Normalidade e Deficiência

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Brincar e aprender
Juliana Silveira1
Cristina Maria de Oliveira2
Resumo: Neste documento, constam algumas reflexões feitas a partir de uma pesquisa-ação
realizada no 8º semestre do curso de Pedagogia; o estudo foi desenvolvido no decorrer do período de
Estágio Supervisionado como prática no Ensino Fundamental. A questão investigada buscou
compreender a importância do lúdico à aprendizagem, quando na valorização de atividades
significativas às crianças na sala de aula.
Palavras-chave: Aprendizagem. Lúdico. Diversão.
Abstract: In this document, contained some reflections from an action research conducted on the 8th
semester of Pedagogy, the study was conducted during the period as Supervised practice in
Elementary Education. The question investigated sought to understand the importance of playful
learning, when the valuation of meaningful activities for children in the classroom.
Keywords: Learning. Playful. Fun.
Introdução
Propostas pedagógicas tradicionais, conhecidas no decorrer da história da
educação, consideravam que, na escola, havia dois momentos distintos: o de
estudar e o de brincar. No entanto, resultados de pesquisas foram mostrando que
era possível estudar/aprender brincando; quando a criança brinca, ela constrói
momentos lúdicos que favorecem sua aprendizagem. Momentos de ludicidade não
são um simples passar de tempo/ocupar o tempo: podem ser significativos. Mas será
que, no ambiente escolar, pode-se propor brincadeiras que favoreçam o lúdico de
maneira significativa? Como será que a criança pode aprender enquanto brinca na
escola?
Foram tais questionamentos que instigaram, durante as práticas no Estágio
Supervisionado, agir e estudar com maior ênfase à questão da ludicidade no
ambiente escolar.
1
Pedagoga formada pela Faculdade Cenecista de Osório/CNEC – Osório/Rio Grande do Sul - Brasil.
Doutora em Ciências da Educação, professora da disciplina Seminário de Pesquisa da Faculdade
Cenecista de Osório/CNEC – Osório/Rio Grande do Sul - Brasil.
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A importância do brincar no processo de ensino-aprendizagem
A escolha do tema a ser investigado deu-se pela importância atribuída às questões
de estudo relacionadas ao brincar em sala de aula, acreditando que a criança
aprende muito enquanto brinca e, em especial, quando participa de um jogo. O
principal objetivo, neste estudo, além de reconhecer a importância de brincar no
ambiente escolar, foi salientar o momento lúdico não somente como um
passatempo, mas, sim, como uma oportunidade em que as crianças constroem
conhecimentos através de aprendizagens realizadas em atividades prazerosas e
divertidas.
Na fala de Mattos (2004), destaca-se uma reflexão à questão em estudo:
Transformar nossas aulas em brincadeiras, com certeza é mais significativo
e interessante para as nossas crianças e por isso, elas terão mais facilidade
em compreender os conteúdos, pois elas aprendem brincando. (p.10).
Procurou-se, então, compreender melhor como é possível trabalhar o lúdico em sala
da aula, reconhecendo a importância de ensinar brincando, procurando argumentos
que comprovem que a aprendizagem pode ser desenvolvida a partir de momentos
de ludicidade.
Como educadores, precisamos ter consciência de que, no momento lúdico, um
momento de diversão, o aluno compreende o que está envolvido na atividade e pode
construir conhecimentos porque o momento é significativo. É o que afirma Santos
(1998, p.13), “o aluno pode aprender brincando, desde que haja, por parte do
professor, disponibilidade para isso”.
Oportunizar momento lúdico é imprescindível no processo de ensino-aprendizagem,
pois gera diversão e prazer em aprender aos educandos. No entanto, é importante
ser destacado que, atualmente, com o grande avanço tecnológico, muitas crianças
deixam
de
lado
brincadeiras
presenciais
com
outras
crianças
e
com
brinquedos/objetos, como por exemplo, as cantigas de roda, o brincar com os
carrinhos ou de bonecas, e trocam até mesmo uma partida de futebol para ficarem
horas e horas em frente ao computador. Os ‘brinquedos’ virtuais e os espaços de
relacionamento virtuais têm cativado as crianças e as envolvido por longos períodos
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do dia. Será que a criança, agindo assim, não se torna muito individualista, uma vez
que não interage fisicamente com outras crianças? Também cabe questionar
quando e como, se até o professor não oportunizar momentos de interação no
ambiente escolar, essas crianças poderão interagir com outras pessoas? Ou as
redes sociais e o brinquedo virtual são suficientes ao processo social em formação?
