FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS FGV JFK COMPUTADORES PARTE 2 Fernanda Araujo Karine Isola João Peroni São Paulo 2012 Fernanda Araujo Karine Isola João Peroni JFK COMPUTADORES PARTE 2 Prof. Júlio de Carvalho – Orientador SÃO PAULO 3 1. A Empresa A empresa KFJ computadores é uma indústria fabricante de computadores fundada como uma empresa de capital aberto, há cerca de quatro anos, com um capital inicial de R$ 5 milhões. A KFJ foi criada com o objetivo de competir na reserva criada pelo governo. Optou-se pela fabricação de equipamentos IBM – compatíveis. De acordo com a previsão de demanda, decidiu-se fabricar três produtos: desktop, notebook e workstation. A fábrica possui uma capacidade instalada de 900 unidades. E, para a montagem da capacidade foi aplicado cerca de R$ 4,5 milhões. Até dezembro do último ano de atividade, a KFJ apresentou um lucro de R$ 800 mil, sendo que R$ 500mil foi distribuído aos acionistas como dividendo. O custo de administração – que inclui o custo da estrutura administrativa e de vendas – era de, aproximadamente, R$ 50.000,00 ao mês, sendo variável de acordo com o porte das instalações, bem como aos níveis de produção e de vendas no mês. 4 2. Presidência 2.1. Objetivos da empresa Ser reconhecida por sua marca, e ter valor para seus investidores de acordo com a qualidade de seus produtos. Os objetivos em termos de retorno tiverem uma definição no primeiro quadrimestre e foram redefinidos no segundo quadrimestre devido aos resultados que foram apresentados, focando no aumento de Receita de Vendas, conforme tabela abaixo: 1º 2º Quadrimestre Quadrimestre Valor de Mercado 2 1 3 2 Receita de Vendas 1 3 Lucro Total 4 4 Retorno s/ o Patrimônio Líquido Tabela 1 Objetivos por quadrimestre 2.2. Estratégia da empresa Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento para garantir a qualidade de seus produtos, e contínuo investimento em Propaganda e Promoção para divulgação da marca e garantia de vendas. 2.3. Problemas encontrados No último período a empresa teve um alto custo de estoque. Foram analisados os últimos três anos para realizar a previsão de produção, o que gerou um grande aumento de produção. Porém as vendas não foram obtidas conforme o esperado. Devido ao aumento de produção poderia ter-se investido um pouco mais em marketing. Os dados de estoque estão apresentados no Demonstrativo de Resultado da diretoria financeira. 5 2.4. Análise de concorrência Em relação à Market Share, a empresa esteve à frente de seus concorrentes quando considerados os produtos Notebook e Workstation, já para Desktop a empresa ocupou a segunda posição do ranking. Este foi um ótimo resultado para o período. Os dados de Market Share estão detalhados na diretoria comercial. 2.5. Adequação das práticas da empresa à estratégia traçada pela empresa Todas as áreas da empresa trabalharam conjuntamente para a obtenção de melhores resultados. De acordo com a estratégia da empresa que foi reajustada para o segundo quadrimestre, foi possível cumprir os objetivos. 2.6. Obtenção dos resultados esperados pela presidência Os resultados da empresa, em relação ao Lucro Total, que é o seu maior objetivo, comportaram-se da seguinte maneira: Lucro Total 1,400,000.00 1,200,000.00 1,000,000.00 800,000.00 600,000.00 Lucro 400,000.00 200,000.00 - Gráfico 1 Lucro Total Conforme apresentado no gráfico acima, a empresa aumentou continuamente o seu Lucro Total, tendo um crescimento percentual conforme tabela abaixo: 6 Período Var(%) Janeiro 0% Fevereiro 81% Março 38% Abril 53% Maio 32% Junho 23% Julho 22% Agosto 18% Tabela 2 Variação do lucro total 7 3. As diretorias 3.1. Diretoria de marketing 3.1.1. Política de marketing adotada Uma boa estratégia de Marketing integra os objetivos, políticas e ações da organização. O objetivo de uma estratégia de marketing é cumprir a missão da empresa. Segundo AMA, Marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado. (AMA – American Marketing Association – Nova definição de 2005). Assim, o marketing trata de identificar as necessidades do consumidor e desenvolver produtos que os satisfaçam, determinar que mercados-alvo a organização pode atender, planejar produtos, serviços e programas para servir seus consumidores. Segundo Ferreira, ao pensarmos em mercado, necessitamos antes de tudo traçar uma definição do que vêm a serem estes mercados. Logo, a empresa conseguirá vender seus produtos se existirem alguns requisitos básicos: − Deve existir uma necessidade que seja satisfeita com a compra do produto; − A pessoa deve ter o poder aquisitivo para comprar o produto e; − Condições para efetuar a compra. Segundo o mesmo autor, segmentar um mercado significa escolher um grupo de consumidores, com necessidades homogêneas, para o qual a empresa poderá fazer uma oferta mercadológica. Assim, os mercados se diferem de várias formas, portanto podem ser segmentados de várias maneiras. Quando uma empresa segmenta o mercado, torna-se mais fácil satisfazer suas necessidades. Por esta razão que a segmentação do mercado facilita a empresa desenvolver e comercializar produtos. Com a segmentação a empresa dedica-se as fatias de mercado que tenha melhores condições de atender. Segundo Reissmann 2005, os níveis de segmentação de mercado são: − Marketing de massa: a empresa se preocupa em produção, distribuição e promoção de massa de um produto para todos os compradores. 8 − Marketing de segmento: é formado por um grande grupo de compradores identificáveis em um mercado. As empresas procuram isolar alguns segmentos amplos que formam um mercado e personalizar seus produtos. − Marketing de nicho: é um grupo mais restrito de compradores. Sendo assim, as empresas de nichos conhecem bem melhor as necessidades de seus consumidores. − Marketing Local: é o marketing voltado para as características regionais e locais dos consumidores. − Marketing individual: é o segmento de um comprador ou marketing um-a-um. Decidimos segmentar nosso mercado em marketing de segmento, ou seja, agregar valor a um produto padrão oferecendo um diferencial, esta medida se reflete em nossos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e propaganda e promoção. Segundo Ferreira, as bases de marketing estão integradas no composto de marketing, ou seja, promoção, preço, praça e produto. São eles: − Praça: localidade onde serão inseridas as ações. − Preço: atribuir valor àquilo que estará sendo disponibilizado ao mercado. − Promoção: ações promocionais que estarão incidindo sobre o produto, de forma aa estimular a sua comercialização ou divulgação. − Produto: elemento que receberá as ações. Em relação aos 4 Ps decidimos intensificar os esforços no P de promoção. Com base neste argumento, investimos maiores valores em Pesquisa & Desenvolvimento e Propaganda e Promoção, com a finalidade de criar diferencial para o consumidor, criando valor. Outra ferramenta importante é a matriz BCG, o qual analisa o posicionamento e possibilidades de cada unidade de negócios de uma empresa. Segundo Serrano 2008, a matriz é composta por 4 quadrantes localizados em um diagrama com o eixo “X” representando a participação relativa de mercado da Unidade de Negócios (da maior para a menor) e o eixo “Y” com a taxa de crescimento do mercado em que a unidade atua. O quadrante inferior esquerdo compreende os produtos chamados de Vacas Leiteiras. O quadrante inferior direito engloba os produtos chamados de Abacaxis. Produtos no quadrante superior direito são chamados de Oportunidades ou 9 Interrogações. Já os posicionados no quadrante superior esquerdo são denominados de Estrela. Consideramos o Market Share como um indicador de desempenho da organização. A avaliação do Market Share da JFK Computadores é demonstrada através das tabelas e gráficos abaixo: MARKET SHARE DESKTOP Empresa JFK Computadores Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago 14,07% 12,43% 13,53% 12,97% 13,55% 13,42% 15,48% 17,03% Company 2 12,25% 12,70% 11,64% 11,57% 12,63% 12,63% 12,70% 13,83% Company 3 12,17% 12,01% 12,10% 12,43% 14,07% 12,63% 11,91% 11,92% Company 4 10,72% 12,66% 13,80% 13,79% 14,44% 15,40% 15,92% 12,20% Company 5 10,80% 13,85% 10,71% 11,03% 8,04% Company 6 12,55% 10,86% 12,06% 12,66% 10,94% 10,74% 9,61% Company 7 11,69% 10,21% 11,37% 10,49% 10,66% 11,41% 12,66% 10,52% Company 8 15,75% 15,26% 14,80% 15,07% 15,68% 13,07% 13,74% 14,23% 10,70% 7,98% 10,84% 9,44% Tabela 3. Market Share Mensal - Desktop Participação de Market Share - Desktop 18.00% % Market Share 16.00% JFK Computadores Company 2 14.00% Company 3 Company 4 12.00% Company 5 10.00% Company 6 Company 7 8.00% Company 8 6.00% Jan Feb Mar Apr May Gráfico 2. Market Share Mensal - Desktop Jun Jul Aug 10 Nota-se que, finalizamos o período com a maior participação de mercado para o produto Desktop. MARKET SHARE NOTEBOOK Empresa JFK Computadores Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago 16,11% 14,61% 15,57% 14,95% 15,29% 14,51% 16,30% 16,38% Company 2 11,83% 13,85% 11,69% 12,63% 13,49% 13,70% 11,09% 13,85% Company 3 13,75% 12,45% 13,06% 13,08% 12,74% 12,96% 12,77% 14,01% Company 4 12,98% 16,26% 13,58% 12,51% 12,43% 11,30% 12,34% 9,81% Company 5 8,38% Company 6 11,45% 10,55% 13,06% 14,33% 15,41% 15,12% 13,32% 13,74% Company 7 12,08% 11,50% 11,69% 10,59% 10,94% 10,93% 11,03% 10,13% Company 8 13,43% 12,96% 13,41% 13,36% 13,18% 14,01% 15,38% 15,14% 7,81% 7,93% 8,55% 6,53% 7,47% 7,77% 6,95% Tabela 4. Market Share Mensal – Notebook Participação de Market Share - Notebook 18.00% % Market Share 16.00% JFK Computadores Company 2 14.00% Company 3 Company 4 12.00% Company 5 10.00% Company 6 Company 7 8.00% Company 8 6.00% Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Gráfico 3. Market Share Mensal – Notebook Nota-se que, finalizamos o período com a maior participação de mercado para o produto notebook. 