Professor Pedro Bigattão MATERIAL DE APOIO A Matemática DISCRETA 1 Professor Pedro Bigattão SUBCONJUNTOS Todo elemento de um determinado conjunto A também pertence ao conjunto B, podemos que A é subconjunto de B e indicaremos por A B, lê-se A está contido em B. Todo conjunto é subconjunto de si próprio (A A). O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto. ( A). Se um conjunto A possui n elementos então ele possui 2n subconjuntos. O conjunto formado por todos os subconjuntos de um conjunto A é denominado conjunto das partes de A e é indicado por P(A). Se A = {x, y}, o conjunto das partes de A é dado por P(A) = {Ǿ, {x}, {y}, {x, y}}. Um subconjunto de A é também denominado parte de A. NÚMEROS NATURAIS Conjunto dos Números Naturais: Todos os números inteiros positivos, incluindo o zero. É representado pela letra maiúscula IN. Caso queira representar o conjunto dos números naturais não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um * ao lado do N: Exemplos: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,...} ou N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11,...} Este conjunto pode ser representado por: a) N: {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,..., 19,..., 1005,..., 10000000005,...} Como poderemos perceber que o numero zero não consta no conjunto acima. Estes números nasceram da necessidade que o homem primitivo tinha de contar elementos, neste sentido o zero não seria um número natural. O zero foi introduzido por volta do ano 458 DC pelos hindus para simular a coluna vazia nos ábacos. OPERAÇÕES EM N 1- A adição de dados naturais a, b, c, em N, são válidas as seguintes propriedades:·. a) Fechamento: A soma de dois números naturais é sempre um número um número natural, então o conjunto N dos elementos é fechado em relação à adição. 2 Professor Pedro Bigattão b) Associativa: a + (b + c) = (a + b) + c c) Comutativa: a + b = b + a d) Elemento neutro: a + 0 = 0 + a = a. Zero é o elemento neutro da adição. e) Unívoca: o resultado da adição de dois números naturais é único. f) Monotônica: Uma desigualdade não se altera se somarmos um mesmo número natural a ambos os membros, ou seja, se a > b então a + c > b + c 2 - A subtração (diferença) é uma operação inversa da adição. Se a + b = c então dizemos que a = c – b (c menos b). É óbvio que o conjunto N não é fechado em relação à subtração, pois a subtração (diferença) entre dois números naturais, nem sempre é um número natural. Por exemplo, a operação 3 – 10 não teria resultado no conjunto N dos números naturais. 3 - A multiplicação é um caso particular da adição (soma), pois se somando um número natural a si próprio n vezes, obteremos a + a + a +,...,+... + a = a. n = a x n. Na igualdade a. n = b, dizemos que a e n são os fatores e b é o produto. Dados os números naturais a, b e c, são válidas as seguintes propriedades: a) Fechamento: a multiplicação de dois números naturais é sempre outro número natural, então o conjunto N dos números naturais é fechado em relação à operação de multiplicação. b) Associativa: a x (b x c) = (a x b) x c ou a. (b. c) = (a. b). c c) Comutativa: a x b = b x a d) Elemento neutro: a x 1 = 1 x a = a. O número 1 é o elemento neutro da multiplicação. e) Unívoca: o resultado da multiplicação de dois números naturais é único. f) Monotônica: Uma desigualdade não se altera se multiplicarmos ambos os membros, por um mesmo número natural, ou seja, se a > b então a x c > b x c. g) Distributiva: a x (b + c) = (a x b) + (a x c). 4 – A potenciação é um caso particular da multiplicação, onde os fatores são iguais. Assim se multiplicarmos um número natural qualquer por ele mesmo n vezes, conseguiremos a x a x a x a x... x a, a n, onde a será denominado base e n expoente. Assim é que, por exemplo, 53 = 5.5.5 = 125, 71 = 7, 43 = 4.4.4 = 64, etc. 3 Professor Pedro Bigattão 5- A divisão é um caso particular da subtração. O que significa dividir 17 por 3? Significa descobrir, quantas vezes o número 3 cabe em 17, ou seja: 17 – 3 – 3 – 3 – 3 - 3 e restam 2. Podemos escrever a expressão anterior como: 17 = 5. 3 + 2. O número 17 é denominado dividendo, o número 3 é denominado divisor, o número 5 é denominado quociente e o número 2 é denominado resto. NÚMEROS INTEIROS 1- Conjunto dos Números Inteiros: São todos os números que pertencem ao conjunto dos Naturais mais os seus respectivos opostos (negativos). Este conjunto é infinito, e a letra Z representa o conjunto dos números inteiros, deve-se ao fato da palavra Zahl em alemão, significar número. Z = {... - 4, - 3, - 2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,...} Entendemos que o conjunto dos números naturais N é um subconjunto do conjunto dos números inteiros Z, ou seja: N Z “lê-se N está contido em Z”. Define-se o modulo de um numero inteiro como sendo o número sem o seu sinal algébrico. Assim é que, representando-se o módulo de um número inteiro x qualquer por |x|, poderemos citar como exemplos: | –7 | = 7; | – 32 | = 32; | 0 | = 0; etc. O módulo de um número inteiro é, então, sempre positivo ou nulo. Chama-se oposto (ou simétrico aditivo) de um número inteiro a ao número – a. PROPRIEDADE DOS INTEIROS 1 – Todo número inteiro n, possui um sucessor indicado por n + 1. Sucessor de (– 3) = – 3 + 1 = - 2; sucessor de (3) = 3 + 1 = 4. 2 – Dados dois números inteiros m e n, ocorrerá uma e somente uma das condições: 4 Professor Pedro Bigattão m = n [m igual a n] (igualdade) m > n [m maior do que n] (desigualdade) m < n [ m menor do que n] (desigualdade). Esta propriedade é conhecida como Tricotomia. Exemplo, x 3, significa que x poderá assumir em Z os valores 3, 2, 1, 0, -1, -2, -3, - 4, ..., e se x < 3, teríamos que x seria 2, 1, 0, -1, -2, -3, -4, ... É óbvio dizer que o zero é maior do que qualquer número negativo ou na sua forma equivalente, qualquer número negativo é menor do que zero. ... –10, – 9, – 8, – 7, – 6, – 5, – 4, – 3, – 2, – 1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11,... OPERAÇÕES EM Z 1- A adição a + b = a mais b. A adição de dois números inteiros obedece às seguintes regras: a ) números de mesmo sinal : somam-se os módulos e conserva-se o sinal comum. Exemplos: (-3) + (-5) + (-2) = - 10 (-7) + (-6) = - 13 b) números de sinais opostos: subtraem-se os módulos e conserva-se o sinal do maior em módulo. Exemplos: a) (-3) + (+7) = + 4 b) (-12) + (+5) = -7 Dados os números inteiros a, b e c, são válidas as seguintes propriedades: a) Fechamento: Soma de dois números inteiros é sempre um número inteiro. Diz-se então que o conjunto Z dos números inteiros é fechado em relação à adição. b) Associativa: a + (b + c) = (a + b) + c c) Comutativa: a + b = b + a 5 Professor Pedro Bigattão d) Elemento neutro: a + 0 = 0 + a = a . Zero é o elemento neutro da adição. e) Unívoca: o resultado da adição de dois números inteiros é único. f) Monotônica: Uma desigualdade não se altera somando um mesmo número inteiro a ambos os membros, ou seja, se a > b então a + c > b + c. 2- Subtração: Observa-se que a subtração (diferença) é uma operação inversa da adição. Se a + b = c então dizemos que a = c – b (c menos b). É óbvio que o conjunto Z é fechado em relação à subtração, pois a subtração (diferença) entre dois números inteiros, sempre será outro número inteiro. Por exemplo, a operação 3 – 10 não teria resultado no conjunto N dos números naturais, mas possui resultado no conjunto Z dos números inteiros, ou seja -7. A subtração de dois números inteiros será feita de acordo com a seguinte regra: a – b = a + (- b) Exemplos: a) – 10 b) (-5) c) (- – 3) (-3) (- 10) – (+ = 10 + = (- 5) + 7) = (- 3) (+3) (+10) + = (- = + 7) 13 5 = = - 5 10 3- Multiplicação: É um caso particular da adição (soma), pois somando-se um número inteiro a si próprio n vezes, obteremos a + a + a + ... + a = a. n = a x n Na igualdade a. n = b, dizemos que a e n são os fatores e b é o produto. A multiplicação de números inteiros, dar-se-á segundo a seguinte regra de sinais: (+) x (+) = + (+) x (-) = (-) x (+) = (-) x (-) = + Exemplos: a) (- 3) x (- 4) = +12 = 12 b) (- 4) x (+ 3) = -1 Agora podemos demonstrar o porquê menos com menos resulta mais. Consideremos o seguinte produto: B = (7 – 5) X (10 – 6) onde o resultado já sabe ser. Ao desenvolver o produto utilizando a propriedade distributiva em relação a adição temos; B = (7 x 10) + (7 x (- 6)] + (- 5) x 10 + (- 5) x (- 6) 70 – 42 – 50 + [(- 5) x (- 6)] 6 Professor Pedro Bigattão Como já sabemos que B = 8, então. 