Através dos tempos, estudos investigativos apontam a necessidade de que a criança
brinque com outras crianças, para que aprenda a conviver no meio social, a se
socializar. Como o contexto eletrônico, e, em especial, o informatizado, é bastante
recente, há pesquisas que apresentam posturas diversas, concordando e divergindo
sobre a influência positiva ou negativa deste atual contexto no desenvolvimento
infantil.
Por exemplo, Mattos (2004) comenta que
[...] os brinquedos eletrônicos não contribuem para a socialização das
crianças, pois as crianças brincam individualmente, na maioria das vezes. O
contato corporal é necessário para a formação pessoal e social, se não
propiciar momentos para que se desenvolva com certeza a criança tornarse-á mais introspectiva e reservada. (p.11).
Salientamos aqui o espaço físico do ambiente escolar onde foram realizadas
práticas na formação profissional, como Estágio Supervisionado do curso de
Pedagogia, atuando em uma turma de 3ª ano, constituída por vinte e cinco alunos,
11 meninas e 14 meninos, em escola da rede municipal de Capão da Canoa/RS: um
espaço organizado, limpo e bem conservado. O prédio escolar pequeno, em relação
a outros do município, situado em um bairro afastado do centro da cidade e com
poucos moradores. Nesta escola, pelo menos uma vez por mês, era realizada uma
reunião pedagógica para discutirem assuntos pertinentes à escola, com muita
reflexão
entre
os
educadores,
a
fim
de
melhorarem
as
propostas
em
desenvolvimento.
Consideramos importante destacar esse evento, pois o educador precisa desse
espaço escolar para ser reflexivo, analisar o significado de sua proposta e avaliar os
resultados.
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Gadotti (2004) comenta que “Para o educador não basta ser reflexivo, é preciso que
ele dê sentido à sua reflexão, a reflexão é meio, é instrumento para a melhoria do
que é específico de sua profissão que é construir sentido” [...] (p.39).
Ao conhecer a turma, pudemos perceber que existiam diversas realidades e
compreender melhor a necessidade de respeitar essas diferenças, valorizando o
meio social e cultural de cada aluno.
Conforme consta nos PCNs sobre Pluralidade Cultural (1997),
O simples fato de os alunos serem provenientes de diferentes famílias,
diferentes origens, assim como cada professor ter, ele próprio uma origem
pessoal, e os outros auxiliares do trabalho escolar terem também, cada
qual, diferentes histórias, permite desenvolver uma experiência de interação
“entre diferentes”, na qual cada um aprende e cada um ensina. O convívio
aqui, é explicitação de aprendizagem a cada momento: o que um gosta e o
outro não, o que um aprecia e o outro, talvez, despreze. (p. 53)
Enfim, o educador precisa compreender que, numa sala de aula, todos os alunos
são diferentes, que vêm de culturas e famílias diferentes e que todas essas
diferenças precisam ser levadas em consideração, pois, assim, a aprendizagem será
mais significativa e interessante para os educandos. Ao brincar, poderemos
vivenciar momentos em que essas diferenças sirvam para que todos se conheçam
mais e enriqueçam a interatividade.
O que pode ser ensinado através dos momentos lúdicos?
Esse é um questionamento que o educador precisa ter sempre presente ao propor
uma brincadeira ou um jogo: qual é o objetivo da atividade proposta? E importante
também será analisar que habilidades a brincadeira ou o jogo exige para poder
propor escolhas de atividades diferenciadas.
Santos (2001, p.15) enfatiza que “para que o jogo possa desempenhar a função
educativa é necessário que este seja pensado e planejado dentro de uma proposta
pedagógica.”
