MÁXIMOS E MÍNIMOS Encontrar os valores máximos e mínimos de funções de várias variáveis e saber onde eles ocorrem é uma aplicação importante de calculo diferencial e integral de várias variáveis. Por exemplo, qual é a maior temperatura de uma chapa de metal aquecida e onde ela está localizada? Onde uma dada superfície atinge seu ponto mais alto sobre uma dada região no plano xy? MÁXIMOS E MÍNIMOS Uma importante aplicação do estudo de derivadas parciais, é a da otimização de funções. Otimizar uma função, significa encontrar seu desempenho máximo ou mínimo. Como para as funções de uma variável, quando as derivadas primeiras forem nulas, teremos pontos extremos que podem ser máximos ou mínimos. MÁXIMOS E MÍNIMOS Assim, como para as funções de uma variável, os extremos (máximos e mínimos) ocorrem numa(s) destas situações (pontos críticos): Primeiras derivadas parciais nulas; Primeiras derivadas parciais não definidas Máximo, mínimo ou ponto de sela? A verificação se um ponto crítico é máximo ou mínimo (ou não) envolve ou estudo do valor da função e dos sinais das primeiras derivadas nas proximidades do ponto crítico ou dos sinais das segundas derivadas no ponto. Se uma superfície possui um ponto de máximo ou mínimo relativo, então o plano que passa pelo ponto é paralelo ao xy e apresenta derivadas na direção x e na direção y nulas, ou seja: z f f x0 , y 0 0 e x0 , y 0 0 x y y0 y x0 x Máximo local (não existe um valor de f maior próximo) Mínimo local (não existe um valor de f menor próximo) Um máximo local é um pico da montanha e um mínimo local é um vale Nas funções de duas variáveis, não temos pontos de inflexão, como em funções de uma variável. Podemos ter um ponto de sela, quando numa direção a função atinge um máximo num ponto e em outra direção, um mínimo no mesmo ponto. O nome se dá pela semelhança com uma sela de cavalo: máximo na direção das pernas do cavaleiro (transversal ao cavalo) e mínimo na direção longitudinal (dorso) do cavalo. O teorema diz que, se o discriminante é positivo em um ponto (a,b), então a superfície se curva da mesma maneira em todas as direçoes: para baixo se fxx<0, dando origem a um máximo local, e para cima se fxx>0 dando origem a um mínimo local. Por outro lado, se o discriminante é negativo em (a,b), então a superfície se curva para cima em algumas direções e para baixo em outras direções, assim temos um ponto de sela. Quando temos um caso de uma função de duas variáveis, podemos determinar as mesmas características observando o sinal do primeiro elemento da matriz Hessiana e seu determinante. Se o determinante é negativo, o ponto em questão é um ponto de sela; se o determinante é positivo, precisamos checar o sinal do primeiro elemento: sendo positivo, o ponto é de mínimo; caso contrário, é de máximo. Se o determinante for zero, não obtemos informação alguma sobre o ponto. Não é difícil chegar a essa conclusão partindo da análise dos autovetores, usando alguns conceitos de álgebra linear; para simplificar, podemos lembrar que, caso os autovetores tenham valores diferentes, a multiplicação de ambos para o cálculo do determinante resultará em valor negativo; do contrário, o determinante é positivo – nesse caso, ou ambos os termos são negativos (ponto de mínimo) ou positivos (ponto de máximo), o que nos força checar o sinal do primeiro elemento. Embora isso seja obtido diretamente em uma matriz ortogonal (onde o termo misto é nulo), não é difícil mostrar que é válido para outras. Multiplicadores de Lagrange O método dos multiplicadores de Lagrange pode ser utilizado para auxiliar a determinar máximos e mínimos de funções f de várias variáveis sob determinadas condições, o que corresponde a analisar os pontos críticos de f com domínio restrito. Multiplicador de Lagrange: O valor máximo M de uma função f(x, y), sobre uma curva g(x, y) = k, ocorre quando as curvas f(x, y) = M e g(x, y) = k se tangenciam. Portanto, para procurarmos os pontos críticos candidatos a ponto de máximo devemos resolver a equação f = λ g, uma vez que o vetor gradiente em um ponto é perpendicular a uma curva de nível passando por esse ponto. Assim, nesse ponto, os vetores f e g devem ser paralelos. O parâmetro λ é denominado “multiplicador de Lagrange”. O mesmo raciocínio se aplica para o estudo do valor mínimo de uma função f(x, y) sobre uma curva e g(x, y) = k.