são as seguintes: • Criação de um sistema de triagem de pacientes em risco nutricional. • Identificação e prescrição dos pacientes que necessitam de suporte nutricional. • Garantia de manejo nutricional eficaz para os pacientes. 4 • Planejamento da nutrição em casa após a alta. • Educação continuada para os funcionários do hospital em relação à identificação e manejo de problemas nutricionais . • Monitorização, avaliação, registro e revisão periódica das práticas realizadas. O suporte nutricional no paciente desnutrido, quando realizado de maneira inadequada, pode acarretar uma “síndrome de realimentação”, termo utilizado para descrever várias alterações metabólicas nocivas. Se a oferta calórica for excessiva, o aumento resultante nos níveis plasmáticos de insulina pode causar aumento no aporte intracelular dos íons potássio, fósforo e magnésio. A principal complicação dessa síndrome é o desenvolvimento de hipofosfatemia grave, que está associada a anemia hemolítica, fraqueza, rabdomiólise, disfunção dos neutrófilos, insuficiência cardiorrespiratória, arritmias, convulsões, alteração do nível de consciência ou morte súbita. As crianças com perda de peso significativa e crônica estão sob maior risco de “síndrome de realimentação”, por exemplo, aquelas com anorexia nervosa ou com caquexia associada ao câncer, ocorrendo durante a primeira semana de terapia nutricional. A “síndrome de realimentação”, no entanto, é uma complicação potencial do tratamento em qualquer paciente desnutrido. Dessa forma, a alimentação deve ser iniciada em pequenas quantidades de dieta com baixa osmolaridade, baixo teor de lactose e taxas calórica e proteica necessárias para manter os processos fisiológicos basais. O intuito não é promover a recuperação nutricional nessa fase inicial. A via parenteral deve ser evitada e as crianças com hiporexia devem ser alimentadas por sonda nasogástrica, pois, além de evitar o risco de sobrecarga hídrica, os nutrientes por via enteral ajudam a recuperar o trofismo do trato gastrointestinal. Quando a criança está reabilitada clinicamente o edema é mínimo e há retorno do apetite, o que em geral acontece a partir da segunda semana. Nesse momento, deve-se oferecer alimentação com alta taxa calórica e proteica para assegurar o crescimento rápido (catch-up), visando recuperar grande parte do peso perdido ainda quando a criança estiver hospitalizada (Quadro 1). É importante que essa transição seja controlada ao longo de três a cinco dias, a fim de evitar as mesmas complicações metabólicas. Conclui-se que é fundamental uma assistência diferenciada às crianças gravemente desnutridas com estratégias para o suporte nutricional desses pacientes (Quadro 2). 5 QUADRO 1: Cálculo da necessidade energética, proteica e de micronutrientes para pacientes em catch-up Macronutrientes: • • Necessidades de energia (kcal/kg dia)= EER para idade de criança saudável (kcal/dia) x peso ideal para altura (kg)/peso atual (kg) Necessidades de proteína (g/dia)= RDA de proteína para idade de criança saudável (g/kg/dia) x peso ideal para altura (kg)/peso atual (kg) Em que EER = Requerimento Estimado de Energia; RDA = Recomendação de Ingestão Diária (ver tabela 1) Micronutrientes (a suplementação deve ocorrer na fase de recuperação nutricional): • • • • • • Dieta adequada com 1,5 vezes a recomendação de micronutrientes Zinco 2 mg/kg/dia (máximo 20 mg/dia) Cobre 0,3 mg/kg/dia (máximo 3 mg/dia) Ácido fólico 5 mg/dia (no primeiro dia) e depois 1 mg/dia Ferro 3 mg/kg/dia Vitamina A, na forma de megadose: < 1 ano 100.000 UI e > 1 ano 200.000 UI por via oral/enteral Fonte: Adaptado de Uptodate, 2015 e Projeto Diretrizes, 2011. QUADRO 2: Principais estratégias para evitar a “síndrome de realimentação” 1) Antes de iniciar suporte nutricional: avaliação do estado nutricional, hemodinâmico, hidratação, eletrólitos (sódio, potássio, magnésio, fósforo, cálcio), ureia e creatinina. 