alergia nos olhos

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As causas e como proceder a cura
O corpo humano é uma maravilhosa máquina, perfeita em todos os sentidos. Com suas reações e trocas
químicas, a transformação de matéria em energia e vice-versa, e principalmente a capacidade de se adaptar às
condições mais severas tornam o organismo humano um mecanismo interativo e eficiente.
Para manter essa interatividade com o meio ambiente nosso metabolismo dispõe de recursos que promovem
o equilíbrio de suas funções, corrigindo problemas que possam surgir no funcionamento de seus vários sistemas
corporais.
Um dos recursos visíveis sentidos em nosso corpo são as alergias. Elas se manifestam de várias maneiras e
podem ser consideradas não como doenças em si, mas um alarme, um aviso de que algo não vai bem com o corpo.
Dependendo do órgão afetado a alergia desencadeará reações adversas e nem sempre bem conhecidas, variando de
um pequeno incomodo e evoluindo até as condições que vão prejudicar as funções vitais do corpo, podendo
inclusive matar uma pessoa se as causas não forem diagnosticadas a tempo.
Particularmente as alergias que atingem os olhos têm quase os mesmos sintomas apresentados em outras
partes do corpo. Mas antes de identificas as possíveis alergias que acometem o aparelho ocular é necessário saber
como é constituído o olho humano.
Anatomia do globo ocular
O olho basicamente é uma lente focalizadora que capta a luz e revela as imagens que são projetadas
invertidas na parede posterior onde se encontra a retina, um tecido composto por dois tipos de células, bastonetes e
cones, que percebem a luminosidade e as cores respectivamente. Por sua vez a retina está conectada ao nervo ótico
que conduz ao cérebro as informações recebidas na forma de luz, transformadas em impulsos elétricos que serão
devidamente interpretadas.
Externamente o olho é revestido pela córnea, que é transparente. Dentro da órbita ocular e na parte interna
das pálpebras o revestimento é um tipo de mucosa, o tecido conjuntivo. O líquido lacrimal tem a função de
promover a lubrificação e a limpeza dos tecidos, bem como manter os olhos umedecidos e saudáveis.
As pálpebras, que em sua borda apresentam cílios que são pequenos capilares, protegem o olho contra
invasões de corpos estranhos. Também tem a função de ao fechar e abrir lubrificar a superfície do olho, com a
frequência de piscadas em torno de 12 a 15 vezes por minuto.
Como nossos olhos estão permanentemente expostos, eles sofrem todo tipo de agressões, de causas as mais
diversas, dependendo do estilo de vida de cada pessoa e do ambiente em que vivem.
Por causa de toda essa exposição o globo ocular está sujeito a problemas no seu funcionamento. Uma das
maneiras em que se manifestam essa disfunção são as alergias. Provocadas por fatores conhecidos como alérgenos,
normalmente são agentes estranhos que se instalam nos olhos ou por uso indevido de certas substâncias que não
são toleradas pelo organismo.
Os tipos e as causas da alergia nos olhos
Genericamente as alergias nos olhos são tipificadas pelos oftalmologistas como conjuntivite, ou seja, a
inflamação ou infecção do tecido conjuntivo que reveste olhos e pálpebras. A conjuntivite é classificada de acordo
com o agente patológico que provoca o distúrbio:
 Conjuntivite alérgica – ocasionada por fatores climáticos e ambientais, corpos estranhos, substâncias e
produtos aplicados por contato.
 Conjuntivite bacteriana – é uma inflamação que costuma ser sazonal, de acordo com a estação do
ano, provocada por bactérias, costumeiramente sendo o Staphilococcus Aureus, e esporos circulantes
no ar, com algum risco de contágio em outras pessoas..
 Conjuntivite viral – como o próprio nome diz é a que se manifesta pela presença de um vírus e
diferentemente das anteriores esta é extremamente contagiosa.
Além desses exemplos ainda temos outros tipos de alergias que atingem o globo ocular, mostrados a seguir:
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Blefarite – inflamação das bordas da pálpebra, na região dos cílios, fazendo com que toda a borda
fique muito inchada e vermelha.
Terçol – infecção que acomete um ou mais cílios das pálpebras, atingindo o folículo capilar e
ocasionando uma espécie de furúnculo, com acúmulo de pus e inchaço em torno dos cílios.
Fadiga ocular – este tipo de alergia é causado por longo tempo de exposição a monitores de TV e
computadores, mantendo o foco numa única direção e com isso limitando as piscadas das pálpebras
prejudicando a correta lubrificação da superfície dos olhos com o líquido lacrimal.
