28 Brincar e aprender Juliana Silveira1 Cristina Maria de Oliveira2 Resumo: Neste documento, constam algumas reflexões feitas a partir de uma pesquisa-ação realizada no 8º semestre do curso de Pedagogia; o estudo foi desenvolvido no decorrer do período de Estágio Supervisionado como prática no Ensino Fundamental. A questão investigada buscou compreender a importância do lúdico à aprendizagem, quando na valorização de atividades significativas às crianças na sala de aula. Palavras-chave: Aprendizagem. Lúdico. Diversão. Abstract: In this document, contained some reflections from an action research conducted on the 8th semester of Pedagogy, the study was conducted during the period as Supervised practice in Elementary Education. The question investigated sought to understand the importance of playful learning, when the valuation of meaningful activities for children in the classroom. Keywords: Learning. Playful. Fun. Introdução Propostas pedagógicas tradicionais, conhecidas no decorrer da história da educação, consideravam que, na escola, havia dois momentos distintos: o de estudar e o de brincar. No entanto, resultados de pesquisas foram mostrando que era possível estudar/aprender brincando; quando a criança brinca, ela constrói momentos lúdicos que favorecem sua aprendizagem. Momentos de ludicidade não são um simples passar de tempo/ocupar o tempo: podem ser significativos. Mas será que, no ambiente escolar, pode-se propor brincadeiras que favoreçam o lúdico de maneira significativa? Como será que a criança pode aprender enquanto brinca na escola? Foram tais questionamentos que instigaram, durante as práticas no Estágio Supervisionado, agir e estudar com maior ênfase à questão da ludicidade no ambiente escolar. 1 Pedagoga formada pela Faculdade Cenecista de Osório/CNEC – Osório/Rio Grande do Sul - Brasil. Doutora em Ciências da Educação, professora da disciplina Seminário de Pesquisa da Faculdade Cenecista de Osório/CNEC – Osório/Rio Grande do Sul - Brasil. 2 Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 29 A importância do brincar no processo de ensino-aprendizagem A escolha do tema a ser investigado deu-se pela importância atribuída às questões de estudo relacionadas ao brincar em sala de aula, acreditando que a criança aprende muito enquanto brinca e, em especial, quando participa de um jogo. O principal objetivo, neste estudo, além de reconhecer a importância de brincar no ambiente escolar, foi salientar o momento lúdico não somente como um passatempo, mas, sim, como uma oportunidade em que as crianças constroem conhecimentos através de aprendizagens realizadas em atividades prazerosas e divertidas. Na fala de Mattos (2004), destaca-se uma reflexão à questão em estudo: Transformar nossas aulas em brincadeiras, com certeza é mais significativo e interessante para as nossas crianças e por isso, elas terão mais facilidade em compreender os conteúdos, pois elas aprendem brincando. (p.10). Procurou-se, então, compreender melhor como é possível trabalhar o lúdico em sala da aula, reconhecendo a importância de ensinar brincando, procurando argumentos que comprovem que a aprendizagem pode ser desenvolvida a partir de momentos de ludicidade. Como educadores, precisamos ter consciência de que, no momento lúdico, um momento de diversão, o aluno compreende o que está envolvido na atividade e pode construir conhecimentos porque o momento é significativo. É o que afirma Santos (1998, p.13), “o aluno pode aprender brincando, desde que haja, por parte do professor, disponibilidade para isso”. Oportunizar momento lúdico é imprescindível no processo de ensino-aprendizagem, pois gera diversão e prazer em aprender aos educandos. No entanto, é importante ser destacado que, atualmente, com o grande avanço tecnológico, muitas crianças deixam de lado brincadeiras presenciais com outras crianças e com brinquedos/objetos, como por exemplo, as cantigas de roda, o brincar com os carrinhos ou de bonecas, e trocam até mesmo uma partida de futebol para ficarem horas e horas em frente ao computador. Os ‘brinquedos’ virtuais e os espaços de relacionamento virtuais têm cativado as crianças e as