U UN NIIV VE ER RSSIID DA AD DE E FFE ED DE ER RA AL LD DE E PPE ER RN NA AM MB BU UC CO O L A B O R A T Ó R I O D E I M U N O P A T O L O G I A K E I Z O A S A M LABORATÓRIO DE IMUNOPATOLOGIA KEIZO-ASAMII ((L LIIK KA A)) G GR RU UPPO OD DE E SSIISST TE EM MA ASS D DE EL LIIB BE ER RA AÇ Çà ÃO OC CO ON NT TR RO OL LA AD DA AD DE E M E D I C A M E N T O S E V A C I N A S MEDICAMENTOS E VACINAS U UN NIIV VE ER RSSIID DA AD DE E FFE ED DE ER RA AL LD DO OR RIIO OG GR RA AN ND DE ED DO ON NO OR RT TE E C E N T R O D E C I Ê N C I A S D A S A Ú D E CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE D DE EPPA AR RT TA AM ME EN NT TO OD DE E FFA AR RM MÁ ÁC CIIA A L A B O R A T Ó R I O D E S I S T E M A S D I S P E R S O LABORATÓRIO DE SISTEMAS DISPERSOSS ((L LA ASSIID D)) D DE ESSE EN NV VO OLLV VIIM ME EN NTTO OD DE EN NO OV VA AF FO OR RM MA AF FA AR RM MA AC CÊ ÊU UTTIIC CA AD DE E LLIIB BE ER RA AÇ Çà ÃO OC CO ON NTTR RO OLLA AD DA AD DE E PPE EN NIIC CIILLIIN NA AG GB BE EN NZZA ATTIIN NA A PPA AR RA A TTR RA ATTA AM ME EN NTTO OD DA AF FE EB BR RE ER RE EU UM MÁ ÁTTIIC CA A Coordenador: Profa. Dra. Nereide Stela Santos Magalhães Equipe: Prof. Dr. Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito Prof. Dr. José Luiz de Lima Filho Dra. Sandra da Silva Mattos Jaqueline Rodrigues da Silva Recife, JJuullhhoo ddee 22000022 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 2 Sumário Introdução................................................................................................................................. 03 1. Propriedades Físico-Químicas........................................................................................ 03 1.1. Estabilidade............................................................................................................ 03 1.2. Solubilidade........................................................................................................... 04 2. Propriedades biológicas.................................................................................................. 04 2.1. Farmacocinética..................................................................................................... 04 3. Métodos analíticos.......................................................................................................... 05 3.1. Ensaio espectrofotométrico.................................................................................... 05 3.2. Ensaio microbiológico........................................................................................... 05 4. Febre Reumática............................................................................................................. 05 Justificativa............................................................................................................................... 07 Objetivos................................................................................................................................... 09 Bibliografia............................................................................................................................... 10 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 3 Introdução As penicilinas constituem um dos grupos mais importantes dos antibióticos βlactâmicos. Existem vários tipos de penicilina: ampicilina, penicilina G, penicilina V, amoxacilina, oxacilina, meticilina, cloxacilina, carbenicilina, bancapicilina, ticarcilina, mezlocilina, piperacilina, dicloxacilina, nafcilina, carboxipenicilina e ureidopenicilina; sendo a penicilina G (PenG) a que possui maior atividade antimicrobiana entre essas, e a única penicilina natural utilizada em clínica. Dentre seus usos estão aqueles para o tratamento de infecções estreptocócicas e para profilaxia de febre reumática (Mandell e Petri, 1978). Atualmente, são muito empregados preparados de reposição de penicilina G, como forma de prolongamento da permanência do antibiótico no corpo. Os dois compostos desse tipo mais comuns são: penicilina G procaína e penicilina G benzatina (PenGB). A PenGB é a mais usada pois é absorvida muito lentamente dos depósitos intramusculares e produz a duração mais