8 = 70 – 42 – 50 + [(- 5) x (- 6)] [(- 5) x (- 6)] = 8 – 70 + 42 + 50 [(- 5) x (- 6)] = 30 Observamos que realmente menos com menos resulta mais. Dados os números inteiros a, b e c, são válidas as seguintes propriedades: a) Fechamento: a multiplicação de dois números inteiros é sempre outro número inteiro. Dizemos então que o conjunto Z dos números inteiros é fechado em relação à operação de multiplicação. b) Associativa: a x (b x c) = (a x b) x c ou a. (b. c) = (a. b). c. c) Comutativa c: a x b = b x a d) Elemento neutro: a x 1 = 1 x a = a. O número 1 é o elemento neutro da multiplicação. f) Unívoca: o resultado da multiplicação de dois números inteiros é único. g) Uma desigualdade não se altera se multiplicarmos ambos os membros, por um mesmo número inteiro positivo, ou seja, se a > b então a. c > b. c h) Uma desigualdade muda de sentido, se multiplicar ambos os membros por um mesmo número inteiro negativo, ou seja: a > b então a. c < b. c Exemplo: . a) 10 > 5. Se multiplicarmos ambos os membros por (-1) fica - 10 < - 5. Observe que o sentido da desigualdade mudou. i) Distributiva: a x (b + c) = (a x b) + (a x c). 4- Potenciação: é um caso particular da multiplicação, onde os fatores são iguais. Assim é que se multiplicando um número inteiro a por ele mesmo n vezes, obteremos a x a x a x a x... x a que será indicado pelo símbolo a n, onde a será denominado base e n expoente. Assim é que, por exemplo, 53 = 5.5.5 = 125, 71 = 7, 43 = 4.4.4 = 64, etc. Com base nas regras de multiplicação de números inteiros, é fácil concluir que: a) Toda potencia de base negativa e expoente par não nulo, tem como resultado um número positivo. Exemplos: a) (- 2)4 = +16 = 16 b) (- 3)2 = +9 = 9 c) (- 5)4 = +625 = 625 7 Professor Pedro Bigattão d) (- 1)4 = + 1 = 1 b) Toda potencia de base negativa e expoente ímpar, tem como resultado um número negativo. Exemplos: a) (- 2)3 = - 8 b) (- 5)3 = - 125 c) (- 1)13 = - 1 Divisão: O conjunto Z dos números inteiros não é fechado em relação à divisão, pois o quociente de dois números inteiros nem sempre é um inteiro. A divisão de números inteiros, no que concerne à regra de sinais, obedece às mesmas regras vistas para a multiplicação, ou seja: (+) x (-) = (-) x (+) = (-) x (-) = + (+) x (+) = + Exemplos: a) (–10): (– 2) = + 5 = 5 b) (– 30): (+ 5) = – 6 Todo parêntese precedido do sinal + pode ser eliminado, mantendo-se os sinais das parcelas interiores. Exemplo: a) + (3 + 5 – 7) = 3 + 5 – 7 = 1 Todo parêntese precedido do sinal (–) pode ser eliminado, desde que sejam trocados os sinais das parcelas interiores. Exemplos: a) – (3 + 4 – 7) = – 3 – 4 + 7 = 0 b) – (–10 – 8 + 5 – 6 ) = 10 + 8 – 5 + 6 = 19 8 Professor Pedro Bigattão c) – (–8 – 3 – 5 ) = 8 + 3 + 5 = 16 Inteiros não negativos são todos os números inteiros que não são negativos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao conjunto dos números naturais. É representado por Z+: Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...} Inteiros não positivos são todos os números inteiros que não são positivos. É representado por Z-: Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0} Inteiros não negativos e não-nulos é o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se esse subconjunto por Z*+: Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,...} Z*+ = N* Inteiros não positivos e não nulos são todos os números do conjunto Z- excluindo o zero. Representa-se por Z*-. Z*- = {... -4, -3, -2, -1} NUMEROS RACIONAIS 1 - Conjunto dos Números Racionais: Os números racionais é um conjunto que engloba os números inteiros (Z), números decimais finitos (por exemplo, 743, 8432) e os números decimais infinitos periódicos (que repete uma sequência de algarismos da parte decimal infinitamente), como "12, 050505...", são também conhecidas como dízimas periódicas. Os racionais são representados pela letra Q e seu uso deriva da palavra inglesa “quotient”, que significa quociente, já que a forma geral de um número racional é um quociente de dois números inteiros. Então entendemos que sendo a e b dois números inteiros, com a condição de b não nulo, chamamos de número racional ao quociente a . b São exemplos de números racionais {2/3, -3/5, 87/95,...,} etc. Como todo número inteiro a pode ser escrito na forma a = a, concluímos que todo número 1 inteiro é também um número racional. Assim, é trivial perceber que o conjunto dos números inteiros está contido ou é um subconjunto do conjunto dos números racionais, ou seja: Z Q. Exemplo, 9 Professor Pedro Bigattão 4/5 = 0,8; 3/5 = 0,6; 2/3 = 0, 6666... ; 20/3 = 6, 3333... ; etc. Observe que todas as dízimas periódicas também conhecidas como números decimais periódicos são números racionais, uma vez que elas podem ser escritas na forma Quando o número racional está representado na forma a com b 0. b a onde a e b são inteiros, com b não b nulo, costumamos denominar a de numerador e b de denominador, sendo o número a b conhecido como fração ordinária. PROPRIEDADE DAS FRAÇÕES Uma fração ordinária não se altera se multiplicarmos o seu numerador e denominador, por um mesmo número diferente de zero. Assim é que: a a.n para n diferente de zero. b b.n Exemplo: 2/3 = 4/6 = 8/18 = 24/54 =... , etc. Lembremos que se o denominador de uma fração ordinária for igual a 10 (ou a uma potencia de dez), ela é conhecida como fração decimal. Exemplos: 3 / 10; 625 / 1000. Um número racional da forma a / 100 é conhecido como porcentagem e indicado simbolicamente por a % Exemplos: a) 25 / 100 = 25 % b) 75 / 100 = 75 % c) 1 / 100 = 1 % Usando uma terminologia comumente aceita, se a < b, dizemos que a fração é própria e se a > b, dizemos que a fração é imprópria. Se a for um múltiplo de b, a fração a / b será um número inteiro e a fração é dita aparente. 10 Professor Pedro Bigattão Assim, por exemplo, 5 / 7 é uma fração própria, 9 / 5 é uma fração imprópria e 10 / 5 = 2 é uma fração aparente. Saliente-se que se trata apenas de uma terminologia consagrada pelo uso, sem nenhum sentido prático e, eu diria, talvez até inútil. É importante acrescentar que o conjunto dos números racionais é denso e infinito, ou seja, dados dois números racionais r1 e r2, sempre existirá um número racional r tal que r1 < r < r2. Por exemplo, entre os números inteiros 7 e 8 não existe nenhum outro número inteiro, porém existe um número infinito de números racionais entre eles. 7,1; 7,9; 7, 0045; 7, 999..., etc. são apenas alguns dos infinitos exemplos possíveis. OPERAÇÕES EM Q a) Adição e subtração: Sejam os números racionais a / b e c / d onde a, b, c e d são números inteiros com b e d diferentes de zero. A soma e a subtração destes números racionais obedecem à seguinte regra: a c ad bc Observe que se os denominadores b d bd b e d forem iguais, a igualdade acima se reduz a: a c ac b b b Neste caso particular da expressão geral, ou seja; para somar duas frações de mesmo denominador, adicionam-se os numeradores e mantém-se o denominador comum. Exemplos: 1 2 1 2 -1 a) - = 5 5 5 5 4 8 4 8 12 b) + = =4 3 3 3 3 23 2 3 2. 4 5.3 c) + = 20 5 4 5.4 5 3 5 . 4 - 3 . 3 11 d) - = 3 4 3 . 4 12 11 Professor Pedro Bigattão b) Multiplicação: Sejam os números racionais a / b e c / d onde a, b, c e d são números inteiros com b e d diferentes de zero. A multiplicação obedece à seguinte regra geral: a c axc x b d bxd Para multiplicar duas frações, multiplicamos entre si, os numeradores e os denominadores. Exemplos: a) (2 / 3) . (5 / 7) = (2 . 5) / (3 . 7) = 10 / 21 b) (3 / 4) . (7 / 6) = (3 . 7) / (4 . 6) = 21 / 24 Observe que a fração 21 / 24, pode ser simplificada, dividindo-se numerador e denominador por 3, resultando 7 / 8. c) Divisão : Sejam os números racionais a / b e c / d onde a, b, c e d são números inteiros com b e d diferentes de zero. A divisão obedece à seguinte regra geral: a c a b : x b b b c A regra é então comumente enunciada como: para dividir uma fração por outra, basta multiplicar a primeira pelo inverso da segunda. a c Justificativa: Seja a fração F = : e utilizando a propriedade fundamental das frações, b d d poderemos multiplicar o numerador e denominador por , resultando: c a d c F = . : . b c d d c d , simplificando a expressão, lembrando que . = 1, vem, c d c a d a b finalmente que F = : x , conforme indicado na fórmula acima. b c d c 12 Professor Pedro Bigattão Exemplos: a) (2 / 3): (4 / 5) = (2 /3). (5 / 4) = (2 . 5) / (3 . 4) = 10 / 12 = 5 / 6. b) (3 / 7): (2 / 9) = (3 / 7). (9 / 2) = (3 . 9) / (7 . 