As alergias oculares são causadas por fatores climáticos, ambientais, uso inapropriado de cosméticos, baixa
imunidade, falta de higiene e até o uso constante de lentes de contato. Os alérgenos podem ser:
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Pólen (encontrado em árvores, flores e algumas ervas que liberam o pólen no ar);
Mofo (esporos de mofo existente nas folhas, no feno e locais úmidos);
Pêlo de animais (principalmente de gatos);
Ácaros da poeira;
Poluição;
Cosméticos e produtos de maquiagem;
Alimentos de origem marinha (camarão, lagosta);
Produtos de limpeza;
Ar condicionado com os filtros sujos;
Lentes de contato e o líquido de limpeza de lentes.
Outras causas da alergia ocular também podem ter origem em infecções oportunistas ou de outras alergias
sistêmicas como a rinite e a sinusite, que são as inflamações das mucosas do nariz e dos seios da face.
Sintomas mais comuns
Dependendo da intensidade alérgica, os olhos apresentam um ou mais sintomas, como se vê abaixo:
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Coceira intensa (prurido);
Vermelhidão;
Lacrimejamento;
Irritação, ardência e queimação nos olhos;
Inchaço;
Escamação (caspa) nas pálpebras;
Secreção (remela) branca ou amarelada (pus);
Papilas ou folículos na parte interna das pálpebras;
Sensibilidade à luz (Fotofobia).
Conjuntivite Papilar
O tratamento e como agir
Cuidar da alergia nos olhos depende de qual tipo se manifesta, se é uma conjuntivite alérgica, bacteriana, viral
ou outro tipo de infecção. Para um tratamento correto e eficaz a melhor conduta é visitar um oftalmologista.
Nos casos mais simples, compressas frias, lavagem com soro fisiológico, colírios lubrificantes, colírios antihistamínicos e soluções caseiras como banho de leite frio, água de rosas, chá verde, aloe vera, colocar fatias de
batata gelada nos olhos e ingestão de sumos de vegetais como cenoura e espinafre costumam surtir efeito em
pouco tempo, até uma semana ou duas. O uso de óculos escuros ajuda a amenizar a fotofobia. No caso de sentir dor,
analgésicos devem ser tomados.
Colírios corticóides e antibióticos para combater a infecção bacteriana só devem ser administrados pelo
oftalmologista por produzir reações adversas.
Na fadiga ocular, diminuir o tempo de permanência em frente a monitores de TV ou computadores e utilizar a
regra 20-20-6, a cada vinte minutos olhar durante 20 segundos para um objeto qualquer distante seis metros do
monitor. Para quem usa lentes de contato, higiene e limpeza são primordiais para evitar processos alérgicos.
Deixar de tratar a alergia ocular com eficiência causa patologias mais severas como ulcerações (feridas) na
córnea e a evolução para um quadro de ceratocone, a deformação da córnea que leva a perda da acuidade visual e
até cegueira.
Prevenção e cuidados
Para evitar a alergia ocular, seja uma conjuntivite alérgica, bacteriana ou viral os cuidados estão sempre
ligados a uma higiene pessoal regrada e a manutenção dos ambientes e peças em perfeito estado de limpeza. Assim,
as providências a seguir evitam os processos alérgicos e ajudam a curar quem apresenta alergias constantes:
1. Higienização e limpeza dos ambientes evitam o acúmulo de ácaros;
2. Manter a casa ventilada e aberta para entrada do sol diminui a produção de bolor ou mofo;
3. Quem tem suscetibilidade a alergia não deve manusear objetos que acumulam ácaros e poeira, como
livros e documentos antigos, eliminando do ambiente bichos de pelúcia, carpete, cortinas e tapete;
4. Manter as mãos sempre limpas e lavadas e não levá-las aos olhos previne alergias oculares;
5. Prefira usar aspiradores de pó e panos úmidos na limpeza de ambientes;
6. Periodicamente lave a roupa de cama em água quente e deixe secá-la ao sol;
7. Sempre usar roupas lavadas ao usá-las;
8. Animais de estimação que soltam pelos não devem ficar dentro de casa, e se assim acontecer
proceder a limpeza imediata dos ambientes;
9. Fazer a manutenção criteriosa do filtro do ar-condicionado;
10. Piscar cerca de quinze vezes por minuto.
Por João Angelo Guimarães – Jornalista – MTb nº 45.718
[email protected] – Cel. (12) 99116-3239
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