1 Percepções do paciente cirúrgico no período pré- operatório acerca da assistência de enfermagem Perceptions of surgical patient during preoperative nursing care about Percepciones del paciente quirúrgico durante el cuidado de enfermería sobre preoperatoria Rosana Amora Ascari - Enfermeira. Mestre em Saúde Coletiva. Professora Assistente da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Grupo de Estudos em Saúde e Trabalho - GESTRA. Chapecó – Santa Catarina, Brasil. E-mail: [email protected] Mariluci Neiss - Enfermeira Graduada pela UDESC. E-mail: [email protected] Ângela Antônia Sartori - Enfermeira Graduada pela UDESC. E-mail: [email protected] Olvani Martins da Silva - Enfermeira. Mestre em Terapia Intensiva. Professora Assistente da UDESC. Membro do Grupo de Pesquisa Enfermagem, Cuidado Humano e Processo Saúde Adoecimento. E-mail: [email protected] Tânia Maria Ascari – Enfermeira e Psicóloga. Mestre em Enfermagem. Professora Assistente da UDESC. Membro do Grupo de Pesquisa Enfermagem, Cuidado Humano e Processo Saúde Adoecimento. E-mail: [email protected] Kiciosan da Silva Bernardi Galli. Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Assistente da UDESC. Membro do Grupo de Pesquisa Enfermagem, Cuidado Humano e Processo Saúde Adoecimento. E-mail: [email protected] Autor responsável pela troca de correspondência Rosana Amora Ascari Departamento de Enfermagem /Universidade do Estado de Santa Catarina Rua Benjamim Constant, 164 D, Centro, CEP: 89.802-200, Chapecó – Santa Catarina, Brasil. 2 Resumo Objetivo: descrever a percepção do paciente cirúrgico no período pré-operatório acerca da assistência de enfermagem. Métodos: pesquisa qualitativa do tipo descritiva, sendo a amostra constituída por seis pacientes internos na clínica cirúrgica geral de um hospital público no oeste catarinense em março de 2012. Resultados: através da análise de conteúdo emergiram quatro categorias: conhecimento acerca do procedimento cirúrgico; o cuidado e a enfermagem; sentimentos identificados no período préoperatório; contribuição da enfermagem para enfrentamento do paciente no período pré-operatório. As orientações sobre o ato cirúrgico foram realizadas exclusivamente pelos profissionais médicos. Para alguns pacientes a enfermagem contribuiu para o enfrentamento desse momento e para outros, a enfermagem não se fez presente. Conclusão: o estudo evidencia que a enfermagem encontra-se fragilizada, em virtude de alguns pacientes não estarem se sentindo cuidados, sendo que este é o instrumento de trabalho da enfermagem. Descritores: procedimentos cirúrgicos operatórios; assistência perioperatória; cuidados de enfermagem. Abstract Objective: to describe the perception of surgical patients in the preoperative period about nursing care. Methods: this qualitative descriptive, and the sample consists of six inpatients in general surgical clinic of a public hospital in western Santa Catarina in March 2012. Results: through content analysis of four categories: knowledge about the surgical procedure, care and nursing feelings identified in the preoperative period; nursing contribution to coping with the patient in the preoperative period. Guidance on the surgery were performed exclusively by medical professionals. For some patients the nursing contributed to face that moment and for others, nursing was absent. 3 Conclusion: the study shows that nursing is weakened, because some patients are not feeling care, and this is the instrument of nursing work. Descriptors: surgical procedures operative; perioperative care; nursing care. Resumen Objetivo: describir la percepción de los pacientes quirúrgicos en el período preoperatorio sobre el cuidado de enfermería. Métodos: estudio descriptivo cualitativo, y la muestra se compone de seis pacientes en la clínica de cirugía general de un hospital público en el oeste de Santa Catarina, en Marzo 2012. Resultados: por medio del análisis de contenido de las cuatro categorías: el conocimiento acerca de los sentimientos procedimiento quirúrgico, el cuidado y la enfermería identificadas en el preoperatorio, la contribución de la enfermería a lidiar con el paciente en el preoperatorio. Orientación sobre la cirugía se realiza exclusivamente por profesionales médicos. Para algunos pacientes, la enfermería ha contribuido a enfrentar ese momento y para los demás, la enfermería estaba ausente. Conclusión: el estudio muestra que la enfermería está debilitado, debido a que algunos pacientes no se sienten cuidados, y esto es el instrumento de trabajo de enfermería. Descriptores: procedimientos quirúrgicos operativos; cuidados