2) = 27 / 14 an a d) Potenciação: = n b b n para b diferente de zero. Exemplo: (2 / 5)3 = 23 / 53 = 8 / 125 NÚMEROS IRRACIONAIS Conjunto dos Números Irracionais: É formado pelos números decimais infinitos não periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o número Pi (resultado da divisão do perímetro de uma circunferência pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265 .... Atualmente, supercomputadores já conseguiram calcular bilhões de casas decimais para o PI. Também são irracionais todas as raízes não exatas, como a raiz quadrada de dois (1, 4142135...) Vimos que os números racionais podem ser escritos na forma de uma fração a / b onde a e b são dois números inteiros, com a condição de que b seja diferente de zero e que todo número racional pode ser escrito na forma de um número decimal periódico, também conhecido como dízima periódica. Vejam os exemplos de números racionais a seguir: a) 3 / 4 = 0,75 = 0, 750000... b) - 2 / 3 = - 0, 666666... c) 1 / 3 = 0, 333333... d) 2 / 1 = 2 = 2, 0000... e) 4 / 3 = 1, 333333... f) - 3 / 2 = - 1,5 = - 1, 50000... g) 0 = 0,000... etc. Existe, entretanto, outra classe de números que não podem ser escritos na forma de fração a / b , conhecidos como números irracionais. 13 Professor Pedro Bigattão Assim como existem as dízimas periódicas, também existem as dízimas não periódicas que são justamente os números irracionais, uma vez que elas nunca poderão ser expressas como uma fração do tipo a / b Exemplos de dízimas não periódicas ou números irracionais: a) 1,01001000100001000001... b) 3,141592654... c) 2,7182818272... d) 6,54504500450004... Existem dois tipos de números irracionais: os algébricos e os transcendentes. Os números irracionais algébricos, são as raízes inexatas dos números racionais, a exemplo de 2. 5 17 103 , ... etc., ou qualquer outra raiz inexata. Já os números irracionais transcendentes complementam aqueles irracionais algébricos, sendo os exemplos mais famosos de números irracionais transcendentes, o número (pi), o número de Euler e , cujos valores aproximados com duas decimais são respectivamente 3,14 e 2,72. O número representa a razão do comprimento de qualquer circunferência dividido pelo diâmetro da mesma circunferência e o número e é à base do sistema de logaritmos neperiano. É interessante comentar, que ao tratarmos na prática, dos números irracionais, deveremos sempre adotar os seus valores aproximados, uma vez que , por serem dízimas não periódicas, os valores adotados serão sempre aproximações. Um exemplo clássico de não racionalidade de um número, é o caso da raiz quadrada de dois. O valor aproximado da raiz quadrada de dois ( 2 ) é igual a 1,414. Vamos analisar o porquê do número 2 não ser racional: Para isto, vamos utilizar o método da redução ao absurdo, que consiste em negar a tese, e concluir pela negação da hipótese. Vamos supor inicialmente, por absurdo, que 2 seja um número racional. Ora, neste caso, e se isto fosse verdadeiro, o número 2 poderia ser escrito na forma de uma fração irredutível a / b , ou seja, com a e b primos entre si , e, portanto, teríamos: 2 = a / b , onde a e b são inteiros, com b diferente de zero. Quadrando ambos os membros da igualdade anterior, teremos 2 = a2 / b2 , de onde tiramos a2 = 2.b2 Ora, como a2 é o dobro de b2, é correto afirmar que a é um número par. 14 Professor Pedro Bigattão Sendo a um número par, podemos escrevê-lo na forma a = 2k, onde k é um número inteiro. Daí vem que: (2k)2 = 2b2 ou 4k2 = 2b2, de onde tiramos que b2 = 2k2, ou seja, b também é par. Ora, sendo a e b pares, o quociente a / b não seria uma fração irredutível, já que o quociente de dois números pares é outro número par. Vemos, portanto que isto nega a hipótese inicial de que a fração a / b seja irredutível, ou seja, de que a e b sejam primos entre si. Logo, concluímos que afirmar que portanto, 2 é racional, é falso, ou seja, 2 não é um número racional, e, 2 é um número irracional. Nota: dois números inteiros são ditos primos entre si, se o máximo divisor comum (MDC) destes números for igual à unidade, ou seja: MDC (a, b) = 1. 1- Identificação de números irracionais Fundamentado nas explanações anteriores pode afirmar que: 1.1 – Todas as dízimas periódicas são números racionais. 1.2 – Todos os números inteiros são racionais. 1.3 – Todas as frações ordinárias são números racionais. 1.4 – Todas as dízimas não periódicas são números irracionais. 1.5 – Todas as raízes inexatas são números irracionais. 1.6 – A soma de um número racional com um número irracional é sempre um número irracional. 1.7 – A diferença de dois números irracionais pode ser um número racional. Exemplo: 5 - 5 = 0 e 0 é um número racional. 1.8 – O quociente de dois números irracionais pode ser um número racional. Exemplo: 8: 2= 4 = 2 e 2 é um número racional. 1.9 – O produto de dois números irracionais pode ser um número racional. Exemplo: 5. 5 = 25 = 5 e 5 é um número racional. 1.10 – A união do conjunto dos números irracionais com o conjunto dos números racionais, resulta num conjunto denominado conjunto R dos números reais. 1.11 – A interseção do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais, não possui elementos comuns e, portanto, é igual ao conjunto vazio ( ). Simbolicamente, teremos: a) Q U I = R “Racionais união com Irracionais é igual aos Reais” 15 Professor Pedro Bigattão b) Q I = “Racionais intersecção com os Irracionais é vazio” Exemplos de números irracionais: Pi = 3,1415926... (número pi = razão entre o comprimento de qualquer circunferência e o seu diâmetro) 2,01001000100001... (dízima não periódica) 3 = 1,732050807... (raiz não exata). NÚMEROS REAIS Conjunto dos Números Reais: É formado por todos os conjuntos citados anteriormente (união do conjunto dos racionais com os irracionais). Representado pela letra R. Nota: é fácil observar que o conjunto dos números reais, pode ser representado na forma de intervalo como R = (- ∞; + ∞). OPERAÇÕES COM CONJUNTOS REUNIÃO DE CONJUNTOS Definição: Dados dois conjuntos A e B, chama-se reunião de A e B os elementos que pertencem a A ou a B A B x A ou x B O conjunto A B lê-se “A união com B” Exemplos: 1) 2) 3) 4) 1, 2 3 , 4 1, 2, 3, 4 1, 2 1, 2, 3 , 4 1, 2, 3, 4 1, 2, 3 6, 7, 8 1, 2, 3, 6, 7, 8 1, 2, 3 0 1, 2, 3 16 Professor Pedro Bigattão 5) 0 0=0 Propriedades imediatas: a) A A = A b) A B = B A (a união de conjuntos é uma operação comutativa) c) A U = U, onde U é o conjunto universo. INTERSECÇÃO DE CONJUNTOS Definição: Dados dois conjuntos A e B, chama-se reunião de A e B os elementos que pertencem a A ou a B A B x A ou x B O conjunto A B lê-se “A intersecção com B” Exemplos: 1) 2) 3) 4) 1, 2 1, 3 , 4 1 1, 2 1, 2, 3 , 4 1, 2 1, 2, 3 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 1, 2, 3 1, 2, 3 0 = 0 Exemplo: Utilizando a representação gráfica dos intervalos sobre a reta real, determinar A B e A B , sendo A = [0,3] e B = [1,4]; Solução: Então A B = [1,3] e A B = [0,4] Propriedades imediatas: 17 Professor Pedro Bigattão a) A A = A b) A B = B A (a interseção é uma operação comutativa) d) A U = A onde U é o conjunto universo. Diferença: Observe que os elementos da diferença são aqueles que pertencem ao primeiro conjunto, mas não pertencem ao segundo. Exemplos: a) {0, 5, 7} - {0, 7, 3} = {5}. b) {1, 2, 3, 4, 5} - {1, 2, 3} = {4, 5}. Complementar de um conjunto: Trata-se de um caso particular da diferença entre dois conjuntos. Assim a diferença A - B chama-se, neste caso, complementar de B em relação a A. CAB = A – B Caso particular: O complementar de B em relação ao conjunto universo U, ou seja , U - B ,é indicado pelo símbolo B' . Partição de um conjunto: Seja A um conjunto não vazio. Define-se como partição de A, e representa-se por part.(A), qualquer subconjunto do conjunto das partes de A (representado simbolicamente por P(A)), que satisfaz simultaneamente, às seguintes condições: a) nenhum dos elementos de part.(A) é o conjunto vazio. b) a interseção de quaisquer dois elementos de part.(A) é o conjunto vazio. c) a união de todos os elementos de part.(A) é igual ao conjunto A. Sejam A e B dois conjuntos, tais que o número de elementos de A seja n(A) e o número de elementos de B seja n(B). Nota: o número de elementos de um conjunto, é também conhecido com cardinal do conjunto. 