2) A alimentação enteral inicial deve ser limitada em termos de volume e energia (cerca de 75% das necessidades em casos graves): • < 7 anos: 60 kcal/kg/dia. • 7-10 anos: 50 kcal/kg/dia. • 11-14 anos: 45 kcal/kg/dia. • 15-18 anos: 40 kcal/kg/dia. 3) Se tolerado, aumentar a oferta calórica a cada 3 a 5 dias. 6 4) O aumento deve ser realizado com frequentes e pequenos avanços, seguindo uma dieta com densidade energética de 1 kcal/ml para minimizar a carga de fluido. 5) A ingestão de proteína pode começar em 0,6 a 1 g kg/dia, devendo ser aumentada a 1,2 a 1,5 g/kg/dia. 6) Eletrólitos: • Sódio: 1 mmol/kg/dia. • Potássio: 4 mmol/kg/dia. • Magnésio: 0,61 mmol/kg/dia. • Fosfato: até 1 mmol/kg/dia por via intravenosa ou até 100 mmol/kg/dia por via oral para crianças com mais de 5 anos de idade. • Hipocalcemia deve ser corrigida. 7) Avaliar reposição dos seguintes micronutrientes: tiamina, riboflavina, ácido fólico, ácido ascórbico, piridoxina, vitaminas lipossolúveis e oligoelementos minerais. 8) Em pacientes que têm ingestão inadequada por mais de 5 dias, o suporte nutricional deve ser introduzido com 50% de requisitos para os primeiros 2 dias. Aumentar caso a monitorização clínica e bioquímica não revele problemas com a realimentação. 9) Maior cuidado é indicado para pacientes com as seguintes características: • Perda de peso não intencional > 15% dentro dos últimos 3 a 6 meses. • Pouca ou nenhuma ingestão de nutriente por mais de 10 dias. • Baixos níveis de potássio, fosfato ou de magnésio antes de qualquer alimentação. Fonte: ESPGHAN, 2010. 7 TROPHIC INFANT Fórmula nutricionalmente completa em pó, com exclusivo mix de proteínas de alto valor biológico, essencial na recuperação nutricional de crianças. INDICADO PARA Crianças com risco nutricional ou desnutridas, hospitalizadas ou em cuidado domiciliar, que necessitam de nutrição enteral prolongada. DISTRIBUIÇÃO CALÓRICA PT 12% 31 g/L CH 53% 132 g/L LIP 35% 39 g/L FONTE PT 61% Caseinato de Cálcio 28% Proteína Isolada do Soro do Leite 11% Proteína Concentrada do Leite FONTE CH 24% Sacarose 76% Maltodextrina FIBRA ALIMENTAR Isento FONTE LIP 27% Óleo de Soja 59% Óleo de Canola 14% Triglicerídeos de Cadeia Média PERFIL LIPÍDICO Ác. Graxos Saturados: 7% Ác. Graxos Monoinsaturados: 15% Ác. Graxos Poli-insaturados: 13% W6:W3: 5,2 : 1 OSMOLARIDADE: 320 mOsm/L H²O OSMOLALIDADE: 381 mOsm/kg H²O SABOR: Baunilha DILUIÇÃO (PREPARO 200 ml) 1,0 kcal/ml = 6 medidas + 170 ml água 1,2 kcal/ml = 7 medidas + 160 ml água 1,5 kcal/ml = 9 medidas + 154 ml água PREPARO Para homogeneizar, utilizar mixer ou liquidificador.Dissolveremáguapotável (temperatura ambiente). RENDIMENTO 9 doses de 200 ml COLHER-MEDIDA: 7,3 g = 33 kcal DENSIDADE CALÓRICA 1,0 a 1,5 kcal/ml APRESENTAÇÃO | Kcal POR EMBALAGEM: 380g | 1730 kcal NÃO CONTÉM FIBRAS, LACTOSE E GLÚTEN. 