perioperatorios; cuidados de enfermería. Introdução A enfermagem perioperatória é a expressão utilizada para descrever uma variedade de funções da enfermagem associadas à experiência cirúrgica,1 compreende as três fases da experiência cirúrgica: pré-operatória, intra-operatória e pós-operatória. Cada fase começa e termina em um ponto particular na sequência de eventos que constitui a experiência cirúrgica, e cada uma compreende uma ampla gama de atividades que o enfermeiro realiza usando o processo de enfermagem (PE) baseada em 4 padrões da prática.2 Todas as fases são importantes para o cuidado do paciente cirúrgico, mas destacase a fase pré-operatória na qual o paciente se encontra mais vulnerável em suas necessidades, tanto fisiológicas quanto psicológicas, tornando-o mais propenso ao desequilíbrio emocional. Nesta fase o enfermeiro tem o papel crucial de orientar o paciente e prepará-lo para o procedimento, uma vez que tem a oportunidade de conhecê-lo, levantar problemas e necessidades, fornecer informações que certamente contribuirão para minimizar seus medos e inseguranças.1 O bem-estar do paciente cirúrgico deve constituir o principal objetivo da equipe de enfermagem que o assiste, sendo por sua vez responsável pelo preparo do mesmo, estabelecendo e desenvolvendo múltiplos cuidados de enfermagem, de acordo com a especificidade da cirurgia. Estes cuidados incluem, preparo físico e emocional, orientação, avaliação e encaminhamento ao centro cirúrgico, com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a recuperação e evitar complicações no pósoperatório.3 A visita pré-operatória de enfermagem é caracterizada como o início da sistematização da assistência de enfermagem, e consiste em acompanhar o paciente desde a sua internação até a alta pós-cirúrgica, devendo a enfermagem ficar atenta a todas as alterações que poderão surgir. Para isso, o enfermeiro coleta informações a respeito do paciente e identifica suas necessidades, para tornar a assistência de enfermagem individualizada e eficaz, a fim de proporcionar uma recuperação segura e eficaz.4 Já o procedimento cirúrgico é uma atividade técnica praticada por uma equipe especializada em função do problema de saúde apresentado; é um ato desconhecido vivenciado pelo paciente que pode apresentar diversos sentimentos antes da cirurgia, como desconforto, ansiedade, estresse físico e emocional; dessa forma os cuidados de 5 enfermagem devem ser realizados de maneira planejada, para que os sentimentos apresentados nesta fase não se intensifiquem, mas sejam amenizados.4 Todo procedimento cirúrgico, independente do seu grau de complexidade, poderá ser acompanhado de anseios, dúvidas e medo, tornando-se um evento estressante e complexo para o paciente. Os desequilíbrios emocionais causados por esse evento podem levar o paciente a uma série de conflitos internos que favorecem o aumento da sua ansiedade diante do acontecimento. Portanto o cuidado pré-operatório prestado ao paciente cirúrgico visa o bem-estar do paciente e diminuir os níveis de estresse e sentimentos negativos em relação ao ato anestésico cirúrgico.1,3,5 Objetivos O presente estudo teve como objetivo descrever a percepção do paciente cirúrgico no período pré-operatório acerca da assistência de enfermagem, identificando os sentimentos vivenciados pelo mesmo, bem como os principais cuidados prestados pela equipe de enfermagem neste período. Método Trata-se de um estudo qualitativo com delineamento descritivo. Uma das características da pesquisa descritiva é a técnica padronizada da coleta de dados, realizada principalmente através de entrevistas e da observação sistemática. A pesquisa qualitativa é um método de investigação que se baseia na crença de que a realidade está fundamentada em percepções, o que difere de pessoa para pessoa e ao longo das épocas.6 Utilizou-se neste estudo a entrevista semiestruturada. Esta estratégia de coleta de dados consente ao entrevistador uma maior flexibilidade, na medida em que se pode mudar a ordem das perguntas e se tem ampla liberdade para fazer intervenções, de 6 acordo com o andamento da entrevista.7 As entrevistas foram realizadas durante o mês de março de 2012, com seis pacientes internados na clínica cirúrgica geral de um hospital público no Oeste de Santa Catarina, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos e que tinham sido submetidos à intervenção cirúrgica eletiva no mês de março de 2012, independente do município de origem ou região anatômica operada. Foram considerados critérios de exclusão deste estudo, todos os pacientes que estavam em