18 Professor Pedro Bigattão Exercícios Complete com >, < ou =: 1) 2 __________ 100 2) 6 _________ 0 3) 0,2 _________ 0,25 1 __________ 1 2 5) 7 _________ 8 4) 6) 101 ________ 101 7) 3 __________ 6 8) 3 3 _________ 2 2 Complete com ou : 9) 7 _________ N 10) 5 __________ Z 11) 13 ________ Q 12) 2 _______ I 13) 9,78 ________ Q 14) 1 __________ I 2 15) 7 ________ Z * 16) 19 _________ R * 17) 0 __________ Z 18) 23 _______ R* 19 Professor Pedro Bigattão 19) 32 ________ N * 5 __________ Q * 8 Considere os conjuntos A 1,3,5 e B 2,4. Utilizando os símbolos e , relacione: 20) 21) 3 __________ A 22) 5 __________ B 23) 2 __________ A 24) 4 __________ B Sendo N 0,1,2,3,4,..., dê, por extensão, os seguintes conjuntos: 25) A x x N e x 2c, c N 27) C x x N e x 2 , c N 26) B x x N e x c 2 , c N c 1 3 1 28) Represente na reta real os seguintes números: 3; 0; ; ; 5; - 1; ; 2 . 2 2 3 Dados os conjuntos A x Z 2 x 3, B xZ* 5 x 2 e C x Z 1 x 5, determine: 29) A B 30) A C 31) A B 32) A C 33) B C A 34) B C A 35) Dados os conjuntos A = {a, b, c}, B = {c, d} e C = {c, e}, determinar A B, C, B C, B ∩ C e A B C. 20 A Professor Pedro Bigattão 36) Assinalar no diagrama, um de cada vez, os seguintes conjuntos: a) A BC b) c) A B C d) A BC 37) Determinar os seguintes conjuntos: a) [0,2] ∩ [1,3] b) [0,2] ∩ [1,3[ 1 c) [ ,0 ∩ [0, - ∞[ 2 d) [1, 2] ∩ [0, 3] ∩ [-1, 4] 21 A B C Professor Pedro Bigattão 38) Determinar os seguintes conjuntos: a) [-1,3] [0,4] b) ]-2,1] ]0,5[ c) [-1,3] [3,5] 1 3 1 d) ,0 , 2 2 4 39) Sendo A=]-1;3] e B=[3;5[, determine: a) b) 40) Sendo A=[1;4] e B=]-1;2], determine: a) b) 41) Represente na reta real os seguintes intervalos: a) ]-3; 4] b) [1; 4] c) [2; 5[ d) ]- ; 1] 42) Em uma classe de 48 alunos, cada aluno apresentou um trabalho sobre ecologia, tendo sido indicado dois livros sobre esse assunto. O livro A foi consultado por 26 alunos e o livro B por 28 alunos. Pergunta-se: a) Quantos alunos consultaram os dois livros? b) Quantos alunos consultaram apenas o livro A? 43) Dados os conjuntos A = {0}, B = {0, 2, 4} e C = {0, 1, 2, 3, 4, 5}, o (A C é igual a: 22 conjunto Professor Pedro Bigattão 44) Num almoço foram servidos, entre outros pratos, frangos e leitões. Sabe-se que das 94 pessoas presentes, 56 comeram frango, 41 comeram leitão e 21 comeram dos dois. O número de pessoas que não comeram nem frango nem leitão é: 45) Os conjuntos A, B e C são tais que, A B = A C = B C = {2}; A B = {1;2;3} e A C = {1;2;4}. Então: a)1 C b) 1 B c) 3 B d) 4 C e) n.d.a. 46) Se M = {1; 2; 3; 4; 5} e N são conjuntos, tais que M N = {1; 2; 3; 4; 5} e M N = {1; 2; 3}, então o conjunto N é: a) vazio b) { 4; 5} c) {1; 2; 3} d) {1; 2; 3; 4; 5} e) n.d.a. 47) Se A e B são dois conjuntos não vazios tais que, A B = {1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8}, A – B = {1; 3; 6; 7} e B – A = {4; 8}, então A B é o conjunto: a) vazio b) {1; 4} c) {2; 5} d) {6; 7; 8} e) {1; 3; 4; 6; 7; 8} 48) Numa Universidade são lidos apenas dois jornais X e Y, 80% dos alunos da mesma lêem o jornal X e 60% o jornal Y. Sabendo-se que todo aluno é leitor de pelo menos um dos dois jornais, assinale a alternativa que corresponde ao percentual de alunos que lêem ambos. a) 80% b) 14% c) 40% d) 60% e) 48% 49) Dados os conjuntos A = [1, 3[ e B = ]2, 9], os conjuntos A B, A B e A – B são, respectivamente: a) [1, 9], ]2, 3[, [1, 2] b) ]1, 9], ]2, 3[, ]1, 2] c) ]1, 9[, ]2, 3[, ]1, 2] d) [1, 9], ]2, 3], [1, 2] e) [1, 9], [2, 3], [1, 2] 23 Professor Pedro Bigattão 50) Sendo A = {x IR; –1 < x 3} e B = {x IR; 2 < x 5}, então: a) A B = {x IR; 2 x 3} b) A B = {x IR;–1 < x 5} c) A – B = {x IR; –1 < x < 2} d) B – A = {x IR; 3 x 5} e) CA B = {x IR; –1 x < 2} 51) Se A = {x IR; –1 < x < 2} e B = {x IR; 0 x < 3}, o conjunto A B é o intervalo: a) [0; 2[ b) ]0; 2[ c) [–1; 3] d) ]–1; 3[ e) ]–1; 3] 52) A diferença A – B, sendo A = {x IR; –4 x 3} e B = {x IR; –2 x < 5} é igual a: a) {x IR; –4 x < –2} b) {x IR; –4 x –2} c) {x IR; 3 < x < 5} d) {x IR; 3 x 5} e) {x IR; –2 x < 5} 53) Para o intervalo A = [–2, 5], o conjunto A IN* é igual a: a) {–2,–1, 1, 2, 3, 4, 5} b) {1, 2, 3, 4, 5} c) {1, 5} d) {0, 1, 2, 3, 4, 5} e) ]1, 5] 54) Na figura estão representados geometricamente os números reais 0, x, y e 1. Qual a posição do número x. y? 0 x y 1 24 Professor Pedro Bigattão a) À esquerda de 0 b) Entre 0 e x c) Entre x e y d) Entre y e 1 e) À direita de 1 55) Em uma escola que tem 415 alunos, 221 estudam inglês, 163 estudam francês e 52 estudam ambas as línguas. Quantos alunos estudam inglês ou francês? Quantos alunos não estudam nenhuma das duas? 56) Dados os conjuntos A = {a,b,c}, B = {b,c,d} e C = {a,c,d,e}, o conjunto (A - C) U (C - B) U (A ∩ B ∩ C). 57) Sendo A = {0,1,2,3,4,5}, B = {0,2,4,6}, C = {x|x é número par menor que 10} e D = {x|x é número impar compreendido entre 6 e 12}, determine: a) A B b) A U C c) A U B d) C D e) (B U A) C f) C U D g) ( C B) U A h) C U B 58) Dados os conjuntos A = {1,3, 5}, B = {2,4,5} e C = {1,2,3}, determine o conjunto H tal que: a) A U H = {1, 2, 3, 4, 5, 6} b) B U H = {1, 2, 3, 4, 5, 6 } c) H – C = {4, 5, 6} 25 Professor Pedro Bigattão 59) Considere o diagrama a seguir. Calcule: a) A U B b) A B C c) A U B U C 60) Considere os conjuntos: Determine: 26 Professor Pedro Bigattão POTENCIAÇÃO Faremos uma revisão sobre potenciação para facilitar o entendimento no estudo dos polinômios e no estudo das funções. Expoente inteiro positivo Seja a (base) um número real e n(expoente) um número inteiro positivo, então an representa o produto de n fatores, todos iguais em a. Expoente inteiro negativo Seja a (base) de um número real onde a ≠ 0 e n (expoente) um número inteiro e negativo, então: a n 1 a n Expoente racional Seja a (base) um número real e m e n (expoentes) números inteiros, então: m n a a n m ou a m n 1 n am Expoente zero Seja a (base) um número real onde a ≠ 0 e n = 0, convenciona-se que: a0 1 27 Professor Pedro Bigattão PROPRIEDADES DA POTÊNCIA 1. Multiplicação de bases iguais am .an = am + n 2. Divisão de bases iguais am a mn n a 3. Potência de potência (am)n 4. = am . n m n Produto de bases diferentes de mesmo expoente a . b n 5. a an.bn Quociente de bases diferentes de mesmo expoente n an a n b b , com b 0 EXERCÍCIOS 1) Calcule: a) 2 3 b) 3 2 1 c) 4 2 3 d) 2 3 28 Professor Pedro Bigattão e) 10 2 f) 4 3 g) 8 2 9 h) 7 1 i) 5 1 3 j) 1,2 2 2) Aplicando a definição, calcule: a) 6 2 b) 3 1 2 c) 2 5 d) 4 0 e) 8 1 3 f) 4 3 1 g) 100 2 2 h) 5 3 i) 4 3 2 j) 2 4 l) 7 2 m) 125 n) 1 3 12 0 o) 3 0 , 25 p) 16 1 4 29 Professor Pedro Bigattão q) 8 2 2 q) 3 4 1 1 3 r) 1000 3) Usando os sinais de ou , compare as potências: a) 2 7 _______ 2 7 b) 8 2 _____ 8 2 c) 6 2 _______ 6 2 d) 4 ______ 4 3 3 e) 3 ______ 13 0 f) 3 ______ 3 2 2 4) Escreva na forma de potência com expoente inteiro negativo: a) 1 47 3 b) 5 1 c) 2 7 1 81 6 8 e) 27 1 f) 243 5) Escreva sob a forma de radical as seguintes potências: a) 5 b) 2 2 3 1 3 30 Professor Pedro Bigattão 2 c) 10 5 d) 3 0 ,125 6) Aplique as propriedades: 4 5 a) 5 : 5 9 6 b) 3 3 1 c) 4 4 d) 3 11 2 e) 5 : 4 7 9 5 f) 2 2 2 7 2 g) 3 : 3 h) 10 i) 2 3 j) 7 : 4 6 3 2 4 3 2 5 l) 9 4 : 9 1 m) 113 116 o) 2 5 n) 5 2 4 4 4 3 1 34 2 p) 2 7 7) Determine o valor das expressões abaixo: a) 3 3 3 3 4 2 8 4 20 7 2 4 a b 2 a 1 b 2 a b 1 b) (FGV – SP) a 3 b a 2 b 1 a 1 b 2 , quando a 10 3 e b 10 2 . 31 Professor Pedro Bigattão 20 c) 1 2 1 20 4 22 1 d) 2 2 2 32 1 6 32 Professor Pedro Bigattão POLINÔMIOS Polinômio é uma soma algébrica de monômios, cada um dos quais é chamado termo do polinômio. Quando dois termos têm partes literais iguais (ou não têm parte literal) eles são chamados termos semelhantes. Dois ou mais termos semelhantes podem ser reduzidos a um só termo, ao conservarmos a parte literal e somarmos os coeficientes. São exemplos de polinômios: 5x Monômio ax b Binômio 3x 2 2 x 1 Trinômio xy yz zx x y z 1 Polinômio EXEMPLOS: 1) Reduza os termos semelhantes: a) 2 x 3x b) 4 x 2 2 x 2 2 2 c) 7 x 9x 6x 2x 5 4x d) 2ab 3a 4b 6 7ab a b 1 2 1- GRAU DE UM POLINÔMIO Quando os termos semelhantes estão reduzidos, denominamos grau de um polinômio não nulo o maior expoente da variável nos termos não nulos. Para um polinômio nulo não se define grau. 2 a) 5x 4 x 3 Polinômio de 2° grau 33 Professor Pedro Bigattão 3 5 b) 6 x 3x 2 Polinômio de 5° grau 2- OPERAÇÕES COM POLINÔMIOS ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO Denominamos soma ou subtração de dois ou mais polinômios ao polinômio que se obtém adicionando todos os termos dos polinômios dados. MULTIPLICAÇÃO Para multiplicar dois polinômios, multiplicamos cada termo de um deles por todos os termos do outro e adicionamos os resultados. DIVISÃO Para dividir um polinômio por um monômio, dividimos cada termo do polinômio pelo monômio e adicionamos os resultados. EXERCICIOS 1) Dados os polinômios A x 2 x 2 , B 4 x 2 2 x 1 e C 2x 5 , calcule A B C . 2) Calcule A B , dados A 3x 2 7 x 3 e B 2 x 2 7 x 4 . 