Apresentação em Pôster Ansiedade e a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA): Aspectos essenciais Aline Fátima de Oliveira¹, Luana Cristina Helena Sfredo² 1.Psicológa no NASF Mercês e Pós graduando em Psicologia Organizacional e do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. 2.Psicóloga clínica na Clínica Persona. Palavras Chaves: ansiedade; síndrome; pensamento. Assim como á depressão, que é um mal em que a sociedade vivencia, os transtornos ansiosos têm sido considerados atualmente um dos grandes males do século devido ao grande aumento do número de casos e à gravidade destes. A contemporaneidade, com suas novas configurações de estilos de vida, contribui de forma importante com esse aumento. Na nossa sociedade tudo acontece em um ritmo rápido e ansioso. Nunca a mente das pessoas foi tão estressada e agitada. A ansiedade pode ser considerada como um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho, que se apresenta para a pessoa como um iminente perigo, sem que necessariamente se configure como tal. Torna-se patológica quando é desproporcional à situação que a desencadeou ou quando é tão intensa que chega a atrapalhar o indivíduo em suas atividades cotidianas, prejudicando tanto aspectos psicossociais quanto fisiológicos (FERNANDES & CHANIAUX, 2010). Sabe-se que a modernidade modificou o estilo de vida de todos nos e com isso alterou o ritmo de construção dos pensamentos, gerando sérias consequências para nossa saúde mental. Nós adoecemos coletivamente. Este transtorno é algo novo e vem nos preocupando. Assim como os transtornos de ansiedade, que são vários, a síndrome do pensamento acelerado ainda nem consta nos manuais de psiquiatria de transtornos mentais que usamos atualmente (CID 10 e DSM IV). Especialistas dizem que a síndrome do pensamento acelerado não é uma doença, mas sim um sintoma vinculado a um quadro de transtorno de ansiedade. As pessoas mais vulneráveis geralmente são aquelas que são avaliadas constantemente por conta das suas obrigações profissionais, não podendo desligar um minuto sequer, caso contrário o trabalho é comprometido, podendo assim associar à síndrome de burnout, que é um dos tipos de transtorno de ansiedade. As possíveis causas nos adultos são, além dessa ansiedade devido à pressão profissional, o excesso de informações às quais somos submetidos durante o dia, condição considerada normal nos dias de hoje. Segundo Cury (2014), a principal causa da (SPA) Síndrome do pensamento Acelerado é o excesso de informação. No passado, o número de informações dobrava-se a cada dois ou três séculos; atualmente, este número dobra-se a cada ano. Continua dizendo que é a (SPA) Síndrome do pensamento Acelerado, que atinge mais de 80 % dos indivíduos de todas as idades, de alunos a professores, de intelectuais a iletrados, de médicos a pacientes. Entre as características, podemos citar a sensação persistente de apreensão, dificuldade de memória, déficit de concentração, fadiga, irritabilidade e sono alterado. O indivíduo tem dificuldade de se concentrar em um livro ou de realizar uma tarefa sem interrompê-la inúmeras vezes. Além disso, permanece com a sensação constante de que 24 horas não são suficientes para realizar todas as atividades que necessita. Como outros transtornos e síndromes, a SPA também tem suas consequências intelectuais, sociais e físicas; tais como as doenças psicossomáticas, comprometimento da criatividade, do desempenho intelectual global, dificuldade de relacionar-se socialmente. Essas são consequências graves onde o psíquico está adoentado e reproduzindo evidencias de crise. Podemos então relacionar a SPA ao esgotamento mental que é também convertido em cansaço físico, pois a alta atividade cerebral acaba com a energia de outras áreas, como músculos e na manutenção de outros órgãos. É interessante ressaltar que o portador da Síndrome do Pensamento Acelerado possui a consciência de que é necessário reduzir a velocidade de seus pensamentos, assim técnicas da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), são instrumentos valiosos, onde o indivíduo aprende apartir do treino de habilidades a controlar alguns sintomas de base, que muito contribui para um bom prognóstico. Referências: CURY, Augusto. Ansiedade, Como Enfrentar o Mal do Século: A síndrome do pensamento Acelerado: como e porque a humanidade adoeceu coletivamente, das crianças aos adultos. 1. ed. São Paulo: Saraiva 2014. FERNANDES, J. L. & CHANIAUX, E. (2010). Transtornos de Ansiedade in: Cinema e Loucura – conhecendo os transtornos mentais através dos filmes. Porto Alegre: Artmed.