isolamento por questões relacionadas à doença. A seleção dos participantes foi realizada nos prontuários da clínica cirúrgica geral intencionalmente em busca de pacientes que se enquadravam nos critérios de inclusão. Após a identificação dos possíveis participantes, as pesquisadoras entraram em contato com os pacientes, explicando os objetivos e metodologia da pesquisa e após o aceite verbal dos mesmos foram solicitadas as assinaturas do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Após a autorização formal, as pesquisadoras conduziram a entrevista com roteiro semiestruturado. Foi realizado um total de seis entrevistas, por meio do adicionamento progressivo de novos participantes até a ‘saturação teórica’; e optou-se por cessar o estudo julgando haver alcançado os objetivos. Todas as entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas na íntegra e registradas em formulário próprio, identificados por números arábicos crescentes seguindo a ordem de participação na pesquisa. Por medida de segurança foi realizado dupla digitação. Os dados coletados constituíram a fonte primária para a interpretação das informações, ou seja, tomou-se por base a fala dos participantes. Estas foram analisadas com o método de Análise de Conteúdo. “A análise de conteúdo parte de uma literatura de primeiro plano para atingir um nível mais aprofundado: aquele que ultrapassa os significados manifestos”.8 7 O estudo foi desenvolvido respeitando os aspectos éticos e legais, assegurados pela Resolução 196/96 e 251/2007 do CONEP – Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, após aprovação e parecer do CEPSH/UDESC sob o número 220/2011. Resultados e Discussão Analisando o perfil sócio-demográfico dos entrevistados, contatou-se que três eram do sexo feminino e três do sexo masculino, com predomínio da faixa etária entre 30 e 49 anos, em sua maioria agricultores com ensino fundamental, sendo que para o estado civil houve uma igualdade entre casados e divorciados. Após a realização da leitura exploratória atenta das transcrições das entrevistas, buscaram-se pontos divergentes convergentes nas falas de cada participante. Dessa análise emergiram quatro categorias, que são: Conhecimento acerca do procedimento cirúrgico; O cuidado e a enfermagem; Sentimentos identificados no período préoperatório e Contribuição da enfermagem para enfrentamento do paciente no período pré-operatório, as quais revelaram as percepções desses pacientes durante o período pré-operatório. Conhecimento acerca do procedimento cirúrgico Esta categoria procura mostrar o conhecimento que os participantes da pesquisa tinham a respeito do procedimento ao qual seriam submetidos. Todos os participantes alegaram saber a qual procedimento foram submetidos, porém de maneira diferenciada. Alguns sabiam citar a terminologia técnica, outros identificavam o local do procedimento, porém não deixavam claro se realmente sabiam como a cirurgia havia sido feita e, outros conseguiram descrever como o procedimento foi realizado. O período pré-operatório é composto por um conjunto de ações que visam à 8 identificação de possíveis distúrbios no paciente, reduzindo dessa maneira os riscos cirúrgicos, e neste momento, é de responsabilidade da equipe de enfermagem o preparo adequado do paciente para a cirurgia de acordo com o tipo e porte cirúrgico. A visita pré-operatória é o primeiro passo e tem como finalidade educar o paciente e sua família, explicando rotinas, procedimentos, como será sua chegada ao centro cirúrgico, o que e como será feito e como será sua recuperação após o procedimento, esclarecendo suas dúvidas e de sua família de forma preventiva.9 Quando indagados se haviam recebido orientações sobre a cirurgia que foi realizada, todos os participantes responderam positivamente, no entanto, exclusivamente pelo profissional médico, não citando a equipe de enfermagem, conforme as falas: Sim, sobre tudo, pelo médico mesmo. (Participante 1) Sim, o doutor me orientou. (Participante 3) Essa constatação coincide com achados de outro estudo10 que aponta que quando o paciente é questionado sobre a orientação da cirurgia no pré-operatório, muitos pacientes citam a orientação do médico, mesmo nada tendo sido perguntado sobre ele, o que reforça o “status” do médico como profissional mais qualificado, possuidor de conhecimento, já que é quem detém o poder sobre o corpo do doente no momento do procedimento cirúrgico. O bem-estar do paciente cirúrgico deve constituir o principal objetivo da equipe de enfermagem que o assiste, sendo responsável pelo preparo do paciente, estabelecendo e desenvolvendo diversas ações de cuidados de enfermagem, de acordo com a especificidade da cirurgia. Estes cuidados incluem, preparo físico e emocional, orientação, avaliação e encaminhamento ao centro cirúrgico. 