3) Calcule: a) 2 x 2 y 2 7 x 3 7 11 b) ab 2 a 2 b 3 3 2 c) x 2 x 2 2 x 3 e) 64 x : 4 d) x 2 2 x 2 3x 1 2 f) 9 x 3 : 9 x g) 12 x 4 y 2 : 10 x 3 y 2 34 Professor Pedro Bigattão h) 5x 4 3x 3 : x j) 2a b 6a b : 4a b i) x 5 x 4 2 x 3 : x 3 4 3 3 2 3 4) Indique se é monômio, binômio ou trinômio: a) ay ab b) x 3 100 c) 2abc d) ax 2 bx 3 e) x 2 5) Indique o coeficiente dos seguintes monômios: a) 3x b) 13m 2 5 c) ab 3 d) x 2 y 3 e) a 2 b x f) 2 6) Reduza a um só termo: a) 4x 9x b) 8 y 3 y y c) 5a 7 a a d) 2x2 x2 9x2 1 e) xy 3 xy 2 f) 4ac 6ac 3 3 11 g) x x x 5 2 4 h) 7a 9b 4a b 2a i) 2 x 2 7 x 2 4 x 3x 1 j) 4 x 2 3x 7 x 2 3x 8 35 Professor Pedro Bigattão l) 6 x 2 y 11 7 x 5 y 5 2 x y 8 7 x y m) 25x 2 11xy 8 y 2 14 x 2 12 xy 9 y 2 x 2 y 2 7) Ordene segundo os expoentes decrescentes de x e dê o grau: a) A 3x 2 x 2 1 b) B 14 5 x 2 4 x c) C x 3 13x 12 x 2 d) D 3x 2 11 9 x 4 8) Calcule: a) 3x 9 5x 1 b) 3a 5b 7a 5b c) 3x 2 4 x 9 x 2 4 x 2 d) 3a 2b 3c 6a b c 2a 3b 2c e) 17 x 5 7 x 3 1 4 f) 6 x 2 3 x 2 3 5 5 2 g) x 2 x 2 2 x 2 9 x 2 5 h) 2a ab 5b a 3ab 2b 9) Dados: A x 2 x 3 , B 3 x 2 3 x 1 e C x 2 x 4 . Calcule: a) A B C b) A B C c) C B A 10) Calcule: a) 2x 4 c) 4a b2a b) 2 x 2 x 2 3x 4 2 2 ab b 2 36 Professor Pedro Bigattão d) 3x x 2 xy y 2 e) 2 x 54 x 1 1 f) 3x x 2 4 2 g) 2a 3ba 5b h) x 2x 2 x 2 4 11) Calcule os quocientes: a) 243 x 3 : 81x 2 b) 63a 2 b 3 : 7ab 2 c) 49 xy 2 : 7 y d) e) f) 32 a 2b5 8ab3 4a 4 12a 3 8a 4a 9 x 6 12 x 5 18 x 3 x 4 3x 3 g) 8a 3b 2 12a 2 b 3 16a 5 b 4 : 4a 2 b 37 Professor Pedro Bigattão PRODUTOS NOTÁVEIS No cálculo algébrico, alguns produtos aparecem com muita freqüência, como: x y x y x y 2 x y x y x y 2 x y x y 1- Quadrado da soma de dois termos Quadrado da diferença de dois termos Produto da soma pela diferença de dois termos QUADRADO DA SOMA DE DOIS TERMOS O quadrado da soma de dois termos é igual ao quadrado do primeiro, mais duas vezes o produto do primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo. 2- QUADRADO DA DIFERENÇA DE DOIS TERMOS O quadrado da diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro, menos duas vezes o produto do primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo. 3- PRODUTO DA SOMA PELA DIFERENÇA O produto da soma pela diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo menos o quadrado do segundo termo. 38 Professor Pedro Bigattão 4- OUTROS PRODUTOS NOTÁVEIS x y 3 x y 3 Cubo da soma de dois termos Cubo da diferença de dois termos x y 3 x y x y 2 x3 3x 2 y 3xy2 y3 x y 3 x y x y 2 x3 3x 2 y 3xy2 y3 EXERCÍCIOS Utilizando as regras de produtos notáveis, calcule: 1) 7a 27a 2 2) 2 5 x 2 3) 3 x 4 y 2 2 4) 4 x a 3 2 6) m 2n 7) 3 b c 8) a 4a 9) 6a m 6a 2 5) a 3 5y 2 3 2 2 3 3 2 2 3 4 4 4 m4 1 1 10) bc a bc a 5 5 11) m 2 n 2 p 3 m 2 n 2 p 3 12) 1 2a 3 13) 2 x y 3 14) Escreva o polinômio reduzido expresso por 2a 32 a 52 . 39 Professor Pedro Bigattão 15) Dado o polinômio x 12 x 12 2x 2 1, qual é sua forma reduzida? 16) Qual é a forma mais simples da expressão a b3 a3 b3 4aba b ? 17) Quando elevamos a expressão 3a 1 ao quadrado e do resultado subtraímos 6a , qual é o polinômio que vamos obter? 40 Professor Pedro Bigattão Exercicios de revisão “ Produtos notáveis” 1) Calcule a) (3 + x)² = b) (x + 5)² = c) (x + y)²= d) (x + 2)²= e) (3x + 2)² = f) (2x + 1)² = g) (5 + 3a)² = h) (2a + x)² = 2) Calcule: a) (r + 4s)² = b) (y5 – 3)2 = c) (3y + 3a)² = d) (-5 + n)² = e) (-3x + 5)² = f) (a+ab)²= g) (2x + xy)² = h) (x + 0,5)² = 3) Calcule: a) (a² + 1)² = b) (y5 + 3)² = c) (y5 + 1)² = d) (4x² + 7)² = e) (2x³ + 3y²)² = f) (a² + b²)² = g) (x + 2y³)² = h) (mn² + 4)² = i) (xy + 2³)² = j) (x²y + xy²)² = 41 Professor Pedro Bigattão 4) Calcule: a) (x - 1/2)² = b) (x - 2/3)² = c) (y² - 1/4)² = d) (x/2 - y/2)² = 5) Calcule a) (x + 1/2)² = b) (a + 2/3)² = c) (a² + 1/4)² = d) (2x + 1/2)² = e) (m/2 + 3)²= f) (x/2 + y/2)² = 6) Calcule: a) (5 - x)² = b) (y - 3)² = c) (x - y)² = d) (x - 7)² = e) (2x - 5)² = f) (6y - 4)² = g) (3x - 2y)² = h) (2a - b)² = 7) Calcule: a) (5a² - 1)² = b) (x² - 1)² = c) (9x² - 1)² = d) (x³ - 2)² = e) (2n5 - 3)² = f) (x - 5y³)² = g) (a² - b²)²= h) (1 - mx)² = i) (2 – x5)²= j) (-3x - 5)²= 42 Professor Pedro Bigattão l) (x - 1/2)²= m) (a³ - m³)² = n) (-a - c)²= o) (2n4 - 1)²= 8) Calcule o produto da soma pela diferença de dois termos: a) (x + y)(x - y)= b) (y - 7)(y + 7) = c) (x + 3)(x - 3) = d) (2x + 5)(2x - 5) = e) (3x - 2)(3x + 2) = f) (5x + 4)(5x - 4) = g) (3x + y)(3x - y) = h) (1 - 5x)(1 + 5x) = i) (2x + 3y)(2x - 3y) = j) (7 - 6x)(7 + 6x) = 9) Calcule o produto da soma pela diferença de dois termos: a) (1 + 7x²)(1 - 7x²) = b) (3x² - 4)(3x² + 4) = c) (a³ - 1)(a³ + 1)= d) (a + xy)(a - xy)= e) (a² - b²)(a² + b²)= f) (3x² - y²)(3x² + y²) = g) (0,5 + x)(0,5 - x) = h) (t³ + 3)(t³ - 3) = i) (2x³ + 2a)(2x³ - 2a) = j) (-3a + 4n²)(-3ª - 4n²) = l) (a²c + d²)(a²c - d²) = m) (mn - 7)(mn + 7)= 10) Calcule a) (x + 1/2)(x - 1/2) = b) (x - 2/3)( x+ 2/3) = c) (y + 6/7)(y - 6/7) = d) (1 + x/3)(1 - x/3) = 43 Professor Pedro Bigattão e) (x/5 - 1)(x/5 + 1) = 11) Calcule o produto da soma pela diferença de dois termos: a) (x/4 + 2/3)(x/4 - 2/3) = b) (3 + 2x/7)(3 - 2x/7) = c) (3x/4 - a/5)(3x/4 + a/5) = 12) Desenvolva: a) (x + y)³ = b) (x - y)³ = c) (m + 3)³ = d) (a - 1)³ = e) (5 - x)³ = f) (-a - b)³ = 13) Desenvolva: a) (x + 2y)³ = b) (2x - y)³ = c) (1 + 2y)³ = d) (x - 2a)³ = e) (1 - pq)³ = f) (3x² - 1)³ = EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES: 1) Efetue: a) (5a + 7)²= b) (2n - 1)² = c) (7x -a)² = d) (4x + 9)² = e) (3x + 2y)² = f) (3a² + 1)² = g) (2x³ - 5)² = h) (8x - 7a)² = i) (6 - a³)² = 44 Professor Pedro Bigattão j) (3a² + 1)² = l) (10p + 3q)² = m) (1 + pq)² = 2) Efetue: a) (1 + x)(1 - x) = b) (a - 3m)(a + 3m) = c) (r + 3s)(r - 3s) = d) (a² -8)(a² + 8)= e) (2x³ - 1)(2x³ + 1) = f) (m³ - 8)(m³ + 8) = g) (3xy + z)(3xy - z) = h) (a²b² - 1)(a²b² + 1) = 3) Desenvolva: a) (x - 1)³ = b) (x + 2)³ = c) (2x - 1)³ = d) (2x + 5)³ = e) (3x – 2)³ = f) (x² - 3m)³ = 4) Desenvolva e reduza: a) (x - 5)² - 10x = b) (5x - 2)² + 3x -1 = c) (x + 1)² - (x - 1)² = d) (x + 3)² + (x - 3)² = e) (7x + 5)² - (7x - 5)² = f) (3x - 1)(3x + 1) – 1= 45 Professor Pedro Bigattão RESOLVER OS TESTES: 1) Sejam as afirmações: i ) (a - b)² = a² - b² ii ) (a + b)(a - b) = a² - b² iii) (a + b)² - 2b²=a² - b² Quantas são verdadeiras? a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 2) A expressão (-x - y)² é igual a: a) x² + 2xy + y² b) -x² - 2xy - y² c) x² + y² d) x² - y² 3) A expressão (2x³-3x²) (2x³+3x²) é igual a: a) 4x9 – 9x4 b) 4x6 – 9x4 c) 4x9 + 9x4 d) 4x6 + 9x4 4) O desenvolvimento de (2a-3b)² é: a) 2a²-3b² b) 4a²+9b² c) 4a²-12ab+9b² d) 2a²-12ab+3b² 5) A expressão (xy + xz)² é igual a: a) x²y² + 2x²yz + y²z² b) x²y² + 2x²yz + x²z² c) x²y² + 2x²yz + xz² d) x²y² + 2x4 + y²z² + x²z² 46 Professor Pedro Bigattão 6) A expressão x²- (x - 7)² é igual a: a) 14x - 49 b) 49 - 14x c) 2x² + 14x - 49 d) 2x² - 14x + 49 7) A expressão (x + y)²-(x² + y²) é igual a: a) 0 b) 2xy c) 2x² + 2y² d) 2xy - 2x² - 2y² 8) A expressão (x - y)² - (x + y)² é equivalente a: a) 0 b) 2y² c) -2y² d) -4xy 9) A expressão (2a + b)² - (a - b)² é igual a: a) 3a² + 2b² b) 3a² + 6ab c) 4a²b + 2ab d) 4a² + 4ab + b² 10) A expressão (a² - 1)² - (a² -1)(a² + 1) é igual a: a) 2a4 + 1 b) 3a² + 1 c) - 2a² + 1 d) - 2a² + 2 11) A expressão (x³ + 1/2)(x3 - 1/2) é igual a: a) x9 + 1/2 b) x9 -1/4 c) x6 + 1/4 d) x6 -1/4 47 Professor Pedro Bigattão 12) Desenvolva: a) (2x + 1/2)³ = b) (x/3 + 1)³ = c) (x - 1/4)³ = d) (3a/2 - 2b/3)³ = e) (x²/4 + x/2 +1)² = f) (2x² + x + 1/2)² = g) (4a² - a/2 + 1/8)² = 13) Quanto devemos adicionar a (m + 1)³ para obter (m+2)³: 14) Calcule (2x/3 - 1)³ + 3(2x/3 - 1)² + 3(2x/3 - 1) + 1 15) Dado a = x² - x + 1/4, calcule o polinômio a² - a + 1/4. 16) Quanto devemos adicionar a x³ + 1000 para obter (x + 10)³? 17) Simplifique: (((n + 1)/2 - 1)² - ((n - 1/2) + 1)²)/2 = 18) Subtraia (x² + 3x + 1)² de x (x + 1)(x + 2)(x + 3) + 1. 19) Quanto devemos adicionar ax4 +x²+1 para obter (x² + x + 1)²: 48 Professor Pedro Bigattão FATORAÇÃO Fatorar um polinômio, quando for possível, significa escrever esse polinômio como uma multiplicação de dois ou mais polinômios. 1. Fatoração de um fator comum em evidência Quando todos os termos de um polinômio têm um fator comum, podemos colocá-lo em evidência. A forma fatorada é o produto do fator comum pela expressão que se obtém dividindo-se cada termo do polinômio pelo fator comum. 1) 6ax 5ay 2) a 4 3a 3 a 2 = 3) 8a 4 b 5 20a 3b 2 16ab 4 2. Fatoração por agrupamento Agrupamos os termos que possuem fator comum, em cada grupo colocamos os fatores comuns em evidência e reescrevemos o novo polinômio fatorado. 