O educador precisa estar ciente de que ele pode ensinar muito através de um jogo
ou de uma brincadeira. Ao proporcionar diversos momentos de ludicidade,
favorecerá o aluno a se socializar, trocar ideias, aprender a trabalhar em pequenos e
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grandes grupos, além de outros procedimentos sociais manifestados na tomada de
decisões, nos momentos competitivos, etc. Através de atividades lúdicas, é possível
desenvolver comportamentos e conhecimentos a que o ato de educar e de ensinar
objetiva na escola.
Conforme Silva (2003), o “currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos
do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explicito, contribuem,
de forma implícita, para aprendizagens sociais relevantes.”(p. 78)
As brincadeiras podem até favorecer um ambiente de convívio alegre e significativo
pelo fato de que desafiam à socialização.
Santos (1997) também diz que
Brincar é o meio de expressão, é forma de integrar-se ao ambiente que o
cerca. Através das atividades lúdicas a criança assimila valores, adquiri
comportamentos, desenvolve diversas áreas de conhecimentos, exercita-se
fisicamente e aprimora habilidades motoras. (p. 56).
Nos
momentos
lúdicos
propostos
no
decorrer
das
práticas
do
Estágio
Supervisionado, um dos objetivos era a socialização da turma. Observamos que as
crianças, gradativamente, interagiam mais umas com as outras, respeitando limites e
opiniões. Isso foi possível perceber no desenvolvimento de atividades em pequenos
e grandes grupos, como por exemplo, no jogo do “Passa ou Repassa”. A turma foi
dividida em duas equipes, sendo que as crianças tinham que pensar em conjunto
para
responder
as
questões
do
jogo.
No
início
da
atividade,
houve
desentendimentos; mas, no decorrer do jogo, os alunos foram percebendo que
respeitar a opinião do colega era muito importante para que cada equipe tivesse um
bom desempenho.
Cabe destacar que, além da introdução de novos saberes a partir da alguma
brincadeira, foi possível também revisar informações de diversas áreas do
conhecimento.
Assim, ao planejar as aulas, organizávamos atividades variadas,
buscando despertar o interesse das crianças em aprender mais.
Nos seus estudos, Weisz (2002) explica que
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[...] não é o processo de aprendizagem que deve se adaptar ao de ensino,
mas o processo de ensino é que tem que se adaptar ao de aprendizagem.
Ou melhor: o processo de ensino deve dialogar com o de aprendizagem. (p.
65).
Para construir esse diálogo entre ensino e aprendizagem, o professor precisa avaliar
o que seus alunos já sabem e quais suas possíveis dificuldades para processarem
suas aprendizagens; assim, poderá propor atividades que favoreçam uma maior
compreensão na busca, por exemplo, de novas informações.
No decorrer do período de Estágio Supervisionado, propusemos o jogo do “Bingo da
Multiplicação”. O objetivo era avaliar em que nível de conhecimento os alunos se
encontravam em relação à famosa “tabuada”. Nessa atividade, foi possível observar
que cada criança tem seu próprio ritmo de aprendizagem e percorre diferentes
caminhos para, no caso, fazer a operação matemática de multiplicar.
Pudemos perceber que, ao longo da atividade, quando era anunciada a operação,
algumas crianças esperavam os outros colegas falarem em voz alta as respectivas
respostas para daí localizarem o resultado. Observamos, pois, que nem todas as
crianças compreendiam o processo da multiplicação.
O professor precisa lidar com essas diferenças, atender os alunos individualmente,
ajudá-los nas suas dificuldades, valorizar os conhecimentos que já possuem e
esquecer a utopia das padronizações de tempo, pois, aprendizagem é processo.
Outra questão importante de ser destacada é que a criança, ao brincar, aprende
também a ganhar e a perder; ou seja, compreende a questão da competição que, no
jogo escolar, deve ser enfatizada como procedimento de diversão, de observação de
limites e outros comportamentos sociais.
Segundo Antunes (2003),
Do ponto de vista educacional, a palavra jogo se afasta do significado de
competição e se aproxima de sua origem etimológica latina, com o sentido
de gracejo ou mais especificamente divertimento, brincadeira, passatempo.