longa de antibiótico detectável entre todas as penicilinas de reposição disponíveis (Mandell e Petri, 1978). I – Penicilina G Benzatina I.1. Propriedades Físico-Químicas Segundo Korolkovas, [2] esta molécula se apresenta na forma de um pó branco ou ligeiramente amarelado, inodoro, com um caráter ácido relativamente forte devido ao grupo carboxílico ligado ao anel condensado (Figura 1). Apresenta natureza fortemente dextrorotatória. Possui pKa em torno de 2,65 (). Seu Ponto de Fusão situa-se em torno de 110º C [3]. A solução saturada de PenGB em água, possui pH = 5 – 7,5 [4]. A suspensão da PenGB é uma suspensão aquosa do sal obtido pela combinação de um mol de base amônia com dois moles de penicilina G, gerando N,N’-dibenziletilenediamina dipenicilina G (Mandell e Petri, 1978). I.1.1. Estabilidade 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 4 PenGB é muito estável por causa da sua baixa solubilidade em água e meios biológicos [3]. Sua suspensão aquosa é bastante estável em pH entre 6.0 e 7.0 e quando armazenada à baixas temperaturas [4]. Apesar do suco gástrico, com pH de 2, possuir um alto poder de destruição da PenG (Mandell e Petri, 1978), a PenGB é bastante estável neste meio [4]. I.1.2. Solubilidade A PenGB é praticamente insolúvel em clorofórmio e éter. Sua solubilidade em água é 1/6000; em álcool é 1/65; em formamida, 1/10; e em dimetilformamida, 1/7 [4]. O grau de solubilidade da PenGB em diferentes solventes é apresentado na Tabela 1. Tabela 1 - Solubilidade (mg/ml) da PenGB em diferentes solventes a diferentes temperaturas Solventes 25º C 42º C 60º C Formamida 28.0 92.5 158.0 Acetona 1.5 3.8 - Etanol 5.2 16.2 52.9 Benzeno 0.38 0.55 1.10 Água 0.15 0.17 0.46 I. 2. Propriedades biológicas O espectro antimicrobiano da PenGB é semelhante ao da PenG sendo ativo contra cepas sensíveis de cocos gram-positivos, contra espécies de Neisserias e determinados anaeróbios sendo ineficaz contra a maioria das cepas de Staphylococcus aureus (Mandell e Petri, 1978). I. 2.1. Farmacocinética A PenGB é absorvida muito lentamente dos depósitos intramusculares e produz a duração mais longa de antibiótico detectável entre todas as penicilinas de reposição disponíveis. Nos adultos, por exemplo, uma dose de 1.200.000 administradas por via intramuscular produz uma concentração plasmática de 0,09 µg/ml no primeiro dia, 0.02 µg/ml no décimo quarto, e de 0.002 µg/ml no trigésimo segundo dia após a injeção.A duração média 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 5 da atividade antimicrobiana demonstrável no plasma é de cerca de vinte e seis dias.Existem dados farmacocinéticos semelhantes para lactentes recém-nascidos (Mandell e Petri, 1978). 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 6 II. Febre Reumática “A febre reumática é uma doença inflamatória que ocorre na forma de seqüela tardia e não-supurativa de infecções das vias aéreas superiores por estreptococos do grupo A” [5]. Essa patologia resulta de uma reatividade aumentada dos antígenos estreptocócicos que evocam anticorpos que reagem cruzadamente com os antígenos tissulares ou de uma reação auto imune acionada por infecção estreptocócica [6]. A febre reumática pode envolver diversos sistemas de órgãos diferentes, mais notavelmente o coração, as articulações, dentre outros [5]. A prevenção da Febre Reumática consiste em primeiro caso no diagnóstico e tratamento apropriado para amigdalite estreptocócica. Apesar de relativamente simples, essa prevenção é quase sempre difícil de se alcançar, sendo, portanto, necessário uma segunda opção de profilaxia, farmacodependente, para evitar a mortalidade e a incapacidade cardíaca crônica associada a essa patologia. Nessa opção, o método mais eficaz é o com uso da penicilina G benzatina intramuscular, a cada quatro semanas, sendo as recidivas reumáticas muito raras em pacientes que aderem completamente a esse esquema [6]. III. Sistemas de Liberação Prolongada Nas últimas décadas, numerosos estudos demonstraram que a distribuição de um fármaco no organismo pode ser modificada pelo uso de vetores medicamentosos coloidais partículas poliméricas. Estes carreadores protegem certos