11 MARKET SHARE WORKSTATION Empresa JFK Computadores Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago 15,87% 15,58% 16,20% 17,24% 17,96% 18,22% 17,89% 19,38% Company 2 12,57% 12,75% 15,42% 16,01% 15,78% 16,36% 16,06% 15,86% Company 3 16,17% 14,45% 14,65% 14,53% 14,32% 14,25% 14,22% 15,64% Company 4 11,68% 9,92% Company 5 11,08% 15,30% 11,31% 10,10% 9,47% 8,49% 8,37% Company 6 13,17% 10,20% 10,03% 10,59% 10,92% 10,51% 9,86% 9,47% Company 7 6,89% Company 8 12,57% 13,03% 12,60% 11,33% 9,22% 8,78% 10,28% 10,59% 10,44% 10,28% 9,86% 9,51% 9,61% 8,64% 10,13% 11,89% 11,92% 13,07% 9,25% 9,81% 10,55% 11,89% Tabela 5. Market Share Mensal - Workstation Participação de Market Share - Workstation % Market Share 20.00% 18.00% JFK Computadores 16.00% Company 2 Company 3 14.00% Company 4 12.00% Company 5 10.00% Company 6 Company 7 8.00% Company 8 6.00% Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Gráfico 4. Market Share Mensal - Workstation Nota-se que, a participação de mercado da JFK Computadores para o item workstation é dominante de crescente durante todo o período de tempo, mostrando que as ações de promoção e propaganda juntamente com os investimentos em pesquisa e desenvolvimento foram efetivos. De acordo com os dados apresentados, podemos classificar os produtos da seguinte maneira, segundo a matriz BCG: 12 Figura 1. Matriz BCG referente à JFK Computadores Concluímos que, o desktop enquadra-se atualmente como produto vaca leiteira, o notebook entre um produto vaca leiteira e estrela, e o workstation como um produto estrela. 3.1.2. Controles adotados O nosso posicionamento de preços para notebook e wokstation é baseado na liderança de qualidade, que gera uma margem de contribuição unitária maior, já para o produto desktop o qual é mais estandardizado, trabalhamos com margens menores, porém volumes maiores. A descrição da política de preços está mais detalhada no relatório da Diretoria Comercial. Outros controles adotados são os gastos com propaganda e promoção e pesquisa e desenvolvimento. Tivemos um investimento médio mensal de R$ 275.750,00, deste total utilizamos: 42% do investimento para workstation, 33% para notebook e 25% para desktop. 13 Em relação à divisão dos investimentos entre propaganda e promoção e desenvolvimento de produto, optamos por: 55% dos investimentos em propaganda e promoção e o restante para aa área de desenvolvimento de produtos. O total de investimentos é apresentado nas tabelas a seguir: Total de Investimentos Jan Fev Mar Abr Mai Jun Ago Média Mensal 75.000,00 68.750,00 Jul Desktop 60.000,00 60.000,00 60.000,00 70.000,00 75.000,00 75.000,00 75.000,00 Notebook 90.000,00 80.000,00 80.000,00 90.000,00 95.000,00 95.000,00 100.000,00 100.000,00 91.250,00 Workstation 110.000,00 110.000,00 110.000,00 110.000,00 115.000,00 115.000,00 115.000,00 125.000,00 113.750,00 Total 260.000,00 250.000,00 250.000,00 270.000,00 285.000,00 285.000,00 290.000,00 300.000,00 273.750,00 Tabela 6. Total de Investimentos Propaganda e Promoção Fev Mar Abr Desktop 45.000,00 40.000,00 40.000,00 50.000,00 55.000,00 55.000,00 55.000,00 55.000,00 49.375,00 Notebook 50.000,00 45.000,00 45.000,00 50.000,00 55.000,00 55.000,00 60.000,00 60.000,00 52.500,00 Workstation 45.000,00 45.000,00 45.000,00 45.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 60.000,00 48.750,00 160.000,00 160.000,00 165.000,00 175.000,00 150.625,00 Total Mai 140.000,00 130.000,00 130.000,00 145.000,00 Jun Jul Média Mensal Jan Ago Tabela 7. Investimentos em Propaganda e Promoção Pesquisa e Desenvolvimento Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Média Mensal Desktop 15.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 20.000,00 19.375,00 Notebook 40.000,00 35.000,00 35.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 38.750,00 Workstation 65.000,00 65.000,00 65.000,00 65.000,00 65.000,00 65.000,00 65.000,00 65.000,00 65.000,00 125.000,00 125.000,00 123.125,00 Total 120.000,00 120.000,00 120.000,00 125.000,00 125.000,00 125.000,00 Tabela 8. Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento Como almejamos uma maior diferenciação sobre o produto workstation, os investimentos foram maiores neste linha de produtos, principalmente na área de pesquisa e desenvolvimento. A divisão dos investimentos por produtos é apresentada pelos gráficos abaixo: 14 Investimento em Propaganda e Promoção 32% 33% Desktop Notebook Workstation 35% Gráfico 5. Investimento em Propaganda e Promoção Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento 16% Desktop Notebook 53% Workstation 31% Gráfico 6. Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento 15 3.2. Diretoria de comercial 3.2.1. Política comercial adotada Segundo Gomiero 2008, as organizações que buscam umaa melhora contínua de sua performance no mercado tendem a conquistar e manter uma boa carteira de cliente e, consequente, uma generosa fatia do mercado que lhes proporcionará os lucros e resultados almejados. O planejamento estratégico se mostra como um método capaz de garantir a perpetuação das organizações, pois vivemos uma era em que as empresas são mais produtivas e eficazes, e a busca pela qualidade de produtos e serviços se faz cada vez mais necessárias. Um dos princípios a serem seguidos na elaboração do plano de negócios de uma empresa é a avaliação da lei da oferta e da demanda correspondente ao segmento que a empresa atua. A figura a seguir apresenta o gráfico da Demanda e Oferta de um setor qualquer. Figura 2. Gráfico de Demanda e Oferta. Fonte: www.ebah.com.br 16 Partindo do pressuposto que o entendimento das forças competitivas de um ramo de negócios é fundamental para o desenvolvimento da estratégia, o modelo das 5 forças competitivas de Porter possibilita analisar o grau de atratividade de um setor da economia. Este modelo identifica um conjunto de forças que afetam a competitividade da indústria. A figura a seguir apresenta as cinco forças competitivas da indústria. Figura 3. As cinco forças competitivas que determinam a rentabilidade da indústria. Fonte: Porter (1989, p.4) Segundo o mesmo autor, a rivalidade entre concorrentes pode ser considerada a mais significativa das cinco forças. Neste cenário, consideramos a atividade e agressividade dos concorrentes diretos. A ameaça da entrada de novos entrantes depende das barreiras existentes e do poder de reação das organizações. O poder de barganha dos compradores está relacionado ao poder de decisão dos compradores sobre os atributos do produto, principalmente quanto a preço e qualidade. O poder de barganha dos fornecedores é semelhante ao poder dos compradores, porém voltado ao fornecimento de insumos e serviços. Os produtos substitutos são produtos que atendem à mesma necessidade. A figura abaixo destaca as forças de Porter de maior impacto da JFK Computadores. 17 Ameaça de Produtos substitutos - força de maior impacto devido a competitividade dos nossos concorrentes. Poder de compra dos fornecedores - menor impacto, pois não haverá falta de matériaprima Rivalidade entre os Concorrentes Poder de compra dos compradores menor impacto. Ameaça de novos entratantes - menor impacto, pois o governo tem limitado o número de empresas. Figura 4. As cinco forças competitivas na JFK Computadores Assim, torna-se necessário avaliar o comportamento das organizações em relação às cinco forças competitivas do mercado, identificando a sua posição neste setor. Alguns dos instrumentos são capazes de avaliar as características internas organizacionais e o ambiente externo, destacando-se a Análise de SWOT. Segundo Bicho 2006, estes instrumentos apoiam a tomada de decisão reduzindo a incidência de erros devidos a ações mal planejadas. O modelo SWOT faz a combinação de forças e fraquezas de uma organização com as oportunidades e ameaças provenientes do mercado, indicando como a empresa se relaciona com seu ambiente interno e externo. O termo SWOT significa: Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). De acordo com estas definições, analisamos a empresa JFK Computadores. A figura a seguir apresenta a avaliação de SWOT. 18 Análise SWOT 11-mai-12 JFK COMPUTADORES EXTERNOS INTERNOS POSITIVO NEGATIVO Centro de pesquisa e desenvolvimento forte Forte ação em MKT Alta capacidade tecnológica Mão de obra qualificada Alta capacidade produtiva Alta concorrência - produtos com baixo custo Mercado em crescimento Sustentabilidade Economia instável Variação cambial Desaceleração economica Forças (S) Oportunidades (O) Fraquezas (W) Ameaças (T) Forças - vantagens competitivas internas # Vantagens Descrição 1 Centro de pesquisa e desenvolvimento forte 2 Forte ação em MKT 3 Alta capacidade tecnológica 4 Mão de obra qualificada 5 Alta capacidade produtiva 6 Fraquezas - vulnerabilidades da empresa # Fraquezas Descrição 1 Alta concorrência - produtos com baixo custo 2 3 4 5 Oportunidades - forças externas favoráveis # Oportunidades Descrição 1 Mercado em crescimento 2 Sustentabilidade 3 4 5 Ameaças - obstáculos externos # Ameaças Descrição 1 Economia instável 2 Variação cambial 3 Desaceleração economica 4 5 Figura 5. Avaliação de SWOT da JFK Computadores 19 Uma boa estratégia é importante para a perpetuação da empresa, assim como, o posicionamento