Rio de Janeiro, ano XX, novembro de 2015, nº 198 BOLETIM informativo NOTÍCIAS AGE e reunião científica ocorrem no dia 7 de dezembro A diretoria da SOBED-RJ convida seus associados para a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) e reunião científica de dezembro da entidade a serem realizadas no dia 7, segundafeira, a partir das 19h, no auditório da Casa de Saúde São José, no Humaitá. CONFIRA EM NOSSO SITE O EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA AGE A AGE irá tratar sobre a troca de sede da sociedade e a reunião científica contará com casos clínicos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ), do Hospital Federal Cardoso Fontes e do Hospital Quinta D´Or. A moderação caberá a diretoria da SOBED-RJ. A Casa de Saúde São José fica na Rua Macedo Sobrinho, 21. Área restrita do site para associados: saiba como acessar O site da SOBED-RJ conta com uma área exclusiva para os associados, com mais informações, notícias e conteúdo exclusivo. Para acessá-la é necessário que o associado faça seu recadastramento junto à SOBED-RJ. Após o envio dos dados e a confirmação dos mesmos por parte da Secretaria da entidade, serão criados nome de usuário e senha, que serão enviados para o email do associado. FAÇA SEU RECADASTRAMENTO: http://sobedrj.com.br/novo/sobed-rj/recadastramento/ Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – Estadual Rio de Janeiro (SOBED-RJ) Rua da Lapa, n° 120, salas 309 a 311, Lapa, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20021-180 Telefones: (21) 2507-1243 | Fax: (21) 3852-7711 | www.sobedrj.com.br | [email protected] ÓRGÃO INFORMATIVO SOBED-RJ Edição mensal BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, novembro de 2015, nº 198 www.sobedrj.com.br ÍNDICE página 1 REUNIÃO DE DEZEMBRO E AGE página 2 PALAVRAS DA PRESIDÊNCIA página 3 CONSENSO BAVENO VI: ESTRATIFICANDO RISCO E INDIVIDUALIZANDO CONDUTA PARA HIPERTENSÃO PORTAL página 11 CASO CLÍNICO DO MÊS página 12 RESIDÊNCIA MÉDICA EM ENDOSCOPIA PALAVRAS DA PRESIDÊNCIA Dr. Ronaldo Taam A SOBED Nacional e a estadual do Rio de Janeiro têm envidados esforços para aumentar o número de associados e tornar mais atrativa essa participação societária. As inscrições sem custo adicional nos cursos “SOBED/ASGE Post Graduate” e “Curso ao Vivo” durante a SBAD, em Curitiba, representam algumas dessas iniciativas, além de outras ações locais desenvolvidas pela estadual. Tem-se que ter em mente que a sociedade, nestes dias de grandes desafios, depende cada vez mais de cada um de nós à medida que as empresas patrocinadoras retraem investimentos pela recessão econômica. Além disso, as questões éticas permeiam esta relação e merecem análise e discussão aprofundadas. O final do ano se aproxima e a contratualização entre os médicos e as empresas e planos de saúde ainda é motivo de inúmeras dúvidas e incertezas. Os meandros jurídicos dos contratos são objeto de reuniões no CREMERJ e os médicos têm sido orientados a solicitar apoio, sempre necessário, para a análise e assinatura dos contratos. Uma assembleia está convocada para a primeira segunda-feira do mês de dezembro com o objetivo de decidirmos sobre uma possível troca de nossa sede. Programem-se e participe GESTÃO 2014 - 2016 presidente RONALDO TAAM vice-presidente LUIZ ARMANDO RODRIGUES VELLOSO 2 1ª secretária LILIAN MACHADO SILVA 1º tesoureiro FLAVIO ABBY 2ª secretária PAULA PERUZZI ELIA 2º tesoureiro JOÃO CARLOS DE ALMEIDA SOARES www.sobedrj.com.br BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, novembro de 2015, nº 198 CONSENSO BAVENO VI: ESTRATIFICANDO RISCO E INDIVIDUALIZANDO CONDUTA PARA HIPERTENSÃO PORTAL DE FRANCIS, Roberto. Expanding consensus in portal hypertension. J. Hepatol, [article in press], 2005. Hipertensão portal é uma anormalidade hemodinâmica associada às mais graves complicações da cirrose, incluindo a encefalopatia hepática e sangramento pelas varizes gastroesofágicas. A hemorragia varicosa é uma emergência médica associada à mortalidade que, apesar dos avanços recentes, é ainda da ordem de 10 a 20% em 6 semanas. Definições dos eventos chaves em relação ao sangramento (alterado em relação Baveno V) - A mortalidade em 06 semas deve ser o endpoint p r i m á r i o p a ra o s e s t u d o s d o t ra t a m e n t o d a hemorragia digestiva alta (HDA) varicosa. (5;D) - A falha de tratamento em 05 dias é definida utilizando o Baveno IV/V sem o critério de índice de ajuste de necessidade sanguínea (ajusted blood requirement index - ABRI) e com clara definição de choque hipovolêmico (1b;A). Como era no Baveno V? ABRI = Unidades sanguíneas transfundidas [ HT final - HT