Melhorias Contínuas no Protocolo de Dor Torácica Sandra Mara Parra Varela; Claudinei Batista de Souza Ronei Rodrigo Rorato Introdução: Hospital Ministro Costa Cavalcanti, á partir de 2011 tornou-se referência para atendimento de alta complexidade em cardiologia para os municípios da região, para tal, fez-se necessário à sistematização do atendimento ao paciente referenciado ao pronto socorro do hospital com suspeita de insuficiência coronariana aguda (ICO) – infarto agudo do miocárdio (IAM) com ou sem supradesnível do segmento ST (IAM com/sem supra) e angina instável (AI). Sendo assim, o hospital, buscando a qualidade na assistência, referenciou-se no protocolo sugerido pelo Institute for Healthcare Improvement. (“5 milhões de vidas” Fornecer Tratamento Baseado em Evidência para o Infarto Agudo do Miocárdio”) Objetivos: Identificar precocemente os pacientes elegíveis para o protocolo e prestar assistência dentro dos padrões exigidos pelo mesmo e atingir as metas propostas pelo protocolo. Metodologia: Os pacientes eleitos pelo protocolo são todos aqueles com sinais ou sintomas que sugiram insuficiência coronariana. Todos os demais serão internados para investigação mais aprofundada. Os critérios de inclusão incluirão dor ou desconforto torácico, com ou sem irradiação para região cervical ou membros, assim como dor epigástrica. Também sinais considerados equivalentes (dispneia e sinais de baixo débito como síncope, confusão e edema pulmonar), principalmente em populações especiais (idosos e mulheres), assim como situações clínicas em que o médico que presta atendimento no pronto socorro (emergência) julgar necessário afastar a insuficiência coronária como causa ou consequência do quadro clínico atual do paciente Pacientes com quadro clínico não compatível com insuficiência coronária (ex.: dor/desconforto torácico reproduzido pela palpação), de baixa probabilidade clínica (ex.: pacientes jovens em crise de ansiedade paroxística tipo pânico) ou com outra clara justificativa para o quadro clínico deverão ser excluídos do protocolo. Resultados: Os resultados esperados são determinados com base na experiência encontrada na literatura e com base na análise retrospectiva dos nossos próprios dados. De maneira geral podemos definir como resultado global esperado a melhora no atendimento da ICO dentro da instituição, porém para cada indicador existe uma meta, uma tolerância e um limiar de ação. Meta Tolerância 2012 2013 AAS admissão (%) 100 90 - 100 Tempo Porta-ECG (min) <10 10 2,41 4,17 Tempo Porta-balão (min) 60 90 94 103 Tempo porta-balão até 90 (%) 80 60 50 55 AAS – alta (%) 100 90 100 100 DAPT (%) 100 80 99 98,5 B-bloqueador (%) 100 80 85 100 IECA/BRA (%) 100 80 75 89 Estatina (%) 100 80 89 90 Mortalidade IAM com supra (%) < 6% 8% 2,5 5 Mortalidade IAM sem supra / AI (%) < 6% 8% 2,5 2 Conclusão: No ano de 2011 os paciente eram atendidos aleatoriamente e os dados não aeram sistematizados e gerenciados. A partir de 2012, esses dados começaram a ser coletados e gerenciados para o processo de melhoria. Os indicadores escolhidos foram baseados nos sugeridos pelo Institute for Healthcare Improvement (www.IHI.org) e são: Prescrição de AAS na admissão; Tempo porta – ECG; Tempo porta – balão; Percentual de tempo porta – balão até 90 minutos; Prescrição de AAS na alta; Prescrição de IECA ou BRA na alta; Prescrição de betaBloqueador na alta; Mortalidade intra-hospitalar no IAM com supra e no IAM sem supra .Os dados foram sendo aperfeiçoados e o dado específico de ; Tempo porta – ECG , mostrou-nos uma preocupação em especial e foi avaliado detalhadamente, onde verificou-se que: devido ao fato do hospital ter uma unidade de Pronto Socorro e uma unidade de Pronto Atendimento , os pacientes do pronto atendimento aguardavam mais tempo para serem consultados , pois a demanda era muito maior que a do Pronto Socorro , fato este que levou a direção do hospital a unificar o atendimento dos pacientes com queixas específicas, na triagem, sendo imediatamente encaminhado a unidade de referência. Outro fator foi o tempo porta-balão( 2013) sendo de 97 minutos, acima da meta pré-estabelecida, à custa de 02 angioplastias primárias que ocorreram no final de semana. A efetividade do protocolo em 2012 foi de 78% e em 2013 de 84%.