INDIVÍDUO E SOCIEDADE – ANT7016 PROFESSOR: Theophilos Rifiotis (Departamento de Antropologia) SEMESTRE: 2015.2 – HORÁRIO: 4ª.f – 8:20h (4h) EMENTA: Pessoa e coletividade. Indivíduo, cultura e personalidade. A construção social da pessoa, grupo, identidade. Biografias e estrutura social. OBJETIVO: A disciplina pretende realizar uma revisão de trabalhos clássicos sobre a temática visando construir um debate em torno da noção de sujeito/agente na perspectiva da chamada Teoria AtorRede, sobretudo com Bruno Latour, e da crítica de Marilyn Strathern. A revisão passará pelos trabalhos de Marcel Mauss, Maurice Leenhardt, Louis Dumont, Luís Fernando Dias Duarte, Gilberto Velho, Sherry Ortner e Michel Foucault. AVALIAÇÃO : ATIVIDADES PESOS Realização em grupo de dois exercícios escritos em sala de aula sobre os textos indicados 3 Realização individual de um exercício escrito em sala de aula sobre os textos indicados 4 Apresentaçãodeumseminário 2 Participação nas aulas expositivas e seminários 1 CRONOGRAMA/ ATIVIDADE/CONTEÚDO : Apresentação do programa e divisão de seminários A noção de Pessoa: questões gerais "Uma categoria do pensamento antropológico: a noção de pessoa", M. Goldman A noção de Pessoa: "eu" “Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, noção do eu”, M. Mauss A noção de Pessoa na Melancia “A estrutura da pessoa no mundo melanesiano”, M. Leenhardt Revisão e exercício escrito A noção de Pessoa Moderna 1 "A Construção social da pessoa moderna", L.F.D.Duarte A noção de Pessoa Moderna 2 “Do indivíduo-fora-do-mundo ao indivíduo-no-mundo”, L. Dumont Revisão e exercício escrito Sujeito e teoria social “Subjetividade e crítica cultural”, S. Ortner Sujeito e agência “Poder e projetos: reflexões sobre agência”, S. Ortner Balanço dos debates atuais A noção de rede: crítica contemporânea1 "Cortando a rede", M.Strathern A noção de rede: crítica contemporânea2 "As novas modernidades", M.Strathern Introdução à Teoria Ator-rede "Introdução, B.Latour "Terceira fonte de incerteza: os objetos também tem capacidade de agência", B.Latour Revisão e exercício escrito BIBLIOGRAFIA GERAL : DUARTE, L.F.D. Da vida nervosa nas classes trabalhadoras urbanas. Rio de Janeiro, Brasília, Jorge Zahar Ed., CNPq, 1986. DUMONT, L. Homo Hierarchicus. O sistema de castas e suas implicações. São Paulo: Edusp, 1992. DUMONT, L. O individualismo. Uma perspectiva antropológica da ideologia moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. DURKHEIM, E. “Representações individuais e representações coletivas”. IN: ____. Sociologia e Filosofia. São Paulo: Editora Forense, 1970. FOUCAULT, M. “O Sujeito e o poder”. IN: P. Rabinow; H. Dreyfus (orgs). Michel Foucault, uma trajetória filosófica. São Paulo: Ed. Forense Universitária. FOUCAULT, M. Tecnologías del yo. IN: ____. Tecnologías el yo y otros textos afines. Barcelona, Buenos Aires, México, Paidós. GOLDMAN, M. “Uma categoria do pensamento antropológico: a noção de Pessoa”. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 39(1): 83-109, 1996. LATOUR, B. Reensamblar lo social: una introducción a la teoria del actor-red. Buenos Aires: Manatial, 2008. LEENHARDT, M. Do kamo. La personne et le mythe dans le monde mélanésien. Paris: Gallimard, 1971. MALUF, S. Por uma antropologia do sujeito: da pessoa aos modos de subjetivação. Revista Campos (prelo), 2015. MAUSS, M. “Uma categoria do espírito humano: a noção de Pessoa, a noção de Eu”. IN: ____. Sociologia e Antropologia. São Paulo: EPE/EDUSP, 1974. MAUSS, Marcel. “As técnicas corporais”. IN: ___. Sociologia e Antropologia. São Paulo: EPU, 1974, vol. II, p. 209-233. ORTNER, S. “Poder e projetos: reflexões sobre agência”. IN: GROSSI, M. P.; ECKERT, C. e FRY, P. (orgs). Conferências e Diálogos: saberes e práticas antropológicas. Blumenau: Nova Letra, 2007, pp. 45-80. ORTNER, S. “Subjetividade e crítica cultural”. Horizontes Antropológicos, 13 (28): 375-405, 2007 STRATHERN, M. O efeito Etnográfico e outros ensaios. São Paulo, Cosac Naify, 2014. STRATHERN, M. O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na Melanésia. Campinas: Unicamp, 2006 VELHO, G. Projeto e Metamorfose. Antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.