A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã

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A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã
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Lincoln Menezes de França1
Resumo:
A razão, segundo Hegel, rege o mundo. Essa razão, ao mesmo tempo em que caracteriza o
homem enquanto tal, em suas limitações, o coloca diante da infinitude da Idéia. Assim,
podemos verificar em Hegel uma oposição entre a infinitude divina da razão e a finitude da
subjetividade humana. A História realiza as manifestações do Espírito efetivando a infinitude da
Idéia na finitude humana, pois, para Hegel, a verdade é o todo que se implementa através de seu
desenvolvimento e só como resultado é o que é na verdade. Assim, aquela primeira totalidade
indeterminada, não realizada, busca seu reconhecimento na particularidade, ou seja, no seu
outro. Esse movimento da História é, segundo Hegel, o próprio movimento do Espírito como
sujeito, a própria Providência Divina se realizando na História dos povos. Hegel demonstra na
Filosofia da História o movimento da Trindade Cristã, na qual o reino do Pai é a massa
substancial, o reino do Filho é a aparição de Deus na temporalidade e o reino do Espírito é a
reconciliação. Arte, religião e filosofia são as manifestações do espírito que constituem essa
reconciliação a cada etapa da história universal. Na modernidade, a filosofia é a única
manifestação do Espírito adequada a essa reconciliação, sendo a razão, desse modo, a realização
da própria Providência (da verdade) naquele momento histórico. A razão ao verificar a história
filosoficamente se vê como resultado de si mesma, portanto livre, nessa totalidade enriquecida
que vai além do infinito, pois abarca o finito.
Palavras-chave: Deus. Mediação. Razão. Espírito. História.
Introdução
A questão teológica na filosofia hegeliana é notória. Diversas passagens e
estruturas de várias obras revelam essa evidência, já que em tal questão se fundamentam
diversos conceitos, tais como razão, liberdade, verdade. Podemos dizer que o sistema
filosófico de Hegel como nós o concebemos seria impossível sem tais conceitos. Assim,
podemos afirmar que sem a questão teológica o sistema hegeliano inexistiria.
A interpretação hegeliana da trindade cristã apresenta as seguintes características
gerais: uma primeira totalidade (universalidade abstrata) ainda não determinada (Pai),
que para se reconhecer recorre à universalidade concreta, vivendo a humanidade até as
últimas conseqüências na morte (Filho), ressuscitando na reconciliação do infinito no
finito, num auto-reconhecimento de Si (Espírito / Santo/).
1
Mestrando em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual
Paulista – UNESP – Campus de Marília. [email protected]. Orientador: Profº. Dr. Pedro
Geraldo Aparecido Novelli.
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Hegel constata que com o desdobramento da filosofia moderna, o homem foi
perdendo a possibilidade de conhecer a Deus. Kant foi um momento fundamental nesse
sentido, pois mostrou que os conceitos puros do entendimento não tinham condições de
sintetizar a idéia de Deus. Desse modo, Deus não poderia ser conhecido.
Para Hegel, o homem tem de ser capaz de conhecer a Deus, pois sem isso o
homem perde a possibilidade de conhecer a verdade e, com isso, não pode realizar o
espiritual, que, para Hegel, é a segunda natureza do homem. O homem se realiza no
espírito, pois pensa e o pensamento diferencia o homem da natureza. O homem é natural
e espiritual, sendo que o espírito suprassume o natural, pois o espírito é por si mesmo,
por isso, é livre, enquanto a natureza só se realiza fora de si, pois necessita do pensar
para ser reconhecida.
I
Diante do exposto, é importante considerar que razão e liberdade são
fundamentos do espírito. Mas, a razão e a liberdade corriam um grande risco tendo em
vista que a filosofia, com Kant, demonstrava a impossibilidade de se conhecer a Deus
pelo pensamento. Por isso, Hegel se propõe uma tarefa, qual seja, recuperar a
necessidade da razão liberta. Para isso, nosso filósofo se serve da tradição Metafísica,
reformulando-a por completo, dando-lhe novo sentido. A concepção da trindade cristã
exercerá papel fundamental em tal intento.
Na Enciclopédia, logo no primeiro parágrafo, Hegel nos mostra que filosofia e
religião têm o mesmo objeto: tratam da verdade. Na religião, que é representação, a
verdade se apresenta; mas logo deve ser efetivada pelo conhecimento, que é a própria
realização do Espírito, que é o todo que se implementa através de seu desenvolvimento
(2001, p. 31), ou seja, é a própria verdade se colocando na História e que na filosofia
enquanto resultado é o que é na verdade.
