Sob Nova Direção Eraldo Bacelar O que é natural e salutar em qualquer parte do mundo em Campos é visto com estranheza. Talvez em função da peculiar transição política que, em nossa cidade, nos últimos quatro anos, se faz de forma traumática. Um excesso de prevenção, o temor a novidades.O fato é que a simples troca de comando, a introdução de um elemento novo em qualquer área, seja na iniciativa privada ou pública, é motivo de preocupação e tema para as eternas conversas de boulevard lastreadas no “achismo”. Ora, o mundo passa por uma séria crise econômica. Na verdade, a reunião de chefes de governo e de estado europeus num domingo para discutir a intervenção no mercado de ações é sinal da gestação de um novo tipo de controle a ser exercido sobre a livre iniciativa. Intervenção estatal em bancos e bolsas de valores era tema não incluído nas rodas do capitalismo. Agora, chegou-se a conclusão de que não é possível permitir que o mundo quebre em função da má gestão de bancos e seguradoras através de executivos inábeis e péssimos analistas de risco. A fórmula é criar novas regras de monitoramento, ampliar a presença do Estado na economia e evitar que, como de costume, especuladores sejam capitalistas na hora de ganhar e socialistas na hora de dividir prejuízos. O contribuinte ganha salvaguardas, um neocapitalismo irá emergir dos escombros da crise atual que, apesar dos bons ventos na ilha da fantasia, já chegou ao Brasil. Portanto, atualizar métodos gerenciais, ampliar a qualificação profissional, substituir quadros dirigentes em instituições públicas e privadas é sinal de vitalidade, não de fragilidade como os “achólogos” de plantão, vítimas do vírus da sinistrose típica dos campistas, cismam em acreditar e propagar. Crise, como se aprendeu com os chineses, é também sinônimo de oportunidade para quem estiver preparado e cônscio de suas responsabilidades para com a comunidade. Presidente da Fundenor e SindHnorte