Gerenciamento para o Processo de Desospitalização UNIMED SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ALTA COMPLEXIDADE 69 LEITOS DE INTERNAÇÃO 10 LEITOS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSA 10 LEITOS DE UNIDADE CORONARIANA 4 SALAS CIRÚRGICAS 1 SALA HEMODINÂMICA CENTRO DE DIAGNÓSTICO INTEGRADO Desospitalização: Conceito • Garantir a alta de um paciente do ambiente hospitalar de forma segura promovendo todos os cuidados necessários em domicílio. • Redução do tempo de internação no hospital e aumentar a satisfação do paciente; Satisfação do Cliente X Dias de Internação 90% 88% 86% 84% 82% 80% 78% 76% 74% 89% 89% 86% 83% 79% <1 1 - 2 dias 2 - 3 dias 3 - 4 dias > 4 dias Figura1. Referência da rede Amil • Um hospital com ocupação maior que 85% pode prejudicar o cuidado do paciente. (Referência da Rede Amil, congresso Safety Check em Setembro de 2015) Desospitalização • Desospitalização não é alta precoce; • É o fornecimento de todo o suporte para que o tratamento tenha continuidade em casa por meio da assistência domiciliar; • Pacientes com estrutura social e familiar são requisitos básicos para a desospitalização. Quais são os benefícios da desospitalização? Conforto Minimiza intercorrências clínicas Capacitação familiar / autocuidado Minimiza procedimentos/ exames invasivos HUMANIZAÇÃO Por que a desospitalização é estratégica? Aumentar o direcionamento para recursos próprios Diminuição do custo assistencial Aumentar o giro de leito Diminuição do tempo médio de permanência Aumentar o número de leitos disponíveis Critérios para desospitalização Quadro clínico estabilizado Cuidados que podem ser realizados em domicílio ALTA HOSPITALAR Critérios para Desospitalização Critérios para Desospitalização Critérios para Desospitalização Condições de pósoperatório com necessidade de reabilitação Pacientes crônicos com terapia nutricional, ostomias, lesões de pele extensas e curativos complexos; Condições que necessitam de antibioticoterapia Cuidados suportivos e analgesia Pacientes crônicos que necessitam de visitas domiciliares da equipe multidisciplinar Necessidade de oxigenoterapia Visão da Equipe Multidisciplinar na Desospitalização Planejamento da Alta pela equipe multidisciplinar Orientar a alta hospitalar desde o primeiro dia de internação Educação paciente/ familiar/ cuidador Integração entre a equipe hospitalar e equipe da assistência domiciliar Como fazer a alta programada? Alta Programada Cada profissional envolvido no cuidado do paciente possui sua parcela de contribuição para a alta programa Alta Programada Orientações de alta por equipe multidisciplinar (enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e farmácia) Alta Programada Plano Terapêutico com previsão de alta Como fazer a alta programada? • Equipe do Núcleo de Atenção Integral (NAIS) participa e atua durante todo o processo da desospitalização; • É importante garantir que todo tratamento que o paciente realiza no hospital dê continuidade em domicílio. Solicitação da Assistência Domiciliar Identificação do paciente Solicitação médica com preenchimento de formulário específico O formulário é enviado ao Nais para aplicação das escalas e analisar elegibilidade Escalas aplicadas: 1. NEAD (Núcleo Nacional de Empresa de Assistência Domiciliar): Tabela que nos dá os parâmetros quanto às horas de enfermagem que o paciente tem indicação. 