O espírito, para Hegel (1989, p. 62), é uma consciência e também o seu objeto,
ou seja, é pensante, e tem como objeto ele mesmo. Ou seja, sua racionalidade se
expressa em sua consciência de si que se coloca enquanto espírito na História dos
povos, isto é, o Espírito no mundo. Nesse sentido, a consciência, ao se colocar enquanto
objeto de si é sujeito, uma subjetividade que se constitui na História, pois ela se
determina enquanto objeto para si. Nesse sentido, se reconhece no seu outro.
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Ao saber do objeto a consciência sabe de si. Nessa obra racional, o espírito
determina uma representação de si, de sua essência e natureza, sabe de sua liberdade,
pois sabe que é em si e por si mesmo. Se o espírito não se coloca como objeto de si
mesmo ele não é livre, pois não sabe que é sua própria substância, não sabe que é
independente, ficando escravo da própria ignorância. O espírito é o próprio saber de si.
A liberdade, nesse sentido, é expressão da razão, pois a escravidão não pode ser
considerada racional.
Ao pôr-se como objeto de si, o homem concebe o real idealmente, pois superou
a imediaticidade, ou seja, realizou a mediação através do pensamento, o que significa
que a realidade humana é uma realidade ideal, pois supera a imediaticidade do impulso
natural. Essa superação é a própria realidade efetiva, pois se não se concebesse
idealmente a realidade, ela não seria concebida, pois não seria objetivada. Aqui está o
grande traço do idealismo hegeliano, um idealismo de efetividade histórica, que no
resultado da mediação concebe o que é em si, para si.
O movimento de mediação do pensamento, nesse sentido, é próprio do espírito,
que tem sua atividade na realização desse movimento, que é o voltar-se para si do
homem. Ou seja, o espírito é o próprio movimento de mediação do pensamento numa
suprassunção em relação ao impulso imediato. O homem, desse modo, tem que se fazer
o que deve ser, pois ao se colocar como seu próprio objeto, se constitui espiritualmente
por si mesmo.
A Trindade Cristã é expressão do movimento do espírito em sua verdade. No
cristianismo é que se revela essa verdade, pois Deus se revelou em Cristo. O movimento
trinitário das figuras do Pai, do Filho e do Espírito é a explicação da natureza mesma do
espírito dada por Hegel. O Pai é uma universalidade Abstrata, não mediada, não
reconhecida ainda, que se diferencia de si na figura do Filho, colocando-se como objeto
de si. Ao saber de si nesse movimento, contempla-se enquanto movimento, tem
consciência de si enquanto movimento, sendo, portanto, Espírito, mediação consciente
de si. Por conta dessa característica da trindade, a religião cristã é concebida por Hegel
como sendo superior às outras religiões.
[...] Por esta trindade é a religião cristã superior às outras religiões. Se
carecesse dela, poderia ser que o pensamento se encontrasse em outras
religiões. Ela é o especulativo do cristianismo e aquilo pelo qual a
filosofia encontra na religião cristã a idéia da razão. (HEGEL, 1989, p.
65)
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A razão, segundo Hegel (1989, p. 43), rege o mundo, esse é o fundamento da
condição espiritual, pois é somente enquanto pensamento que o espírito se desenrola em
mediações, constituindo a História em direção à liberdade que se configura no
reconhecimento do Espírito em que ele se concebe enquanto sua própria substância,
forma e conteúdo infinitos, pois o espírito é o material de si mesmo, já que é mediação.
Esse desenvolvimento imanente do espírito em seu reconhecimento é o próprio
espírito, que se desenrola dialeticamente na História. A religião e a trindade cristãs têm
fundamental importância nesse reconhecimento, pois é no cristianismo que a
singularidade da figura de cristo se configura, ou seja, Deus, a verdade, se revela à
humanidade, revelando, com isso, a necessidade do homem conhecer a verdade, de
conhecer a Deus e de Deus ser reconhecido pelo homem enquanto sua verdade.
Pela religião cristã, a idéia Absoluta de Deus chegou, pois, à
consciência, em sua verdade; nesta consciência o homem se encontra
igualmente recolhido segundo sua verdadeira natureza, que está dada
na intuição determinada do Filho. O homem, considerado como finito
por si, é à sua vez imagem de Deus e fonte da infinitude em si mesmo;
é fim de si mesmo, tem em si mesmo valor infinito e está determinado
para a eternidade. Tem, por conseguinte, sua pátria no mundo suprasensível, numa interioridade infinita, à que chega somente mediante
seu trabalho para rompe-los em si. Tal é a condição religiosa.