3 A partir das falas dos participantes e da literatura consultada percebe-se a dificuldade da enfermagem em se comunicar com os pacientes, em se fazer aparecer, 9 demonstrar seu conhecimento e ser valorizada por isso. A comunicação é um instrumento essencial no atendimento do enfermeiro ao paciente que se encontra no período préoperatório. Através dela, o enfermeiro consegue identificar os significados que o paciente e família atribuem à doença, à hospitalização e ao próprio tratamento cirúrgico. Dessa forma acredita-se que a partir de uma boa comunicação enfermeiropaciente é possível desenvolver uma assistência individualizada, planejada e baseada nos anseios e expectativas do paciente frente ao procedimento cirúrgico. A atenção ao paciente cirúrgico deve envolver todas as necessidades ao longo do período peri-operatório. A equipe de enfermagem é responsável pela realização de todos os cuidados a serem prestados de forma integral e individualizada, levando em consideração o estado de saúde do paciente, o tipo de cirurgia, a rotina da instituição, assim como os executando com conhecimentos especializados, para atender as necessidades apresentadas devido ao tratamento cirúrgico, com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a recuperação, evitar complicações no pós-operatório, pois estas podem estar associadas ao preparo inadequado no período pré-operatório.3 As orientações ao paciente sobre o processo cirúrgico são essenciais para o sucesso do tratamento e, o enfermeiro atua encorajando o paciente a aderir aos regimes terapêuticos e transforma-se na principal fonte de informações necessárias para o enfrentamento do ato cirúrgico.11 O período pré-operatório é uma etapa muito importante, pois o paciente se encontra abalado pelas informações acerca de sua doença e da intervenção cirúrgica à qual será submetido. A avaliação pré-operatória, feita pelo enfermeiro, fornece informações ao paciente, verificando suas dúvidas em relação ao ato anestésico cirúrgico, e além de ser uma ação de ajuda e de aprendizado na qual enfermeiro e paciente interagem, busca-se a solução de problemas através de uma assistência qualificada e particularizada por meio da elaboração de um plano de cuidados.4,12 10 O cuidado e a enfermagem Nesta categoria discute-se a relação da enfermagem com o cuidado ao paciente cirúrgico no período pré-operatório. A maioria dos participantes referiu que se sentiram cuidados no período que antecedeu a cirurgia, porém alguns não definem por quem esse cuidado foi realizado. Outros citam diretamente as enfermeiras, o que gera dúvida se estão se referindo realmente as enfermeiras ou as demais categorias da enfermagem, demonstrando novamente uma falha na comunicação entre o binômio enfermeiropaciente. É através da comunicação e orientação do enfermeiro no pré-operatório que o vínculo é estabelecido e o paciente se sente mais confiante e seguro, diminuindo assim a ansiedade e sofrimento. Sabe-se que a enfermagem tem como instrumento de trabalho o cuidado. Historicamente os enfermeiros destacaram-se por cuidar bem de seus pacientes de forma organizada, disciplinada e envolvendo conhecimento científico. 13 O cuidado, e todos os conceitos a ele inerentes (saúde, conforto, ajuda), nortearam sua prática clínica antes mesmo de fazerem parte do corpo das teorias de enfermagem. A equipe de enfermagem no exercício do cuidado deve ter como objetivo principal, reconhecer e definir a assistência de enfermagem mais adequada ao paciente cirúrgico no período pré, trans e pós-operatório. Portanto, ao enfermeiro, compete o planejamento da assistência de enfermagem, do qual diz respeito às necessidades físicas e emocionais do paciente, além da orientação quanto à cirurgia e o preparo físico necessário para a intervenção cirúrgica.3,14 Apenas um participante referiu que não se sentiu cuidado nesse período e a frase, dita pelo mesmo, evidencia a fragilidade deixada pela equipe de enfermagem no quesito cuidado. 