1) mx nx 2m 2n 2) 2ax bx 10a 5b 3) 3ax 2b 2 b 2 x 6a 3. Fatoração da diferença de dois quadrados Descobrimos a raiz quadrada de cada termo do polinômio e o escrevemos na forma de produto da soma pela diferença. 1) x 2 49 2) 1 x2 y2 16 3) x 2 y 2 4. 5. Fatoração do trinômio quadrado perfeito 49 Professor Pedro Bigattão Para reconhecer se o polinômio é um trinômio quadrado perfeito, verificamos se dois termos do trinômio são quadrados e extraímos suas raízes quadradas. Finalmente, multiplicamos por 2 o produto das raízes para verificar se o resultado é igual ao termo restante. 1) x 2 8xy 16 y 2 2) x 2 6 x 9 EXERCÍCIOS Fatore os seguintes polinômios 115)a 2 6ab 116) xy3 y 2 y 1 1 117) y x 3 6 5 118)24 x 8 x 3 56 x 4 119)35 x 2 y 3 14 x 3 y 2 120)a 2 ab ax bx 121)ax x ab b 122)bx 2 2by 5 x 2 10 y 123)2an n 2am m 124)64 a 2 9 25 2 126)36 x 100 y 2 125)b 2 127)a 2 b 4 x 6 128)4 x 2 12 xy 9 y 2 129)100 p 2 20np n 2 130)16 x 4 8 x 2 y y 2 131) x 2 2bcx b 2 c 2 132) Sabendo que 2a 3 8 , determine o valor numérico do trinômio 4a 2 12 a 9 . 133) Dado o polinômio a 2b 2 x 2 , determine a sua forma fatorada e o seu valor numérico, dados ab x 9 e ab x 5 134) Dado o polinômio x 2 xz 2 xy 2 yz , determine: 50 Professor Pedro Bigattão a) b) a forma fatorada do polinômio; o valor numérico da expressão obtida, sabendo que x z 27 e x 2 y 5 . 135) Sabendo-se que 2 x y 12 e que a b c 20 . Nessas condições, fatore o polinômio a2 x y b2 x y c2 x y e dê o seu valor numérico. Exercicios de revisão “Fatoração” 1) Coloque em evidência o fator comum a) a3b2c2 + a2b3c2 + a2b2c3 b) x2y2 - xy c) d) 16a4 – 64a3 (a + b)x + 2(a + b) 2) Agrupe convenientemente os termos e Fatore. a) b) c) 4a + 3b + ab 7x2 – y + x – 7xy m2n -1 + n – m2 3) Fatore: a) b) c) d) e) 4a2 – 9b2 (x +y)2 -y2 (a + b)2 – (a – b)2 1 – (x + y)2 m4 -16n3 f) - 4) Fatore completamente a) b) c) d) a4 – a2 2ax2 – 32ª a3 + a2 -4a – 4 x3 – 7x2 – x + 7 51 Professor Pedro Bigattão 5) Fatore completamente a) x2 -70x + 49 b) – a +1 c) -a+1 52 Professor Pedro Bigattão RACIONALIZAÇÃO Definição: Fração irracional é a que tem pelo menos um termo, o numerador ou o denominador, irracional ou sob radical. Exemplos: RACIONALIZAÇÃO DOS DENOMINADORES DE FRAÇÕES IRRACIONAIS Tem grande importância no processo de racionalização a seguinte propriedade das frações. Uma fração não se altera quando o numerador e o denominador são multiplicados pelo mesmo número diferente de zero. Racionalização dos denominadores irracionais de uma fração irracional é a operação que tem por finalidade transformá-la em um número inteiro ou em uma fração equivalente com denominador racional. 53 Professor Pedro Bigattão Então racionalização consiste em transformar um denominador expresso por um número irracional em um denominador expresso por um número racional. Exemplos: a) 1 b) 5 5 3 10 c) 3 2 d) 1 5 2 EXERCÍCIOS Torne racional o denominador de cada uma das seguintes expressões: 136) 137) 1 2 2 6 138) 6 3 139) 5 7 140) 141) 142) 3 5 7 2 1 4 3 143) 21 2 7 54 e) 2 2 2 2 Professor Pedro Bigattão 144) 20 3 10 145) 7 10 7 146) 5 2 2 5 147) 7 3 2 7 148) 149) 150) 151) 1 3 3 2 5 5 3 2 2 2 10 2 10 Racionalize o denominador de cada uma das seguintes expressões: 152) 153) 154) 155) 156) 157) 158) 159) 1 3 7 2 7 5 4 3 5 1 11 3 11 2 3 1 2 13 7 1 7 1 7 1 5 3 5 55 Professor Pedro Bigattão 160) 161) 162) 163) 3 2 3 2 6 2 6 2 3 3 3 3 3 2 2 1 164) Escreva na forma mais simples a expressão 2 2 2 1 2. 165) Qual é a forma mais simples de escrever a expressão 56 2 5 1 1 5 2 5 5 1 ? 5 1 Professor Pedro Bigattão RELAÇÃO E FUNÇÃO 1. Sistema Cartesiano Ortogonal É um sistema composto por dois eixos perpendiculares entre si, ou seja, o eixo das abscissas (eixo x ) e o eixo das ordenadas (eixo y ) que dividem o plano em quatro quadrantes. Com este sistema, podemos localiza pontos no plano que são chamados de pares ordenados x, y . 2. Produto Cartesiano AxB (A cartesiano B) é o conjunto formado pelos pares ordenados x, y de dois conjuntos não vazios A e B que podem ser representados por meio do diagrama de flechas ou no sistema cartesiano ortogonal. EXERCÍCIOS Dados os conjuntos A 1,2,3, B 1,0,1,2 e C 1,0, determine: 166) AxB 57 Professor Pedro Bigattão 167) AxC 168) CxB Dados A 2,1,0,1 e B 2,1,0,1,2,3,4,5, determine as relações de A em B representandoas no diagrama de flechas: 169) R1 x, y AxB y x 2 170) R2 x, y AxB y x 2 1 171) R3 x, y AxB y 2 x Em cada exercício abaixo, determine se é função ou não e, em caso afirmativo, dê o domínio, a imagem e o contradomínio: 172) Seja f uma relação de A 0,1,2 e B 1,0,1,2,3,4 expressa pela fórmula y x 2 , com x A e y B . 173) Seja f uma relação de A 1,0,1,2,3,4 e B 2,1,0,1,2,3,4,5,6,7,8 expressa pela fórmula y 2 x , com x A e y B . 174) Seja f uma relação de y x 2 1 , com x A e y B . A 2,1,0,1,2 e B 4,3,2,0,1,2,3,4 expressa pela fórmula 58 Professor Pedro Bigattão FUNÇÃO DO 1º GRAU Vamos iniciar o estudo da função do 1º grau, lembrando o que é uma correspondência: Correspondência: é qualquer conjunto de pares ordenados onde o primeiro elemento pertence ao primeiro conjunto dado e o segundo elemento pertence ao segundo conjunto dado. Assim: Dado os conjuntos A={1,2,3} e B={1,2,3,4,5,6} consideremos a correspondência de A em B, de tal modo que cada elemento do conjunto A se associa no conjunto B com o seu sucessor. 1- Noções de função: Considere os diagramas abaixo: 1 2 3 4 5 Condições de existência: (1) Todos os elementos de x têm um correspondente em y. (2) Cada elemento de x tem um e somente um correspondente em y. 59 Professor Pedro Bigattão 2- Domínio, Contradomínio e Imagem Observe o diagrama a seguir: Chamaremos esta função de f, logo o conjunto de pares ordenados será: f = {(1,2), (2,3), (3,4)} O conjunto X = {1,2,3} denomina-se domínio da função f. D(f) = x O conjunto Y = {1,2,3,4,5} denomina-se contradomínio da função f. CD(f) = y Dizemos que 2 é a imagem de 1 pela função f. f(1) = 2 Ainda, f(2) = 3 e f(3) = 4. Logo o conjunto das imagens de f e dado por: Im(f) = {2,3,4} Exemplo: 1) Determine o conjunto imagem de cada função: a) D(f) = {1,2,3} y = f(x) = x + 1 f(1) = 1+1 = 2 f(2) = 2+1 = 3 f(3) = 3+1 = 4 Logo: Im(f) = {2,3,4} 60 Professor Pedro Bigattão b) D(f) = {1,3,5} y = f(x) = x² f(1) = 1² = 1 f(3) = 3² = 9 f(5) = 5² = 25 Logo: Im (f) = {1,9,25} 2) Numa loja, o salário fixo mensal de um vendedor é 500 reais. Além disso, ele recebe de comissão 50 reais por produto vendido. a) Escreva uma equação que expresse o ganho mensal y desse vendedor, em função do número x de produto vendido. y = salário fixo + comissão y= 500 + 50x b) Quanto ele ganhará no final do mês se vendeu 4 produtos? y = 500 + 50x, onde x = 4 y = 500 + 50.4 = 500 + 200 = 700 c) Quantos produtos ele vendeu se no final do mês recebeu 1000 reais? y = 500 + 50x , onde y = 1000 1000 = 500 + 50x » 50x = 1000 - 500 » 50x = 500 » x = 10 A relação assim definida por uma equação do 1º grau é denominada função do 1º grau, sendo dada por: y = f(x) = ax + b com a ,b e a Gráfico da função do 1º grau: O gráfico de uma função do 1º grau de R em R é uma reta. 61 Professor Pedro Bigattão Exemplo: 1) Construa o gráfico da função determinada por f(x) = x + 1: Atribuindo valores reais para x, obtemos seus valores correspondentes para y. O conjunto dos pares ordenados determinados é f = {(-2,-1) , (-1,0),(0,1),(1,2),(2,3)} x y = f(x) = x + 1 -2 -1 -1 0 0 1 1 2 2 3 2) Construa o gráfico da função determinada por f(x) = - x + 1. Atribuindo valores reais para x, obtemos seus valores correspondentes para y. X y = f(x) = - x + 1 -2 3 -1 2 0 1 1 0 2 -1 O conjunto dos pares ordenados determinados é f = {(-2,3), (-1,2), (0,1), (1,0), (2,-1)} Gráficos crescentes e decrescentes respectivamente: y = x + 1 (a > 0); onde a = 1 y = - x + 1 (a < 0); onde a = -1 62 Professor Pedro Bigattão Função crescente 3- Função decrescente Raiz ou zero da função do 1º grau: Para determinarmos a raiz ou zero de uma função do 1º grau, definida pela equação y=ax+b, como a é diferente de 0, basta obtermos o ponto de intersecção da equação com o eixo x, que terá como coordenada o par ordenado (x,0). 1) Considere a função dada pela equação y = x+1, determine a raiz desta função. x + 1 = 0 » x = -1 Dizemos que -1 é a raiz ou zero da função Basta determinar o valor de x para termos y = 0 Note que o gráfico da função y = x + 1, interceptará “cortará” o eixo x em -1 que é a raiz da função. 2) Determine a raiz da função y = -x + 1 e esboce o gráfico. Fazendo y = 0, temos: 0=-x+1 » x =1 Note que o gráfico da função y = - x + 1, interceptará (cortará) o eixo x em 1 que é a raiz da função. 