envolvido por longos períodos Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 30 do dia. Será que a criança, agindo assim, não se torna muito individualista, uma vez que não interage fisicamente com outras crianças? Também cabe questionar quando e como, se até o professor não oportunizar momentos de interação no ambiente escolar, essas crianças poderão interagir com outras pessoas? Ou as redes sociais e o brinquedo virtual são suficientes ao processo social em formação? Através dos tempos, estudos investigativos apontam a necessidade de que a criança brinque com outras crianças, para que aprenda a conviver no meio social, a se socializar. Como o contexto eletrônico, e, em especial, o informatizado, é bastante recente, há pesquisas que apresentam posturas diversas, concordando e divergindo sobre a influência positiva ou negativa deste atual contexto no desenvolvimento infantil. Por exemplo, Mattos (2004) comenta que [...] os brinquedos eletrônicos não contribuem para a socialização das crianças, pois as crianças brincam individualmente, na maioria das vezes. O contato corporal é necessário para a formação pessoal e social, se não propiciar momentos para que se desenvolva com certeza a criança tornarse-á mais introspectiva e reservada. (p.11). Salientamos aqui o espaço físico do ambiente escolar onde foram realizadas práticas na formação profissional, como Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia, atuando em uma turma de 3ª ano, constituída por vinte e cinco alunos, 11 meninas e 14 meninos, em escola da rede municipal de Capão da Canoa/RS: um espaço organizado, limpo e bem conservado. O prédio escolar pequeno, em relação a outros do município, situado em um bairro afastado do centro da cidade e com poucos moradores. Nesta escola, pelo menos uma vez por mês, era realizada uma reunião pedagógica para discutirem assuntos pertinentes à escola, com muita reflexão entre os educadores, a fim de melhorarem as propostas em desenvolvimento. Consideramos importante destacar esse evento, pois o educador precisa desse espaço escolar para ser reflexivo, analisar o significado de sua proposta e avaliar os resultados. Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 31 Gadotti (2004) comenta que “Para o educador não basta ser reflexivo, é preciso que ele dê sentido à sua reflexão, a reflexão é meio, é instrumento para a melhoria do que é específico de sua profissão que é construir sentido” [...] (p.39). Ao conhecer a turma, pudemos perceber que existiam diversas realidades e compreender melhor a necessidade de respeitar essas diferenças, valorizando o meio social e cultural de cada aluno. Conforme consta nos PCNs sobre Pluralidade Cultural (1997), O simples fato de os alunos serem provenientes de diferentes famílias, diferentes origens, assim como cada professor ter, ele próprio uma origem pessoal, e os outros auxiliares do trabalho escolar terem também, cada qual, diferentes histórias, permite desenvolver uma experiência de interação “entre diferentes”, na qual cada um aprende e cada um ensina. O convívio aqui, é explicitação de aprendizagem a cada momento: o que um gosta e o outro não, o que um aprecia e o outro, talvez, despreze. (p. 53) Enfim, o educador precisa compreender que, numa sala de aula, todos os alunos são diferentes, que vêm de culturas e famílias diferentes e que todas essas diferenças precisam ser levadas em consideração, pois, assim, a aprendizagem será mais significativa e interessante para os educandos. Ao brincar, poderemos vivenciar momentos em que essas diferenças sirvam para que todos se conheçam mais e enriqueçam a interatividade. O que pode ser ensinado através dos momentos lúdicos? Esse é um questionamento que o educador precisa ter sempre presente ao propor uma brincadeira ou um jogo: qual é o objetivo da atividade proposta? E importante também será analisar que habilidades a brincadeira ou o jogo exige para poder propor escolhas de atividades diferenciadas. Santos (2001, p.15) enfatiza que “para que o jogo possa desempenhar a função educativa é necessário que este seja pensado e planejado dentro de uma proposta pedagógica.” O educador precisa