inicial) + 0,1] DE FRANCIS, R. Revising consensus in portal hypertension. Journal of Hematology, v.53, p.762768, 2010 - Critérios do Baveno IV/V se correlacionam com mortalidade em 06 semanas (1b;A) e devem ser inclusos em novos estudos como um endpoint secundário para permitir futura validação (5;D) - Endpoints adicionais devem ser incluídos: necessidade de terapia de resgate (tamponamento, nova terapêutica endoscópica, shunt transjugular portosistêmico, cirurgia etc); transfusão sanguínea e dias de internação hospitar/UTI (5,D) POSICIONAMENTO OFICIAL Screening e seguimento: métodos invasivos e não invasivos (alterações em relação ao Baveno III-V) Definição de doença hepática avançada compensada (novo) - A introdução da elastografia na prática clínica possibilitou a identificação precoce de pacientes com doença hepática crônica (CLD) sob risco de desenvolver hipertensão portal significativa (CSPH) (1b;A); - Para esses pacientes, a denominação alternativa “doença hepática crônica avançada compensada (cACLD) tem sido proposta como forma de melhor definir o espectro de fibrose intensa e cirrose em pacientes assintomáticos, e que, a distinção entre as duas formas, nem sempre é clinicamente possível (5:D). - Atualmente, ambos os termos, cACLD e “cirrose compensada” são aceitáveis (5;D). - Pacientes sob suspeita de cACLD devem ser referenciados ao especialista (5;D). Critério para suspeita de cACLD (novo) - A rigidez hepática à elastografia é suficiente para suspeita de cACLD em pacientes assintomáticos com etiologia conhecida para CLD (1b;A). - A elastografia frequentemente tem resultados falso positivos: consequentemente, devem ser realizadas duas medidas em dias diferentes em jejum (5;D). - Valores <10kPa na ausência de outros sinais clínicos exclui cACLD; valores entre 10 e 15kPa são sugestivos de cACLD, mas necessitam mais testes para sua confirmação; valores > 15kPa são bem sugestivos de cACLD (1b;A). Critérios para confirmar cACLD (novo) - Métodos invasivos são realizados em centros de referência, numa abordagem passo a passo, quando o d i a g n ó st i co é d u v i d o s o o u co m o u m te ste confirmatório. - Métodos e achados que definem o diagnóstico de cACLD são: - Biópsia hepática demonstrando fibrose intensa ou cirrose bem estabelecida (1a;A). - Medida da área proporcional de colágeno (CPA) na histologia fornece informação quantitativa sobre o total de fibrose e possui valor prognóstico (2b;B) e sua avaliação é recomendada (5;D). 3 www.sobedrj.com.br - EDA demonstrando varizes gastroesofágicas (1b;A). - Gradiente de pressão venosa hepática (HVPG) > 5mmHg indica hipertensão sinusoidal. (1b;A). Diagnóstico de hipertensão porta em pacientes com cACLD (novo) - A medida do HVPG é o padrão ouro para acessar a presença de hipertensão porta, que é definido como > 10 mmHg. - Por definição, pacientes sem hipertensão porta não possuem varizes gastroesofágicas e têm baixo risco em desenvolvê-las em cinco anos (1b;A). - Em pacientes com cACLD relacionadas a vírus, métodos não invasivos são suficientes para o diagnóstico de hipertensão porta. (2b;B) A medida da rigidez hepática à elastografia sozinha ou combinada com plaquetas ou tamanho do baço. (> 20-25 kPa; pelo menos duas aferições em jejum em dias diferentes). - O valor diagnóstico da elastografia para hipertensão porta em outras etiologias ainda não é bem estabelecido (5;D). - Imagem demonstrando circulação colateral é suficiente para estabelecer hipertensão porta em pacientes com cACLD em todas as etiologias (2b;B). - Identificação de pacientes com cACLD que não necessitam de endoscopia para rastrear hipertensão porta (novo). - Paciente com rigidez hepática à elastografia < 20 kPa e com contagem de plaquetas superior a 150.000 tem baixo risco para desenvolverem varizes (1b;A). - Esses pacientes podem ser acompanhados com elastografia e contagem plaquetária.anual (5;D). - Se a rigidez hepática aumentar ou a contagem plaquetária reduzir, esses pacientes devem ser submetidos a endoscopia (EDA) para rastrear hipertensão porta (5;D). Vigilância das varizes esofagianas (alterado em relação Baveno V) - Em pacientes estáveis e sem varizes à EDA de screening, mas com doença hepática em atividade (ingestão alcoólica, falta de resposta viral sustentada na hepatopatia pelo vírus C), nova endoscopia deverá ser realizada com 02 anos de intervalo (5;D). - Em pacientes compensados com varizes de p e q u e n o c a l i b re e c o m d o e n ç a h e p á t i c a e m 4 BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, novembro de 2015, nº 198 atividade, a endoscopia deverá ser repetida em 01 ano (5;D). - Em pacientes compensados e sem varizes à EDA nos q u ais o agente etio ló gico tiver sid o retirad o (resposta viral sustentada; abstinência alcoólica de longa data) e sem comorbidades (por exemplo, obesidade), seguimento endoscópico deve ser oferecido em 03 anos (5;D). - Em pacientes compensados e com varizes de pequeno calibre à EDA, com resposta viral sustentada ou abstinência alcoólica de longa data e sem comorbidades (por exemplo, obesidade), seguimento endoscópico deve ser oferecido em 03 anos (5;D). Considerando custos (novo) - Qualquer política ou método adotado para screening e seguimento, o custo deve ser levado em consideração (5;D). Impacto do tratamento (novo) - A conduta em pacientes cirróticos deve-se focar em prevenir o advento de complicações enquanto na fase compensada (1b;A). - E m v i r t u d e d a s d i fe re n ça s d e p ro g n ó st i co, pacientes com cirrose compensada devem ser divididos em com e sem hipertensão porta (1b;A). O objetivo do tratamento no primeiro caso, é prevenir h i p e r te n s ã o p o r ta , e n q u a nto, n o s e g u n d o, é prevenir a descompensação. - A concepção de hipertensão porta é baseada na medida do HVPG e não pode ser completamente substituído por métodos não invasivos (1b;A). - Tratamento etiológico da doença de base pode reduzir a pressão portal e prevenir as complicações em pacientes cirróticos (1b;A) - não alterado. - Alterações no HVPG é um fator de evolução clínica em pacientes com cirrose não-colestática (2b:B). Uma mudança de 10% ou mais no HVPG é considerada uma mudança significativa (1b;A). - A obesidade piora a história natural da cirrose compensada em qualquer etiologia (1b;A). Uma mudança no estilo de vida com dieta e exercício reduz o peso corporal e o HVPG em cirróticos obesos (2b:B). - Abstinência alcoólica deve ser encorajada em todos os pacientes cirróticos, a despeito da etiologia (2b;B). - O uso clínico de estatinas é promissor e deverá ser avaliado em mais estudos de fase III (1b;A). www.sobedrj.com.br Prevenção da descompensação (alteração parcial em relação ao Baveno V Cura do agente etiológico - Tratamento bem sucedido do agente etiológico na doença hepática compensada pode melhorar a estrutura hepática e sua função; isso poderia levar a uma redução na pressão portal (1b;A). Comorbidades e desnutrição (novo) - Comorbidades (obesidade, diabetes, câncer, o s t e o p o r o s e , d o e n ç a p u l m o n a r, r e n a l e cardiovascular) estão frequentemente presentes em pacientes com cirrose compensada. Alguma delas contribuem para a descompensação, enquanto outras são consequências da doença hepática (2b;B). - Desnutrição e sarcopenia têm demonstrado impacto na encefalopatia hepática, desenvolvimento de ascite, incidência de infecção e sobrevida em pacientes cirróticos (1b;A). Como a evidência foi estabelecida principalmente em pacientes cirróticos descompensados, estudos em pacientes compensados são necessários para desenhar uma conclusão definitiva nesses casos. Pacientes sem varizes ou com varizes de pequeno calibre (sem alteração) - Não há indicação de uso debetabloqueadores para prevenir a formação de varizes (1b;A). - Paciente com varizes de pequeno calibre e com sinais da cor vermelha ou Child-Pugh C, tem risco aumentado de sangramento (1b;A) e devem ser tratados com betabloqueadores não seletivos (NSBB) (5;D). Pacientes com varizes de médio-grande calibre (sem alteração) - Tanto o uso de betabloqueadores não seletivos como a ligadura elástica são recomendados para prevenir o primeiro episódio de sangramento em varizes de médio e grande calibre (1a;A). - A escolha do tratamento deve-se basear nos recursos e expertise locais, preferência do paciente, contra-indicações e efeitos adversos (5;D). Carvedilol (alterado em relação ao Baveno V) - Betabloqueadores não seletivos (propranolol, nadolol) (1a;A) e carvedilol são válidos como primeira linha de tratamento. - Carvedilol é mais efetivo que os betabloqueadores tradicionais em reduzir o HVPG (1a;A), mas não foi comparado com os betabloqueadores em estudos BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, novembro de 2015, nº 198 randomizados. Pacientes com varizes gástricas (alterado em relação ao Baveno V) - Embora um único estudo tenha sugerido que a injeção de cianoacrilato seja mais efetiva em prevenir o primeiro episódio de sangramento em pacientes com varizes gastroesofágicas tipo 2 de grande calibre ou varizes gástricas isoladas tipo 1 (1b;A), mais estudos são necessários para avaliar o risco/benefício do uso do cianoacrilato antes que uma recomendação ser feita (5;D). Importância da