(HEGEL, 1989, p. 561)
Nesse trecho, percebemos claramente que a filosofia hegeliana tem por
necessidade reconciliar a Universalidade Abstrata de Deus e a Universalidade Concreta
do homem por meio das manifestações do Espírito que é essa própria relação na qual o
homem se reconhece na História tendo consciência de que a razão rege o mundo,
fazendo com que aquela universalidade abstrata retorne a si mesma mais completa, pois
se torna efetiva na particularidade do homem. A religião, entretanto, é apenas um
momento desse movimento, o qual se realiza de maneira efetiva no conhecer racional de
si do espírito que se vê enquanto resultado de seu desenvolvimento imanente na História
universal. Dessa forma, ele é autodeterminante e se reconhece dessa maneira, por isso, é
livre.
Para Hegel, a verdade é o todo. Mas o todo em si mesmo não se efetiva na
humanidade, pois não se põe a conhecer para ela. Desse modo há a oposição entre o
finito e o infinito. Para que haja tal reconhecimento de ambos os lados faz-se necessário
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que o todo se dê a conhecer. Entretanto, por ser totalidade, qualquer coisa que tente
expressar essa totalidade não expressará a verdade sobre ela. Ou seja, a infinitude não
tem condições de em si mesma ser reconhecida. Há a necessidade de ela se colocar para
um outro. Esse pôr-se a um outro é a infinitude da Idéia buscando seu reconhecimento,
que só é possível por meio de um outro, no caso, a finitude da Natureza. Só pondo-se na
finitude é que o infinito pode ser concebido. Assim, a infinitude da Idéia recorre ao seu
outro, a Natureza, para se reconhecer para si mesma enquanto substância de si. Esse é o
momento no qual o espírito reconhece que é determinação de si mesmo, vislumbrandose enquanto seu próprio movimento.
II
No momento em que Idéia torna-se para si, revela-se enquanto tal no “Sou o que
sou”. Mas isso é insuficiente, pois ela precisa ser efetivada e isso só pode ocorrer na
História, pois esse processo de reconhecimento de si do espírito é processo e enquanto
tal só pode ser reconhecido na História, sendo esse reconhecimento o reconhecimento
da autodeterminação do espírito.
Alfredo Moraes nos mostra em sua obra a dinâmica do conceito enquanto
representação nos momentos da Trindade Cristã. Primeiro há o Universal Abstrato
(Pai), o Si na identidade abstrata consigo mesmo, em oposição há o universal concreto
(Filho), o Si singular e na identidade abstrata com o si Universal e o particular, o
Espírito, o Si reconciliado, mediado. Dessa maneira, Deus se tornou homem e teve de
viver a humanidade até às últimas conseqüências, “descendo à mansão dos mortos” para
que fosse reconhecido em si e para si e no seu outro para consigo, que ao Si retorna
reconciliado, mediado e mais completo.
O reconhecimento buscado pela Idéia é a Identidade de Si em sua diferenciação.
Só quando ela se coloca para um outro ela é para si, e quando se vislumbra para si,
apenas o é em relação a um outro. Desse modo, o em si da Idéia infinita desce à finitude
para se reconhecer em si e para si. Só quando se vê enquanto esse movimento de ser
em-si e para si é que ela se torna consciência de si em si e para si, pois se vê enquanto
determinação de si e por si mesma e só assim torna-se reconciliada para consigo mesma,
abarcando o finito e o infinito, sendo mais universal que a universalidade abstrata, pois
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também abarca o finito, determinando-se. Esse é o movimento próprio da dialética
interna do sistema hegeliano, sendo também expressão da realização da trindade cristã.
O processo de reconhecimento de si do espírito é um movimento de identidade e
não-identidade. Sendo os dois momentos necessários para o desenvolvimento da
História. A reconciliação ocorre quando o Espírito reconhece que ele é resultado da
relação constituída nesse processo de identidade e diferenciação, mostrando-se a si
mesmo enquanto identidade e não-identidade.
O movimento da História é, segundo Hegel, o próprio movimento do Espírito
como sujeito, a própria Providência Divina se realizando na História dos povos. Hegel
demonstra na Filosofia da História o movimento da Trindade Cristã, na qual o reino do
Pai é a massa substancial, o reino do Filho é a aparição de Deus na temporalidade e o
reino do Espírito é a reconciliação.
Na Filosofia da História esse movimento trinitário se realiza na própria História
dos povos. Aliás, a História dos povos é manifestação desse movimento de identidade e
diferenciação e reconhecimento de si do espírito em tal movimento. Citemos Hegel (p.
573):
Podemos distinguir estes períodos como os reinos do Pai, do Filho e
do Espírito. O reino do Pai é a massa substancial e indivisa, em mera
conversão, com o reinado de saturno, que devora a seus filhos. O reino
do Filho é a aparição de Deus, mas somente em relação com a
existência temporal, aparecendo nela como algo estranho. O reino do
espírito é a reconciliação.