11 Não me senti cuidado. Aqui antes da cirurgia quase não fizeram nada, eu vim um dia antes pra no outro dia de manhã fazer a operação. Aqui eu só vim e fiquei na cama. (Participante 6) Nesse sentido, ainda existem deficiências no que diz respeito ao cuidado de enfermagem no período pré-operatório.3 Desta maneira, acredita-se que deveria haver uma maior qualidade e adequação nos cuidados realizados, estabelecendo o processo de comunicação e avaliando as reais necessidades de cuidados que cada paciente necessita. Os cuidados de enfermagem identificados pelos entrevistados apresentaram-se mais de cunho procedimental; perante as respostas percebe-se que a grande maioria dos cuidados identificados diz respeito à aplicação de técnicas, ou seja, procedimentos nos quais o paciente é tocado, sendo eles: administração de medicamentos, terapia intravenosa, sondagem vesical, aferição dos sinais vitais e realização de curativos, salientando que este último é um cuidado do período pós-operatório. Evidencia-se no estudo a dificuldade dos pacientes na compreensão de que os cuidados de enfermagem vão além das ações técnicas. Dentre as responsabilidades do enfermeiro no cuidado do paciente no préoperatório, estão ações como realizar do preparo da pele, tricotomia, encaminhar para higiene oral e corporal; manter o jejum; administrar e explicar a finalidade da medicação pré-anestésica; anexar os exames complementares ao prontuário; fornecer o avental e a touca ao paciente; e, a verificação dos sinais vitais.15 Outros mencionam também como atividades do enfermeiro investigar se há processos alérgicos a medicamentos, alimentos ou látex; retirada de próteses dentárias, adornos e esmaltes; esvaziamento intestinal e vesical previamente; esclarecimento de dúvidas e anseios; orientar que haverá desconforto pela dor, pelo posicionamento ou pela permanência no leito.10 Estes cuidados de enfermagem prestados no pré-operatório 12 pelo enfermeiro ou muitas vezes delegados a outras categorias da enfermagem são de extrema importância para diminuir o risco cirúrgico, promover a recuperação e evitar complicações no pós-operatório. A assistência de enfermagem pré-operatória fornece ao paciente uma compreensão completa sobre a cirurgia e o prepara física e psicologicamente para a intervenção cirúrgica. Esta é uma atividade de promoção da saúde fornecida na fase pré-operatória que objetiva a manutenção da saúde, a prevenção de complicações, e redução do risco cirúrgico, resultando em aspectos positivos para o paciente após a cirurgia.16 São várias as ações de enfermagem a serem executadas no período préoperatório,17 dentre elas orientar e treinar o cliente a respeito dos exercícios respiratórios e dos membros. Constata-se pelo relato dos pacientes a dificuldade dos mesmos na identificação dos cuidados de enfermagem no período pré-operatório, visto que, mais do que um paciente citou cuidados do período pós-operatório, estabelecendo confusão entre esses dois momentos. Quanto aos cuidados que não foram citados pelos participantes da pesquisa, pode-se intuir que talvez se não se lembraram de falar ou se a equipe de enfermagem realmente não os executou. Estudos discorrem sobre a ritualização das orientações pré-operatórias como sendo um dos possíveis fatores que levam os pacientes a não lembrarem das orientações recebidas, pois as mesmas são semelhantes para todos os pacientes, independente do tipo de cirurgia a ser realizada.10 Salientam ainda a falta de preparo específico para essa atividade, o uso demasiado da linguagem técnica, a passividade do paciente, bem como seu estado de ansiedade que pode dificultar a apreensão das informações. Percebe-se que há uma deficiência no que diz respeito aos cuidados prestados no período pré-operatório pela equipe de enfermagem, incluindo o enfermeiro, que não se 13 faz presente nesta assistência. Nesse contexto pode-se inferir que fatores como a sobrecarga de trabalho e a deficiência no contingente de recursos humanos na enfermagem levem a ocorrência dessas falhas no cuidado, que repercutem na recuperação, segurança e satisfação do paciente. Um dos objetivos do PIPO - Programa de Instrução Pré-operatório inclui o relacionamento entre enfermeiro e paciente, garantindo comunicação eficiente, identificação de medos e preocupações para apoio e desenvolvimento de condições favoráveis a adaptação individual e esclarecimento de dúvidas.16 O relacionamento da equipe de enfermagem com o paciente 1 é de extrema importância, pois a garantia do sucesso está associada à maneira pela qual são atendidas as demandas físicas, emocionais, sociais e espirituais do paciente. Para tanto, é imprescindível fortalecer as dimensões que compõem o cuidado nessa prática profissional. Sentimentos identificados no período pré-operatório Durante o percurso da vida, algumas vezes as pessoas são acometidas por experiências que exigem a necessidade de adaptação e enfrentamento da situação vivenciada. Nesse contexto, estão as doenças, que vão necessitar de intervenção