Programa da Hanseníase – Boletim Epidemiológico

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Programa da Hanseníase – Boletim Epidemiológico
Campanha Estadual de Combate a Hanseníase / 2014
A Hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução lenta, causada pelo bacilo
de Hansen ou Mycobacterium leprae que se manifesta principalmente por meio de
sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos dos braços,
mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz.
O período de incubação, ou seja, o tempo entre o contágio e o aparecimento
dos sinais e sintomas da doença é longo para uma doença bacteriana podendo chegar
até sete anos. Esse bacilo é capaz de infectar grande número de pessoas (alta
infectividade), mas poucos adoecem (baixa patogenicidade). O poder imunogênico do
bacilo é responsável pelo alto potencial incapacitante da hanseníase.
O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da
análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico
para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou
comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico).
Dependendo da carga bacilar, a doença é classificada como Paucibaciliar (PB)
doente com poucos bacilos ou multibacilar (MB) com muitos bacilos, sendo os casos
multibacilares considerados contagiantes.
A transmissão acontece por meio de uma pessoa doente que apresenta a
forma contagiante da doença, e que não estando em tratamento elimina o bacilo por
meio das vias respiratórias: secreções nasais, tosse ou espirro. No entanto, para que a
transmissão do bacilo ocorra, é necessário um contato intradomiciliar prolongado.
Dessa forma o exame dos contatos intradomiciliares (pessoas que residem ou
residiram nos últimos cinco anos com o paciente) é uma medida fundamental para
interromper a cadeia de transmissão.
O tratamento do paciente com hanseníase é fundamental para curá-lo, fechar a
fonte de infecção interrompendo a cadeia de transmissão da doença, sendo, portanto
estratégico no controle da endemia. É realizado por meio da Poliquimioterapia (PQT),
uma associação de três medicamentos que são fornecidos de forma gratuita pela rede
pública de saúde. O tratamento pode durar de seis a doze meses, dependendo da
forma clínica e classificação da doença e a pessoa fica curada.
A hanseníase pode atingir pessoas de todas as idades, de ambos os sexos, no
entanto, raramente ocorre em crianças. Quando é detectado em crianças representa
que a cadeia de transmissão está ativa indicando que doença não está controlada.
Devido ao diagnóstico tardio, muitas pessoas ainda correm o risco de
desenvolver incapacidades físicas, perfeitamente evitáveis com o diagnóstico e
tratamento nas fases iniciais da doença.
Em Sorocaba, em 2014 já foram notificados 46 casos sendo 45 MB e 01 PB.
Na tabela a seguir observam-se os casos de hanseníase por Unidade de Saúde
em tratamento:
Tabela 1 – Registros de casos de hanseníase em tratamento por Unidade de
Saúde em Sorocaba, 2014.
Unidade de Saúde
Casos
Cerrado
02
Márcia Mendes
01
Simus
01
Sorocaba I
01
Wanel Ville
02
Lopes de Oliveira
07
Maria Eugênia
01
São Bento
01
Fiore
02
Maria do Carmo
02
Nova Sorocaba
01
Laranjeira
04
Paineiras
01
Vitória Régia
03
Aparecidinha
01
Éden
02
Sabiá
02
Barcelona
03
Escola
03
Haro
04
Hortência
02
Total
46
Fonte: Programa Municipal da Hanseníase - Sorocaba/SP
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