Entrevistas/Documentos Navegações v. 6, n. 2, p. 247, jul./dez. 2013 Varanda Amariles G. Hill Entre mim e o mar cresce uma construção. Nos conveses por acabar marujos não-marítimos, operários, tecem no ferro cordames e levantam mastros no concreto. Ao vento da Barra, as pilastras em projeto são finos feixes de arame. Em breve as ilhas de meu sonho não serão mais vista e as quilhas imaginadas em meu olhar virarão esquinas da pista que borda a praia e o mar. Enfim, quando, nos alicerces ancorado, o navio fantasma fizer-se edifício, nem tudo terá naufragado: a meu tombadilho de sexto andar chegará do nascente o Sol a me consolar. E restará, de resto, ainda, uma infinda réstia de mar. Recebido: 28 de junho de 2013 Aprovado: 21 de agosto de 2013 Os conteúdos deste periódico de acesso aberto estão licenciados sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição-UsoNãoComercial-ObrasDerivadasProibidas 3.0 Unported.