cirúrgica, levando o individuo a vivenciar uma situação de crise, além de romper com o equilíbrio físico a pessoa doente demanda uma nova estruturação psicológica para suportar este momento. O fato, por si só, é gerador de angústias, medo, nervosismo, ansiedades e inseguranças no paciente cirúrgico.1 Cabe salientar que em situações de doença e especificamente no caso deste estudo, a necessidade de procedimento cirúrgico evidencia um momento de crise físicobiológica para o paciente, no entanto não se pode esquecer que o mesmo vivencia ainda 14 uma crise emocional que atinge também a família, e que se torna manifesta de várias formas. Os sentimentos que fluíram dos participantes acerca do momento pré-operatório foram relatados como segurança, insegurança, medo e nervosismo. Nesse sentido podemos entender que os sentimentos vivenciados poderiam ser classificados em positivos e negativos, sendo que estes últimos se sobressaem. Segurança caracteriza-se por estado do que se acha seguro; certeza, convicção. Estabilidade em determinada condição ou situação; sensação de inexistência de qualquer perigo ou proteção; confiança em si ou em outrem.18 Os participantes do estudo apontam sua segurança ancorada na fé e na religião; por confiar no médico que o assiste e pelo procedimento cirúrgico ser entendido como simples. A enfermagem não é citada como um fator que desencadeie segurança. Muitos pacientes buscam força, tranquilidade e esperança na religiosidade, afirmando que têm fé em Deus neste momento difícil de angústia e aflição, buscam manter sentimentos positivos e assim acreditam que tudo irá correr bem.19 A assistência dos profissionais de enfermagem é fundamental para transmitir confiança e segurança ao paciente, o que, indubitavelmente, contribui para diminuir sua angústia e ansiedade frente a uma situação, para ele, de risco. É necessário que os profissionais tenham responsabilidade de identificar e conhecer os sentimentos que surgem e, além disso, saber interpretá-los, auxiliando o paciente, para que suas sensações possam ser controladas e/ou minimizadas, com apoio e compreensão, durante o relacionamento estabelecido. 1,14 Experiências anteriores e procedimentos considerados simples pelos pacientes favorecem o enfrentamento da cirurgia, pois os pacientes tendem a desmistificar o que acontece durante o transoperatório, período de maior medo, onde criam fantasias sobre o bloco cirúrgico, anestesia e a morte.20 15 Em alguns momentos é inevitável que a insegurança acompanhe a maior parte das pessoas que precisam submeter-se a um processo cirúrgico. Essa experiência, muitas vezes, apresenta-se para o indivíduo como uma ameaça, não apenas à sua integridade física, mas também psíquica, em virtude da ansiedade que ela pode gerar.1 Observa-se através da fala: Medo, medo eu não tive, só insegura mesmo. (Participante 2) A identificação do sentimento de insegurança é explicada pelo participante por ser algo desconhecido para ele. O procedimento cirúrgico consiste para o paciente como um dos momentos mais críticos e complexos devido ao medo do desconhecido e à complexidade do procedimento, gerando uma experiência de sentimentos negativos como de ansiedade e medo tanto em nível psicológico quanto fisiológico. Portanto, estar inserido em um contexto desconhecido e incerto leva o sujeito a se sentir inseguro e ansioso.1 O medo é caracterizado por uma perturbação do ânimo, preocupado com a ideia de um perigo real ou aparente; distúrbio emocional provocado por ameaça real ou aparente ou pela presença de algo perigoso ou estranho. 18 O ambiente hospitalar é desconhecido e promove medo no paciente cirúrgico, modificando os costumes e hábitos das pessoas, que não sabem como agir, perdendo sua autonomia e tornando-se dependentes dos profissionais para atividades da vida diária. Esses sentimentos de solidão, medo, nervosismo e insegurança fazem com que busquem nas pessoas que estão mais próximas, nesse caso a equipe de enfermagem, não apenas a cura, mas também segurança e afeto.10 Outro sentimento identificado no período pré-operatório deste estudo foi o medo, como no exemplo do participante seis foi submetido ao processo cirúrgico de Ressecção Transuretral da Próstata (RTU). 