estratégico contribui para um desempenho coerente e sustentável no longo prazo. Nenhuma empresa pode permanecer em um mercado competitivo sem ter uma definição de como se posicionar no seu setor sem ter uma estratégia. Para se definir a estratégia é importante definir a missão da empresa. Pra crescer de modo sustentável em longo prazo, Michael Porter identificou três estratégias genéricas, são elas: − Eficiência operacional: garante menores custos e melhores margens de lucro. A empresa empenha-se em melhorar continuamente seus processos internos. − Diferenciação: rende preços mais elevados com grandes margens de lucro. − Enfoque: procura atender segmentos de mercados mais estritos. A empresa pode focalizar determinados grupos de clientes, linhas de produtos ou mercados geográficos. Na abordagem da diferenciação é preciso criar uma posição única, um diferencial competitivo. O objetivo de toda empresa é alcançar maiores lucros. Assim, optamos em adotar a estratégica competitiva focada na diferenciação. Este conceito forma a base da nossa estratégia face à concorrência, pois é necessário diferenciar-se para conseguir competir de maneira vantajosa no mercado. Distribuímos os pesos da seguinte forma: 1º 2º Quadrimestre Quadrimestre Valor de Mercado 2 1 3 2 Receita de Vendas 1 3 Lucro Total 4 4 Retorno s/ o Patrimônio Líquido Tabela 9. Pesos Atribuídos 20 No segundo quadrimestre, alteramos os pesos devido a crescente receita de vendas. Continuamos com ênfase no Lucro Total, porém aumentamos o peso na participação da Receita de Vendas. Com base nestes argumentos, investimos maiores valores em Pesquisa & Desenvolvimento e Propaganda e Promoção, com a finalidade de criar diferencial para o consumidor, criando valor. Com o objetivo de atingirmos a excelência operacional, implantamos na JFK Computadores o sistema BSC. Segundo Robert Kaplan e David Norton (1997), “O Balanced Scorecard traduz a missão e a estratégia das empresas num conjunto abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de medição e gestão estratégica”. A tradução da sigla BSC significa: “Indicadores Balanceados de Desempenho”. Esse conceito pressupõe que a escolha dos indicadores para a gestão de uma empresa não deve se restringir a informações econômicas ou financeiras. Sendo assim, é necessário monitorar, juntamente com resultados econômico-financeiros, os clientes, os processos internos e as pessoas, assim como, inovações e tecnologia. Isto porque estes conjuntos melhorarão o desempenho esperado no mercado junto aos clientes e trarão à empresa os resultados financeiros esperados, criando valor. Figura 6.:Perspectivas do BSC Fonte: KAPLAN & NORTON, 1997. 21 Cada perspectiva deve ter seu próprio conjunto de indicadores, formulados para viabilizar o cumprimento da estratégia e da visão da organização. − Perspectiva financeira: Monitora se a estratégia da empresa está contribuindo para a melhoria dos resultados financeiros. As metas financeiras se relacionam com rentabilidade, crescimento e valor para os acionistas. − Perspectiva do cliente: Pressupõe definições quanto ao mercado e segmentos nos quais a organização deseja competir. A empresa deverá medir os fatores importantes para os clientes. − Perspectiva dos processos internos: Os indicadores devem estar apoiados por processos internos. Os processos devem criar as condições para atrair e reter clientes e, ao mesmo tempo, criar valor aos acionistas. − Perspectiva do aprendizado e do crescimento: Empresas líderes do mercado são organizações com capacidade de aprender. A capacitação se concretiza por meio de investimentos em novos equipamentos, por pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, sistemas e procedimentos e nos recursos humanos da empresa. Segundo Kronmeyer, o grande mérito do Balanced Scorecard é tornar a estratégia responsabilidade de todos fazendo dela um processo contínuo, auto gerenciável, mostrando as necessidades de revisões de metas, mudanças de objetivos. A figura abaixo mostra o mapa estratégico, segundo o modelo BSC, aplicado a JFK Computadores. Perspectiva Financeira Retorno do capital investido Aumento do lucro Perspectiva do Cliente Satisfazer os clientes Captar e reter clientes Perspectiva dos Processos Internos Qualidade do produto Criar canais pós vendas Garantir a qualidade do atendimento Excelência Operacional Perspectiva do Aprendizado e Conhecimento Treinar colaboradores Criar um ambiente motivador Contratar pessoas capacitadas Capital Tecnológico Figura 7. Mapa estratégico da BSC da JFK Computadores. Inovação Investimentos em P&D e MKT 22 Em resumo, o Balanced Scorecard é uma ferramenta que traduz de forma balanceada e integrada a visão e a estratégia da organização por meio de um mapa com objetivos estratégicos organizados em diferentes perspectivas interligados em uma relação de causa e efeito. 3.2.2. Controles implantados Adotamos como foco de vendas os produtos de maior valor agregado como notebook e workstation. Podemos ver isto nos gráficos de evolução de vendas da JFK Computadores. Entende-se nos gráficos por Ano 1 o período pelo qual a JFK Computadores assumiu a operação da fábrica. Desktop 1000 900 Unidades Vendidas 800 700 Ano -3 600 Ano -2 500 Ano -1 400 Ano 0 300 Ano 1 200 100 jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. Gráfico 7. Unidades Vendidas de Desktop no Períoddo 23 Notebook 350 Unidades Vendidas 300 250 Ano -3 Ano -2 200 Ano -1 Ano 0 150 Ano 1 100 50 jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. Gráfico 8. Unidades Vendidas de Notebook no Período Workstation 120 Unidades Vendidas 100 80 Ano -3 Ano -2 60 Ano -1 Ano 0 40 Ano 1 20 0 jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez. Gráfico 9. Unidades Vendidas de Workstation no Período Através dos gráficos, também podemos estudar o ciclo de vida dos produtos, o qual indica o desempenho de vendas com o passar do tempo. No modelo clássico são consideradas 5 fases no vida de um produto, como mostra a figura a seguir: 24 Figura 8. Ciclo de vida do Produto. Fonte: Serrano. Segundo Serrano, as fases do ciclo de vida de um produto são: − Introdução: quando se lança um produto no mercado. − Crescimento: quando o mercado começa a conhecer o produto e a consumi-lo. − Maturidade: quando o produto já é de conhecimento amplo do mercado. − Saturação: quando o mercado já não consome o produto como anteriormente. − Declínio: quando o produto não desperta mais o interesse do mercado e as vendas caem. Podemos concluir nesse momento que, o desktop está na fase entre saturação e declínio; o notebook entre maturidade e saturação; já o workstation na fase de crescimento, onde se busca aumentar as vendas e o Market Share. Vejamos os gráficos abaixo: 25 Unidades Vendidas Desktop 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Quantidade y = -6.0217x + 670.92 R² = 0.4382 0 10 20 30 40 50 60 Meses Gráfico 10. Vendas Totais de Desktop Notebook 350 Unidades Vendidas 300 250 200 Quantidade 150 y = 2.0126x + 140.37 R² = 0.3967 100 50 0 0 10 20 30 40 Meses Gráfico 11. Vendas Totais de Notebook 50 60 70 26 Unidades Vendidas Workstation 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Quantidade Linear (Quantidade) y = 1.263x - 9.5318 R² = 0.8428 0 10 20 30 40 50 60 Meses Gráfico 12 Vendas Total de Workstation Outro controle é baseado nos preços e na qualificação dos trabalhadores, através do aumento de salários e benefícios, refletindo assim, em produtos de maior qualidade. Em relação aos preços, estes seguem estáveis e dentro de uma média do mercado. A variação de preços mensal é apresentada nas tabelas abaixo por tipo de produto. PREÇOS - DESKTOP Empresa JFK Computadores Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago 1.500,00 1.550,00 1.550,00 1.550,00 1.550,00 1.625,00 1.675,00 1.675,00 Company 2 1.589,00 1.589,00 1.600,00 1.700,00 1.589,00 1.600,00 1.650,00 1.750,00 Company 3 1.500,00 1.500,00 1.550,00 1.500,00 1.500,00 1.550,00 1.600,00 1.700,00 Company 4 1.699,00 1.499,00 1.499,00 1.499,00 1.499,00 1.499,00 1.550,00 1.780,00 Company 5 1.600,00 999,00 Company 6 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.575,00 1.654,00 1.654,00 Company 7 1.600,00 1.600,00 1.400,00 1.490,00 1.550,00 1.600,00 1.620,00 1.800,00 Company 8 1.500,00 1.500,00 1.550,00 1.550,00 1.540,00 1.800,00 1.850,00 1.900,00 Preço Médio 1.561,00 1.467,13 1.524,88 1.536,00 1.528,38 1.599,75 1.674,75 1.732,25 1.550,00 1.499,00 1.499,00 1.549,00 1.799,00 1.599,00 Tabela 10. Variação de Preços - Desktop 27 Preço de Desktop 2,000.00 Preço 1,900.00 1,800.00 JFK Computadores 1,700.00 Company 2 1,600.00 Company 3 1,500.00 Company 4 1,400.00 Company 5 1,300.00 Company 6 1,200.00 1,100.00 Company 7 1,000.00 Company 8 900.00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Gráfico 13. Variação de Preços - Desktop PREÇOS - NOTEBOOK Empresa JFK Computadores Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago 2.950,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 Company 2 3.189,00 3.189,00 3.200,00 3.300,00 3.189,00 3.200,00 3.200,00 3.500,00 Company 3 2.800,00 3.000,00 3.000,00 2.800,00 3.000,00 3.050,00 3.200,00 3.300,00 Company 4 2.799,00 2.799,00 2.999,00 2.899,00 2.899,00 2.899,00 3.000,00 3.250,00 Company 5 2.950,00 2.000,00 3.099,00 2.999,00 2.999,00 3.100,00 3.500,00 3.599,00 Company 6 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.150,00 3.308,00 3.308,00 Company 7 2.800,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 3.100,00 3.250,00 3.300,00 Company 8 3.000,00 3.300,00 3.350,00 