Janeiro / Fevereiro 2014 - Hospital Ribeirão Pires

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Informativo do Hospital Ribeirão Pires•Ano IX•Nº 50•Janeiro/Fevereiro - 2014
Cetoacidose diabética
Dr. Marcos Cardoso Busatto
Intensivista Diarista da UTI do Hospital Ribeirão Pires
etoacidose diabética (CAD) é uma urgência médica
causada por um desequilíbrio metabólico grave, devido
à severa deficiência de insulina no organismo, o que
provoca hiperglicemia, desidratação, produção de corpos
cetônicos, e aumenta a acidez sanguínea (acidose). Tem mortalidade geral entre 5% e 7%, porém pode atingir até 15% de
mortalidade em pacientes diabéticos abaixo de 50 anos. Entre
pacientes diabéticos menores de 20 anos, é a maior causa de
mortalidade descrita.
Pode ser a forma inicial do quadro de Diabetes Mellitus tipo 1
(DM1/ insulino-dependente) recém-instalado, a chamada primodescompensação. Porém, tem outras causas que levam ao
quadro os pacientes já em tratamento do DM1. Raramente
acomete pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2.
A extrema falta de insulina leva à produção de glicose pelo
fígado pela degradação de gorduras e proteínas, e não pela utilização dos carboidratos (açúcares), como de costume, levando à
hiperglicemia, acidose e produção de corpos cetônicos, além de
C
alterações dos eletrólitos (sódio, potássio, magnésio e fósforo,
em especial) e desidratação severa.
Além da primo-descompensação do DM1, há outros fatores
desencadeantes da CAD. As duas principais causas em nosso
meio são a má-aderência ao tratamento com insulina e dieta e as
infecções. Além delas, trauma, drogas e manifestação de outras
doenças agudas podem precipitar o quadro.
Inicialmente, os principais sintomas são: poliúria (diurese
abundante), polidipsia (sede intensa), perda de peso e sinais de
desidratação. Em sequência, taquicardia, hipotensão, sonolência e
até choque. O hálito cetônico aparece e torna-se util ferramenta
para o diagnóstico. Vômitos e dores abdominais também são sintomas comuns. Laboratorialmente, se observa glicemias elevadas
(acima de 250 mg/dl), presença de glicose e cetonas no exame de
urina, aumento da acidez sanguinea (pH e bicarbonato baixos) e
alterações eletroliticas (sódio, potássio, magnésio, fósforo).
O tratamento do quadro baseia-se na administração de
quantidades corretas de insulina de ação rápida, hidratação adequada, correção dos distúrbios eletrolíticos e tratamento do
fator ou doença desencadeante. Tudo isso feito idealmente em
ambiente de Terapia Intensiva, com monitorização contínua dos
sinais vitais e dos exames laboratoriais seriados.
A fase aguda do tratamento dura, em geral, de oito a doze
horas. A fase de transição, ou seja, quando volta-se a administrar
glicose ao paciente, é essencial, pois pode haver recorrência da
CAD. Com os sintomas e exames sob controle, reinicia-se a
administração de insulina de ação intermediária e ajusta-se sua
dose para o controle do DM1 após a alta hospitalar.
É fundamental para o paciente com DM1 o conhecimento
dos sintomas e fatores desencadeantes da CAD, pois quanto
antes o quadro for identificado, mais fácil e rápido é o tratamento e a recuperação. Também é mandatório o acompanhamento constante ambulatorial do endocrinologista, o rigor
nas aplicações das doses de insulinas prescritas e o controle
rigoroso da dieta. Com isso, reduz-se o risco de qualquer complicação relacionada ao DM1, seja a curto ou longo prazo.
Missão: Oferecer atendimento médico hospitalar humanizado.
Visão: Melhorar continuamente a qualidade e a satisfação de nossos clientes.
Valores: Ética, Responsabilidade Social; Desenvolvimento; Profissionalismo.