princípios ativos lábeis da degradação e/ou inativação pelo suco gástrico; melhoram a biodisponibilidade por aumento da penetração celular de substâncias hidrofílicas e proporcionam a liberação do fármaco no sítio de ação desejado (órgão, tecido ou célula), eliminando ou minimizando os efeitos colaterais que normalmente acompanham a terapêutica convencional. O princípio da vetorização de medicamentos está fundamentado no tamanho, lipofilia, estabilidade e citotropismo do princípio ativo e na composição dos fluidos biológicos, monitorados pelas características do veículo. Sistemas coloidais de liberação controlada de drogas oferecem diversas vantagens com relação às formas de dosagens convencionais. Devido ao tamanho reduzido das partículas, as preparações coloidais prestam-se à 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 7 administração parenteral e podem ser úteis para liberação controlada do princípio ativo em órgãos específicos ou sítios alvos do organismo. O direcionamento da substância biologicamente ativa ao sítio de ação desejado poderá não somente melhorar a eficiência terapêutica, como também permitir a redução da quantidade da droga a ser administrada para obtenção da resposta biológica, minimizando com isso efeitos colaterais indesejáveis (Magenheim & Benita, 1991). A modulação apropriada do fármaco no organismo está relacionada diretamente com a forma de administração do medicamento. Atualmente, o objeto principal de investigação na farmácia galênica é o desenvolvimento de novas formas de administração de medicamentos que possam melhorar a biodisponibilidade e diminuir a toxicidade de fármacos (Couvreur, 1997, Marty et al, 1978, Puisieux & Roblot, 1989). Ao longo dos últimos anos, a descoberta de polímeros no domínio farmacêutico permitiu a confecção de formas farmacêuticas nanoparticulares e de dispositivos à liberação controlada de princípios ativos. Nesse último caso, procura-se eliminar a necessidade de ingestão freqüente de medicamentos, promovendo um melhor conforto ao paciente, maior aderência ao tratamento e também evitando os possíveis efeitos fármaco-toxicológicos associados à absorção sucessiva de fármacos pelo organismo. Nos métodos convencionais de administração de medicamentos, dependendo da via de administração empregada, a molécula é absorvida, liberada no sangue e biodistribuída para todo o organismo, resultando em uma ação generalizada sobre vários órgãos e tecidos. Desta forma, não só o órgão alvo e atingido, mas todos os tecidos recebem uma concentração significativa de princípio ativo. 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 8 Justificativa O fundamento e justificativa deste projeto fundamenta-se na aplicação de nova tecnologia para obtenção de uma forma farmacêutica de liberação controlada contendo penicilina G benzatina para tratamento da febre reumática. As seqüelas da Febre Reumática sobre o sistema cardiovascular são aprincipal forma de doença cardíaca em crianças e adultos jovens na maioria dos países em desenvolvimento. Estatísticas da OMS apontam em torno de 400.000 óbitos anuais em conseqüência desta doença. Pelo menos 12 milhões de pessoas estão afetadas por ela e em torno de dois milhões necessitando de internamentos freqüentes. Estima-se que um milhão de cirurgias deverão ser realizadas nos próximos 5 anos em pacientes reumáticos, que geralmente vêm de famílias pobres com dificuldades até para comprar a penicilina. Ásia, África, América Latina e o Leste do Mediterrâneo são as 4 regiões geográficas mais afetadas e nelas quase 1% das crianças em idade escolar demonstram sinais da doença. A doença afeta geralmente crianças de baixa renda nos países em desenvolvimento. Ela é uma complicação tardia, em indivíduos suscetíveis, de uma infecção geralmente da orofaringe pelo streptococo beta hemolítico do grupo A de Lancefield. Fatores sócio econômicos e ambientais têm papel crucial no desenvolvimento da febre reumática. O grupo mais susceptível é constituído de crianças de 5 a 19 anos. A prevenção primária da febre reumática pode ser realizada através da utilização de penicilina para erradicar o streptococo da orofaringe. No entanto, devido