3.300,00 3.380,00 3.450,00 3.500,00 3.700,00 Preço Médio 2.936,00 2.911,00 3.081,00 3.037,25 3.058,38 3.118,63 3.244,75 3.369,63 Tabela 11. Variação de Preços - Notebook 28 Preço de Notebook 3,800.00 3,600.00 JFK Computadores 3,400.00 Company 2 Preço 3,200.00 Company 3 3,000.00 Company 4 2,800.00 Company 5 2,600.00 Company 6 2,400.00 Company 7 2,200.00 Company 8 2,000.00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Gráfico 14. Variação de Preços – Notebook WORKSTATION Empresa JFK Computadores Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago 5.400,00 5.400,00 5.400,00 5.400,00 5.400,00 5.400,00 5.400,00 5.400,00 Company 2 5.189,00 5.189,00 5.250,00 5.300,00 5.289,00 5.300,00 5.400,00 5.550,00 Company 3 5.000,00 5.200,00 5.200,00 5.000,00 5.200,00 5.200,00 5.500,00 5.500,00 Company 4 4.999,00 4.999,00 5.100,00 5.100,00 5.100,00 5.149,00 5.300,00 5.300,00 Company 5 5.300,00 3.500,00 5.250,00 5.250,00 5.250,00 5.400,00 5.499,00 6.199,00 Company 6 5.200,00 5.200,00 5.200,00 5.200,00 5.200,00 5.460,00 5.733,00 5.733,00 Company 7 5.000,00 5.100,00 4.800,00 5.000,00 5.000,00 5.300,00 5.650,00 5.800,00 Company 8 5.500,00 5.750,00 5.750,00 5.700,00 5.800,00 6.300,00 6.600,00 6.800,00 Preço Médio 5.198,50 5.042,25 5.243,75 5.243,75 5.279,88 5.438,63 5.635,25 5.785,25 Tabela 12. Variação de Preços – Workstation 29 Preço de Workstation 7,000.00 6,500.00 JFK Computadores 6,000.00 Company 2 5,500.00 Company 3 5,000.00 Company 4 Company 5 4,500.00 Company 6 4,000.00 Company 7 3,500.00 Company 8 3,000.00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Gráfico 15. Variação de Preços – Workstation Ao analisar cada produto, podemos dizer que praticamos os preços médios de mercado para o produto desktop. Podemos visualizar isto através do gráfico abaixo: Preço de Desktop 1,750.00 1,700.00 Preço 1,650.00 JFK Computadores 1,600.00 Preço Médio de Mercado 1,550.00 1,500.00 1,450.00 1,400.00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Gráfico 16. Preço médio de mercado – Desktop Jul Ago 30 Já para o produto notebook, praticamos os preços médio de mercado, porém nos últimos 3 meses ficamos com o preço abaixo da média de mercado. Podemos visualizar esta performance no gráfico abaixo: Preço de Notebook 3,600.00 3,400.00 3,200.00 Preço 3,000.00 JFK Computadores 2,800.00 Preço Médio de Mercado 2,600.00 2,400.00 2,200.00 2,000.00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Gráfico 17. Preço médio de mercado – Notebook Para o produto workstation, nos primeiros dois meses praticamos um preço acima do mercado, nos próximos quatro meses um preço médio de mercado, e nos últimos meses ficamos um pouco abaixo da média de mercado. Podemos visualizar esta performance no gráfico abaixo: 31 Preço de Workstation 6,000.00 5,500.00 5,000.00 JFK Computadores 4,500.00 Preço Médio de Mercado 4,000.00 3,500.00 3,000.00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Gráfico 18. Preço médio de mercado – Workstation 3.3. Diretoria Financeira A administração financeira visa uma maior rentabilidade possível sobre o investimento efetuado pelos sócios ou acionistas, através da melhor utilização de recursos, de modo geral, escassos. Por isso, todos os aspectos de uma empresa estão soba ótica da administração financeira. 3.3.1. Política de Finanças adotada. No primeiro quadrimestre a política adotada foi de priorizar o Lucro Total, tendo posteriormente o Retorno s/ o Patrimônio Líquido, seguido de Valor de Mercado e Receita de Vendas. Já no segundo quadrimestre, assim como no anterior o maior foco esteve no Lucro Total, porém os demais fatores tiveram o peso alterado, sendo adequados para a obtenção do lucro conforme os resultados que estavam sendo obtidos pela empresa. A Tabela abaixo demonstra a distribuição dos pesos para cada uma dos fatores: Fator Valor de Mercado Retorno s/ o Patrimônio Liquido Peso 1º Quadrimestre 2º Quadrimestre 2 1 3 2 32 Receita de Vendas Lucro Total Tabela 13 Pesos Atribuídos 1 4 3 4 O valor de mercado refere-se ao valor que um produto atinge no mercado, baseando-se na concorrência de mercado e lei de oferta e procura. Costuma-se contrapor o valor de mercado ao valor real do produto. Retorno sobre o patrimônio líquido indica quanto a empresa teve de lucro para cada unidade monetária de Capital Próprio investido (dos acionistas). A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria e o preço dos serviços prestados. Lucro Total está relacionado à diferença entre a receita e o custo total. 3.3.2. Resultados financeiros do período. O Resultado Financeiro ilustra como variou a situação patrimonial de uma empresa durante um período de tempo, ou seja, de como decorreu a atividade da empresa. Valor de Mercado ($) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto 8.463.483,96 8.380.542,67 8.315.825,32 8.703.510,12 8.947.536,31 9.237.802,13 9.700.731,54 9.899.885,63 Tabela 14 Resultados Financeiros Retorno s/ Patrimônio Líquido (%) 2,09% 2,10% 2,04% 2,40% 2,51% 2,69% 3,03% 3,00% Receita de Vendas ($) Lucro Total ($) 1.596.600,00 136.143,70 1.490.750,00 244.858,55 1.703.250,00 339.090,10 1.687.700,00 517.584,50 1.659.950,00 685.744,01 1.678.700,00 841.593,04 1.974.450,00 1.022.737,36 2.100.750,00 1.208.038,91 33 3.3.3. Controles implantados. Foram realizados controles mensais sobre os resultados da empresa, estudando a viabilidade de investimentos perante a receita, tendo como consequência a análise do risco. Projeções mensais foram realizadas com o objetivo de auxiliar a tomada de decisões. 3.3.4. Adequação das práticas da diretoria à estratégia traçada pela empresa. A empresa manteve durante todo o período a estratégia de investimento nos produtos, garantindo a qualidade dos mesmos, tendo um aumento de receita que consequente veio a ocasionar o aumento do Lucro. Houve investimento contínuo na qualidade dos produtos, investindo sempre em Marketing e Pesquisa e Desenvolvimento, conforme abaixo: Desktop MKT P&D Janeiro 45.000,00 15.000,00 Fevereiro 40.000,00 20.000,00 Março 40.000,00 20.000,00 Abril 50.000,00 20.000,00 Maio 55.000,00 20.000,00 Junho 55.000,00 20.000,00 Julho 55.000,00 20.000,00 Agosto 55.000,00 20.000,00 Tabela 15 Investimento realizado Notebook MKT P&D 50.000,00 40.000,00 45.000,00 35.000,00 45.000,00 35.000,00 50.000,00 40.000,00 55.000,00 40.000,00 55.000,00 40.000,00 60.000,00 40.000,00 60.000,00 40.000,00 Workstation MKT P&D 45.000,00 65.000,00 45.000,00 65.000,00 45.000,00 65.000,00 45.000,00 65.000,00 50.000,00 65.000,00 50.000,00 65.000,00 50.000,00 65.000,00 60.000,00 65.000,00 3.3.5. Obtenção dos resultados esperados pela diretoria. Realizando uma análise do Demonstrativo de Resultados, pode-se observar que a empresa obteve um ótimo crescimento em relação ao Período Inicial (última posição antes da empresa ser passada à equipe) e o último período de análise em questão (Agosto). Verificando os dois maiores objetivos que são Receita e Lucro, podemos observar um crescimento de 53,29% e 76,95% proporcionalmente, conforme demonstrativo abaixo: 34 Demonstrativo de Resultado (1º Quadrimestre) Período Inicial (+) Receita de Vendas Janeiro Fevereiro Março Var Per Ini. X Abril (%) Abril 1.596.600,00 1.490.750,00 1.703.250,00 1.687.700,00 23,15% 1.027.400,00 941.525,00 1.070.231,25 1.057.037,50 13,04% 569.200,00 549.225,00 633.018,75 630.662,50 44,88% 140.000,00 130.000,00 130.000,00 145.000,00 -14,71% 120.000,00 120.000,00 120.000,00 125.000,00 1150,00% 41.409,00 44.200,00 71.316,00 64.158,00 50,96% (-) Despesas Adicionais - 32.930,57 4.683,12 - (-) Mão-de-obra Indireta - - - - 7.500,00 4.287,50 44.600,00 32.500,00 200,00 - 36.000,00 36.000,00 40.000,00 41.200,00 (-) Informações e Pesquisas - - - - (-) Benefícios aos Trabalhadores - - - - 179.491,00 149.306,93 128.616,50 245.992,00 6.000,00 6.000,00 9.000,00 - - (-) Custo de Produtos Vendidos LUCRO BRUTO (-) Promoção (-) Pesquisa e Desenvolvimento (-) Custo de Administração (-) Custo com Hora Extra (-) Produção Intensiva (-) Custo de Estocagem (-) Depreciação LUCRO OPERACIONAL (+) Receita Financeira 1.370.400,00 935.100,00 435.300,00 170.000,00 10.000,00 42.500,00 1.500,00 26.500,00 14.200,00 36.000,00 134.600,00 15.000,00 15.000,00 (-) Despesas Financeiras LUCRO ANTES DO IMPOSTO (-) Imposto de Renda LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 24.653,13 98.550,00 15.200,00 - 146.600,00 44.880,00 104.720,00 5.512,50 3.800,00 267,50% -100,00% -73,24% 14,44% 82,76% -40,00% 194.491,00 155.306,93 134.616,50 254.992,00 73,94% 58.347,30 46.592,08 40.384,95 76.497,60 70,45% 136.143,70 108.714,85 94.231,55 178.494,40 70,45% Tabela 16Demonstrativo de Resultados - 1º Quadrimestre Demonstrativo de Resultado (2º Quadrimestre) Período Inicial (+) Receita de Vendas (-) Custo de Produtos Vendidos LUCRO BRUTO 1.370.400,00 935.100,00 435.300,00 Maio Junho Julho Agosto Var Per Ini. X Agosto (%) 1.659.950,00 1.678.700,00 1.974.450,00 2.100.750,00 53,29% 1.042.181,25 1.039.312,50 1.208.437,50 1.288.162,50 37,76% 617.768,75 639.387,50 766.012,50 812.587,50 86,67% 35 (-) Promoção (-) Pesquisa e Desenvolvimento (-) Custo de Administração 170.000,00 10.000,00 42.500,00 160.000,00 160.000,00 165.000,00 175.000,00 2,94% 125.000,00 125.000,00 125.000,00 125.000,00 1150,00% 55.189,00 57.601,00 72.409,00 84.486,00 98,79% (-) Despesas Adicionais 12.872,53 0,00% 7.463,40 (-) Mão-de-obra Indireta (-) Custo com Hora Extra (-) Produção Intensiva (-) Custo de Estocagem (-) Depreciação 0,00% 1.500,00 3.521,88 10.412,50 25.112,50 12.985,00 765,67% 12.900,00 72.050,00 