fichamento IPC

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Lara Gusmão Vicente dos Anjos, Ra : 119702
Disciplina: MD141 – iniciação a prática de ciências.
Referencia : Carlos A. M. Guerreiro, Marilisia M. Guerreiro, Fernando Cendes, Isia Lopes
Cendes, e colaboradores, “Eplepsia”, 3 edição, Lemos Editorial. Capitulo 1, “Considerações
gerais,” Carlos A. M. Guerreiro, Marilisia M. Guerreiro, Fernando Cendes, Isia Lopes Cendes.
Sob a denominação de Epilepsia encaixa-se um vasto grupo de doenças que
apresentam em comum crises epilépticas recorrentes na ausência de outras condições toxicometabolicas ou febris. Crises epilépticas são geradas por grandes descargas elétricas
transitórias e anormais das células nervosas, resultando em uma disfunção temporária de um
conjunto de neurônios que pode abranger diferentes áreas do encéfalo (causando crises locais
ou generalizadas).
É bom, porém ressaltar que “Epilepisia” é um termo usado para uma condição crônica
e recorrente de crises epilépticas na ausência de outros fatores. A crise epilepitica em si é
sintoma de diversas outras doenças neurológicas agudas ou doenças clinicas. Nessas
circunstancias agudas não é chamado de epilepsia.
A prevalência da epilepsia é em crianças, especialmente menores que dois anos de
idade, seguido de idosos com mais de 65 anos. Também é revelado nos índices um ligeiro
predomínio de epilepsia em homens do que em mulheres. A tendência atual, porém, em
países desenvolvidos é de que as crises diminuam em crianças e aumentem em idosos.
O primeiro passo para o diagnostico da epilepsia é saber se as crises são realmente
epilépticas. Uma das dificuldades desse diagnostico é que ele se dá basicamente através do
relato, seja do que o paciente se lembra, seja do que foi testemunhado por terceiro. Por conta
disso faz-se fundamental que o médico seja paciente e esteja disposto a ouvir e interrogar o
paciente bem como dar-lhe tempo para falar.
As epilepsias são classificadas em 3 grupos: as idiopáticas – transmitidas
geneticamente – ; sintomáticas – aquelas que tem etiologia identificadas – criptogênicas – de
presumível base orgânica, não é possível identificar as etiologias.
Na avaliação do paciente epiléptico é central levantar as causas das crises epilépticas.
Felizmente, com a chegada da ressonância magnética (RM) e tecnologias associadas a
percentagem de pacientes com epilepsia sintomática tem aumentado consideravelmente. As
causas de epilepsia podem envolver 3 fatores principais: predisposição individual, presença de
lesão epileptogênica cerebral e alterações bioquímicas ou elétricas cerebrais. Elas são divididas
em causas agudas ou remotas.
Em pessoas epilépticas é frequente o achado de neurocisticercose, seja da forma ativa
seja de forma inativa. O procedimento laboratorial mais usado e mais importante para o
diagnostico da epilepsia é o eletroencefalograma (ou EEG). O uso de medicamentos para
tratamento de epilepsia baseia-se na administração das crises, não extinguindo, assim, a raiz
do problema. Logo, o paciente fica dependente da droga por uso indeterminado. Esses
remédios são, porém caros, e o custo cumulativo acaba tornando-se obstáculo para o
tratamento de muitos pacientes, especialmente em países com condições socioeconômicas
como a do Brasil. Desde 1980 entretanto, vem surgindo uma alternativa mais viável: a
remoção cirúrgica de certas deformações estruturais – detectadas em ressonância magnética.
Os resultados mostram-se satisfatórios, especialmente quando essas alterações são
encontradas no lobo temporal.
A meta principal do paciente e do médico deve ser a completa remissão das crises. A
probabilidade de o paciente entrar em período de remissão é o que chamamos na epilepsia de
prognostico. O prognostico da epilepsia depende do tipo da síndrome epiléptica, embora esse
fator não possa ser analisado separadamente. De modo geral o prognostico é menos favorável
para pacientes com crises parciais. Geralmente o prognostico é favorável para pacientes com
epilepsia recém-diagnosticada. Entretanto, pessoas com epilepsia parecem ter um risco
aumentado de morte súbita.
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