às limitações sócioeconômicas e dos sistemas de saúde de países em desenvolvimento, muitas crianças nem sequer chegam a ter diagnóstico nesta fase. Na fase seguinte, a prevenção secundária envolve injeções de penicilina G benzatina administradas por via intramuscular de forma quinzenal ou a cada três semanas por longos períodos. A administração de 600.000 UI/dose injetável (criança) ou de 1.000.000 UI/dose (adulto) forma um depósito no músculo causando um processo extremamente doloroso que promove grande sofrimento nas crianças, levando ao abandono do tratamento antes do término prescrito. Métodos terapêuticos alternativos que possam aumentar os períodos entre as aplicações da penicilina no tratamento prolongado da febre reumática podem vir a ter um enorme impacto sobre a prevenção e tratamento desta doença que acomete parte significativa da população. 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 9 O presente projeto propõe o desenvolvimento um sistema de implante subcutâneo de pencilina G benzatina encapsulada em microcápsulas dispersas em uma matriz polimérica do tipo hidrogel, projetada para duração de 6 meses. Este nova terapeûtica diminuirá os intervalos de administração das injeções mensais, as quais os pacientes de FR estão sujeitos, promovendo maior eficácia do tratamento e melhor adesão por parte dos pacientes. No desenvolvimento do produto serão utilizadas matérias primas biotecnólogicas oriundas de algas marinhas do nordeste brasileiro (alginato) e de casca de camarão (quitosana) para confecção de microcápsulas. O produto desenvolvido será de interesse para a indústria farmacêutica local, inserido neste contexto o LAFEPE, e terá impacto na economia do Estado favorecendo não apenas o desenvolvimento da indústria framacêutica, mas também aquelas do setor de insumos com melhoramento do aproveitamento de sub-produtos do camarão e de algas encontradas em grande quantidade na costa nordestina. O desenvolvimento de um sistema terapêutico de liberação controlada com tempo de vida de no mínimo 6 meses será de grande impacto na terapêutica e trará dividendos não apenas para o estado de Pernambuco, mas para o país, com repercussão mundial, beneficiando as políticas de saúde principalmente de países pobres ou em desenvolvimento. O Brasil e o Estado de Pernambuco como detentor de um novo produto poderá abrir mercados com países vizinhos, da Ásia e África. Inicialmente os custos com a terapêutica não convencional através de sistemas de liberação controlada de penicilina G benzatina, devem ser mais elevados com relação a injeções de PenGB. No entanto, os custos seriam maiores com o tratamento das seqüelas, principalmente cardiológicas, provocadas pela febre reumática. Um novo tratamento da febre reumática de forma controlada, prolongada, não dolorosa e eficaz será de grande valia para o SUS, para a população brasileira e mundial acometida pela febre reumática. Em comunidades pobres e densamente populosas, em que o risco de FR é maior, as crianças com doenças autolimitadas, como dores de garganta, podem nunca procurar assistência médica, e os serviços de cultura de garganta não são disponíveis para auxiliar a estabelecer o diagnóstico. Além disso, em um terço ou mais dos casos, a febre reumática pode surgir após a infecção estreptocócica clinicamente inaparente. Fazendo-se, portanto, necessário um método profilático seguro, e tornando o uso da penicilina G benzatina essencial. 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 10 A penicilina G possui tempo de meia vida biológica de 30 minutos, o que explica a rápida diminuição de seus níveis plasmáticos após uma injeção intramuscular, devido a isso, são estudadas maneiras de se prolongar a permanência desse antibiótico no organismo e, conseqüentemente, reduzir a freqüência das injeções (Mandell e Petri, 1978). Os preparados de reposição (penicilina G procaína e penicilina G benzatina) têm esse propósito, pois liberam lentamente o fármaco da área na qual foram injetados e produzem concentrações relativamente baixas, porém persistentes do antibiótico no sangue. A penicilina G benzatina possui maior duração (Mandell e Petri, 