110.100,00 315,47% 26.500,00 150,00 14.200,00 1.800,00 3.400,00 3.400,00 6.400,00 40.880,00 40.560,00 42.800,00 44.400,00 36.000,00 -54,93% 23,33% (-) Informações e Pesquisas 0,00% (-) Benefícios aos Trabalhadores 0,00% LUCRO OPERACIONAL (+) Receita Financeira 134.600,00 15.000,00 231.227,88 216.641,47 252.777,60 9.000,00 6.000,00 6.000,00 254.216,50 88,87% 10.500,00 -30,00% (-) Despesas Financeiras LUCRO ANTES DO IMPOSTO (-) Imposto de Renda LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 0,00% 146.600,00 44.880,00 104.720,00 240.227,88 222.641,47 258.777,60 264.716,50 80,57% 72.068,36 66.792,44 77.633,28 79.414,95 76,95% 168.159,51 155.849,03 181.144,32 185.301,55 76,95% Tabela 17 Demonstrativo de Resultados - 2º Quadrimestre Abaixo gráfico comparativo entre o previsto e o realizado dos dois maiores objetivos da empresa (Receita e Lucro): 36 Receita de Vendas 3,000,000.00 2,500,000.00 2,000,000.00 1,500,000.00 Previsto 1,000,000.00 Realizado 500,000.00 - Gráfico 19 Comparativo de Receita de Vendas Lucro Líquido 300,000.00 250,000.00 200,000.00 150,000.00 Previsto 100,000.00 Realizado 50,000.00 - Gráfico 20 Comparativo de Lucro Líquido 3.3.6. Análise crítica da atuação da empresa Conforme demonstram os dados acima apresentados, a empresa conseguiu obter ótimos resultados, estando sempre próximo ao valor previsto e conseguindo aumentar significativamente os resultados entre os quais a empresa foi passada à equipe e o resultado final do último período em questão. 37 3.4. Diretoria de RH 3.4.1. A política de RH adotada A política de RH adotada foi a de disponibilizar a quantidade necessária de pessoal operacional qualificado para a realização da produção para atendimento à demanda de vendas mensal. De acordo com a demanda necessária foi-se buscando a contratação de operadores na fábrica. Salienta-se que a quantidade de funcionários a serem contratados na fábrica baseia-se na capacidade produtiva existente na companhia. Caso a capacidade produtiva seja ultrapassada, pode-se optar pela terceirização de parte da produção. "A terceirização não deve ser vista como uma maneira de reduzir custos, mas como uma ferramenta estratégica para melhorar a qualidade dos serviços prestados sem alterar o negócio principal. A redução de custos é uma conseqüência inevitável de um processo de terceirização bem elaborado", afirma Lívio Gioza, presidente do Cenam e um dos principais estudiosos do tema no país (LOPES, 2012). Iniciamos com um salário mensal médio no início do ano de R$ 480,00. Verificamos a necessidade de se aumentar o salário médio para R$ 490,00. O aumento se deu para compensar as pessoas pela atividade que estavam realizando e, para adequar o salário para o piso médio de mercado. Para Westin (2002) gerenciar a compensação de pessoas significa remunerar conforme a responsabilidade da função, o conhecimento aplicado ao trabalho, o desempenho ou a contribuição para o trabalho e de acordo com o mercado. Esta definição é bastante adequada ao conceito de remuneração funcional, que ainda é o método mais utilizado atualmente pelas organizações brasileiras (FERREIRA e VILAS BOAS, 2008). Visualizou-se uma inquietude da diretoria de RH em manter o salário médio do operador em R$ 490,00 mesmo quando o mesmo realiza um trabalho que traga mais lucro para a empresa. Desta forma, a diretoria de RH juntamente com a presidência realizou uma análise frente à fixação do salário e o pagamento para o funcionário de um valor adicional chamado de “participação nos lucros”. Além do salário fixo de R$ 490,00, implantamos na companhia o ganho adicional por participação nos lucros (PL). 38 O resultado, nos termos de PL, refere-se ao alcance de metas relacionadas com a produtividade, qualidade e outros fatores pertinentes à realidade de cada empresa. Não implica obrigatoriamente a vinculação de ganho do ponto de vista contábil, podendo assumir diferentes aspectos de desafios na relação de trabalho. O PL, conforme Costa (2002) é fundado em metas, objetivos, indicadores que, estrategicamente, sejam mais importantes para a empresa. De acordo com Costa (1997), as empresas passam a oferecer a seus empregados pacotes de remuneração variáveis (que passam a ser custos variáveis), ao invés de estratégias de remuneração, tais como os fringe benefits, que representavam custos fixos elevados. Com essa mudança de estratégia de remuneração, as empresas puderam ter um maior controle nestes gastos e conseqüentemente melhorar seus resultados. Desta forma, aquilo que antes representavam elevados custos para as empresas passam a ser agora controláveis e fator de motivação e incentivo à produtividade. Assim, as empresas começam a se preocupar com suas arquiteturas organizacionais, ou seja, aplicar as ferramentas da economia para chegar a desenhos organizacionais que buscam a motivação dos indivíduos. Esta busca, conforme Brickley (2001) motiva os empregados a fazer as escolhas que aumentem o valor da empresa. 3.4.2. Controles implantados Os controles implantados para a contratação de funcionários se baseiam na demanda definida no plano mestre de vendas, realizado junto à área de vendas e marketing. É este plano que definirá a necessidade de contratação, demissão e/ou terceirização do trabalho operacional, no chão de fábrica. Além deste controle, relacionado ao número de funcionários presentes na fábrica, foi necessário implantar novos controles para o atendimento à política do PL, participação nos lucros. Os funcionários passam a receber, então, o PL como forma adicional de ganho de acordo com a lucratividade que a empresa está tendo. Conforme Thomaz Wood Jr. e Vicente Picarelli Filho (1999, p.196), existem cinco critérios genéricos para a escolha dos indicadores de desempenho, conforme a seguir relatado: − Importantes: são os indicadores que devem refletir os aspectos ou fatores importantes para empresa. Deve-se evitar a tendência de utilizar o que é mais 39 fácil de medir em detrimento do que é realmente importante medir. A escolha de um indicador significa que grande atenção lhe será dada e esforços serão orientados para o atendimento dos patamares pretendidos. Portanto, é fundamental que a escolha recaia sobre os pontos fundamentais. − Estratégicos: melhorar estes indicadores deve ser objetivo estratégico ou fator crítico de sucesso para a empresa. Por exemplo: se um objetivo estratégico da empresa é aumentar as vendas com exportações, um indicador fundamental pode ser a participação no mercado europeu. − Impactantes: tomando o mesmo exemplo anterior: atingir o patamar pretendido de exportações deve ser a conseqüência de um trabalho que mobilize a organização e tenha grande significado para todos os envolvidos. − Administráveis: os meios para alterar os níveis dos indicadores devem estar sob razoável domínio do indivíduo ou grupo. Estabelecer um indicador sobre o qual os envolvidos têm pouco ou nenhum grau de domínio pode levar a seu abandono. − Porém, não se deve esperar que todos os recursos estejam internamente disponíveis. É usual que, para atingir uma meta, um grupo deva procurar recursos fora de seu sistema ou até mesmo interferir no meio ambiente. − Motivadores: é desejável que o indivíduo ou grupo responsável pelo indicador esteja motivado a melhorá-lo. Ou seja, é importante que o indicador seja percebido como importante e valorizado pelos envolvidos. Também, Thomaz Wood Jr. e Vicente Picarelli Filho (1999, p.196) elegem critério para a determinação dos níveis destes indicadores, a saber: − Histórico: em primeiro lugar, é importante conhecer o comportamento histórico de cada indicador e suas condicionantes. Ou seja, é preciso compreender as alterações sofridas ao longo do tempo e como os fatores ambientais – ações do meio – e os fatores internos – ações da organização – influenciam estas alterações. Por exemplo, um indicador relacionado a volume de vendas. A sazonalidade e a interferência do contexto econômico têm de ser consideradas antes de se estabelecer os níveis do indicador. − Técnico: é também fundamental conhecer tecnicamente o sistema que o indicador mede e suas limitações. Por exemplo: equipamentos industriais têm limites além dos quais a produtividade não pode ser aumentada. Por outro 40 lado, sistemas mais complexos, como unidades fabris, geralmente podem ser muito melhorados com intervenções na forma de gestão, modernização e racionalização de mão-de-obra. Em qualquer caso, um conhecimento profundo dos sistemas medidos é imprescindível. − Benchmarking: é desejável comparar-se com outras empresas e basear o nível desejado em índices alcançados por empresas reconhecidas como de classe mundial. Significando, também, troca de experiências sobre processos como empresas excelentes, visando a melhorar estes índices. − Motivação: O aspecto motivacional do indivíduo ou grupo também precisa ser considerado. Indivíduos ou grupos que são pressionados a aceitar metas excessivamente elevadas podem ficar desmotivados pela impossibilidade de atingí-las e deixar de realizar melhorias de menor impacto, porém relevantes. Thomaz Wood Jr. e Vicente Picarelli Filho (1999, p.196) destacam que os indicadores mais utilizados têm sido os da lucratividade e da produtividade, mas existem outros indicadores que podem ser utilizados, conforme a seguir relatados, na ordem de função e indicador: a) geral: lucratividade, retorno sobre o capital investido e a margem de contribuição; b) comercial: volume de vendas, participação de mercado, mix de produtos, precisão da previsão de vendas, nível de atendimento de pedidos e satisfação dos clientes; c) logística: nível de atendimento dos pedidos, pontualidade na entrega, custos de distribuição, lead time de atendimento, giro do inventário e precisão da informação de estoques; d) produção: produtividade, rendimento de matérias-primas, nível de refugo, nível de reprocesso, nível de inventário em processo e nível de qualidade; e) desenvolvimento: introdução de novos produtos, introdução de novos serviços e inovações em processos; f) finanças: índice de clientes inadimplentes e índice de ganho financeiro; g) compras: custo de matérias-primas e qualidade de matérias-primas; h) outras: absenteísmo, índice de acidentes de trabalho, resultado de auditorias de segurança, resultado de auditorias de qualidade, redução de custos fixos, redução de custos variáveis e índice de poluição. 