medida do HVPG (alterado em relação ao Baveno V) - A decisão de iniciar o tratamento com betabloqueadores deve ser tomada a despeito da aferição do HVPG (1a;A). - A medida do HVPG fornece informação prognóstica (1b;A). - Mudança no HVPG é um relevante desfecho - A medida do HVPG em resposta à terapia oferece informação adicional: uma queda no HVPG de pelo menos 10% do basal ou < 12mmHg após tratamento crônico com betabloqueadores, é clinicamente relevante no contexto da profilaxia primária (1a;A) De forma semelhante, uma queda no HVPG em resposta à infusão de propranolol, pode ser utilizada para identificar respondedores aos betabloqueadores, especialmente uma queda em 10% ou abaixo de 12mmHg são relevantes nesse sentido (1b;A). - A reposta do HVPG ao betabloqueador está associada à redução significativa do risco de d e s e n v o l v e r s a n g ra m e n t o v a r i c o s o ( 1 a ; A ) e descompensação (1b;A). - A medida do HVPG deve ser estimulada para investigar novas terapias, mas não é essencial se os desfechos associados à hipertensão portal estiverem bem definidos (5;D). Uso de betabloqueadores não seletivos em paciente com doença hepática terminal (novo) - A segurança dos betabloqueadores em subgrupos com doença hepática terminal (ascite refratária e/ou peritonite bacteriana espontânea) tem sido questionado (2b;B). - Pode não haver contra-indicação quando a terapia com betabloqueadores é prescrita, mas precisa ser monitorada durante a evolução da doença (5;D). 5 www.sobedrj.com.br - Em caso de pacientes com ascite refratária; a redução da dose pode ser necessária naqueles que desenvolvem hipotensão ou prejuízo à função renal (4;C). - Interrompendo-se o uso de betabloqueadores, a ligadura elástica deverá ser realizada (5;D). Abordagem na hemorragia digestiva (alteração parcial em relação ao Baveno V) Reposição volêmica (semelhante ao Baveno V) - A reposição volêmica deve ser iniciada para restaurar e manter a estabilidade hemodinâmica. - Transfusão com concentrado de hemácias deve ser indicada para manter níveis de hemoglobina entre 78g/dl. Esta conduta deve levar em conta fatores individuais como: doenças cardiovasculares, idade, estabilidade hemodinâmica (1b;A). - Até o momento não há dados disponíveis que recomendem tratar a trombocitopenia e a coagulopatia (5;D). - PTT e INR não são bons indicadores da coagulação nos pacientes cirróticos (1b;A) Antibiótico profilático (alteração parcial em relação ao Baveno V) - Antibiótico profilático está indicado no tratamento do paciente com cirrose que se apresenta com hemorragia digestiva. (1a; A) - O risco de infecção bacteriana assim como a mortalidade são baixos em pacientes com cirrose Child-Pugh A (2b:B) porém são necessários estudos prospectivos para que possamos afirmar que este grupo não necessita de antibiótico profilático. - Devem ser levados em consideração os riscos individuais e o perfil antimicrobiano do local para orientar a escolha do antibiótico (5;D) - Ceftriaxone 1g/24h devem ser considerados em pacientes com cirrose avançada (1b:A) nos locais que tenham um perfil de infecções bacterianas com alta resistência à quinolona (5; D) Prevenção de encefalopatia hepática (alterado em relação ao Baveno V) - Estudos recentes descrevem tanto a lactulose como a rifaximina como drogas que podem prevenir a encefalopatia hepática em pacientes com cirrose e sangramento (1b; A). Entretanto, outros estudos são necessários para avaliar risco/benefício e para identificar pacientes de alto risco antes que uma 6 BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, novembro de 2015, nº 198 recomendação formal seja adotada (5; D) - Embora não existam estudos específicos na hemorragia digestiva varicosa, o uso de lactulose 25ml 12/12h até que 2-3 evacuações/dia seja alcançado no paciente. Recomendação feita pelo Guideline do EASL/AASLD (5;D) Avaliação do Prognóstico (semelhante ao Baveno V) - Os principais fatores preditores de mortalidade em 6 semanas são: Child-Pugh C, Score de MELD atualizado, falha na hemostasia (2b;B) Tratamento farmacológico (alteração parcial em relação ao Baveno V) - Na suspeita de hemorragia digestiva varicosa, drogas vasoativas podem ser iniciadas tão logo seja possível, antes do procedimento endoscópico (1b;A) - Drogas vasoativas (terlipressina, somatostatina e octreotide) devem ser usadas em combinação com a terapia endoscópica e mantidas por até 5 dias. (1a; A) - A hiponatremia foi observada em pacientes em uso de terlipressina e por isso níveis séricos de sódio devem ser monitorados (1b;A) Endoscopia (alterado em relação ao Baveno V) - Após ressuscitação