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Especialidades
Clínica Geral
Alergologia
Anestesiologia
l Cardiologia
l Cirurgia Buco-Maxilar
l Cirurgia Cabeça e
Pescoço
l Cirurgia Geral
l Cirurgia Plástica
l Clínica Médica
l Dermatologia
l Endocrinologia
l Gastroenterologia
l Ginecologia
l Hematologia
l Hepatologia
l Infectologia
l Nefrologia
l Neurocirurgia
l Neurologia
l Obstetrícia
l Oftalmologia
l Ortopedia
l Otorrinolaringologia
l Pediatria
l Pneumologia
l Psiquiatria
l Reumatologia
l Urologia
l Vascular
l
l
Intoxicação
Alimentar
A intoxicação alimentar ocorre ao se ingerir
alimentos ou água contaminados por certos tipos de
bactérias, parasitas, vírus e toxinas. No verão, ficamos
mais expostos, pois o calor favorece a má conservação
dos alimentos e, por conseqüência, a proliferação dos
microorganismos. Alguns cuidados extremamente
importantes:
q higiene das mãos ao manipular alimentos;
q higiene de frutas e legumes antes de serem consumidos;
q adequada refrigeração e armazenamento de
alimentos como carnes e laticínios;
q cozimento de carnes e ovos;
q ingestão de água filtrada ou fervida (jamais ingira
água diretamente da torneira);
Dra. Danielle Camila Casanova Virla
Clínica Geral - Ambulatório 4
q cuidado com sucos e alimentos preparados em
barracas na praia, verifique sempre as condições
de higiene do local;
q observar data de validade e lacres de segurança
dos produtos antes de consumi-los;
q na praia, prefira lanches naturais e comidas
leves de fácil armazenamento, como frutas,
pães e bolachas e bebidas lacradas.
Os principais sintomas de intoxicação alimentar são:
4 cólicas abdominais;
4 diarreia com ou sem sangue
4 febre e calafrios
4 cefaleia e dor no corpo, náusea, vômitos e fraqueza
Ao apresentar qualquer um desses sintomas, procure imediatamente o pronto-socorro. Nao se
automedique! Estamos sempre preparados para melhor atendê-los!
No mais, desejo um ótimo verão em 2014 e não se esquecam do filtro solar!
Convênios atendidos pelo Hospital Ribeirão Pires
Abet/Plantel
l Afuse
l Amafresp
l Allianz Saúde
l Amico/Dix Amico/Ampla
l Amil Grupo
l Apeoesp
l Blue Life
l Bradesco
l Caasp
l Cabesp
l Care Plus
l Cassi-Banco do Brasil
l
2 - Leitura Saudável
l
l Fundação Cesp
Fundação São Francisco Xavier (COSIPA)
l Green Line
l Golden Cross
l Intermédica
l Marítima
l Mediservice
l Metrus
l Notre Dame
l Omega
l Particular
l Petro Ambep
l Petrobrás Distribuidora
Petrobrás Petróleo Bras.
l Porto Saúde
l Prev Saúde (Previscânia)
l Santa Helena
l Saúde Caixa (Caixa Econômica)
l Sepaco
l Sul América
l Tempo Assist. (Gama Saúde
- Multicare - Unibanco)
l Unihosp
l Unimed
l Volkswagen
l
Serviços
Audiometria
Biomedicina
l Colposcopia
l Densitometria Óssea
l Ecodopplercardiografia
l Endoscopia
l Eletrocardiografia
l Eletroencefalografia
l Fisioterapia
l Fonoaudiologia
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l M.A.P.A.
l Nasofibroscopia
l Otoneurológico
l Prova de Função
l Psicologia
l Radiologia
l Radioscopia
l Raio X
l Ressonância Magnética
l Teste de Contato
l Teste Ergométrico
l Tomografia
l Ultrassonografia
l Ultrassom de Carótida
l
l
Além de todas as
especialidades,
o Hospital oferece um
canal direto, onde você
poderá dar sua sugestão:
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Visite o nosso site:
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Alergologia
Conjuntivite Alérgica
Existe alergia nos olhos?
Sim, várias alergias tambem podem acometer nossos olhos,
sendo a mais comum a Conjuntivite Alérgica.
A conjuntivite alérgica vem sempre sozinha?
Não, algumas vezes, ela se apresenta de forma isolada,
porém, pode ser acompanhada de outras alergias, principalmente a Rinite Alérgica. Asma e dermatites também podem
acompanhar a alergia ocular.
Quais são os sintomas encontrados?
Olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento, secreção
(“remela”), inchaço das pálpebras, inchaço das conjuntivas
(quemose), olhos secos, fotofobia (luz causa incômodo),
conjuntiva de coloração amarelo acastanhado (conjuntivite
crônica).
O que é rinoconjuntivite?
É a doença facilmente encontrada na mistura de rinite e
conjuntivite, ocorrendo, além dos sintomas oculares, espirros,
secreção nasal, entupimento e coceiras do nariz.
Dr. Osnir Fugihara Manoel
Alergista - Ambulatório 2
Quais são os tipos de conjuntivite alérgica?
Conjuntivite alérgica sazonal e perene, ceratoconjuntivite
primaveril ou vernal, ceratoconjuntivite atópica, conjuntivite
papilar gigante.
Conjuntive alérgica é contagiosa?
Apesar dos olhos vermelhos, lacrimejando, secreção, ela não
é contagiosa, o paciente pode frequentar escolas ou trabalhar.
Quais são os outros tipos de alergia ocular?