1978), uma vez que uma dose quatro vezes maior desta produz uma concentração plasmática dez vezes menor que o valor referente à penicilina G procaína, além dessa última produzir níveis plasmáticos tóxicos quando é administrada em altas doses. A injeção de 300.000 unidades de penicilina G procaína produz uma concentração plasmática de 0,9 µg/ml em 1 a 3 horas; após 24 horas a concentração cai para 0,1 µg/ml e em 48 horas, se reduz para 0,03 µg/ml; enquanto que uma dose de 1,2 milhão de unidades de penicilina G benzatina produz uma concentração plasmática de 0,09µg/ml no primeiro dia, de 0,02 µg/ml no 14º dia, de 0,002 µg/ml no 32º dia após a injeção. A duração média de atividade antimicrobiana demonstrável no plasma é de cerca de 26 dias. Apesar da duração a princípio longa da penicilina G benzatina, suas injeções mensais para profilaxia da febre reumática ainda são incômodas e financeiramente dispendiosas, sendo assim, o presente trabalho se propõe a estudar uma nova forma de administração deste antibiótico baseada em sistemas de liberação prolongada de fármacos, que possa reduzir ainda mais a freqüência das injeções, produzir um perfil farmacocinético desejado e tornar mais confortável esse esquema de profilaxia para febre reumática. O desenvolvimento de sistemas de liberação prolongada de medicamentos usualmente preconiza que a molécula possua um tempo de meia vida biológica bastante curto. Entretanto, no caso específico da PenGB, devido a sua elevada potência terapêutica e ao fato de ser necessário injeções mensais no combate a febre reumática, acreditamos que um sistema que forneça as concentrações plasmáticas ao longo de 6 a 12 meses, facilitaria enormemente a terapêutica para está doença. 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 11 Objetivos Objetivo Geral Desenvolver um sistema de liberação prolongada de fármaco para produzir uma forma de administração da penicilina G benzatina que reduza a freqüência das administrações de mensais para anuais, melhorando a afabilidade com o paciente. 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 12 Material e Métodos I. Material I.1. Reagentes, solventes, soluções e matérias primas: ¾Acetona, Merck; ¾Ácido sulfocrômico; ¾Água deionizada Milli Q; ¾α-Bromonaftalina; ¾Clorofórmio, Merck; ¾Penicilina G benzatina, Sigma; ¾Diester caprílico e cáprico com propilenoglicol (Capitex 200), Abitec Corporation, Janesville, USA; ¾Fosfatidilcolina de soja (Epikuron 200), Lucas Meyer, Brasil; ¾Metanol, Merck; ¾Óleo de Rícino polioxil-40-hidrogenado (Cremophor RH 40), Basf S/A, Brasil; ¾Tris (hidroximetil) aminometano, Merck, Darmstadt, F.R. Germany. Equipamentos Cromatógrafo Líquido de Alta Performace (HPLC) Microscópio Eletrônico Sonicador Balanças analíticas Bomba de Vácuo Matérias Primas Alginato de Sódio Quitosana Cloreto de Cálcio Álcool Acetonitrila Grau CLAE Acido Metanesulfônico grau CLAE Dielamina grau CLAE Ácido acético glacial Solução indicadora de p-naftobenzeno Acido perclórico 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 13 II. Métodos Obtenção, por coacervação simples, de microcápsulas de Alginato com revestimento de quitosana; Otimização dos parâmetros do método de fabricação; Otimização dos parâmetros de formulação; Caracterização físico-química das micropartículas, com a determinação de rendimento, doseamento de ativo encapsulado nas formas microparticuladas, diâmetro médio das micropartículas, variação de pH e distribuição granulométrica das micropartículas (Santos Magalhães, 1991); Determinação da cinética de liberação in vitro pelo método de diálise inversa (Santos Magalhães, 1995); Estudo de estabilidade das formas microparticuladas, avaliando-se a estabilidade acelerada com determinação da resistência a centrifugação, a vibrações mecânicas, ao ciclo congelamento descongelamento e estudos de estabilidade em longo prazo com a observação dos aspectos macroscópicos, microscópicos e variação do pH (Santos Magalhães, 1995); Validação da técnica analítica por Cromatografia Líquida de Alta Performance (CLAE ou HPLC), para a determinação do ativo microencapsulado pela técnica envolvida. II. 1. Preparação das microemulsões Os sistemas microemulsionados serão preparados com quantidades adequadas de tensoativo não iônico (Cremophor· RH 40) e Fosfatidilcolina de soja (Epikuron 200). Para cada porção de Epikuron 200 (FS)/ Cremophor RH 40 (CR) será adicionado o Capitex 200 (fase oleosa) e em seguida será titulado com tampão Tris-HCl pH 7,2( fase aquosa). Essa seqüência de adição facilitara a homogeneização da mistura que será agitada com auxílio do vórtex por 10 minutos em ambiente com a temperatura controlada a 25 ± 0,1°C. 