Estes três períodos podem ser comparados também com os impérios
anteriores. [...]
Na História, o Espírito é sentido, representado e efetivado. Arte, religião e
filosofia são as manifestações do espírito que constituem a reconciliação do espírito
consigo mesmo a cada etapa da história universal em sua autodeterminação. Na
modernidade, segundo Hegel, a filosofia é a única manifestação do Espírito adequada a
essa reconciliação, sendo a razão, desse modo, a realização da própria Providência (da
verdade) naquele momento histórico. A razão ao verificar a história filosoficamente se
vê como resultado de si mesma; portanto, livre, nessa totalidade enriquecida que vai
além do infinito, pois abarca o finito. Quando a totalidade se realiza na particularidade,
pondo-se na História, ela também se põe a conhecer.
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Para Hegel, a razão rege o mundo. Essa consideração é resultado da
demonstração filosófica de que a razão é substância, matéria, potência e conteúdo
infinito de si mesma de toda a vida natural e espiritual. Substância infinita porque a
realidade se efetiva nela e por meio dela; potência infinita porque ela se efetiva na
realidade, não é só ideal ou um princípio, ela é também conteúdo infinito, pois é sua
própria atividade, nesse sentido não necessita de nada externo a ela, tudo o que se
realiza é manifestação dela, tanto o natural como o espiritual.
Com o que expusemos, podemos compreender com mais clareza o que Hegel
quer dizer no último parágrafo das Lições sobre a Filosofia da História universal:
O espírito é somente aquilo em que ele se converte; para isso é
necessário que se suponha. O único que pode reconciliar ao espírito
com a História universal e à realidade é o conhecimento de que o que
aconteceu e acontece todos os dias não só provém de Deus e não só
não acontece sem Deus, senão que é essencialmente a obra de Deus
mesmo. (1989, p. 701)
Portanto, a trindade cristã tem fundamental papel na Filosofia da História
hegeliana, pois é a forma da mediação espiritual em que se baseiam os conceitos de
razão e liberdade expressos no conhecimento de Deus. O querer da perfeição é um
querer racional e, como Deus é perfeito, Ele quer a si mesmo e como Ele é em si e por
si, é livre. Essa liberdade, no entanto, deve ser realizada na História humana, pois na
História está inscrita a idéia de que a razão rege o mundo e como a liberdade é a própria
razão, ela deve ser realizada na História humana. A razão, segundo Hegel, foi se
constituindo na História humana em suas expressões na religião e na arte, que são, como
a ciência e a filosofia, expressões do espírito humano, da relação entre o finito e o
infinito, do homem e de Deus, do homem e sua verdade.
Considerações Finais
A filosofia hegeliana tem como necessidade o conhecimento de Deus. Para
Hegel, Deus se realiza na História, expressando-Se nas manifestações do Espírito. Nesse
sentido, conhecer a História filosoficamente permite que conheçamos Deus, pois a
História filosófica tem como fundamento a idéia de que a razão rege o mundo. O
Espírito é em si e por si, as mediações do espírito vão em direção ao autoVol. 1, nº 1, 2008.
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reconhecimento de Si do espírito. Nesse processo de auto-reconhecimento o espírito se
verifica enquanto em si e por si e nesse sentido é livre. Esse processo do espírito se dá
na História Universal, manifestando-se na arte, na religião e na filosofia. A Trindade
cristã expressa esse movimento do espírito e se dá historicamente. Antes da revelação
cristã, a relação entre finito e infinito era sensível e se expressou de maneira aguda na
arte grega. Com a revelação cristã, Deus se fez homem, trazendo a necessidade do
conhecimento de Deus. Assim, a religião cristã, para Hegel, possibilitou a expressão da
verdade, pois reconheceu na fé, de forma intuitiva, religiosamente, que a razão rege o
mundo. Com a vinda de Deus na revelação cristã, impôs-se uma tarefa ao homem, qual
seja, conhecer a Deus, sendo a filosofia o caminho para esse conhecimento, ou autoreconhecimento de Si do espírito.
Referências
HEGEL, G. W. F. Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Epítome (1817). Tradução
de Artur Mourão. Lisboa: Edições 70, 1988. V. I
HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito (1807). Tradução de Paulo Meneses.
Petrópolis: Vozes, 2001.
HEGEL, G. W. F. Lecciones sobre la filosofía de la historia universal (1837). Tradução
de José Gaos. Madrid: Alianza Editorial, S.A.,1989.
MORAES, A. O. A Metafísica do Conceito. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
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