2. ABEMID (Associação Brasileira das Empresas de Internação Domiciliar): Tabela de avaliação da complexidade assistencial • O Nais realiza contatos com os familiares do paciente e interinstitucionais. Solicita equipamentos, medicamentos e insumos. Objetivos 1. Identificar as características dos pacientes desospitalizados; 2. Analisar quanto tempo o paciente leva para desospitalizar; 3. Avaliar o impacto da desospitalização no tempo médio de permanência; 4. Identificar os principais problemas que prejudicam a desospitalização; Método • O Santos Dumont Hospital (SDH) é um hospital geral, privado e com foco no tratamento de doenças de alta complexidade. • Busca ativa de pacientes com maior tempo de internação e discussão em uma reunião semanal com a liderança médica, administrativa e multidisciplinar do hospital. • Analisamos 115 pacientes no período de Outubro/15 até Fevereiro/16. Resultados Total de pacientes gerenciados pelo processo de Desospitalização Período: jul.2015 a fev.2016 n=115 7 16 Desospitalizados Óbito Pendentes (em trânsito) 92 Resultados – Perfil Epidemiológico • Período: Julho/2015 até Fevereiro/2016 • n = 115 pacientes Média de Idade Gênero 80,00 M 48% 60,00 F 52% 40,00 20,00 0,00 Desospitalização - Convênio 10,34% Unimed Local 89,66% Intercâmbio 75,98 Resultados – Perfil Epidemiológico Classificação do Diagnóstico Cardiovascular Desospitalização - NEAD 15,52% Visitas de Enf. Gastrointestinal 15,52% Neurológico 8,62% 8,62% 3,45% 1,72% 0,00% 16,38% 11,21% 8,62% 0,86% 7,76% 43,10% Enf. 12h Enf. 24h Onco-hematologico Endócrinológico/Metab ólico Osteomuscular Infeccioso/Parasitário 23,28% Enf. 6h 2,59% Respiratórias (Agudas e Crônicas) Genito-urinário Desospitalização - ABEMID 17,24% Pele/Partes Moles Baixa Complexidade 35,34% Média Complexidade Alta Complexidade Outros 14,66% Resultados Taxa de Desospitalização (pacientes avaliados) 2015/2016 100,00% Fevereiro/2016: 7 Pacientes Pendentes 2 óbitos 93,33% 87,50% 90,00% 91,67% 84,62% 82,35% 80,00% 78,85% 81,82% 73,33% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 38,46% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 2015/2016 Resultados Tempo de Desospitalização (dias) 2015/2016 5 4,5 1 Paciente Intercâmbio (assistência negada). Demora para conseguirmos O2 via prefeitura. Aguardou 16 dias. 4,5 1 Paciente demorou 13 dias para desospitalizar. Motivo: Insegurança familiar/ questões sociais. 4,6 3,8 4 3,5 3 2,9 2,5 2,8875 2,1 2 2 1,5 2 1,2 1 0,5 0 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 2015/2016 Resultados Taxa de Desospitalização x Saída SDH 2015/2016 3,50% 3,00% 2,50% 2,00% 1,50% 1,00% 0,50% 0,00% 3,24% 3,17% 2,35% 2,38% 2,73% 2,35% 2,07% 1,50% 2,00% Tempo Médio de Permanência Santos Dumont Hospital 3,5 Título do Eixo 3 2,5 2 1,5 Antes: 2,7 dias Depois: 2,4 dias 1 0,5 0 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 Resultados Motivos que levam o paciente a não sair de alta no horário programado Período: Outubro/2015 a Fevereiro /2016 n: 70 atrasos 100% 92% 90% 90% 80% 67% 70% 64% 60% out/15 50% 50% nov/15 40% 25% 14% 20% 10% 27% 25% 30% 14% 5% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 5% dez/15 9% 8% 5% jan/16 0% 0% 0% 0% 0% Atrasos relacionados a processos assistenciais da enfermagem Paciente/ Família não estão prontos Solicitações de Exames/ medicações após a alta Aletração do quadro clínico após a alta fev/16 Atraso do serviço de remoção Fonte: Santos Dumont Hospital Conclusão • Após 7 meses de Gerenciamento do Protocolo de Desospitalização atingimos uma mudança significativa na cultura de toda equipe multidisciplinar; • A implantação da desospitalização e do gerenciamento dos pacientes crônicos tem sido um sucesso para a instituição, garante assertividade, rapidez e envolvimento de toda a equipe. Camila Fernandes Lyrio [email protected]