estar ciente de que ele pode ensinar muito através de um jogo ou de uma brincadeira. Ao proporcionar diversos momentos de ludicidade, favorecerá o aluno a se socializar, trocar ideias, aprender a trabalhar em pequenos e Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 32 grandes grupos, além de outros procedimentos sociais manifestados na tomada de decisões, nos momentos competitivos, etc. Através de atividades lúdicas, é possível desenvolver comportamentos e conhecimentos a que o ato de educar e de ensinar objetiva na escola. Conforme Silva (2003), o “currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explicito, contribuem, de forma implícita, para aprendizagens sociais relevantes.”(p. 78) As brincadeiras podem até favorecer um ambiente de convívio alegre e significativo pelo fato de que desafiam à socialização. Santos (1997) também diz que Brincar é o meio de expressão, é forma de integrar-se ao ambiente que o cerca. Através das atividades lúdicas a criança assimila valores, adquiri comportamentos, desenvolve diversas áreas de conhecimentos, exercita-se fisicamente e aprimora habilidades motoras. (p. 56). Nos momentos lúdicos propostos no decorrer das práticas do Estágio Supervisionado, um dos objetivos era a socialização da turma. Observamos que as crianças, gradativamente, interagiam mais umas com as outras, respeitando limites e opiniões. Isso foi possível perceber no desenvolvimento de atividades em pequenos e grandes grupos, como por exemplo, no jogo do “Passa ou Repassa”. A turma foi dividida em duas equipes, sendo que as crianças tinham que pensar em conjunto para responder as questões do jogo. No início da atividade, houve desentendimentos; mas, no decorrer do jogo, os alunos foram percebendo que respeitar a opinião do colega era muito importante para que cada equipe tivesse um bom desempenho. Cabe destacar que, além da introdução de novos saberes a partir da alguma brincadeira, foi possível também revisar informações de diversas áreas do conhecimento. Assim, ao planejar as aulas, organizávamos atividades variadas, buscando despertar o interesse das crianças em aprender mais. Nos seus estudos, Weisz (2002) explica que Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 33 [...] não é o processo de aprendizagem que deve se adaptar ao de ensino, mas o processo de ensino é que tem que se adaptar ao de aprendizagem. Ou melhor: o processo de ensino deve dialogar com o de aprendizagem. (p. 65). Para construir esse diálogo entre ensino e aprendizagem, o professor precisa avaliar o que seus alunos já sabem e quais suas possíveis dificuldades para processarem suas aprendizagens; assim, poderá propor atividades que favoreçam uma maior compreensão na busca, por exemplo, de novas informações. No decorrer do período de Estágio Supervisionado, propusemos o jogo do “Bingo da Multiplicação”. O objetivo era avaliar em que nível de conhecimento os alunos se encontravam em relação à famosa “tabuada”. Nessa atividade, foi possível observar que cada criança tem seu próprio ritmo de aprendizagem e percorre diferentes caminhos para, no caso, fazer a operação matemática de multiplicar. Pudemos perceber que, ao longo da atividade, quando era anunciada a operação, algumas crianças esperavam os outros colegas falarem em voz alta as respectivas respostas para daí localizarem o resultado. Observamos, pois, que nem todas as crianças compreendiam o processo da multiplicação. O professor precisa lidar com essas diferenças, atender os alunos individualmente, ajudá-los nas suas dificuldades, valorizar os conhecimentos que já possuem e esquecer a utopia das padronizações de tempo, pois, aprendizagem é processo. Outra questão importante de ser destacada é que a criança, ao brincar, aprende também a ganhar e a perder; ou seja, compreende a questão da competição que, no jogo escolar, deve ser enfatizada como procedimento de diversão, de observação de limites e outros comportamentos sociais. Segundo Antunes (2003), Do ponto de vista educacional, a palavra jogo se afasta do significado de competição e se aproxima de sua origem etimológica latina, com o sentido de gracejo ou mais especificamente