Alergia nos olhos podem atingir cóneas=ceratites, úvea
(úveites), pálpebras e cílios=blefarites.
O que provoca alergia ocular?
A poeira doméstica, ácaros, fungos (mofo), poluição,
fumaças, poléns das plantas, pelos de animais, cheiros fortes de
produtos de limpeza e perfumes, cosméticos, resíduos de
materiais de construção, mãos sujas.
Todo inchaço dos olhos é alergia ocular?
Não, algumas vezes, estes inchaços são provocados por
alergias da pele, por exemplo, dermatite de contato, picadas de
insetos.
Quais as complicações da conjuntivite alérgica?
Poderão ocorrer ceratites (inflamação da córnea), micro
nódulos na parte interna da pálpebra superior; entre a córnea e
a conjuntiva surgirem pontos opacificados, conjuntivites
bacterianas, úlceras de córnea.
Como é feito o diagnóstico da conjuntite alérgica?
A história clínica do paciente e o exame físico nos dão certeza
do diagnóstico. Exames de sangue e teste alérgicos complementam o diagnóstico.
Como a conjuntivite alérgica é tratada?
a) Afastar causa das alergias: limpeza doméstica e de colchões, travesseiros, evitar perfumes e cosméticos, não
usar cobertores, cuidados com animais, cuidados com as
mãos.
b) Medicamentos: antialérgicos orais e oculares, anti-inflamatórios, colírios, lágrimas artificiais, compressas de água
ou solução fisiológica fria.
c) Cirurgias oculares em raros casos.
d) Imunoterapia: em alguns casos a Vacina Alergênica é de
grande valia.
Estou em dúvidas sobre conjuntivite alérgica, o que faço?
Basta procurar um profissional especializado: Oftalmologista
e/ou Alergista.
Leitura Saudável -
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Dermatologia
Psoríase
psoriase é uma doença inflamatória crônica que
acomete a pele e as articulações. Relacionada a uma
alteração imunológica de base genética, a doença se
manifesta em geral por placas avermelhadas e descamativas
bem delimitadas em áreas de traumas, como cotovelos, joelhos,
pernas, couro cabeludo, mãos, pés e unhas. Existe também uma
variante mais rara, que se manifesta na forma de pequenas
bolhas, que é a psoríase pustulosa. Em 10% a 40% dos casos,
pode haver comprometimento das articulações dos pés e mãos,
e raramente dos joelhos e tornozelos.
A Psoríase acomete igualmente homens e mulheres e pode
aparecer em qualquer idade, sendo mais comum na segunda e
quinta década da vida. Podemos ter desde acometimentos leves
a lesões em praticamente todo o corpo. É importante ressaltar
que a doença não é contagiosa. Geralmente evolui com fases de
melhora e piora, por exemplo, piora com alterações emocionais,
climáticas, traumas locais, infecções, e com o uso de alguns
medicamentos, e melhora com exposição solar moderada.
O diagnóstico costuma ser clínico, porém quando há duvida,
recorremos a um exame chamado biopsia, onde retiramos um
fragmento de pele com anestesia local e enviamos ao laboratório para análise.
O tratamento depende do grau de severidade da doença e
da condição clínica e socioeconômica do paciente. Via de regra,
os casos mais leves são tratados com cremes de corticoides,
vitamina D, e imunomoduladores tópicos. Os casos moderados
A
Dr. Antonio Fang Hin Youn Lui
Dermatologista - Ambulatório 2
são tratados com fototerapia, ou seja exposição controlada em
cabines de raios UVA e UVB.
Os casos mais severos são tratados com quimioterápicos
orais ou medicamentos injetáveis mais modernos, chamados de
imunobiológicos.
Por fim, devemos saber que em alguns casos a doença pode
afetar a qualidade de vida do paciente, e estarmos preparados
para minimizar este fato.
Um grande abraço aos nossos leitores.
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pode enviar sugestões de temas que você gostaria de ler nas próximas edições, no link Fale Conosco.
Leitura Saudável é uma publicação do Hospital Ribeirão Pires dirigida a seus clientes e colaboradores. Rua Guimarães Carneiro, 52 – Núcleo Colonial
CEP 09424-070 – Ribeirão Pires – SP – fone 4827-1000 – fax 4827-1099 – [email protected] – Comissão Editorial: Maria Angélica Tallarico Assef, Míriam Gaspar e
Natalia Lopez Franchi – Assessoria: S.R.Nabarrete – fone 4930-1687 – [email protected] – Jornalista Responsável: Sonia Nabarrete (MTb 10.887-SP)
– Editoração: Arte Mais Comunicação - [email protected] – Impressão: HM Ind. e Edit. Gráf. – Tiragem: 3.000 exemplares.
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