16 Ah, eu tinha medo né, de que acontecesse alguma coisa errada, que furassem o canal. (Participante 6) O medo expressado pelo mesmo estava relacionado às consequências do procedimento, neste caso, a impotência sexual. No que se refere aos sentimentos vividos pelo paciente diante da espera do ato cirúrgico,1 o medo da anestesia, que ao mesmo tempo em que evita a dor, impede o exercício de controle sobre o próprio corpo, as consequências do procedimento cirúrgico, e até mesmo da morte, são geradores de angústias e inseguranças e, a depender do impacto que podem causar no paciente e de como ele enfrenta essa situação de crise, podem interferir no curso do processo cirúrgico e na sua recuperação. Sentimentos negativos como nervosismo, medo, estresse, ansiedade,21 são sentimentos identificados nos pacientes submetidos à procedimentos anestésicocirúrgicos e pode afetar o resultado da intervenção cirúrgica. Por isso a orientação a este paciente serve de estratégia de atuação para minimizar as consequências que podem repercutir na qualidade de vida após a cirurgia. Cabe ao enfermeiro desenvolver e manter um espaço de acolhimento.21 Quanto ao nervosismo neste estudo identifica-se um relato. Ah, eu estava meio nervosa né [...] medo, medo eu não tive [...].(Participante 2) Neste caso pode-se compreender o nervosismo como uma manifestação da ansiedade e insegurança. Estudos apontam22 que os fatores responsáveis pela ansiedade no momento cirúrgico são preocupação com lesões que podem ocorrer, receio de dor no pós- 17 operatório, separação da família, medo de ficar incapacitado, medo de não acordar da anestesia, medo de complicações. Nesse panorama pode-se pensar que a vivência de sentimentos negativos no período pré-operatório é um fator prejudicial para as demais fases cirúrgicas, bem como pode ser um ‘embotador’ para o registro e apreensão das orientações e demais cuidados prestados pelo enfermeiro no pré-operatório. Contribuição da enfermagem para enfrentamento do participante no período préoperatório Emergiu através das falas ponto contraditório assistencial, em que para alguns participantes a enfermagem contribuiu para minimizar o estresse cirúrgico e para outros a enfermagem não se fez presente. Para que o enfermeiro possa acolher e assistir o paciente de modo mais humano, o cuidado de enfermagem deve ser realizado de forma humanizada, 1 a relação entre enfermeiro e paciente deve ser estabelecida e mantida, pois o enfermeiro pode influenciar no desenvolvimento do processo cirúrgico em todas as suas etapas, uma vez que o profissional da área e sua equipe, em geral, são aqueles que mais têm contato com o paciente, trazendo consigo, em função disso, um potencial transformador, se conseguir criar um clima de confiança e segurança. A equipe de enfermagem, assim como o enfermeiro tem papel crucial para o paciente enfrentar o período pré-operatório, uma vez que se tem a oportunidade de conhecer, levantar problemas e necessidades dos pacientes, fornecendo informações que contribuirão para minimizar sua ansiedade e medo. Essa assistência de enfermagem serve para o planejamento das ações de intervenção, de forma individualizada para que o paciente possa enfrentar esse momento da cirurgia em condições toleráveis, facilitando a assistência nas demais fases do processo cirúrgico.1 18 Para os participantes que responderam que a enfermagem não contribuiu, solicitou-se então para que expusessem como a enfermagem poderia tê-los ajudado. Dentre as respostas destaca-se: Só se elas ‘dessem’ alguma informação né, porque outra coisa não tinha né. Elas só me informaram que tinha que ir em jejum. De repente elas conversando poderiam acalmar as dúvidas, porque a gente vai com dúvida do que pode acontecer. (Participante 6) Não sei o que eles poderiam ter feito. (Participante 2) Esses depoimentos nos remetem à reflexão sobre as lacunas que a enfermagem deixa quando não realiza uma assistência adequada, qualificada e individualizada com os pacientes que se encontram neste período. O planejamento da assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico é de extrema relevância, pois a garantia do sucesso está associada à maneira pela qual são atendidas as demandas físicas, emocionais, espirituais do paciente. Para tanto é imprescindível fortalecer as dimensões que compõem a assistência de enfermagem, voltada ao cuidado. Pois uma assistência de enfermagem com qualidade ao paciente cirúrgico não é realizada com frequência desejada, sendo que muitos pacientes não se sentem preparados para enfrentar essa situação, e acaba indo ao centro cirúrgico com muitas dúvidas e medos.1 No período que antecede a cirurgia, a consulta de enfermagem auxilia a minimizar ansiedade, pois nesse momento o enfermeiro explica como é realizado o procedimento cirúrgico, aborda sobre os cuidados pré-operatórios e pós-operatórios necessários antes da cirurgia, além de estimular a expressão de sentimentos e temores e encorajar para o enfretamento da situação.23 