Desta maneira, os jogos infantis podem até excepcionalmente incluir uma
ou outra competição, mas essencialmente visam estimular o crescimento a
aprendizagens e seriam melhor definidos se afirmássemos que representam
relação interpessoal entre dois ou mais sujeitos realizada dentro de
determinadas regras. (p. 9)
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Essa foi uma questão alertada aos alunos, sempre antes de iniciarem alguma
brincadeira: havia, sim, uma disputa entre eles para ver quem ia ser o vencedor;
mas, no final, não se desenvolviam animosidades.
Outra atividade proposta foi o “Jogo da Memória”. Devido ao número de alunos, a
turma foi dividida em duas equipes. Através dessa brincadeira, os alunos
aprenderam a respeitar a opinião dos colegas, revisavam os assuntos que tinham
estudado durante a aula e compreenderam que o importante era participar da
atividade com muita atenção.
Nas palavras de Maluf (2004), destaca-se, uma vez mais, a importância de brincar
no ambiente escolar:
Sabemos que é possível ao ser humano adquirir e construir o saber,
brincando. Por meio das brincadeiras podemos desenvolver nosso senso de
companheirismo; brincando, individualmente ou em grupos, vivemos uma
experiência que enriquece nossa sociabilidade e nossa capacidade de nos
tornarmos mais criativos. Aprendemos a conviver, aprendemos a ganhar ou
perder, a esperar nossa vez, lidamos melhor com as possíveis frustrações,
aumentamos a nossa motivação e conseguimos uma participação
satisfatória. (p. 13)
Também a brincadeira da “Caixa Surpresa” foi divertida e prazerosa: composta por
questões referentes ao que estava sendo estudado, ao som de uma música, ia
passando a caixa entre os alunos; quando era interrompida a música, o aluno que
estivesse de posse da caixa respondia o que era solicitado. Os alunos ficaram
eufóricos com essa atividade e todos queriam pegar a caixa, curiosos para poder
responder as questões.
As atividades desenvolvidas exigiam criatividade e imaginação, o que muito
contribuiu ao desenvolvimento da crítica. Enquanto expunham suas opiniões,
colegas argumentavam e sugeriam alternativas.
O papel do professor, ao propor uma brincadeira ou um jogo, é o de motivar,
incentivar os alunos a participarem do momento lúdico, fazendo com que todos
participem. É necessário também esclarecer, juntamente com a turma, os objetivos e
as regras do jogo; o que, fora da escola, talvez seja visto como um simples
passatempo, no espaço escolar tem o objetivo de ensinar.
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Antunes (2003) afirma que
Um verdadeiro educador não entende as regras de um jogo apenas como
elementos que o tornam possível, mas como verdadeira lição de ética e
moral que, se bem trabalhadas, ensinarão a viver, transformarão e,
portanto, efetivamente educarão. (p. 13)
Para avaliar se os alunos estavam compreendendo a importância das propostas de
atividades lúdicas na sala de aula, organizamos um questionário avaliativo. A seguir,
são apresentadas algumas reflexões, tentando estabelecer uma conexão com
conhecimentos construídos no decorrer do curso de formação em Pedagogia.
E os alunos, qual a opinião deles sobre a questão da ludicidade no ambiente
escolar?
Destacamos algumas opiniões dos alunos quando questionados sobre a questão do
lúdico como parte do processo de aprendizagem. Essas opiniões foram
fundamentais para que pudéssemos compreender melhor como podem ser
significativas a quem brinca as situações observadas.
Com o objetivo de analisar o que as crianças pensam sobre o brincar em sala de
aula, foi solicitado que descrevessem o que significava para elas a palavra brincar.
Algumas responderam assim:
Aluna 1: Para mim brincar é um modo de se divertir, de conhecer as minhas
habilidades, de aprender muito mais, etc.
Aluna 2: Para mim brincar significa que a criança pode desenvolver e ficar mais
esperta.
Aluno 3: Significa brincar para mim uma coisa muito importante eu posso aprender
coisas legais.