41 A política de RH adotada é disponibilizar pessoal motivado, criando uma política adequada de compensação. O RH está presente nas organizações e depende da cultura organizacional empregada. Produz impacto nas pessoas e na organização. A empresa propôs quatro tarefas principais para o RH, baseadas em Dave Ulrich (1982), nas quais a empresa poderia atingir a excelência organizacional: − tornar-se um parceiro na execução de estratégias; − tornar-se um especialista na organização e na execução do trabalho; − tornar-se defensor dos funcionários; − tornar-se um agente de mudança contínua. 3.4.3. Análise dos dados relacionados à área de Recursos Humanos entre janeiro e agosto do Ano 1 Abaixo destacamos as regras definidas pela diretoria de recursos humanos: − Os trabalhadores da produção podem ser contratados e dispensados no começo de cada mês, sem custos de contratação ou dispensa, desde que tal acréscimo ou redução não exceda 10% da força de trabalho do mês anterior. − Os novos trabalhadores são de imediato, totalmente produtivos. − Os trabalhadores contratados têm seu salário mensal garantido, mesmo que não possam produzir, seja por limitações na capacidade da fábrica, seja por outras causas eventuais. − Os salários e os benefícios para os trabalhadores, assim como o percentual de participação dos trabalhadores no lucro da empresa, podem ser aumentados sempre que se desejar, mas não podem ser reduzidos. − Para a empresa, isso significa o dobro, já que os encargos trabalhistas montam a 100% do salário do trabalhador. Podemos visualizar na tabela a seguir os recursos humanos obtidos desde o ano 0 e ano 1 entre os meses de janeiro e agosto. Dados da Produção - mão de Mês 0 obra Colaboradores 300 Mês Mês Janeiro Fevereiro 300 305 Mês Março Mês Abril Mês Maio Mês Junho Mês Julho Mês Agosto 335 335 335 335 365 402 42 Salário mensal/funcionário R$ 480,00 R$ 490,00 R$ 490,00 R$ 490,00 R$ 490,00 R$ 490,00 R$ 490,00 R$ 490,00 R$ 490,00 R$ 144.000 R$ 147.000 R$ 149.450 R$ 164.150 R$ 164.150 R$ 164.150 R$ 164.150 R$ 178.850 R$ 196.980 R$ R$ R$ R$ R$ 24.653,13 5.512,50 3.521,88 3.116,98 5.434,33 R$ R$ R$ R$ 1.784,94 3.363,19 3.116,98 5.434,33 Valor mensal gasto com salário Valor gasto com Horas extras/terceirização R$ 0,00 R$ 7.500,00 R$ 4.287,50 R$ 5.559,05 Gasto com participação em lucro R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.087,15 R$ 942,32 R$ 5.559,05 Tabela 11. Dados da Produção relacionados à mão de obra 3.4.3.1. Mês de Janeiro Para atendimento no mês de janeiro, analisando a demanda dos últimos 4 anos, decidiu-se não realizar nenhuma alteração no quadro de funcionários e benefícios. Neste mês, a diretoria de recursos humanos juntamente com as demais diretorias está analisando as estratégias realizadas nos últimos anos e redefinindo novas estratégias caso seja necessário. A única estratégia adotada neste mês foi realizar o aumento do salário mensal de R$ 480,00 para R$ 490,00. Esta alteração se deu com o intuito de ajustarmos o salário em relação ao que o mercado está aplicando. De acordo com o planejado, não houve necessidade de se alterar o quadro de funcionários para atendimento à demanda. Houve, portanto, o pagamento de horas extras para atendimento à produção, no valor de R$ 7.500,00. Quanto ao item participação de lucros, este será um tema a ser discutido neste mês entre a presidência e diretoria. Recursos Humanos da Manufatura Dados Janeiro Colaboradores 300 Total de horas trabalhadas mês 160 Valor salário mensal R$ 480,00 Valor hora de trabalho R$ 6,00 Participação de lucros 0 43 Tabela 12. Recursos Humanos da Manufatura – mês de janeiro 3.4.3.2. Mês de Fevereiro Para atendimento no mês de fevereiro, analisando o plano de vendas para o mês, verificou-se houve a necessidade de se contratar 5 colaboradores. A contratação de colaboradores na fábrica se dá somente quando necessário. Será analisado a necessidade de contratação de pessoas x pagamento de horas extras. Quando o pagamento de horas extras tiver mais vantagens que a contratação dos funcionários, este processo será realizado. Portanto, o valor gasto com salário no mês de fevereiro foi de R$ 149.500,00 e de horas extras foi de R$ 4.287,50. A diretoria de recursos humanos, juntamente com as demais diretorias, decidiu iniciar o processo de pagamento aos colaboradores referente à participação de lucros (PL). Iniciou-se, portanto, com um PL de 1%, sendo pago o valor aos funcionários de R$ 1.087,15. Recursos Humanos da Manufatura Dados Fevereiro Colaboradores 305 Total de horas trabalhadas mês 160 Valor salário mensal R$ 490,00 Valor hora de trabalho R$ 6,00 Participação de lucros 1% Tabela 13. Recursos Humanos da Manufatura – mês de fevereiro 3.4.3.3. Mês de Março No mês de março, para atendimento à produção, foram contratados 30 colaboradores. O valor gasto com salário no mês de março foi de R$ 164.150,00 e de horas extras foi de R$ 24.653,13. Foi mantido o PL em 1%, sendo pago o valor de R$ 942,32. Recursos Humanos da Manufatura 44 Dados Março Colaboradores 335 Total de horas trabalhadas mês 160 Valor salário mensal R$ 490,00 Valor hora de trabalho R$ 6,00 Participação de lucros 1% Tabela 14. Recursos Humanos da Manufatura – mês de março 3.4.3.4. Mês de Abril Para o atendimento no mês de abril, mantivemos as mesmas estratégias do mês de março. Portanto, o valor gasto com salário neste mês foi de R$ 149.500,00, de horas extras foi de R$ 5.512,50 e de PL foi de R$ 1.784,94. Recursos Humanos da Manufatura Dados Abril Colaboradores 335 Total de horas trabalhadas mês 160 Valor salário mensal R$ 490,00 Valor hora de trabalho R$ 6,00 Participação de lucros 1% Tabela 15. Recursos Humanos da Manufatura – mês de abril 3.4.3.5. Mês de Maio Para atendimento no mês de maio, analisando a demanda dos últimos 4 anos, decidiu-se não realizar nenhuma alteração no quadro de funcionários, salário e benefícios. Realizamos, entretanto, uma alteração na % de participação de lucros. Após estudo da diretoria, definiu-se manter o salário mensal fixo, a partir deste mês, e, caso tenha que haver qualquer aumento no ganho para o funcionário, o mesmo deverá ser proporcionado, tendo em vista a participação nos lucros. De acordo com 45 o resultado mensal obtido na empresa, o funcionário ganhará ou não um “bônus” devido ao atingimento de metas pré-determinadas. Não houve a necessidade de se alterar o quadro de funcionários para atendimento à demanda. Desta forma, mantivemos 335 funcionários, trabalhando 160 horas mensais com salário de R$ 490,00 mensais. A participação dos lucros foi aumentada para 2% neste mês, representando R$ 3.363,19. Tivemos um gasto com Hora extra de R$ 3.521,88. O lucro líquido obtido neste mês de maio foi de R$ 168.159,51 e o resultado acumulado até o momento foi de R$ 398.566,42. Recursos Humanos da Manufatura - Mês Maio Colaboradores 335 Total de horas trabalhadas mês 160 Valor salário mensal R$ 490,00 Valor hora de trabalho R$ 6,00 Participação de lucros 2% Tabela 16. Recursos Humanos da Manufatura – mês de maio 3.4.3.6. Mês de Junho No mês de junho, não realizamos nenhuma alteração em relação ao mês de maio, devido a pouca variação de demanda provisionada. O ganho em participação dos lucros neste mês foi de R$ 3.116,98. Tivemos um gasto com Hora extra de R$ 10.412,50. O custo com hora extra foi maior neste mês, pois não verificamos, neste momento, a necessidade de se contratar mais funcionários. O lucro líquido obtido neste mês de junho foi de R$ 155.849,03 e o resultado acumulado até o momento foi de R$ 501.298,47. Recursos Humanos da Manufatura - Mês Junho Colaboradores 335 46 Total de horas trabalhadas mês 160 Valor salário mensal R$ 490,00 Valor hora de trabalho R$ 6,00 Participação de lucros 2% Tabela 17. Recursos Humanos da Manufatura – mês de junho 3.4.3.7. Mês de Julho No mês de julho, devido à necessidade de demanda, que entre 10 e 15% de aumento, houve a necessidade de se aumentar o quadro de funcionários em mais 30 pessoas, passando de 335 para 365. O PL passou de 2 para 3%, tendo sido repassado para o funcionário o valor de R$ 5.434,33. Mesmo aumentando o quadro de funcionários, foi necessário se realizar hora extra. O gasto foi de R$ 25.112,50. O lucro líquido obtido neste mês foi de R$ 181.144,32 e o resultado acumulado até o momento foi de R$ 627.008,46. Recursos Humanos da Manufatura - Mês Julho Colaboradores 365 Total de horas trabalhadas mês 160 Valor salário mensal R$ 490,00 Valor hora de trabalho R$ 6,00 Participação de lucros 3% Tabela 18. Recursos Humanos da Manufatura – mês de julho 3.4.3.8. Mês de Agosto No mês de agosto, a necessidade de demanda prevista seria ainda maior que o mês de julho, prevendo-se