Para que as orientações pré-operatórias possuam influência positiva sobre a recuperação do paciente, faz-se necessário o comprometimento da enfermagem para 19 com o paciente tanto no preparo físico como no preparo psicológico para o enfrentamento da intervenção cirúrgica. Além disso, as orientações realizadas antes do procedimento cirúrgico contribuem para a manutenção da saúde, prevenção de complicações e apoio para possíveis necessidades de reabilitação no pós-operatório.16 Conclusão Identificar a percepção do paciente cirúrgico no período pré-operatório acerca da assistência de enfermagem torna-se um desafio que permite uma aproximação e reconhecimento de vivências pouco exploradas. Os sentimentos identificados acerca do período pré-operatório foram segurança, insegurança, medo e nervosismo. Os cuidados que os participantes da pesquisa identificaram como sendo da enfermagem foram administração de medicamentos, terapia intravenosa, sondagem vesical, aferição dos sinais vitais e realização de curativos, sendo que este último é um cuidado do período pós-operatório. Cuidados provenientes de orientação pode-se considerar apenas o encaminhamento ao banho e a permanência em jejum. Quanto aos cuidados de enfermagem de orientação ao preparo físico para minimizar o risco de complicações no pós-operatório e a abordagem psicológica evidenciou-se através dos relatos que raras vezes a enfermagem realizou estas ações. Em relação ao procedimento cirúrgico a que os participantes foram submetidos, os mesmos tinham conhecimento sobre o ato cirúrgico, porém de forma rudimentar, uma vez que alguns sabiam a terminologia correta, outros descreviam o procedimento, enquanto alguns apenas localizavam a região anatômica comprometida, evidenciando uma fragilidade nos cuidados de enfermagem no período pré-operatório. Nos depoimentos as orientações pré-operatórias sobre o ato cirúrgico foram realizadas exclusivamente pelos profissionais médicos, evidenciando a necessidade da 20 enfermagem se fazer presente e enfatizar as orientações sobre o procedimento cirúrgico junto à clientela, pois além de contribuir para o fortalecimento do vínculo profissionalpaciente, reflete na qualidade da assistência prestada. A experiência de uma institucionalização e principalmente quando da presença de uma intervenção cirúrgica, por si só, afeta o estado emocional, podendo ser caracterizada como uma ameaça física e psíquica. Uma abordagem integral, individualizada, sem pressa, possibilitando uma interação de conhecimentos e troca de experiências contribuem significativamente para o enfrentamento da cirurgia, na medida em que as orientações realizadas reduzem a ansiedade, os medos e às aflições causadas pelo procedimento cirúrgico. A pesquisa mostra que no preparo pré-operatório realizado pela equipe de enfermagem ocorre uma incoerência assistencial, pois para alguns pacientes a enfermagem contribui de forma positiva para o enfrentamento desse momento de angústia e para outros, a enfermagem não se fez presente conforme relato dos participantes. Cuidar de pacientes cirúrgicos não é um ato simples. O período pré-operatório é um momento fundamental para avaliar estes pacientes, pois é nele que se realiza a anamnese e são abordadas as questões relativas ao ato cirúrgico. A compreensão da percepção do paciente cirúrgico no período pré-operatório pode agregar subsídios para destacar que uma das formas de prestar assistência é por meio da sistematização da assistência de enfermagem, aliada a uma rotina de orientações, realizada pelo enfermeiro da clinica cirúrgica. Cada paciente é único e, portanto apresenta peculiaridades, sendo assim, é de suma importância que a equipe de enfermagem efetivamente estabeleça a comunicação com paciente e família, bem como se utilize de um instrumento que possibilite qualificar/uniformizar e individualizar os cuidados e as orientações repassadas no 21 período pré-operatório, favorecendo assim o preparo físico e psicológico do paciente cirúrgico. Referências 1. Costa VASF, Silva SCF, Lima VCP. O pré-operatório e a ansiedade do paciente: a aliança entre o enfermeiro e o psicólogo. Rev SBPH [Internet]. 2010 Jul/Dec [cited 2012 May 16];13(2): 282-98. Available from: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/v13n2/v13n2a10.pdf 2. Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico- cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara –Koogan, v. 4, 2009. 3. Christóforo BEB, Carvalho DS. Cuidados de enfermagem realizados ao paciente cirúrgico no período pré-operatório. 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