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 14 II.2. Preparação de microcápsulas de PLGA As microesferas de copolímero de ácido lático e glicólico (PLGA) serão preparadas pelo método de evaporação do solvente: uma solução 5% de PLGA em uma mistura de Diclorometano e Clorofórmio (1:1 m/m) é preparada a temperatura ambiente para formar a fase dispersa. Glicerol com 0,02% com tween 20 é usado com a fase contínua, a fase dispersa é adicionada a fase contínua em taxa de 1:20 e emulsificada em Ultraturrax. A emulsão é agitada por 3 minutos começando a temperatura de 0ºC e finalizando a temperatura de 35ºC. A forma de agitação é modificada após 3 minutos quando a emulsão começa a ser agitada impelindo N2 por 2 horas a 38ºC assegurando a evaporação do solvente a suspensão obtida é filtrada depois de lavada em solução 15% de isopropanol em água para remover o solvente. Extração do solvente: O mesmo procedimento como em evaporação do solvente até a emulsão ser formada quando esta é "pulverizada" em solução aquosa 15% de isopropanol (fase diluente) em taxa 1:1. A mistura é agitada impelindo-se N2 por 2 horas a 35 C para extração do solvente. As microesferas são coletadas por filtração e lavadas com solução aquosa isopropanol 15% e levadas a secagem a vácuo. II.3. Preparação de microcápsulas alginato-quitosana contendo PenGB 1ª Etapa: Encapsular a PenGB em microcápsulas. Microcápsulas de PenGB serão obtidas segundo o método de coacervação simples (Gaser∅d , 1998). O princípio do método consiste na formação de microcápsulas de alginato de sódio por interação com cátions divalentes, através do gotejamento de uma solução de alginato onde o principio ativo está dissolvido sobre uma solução de cloreto de cálcio sob agitação. O revestimento com quitosana é realizado em um segundo passo onde as microcápsulas formadas na etapa anterior são colocadas em contato com uma solução de quitosana, previamente dissolvida com ácido acético, por um tempo de 30 minutos. As concentrações de alginato, cálcio e quitosana serão variadas em algumas concentrações, assim como tempo e modo de inclusão dos excipientes na formulação. 2ª Etapa: Formular de um medicamento a base de PenGB microencapsulada, observando-se os protocolos de obtenção relacionados às BPF (Boas Práticas de Fabricação). Especificação 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 15 de Controle de qualidade do produto desenvolvido, abrangendo ensaios físicos e físicoquímicos especificados para a forma farmacêutica em questão, além de testes de estabilidade da formulação e validação da técnica analítica por Cromatografia Líquida de Alta Performance (CLAE), para a determinação de PenGB no medicamento acabado. II.4 Caracterização físico-química de micropartículas e micromulsões • Aspecto macroscópico As preparações de lipossomas são examinadas a olho nu. A homogeneidade, a cor, a consistência, uma possível cremagem, sedimentação, floculação, coalescência, eventual exsudato oleoso ou separação de fases são observados. • Aspecto microscópico A estabilidade dos lipossomas é avaliada pela evolução do tamanho das partículas. A combinação das medidas efetuadas por microscopia eletrônica (Hamilton-Attwell et al., 1987; Washington, 1990) e utilizando o princípio da difusão quase elástica da luz, conhecida como espectroscopia de autocorrelação de fótons (Merry & Eberth, 1984; Van der Meeren et al., 1993) permitem uma determinação da distribuição do tamanho das partículas e sua evolução no tempo. A homogeneidade e morfologia dos lipossomas são examinadas por micróscopia eletrônica de varredura (SEM) pelo método modificado de Hamilton-Attwell et al., (1987). Este