um aumento de mais 10 a 15%, havendo a necessidade de se aumentar o quadro de funcionários novamente, passando de 365 para 402. O PL de 3% repassado para o funcionário foi no valor de R$ 5.559,05. Mesmo aumentando o quadro de funcionários, foi necessário se realizar hora extra, mas em quantidade menor que o mês de julho. Reduzimos a quantidade de Hora 47 extra devido ao aumento do quadro de funcionários que se manteve, pois para os próximos meses, a previsão continuará alta. O gasto foi de R$ 12.985,00. O lucro líquido obtido neste mês foi de R$ 185.301,55 e o resultado acumulado até o momento foi de R$ 716.750,96. Recursos Humanos da Manufatura - Mês Agosto Colaboradores 402 Total de horas trabalhadas mês 160 Valor salário mensal R$ 490,00 Valor hora de trabalho R$ 6,00 Participação de lucros 3% Tabela 19. Recursos Humanos da Manufatura – mês de agosto 3.5. Diretoria de Produção 3.5.1. Política adotada A política de produção adotada pela diretoria consiste na fabricação e entrega propriamente dita de todos os produtos solicitados pela área Comercial e de Marketing, mês a mês, de acordo com a demanda pré-definida. Para que a entrega dos produtos ocorra dentro do prazo, a diretoria necessita realizar análises para definir o melhor momento para se aumentar a capacidade produtiva da fábrica com equipamentos ou aumento de headcount. Devem-se avaliar também as vantagens em se terceirizar o processo produtivo caso seja necessário. Uma das diretrizes que a diretoria de produção sempre busca é realizar as mudanças necessárias, tendo sempre em vista a lucratividade da companhia. A diretoria de produção é responsável por garantir a entrega da produção dos itens solicitados, cuidando sempre dos estoques finais a cada mês. De acordo com Gaither (2002, p.14), “dos muitos fatores que afetam a administração da produção atualmente, seis tiveram um impacto maior”: 1. Realidade da Competição Global, 2. Qualidade, serviço ao cliente, 3. Rápida expansão da tecnologia de produção avançada, 4. Contínuo crescimento do setor de serviços, 48 5. Escassez dos recursos de produção, 6. Questões de responsabilidade social. Gaither (2002, p.14), complementa afirmando que “para obter sucesso na competição global, as empresas devem ter um compromisso com a receptividade do cliente e com a melhoria contínua rumo à meta de desenvolver rapidamente produtos inovadores que tenham a melhor combinação de excepcional qualidade, entrega rápida e no tempo certo, preços e custos baixos”. Ao longo desse processo de modernização da produção, cresce em importância a figura do consumidor, em nome do qual tudo se tem feito. Pode-se dizer que a procura da satisfação do consumidor é que tem levado as empresas a se atualizarem com novas técnicas de produção, cada vez mais eficazes, eficientes e de alta produtividade. MARTINS & LAUGENI (2000, p.3). Desta forma, a diretoria de Produção possui o compromisso de entregar seus produtos no momento certo, na hora certa e com qualidade. E, para que isso seja atingido, é necessário que a diretoria tenha produtividade. Produtividade é um dos conceitos mais importantes dos anos atuais. A produtividade é medida em quatro níveis: - Da Operação; - Da Fábrica; - Da Empresa; e, - Da Nação. Definição de Produção e de Produtividade Produção: É o processo de obtenção de qualquer elemento considerado como objetivo da empresa, chamado produto (peças, automóveis, geladeiras, projetos, planos, artigos redigidos, livros publicados, idéias para uma campanha de marketing, etc). É a aplicação de recursos produtivos com alguma forma de administração. Medida da Produção: Quantidade de produto produzida numa unidade de tempo, como peças p/hora, toneladas p/hora, automóveis/ano, etc. O termo assumiu a significado da relação entre o produzido (output) e os recursos empregados para produzi-lo (input). Produtividade da Operação Operação é o nome dado ao trabalho do operário ou da máquina, como torneamento de uma peça ou assentamento de tijolos. 49 Produtividade da Fábrica É a relação entre o resultado da produção e o total de cada recurso produtivo aplicado. A produtividade é medida para cada recurso isoladamente, para ser possível avaliar o comportamento e o desempenho de cada um. O recurso mais usual é a quantidade de operários. Como as máquinas são de tipos muito diversificados, raramente são utilizadas na medida da produtividade. Como por exemplo, pode-se citar que a produtividade da indústria brasileira de fundição é de 20 toneladas por homem-ano e as das montadoras de automóveis é de 18 unidades por homem-ano. Produtividade da Empresa É a relação entre o faturamento e os custos respectivos. Taxa valor agregado =Faturamento ($) = Produtividade Custos ($) Produtividade da Nação A produtividade da nação é a renda per capita. O único meio de aumentar a renda per capita de uma nação é aumentar a produtividade da população economicamente ativa. Isso porque ambas têm a mesma expressão matemática: Produção realizada por um homem e uma unidade de tempo. Produtividade = quantidade produzida/Homem-hora Renda = produção país ($) = ou produto interno bruto per capita/ População – na população Ou seja, a renda per capita só aumentará se a média da produtividade de toda a população aumentar. Há diversos meios para se aumentar a produtividade: via capital e/ou via trabalho. Pela via do capital, o aumento da produtividade ocorre graças à aquisição de máquinas e equipamentos mais produtivos. Pela via do trabalho, o aumento de produtividade é alcançado por meio de técnicas de estudo de métodos de trabalho, 50 que conseguem fazer com que o operário produza mais eficientemente, fatigando-o menos. Para se ter produtividade é necessário que a área produtiva trabalhe com o setor de planejamento. Este setor poderá avaliar junto com a produção a melhor forma de produzir, com os melhores recursos e no melhor momento. SLACK et al (2002, p.338) define planejamento e controle como sendo “conciliação do potencial da operação de fornecer produtos e serviços com a demanda de seus consumidores. É o conjunto de atividades diárias que garante que a operação ocorra de forma contínua”. Dentro da fábrica, trabalhamos com o planejamento operacional. Chiavenato (2000, p.184) define que “o planejamento operacional se preocupa basicamente com o que fazer e com o como fazer”. Refere-se especificamente às tarefas e operações realizadas no nível operacional. Por meio do planejamento operacional os administradores visualizam e determinam ações futuras dentro do nível operacional que melhor conduzam ao alcance dos objetivos da empresa. Com a diversidade de produtos encontrados no mercado nos dias de hoje, a empresa que quer se manter frente aos negócios precisa cada vez mais de flexibilização na produção, reduzindo custos, sem perder a qualidade do produto. Atualmente, é comum nas empresas que parte da produção seja feita com terceiros, ou seja, fracionadas (PATRÍCIO, 2009). Portanto, torna-se importante ressaltar, que a terceirização pode sim, ser vista e utilizada como uma estratégia de desenvolvimento a partir do momento em que a mesma seja utilizada de forma correta. 3.5.2. Controles implantados Os controles implantados não foram alterados. A produção possui como meta padrão produzir com o mínimo de recursos e o máximo de resultados. Desta forma, a quantidade de funcionários, capacidade produtiva necessária, os estoques, as necessidades e demandas são analisadas mensalmente para que possamos realizar uma maximização na fabricação dos nossos produtos e nos resultados da companhia. 51 A política adotada pela diretoria de produção vem de encontro com a política da empresa: produzir com o mínimo de recursos a fim de obter o produto de forma adequada, com qualidade e lucro. As diretorias de Produção juntamente com a diretoria de Recursos Humanos formam a mão de obra qualificada para a fabricação de computadores. A cada mês trabalhado as diretorias avaliam as devidas necessidades a serem implantadas de acordo com a previsão de vendas estimada e o estudo da demanda obtida na venda do mês anterior, não se esquecendo de avaliar sempre o desenvolvimento e a movimentação do mercado frente às demandas obtidas nos últimos anos. A nova diretoria vem buscando alterar esta política. Estamos buscando competir na reserva criada pelo governo, mas alterando o foco nos produtos fabricados. Estamos diferenciando nossos produtos frente aos nossos concorrentes. Com isso, teremos lucro, meta da companhia sem deixar de ter produtos diferenciados e com qualidade. 