hemodinâmica, os pacientes cirróticos com hemorragia digestiva varicosa devem ser submetidos a endoscopia digestiva alta nas primeiras 12 horas. (5; D) - Se não houver contra-indicações (prolongamento do QT no eletrocardiograma), usar eritromicina venosa 250mg IV correr em 30-120 minutos antes da endoscopia (1b;A). - Um endoscopista com experiência no tratamento de hemorragia digestiva assim como no uso de acessórios usados na hemostasia endoscópica é importante. (5;D). - Pacientes com hemorragia digestiva varicosa devem ser internados em UTI (5;D). - Pacientes com rebaixamento do nível de consciência só devem ser submetidos a Endoscopia digestiva alta após intubação orotraqueal para proteção das vias aéreas (5;D). - L i g a d u ra e l á s t i c a é a t e ra p i a e n d o s c ó p i c a recomendada na hemorragia digestiva por varizes esofagianas (1b;A). - Te r a p i a c o m c o l a t e c i d u a l c o m o N - b u t i l cianoacrilato é recomendada na hemorragia de varizes gástricas isoladas (1b;A) e nas varizes www.sobedrj.com.br esofagogástricas que se estendem além da cárdia (5;D) - Para prevenir ressangramento deve se considerar: uma injeção adicional de cola após 2 semanas; uso de betabloqueadores ou ambos e ainda o TIPS. (5;D) - Ligadura elástica ou uso de cola tecidual podem ser usados no tratamento de varizes gastroesofagianas tipo a (GOV 1) (5;D). Colocação precoce de TIPS (alterado em relação ao Baveno V) - A colocação de um TIPS (derivação Intra-hepática portossistêmica transjugular) PTFE (politetrafluoretileno) revestido nas primeiras 72 horas (ideal com menos de 24horas) deve ser considerado em pacientes com hemorragia por varizes esofagianas e varizes esofagogástricas com alto risco de ressangramento (pacientes Child-Pugh C > 14 pontos ou Child-Pugh B com sangramento ativo) logo após terapia farmacológica e endoscópica (1b;A) Ta m p o n a m e n t o c o m B a l ã o d e S e n g s t a k e n Blakemore (alterado em relação ao Baveno V) - O Balão de Sengstaken-Blakemore só deve ser usado nas hemorragias consideradas refratárias. É apenas uma ponte até que o tratamento definitivo seja instituído. Deve permanecer no máximo 24 horas e deve ser considerada intubação orotraqueal do paciente (5;D). Uso de Stents metálicos auto-expansíveis (alterado em relação ao Baveno V) - D a d o s s u ge re m q u e ste nt s m e tá l i co s a u to expansíveis são mais eficazes e seguros quando comparados ao Balão de Sengstaken-Blakemore (4;C). Abordagem no ressangramento (sem alterações em relação ao Baveno V) - Na hemorragia digestiva varicosa persistente após terapia farmacológica e endoscópica está indicada a colocação de TIPS PTFE revestido (2b;B). - Em caso de ressangramento após 5 dias da primeira terapia endoscópica, uma segunda tentativa deve ser implementada. Se o sangramento for grave, considerar o TIPS PTFE revestido (2b;B) Prevenção da recorrência da hemorragia digestiva por varizes e de outros fatores que levam à descompensação da cirrose (alterado em relação ao Baveno V) BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, novembro de 2015, nº 198 - A primeira linha de tratamento para todos os pacientes é a combinação do uso de betabloqueadores (propranolol ou nadolol) com a ligadura elástica (1a;A) - A ligadura elástica não deve ser usada como monoterapia a não ser que haja contra-indicação ao uso dos betabloqueadores. (1a;A) - B eta b l o q u e a d o re s p o d e m s e r u s a d o s co m o monoterapia nos pacientes com cirrose que não tenham possibilidade ou que não queiram ser submetidos a ligadura elástica das varizes esofagianas. - TIPS recoberto é o tratamento de escolha nos pacientes com ressangramento apesar do uso de betabloqueadores associado a ligadura elástica. (2b;B) - O uso de carvedilol ainda não foi avaliado e não pode ser recomendado na prevenção da recorrência da hemorragia digestiva varicosa (5;D) Profilaxia secundária em pacientes com ascite refratária (novo) - Nos pacientes com cirrose e ascite refratária, os betabloqueadores devem ser usados com cautela, sendo importante monitorar pressão arterial (PA), sódio e creatinina (4;C) - Até que tenhamos estudos randomizados d i s p o n í ve i s , o s b eta b l o q u e a d o re s d eve m s e r reduzidos ou descontinuados nos pacientes com ascite refratária que apresentarem um dos seguintes e v e n t o s ( 5 ; D ) : PA s i s t ó l i c o < 9 0 m m H g ; sódio<130mEq/L e insuficiência renal aguda. - Drogas que podem precipitar estes eventos como AINEs e diuréticos devem ser suspensos. - Se existirem fatores que possam desencadear eventos como peritonite bacteriana espontânea ou