Percebe-se, pois, que brincar significa aprender mais; através do momento lúdico,
os alunos podem construir conhecimentos de uma forma interessante e significativa;
eles aprendem a conviver melhor no meio social em que estão inseridos.
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Maluf (2004) diz que
[...] as brincadeiras são de grande valor na construção do conhecimento,
por permitirem que qualquer ser humano se relacione com o mundo que o
rodeia, adquirindo qualidades fundamentais para o seu desenvolvimento
físico, mental e social... a brincadeira é o caminho que percorremos felizes,
expressando o que nos vai no coração, relevando o nosso eu autêntico,
nosso modo livre e criador de curtir a vida. (p. 14)
Na grande maioria das respostas, as crianças descreveram que o brincar está muito
ligado à diversão:
Aluno 4: No meu ponto de vista brincar significa se divertir com os amigos,às vezes sem eles, as
vezes com os animais, etc.
Aluna 5: No meu ponto de vista significa se divertir.
Aluna 6: Brincar significa se divertir, ser alegre e ser feliz.
Aluna 7: Brincar significa se divertir ter liberdade.
Observou-se, também, que alguns dos alunos, apesar de compreenderem que
brincar significava aprender mais, responderam que não achavam legal brincar
durante a aula, para não atrapalhar o andamento da mesma: eles ainda vêem o
lúdico como um simples passatempo, repetem estereótipos da escola tradicional,
como mostram as seguintes respostas:
Aluna 2: Pra mim não é importante ocorrer brincadeiras na sala de aula porque estamos aprendendo.
Aluno 8: Eu não acho legal brincar durante as aulas porque nós estamos fazendo trabalhinhos.
Aluna 9: Não. Porque nós temos que estudar, e estudar é muito importante...
No entanto, outros responderam que era importante brincar em aula:
Aluna 5: Eu acho muito importante. Porque estudar não é só escrever.
Aluna 1: Sim, porque as aulas não são só escrever, ler, colar, recortar e sim também brincar.
Aluna 10: Eu acho importante ter brincadeiras. Porque estudar não é só escrever no caderno e fazer
atividades no quadro.
O lúdico envolve diversão e prazer. Mas, para que isso ocorra, é preciso que o
professor, além de disponibilidade, fundamente teoricamente suas concepções para
que não deixe o momento lúdico perder o verdadeiro significado durante o ensino:
“O educador lúdico é o que realiza a ação lúdica, inter-relacionando teoria e prática.”
(SANTOS, 2001, p. 15).
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Considerações finais
O momento de ludicidade é muito importante durante todo o processo de ensino –
aprendizagem. Não importa o momento escolar em que é proposto o brincar – e de
preferência que essa seja uma prática contínua -; ao brincar, as crianças alimentam
sua criatividade, sua criticidade e podem construir caminhos diferenciados em suas
práticas educativas que resultam em aprendizagens. Aprender será, pois, prazeroso.
O educador precisa valorizar os momentos lúdicos, tornando assim a aprendizagem
prazerosa, divertida e significativa para os seus educandos.
No decorrer das
práticas pedagógicas nos cursos de formação profissional, o futuro professor precisa
ousar e assumir desafios à pesquisa para aprender a ser reflexivo e crítico de sua
própria ação.
Referências
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ouvir. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
BRASIL.
Secretaria
de
Educação
Fundamental.
Parâmetros
curriculares
nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997.164p.
GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar - e - aprender com sentindo.
Novo Hamburgo: Feevale, 2003. 80p.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincadeiras para sala de aula. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2004.
MATTOS, Elizete de Lourdes. Brincando & aprendendo. Blumenau: Editora Vale
das Letras, 2004.
SANTOS, Carlos Antonio dos. Jogos e atividades lúdicas. Rio de Janeiro: Sprint,
1998.
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SANTOS, Santa Marli Pires dos (org.). A ludicidade como ciência. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2001.
SANTOS, Santa Marli Pires dos (org). Brinquedoteca: o lúdico em diferentes
contextos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do
currículo. 2. ed., 5ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. 156p.
WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Editora
Ática. 2002.
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