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50º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 50º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2004
Costão do Santinho • Florianópolis • Santa Catarina • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-04-6
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Palavras-chave: Botox®, Teste SMART, Drosophila melanogaster
Guimarães, NN; Silva, ES; Oliveira, IG e Cunha, KS
Departamento de Ciências Fisiológicas, ICB, Universidade Federal de Goiás, Goiânia – GO.
Ausência de efeito genotóxico
em células somáticas de Drosophila
melanogaster tratadas com Botox®
A Toxina Botulínica Tipo A (Botox®) é um complexo protéico derivado da bactéria Clostridium botulinum, e
tem como princício ativo uma neurotoxina do tipo A (150kD) que está associada a proteinas acessórias não
tóxicas resultando um peso molecular final de 900kD. Este medicamento é capaz de induzir uma paralisia
muscular, através da desnervação química localizada. O Botox® penetra na terminação do neurônio présináptico e fixa-se nas membranas das vesículas que armazenam o neurotransmissor acetilcolina, impedindo
a ligação desta molécula na membrana axoplasmática para serem liberadas na fenda sináptica, bloqueando,
conseqüentemente, a transmissão do impulso nervoso. Até o presente momento não foram realizados estudos
prolongados em animais com a finalidade de se avaliar o potencial carcinogênico do Botox®. Uma das estratégias
que pode indicar este possível risco seria a utilização de testes de curta duração que avaliam parâmetros
relacionados com a indução de mutação gênica, mutação cromossômica e/ou recombinaçao mitótica. Dentre
estes testes destaca-se o Teste Para Detecção de Mutação e Recombinação em Células Somáticas de Drosophila
melanogaster (SMART). Este ensaio genético permite a detecção simultânea de mutações, deleções e certos tipos
de aberrações cromossômicas, assim como a presença de rearranjos relacionados com recombinação mitótica.
Tais eventos podem contribuir significativamente para o surgimento de neoplasias. Com o intuito de avaliar
o potencial genotóxico do Botox®, utilizamos o Teste SMART através do cruzamento padrão, onde larvas de
terceiro estágio, originadas do cruzamento entre fêmeas flr e machos mwh, foram tratadas, via alimentação,
com diferentes doses de Botox®. A análise dos resultados obtidos neste cruzamento revelou a ausência de
efeitos tóxicos-genéticos relacionados com mutação e/ou recombinação mitótica. Um vez que o cruzamento
padrão envolve linhagens de Drosophila que apresentam nível basal de enzimas de metabolização, podemos
concluir esta toxina não demonstrou ação genotóxica direta nas concentrações utilizadas – não sendo um agente
indutor de mutação pontual, mutação cromossômica e/ou recombinação mitótica.
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Auxílio Financeiro: CNPq.
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