8 Informação Nutricional Por 100 g %VD(*) (4-6anos) 9 Por 100 ml %VD(**) (7-10anos) Valor energético 455 kcal=1912 kJ *** ** 100 kcal=420 kJ Carboidratos 60 g *** *** 13 g Proteínas 14 g *** *** 3,1 g Gorduras totais, das quais: 18 g *** *** 3,9 g Gorduras saturadas 3,6 g *** *** 0,8 g Gorduras trans 0 *** *** 0 Gorduras monoinsaturadas 7,4 g *** *** 1,6 g Gorduras poli-insaturadas 6,2 g *** *** 1,4 g Colesterol 0 *** *** 0 Fibra alimentar 0 *** *** 0 Sódio 280 mg *** *** 62 mg Cálcio 263 mg 44% 38% 58 mg Ferro 5,8 mg 97% 64% 1,3 mg Vitamina A 252 mcgRE 56% 50% 55 mcgRE Vitamina D 6,5 mcg 130% 130% 1,4 mcg Vitamina B1 0,90 mg 150% 100% 0,20 mg Vitamina B2 0,90 mg 150% 100% 0,20 mg Niacina 4,0 mg 50% 33% 0,88 mg Ácido pantotênico 2,5 mg 83% 63% 0,55 mg Vitamina B6 0,80 mg 160% 80% 0,18 mg Vitamina B12 1,4 mcg 117% 78% 0,31 mcg Vitamina C 52 mg 173% 149% 11 mg Vitamina E 7,2 mg alfa-TE 144% 103% 1,6 mg alfa-TE Biotina 51 mcg 425% 255% 11 mcg Ácido fólico 100 mcg 85% 56% 22 mcg Vitamina K 22 mcg 110% 88% 4,8 mcg Potássio 621 mg *** *** 137 mg Cloreto 465 mg *** *** 102 mg Fósforo 377 mg 75% 30% 83 mg Magnésio 30 mg 41% 30% 6,5 mg Zinco 3,3 mg 65% 59% 0,73 mg Cobre 508 mcg 115% 115% 112 mcg Iodo 54 mcg 49% 54% 12 mcg Selênio 16 mcg 75% 75% 3,5 mcg Molibdênio 28 mcg 129% 129% 6,2 mcg Cromo 21 mcg 143% 143% 4,7 mcg Manganês 0,74 mg 49% 49% 0,16 mg Colina 120 mg 48% 48% 26 mg HÉLIO FERNANDES DA ROCHA, MD, MSC. • Professor de Nutrologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da FM-UFRJ • Membro do Departamento de Nutrologia da SBP. • Especialista em Nutrologia Pediátrica pela SBP. • Mestre em Pediatria com temática em Nutrição Infantil pela UFRJ. • Chefe do Serviço de Nutrologia Pediátrica do IPPMG-UFRJ. BRUNA DE SIQUEIRA BARROS • Especialista em Pediatria pela SBP. • Especialista em Nutrologia Pediátrica pela SBP. • Professora substituta de Nutrologia Pediátrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013-2015). • Membro do Comitê de Nutrologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro. • Mestranda da Pós-Graduação de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Referências Bibliográficas Ashworth, A. Nutrition, Food Security, and Health. In: KLIEGMAN R.M. et al. Nelson TEXTBOOK OF PEDIATRICS. 20 ed. Philadelphia: Ed. Saunders Elsevier, 2015. p. 295-306. Benzecry SG. et al. Desnutrição Energético-proteica: Abordagem Hospitalar, Hospital-dia e Ambulatorial. In: CAMPOS JUNIOR, D.; BURNS D.A.R.; LOPEZ F.A. (Org). Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. 3 ed. Barueri, SP: Ed. Manole, 2014, p. 2057-2064. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em nível hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 144 p. Collier S; Duggan C. Enteral nutrition in infants and children. Upto Date. < http://www.uptodate.com/ contents/enteral-nutrition-in-infants-and-children> Acesso em 02/09/2015. Delgado, AF; Falcão MC; Carrazza FR. Princípios do suporte nutricional em Pediatria. J Pediatr (Rio J) 2000;76(Supl.3): s330-s8. ESPGHAN. Practical Approach to Paediatric Enteral Nutrition: A Comment by the ESPGHAN Committee on Nutrition. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition. 2005;41: 8–11. ESPGHAN. The Need for Nutrition Support Teams in Pediatric Units: A Commentary by the ESPGHAN Committee on Nutrition. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition. 2010;51: 110–122. Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral; Associação Brasileira de Nutrologia; Sociedade Brasileira de Patologia. Terapia Nutricional no Paciente Pediátrico com Desnutrição EnergéticoProteica. Projeto Diretrizes. 2011. 10 [email protected] Tel.: 0800 702 8845 4