divertimento, brincadeira, passatempo. Desta maneira, os jogos infantis podem até excepcionalmente incluir uma ou outra competição, mas essencialmente visam estimular o crescimento a aprendizagens e seriam melhor definidos se afirmássemos que representam relação interpessoal entre dois ou mais sujeitos realizada dentro de determinadas regras. (p. 9) Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 34 Essa foi uma questão alertada aos alunos, sempre antes de iniciarem alguma brincadeira: havia, sim, uma disputa entre eles para ver quem ia ser o vencedor; mas, no final, não se desenvolviam animosidades. Outra atividade proposta foi o “Jogo da Memória”. Devido ao número de alunos, a turma foi dividida em duas equipes. Através dessa brincadeira, os alunos aprenderam a respeitar a opinião dos colegas, revisavam os assuntos que tinham estudado durante a aula e compreenderam que o importante era participar da atividade com muita atenção. Nas palavras de Maluf (2004), destaca-se, uma vez mais, a importância de brincar no ambiente escolar: Sabemos que é possível ao ser humano adquirir e construir o saber, brincando. Por meio das brincadeiras podemos desenvolver nosso senso de companheirismo; brincando, individualmente ou em grupos, vivemos uma experiência que enriquece nossa sociabilidade e nossa capacidade de nos tornarmos mais criativos. Aprendemos a conviver, aprendemos a ganhar ou perder, a esperar nossa vez, lidamos melhor com as possíveis frustrações, aumentamos a nossa motivação e conseguimos uma participação satisfatória. (p. 13) Também a brincadeira da “Caixa Surpresa” foi divertida e prazerosa: composta por questões referentes ao que estava sendo estudado, ao som de uma música, ia passando a caixa entre os alunos; quando era interrompida a música, o aluno que estivesse de posse da caixa respondia o que era solicitado. Os alunos ficaram eufóricos com essa atividade e todos queriam pegar a caixa, curiosos para poder responder as questões. As atividades desenvolvidas exigiam criatividade e imaginação, o que muito contribuiu ao desenvolvimento da crítica. Enquanto expunham suas opiniões, colegas argumentavam e sugeriam alternativas. O papel do professor, ao propor uma brincadeira ou um jogo, é o de motivar, incentivar os alunos a participarem do momento lúdico, fazendo com que todos participem. É necessário também esclarecer, juntamente com a turma, os objetivos e as regras do jogo; o que, fora da escola, talvez seja visto como um simples passatempo, no espaço escolar tem o objetivo de ensinar. Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 35 Antunes (2003) afirma que Um verdadeiro educador não entende as regras de um jogo apenas como elementos que o tornam possível, mas como verdadeira lição de ética e moral que, se bem trabalhadas, ensinarão a viver, transformarão e, portanto, efetivamente educarão. (p. 13) Para avaliar se os alunos estavam compreendendo a importância das propostas de atividades lúdicas na sala de aula, organizamos um questionário avaliativo. A seguir, são apresentadas algumas reflexões, tentando estabelecer uma conexão com conhecimentos construídos no decorrer do curso de formação em Pedagogia. E os alunos, qual a opinião deles sobre a questão da ludicidade no ambiente escolar? Destacamos algumas opiniões dos alunos quando questionados sobre a questão do lúdico como parte do processo de aprendizagem. Essas opiniões foram fundamentais para que pudéssemos compreender melhor como podem ser significativas a quem brinca as situações observadas. Com o objetivo de analisar o que as crianças pensam sobre o brincar em sala de aula, foi solicitado que descrevessem o que significava para elas a palavra brincar. Algumas responderam assim: Aluna 1: Para mim brincar é um modo de se divertir, de conhecer as minhas habilidades, de aprender muito mais, etc. Aluna 2: Para mim brincar significa que a criança pode desenvolver e ficar mais esperta. Aluno 3: Significa brincar para mim uma coisa muito importante eu posso aprender coisas legais. Percebe-se, pois, que brincar significa aprender mais; através do momento lúdico, os alunos podem construir conhecimentos de uma forma interessante e significativa; eles aprendem a conviver melhor no meio social em que estão inseridos. Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 36 Maluf (2004) diz que [...] as brincadeiras são de grande valor na construção do conhecimento, por permitirem que qualquer ser humano se relacione com o mundo que o rodeia, adquirindo qualidades fundamentais para o seu desenvolvimento físico, mental e social... a brincadeira é o caminho que percorremos felizes, expressando o que nos vai no coração, relevando o nosso eu autêntico, nosso modo livre e criador de curtir a vida. (p. 14) Na grande maioria das respostas, as crianças descreveram que o brincar está muito ligado à diversão: Aluno 4: No meu ponto de vista brincar significa se divertir com os amigos,às vezes sem eles, as vezes com os animais, etc. Aluna 5: No meu ponto de vista significa se divertir. Aluna 6: Brincar significa se divertir, ser alegre e ser feliz. Aluna 7: Brincar significa se divertir ter liberdade. Observou-se, também, que alguns dos alunos, apesar de compreenderem que brincar significava aprender mais, responderam que não achavam legal brincar durante a aula, para não atrapalhar o andamento da mesma: eles ainda vêem o lúdico como um simples passatempo, repetem estereótipos da escola tradicional, como mostram as seguintes respostas: Aluna 2: Pra mim não é importante ocorrer brincadeiras na sala de aula porque estamos aprendendo. Aluno 8: Eu não acho legal brincar durante as aulas porque nós estamos fazendo trabalhinhos. Aluna 9: Não. Porque nós temos que estudar, e estudar é muito importante... No entanto, outros responderam que era importante brincar em aula: Aluna 5: Eu acho muito importante. Porque estudar não é só escrever. Aluna 1: Sim, porque as aulas não são só escrever, ler, colar, recortar e sim também brincar. Aluna 10: Eu acho importante ter brincadeiras. Porque estudar não é só escrever no caderno e fazer atividades no quadro. O lúdico envolve diversão e prazer. Mas, para que isso ocorra, é preciso que o professor, além de disponibilidade, fundamente teoricamente suas concepções para que não deixe o momento lúdico perder o verdadeiro significado durante o ensino: “O educador lúdico é o que realiza a ação lúdica, inter-relacionando teoria e prática.” (SANTOS, 2001, p. 15). Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 37 Considerações finais O momento de ludicidade é muito importante durante todo o processo de ensino – aprendizagem. Não importa o momento escolar em que é proposto o brincar – e de preferência que essa seja uma prática contínua -; ao brincar, as crianças alimentam sua criatividade, sua criticidade e podem construir caminhos diferenciados em suas práticas educativas que resultam em aprendizagens. Aprender será, pois, prazeroso. O educador precisa valorizar os momentos lúdicos, tornando assim a aprendizagem prazerosa, divertida e significativa para os seus educandos. No decorrer das práticas pedagógicas nos cursos de formação profissional, o futuro professor precisa ousar e assumir desafios à pesquisa para aprender a ser reflexivo e crítico de sua própria ação. Referências ANTUNES, Celso. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997.164p. GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar - e - aprender com sentindo. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. 80p. MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincadeiras para sala de aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. MATTOS, Elizete de Lourdes. Brincando & aprendendo. Blumenau: Editora Vale das Letras, 2004. SANTOS, Carlos Antonio dos. Jogos e atividades lúdicas. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485 38 SANTOS, Santa Marli Pires dos (org.). A ludicidade como ciência. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. SANTOS, Santa Marli Pires dos (org). Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed., 5ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. 156p. WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Editora Ática. 2002. Revista Trajetória Multicursos – FACOS/CNEC Osório Vol. 3 - Nº 2- Dez/2012 – ISSN 2178-4485