hemorragia, o uso de betabloqueadores pode ser c o n s i d e ra d o a p ó s re t o r n o d o s p a râ m e t ro s à normalidade e tratamento dos fatores precipitantes (5;D) - A dose dos betabloqueadores deve ser titulada e iniciada com a menor dose possível (5;D) - Se o paciente for intolerante ao uso de betabloqueadores, considerar colocação de TIPS. (5;D) Profilaxia secundária da gastropatia hipertensiva (alterado em relação ao Baveno V) 7 - Primeiramente, a gastropatia hipertensiva deve ser diferenciada da ectasia vascular antral (4;C). - Na gastropatia hipertensiva, o uso dos betabloqueadores é considerado a primeira linha de tratamento para evitar sangramento recorrente (1b;A). - Considerar TIPS recoberto por PTFE nos pacientes que necessitem de frequentes hemotransfusões e nos pacientes com sangramento apesar do uso dos betabloqueadores e terapia endoscópica (4;C). Doenças vasculares na hipertensão porta em pacientes cirróticos e não-cirróticos (alterado em relação ao Baveno V) Etiologia na obstrução do sistema venoso porta ou das veias hepáticas - Hematologistas sugerem existência de fatores prótrombóticos incluindo trombofilia hereditária e adquirida, hemoglobinúria paroxística noturna e doenças autoimunes (5;D). - Neoplasia mieloproliferativa deve ser investigada com pesquisa das mutações V617F e JAK2 no sangue periférico (2b;B). - Se as mutações V627F e JAK2 não forem detectadas, outros testes como calreticulina somática podem detectar neoplasias mieloproliferativas. - Também está indicada biópsia de medula óssea no diagnóstico de neoplasia mieloproliferativa cujo marcadores do sangue periféricos são negativos. A biópsia também identifica o tipo de neoplasia mieloproliferativa nos pacientes com um dos biomarcadores positivo (2b;B). Uso de anticoagulantes e antiplaquetários nas doenças vasculares - Heparina de baixo peso molecular e antagonistas da vitamina K são usados no tratamento da trombose primária do sistema venoso porta e das veias hepáticas (1b;A). - Não existe recomendação quanto ao uso de drogas antiplaquetárias (5;D). Anticoagulação e trombose da veia porta em paciente cirrótico - N o s p a c i e n t e s c o m c i r ro s e l i s t a d o s p a ra o transplante de fígado, é recomendado a cada 6 meses USG com Doppler para rastrear trombose da veia porta (5:D). - Tr o m b o s e d e v e i a p o r t a n a p r e s e n ç a d e 8 hepatocarcinoma não significa que haja invasão maligna. É necessário método de imagem (5;D) - Nos pacientes listados para transplante com trombose da veia porta, o uso de anticoagulantes deve ser considerado (3a;B). - O uso de anticoagulantes no contexto acima, permitirá o transplante de fígado além de reduzir a mortalidade. O anticoagulante deve ser mantido até o transplante para prevenir nova trombose (4;C). - Pacientes com trombose de veia porta não listados para os transplante, é recomendado método de imagem a cada 3 meses (5;D). - Pacientes que não têm indicação de transplante, não devem fazer uso de anticoagulantes, salvo em situações onde há acometimento da veia mesentérica superior (5;D). - Pacientes com plaquetopenia (<50.000/L) tem risco aumentado de trombose da veia porta e também de complicações hemorrágicas e quando anticoagulados merecem cautela (5;D). - A relação risco/benefício do uso de anticoagulantes para prevenir ou tratar a trombose da veia porta em pacientes cirróticos requerem estudos randomizados (5;D). - Heparina de baixo peso molecular e antagonista da vitamina K parecem igualmente eficaz em pacientes cirróticos com trombose de veia porta. (5;D). Existe u m a n e c e s s i d a d e u r g e n t e p a ra m e l h o ra r a s ferramentas de monitorização da anticoagulação em pacientes cirróticos. Medir a trombina pode ser uma opção (5;D) Síndrome de Budd-Chiari (SBC) / obstrução das veias hepáticas - A SBC pode estar localizada a nível das veias hepáticas de pequeno calibre até o nível do ramo da veia cava inferior no átrio direito. - SBC é considerada secundária quando o mecanismo de obstrução da veia hepática é uma compressão, invasão por um tumor benigno ou maligno, abscesso ou cisto. - SBC é diagnosticada pela demonstração de uma obstrução do lúmen da veia ou pela presença de veias hepáticas colaterais (2b;B). - Não é necessária biópsia hepática quando a imagem demonstra obstrução da veia hepática, exceto quando a obstrução for de veias hepáticas de pequeno calibre (4;C) - Nódulos hepáticos benignos são os mais frequentes entretanto, o hepatocarcinoma pode ser uma causa e e ste s p a c i e nte s d eve m s e r m o n i to ra d o s co m métodos de imagem e dosagem de alfafetoproteína (2a;B). Abordagem do paciente com SBC (alteração parcial em relação ao Baveno V) - Abordagem do paciente com SBC deve incluir anticoagulação até angioplastia e trombólise. Caso seja necessário o TIPS deve ser indicado e até o transplante (3b;B). - Anticoagulação deve ser iniciada para todos os pacientes e mantida por período prolongado ainda que não sejam identificados fatores de risco (5;D) - A hipertensão porta deve ser tratada já que é o principal fator de risco para hemorragia digestiva (4;C). - Hemorragia prévia relacionada a hipertensão porta não é considerada uma contra-indicação maior para início da anticoagulação. Deve ser iniciada profilaxia s e c u n d á r i a i m e d i a t a m e n t e p a ra e v i t a r n o v o sangramento. - Estenoses de pequenas extensões devem ser tratadas por angioplastia (5;D). - A colocação de TIPS deve ser indicada nos centros onde angioplastia e colocação de “stents” não estejam disponíveis e quando o paciente não melhora com um destes tratamentos (4;C). - Pacientes com SBC e score de prognóstico para TIPS > 7 são candidatos ruins. Nestes casos deve ser indicado o transplante de fígado (3b;B). - O Transplante de fígado também está indicado nos pacientes refratários aos tratamentos acima (5;D) Obstrução da veia porta no segmento extra-hepático (alteração parcial em relação ao Baveno V) - Trata-se de obstrução da veia porta em seu segmento extra-hepático com ou sem envolvimento do segmento intra-hepático e outros segmentos do sistema venoso esplâncnico. Não inclui trombose isolada da veia esplênica e da veia mesentérica superior. - Caracteriza-se por sinais de hipertensão porta associada a cavernoma portal como sequela da obstrução da veia porta. - Presença de cirrose e outras doenças hepáticas assim como neoplasias devem ser investigadas. - O diagnóstico é feito com auxílio de USG (ultrassom) c o m D o p p l e r, a n g i o - t o m o g r a f i a o u angiorressonância com demonstração da obstrução da veia porta, presença de material sólido intraluminal ou cavernoma na veia porta (2a;B) - US com Doppler é a primeira linha de investigação seguido de angiotomografia ou angioressonância para acessar a extensão da trombose e potenciais fatores locais (2a; B) - Biópsia hepática e a medida do HVPG estão recomendadas se o fígado apresentar-se dismórfico em métodos de imagens e se os testes laboratoriais p e rs i st i re m a n o r m a i s p a ra exc l u i r c i r ro s e o u hipertensão porta idiopática não cirrótica. (1b;B) - O Fibroscan pode ser útil para excluir fibrose (5;D) Anticoagulação na trombose recente de veia porta em segmento extra-hepático (alterado em relação ao Baveno V) - Quando a trombose é recente, raramente tem resolução espontânea (3a ;A) - Heparina de baixo peso molecular deve ser iniciada imediatamente seguindo terapia com anticoagulantes orais (2b;B). A maio ria dos pacientes tratados com anticoagulantes na fase inicial tiveram bons resultados. - Anticoagulação deve ser mantida por 6 meses. Qu a n d o ex ist ir co n d içõ es p ró - t ro mb ó t ica s , a anticoagulação deve ser permanente (1b:A). - Considerar uso de antibióticos na presença de SIRS/infecção (5:D). - Pacientes com dor abdominal, diarreia sanguinolenta e acidose láctica, deve ser considerado possível infarto mesentérico e falência de múltiplos órgãos. Cirurgia está indicada nestes casos (3b; B). A nt i co a g u l a çã o e m p a c i e nte s c i r ró t i co s co m obstrução da veia porta em segmento ex trahepático (alterado em relação ao Baveno V) - Anticoagulação deve ser iniciada logo após início de profilaxia para hemorragia digestiva Tratamento da hipertensão porta nos pacientes com obstrução da veia porta em segmento ex trahepático (alteração parcial em relação ao Baveno V) - To d o s o s p a c i e n t e s n o s q u a i s n ã o h o u v e recanalização do trombo devem ser rastreados para presença de varizes esofagogástricas nos primeiros 6 9 meses após episódio de trombose. Na ausência de varizes, a endoscopia deve ser repetida no período de 1 a 2 anos (5;D). - Para profilaxia primária não há dados suficientes que mostrem que os betabloqueadores são superiores à ligadura elástica (5;D). - No tratamento da hemorragia digestiva por varizes, a ligadura elástica é mais eficaz (1a;A). - Na profilaxia secundária, o betabloqueador é tão eficaz quanto à ligadura elástica (2b;B). - By-pass entre o ramo esquerdo da veia porta e a veia mesentérica pode ser considerado em crianças com complicações relacionadas à obstrução crônica da veia porta em segmento extra-hepático (5;D). Hipertensão porta idiopática (fibrose portal não