63 Professor Pedro Bigattão 4- Sinal de uma função de 1º grau: Observe os gráficos: a>0 a<0 Note que para x = -b/a, f(x) = 0 (zero da função). Para x > -b/a, f(x) tem o mesmo sinal de a. b Para x < , f(x) tem o sinal contrário ao de a. a Exemplos: 1) Determine o intervalo das seguintes funções para que f(x) > 0 e f(x) < 0. a) y = f(x) = x + 1 x+1 > 0 » x > -1 Logo, f(x) será maior que 0 quando x > -1 x+1 < 0 » x < -1 Logo, f(x) será menor que 0 quando x < -1 b) y = f(x) = -x + 1 -x + 1 > 0 » -x > -1 » x < 1 Logo, f(x) será maior que 0 quando x < 1 -x+1< 0 » -x < -1 » x > 1 Logo, f(x) será menor que 0 quando x > 1 EXERCÍCIOS 175) Dada a função f ( x) 5 x 2 , determinar a) f 5 1 b) f 5 176) Dada a função f x 1 3x , calcule: a) f 0 b) f 1 64 Professor Pedro Bigattão 1 c) f 3 2 d) f 3 177) Calcule os zeros das seguintes funções: a) y 4 x 1 b) f x 2 x 2 c) y 3 x 15 d) f x 14 x 7 178) Construa o gráfico das seguintes funções e classifique-as: a) y 1 2 x b) y 2 x 3 x 1 2 d) y x 2 c) y 179) Considere a função f ( x) m 7x 1 , com m . a) b) Calcule m de modo que f seja crescente. Calcule m de modo que f seja decrescente. 180) Determine m de modo que o gráfico da função f ( x) 2 x 4m 5 intercepte o eixo x no ponto de abscissa 3. 181) Dada a função f x ax b , sabe-se que f 1 4 e f 2 10 . Escrever a função f e calcular f 2 . 182) Sabendo que a função y mx n admite 3 como raiz e f 1 8 , calcule: a) os valores de m e n; b) f 10 65 Professor Pedro Bigattão 183) Obtenha a equação da reta que passa pelo ponto 1,2 e tem coeficiente angular igual a 3 . 184) Obtenha a equação da reta que passa pelo ponto 1,3 e tem coeficiente linear igual 1 2 a . 185) Obtenha a equação da reta que passa pelo ponto 4,2 e tem coeficiente angular a 3. igual 186) Obtenha a equação da reta que passa pelo ponto 2,1 e tem coeficiente linear a 2. igual 187) Escreva a função f x ax b cujo gráfico, num sistema cartesiano ortogonal, é dado por: EXERCICIOS EXTRAS “FUNÇÃO DO 1 GRAU” 66 Professor Pedro Bigattão 67 Professor Pedro Bigattão 68 Professor Pedro Bigattão 69 Professor Pedro Bigattão 1) Dados os conjuntos A={a,b,c} e B={1,2,3,4}, podemos construir a relação R em A×B que está apresentada no gráfico. 12) Qual resposta mostra a relação R de forma explicita? a. R={(a,1),(b,3),(c,4),(a,3)} b. R={(1,a),(4,a),(3,b),(c,2)} c. R={(a,1),(b,3),(c,2)} d. R={(a,1),(a,4),(b,3),(c,2) 3) Sejam os conjuntos A={1,2,3} e B={1,3,4,5} de números reais e a relação definida por R = {(x,y) B: y= 2x-1}. Qual dos gráficos cartesianos abaixo representa a relação R? A× 24) Sejam os conjuntos A={1,3,4,5} e B={0,6,12,20} e a relação R={(x,y) em A × B: y = x (x-1)} definida sobre A × B. Escrever R de uma forma explicita e construir o gráfico cartesiano desta relação. 5) Seja A={1,2,3,5,7}. Analisar o gráfico cartesiano da relação R em A × A e responder às questões pertinentes a esta relação. 70 Professor Pedro Bigattão a. Qual das alternativas abaixo é verdadeira? b. (2,3) R, (5,1) R, (7,7) R c. (1,1) R, (3,5) R, (5,1) R d. (1,1) R, (5,5) R, (3,5) R e. (2,3) R, (3,5) R, (7,7) R 6) Para a relação R={(1,1),(2,3),(3,5),(5,1),(7,7)}definida sobre o conjunto A={1,2,3,5,7}, responda qual das alternativas abaixo representa o contradomínio da relação R. a.(R) = {1,2,3,5,7} b.(R) = {1,3,5,7} c.(R) = R d.(R) = {3,5,7} 7) Seja a relação R={(1,1),(2,3),(3,5),(5,1),(7,7)} def. sobre A={1,2,3,5,7}. Qual alternativa representa o domínio de R. a. Dom (R) = R b. Dom (R) = {2,5,7} c. Dom (R) = {1,2,7} d. Dom (R) = {1,2,3,5,7} 8) Para a relação R={(1,1),(2,3),(3,7),(5,1),(7,7)} def. sobre A={1,2,3,5,7}, qual das alternativas representa a imagem de R. a. Im(R) = {1,2,3,5,7} b. Im(R) = {1,3,5,7} c. Im(R) = {1,3,5} d. Im(R) = R 71 Professor Pedro Bigattão 9) Sejam A = {2,4,6,8}, B = {1,3,5,7} e a relação R em A × B apresentada pelo seu gráfico cartesiano. Identifique se cada afirmação é V (verdadeira) ou F (falsa). a. (2,1) pertence à relação R. b. (3,2) pertence à relação R. c. (4,3) pertence à relação R. d. (5,6) pertence à relação R. e. (8,7) pertence à relação R. Neste exercício, o conjunto dos números naturais será denotado por N = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,...}. 10) Seja a relação R= {(x, y) N × N: 2x + y = 8}. Qual dos itens representa o domínio da relação R? a. {8} b. N c. {1,2,3} d. {2,4,6} 11) Seja a relação R= {(x, y) em N × N: 2x + y = 8}. Qual das respostas abaixo representa o contradomínio de R? a. {1,3,5,7} b. {0,1,2,3,4,5,6,7} c. {0,2,4,6} d. N 13) Seja a relação R= {(x, y) em N × N: 2x + y = 8}. Qual das alternativas abaixo representa a imagem de R? a. {1,3,5,7} b. {2,4,6} c. Ø 72 Professor Pedro Bigattão 14) Quais dos diagramas abaixo se encaixam na definição de função de A em B, onde A = {a, b, c} e B = {1, 2, 3} . 15) Quais dos diagramas abaixo não representam uma função de A em B, onde A = {a, b, c} e B = {1, 2, 3}. 16) Dada a função real f(x) = 2x + 3 definida sobre o conjunto A = {1,2,3,4}, apresente o conjunto de todos os pares ordenados pertencentes à função f. Dada a função f: R R definida por: Determinar: f(0), f(-4), f(2) e f(10). 1) Qual conjunto é formado pelos valores f(0), f(-3), f(2) e f(10), se a função de R × R está definida por f(x)= x² - 4x + 7? a. {67,3,4,7} b. {0,-3,2,10} c. {7,28,3,67} d. {10,2,-3,0} 2) Calcular os valores: f(3), f(1), f(0) e f(-10), para a função real f = f(x) definida por: 73 Professor Pedro Bigattão 3) Por definição, zero de uma função é o ponto do domínio de f onde a função se anula. Dadas as quatro funções: f(x) = 3x - 8, g(x) = 2x + 6, h(x) = x - 1 e i(x) = 15x - 30 4) Se uma função do primeiro grau é da forma f(x) = ax + b tal que b = -11 e f(3) = 7, obtenham o valor da constante a. 5) Usando f(x) = ax + b e sabendo-se que f(-2) = 8 e f(-1) = 2. Obter os valores de a e b. 6) 2 Obter a função f(x) = ax + b tal que f(-3) = 9 e f(5) = -7. Obtenha f(1) e o zero desta função. 74 Professor Pedro Bigattão FUNÇÃO DO 2° GRAU A função f : dada por f x ax bx c , com a, b, c reais e a 0 , denomina-se função do 2° grau ou função quadrática. O gráfico da função do 2° grau é uma curva aberta chamada parábola. 2 Se a 0 , a concavidade da parábola é voltada para cima, logo teremos uma função crescente. Se a 0 , a concavidade da parábola é voltada para baixo, logo teremos uma função decrescente. 3- ZEROS OU RAIZES DE UMA FUNÇÃO QUADRÁTICA Denominam-se zeros ou raízes de uma função quadrática os valores de x que anulam a função, ou seja, que tornam f x 0 . Podemos efetuar a discussão de uma equação do 2° grau através do valor de : 0 Possui duas raízes reais e distintas; 0 Não possui raízes reais; 0 Possui duas raízes reais e iguais. Para calcular o zero da função utilizamos: b 2 4.a.c x 4- b 2.a INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DAS RAÍZES Se 0 a função tem dois zeros reais desiguais (x’ e x”). Se 0 a função tem um zero real duplo (x’= x”). Se 0 a função não tem zero real. 75 Professor Pedro Bigattão 5- ESTUDO DO VÉRTICE DA PARÁBOLA A parábola que representa o gráfico da função f x ax bx c , passa por um ponto V , chamado vértice cujas coordenadas são: 2 xV 6- b (abscissa) 2a yV (ordenada) 4a CONJUNTO IMAGEM DA FUNÇÃO QUADRÁTICA Já sabemos que a função f x ax bx c é definida para todo x real, ou seja, D . 2 76 Professor Pedro Bigattão Através das coordenadas do vértice, vamos obter o conjunto imagem de uma função quadrática. 7- 4.a Se a 0 , então Im y y 4.a Se a 0 , então Im y y VALOR MÁXIMO OU VALOR MÍNIMO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA A função f x ax bx c apresenta um valor mínimo ou valor máximo yV 2 , que é 4.a a ordenada do vértice V. Então: é o valor mínimo da função. 4.a Se a 0 , yV é o valor máximo da função. 4.a Se a 0 , yV EXERCÍCIOS 188) Determine os coeficientes de a, b e c nas funções do 2º grau e classifique-as quanto a crescente ou decrescente: a) y x 2 36 b) y x 2 3x 14 c) y 5 x 2 14 x d) y 3x 2 16 x 19 e) y x 2 20 f) y x 2 11x 2 189) Dada a função y 2 x 2 5 , determine: a) f 5 77 Professor Pedro Bigattão b) f 2 c) f 0 190) Sem construir o gráfico, determine quais das funções abaixo tem concavidade voltada para cima: a) y x 2 x 12 b) y x 2 12 x 15 c) y 3x 2 d) y 4 x 2 15 e) y x 2 4 x f) y 2 x 2 5x 3 191) Ache m de modo que a função f ( x) (m 8) x 2 3x 1 seja do 2º grau. 192) Determine o valor de m para que a parábola que representa graficamente a função f ( x) 3x 2 x m passe pelo ponto (1,6). 