método fundamenta-se na fixação do tetróxido de ósmio sobre as duplas ligações dos ácidos graxos insaturados dos fosfolipídios e triglicerídios, o que permite sua visualização em microscopia eletrônica. • Determinação do diâmetro médio das partículas O diâmetro médio e a distribuição do tamanho das partículas são determinados por um contador de partículas à laser calibrado com suspensões padrões de látex com tamanho de partículas de 0,09; 0,17; 0,3 e 0,5 µm. A amostra é diluída com água desionizada filtrada para uma concentração adequada e a leitura é efetuada a 20°C ± 1°C pelo método unimodal e SDP (size distribution processor). • Estudo da variação de pH A variação do pH será acompanhada utilizando um potenciômetro digital equipado com um eletrodo de vidro e uma sonda de temperatura. A suspensão de lipossomas ou nanocápsulas é colocada em um becker e o eletrodo e a sonda de temperatura são introduzidos diretamente na suspensão para leitura automática do pH. Todas as amostras são analisadas à 20° C. • Determinação da taxa de encapsulação A quantidade da substância encapsulada é determinada por cromatografia (HPLC) pela diferença entre a quantidade total da substância presente na preparação e aquela presente na fase aquosa. A quantidade total é obtida pela dissolução das amostras em solvente orgânico adequado para extração da substância encapsulada. A fase aquosa é separada através da técnica de ultrafiltração-centrifugação, utilizando filtros ultrafree MC 10000 (Millipore). 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD • 16 Propriedades da Superfície das Partículas : A análise da composição química da superfície será realizada por espectroscopia eletrônica (ESCA) e avaliação do potencial Zeta pela medida da mobilidade eletroforética utilizando um Zetasizer (Peracchia et al. , 1997). • Análise morfológica das micropartículas A morfologia das microcápsulas e as características da parede polimérica serão avaliadas através de microscopia eletrônica de varredura (SEM), utilizando ouro coloidal para visualização. • Determinação do tamanho das micropartículas A determinação do tamanho e distribuição das partículas na preparação será efetuada utilizando um contador de partículas eletrônico (Malvern). II.5 Testes de Estabilidade • Testes de envelhecimento a longo termo Os testes de estabilidade a longo termo são realizados após a fabricação e em seguida a intervalos de tempos regulares (7, 15, 30, 45 e 60 dias). Serão estudados os seguintes parâmetros: Aspecto macroscópico e microscópico, variação do pH e da condutividade e tamanho das partículas. Para este teste todas as propriedades físico-químicas dos sistemas são observadas a intervalos de tempo regulares (0, 7, 15, 30, 45, 60 dias até instabilidade do sistema). 10 ml das amostras são acondicionadas em frascos de 12,5 ml tipo penicilina com tampa e conservados à 4 ± 1° C. • Testes de envelhecimento acelerado No estudo da estabilidade acelerada são observadas a resistência à centrifugação (3500 rpm por 1h a 25 ± 1°C), a agitação mecânica (150 strokes por 48h a 37 ± 1°C), e aos ciclos de congelamento/descongelamento (16h a -18 ± 1oC e 8h a 25 ± 1°C). O aspecto macroscópico, o tamanho das partículas, pH e condutividade são determinados antes e depois dos testes. II.5 Cinética de liberação in vitro da PenGB O perfil cinético de fármacos encapsulados em microcápsulas será avaliado pelo método de dissolução USP utilizando dissoluteste tipo II (USP, XXIV, 1999). O conteúdo liberado será quantificado por métodos químicos específicos para cada constituintes. A análise será realizada tanto no meio de liberação quanto dentro de microcápsulas que serão retiradas aleatoriamente do meio de dissolução. 33HHQQLLFFLLOOLLQQDD ** EEHHQQ]]DDWWLLQQDD 17 Bibliografia 1. Mandell, G.L. and W.A. Petri Jr, Fármacos antimicrobianos: Penicilinas, cefalosporinas e outros antibióticos beta-lactâmicos, in As bases farmacológicas da terapêutica, L.e.G. Goodman, A., Editor. 1978, Guanabara Koogan: Rio de Janeiro. p. 790-802. 2. Korokolvas, A., Química farmacêutica. 1988: Rio de Janeiro-RJ. p. 579-586. 3. 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