3.5.3. Capacidade de Máquina Abaixo, na tabela, verifica-se a capacidade produtiva da fábrica e a depreciação obtida no período de Janeiro a Agosto. No 2º quadrimestre, o aumento da capacidade produtiva é maior, de acordo com a demanda. O objetivo foi ter a capacidade produtiva de forma a atender a produção desejada sem ter que aumentar muito a capacidade produtiva da fábrica, pois sabemos que aumentando a capacidade produtiva da fábrica desnecessariamente, estaremos gerando custos adicionais de manutenção e depreciação. Os valores de depreciação estão diretamente relacionados à capacidade produtiva da fábrica. Dados da Produção Valor gasto com máquina/depreciação Máquina Depreciação Mês Mês Janeiro Fevereiro 900 Mês Mês Março Mês Abril Mês Maio Mês Junho Mês Julho 1000 1030 1022 1014 1070 1110 1102 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 36.000,00 36.000,00 40.000,00 41.200,00 40.880,00 40.560,00 42.800,00 44.400,00 Tabela 20. Dados da produção – valor gasto com máquinas e depreciação. Agosto 52 Gráfico 218. Capacidade produtiva e depreciação – jan/ago. 3.5.4. Mão de obra A função de demanda por trabalho fornece a quantidade de trabalhadores que uma determinada empresa estaria disposta a contratar em um determinado período, dados o seu custo salarial real e o volume de vendas (produção). Os modelos tradicionais de demanda por trabalho consideram apenas a dimensão estática deste processo de escolha da quantidade de trabalhadores empregados pelas firmas. Ou seja, a hipótese era de que a firma poderia ajustar como desejasse, sem custo algum, a quantidade de trabalhadores. Os únicos custos associados à mão-de-obra nestes modelos estáticos eram os custos salariais (a soma dos salários e benefícios indiretos) e os encargos sociais que incidem sobre a folha de pagamentos, não sendo considerados os custos relacionados à movimentação (contratação e dispensa) de trabalhadores. Os modelos dinâmicos de demanda por trabalho, por sua vez, incorporam à análise os custos de ajustamento da mão-de-obra, ou seja, os custos de demissão e contratação. O resultado principal é que o ajuste do emprego escolhido pela firma maximizadora de lucros não é instantâneo e leva tempo, já que a firma escolhe diluir os custos de demissão e de contratação ao longo do tempo. Os custos de demissão são em geral previstos por lei, como o aviso prévio e possíveis indenizações. Os custos de contratar englobam os custos de anunciar as 53 vagas disponíveis, entrevistar e selecionar candidatos, e treinar os novos contratados. Uma das conclusões dos estudos sobre demanda por trabalho, na sua dimensão dinâmica, é que uma firma não contrata mais mão-de-obra qualificada (de altos custos de seleção e treinamento) se a expectativa é de que o aumento das vendas de seu produto não seja permanente (Hamermesh, 1993; Hamermesh & Pfann, 1996). Caso a firma acredite que o aumento de vendas seja temporário, ela desconta os custos futuros de dispensa dos novos trabalhadores contratados e, em muitos casos, decide não contratá-los. Isto é particularmente notado no caso em que as firmas têm outros fatores de produção mais flexíveis, como a possibilidade de variar o número de horas trabalhadas de seus empregados sem custos excessivos, ou a possibilidade de contratar mão-de-obra temporária, de menor custo de demissão. Mesmo no caso em que as firmas percebam o aumento de vendas como permanente, o custo de contratação de novos trabalhadores pode ser tão alto que não compense admiti-los. Podemos visualizar na tabela a seguir os dados referentes à mão de obra obtida na fábrica, a evolução do salário e participação dos lucros dos funcionários mês a mês. Podemos visualizar também os gastos obtidos com horas extras e terceirizações. De acordo com o aumento da demanda, tivemos que realizar uma análise frente à necessidade de contratação de novos funcionários e/ou realizar hora extra e terceirizações. A contratação dos funcionários foi realizada quando a demanda se tornou mais estável. Além de a capacidade produtiva ter-se alterado, houve a necessidade de se realizar hora extra durante os meses de acordo com a necessidade produtiva como se pode visualizar abaixo. Os salários se mantiveram estáveis em R$ 490,00. De acordo com a política adotada pela diretoria de RH, os funcionários são contemplados a cada final de mês com um valor adicional referente à participação nos lucros da empresa. Desta forma, os funcionários se sentem mais motivados no trabalho. 54 Verificamos para atendimento à demanda de produção durante o período de janeiro a agosto, tivemos nosso quadro de funcionários alterado conforme tabela abaixo: Dados da Produção - mão Mês 0 de obra Colaboradores 300 Mês Mês Janeiro Fevereiro 300 305 Mês Março Mês Abril Mês Maio Mês Junho Mês Julho 335 335 335 335 365 Mês Agosto 402 Tabela 21. Dados da produção – número de colaboradores. 3.5.5. Produção Realizada As quantidades produzidas entre os meses de janeiro a agosto do ano 1 podem ser visualizadas na tabela e no gráfico abaixo. Dados da Produção – Fabricação Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto 318 324 466 266 337 340 390 440 244 230 313 269 241 242 285 322 51 55 70 76 69 79 93 71 Produção Desktop Produção Notebook Produção Workstation Tabela 22. Dados da produção – fabricação. 55 Gráfico 22. Quantidade produzida produtos jan/ago. 3.5.6. Verificação dos estoques Abaixo podemos visualizar a variação de estoque obtida no período de Janeiro a Agosto. Verifica-se que no mês de março foi o mês que tivemos maior número de produtos fabricados estocados. A partir do mês de março, mantivemos produtos em estoque, mas em quantidades menores. Dados da Produção - Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Desktop 1 0 68 0 0 0 0 14 Notebook 0 0 8 13 8 15 0 18 Workstation 0 0 0 6 1 2 17 0 Avaliação dos estoques (finais) Tabela 23. Dados da produção – avaliação dos estoques. 56 Gráfico 20. Avaliação de estoques – jan/ago. 3.5.7. Valor de estocagem Abaixo podemos também visualizar os valores gastos com estocagem, mês a mês. Entre os meses de maio e agosto, os estoques se mantiveram entre 30 e 50mil, pois as vendas estavam mais altas, havendo a necessidade de se manter um estoque para que não ocorresse desabastecimento do nosso produto no mercado. Dados da Produção Valor gasto Mês 0 Mês Janeiro com Mês Fevereiro Mês Março Mês Abril Mês Maio Mês Junho Mês Julho Mês Agosto estocagem Valor (R$) R$ 89.950,00 R$ 1.150,00 R$ 0,00 R$ 92.325,00 R$ 41.012,50 R$ 16.825,00 R$ 31.937,50 R$ 53.125,00 R$ 47.012,50 Tabela 24. Dados da produção – valor gasto com estocagem. 57 4. Conclusão A empresa atuou de acordo com o esperado. Teve uma ótima posição no mercado que foi reflexo da estratégia adotada, onde a qualidade de seus produtos refletiu nos resultados esperados. A alteração da estratégia, tendo um foco maior em Receita de Vendas e Lucro Total, fez com que a empresa obtivesse ótimos resultados, estando sempre próximo ao previsto para os períodos em questão. 58 5. Referências Bibliográficas Apostila FGV – Estratégias de Empresas, 2011. Apostila FGV – Gestão de Produtos e Marcas, 2012. Apostila FGC – Fundamentos de Marketing, 2011. Apostila FGV – Jogos de Negócio, 2012 BICHO, Leandro. Modelo de Porter e Análise de SWOT Estratégias de Negócios. Instituto Politécnico de Coimbra, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Administração – Teoria, Processo e Prática. 3ª Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000. FERREIRA, Francis Haime Giacomelli. Segmentação de Mercado. Disponível em: <http://www.bte.com.br>. Acesso em: 20/04/2012 FERREIRA, Francis Haime Giacomelli. Gestão do Composto Mercadológico. Disponível em: <http://www.bte.com.br>. Acesso em: 20/04/2012 GASNIER, Daniel Georges. A dinâmica dos Estoques: guia prático para planejamento, gestão de materiais e logística. São Paulo: IMAM, 2002. GOMIERO, Fernando. Eficiência e eficácia. In:_______. Administração de empresas. Disponível em: <http://www.portalbrasil.net/administracao_colunas_052002.htm>. Acesso em: 26 mar. 2008. HAMERMESH, D. Labor Demand. Princeton, Princeton University Press, 1993. HAMERMESH, D.; PFANN,G.. Adjustment costs in factor demand. Journal of Economic Literature, v.34, p.1264-92, 1996. KAPLAN, R.; NORTON, D. P. “Using the Balanced Scorecard as a Strategic Management System”. Harvard Business Review, 1996. KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: Balanced Scorecard. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 59 KAPLAN, R.; NORTON, D. P. The Strategy-Focused Organization: How Balanced Scorecard Companies Thrive in the new business environment. Harvard Business School Publishing Corporation. United States Of America, 2001. KAPLAN, R.; NORTON, D. P. Kaplan e Norton na prática. Rio de Janeiro: Editora Campus/Elsevier, 2004. KRONMEYER FILHO, Oscar R. Balanced Scorecard como sistema gerencial. In:______. Transformando estratégias empresariais em resultados com Balanced Scorecard e gerência por projetos. [S.l.:s.n.] MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 2000. PATRÍCIO, D. B., Análise comparativa do processo de produção própria versus terceirização na indústria de confecção. Disponível em: http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/0003FC2.pdf. Acesso em: 12.05.2012. PORTER, Michael. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. 21 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989. REISSMANN, Carlos Rodolfo. Estratégias de diferenciação no mercado internacional de alimentos: estudo de caso da rastreabilidade do “nutry” pela nutrimental S.A. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2005. SERRANO, Daniel Portillo. A Matriz BCG. Disponível em: <http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/MatrizBCG.htm>. Acesso em: 26 mar. 2008. SERRANO, Daniel Portillo. Ciclo de vida do produto. [S.l.: s.n.]. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002. MOREIRA, José Henrique; Conceitos básicos de administrados. Disponível em: < http://www.algosobre.com.br/administracao/conceitos-basicos-deadministracao-financeira.html>. Acesso em: 04 jun. 2012. PIMENTAL, Maurício; Retorno sobre o Patrimônio Líquido – Análise Fundamentalista. Disponível em: <http://br.advfn.com/p.php?pid=fbb_thread&bb_id=11&id=1225251>. Acesso em: 11 mai. 2012. 60 SILVEIRA, Francisco; Função custo total, função receita total e função lucro total. Disponível em: <http://www.pucrs.br/famat/vnunes/mathe/Fun_Rec.pdf >. Acesso em: 11 mai. 2012.