Gerenciamento para o processo de desospitalização: por que, quando e como viabilizar DESOSPITALIZAÇÃO: conceitos • Possibilitar a saída de um paciente do ambiente hospitalar de forma segura, promovendo os cuidados que ele possa necessitar em outro ambiente que não o hospitalar • É um dos caminhos para evolução da saúde no Brasil e no mundo, uma vez que se enquadra como uma transição do nivel de cuidados • Significa reduzir o tempo de internação hospitalar para o mínimo possível e permitir a continuidade de tratamento em domicílio por meio de um atendimento eficiente e de processos assistenciais estruturados Hospital ou “hospital” OU Paciente e seu ou “seu” médico assistente Cuidador e “cuidador” Prestadora ou “prestadora” de serviço Família ou “família” Casa ou Lar Plano de saúde ou “de saúde” Justiça e MP do Trabalho Grupo ou TIME de profissionais da prestadora A Atenção Domiciliar nos dias de hoje Sistema Público: • PRODHOM (Município de São Paulo) • MELHOR EM CASA (Ministério da Saúde) • outras iniciativas de algumas prefeituras pelo Brasil A Atenção Domiciliar nos dias de hoje Sistema Privado: • apesar de não regulamentado, OPS e Seguradoras julgam que não haverá descontinuidade • não são plenamente favoráveis, porém consideram ação sem retorno e que tende a crescer devido a ausência de leitos hospitalares suficientes e idade populacional • estão muito preocupados com a desospitalização sem critérios que potencializam a possibilidade de permanência em AD por tempo indefinido, apesar de considerarem que auxilia na otimização de recursos financeiros A Atenção Domiciliar nos dias de hoje Hospitais: • centralização crescente em alguns grupos econômicos • construção e “recheio de leitos e equipamentos” com custo elevado • número de leitos reduzindo-se em relação à população em geral, potencializando o interesse de maior rotatividade dos leitos • alguns deles, muito interessados em promover a rápida desospitalização sem critérios bem definidos A Atenção Domiciliar nos dias de hoje Médicos: • apesar das melhorias, ainda reduzido número tem conhecimento efetivo sobre Atenção Domiciliar, suas características e peculariedades • significativo número de profissionais que prestam serviços no hospital e não dão continuidade ao tratamento em regime ambulatorial • importante número solicita “Home Care”, sem especificação do que efetivamente há de indicação técnica, potencializando expectativas ao paciente/família que não serão atendidas A Atenção Domiciliar nos dias de hoje Médicos Auditores: • parcela importante não demonstra conhecimento efetivo sobre Atenção Domiciliar, suas características e peculariedades • por vezes faz indicação técnica à OPS ou Seguradora com Plano Terapêutico que se mostra não em conformidade com avaliação clínica posterior, gerando eventual desalinhamento entre prestador e OPS • por vezes não faz contato técnico mais ampliado com o médico assistente do hospital A Atenção Domiciliar nos dias de hoje Sociedade em Geral: • famílias menores e com muitos dos responsáveis pelo paciente já com idade avançada • muitas famílias consideram que o paciente deve ter os mesmos cuidados como aqueles dispensados no hospital • Buscam cada vez mais frequentemente o caminho da liminar judicial para obter seus desejos, muitas vezes, de caráter somente social DESOSPITALIZAÇÃO: quando para outro ambiente? • paciente hospitalizado com satisfatória estabilidade clínica de seu estado de saúde, porém: necessita complementar tratamento iniciado na hospitalização, ou; não esta plenamente recuperado, ou; necessita de equipamentos e recursos médicos para suporte à vida, ou; sem chance de recuperação evoluindo para a chamada internação hospitalar prolongada ou sucessiva DESOSPITALIZAÇÃO para outro ambiente: como melhor viabilizar? (I) • Certamente ainda um grande desafio a todos os públicos envolvidos devido: ao baixo nivel de informação sobre a Atenção Domiciliar, assim como suas características relacionadas e dependentes à Logística a formação médica hospitalocêntrica, apesar deste profissional, que é o demandante da desospitalização, não ter sido treinado para melhor conhecer a dinâmica hospitalar (soberano em suas decisões; “estala os dedos” e os demais profissionais cumprem!; retaguarda de recursos físicos e humanos em caráter quase que permanente) a paciente em fase de transição para “consumidor”, alterando totalmente as relações a baixa ou nenhuma formação, ou pós formação, em Atenção Domiciliar por toda a cadeia de profissionais da saúde DESOSPITALIZAÇÃO para outro ambiente: como melhor viabilizar? (II) • Certamente ainda um grande desafio a todos os públicos envolvidos devido: a efetiva necessidade que haja pleno entendimento sobre o MOTIVO que esta sendo indicada a desospitalização e o que se espera da continuidade do atendimento ( por exemplo: paciente com redução cirúrgica de fratura de femur desenvolveu osteomielite. A efetiva indicação técnica será para exclusivamente a continuidade de tratamento desta infecção) a necessidade do reconhecimento de que há 4 públicos envolvidos neste processo e que deve haver EQUILÍBRIO entre si: a Operadora do Plano de Saúde, o paciente/familiares, médico assistente e a prestadora de serviços Não basta apagar o fogo... (Foto da frente de combate que devastou a Austrália) “Quem não entende um olhar, muito menos entenderá uma longa explicação...” Obrigado!! SERGIO CANDIO São Paulo: 11. 3817.6600 Rio de Janeiro: 21. 3534.0800 Santos (SP): 13. 3202.6440 Campinas (SP): 19.3515.7390 [email protected]