193) Dadas as funções do 2ºgrau, determine: a) os zeros da função; b) as coordenadas do vértice c) o conjunto imagem; d) o ponto de máximo ou mínimo; e) esboço gráfico. y x 2 4x 3 y x 2 2x y x2 x 2 y x 2 6x 9 y x 2 2x 3 199) y 3x 2 4 x 194) 195) 196) 197) 198) 78 Professor Pedro Bigattão EXERCÍCIOS EXTRAS “FUNÇÃO DO 2 GRAU” 1) A função f(x) = x2 - 2x + 1 tem mínimo no ponto em que x vale: a. b. c. d. e. 0 1 2 3 4 3. O valor máximo da função f(x) = - x2 + 2x + 2 é: a. b. c. d. e. 2 3 4 5 6 4. O maior valor que y pode de assumir na expressão y= - x2 +2x é: a. b. c. d. e. 1 2 3 4 5 5. Se x e y são as coordenadas do vértice da parábola y= 3x2 -5x + 9, então x + y é igual a: a. b. c. d. e. 5/6 31 /14 83/12 89/18 93/12 6. O ponto (k, 3k) pertence à curva dada por f(x) = x2 - 2x + k; então k pode ser: a. b. c. d. e. -2 -1 2 3 4 7. O número de pontos comuns aos gráficos das funções f(x) = x2 - 2 e g(x) = - x2 - 4 é: a. b. c. 0 1 2 79 Professor Pedro Bigattão d. e. 3 4 2 8. C corretamente que: - 2x + 5. Pode-se afirmar a. b. c. d. e. vértice do gráfico de f é o ponto (1; 4); f possui dois zeros reais e distintos; f atinge um máximo para x = 1; gráfico de f é tangente ao eixo das abscissas. Nda 9. Se f(x) = x - 3, o conjunto de valores de x tais que f(x2) = f(x) é: a. b. c. d. e. {0; 1 } {- 1 ; 0} {1 } {- 2; 3} {3; 4} 10. A imagem da função, definida por f(x) = x2 - 1, é o intervalo: a. b. c. d. e. [-1; ∞ ) (-1; ∞) [0; ∞ ) (-∞;-1) (-∞ ;-11 ] 11. Seja a função f(x) = 3x2 + 4 definida para todo x real. Seu conjunto imagem é: a. b. c. d. e. {y E IR/ y 4} {y E IR/-4 < y < 4} {y E IR/y > 4} {y E IR/y 4} R 11 O custo para se produzir x unidades de um produto é dado por C = 2x2 - 100x + 5000. O valor do custo mínimo é: a. b. c. 3250 3750 4000 d. e. 12) x² - 5x + 6 = 0 _____ (Resp: :2,3) 13) x² - 8x + 12 = 0 ______(Resp :2,6) 14) x² + 2x - 8 = 0______ (Resp: 2,-4) 16) x² - 5x + 8 = 0 ______ (Resp: vazio) 17) 2x² - 8x + 8 = 0______ (Resp: 2,) 18) x² - 4x - 5 = 0_______ (Resp: -1, 5) 19) -x² + x + 12 = 0_______(Resp:-3, 4) 20) -x² + 6x - 5 = 0_______ (Resp:1,5) 80 4500 49 Professor Pedro Bigattão 21) 6x² + x - 1 = 0______ (Resp:1/3 , -1/2) 22) 3x² - 7x + 2 = 0 ______ (Resp:2, 1/3) 23) 2x² - 7x = 15 _______ (Resp:5, -3/2) 24) 4x² + 9 = 12x______ (Resp:3/2) 25) x² = x + 12 ______ (Resp:-3 , 4) 26) 2x² = -12x - 18 _____ (Resp:-3 ) 27) x² + 9 = 4x_____ (Resp: vazio) 28) 25x² = 20x – 4 ___ _ (Resp: 2/5) 29) 2x = 15 – x² ______ (Resp: 3 , -5) 30) x² + 3x – 6 = -8____ (Resp:-1 , -2) 31) x² + x – 7 = 5 ____ (Resp: -4 , 3) 32) 4x² - x + 1 = x + 3x² __ (Resp: 1) 33) 3x² + 5x = -x – 9 + 2x²__(Resp: -3) 34) 4 + x ( x - 4) = x _____ (Resp: 1,4) 35) x ( x + 3) – 40 = 0 ____(Resp: 5, -8) 36) x² + 5x + 6 = 0 ___ __(Resp:-2,-3) 37) x² - 7x + 12 = 0 ____ _(Resp:3,4) 38) x² + 5x + 4 = 0 ____ _(Resp:-1,-4) 39)7x² + x + 2 = 0 _____ (Resp:vazio) 40) x² - 18x + 45 = 0 _____(Resp:3,15) 41) -x² - x + 30 = 0 ____ _(Resp:-6,5) 42) x² - 6x + 9 = 0 _____ (Resp:3) 43) ( x + 3)² = 1_______ (Resp:-2,-4) 44) ( x - 5)² = 1_______ (Resp:3,7) 45) ( 2x - 4)² = 0______ _(Resp:2) 45) ( x - 3)² = -2x²_______(Resp:vazio) 81 Professor Pedro Bigattão FUNÇÃO EXPONENCIAL A função f : dada por f x a x (com a 1 e a 0 ) é denominada função exponencial de base a e definida para todo x real. Características da função exponencial Domínio: D ; Imagem: Im * Função decrescente: 0 a 1 Função crescente: a 1 Gráfico da função exponencial A função f x a x é crescente quando a 1 . A função f x a x é decrescente quando 0 a 1 . 82 Professor Pedro Bigattão EXERCÍCIOS Esboce o gráfico das seguintes funções exponenciais: 199) f x 3 1 200) y 2 x x EQUAÇÕES EXPONENCIAIS É toda equação que contém incógnita no expoente. Para resolvermos uma equação exponencial devemos transformar a equação dada em igualdade de mesma base, ou seja, devemos obter potências de mesma base no primeiro e no segundo membros da equação. EXERCÍCIOS Resolver as seguintes equações exponenciais: 201) 2 x 256 x 8 2 202) 27 3 1 203) 2 x 16 x 204) 2 3 4 205)9 x 3 27 x 206)125 x 2 1 x 1 1 207) 32 2 1 208) 4 4x 3 209) 5 2x 0,25 27 125 83 Professor Pedro Bigattão 1 81 1 211) 4 x 64 x 212)3 3 210)3 x 213) 4 x 3 32 214) 25 2 x 5 1 215) 2 x 3 8 216)3 x 2 5 81 217)3 x 5 27 9 219)4 8 220)5 1 218) 3 x x 1 x2 x x x 2 x 3 221)2 x 2 7 x 12 1 222)3 x 2 10 x 7 1 9 EXERCICIOS EXTRAS 84 Professor Pedro Bigattão 85 Professor Pedro Bigattão FUNÇÃO LOGARÍTMICA Na maioria dos livros didáticos voltados para o Ensino Médio, encontramos como definição para o que seja o logaritmo de um número positivo x numa base a, positiva e diferente de 1, a seguinte expressão: a x b x log a b ou seja, o logaritmo de x na base a é o expoente ao qual devemos elevar o número a para obter x. Sabemos que 5 elevado à potência 2, resulta 25. Qual o número (expoente) que devemos elevar o 5 para obtermos 25? Você deve estar pensando: Mas isso eu resolvo com exponenciais!!! Sim, porque essa é bem fácil, as difíceis não saem tão simples assim. Vamos começar de baixo. O logaritmo serve para isso! Esta pergunta poderia ser interpretada matematicamente da seguinte forma: 25 = x Onde "x" é o expoente que devemos elevar a base 5 para obtermos 25. Como sabemos que devemos elevar o 5 ao quadrado (ou seja, à potência 2) para obtermos 25, chegamos à conclusão que o logaritmo de 25 na base 5 é 2: 25 = 2 Cada elemento desta estrutura possui um nome. Vamos ver: No exemplo anterior, 25 = 2, temos então que a base é 5, o logaritmando é 25 e o logaritmo de 25 na base 5 é 2. Note que, anteriormente, dissemos que "x" é o expoente de "b", e na figura acima está escrito que "x" é o "logaritmo". Isso acontece, pois o LOGARITMO É UM EXPOENTE. 86 Professor Pedro Bigattão Logaritmo de um número N, na base b, é o número x ao qual devemos elevar a base b para obtermos N. Exemplos : 1) log 2 32 5 pois 2 5 32 2) log 4 16 2 pois 4 2 16 3) log 5 1 0 pois 5 0 1 Logaritmos – Propriedades Existem 3 propriedades dos logaritmos que são muito úteis para se resolver muitos dos problemas que enfrentaremos. Vejamos: Logaritmo do produto Logaritmo do quociente Logaritmo da potência Quando precisarmos calcular logaritmos de produto ou quociente ou potência, poderemos aplicar as regras que veremos agora. Logaritmo do Produto Quando precisarmos calcular Logaritmo de um produto, digamos 8x4, ou seja log2 (8.4) é só calcularmos os logaritmos de 8 e 4, separadamente, e depois somar. O resultado desta soma será o logaritmo de 8x4. Regra Geral para calculo de logaritmos de produto: log a ( x. y) log a x log a y O logaritmo de um produto é igual a soma dos logaritmos dos fatores Observe que . Neste caso foi fácil fazer a multiplicação, mas quando esta operação não for tão simples, a propriedade que acabamos de ver nos será muito útil, Logaritmo do quociente 87 Professor Pedro Bigattão Quando precisarmos calcular Logaritmo de um quociente, digamos 8/4, ou seja log2 (8/4) é só a gente calcular os logaritmos de 8 e 4, separadamente, e depois subtraí-los. O resultado desta subtração será o logaritmo de 8/4. Regra Geral para calculo de logaritmos de quociente: x log a log a x log a y y Logaritmos da potência Quando precisamos calcular o logaritmo de uma potência, digamos, 25 , ou seja log2 (25) é só calcular o logaritmo da base e depois multiplicar pelo expoente. O resultado desta operação será o logaritmo de 25. Regra Geral para calculo de logaritmos de potência: log a x m m. log a x (a > 0, a 1, x > 0 e m ) Logaritmo decimal Dizemos que o logaritmo é decimal quando a base é 10. Neste caso, na representação matemática a gente economiza e não escreve o 10. Mudança de base Calcule log9 27 (logaritmo de 27 na base 9). Se tentarmos descobrir qual o expoente que elevará a base 9 para obtermos 27 veremos que é um pouco complicado contudo existe uma maneira mais fácil: A mudança de base. log a x log b x log b a Gráfico da função logarítmica A função f x log a x é crescente quando a 1 . 88 Professor Pedro Bigattão A função f x log a x é decrescente quando 0 a 1 . Construa os gráficos abaixo e classifique: 223) f ( x) log 2 x 224) f ( x) log 1 x 2 Aplicando a definição, calcule o valor dos logaritmos: 225) log 3 81 228) log 2 3 64 226) log 229) log 4 2 2 8 4 230) log 2 0,25 227) log 25 0,2 231) Calcule o valor da expressão log 1 32 + log 10 0,001- log 0,1 10 10 . 2 Calcule o valor da soma S: 89 Professor Pedro Bigattão 232) S log 10 0,001 log 3 3 3 log 8 16 233) S log 1 8 log 4 2 3 27 log 2 1024 64 234) A solução da equação base 3 410x 1 é o número real k . Determine o logaritmo de k na 16 2. EXERCICIOS EXTRAS 90 Professor Pedro Bigattão 91