Sintomas e diagnóstico Tratamento - Imunopatologia Ocular

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LUÍS FIGUEIRA
Médico Oftalmologista
O.M. 44751
Docente Universitário
Hospital de S. João
Faculdade de Medicina
Universidade do Porto
Consultório:
Rua da Constituição, 236, 2º f
4200-192 Porto
Tel. 225 090 660 | 225 510 412
Tlm. 915 002 062
CONJUNTIVITE
A conjuntivite é uma inflamação da
conjuntiva, geralmente causada por
vírus, por bactérias ou por uma alergia.
A conjuntiva pode ficar inflamada
devido a uma reacção alérgica ao pó,
ao bolor, ao pêlo animal ou ao pólen e
pode ser irritada pela acção do vento,
do pó, do fumo e de outros tipos de
agentes que provocam poluição do ar.
Também pode sofrer irritação devido a
um resfriado comum ou a um ataque
de sarampo. A luz ultravioleta de uma
soldadura eléctrica, de uma lâmpada ou
até a intensa luz solar reflectida na
neve podem irritar a conjuntiva.
Em certos casos, a conjuntivite pode
durar meses ou anos. Este tipo de
conjuntivite pode ser provocado por
processos nos quais a pálpebra se vira
para fora (ectrópio) ou para dentro
(entrópio), por problemas com os
canais lacrimais, por sensibilidade a
certos produtos químicos, por
exposição a substâncias irritantes e por
infecção causada por um
microrganismos em especial (como por
exemplo a clamídia).
Sintomas e diagnóstico
Quando está irritada, a conjuntiva fica
avermelhada pelo sangue e costuma
aparecer uma secreção no olho. Na
conjuntivite bacteriana, a secreção
pode ser espessa e branca ou cremosa.
Na conjuntivite virica ou alérgica, a
secreção é em geral clara. A pálpebra
pode inchar e dar comichão intensa,
em especial no caso de conjuntivites
alérgicas.
Normalmente, a conjuntivite é
facilmente reconhecível porque
costuma aparecer associada a uma
constipação ou alergia. No entanto, às
vezes a conjuntivite pode confundir-se
com uma uveíte (uma inflamação intraocular, em regra mais grave), ou até a
um glaucoma agudo (doença que pode
provocar a perda da visão). Só um
médico oftalmologista pode diferenciar
correctamente estas doenças.
Apesar de a conjuntivite poder provocar
uma sensação de queimadura, costuma
ser menos dolorosa do que os
processos mais graves. A conjuntivite
quase nunca afecta a visão, a menos
que a secreção cubra temporariamente
a córnea.
Tratamento
O tratamento para a conjuntivite
depende da sua causa. As pálpebras
deverão ser lavadas suavemente com
água fria (ou soro fisiológico) e com
uma compressa limpa para as manter
livres de secreções. Se a causa for uma
infecção bacteriana, podem ser
receitadas gotas ou uma pomada com
antibiótico. Por vezes, o médico colhe
uma pequena amostra da secreção com
uma zaragatoa esterilizada, para a
analisar num laboratório e depois
prescrever o tratamento conforme os
resultados da análise. Gotas oftálmicas
contendo corticosteróides nunca devem
ser utilizadas por um doente que possa
ter uma infecção por herpes, porque os
corticosteróides tendem a agravar esta
infecção.
Os antibióticos não aliviam a
conjuntivite alérgica ou vírica. Os antihistamínicos orais podem aliviar a
comichão e a irritação. Se assim não
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for, as gotas com corticosteróides
podem ser benéficas.
Como a conjuntivite infecciosa é muito
contagiosa, o doente deverá lavar as
mãos antes e depois de lavar o olho ou
de aplicar a medicação. Além disso,
deverá evitar tocar no olho são depois
de tocar no olho infectado. As toalhas e
os panos que se utilizarem para limpar
o olho não deverão misturar-se com as
outras toalhas e panos.
Por vezes é necessário recorrer à
cirurgia para corrigir o alinhamento das
pálpebras ou para abrir os canais
lacrimais obstruídos.
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