cirrótica) (novo) - Para este diagnóstico é necessário excluir cirrose e outras causas de hipertensão porta (2b;B), além de doenças imunológicas e distúrbios relacionados à trombofilia (5;D). Kliniki - A biópsia hepática é mandatória e medir o HVPG está indicado (2b;B). - A biópsia hepática mostra venopatia portal obliterante. - Não há dados sobre o tratamento que deve ser implementado na profilaxia da hemorragia digestiva neste grupo de pacientes (5;D). - E stá i n d i ca d o ra st re a m e nto p e r i ó d i co p a ra trombose veia porta com US com Doppler a cada 6 meses (5;D). - Nos pacientes que desenvolverem trombose da veia porta, está indicado o uso de anticoagulantes (5;D).s. Traduzido por Yolanda Faia Manhães Tolentino, Rodrigo S Dias, Priscila Pollo Flores e Viviane Fittipaldi PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: Ÿ Sistema do tipo RIS, controla todo o processo de uma SISTEMA DE GESTÃO PARA CLÍNICAS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ clínica de imagem, da primeira ligação telefônica do paciente ao gerenciamento de reembolso pelos convênios, incluindo controle financeiro, bancos e estoque de materiais e medicamentos; possui marcação de exames e procedimentos, recepção de pacientes, captura de imagem com gravação de DVD, emissão de laudos com assinatura digital, faturamento completo com repasse médico, envio de SMS e muito mais; captura de imagens através de placa para captura de vídeo ou padrão DICOM; trabalha com laudos padrão; gera arquivos 100% no padrão TISS, para os convênios. w w w. c d s i ste m a s . co m . b r AGENDE SUA DEMONSTRAÇÃO. ENTRE EM CONTATO CONOSCO: PAC Informá ca Ltda. REPRESENTANTE COMERCIAL comercial@pacinforma ca.com.br (21) 2548-3255 10 www.sobedrj.com.br BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, novembro de 2015, nº 198 CASO CLÍNICO DO MÊS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE (HUGG) Dr. Rodolfo Andrade e Dr. Paulo Cesar Marques Perisée A.P.V., 29 anos, feminino, sem comorbidades, apresentando relato de vômito pós-prandial, dor epigástrica e emagrecimento de 9 kg em 20 dias. Ao exame físico, dor abdominal em região epigástrica. Submetida à endoscopia digestiva alta. (Imagem 1 e 2). Realizadas biópsias. EDA evidencia mucosa de antro edemaciada e hiperemiada com aspecto nodular, presença múltiplas úlceras de tamanhos variáveis algumas confluentes entre si, com fundo recoberto por fibrina. Resultado Histopatológico Microscopia: Compatível com doença linfoproliferativa. Pesquisa para H.pylori positiva. Estudo imuno-histoquímico: 1-Ceratina (AE1/AE3) – Negativo 2- Antígeno Leucocitário comum (LCA) – positivo 3- CD20 – positivo 4- CD3- Negativo Conclusão: Linfoma não Hodgkin, fenótipo B de pequenas células. Linfoma MALT. Submetida à TC de tórax e abdome para estadiamento - Exames normais. Conduta da equipe clínica - tratamento do H. pylori e repetir EDA em 2 meses Após 2 meses, nova EDA é realizada, apresentando melhora, sendo identificadas cicatrizes de úlceras gástricas. Biópsia com mucosa gástrica de padrão antral e do corpo exibindo acentuada hipercelularidade linfocitária e agregados de linfócitos. H.pylori positivo. Nova conduta da equipe clínica - retratamento do H.pylori e início de quimioterapia. Discussão: Pacientes com linfoma MALT de baixo grau podem apresentar remissão da doença após erradicação do H.pylori. O principal fator preditivo negativo da não remissão após o tratamento seria a presença de linfonodos perigástricos. A erradicação do H.pylori por muitas vezes melhora o aspecto endoscópico da doença mas os achados em microscopia persistem. Figura 1 Figura 2 11 www.sobedrj.com.br BOLETIM SOBED-RJ, ano XX, novembro de 2015, nº 198 PATROCINADORES RIO RESIDÊNCIA MÉDICA EM ENDOSCOPIA CREDENCIAMENTO PELO MEC NO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE ENDEREÇO Rua Mariz e Barros, 775, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ. CEP - 20270-004. CONTATOS (21) 2264-5844 [email protected] RESPONSÁVEIS Luis Gustavo Périssé Ronaldo Taam INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA) ENDEREÇO Praça Cruz Vermelha, 23, Centro, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20230-130 CONTATOS (21) 3207-1000 www.inca.gov.br RESPONSÁVEIS Gustavo Francisco de Souza e Mello Alexandre Dias Pelosi Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – Estadual Rio de Janeiro (SOBED-RJ) Rua da Lapa, n° 120, salas 309 a 311, Lapa, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20021-180 Telefones: (21) 2507-1243 | Fax: (21) 3852-7711 www.sobedrj.com.br | [email protected] ÓRGÃO INFORMATIVO SOBED-RJ Edição mensal